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os róticos intervocálicos na gramática individual de

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aproximante e do tepe alveolar, não aparece <strong>na</strong> análise auditiva. Sendo assim,<br />

localizam-se em um meio termo entre <strong>os</strong> falantes que distinguem auditivamente<br />

sem equívoco e <strong>os</strong> que não distinguem e usam as mesmas variantes para <strong>os</strong> dois<br />

tip<strong>os</strong> <strong>de</strong> rótico. Porém, trata-se <strong>de</strong> somente 2 ocorrências (<strong>de</strong> tepe alveolar atribuído<br />

ao r-duplo) que são potencialmente confundíveis. A realização do tepe espirantizado<br />

já se distingue claramente <strong>na</strong> impressão auditiva.<br />

N<strong>os</strong> cas<strong>os</strong> <strong>de</strong> r-duplo, há uma correlação acentuada entre a vibrante alveolar e <strong>os</strong><br />

substantiv<strong>os</strong>. No entanto, se olharm<strong>os</strong> as 3 palavras mais freqüentes da am<strong>os</strong>tra,<br />

“arroz”, “bairro” e “carro”, aparece uma distribuição regular. As realizações <strong>de</strong><br />

“bairro” são dissemi<strong>na</strong>das pelas 3 variantes <strong>de</strong> r-duplo, para “arroz” há a<br />

predominância do tepe espirantizado (4 <strong>de</strong> 5 ocorrências) e para a palavra “carro”<br />

da vibrante alveolar (4 <strong>de</strong> 5 ocorrências). Quanto ao fator p<strong>os</strong>ição <strong>de</strong> acento,<br />

verifica-se, <strong>na</strong> vibrante alveolar, um alto índice <strong>de</strong> acento anterior. Porém, todas as<br />

22 ocorrências, nesse caso, são, coinci<strong>de</strong>ntemente, substantiv<strong>os</strong>. No caso do falante<br />

16, parece ser a classe <strong>de</strong> palavra o fator <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ador, uma vez que há 24<br />

ocorrências <strong>de</strong> substantiv<strong>os</strong> <strong>na</strong> vibrante alveolar.<br />

No caso <strong>de</strong> poucas ocorrências em uma célula, a saber, das duas realizações do<br />

tepe alveolar para o r-duplo, chama atenção o fato <strong>de</strong> que ambas as ocorrências são<br />

aplicações <strong>de</strong>ssa variante a itens mais freqüentes no corpus <strong>individual</strong>. Os itens<br />

lexicais, no caso <strong>de</strong>sse indivíduo, apresentam não somente uma distribuição<br />

equilibrada, mas, além disso, são responsáveis por todas as ocorrências em uma<br />

variante rara <strong>de</strong>ssa pessoa.<br />

O falante 16 é o único indivíduo do conjunto <strong>de</strong> Blume<strong>na</strong>u ao qual atribuím<strong>os</strong> a<br />

categorização do menor contato com o alemão. Com o próximo caso a discutir,<br />

entram<strong>os</strong> no grupo classificado como contato médio.<br />

O falante 9 apren<strong>de</strong>u primeiro o alemão e, somente <strong>na</strong> escola, o português. Porém,<br />

alega ter “<strong>de</strong>ixado o alemão quando entrou em aula” e ter “<strong>de</strong>saprendido”.<br />

Consi<strong>de</strong>ram<strong>os</strong> esse indivíduo ainda como pertencente ao grau médio <strong>de</strong> contato<br />

com o alemão, para distingui-lo do falante 16, que não apren<strong>de</strong>u o alemão antes <strong>de</strong><br />

casar.<br />

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