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os róticos intervocálicos na gramática individual de

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No diagrama acima, i<strong>de</strong>ntificam<strong>os</strong> 9 pont<strong>os</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma escala gradiente e<br />

contínua. Embora passem<strong>os</strong> a apresentar, em seguida, exempl<strong>os</strong> prototípic<strong>os</strong> <strong>de</strong><br />

variantes situadas mais próximas <strong>de</strong>sses pont<strong>os</strong>, trata-se somente <strong>de</strong> exemplares.<br />

O conjunto <strong>de</strong> dad<strong>os</strong> que exami<strong>na</strong>m<strong>os</strong> ocupa, <strong>de</strong> fato, lugares em tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> graus<br />

intermediári<strong>os</strong> entre <strong>os</strong> pont<strong>os</strong> fixad<strong>os</strong>. Na figura acima, distinguim<strong>os</strong> <strong>os</strong> diferentes<br />

mod<strong>os</strong> e as diferentes zo<strong>na</strong>s <strong>de</strong> articulação. Um fator que não incluím<strong>os</strong> no<br />

diagrama é o vozeamento. Essa omissão <strong>de</strong>ve-se ao fato <strong>de</strong> que nem <strong>na</strong> avaliação<br />

auditiva, nem <strong>na</strong> imagem do sonograma obtivem<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> inequívoc<strong>os</strong> sobre o<br />

fator vozeamento. Destarte, não tratam<strong>os</strong> d<strong>os</strong> subtip<strong>os</strong> (surdo/sonoro) <strong>de</strong> algumas<br />

das variantes apresentadas 121. As 9 variantes contidas <strong>na</strong> matriz contínua<br />

apresentada <strong>na</strong> figura 28 ocorrem em ambas as cida<strong>de</strong>s pesquisadas, exceto a<br />

retroflexa, que ocorre somente n<strong>os</strong> dad<strong>os</strong> <strong>de</strong> Lages, e a variante uvular, que<br />

observam<strong>os</strong> somente <strong>na</strong> fala <strong>de</strong> Blume<strong>na</strong>u.<br />

Ilustram<strong>os</strong> a discussão d<strong>os</strong> 9 pont<strong>os</strong> <strong>de</strong>ntro da n<strong>os</strong>sa matriz contínua com imagens<br />

d<strong>os</strong> sonogramas e <strong>os</strong>cilogramas gerad<strong>os</strong> pelo programa praat, embora nem sempre<br />

seja muito nítida <strong>na</strong>s imagens a diferença principal entre um tipo e o outro. Nesses<br />

cas<strong>os</strong>, recorrem<strong>os</strong> mais fortemente à <strong>de</strong>scrição auditiva. A <strong>de</strong>nomi<strong>na</strong>ção d<strong>os</strong> tip<strong>os</strong><br />

segue a classificação do IPA, adicio<strong>na</strong>ndo <strong>os</strong> tip<strong>os</strong> <strong>de</strong> tepe e vibrante espirantizad<strong>os</strong>,<br />

conforme a prop<strong>os</strong>ta terminológica <strong>de</strong> Silva e outr<strong>os</strong> (2001). No caso do tepe, não se<br />

trata exatamente <strong>de</strong> uma espirantização no sentido <strong>de</strong> fricativizar o som no mesmo<br />

ponto <strong>de</strong> articulação, uma vez que o ruído é causado, mais provavelmente <strong>na</strong> zo<strong>na</strong><br />

pós-alveolar. Não obstante, acreditam<strong>os</strong> que o fenômeno <strong>de</strong>scrito mais abaixo é<br />

bastante parecido com a espirantização como a conhecem<strong>os</strong> no caso da vibrante e,<br />

portanto, julgam<strong>os</strong> justificada a aplicação do termo “espirantizado” para ambas<br />

essas varieda<strong>de</strong>s. A n<strong>os</strong>sa discussão <strong>de</strong> cada um d<strong>os</strong> tip<strong>os</strong> recorre à <strong>de</strong>scrição<br />

auditiva e acústica da variante, seguida por uma caracterização das proprieda<strong>de</strong>s<br />

que a distinguem das outras variantes próximas e parecidas. A partir <strong>de</strong>ssa<br />

<strong>de</strong>scrição, começam<strong>os</strong> a n<strong>os</strong> referir a<strong>os</strong> pont<strong>os</strong> i<strong>de</strong>ntificad<strong>os</strong> <strong>na</strong> matriz contínua<br />

como “variantes”, embora salientem<strong>os</strong> que, foneticamente, se trata mais <strong>de</strong><br />

aproximações a esses pont<strong>os</strong> do que <strong>de</strong> variantes categoricamente <strong>de</strong>limitadas.<br />

121 Supom<strong>os</strong> que o fator “vozeamento” também tenha qualida<strong>de</strong> gradiente, uma vez que as<br />

realizações fonéticas po<strong>de</strong>m apresentar um ensur<strong>de</strong>cimento ou, então, especialmente em<br />

n<strong>os</strong>so caso, em que exami<strong>na</strong>m<strong>os</strong> somente o contexto vocálico vizinho ao rótico, um<br />

vozeamento parcial <strong>de</strong>vido a efeit<strong>os</strong> <strong>de</strong> co-articulação.<br />

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