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os róticos intervocálicos na gramática individual de

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Em relação à distinção entre r-simples e r-duplo vem<strong>os</strong> que, <strong>de</strong> modo similar ao<br />

comportamento d<strong>os</strong> falantes <strong>de</strong> Blume<strong>na</strong>u, 6 falantes lagean<strong>os</strong> (6, 12, 16, 17, 21 e<br />

24 126) mantêm uma distinção categórica entre as variantes usadas para o r-simples<br />

e as usadas para o r-duplo. N<strong>os</strong> outr<strong>os</strong> 4 entrevistad<strong>os</strong> <strong>de</strong> Lages há aplicações do<br />

tepe alveolar, a variante predomi<strong>na</strong>ntemente usada para o r-simples, também para<br />

algumas realizações do r-duplo. No sentido inverso, ou seja, a aplicação <strong>de</strong><br />

variantes, por exemplo, da vibrante espirantizada ou da fricativa velar,<br />

predomi<strong>na</strong>ntemente usadas para o r-duplo <strong>na</strong> realização <strong>de</strong> um r-simples, é rara.<br />

Nisso, a situação <strong>de</strong> Lages se assemelha à <strong>de</strong> Blume<strong>na</strong>u.<br />

Assim como ocorre <strong>na</strong> fala d<strong>os</strong> entrevistad<strong>os</strong> <strong>de</strong> Blume<strong>na</strong>u, <strong>os</strong> informantes <strong>de</strong> Lages<br />

também apresentam uma variação maior <strong>na</strong>s realizações do r-duplo do que <strong>na</strong>s do<br />

r-simples. Para o r-simples, a variante mais freqüente, em relação ao número <strong>de</strong><br />

falantes (tod<strong>os</strong>) e ao número <strong>de</strong> ocorrências (486) é o tepe alveolar, havendo<br />

somente 11 exceções ao total. Já para o r-duplo, <strong>os</strong> falantes aplicam entre 2 e até 8<br />

variantes diferentes, alter<strong>na</strong>ndo entre todas as formas <strong>de</strong> rótico encontradas no<br />

corpus <strong>de</strong> Lages. Para o r-duplo, a variante mais freqüente em relação ao número <strong>de</strong><br />

ocorrências (175) e ao número <strong>de</strong> falantes (tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> 10) é a fricativa velar, seguida<br />

pela fricativa glotal com um total <strong>de</strong> 70 ocorrências distribuídas por 8 falantes e o<br />

tepe alveolar espirantizado com 67 ocorrências em um total <strong>de</strong> 7 falantes.<br />

Resumindo e fazendo uma primeira comparação entre <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> <strong>de</strong> Blume<strong>na</strong>u e<br />

Lages, vem<strong>os</strong> as seguintes diferenças exp<strong>os</strong>tas <strong>na</strong> figura 39.<br />

126 Dizer que esses 6 falantes distinguem categoricamente entre o r-simples e o r-duplo é<br />

válido somente com base do quadro das 9 variantes discrimi<strong>na</strong>das auditiva e<br />

acusticamente. Uma vez que a distinção auditiva da aproximante e do tepe alveolar é<br />

insegura, não po<strong>de</strong>ríam<strong>os</strong> estabelecer, pelo aspecto auditivo, essa distinção para tod<strong>os</strong> <strong>os</strong><br />

12 falantes em Blume<strong>na</strong>u e Lages. Os falantes 6, 12 e 24 <strong>de</strong> Lages e o falante 16 <strong>de</strong><br />

Blume<strong>na</strong>u não distinguem <strong>de</strong> modo auditivamente perceptível entre o r-simples e o r-duplo.<br />

Voltam<strong>os</strong> a consi<strong>de</strong>rar esses 4 cas<strong>os</strong> no capítulo 7.<br />

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