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os róticos intervocálicos na gramática individual de

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intermediárias 127, o tepe e a vibrante espirantizad<strong>os</strong>, e à diferença entre Lages e<br />

Blume<strong>na</strong>u quanto às variantes fricativa velar e uvular.<br />

As variantes <strong>de</strong> modo articulatório intermediário, que apresentam um tepe mais<br />

uma aspiração ou fricção, ou então uma vibração sobrep<strong>os</strong>ta por uma fricção,<br />

ilustram um outro caso <strong>de</strong> aproveitamento <strong>de</strong> todo espaço articulatório, em term<strong>os</strong><br />

<strong>de</strong> modo e zo<strong>na</strong>, pel<strong>os</strong> falantes exami<strong>na</strong>d<strong>os</strong>. G<strong>os</strong>tariam<strong>os</strong> <strong>de</strong> comparar esse<br />

comportamento com o experimento <strong>de</strong> De Boer (1997) com <strong>os</strong> agentes <strong>de</strong><br />

inteligência artificial no jogo <strong>de</strong> imitação. N<strong>os</strong> agentes <strong>de</strong> De Boer, com o <strong>de</strong>correr<br />

das repetições, as variantes próximas e não bem sucedidas em muitas partidas são<br />

elimi<strong>na</strong>das das listas <strong>de</strong> “fonemas” d<strong>os</strong> agentes. Na interação huma<strong>na</strong>, não há um<br />

algoritmo estocástico que elimine <strong>de</strong> vez variantes fáceis <strong>de</strong> serem confundidas e<br />

com muito pouca freqüência para serem bem sucedidas. Sendo assim, não<br />

formularem<strong>os</strong> uma hipótese sobre o comportamento futuro e eventual<br />

<strong>de</strong>saparecimento <strong>de</strong>ssas variantes, mas g<strong>os</strong>taríam<strong>os</strong> <strong>de</strong> apontar para uma p<strong>os</strong>sível<br />

interpretação <strong>de</strong>ssas formas.<br />

Por último, consi<strong>de</strong>ram<strong>os</strong> as variantes fricativa velar e uvular. A fricativa velar é<br />

muito rara em Blume<strong>na</strong>u, on<strong>de</strong> predomi<strong>na</strong> (<strong>na</strong> comparação entre essas duas<br />

variantes), a uvular. Em Lages, pelo contrário, há um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong><br />

ocorrências da fricativa velar e nenhuma da uvular. A presença da uvular <strong>na</strong> fala <strong>de</strong><br />

Blume<strong>na</strong>u po<strong>de</strong> ser interpretada como um resultado do contato com o alemão, já<br />

que a forma uvular é raramente reportada para o PB e é muito comum no alemão.<br />

Em Blume<strong>na</strong>u, ambas as variantes estão em concorrência, enquanto em Lages, sem<br />

a inserção da uvular, a fricativa velar é domi<strong>na</strong>nte <strong>na</strong> faixa <strong>de</strong>ssas duas zo<strong>na</strong>s <strong>de</strong><br />

articulação. Verem<strong>os</strong>, no capítulo 7, se e como o grau <strong>de</strong> contato <strong>individual</strong> d<strong>os</strong><br />

falantes <strong>de</strong> Blume<strong>na</strong>u influencia o uso da uvular.<br />

127 Chamam<strong>os</strong> aqui o tepe e a vibrante espirantizad<strong>os</strong> <strong>de</strong> “variantes intermediárias” no<br />

sentido <strong>de</strong> um modo <strong>de</strong> articulação intermediária, talvez mais apropriadamente <strong>de</strong>scrito<br />

neste termo, já que observam<strong>os</strong> a gradiência intermediária, no sentido <strong>de</strong> zo<strong>na</strong> articulatória,<br />

também entre as <strong>de</strong>mais variantes.<br />

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