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os róticos intervocálicos na gramática individual de

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comportament<strong>os</strong> regulares evi<strong>de</strong>ntes em n<strong>os</strong>so corpus. Em Blume<strong>na</strong>u há uma<br />

tendência que chama a atenção. Entre <strong>os</strong> falantes que distinguem, auditiva e<br />

acusticamente, <strong>os</strong> dois tip<strong>os</strong> <strong>de</strong> rótic<strong>os</strong> estão tod<strong>os</strong> aqueles que apresentam a<br />

vibrante alveolar no seu inventário – com uma exceção: o falante 16 <strong>de</strong> Blume<strong>na</strong>u<br />

distingue ape<strong>na</strong>s auditivamente e também produz a vibrante. A vibrante é<br />

concebida, pela literatura, como uma variante que ten<strong>de</strong> à p<strong>os</strong>teriorização e à<br />

fricativização. Reportam<strong>os</strong> no capítulo 2 que, especialmente <strong>na</strong> região Sul, há uma<br />

tendência à manutenção <strong>de</strong>ssa variante. Entre essa tendência <strong>de</strong> manutenção e a<br />

tendência a distinguir categoricamente entre <strong>os</strong> dois tip<strong>os</strong> <strong>de</strong> rótico, po<strong>de</strong>m<strong>os</strong><br />

vislumbrar, em n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> dad<strong>os</strong>, uma relação.<br />

Contudo, antes <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r afirmar com vigor essas n<strong>os</strong>sa conclusões concernentes à<br />

aproximante alveolar, é necessária uma reavaliação acústica <strong>de</strong> outr<strong>os</strong> corpora. Pela<br />

semelhança entre essa variante e o tepe alveolar, não po<strong>de</strong>m<strong>os</strong> excluir a<br />

p<strong>os</strong>sibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que, em muit<strong>os</strong> cas<strong>os</strong> auditivamente i<strong>de</strong>ntificad<strong>os</strong> como tepe,<br />

po<strong>de</strong>r-se-ia tratar <strong>de</strong> realizações da aproximante, também em outras varieda<strong>de</strong>s do<br />

PB. Se tal hipótese se verificasse, estaríam<strong>os</strong> frente a um enfraquecimento gradual<br />

do tepe, que po<strong>de</strong> levar ao seu apagamento intervocálico.<br />

Em n<strong>os</strong>so caso, é interessante notar que <strong>os</strong> falantes <strong>de</strong> Blume<strong>na</strong>u realizam o tepe<br />

alveolar propriamente dito, i<strong>de</strong>ntificado pelo estouro, com muito pouca freqüência.<br />

Enquanto <strong>na</strong> fala d<strong>os</strong> indivídu<strong>os</strong> <strong>de</strong> Lages aparece mais o tepe alveolar e muito<br />

men<strong>os</strong> a aproximante. Retomarem<strong>os</strong> a questão da relação entre a aproximante e o<br />

tepe alveolar no capítulo 7, quando discutirm<strong>os</strong> a p<strong>os</strong>sivel relação entre o contato<br />

<strong>de</strong> linguas em Blume<strong>na</strong>u e as diferenças <strong>na</strong> escolha da variante entre essa cida<strong>de</strong> e<br />

Lages.<br />

Cabe também enfatizar que, ao reunirm<strong>os</strong> as variantes aproximante alveolar, tepe<br />

alveolar e tepe alveolar espirantizado no que <strong>de</strong>nomi<strong>na</strong>m<strong>os</strong> grupo 1), <strong>de</strong>tectam<strong>os</strong>,<br />

no caso do r-duplo, uma correlação entre a realização <strong>de</strong> uma variante <strong>de</strong>sse<br />

conjunto e uma das p<strong>os</strong>ições <strong>de</strong> acento, em Blume<strong>na</strong>u, enquanto as <strong>de</strong>mais<br />

p<strong>os</strong>ições se correlacio<strong>na</strong>m às variantes fricativas, em Blume<strong>na</strong>u e Lages.<br />

Após ter discutido o comportamento da aproximante, do tepe e da vibrante<br />

alveolares, como também da fricativa glotal, g<strong>os</strong>taríam<strong>os</strong> <strong>de</strong> voltar a atenção para<br />

as <strong>de</strong>mais variantes do n<strong>os</strong>so corpus, especialmente no que concerne às variantes<br />

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