os róticos intervocálicos na gramática individual de
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8 Conclusão<br />
Neste último capítulo apresentam<strong>os</strong> uma retr<strong>os</strong>pectiva rápida e o balanço fi<strong>na</strong>l d<strong>os</strong><br />
resultad<strong>os</strong> <strong>de</strong>ste estudo em relação às questões teóricas e metodológicas levantadas<br />
ao longo do trabalho. Revisam<strong>os</strong> e resumim<strong>os</strong> <strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> dad<strong>os</strong>, confrontando-<strong>os</strong><br />
com a discussão fonético-fonológica (8.1), com as implicações da abordagem da<br />
<strong>gramática</strong> <strong>individual</strong> (8.2) e com a questão <strong>de</strong> línguas em contato (8.3).<br />
8.1 A discussão fonético-fonológica<br />
8.1.1 Os aspect<strong>os</strong> fonétic<strong>os</strong><br />
Na avaliação auditiva e acústica i<strong>de</strong>ntificam<strong>os</strong> 9 variantes <strong>de</strong> rótic<strong>os</strong> que<br />
interpretam<strong>os</strong> antes como pont<strong>os</strong> em uma escala contínua, do que como variantes<br />
categóricas e bem <strong>de</strong>limitadas. Há realizações intermediárias, praticamente entre<br />
tod<strong>os</strong> esses 9 pont<strong>os</strong>. Sendo assim, <strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> dad<strong>os</strong> ratificam fortemente a p<strong>os</strong>ição,<br />
representada por Silva et alii (2001), sobre a gradiência das variantes.<br />
Quanto à questão d<strong>os</strong> diferentes âmbit<strong>os</strong> fonétic<strong>os</strong>, argumentam<strong>os</strong>, com base <strong>na</strong>s<br />
variantes parcialmente ambíguas, como, por exemplo, a distinção entre a<br />
aproximante e o tepe alveolar, por uma integração d<strong>os</strong> aspect<strong>os</strong> articulatóri<strong>os</strong>,<br />
acústic<strong>os</strong> e auditiv<strong>os</strong> para a avaliação e interpretação do fenômeno. Especialmente<br />
a análise acústica aponta para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se fazer uma reavaliação por<br />
métod<strong>os</strong> acústic<strong>os</strong> e, quando p<strong>os</strong>sível, até por recurs<strong>os</strong> <strong>de</strong> exames articulatóri<strong>os</strong>,<br />
das variantes em questão. A <strong>de</strong>scrição impressionista d<strong>os</strong> rótic<strong>os</strong> do PB ainda<br />
predomi<strong>na</strong> <strong>na</strong> literatura afim, o que po<strong>de</strong> velar tendências <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento da<br />
fala ou retardar a <strong>de</strong>scoberta das mesmas.<br />
No que concerne a duas tendências, a p<strong>os</strong>teriorização e o apagamento, reportadas<br />
para <strong>os</strong> rótic<strong>os</strong> do PB em geral, já antecipam<strong>os</strong>, no capítulo 6, a maneira pela qual<br />
as interpretam<strong>os</strong> em relação a<strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> dad<strong>os</strong>. Concebem<strong>os</strong> a gran<strong>de</strong> diversida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> formas, tanto quanto à zo<strong>na</strong>, como quanto ao modo <strong>de</strong> articulação, como uma<br />
tendência <strong>de</strong> expansão e aproveitamento do espaço articulatório como um todo,<br />
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