os róticos intervocálicos na gramática individual de
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superior <strong>de</strong> organização, porém não autônomo em relação à fonética 100. Admitim<strong>os</strong>,<br />
com Bybee (2001) e Cristófaro-Silva (2003), que as formas fonético-fonológicas são<br />
armaze<strong>na</strong>das em conjunt<strong>os</strong> <strong>de</strong> diferenças antes gradativas do que categóricas. O<br />
domínio fonético-fonológico, além do mais, é visto como intimamente interligado a<strong>os</strong><br />
<strong>de</strong>mais domíni<strong>os</strong> lingüístic<strong>os</strong> e subsistemas da comunicação huma<strong>na</strong>. Portanto,<br />
discordam<strong>os</strong> da prop<strong>os</strong>ta <strong>de</strong> Boersma (1998), que explica a emergência <strong>de</strong> formas<br />
fonéticas intrinsecamente <strong>de</strong>ntro do domínio fonético-fonológico Por motiv<strong>os</strong> não-<br />
fonétic<strong>os</strong> ou fonológic<strong>os</strong>, um candidato não-ótimo po<strong>de</strong> chegar a ser mais usado do<br />
que outro que seja ótimo (no sentido da avaliação d<strong>os</strong> princípi<strong>os</strong> articulatóri<strong>os</strong> e<br />
perceptuais). Em n<strong>os</strong>so mo<strong>de</strong>lo, a interação e a relação com <strong>os</strong> <strong>de</strong>mais domíni<strong>os</strong><br />
lingüístic<strong>os</strong> e as suas informações como, por exemplo, significado e pragmática,<br />
contexto morfológico e fatores sociais, também exercem uma influência. As<br />
entida<strong>de</strong>s fonético-fonológicas, no sistema complexo, são armaze<strong>na</strong>das não somente<br />
gradativa, mas holisticamente.<br />
Na figura 14 expom<strong>os</strong> o armaze<strong>na</strong>mento segundo a prop<strong>os</strong>ta <strong>de</strong> Bybee (2001):<br />
1) ALGUNS DOS CONTEXTOS QUE FORNECEM INFORMAÇÕES AO ARMAZENAMENTO:<br />
carro significado(s)<br />
(fonético, morfológico, lexical):<br />
(social): convenções e atitu<strong>de</strong>s<br />
....<br />
110<br />
Figura 14. Diagrama <strong>de</strong> um exemplar com alguns d<strong>os</strong> context<strong>os</strong> que fornecem<br />
informações ao armaze<strong>na</strong>mento d<strong>os</strong> rótic<strong>os</strong>.<br />
No diagrama acima vem<strong>os</strong> um exemplar, ou seja, uma unida<strong>de</strong> fonético-fonológica<br />
conectada à informação fonética/morfológica/lexical <strong>de</strong> um tipo <strong>de</strong> item lexical que<br />
contém um r-duplo, usando o exemplo da palavra “carro”. De acordo com a<br />
abordagem que propom<strong>os</strong>, baseada em Bybee (2001), o armaze<strong>na</strong>mento se dá em<br />
forma <strong>de</strong> palavras e não, como sugere Cristófaro-Silva (2002), em forma <strong>de</strong> sílabas.<br />
100 Phonology differs qualitatively from phonetics in that it represents a new, more complex<br />
higher level of [that] behaviour. [but] [...] phonology remains behaviour [...]. (LINDBLOM,<br />
MACNEILLAGE, STUDDERT-KENNEDY,1984:13).