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os róticos intervocálicos na gramática individual de

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seção 4.4.2, <strong>na</strong> qual <strong>de</strong>limitam<strong>os</strong> a n<strong>os</strong>sa prop<strong>os</strong>ta <strong>de</strong> abordagem, sintetizando as<br />

características do conceito <strong>de</strong> língua como sistema complexo, exp<strong>os</strong>tas ao longo<br />

<strong>de</strong>ste capítulo. O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> armaze<strong>na</strong>mento <strong>de</strong> formas não-estruturalista,<br />

conforme a fonologia <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> Bybee (2001), será adaptado ao subsistema<br />

fonético-fonológico <strong>de</strong>ntro do sistema complexo.<br />

4.4.2 A <strong>gramática</strong> <strong>individual</strong> <strong>de</strong>ntro da n<strong>os</strong>sa abordagem<br />

Debruçamo-n<strong>os</strong> neste capítulo sobre uma visão funcio<strong>na</strong>l que concebe a língua<br />

como um sistema complexo, comp<strong>os</strong>ta por formas e organizações <strong>de</strong>ssas formas<br />

emergentes e representada <strong>na</strong> <strong>gramática</strong> <strong>individual</strong>.<br />

As formas, ou <strong>os</strong> recurs<strong>os</strong> lingüístic<strong>os</strong>, neste mo<strong>de</strong>lo, são armaze<strong>na</strong>das <strong>na</strong><br />

<strong>gramática</strong> <strong>individual</strong> <strong>de</strong> cada falante. As <strong>gramática</strong>s individuais estão<br />

permanentemente em process<strong>os</strong> <strong>de</strong> adaptação e mudança. A disputa entre as<br />

diversas interpretações do mundo, aqui em relação à produção e percepção<br />

fonético-fonológica, e a tendência <strong>de</strong> padronizar formas convencio<strong>na</strong>is estão em um<br />

equilíbrio <strong>de</strong> forças que permite a emergência <strong>de</strong> novas estruturas e formas, mas,<br />

ao mesmo tempo, mantém estabilida<strong>de</strong>. Nesse aspecto, compartilham<strong>os</strong> as<br />

<strong>de</strong>finições <strong>de</strong> Wildgen (2005), salientando que a auto-organização do sistema p<strong>os</strong>sui<br />

um sentido duplo: o da emergência <strong>de</strong> novas estruturas e o da estabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

estruturas através d<strong>os</strong> process<strong>os</strong> efetiv<strong>os</strong> entre as partes do sistema. Vim<strong>os</strong>, em<br />

Selting e Couper-Kuhlen (2000), a forte ênfase no fato <strong>de</strong> que o sistema que<br />

<strong>de</strong>screvem<strong>os</strong> é um comportamento humano interacio<strong>na</strong>l. A <strong>gramática</strong>, conforme,<br />

entre outr<strong>os</strong>, Wildgen (2005), Selting e Couper-Kuhlen (2000) e Hopper (1987), é<br />

ancorada no falante <strong>individual</strong>. No entanto, a adaptabilida<strong>de</strong> do sistema como<br />

fenômeno coletivo se dá somente através da interação e negociação. Seguindo Bybee<br />

(2001), admitim<strong>os</strong> a <strong>gramática</strong> como um conhecimento procedural.<br />

O domínio fonético-fonológico, <strong>de</strong>ntro do sistema lingüístico como um todo, é<br />

concebido por nós como uma interface entre dois subdomíni<strong>os</strong> proximamente<br />

ligad<strong>os</strong>. Conforme argumenta Lindblom, enten<strong>de</strong>m<strong>os</strong> a fonologia como um nível<br />

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