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os róticos intervocálicos na gramática individual de

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Na seção 6.4 relacio<strong>na</strong>m<strong>os</strong> <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> apresentad<strong>os</strong> <strong>na</strong>s seções 6.1 a 6.3 e<br />

interpretam<strong>os</strong> o comportamento quanto à escolha das variantes correlacio<strong>na</strong>do a<strong>os</strong><br />

fatores discutid<strong>os</strong> até então, apontando para algumas regularida<strong>de</strong>s e relações<br />

entre as variantes.<br />

6.1 As variantes segundo a avaliação auditiva e acústica<br />

Nesta seção apresentam<strong>os</strong> primeiro <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> das duas fases da n<strong>os</strong>sa<br />

avaliação fonética, pelas quais chegam<strong>os</strong> a um quadro <strong>de</strong> 9 variantes <strong>de</strong> rótico. Na<br />

<strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>ssas 9 variantes entram, além <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>s auditivamente<br />

discrimi<strong>na</strong>das, também aspect<strong>os</strong> revelad<strong>os</strong> <strong>na</strong> análise acústica. Nesta primeira<br />

etapa da análise, acumulam<strong>os</strong> <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> d<strong>os</strong> dois métod<strong>os</strong> <strong>de</strong> avaliação fonética<br />

por amb<strong>os</strong> p<strong>os</strong>suírem tanto características que tor<strong>na</strong>m <strong>os</strong> seus resultad<strong>os</strong> mais<br />

confiáveis, como aspect<strong>os</strong> n<strong>os</strong> quais <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> precisam ser averiguad<strong>os</strong> com<br />

mais cautela. No caso da avaliação auditiva, o fator principal que contribui para a<br />

discrimi<strong>na</strong>ção mais segura é a capacida<strong>de</strong> do ouvido humano <strong>de</strong> distinguir, no<br />

caso, gest<strong>os</strong> <strong>de</strong> mod<strong>os</strong> articulatóri<strong>os</strong> diferentes realizad<strong>os</strong> paralelamente. Por<br />

exemplo, <strong>na</strong>s variantes <strong>de</strong> vibrantes espirantizadas, às vezes se i<strong>de</strong>ntifica a vibração<br />

que, no si<strong>na</strong>l acústico, po<strong>de</strong> ser sobrep<strong>os</strong>ta pela energia da fricção que dissimula a<br />

imagem no sonograma. A vantagem da avaliação acústica sobre a auditiva revela-<br />

se, por exemplo, <strong>na</strong> discrimi<strong>na</strong>ção da estrutura formantal. No caso <strong>de</strong> variantes<br />

vibrantes ou fricativas pronunciadas com pouco esforço articulatório, tor<strong>na</strong>-se<br />

difícil a i<strong>de</strong>ntificação da zo<strong>na</strong> <strong>de</strong> articulação pelo método auditivo. No sonograma,<br />

as formantes das variantes alveolares, velares, uvulares e glotais p<strong>os</strong>suem<br />

proprieda<strong>de</strong>s bem características que permitem i<strong>de</strong>ntificar a zo<strong>na</strong> <strong>de</strong> articulação<br />

com maior segurança. Sendo assim, no conjunto <strong>de</strong> 9 formas que apresentam<strong>os</strong> <strong>na</strong><br />

figura 28, abaixo, integram<strong>os</strong> <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> complementares d<strong>os</strong> dois métod<strong>os</strong><br />

fonétic<strong>os</strong> que percorrem<strong>os</strong> durante a n<strong>os</strong>sa avaliação. O diagrama m<strong>os</strong>tra as<br />

variantes <strong>de</strong>ntro d<strong>os</strong> eix<strong>os</strong> “zo<strong>na</strong> <strong>de</strong> articulação” (horizontal) e “modo <strong>de</strong> articulação”<br />

(vertical). A or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> apresentação das zo<strong>na</strong>s <strong>de</strong> articulação segue as proprieda<strong>de</strong>s<br />

fisiológicas huma<strong>na</strong>s, começando, à esquerda, pela zo<strong>na</strong> alveolar, seguida pela<br />

velar, uvular e glotal. A variante retroflexa é tratada como pós-alveolar, por isso, e<br />

pela ausência <strong>de</strong> variantes i<strong>de</strong>ntificadas como palatais, a zo<strong>na</strong> alveolar é seguida<br />

logo pela velar. A or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> apresentação d<strong>os</strong> mod<strong>os</strong> <strong>de</strong> articulação orienta-se pela<br />

facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ilustração clara.<br />

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