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os róticos intervocálicos na gramática individual de

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O procedimento metodológico compreendido pela groun<strong>de</strong>d theory inicia com uma<br />

codificação 106 aberta d<strong>os</strong> dad<strong>os</strong>, sem categorização prévia. Durante a avaliação, o<br />

pesquisador <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>senvolver categorias provisórias que, voltando a mais uma<br />

etapa <strong>de</strong> exploração d<strong>os</strong> dad<strong>os</strong>, <strong>de</strong>vem ser reavaliadas e reformuladas até encontrar<br />

categorias mais robustas e relevantes afirmadas pelo material empírico.<br />

Frente a essa <strong>de</strong>scrição bastante abstrata do processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um<br />

mo<strong>de</strong>lo teórico no paradigma da groun<strong>de</strong>d theory, g<strong>os</strong>taríam<strong>os</strong> <strong>de</strong> fazer duas<br />

observações. Primeiro, para melhorar a compreensão do processo e das etapas que<br />

o compõem, m<strong>os</strong>tram<strong>os</strong> em 5.4 como esse processo se dá <strong>na</strong> análise do n<strong>os</strong>so<br />

material empírico. Segundo, po<strong>de</strong> parecer que o processo e as etapas <strong>de</strong>scrit<strong>os</strong> não<br />

estão tão distantes da metodologia científica <strong>de</strong> outras abordagens, como o início<br />

<strong>de</strong>sta seção talvez tenha sugerido. A diferença entre uma pesquisa que segue outro<br />

mo<strong>de</strong>lo e uma pesquisa baseada no paradigma da groun<strong>de</strong>d theory encontra-se<br />

justamente <strong>na</strong> explicitação <strong>de</strong> todas essas etapas. Em outr<strong>os</strong> mo<strong>de</strong>l<strong>os</strong>, esses pass<strong>os</strong><br />

metodológic<strong>os</strong> acontecem, <strong>de</strong> uma maneira ou <strong>de</strong> outra, <strong>de</strong>ntro da cabeça do<br />

pesquisador no processo <strong>de</strong> busca por categorias e exempl<strong>os</strong> que satisfaçam <strong>os</strong><br />

objetiv<strong>os</strong> e hipóteses que quer <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r. Com essa observação chegam<strong>os</strong> à questão<br />

da justificação da metodologia qualitativa que constitui a groun<strong>de</strong>d theory. A<br />

explicitação <strong>de</strong>talhada do processo <strong>de</strong> categorização é um procedimento<br />

fundamental para uma teoria formulada <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>ste paradigma. Para a avaliação<br />

<strong>de</strong> uma teoria que segue a metodologia prop<strong>os</strong>ta, Strauss e Corbin (1990) sugerem<br />

este critério <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>:<br />

“In a groun<strong>de</strong>d theory publication, the rea<strong>de</strong>r should be able to make judgements<br />

about some of the components of the research process that led to the publication.”<br />

(STRAUSS, CORBIN, 1990:252). 107<br />

Antes <strong>de</strong> passar para a <strong>de</strong>scrição da análise realizada com o n<strong>os</strong>so material<br />

empírico, <strong>na</strong>s seções a seguir, querem<strong>os</strong> apontar para um certo “parentesco” ou,<br />

pelo men<strong>os</strong>, para a compatibilida<strong>de</strong> que vem<strong>os</strong> entre a n<strong>os</strong>sa abordagem fonético-<br />

fonológica complexa e emergente, a <strong>de</strong>scrição fonético-fonológica <strong>na</strong> teoria <strong>de</strong><br />

106 Por “codificação” enten<strong>de</strong>-se, <strong>na</strong> groun<strong>de</strong>d theory, o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>marcar e rotular<br />

provisoriamente as unida<strong>de</strong>s do fenômeno a serem interpretadas. Em n<strong>os</strong>so caso, isso se<br />

refere à coleta das ocorrências <strong>de</strong> rótic<strong>os</strong> intervocálic<strong>os</strong> e sua primeira <strong>de</strong>scrição, que<br />

prece<strong>de</strong> a sua apreensão em term<strong>os</strong> <strong>de</strong> variantes e, p<strong>os</strong>teriormente, em term<strong>os</strong> <strong>de</strong> categorias<br />

<strong>de</strong>ntro das <strong>gramática</strong>s individuais.<br />

107 Com essa observação voltam<strong>os</strong> à opinião meta-teórica <strong>de</strong> Rieger, exp<strong>os</strong>ta acima.<br />

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