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os róticos intervocálicos na gramática individual de

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exemplares adaptada da prop<strong>os</strong>ta <strong>de</strong> Bybee (2001) para a representação <strong>na</strong><br />

<strong>gramática</strong> <strong>individual</strong> e a metodologia segundo o paradigma da groun<strong>de</strong>d theory.<br />

Todas essas três linhas trabalham:<br />

1) com categorias abertas;<br />

2) com exemplares, suas proprieda<strong>de</strong>s individuais e as relações entre eles,<br />

em primeiro lugar, e só p<strong>os</strong>teriormente com atribut<strong>os</strong> categóric<strong>os</strong> e variantes<br />

generalizadas;<br />

3) sem recorrer a uma representação intermediária abstrata (estruturalista)<br />

e, em vez disso, utilizando um mo<strong>de</strong>lo lingüístico não-binomial 108.<br />

Destarte, crem<strong>os</strong> ter apresentado um encaminhamento metodológico consistente<br />

com <strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> e com o paradigma teórico em que n<strong>os</strong> apoiam<strong>os</strong> <strong>na</strong><br />

realização <strong>de</strong>ste estudo. A seguir, passam<strong>os</strong> a apresentar o material <strong>de</strong> análise,<br />

começando pela caracterização d<strong>os</strong> falantes e <strong>de</strong> como tratam<strong>os</strong> o perfil <strong>individual</strong><br />

<strong>de</strong> cada um (5.3), para <strong>de</strong>pois aplicar a metodologia adotada à avaliação fonética<br />

d<strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> dad<strong>os</strong> (5.4).<br />

5.3 O levantamento d<strong>os</strong> dad<strong>os</strong> biográfic<strong>os</strong> e lingüístic<strong>os</strong><br />

O material empírico em que realizam<strong>os</strong> a n<strong>os</strong>sa análise consiste em gravações <strong>de</strong> 20<br />

entrevistas realizadas por pesquisadores do projeto VARSUL no início da década <strong>de</strong><br />

1990, em Blume<strong>na</strong>u e Lages, com informantes oriund<strong>os</strong> daquelas cida<strong>de</strong>s 109. O<br />

corpus do banco <strong>de</strong> dad<strong>os</strong> do projeto VARSUL foi implementado pelas universida<strong>de</strong>s<br />

UFRGS, PUC-RS, UFSC e UFPR e disponibiliza am<strong>os</strong>tras <strong>de</strong> realizações da fala <strong>de</strong><br />

habitantes enraizad<strong>os</strong> em áreas urba<strong>na</strong>s sócio-culturalmente representativas <strong>de</strong><br />

cada um d<strong>os</strong> três estad<strong>os</strong> da Região Sul do Brasil. As entrevistas foram realizadas<br />

entre 1990 e 1996 sob a metodologia variacionista e estão armaze<strong>na</strong>das em forma<br />

<strong>de</strong> fitas cassetes, CDs e transcrições. Trata-se <strong>de</strong> 24 entrevistas para cada cida<strong>de</strong><br />

com uma estratificação d<strong>os</strong> falantes segundo <strong>os</strong> critéri<strong>os</strong> sexo, ida<strong>de</strong> e escolarida<strong>de</strong>.<br />

108 Rieger (1995:9) argumenta em relação à i<strong>na</strong><strong>de</strong>quação <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>l<strong>os</strong> binomiais enquanto<br />

não tiverm<strong>os</strong> uma teoria lingüística que forneça categorias empiricamente testáveis <strong>na</strong> fala<br />

real e espontânea.<br />

109 De acordo com <strong>os</strong> critéri<strong>os</strong> do projeto VARSUL, <strong>os</strong> informantes admitid<strong>os</strong> para o banco<br />

<strong>de</strong> dad<strong>os</strong> <strong>de</strong>vem ter morado <strong>na</strong> cida<strong>de</strong> em questão por pelo men<strong>os</strong> dois terç<strong>os</strong> <strong>de</strong> sua vida, e<br />

não po<strong>de</strong>m ter morado fora da região por mais <strong>de</strong> um ano no período <strong>de</strong> aquisição da língua<br />

<strong>na</strong>tiva (2 a 12 an<strong>os</strong>).<br />

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