10.01.2013 Views

os róticos intervocálicos na gramática individual de

os róticos intervocálicos na gramática individual de

os róticos intervocálicos na gramática individual de

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

alemão. Escolhem<strong>os</strong> a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lages por ser uma das comunida<strong>de</strong>s<br />

representadas no banco <strong>de</strong> dad<strong>os</strong> do VARSUL, com material empírico coletado<br />

<strong>de</strong>ntro da mesma metodologia aplicada em Blume<strong>na</strong>u e por se tratar <strong>de</strong> uma região<br />

que, no VARSUL, não representa uma comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> contato lingüístico, ao que<br />

resumim<strong>os</strong> a principal diferença interessante para o n<strong>os</strong>so caso.<br />

A diferença qualitativa entre o levantamento e a categorização d<strong>os</strong> dad<strong>os</strong> do<br />

trabalho anterior e da presente pesquisa está n<strong>os</strong> seguintes aspect<strong>os</strong>. O primeiro<br />

concerne à avaliação fonética. Os dad<strong>os</strong> neste trabalho são a<strong>na</strong>lisad<strong>os</strong> não somente<br />

auditiva, mas também acusticamente e sem categorização prévia <strong>de</strong> variantes. O<br />

segundo aspecto diz respeito à concepção <strong>de</strong> <strong>gramática</strong> <strong>individual</strong>. Investigam<strong>os</strong> a<br />

organização das variantes <strong>na</strong> fala <strong>de</strong> cada falante <strong>individual</strong>mente. O foco do n<strong>os</strong>so<br />

estudo está <strong>na</strong> <strong>gramática</strong> <strong>individual</strong>, além do mais, como <strong>de</strong>talharem<strong>os</strong> <strong>na</strong> seção<br />

5.3, <strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> dad<strong>os</strong> não satisfazem às exigências <strong>de</strong> uma análise segundo a<br />

metodologia clássica da sociolingüística quantitativa. Contudo, levantam<strong>os</strong> <strong>os</strong><br />

fatores intrínsec<strong>os</strong> das palavras que constituem o corpus para a<strong>na</strong>lisar a sua<br />

influência sobre o fenômeno em questão. Comparam<strong>os</strong>, como única instância acima<br />

do indivíduo, <strong>os</strong> dois conjunt<strong>os</strong> <strong>de</strong> falantes, tomando o fator “região” como pista<br />

paralela para observar <strong>de</strong> que modo efeit<strong>os</strong> individuais po<strong>de</strong>riam se manifestar <strong>na</strong><br />

comunida<strong>de</strong>, embora o n<strong>os</strong>so objetivo não seja exatamente a <strong>de</strong>scrição da varieda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> uma comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fala. Esse levantamento, em relação à análise auditiva e<br />

acústica bem como ao procedimento interpretativo, é o tema <strong>de</strong>senvolvido <strong>na</strong><br />

seqüência <strong>de</strong>ste capítulo.<br />

Na realização <strong>de</strong> n<strong>os</strong>sa análise, <strong>de</strong>paramo-n<strong>os</strong> com problemas concernentes à<br />

escolha da abordagem teórico-metodológica, conforme exp<strong>os</strong>to no capítulo anterior.<br />

Do ponto <strong>de</strong> vista fonético, a limitação do n<strong>os</strong>so material encontra-se no fato <strong>de</strong> as<br />

gravações disponíveis no corpus do projeto VARSUL refletirem pouco o aspecto<br />

dialógico, por se tratarem <strong>de</strong> entrevistas orientadas pela metodologia da<br />

sociolingüística variacionista 102, normalmente realizadas por entrevistadores<br />

oriund<strong>os</strong> <strong>de</strong> fora da comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fala em questão. Portanto, a n<strong>os</strong>sa investigação<br />

limita-se à <strong>de</strong>scrição e à análise da organização da <strong>gramática</strong> <strong>individual</strong>. Conforme<br />

118<br />

102 Os informantes são conduzid<strong>os</strong> a falar, tanto quanto p<strong>os</strong>sível, sem interferência do<br />

entrevistador já que o que se busca, <strong>na</strong> metodologia labovia<strong>na</strong>, é captar o vernáculo, ou<br />

seja, a fala mais <strong>na</strong>tural e espontânea p<strong>os</strong>sível, à qual é dispensado o mínimo <strong>de</strong> atenção.<br />

As <strong>na</strong>rrativas <strong>de</strong> experiências pessoais são <strong>os</strong> tip<strong>os</strong> <strong>de</strong> seqüências textuais que predomi<strong>na</strong>m<br />

<strong>na</strong> am<strong>os</strong>tra do VARSUL.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!