os róticos intervocálicos na gramática individual de
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4) O ouvinte minimiza o número <strong>de</strong> falhas <strong>de</strong> reconhecimento, usando o máximo<br />
p<strong>os</strong>sível <strong>de</strong> informações acústicas.<br />
5) O falante e o ouvinte maximizam a passagem <strong>de</strong> informação.<br />
Aceitando uma visão da língua como um sistema complexo, o quadro <strong>de</strong>sses<br />
princípi<strong>os</strong> po<strong>de</strong> ser classificado como um d<strong>os</strong> subsistemas fonético-fonológic<strong>os</strong>.<br />
Porém, uma vez que o uso da língua e o objetivo comunicativo humano não são<br />
limitad<strong>os</strong> à mera troca <strong>de</strong> informações (ver acima o princípio 5), a n<strong>os</strong>sa abordagem<br />
procura interpretar as condições que levam à “escolha” <strong>de</strong> uma forma a ser<br />
enunciada, <strong>de</strong> uma maneira mais abrangente.<br />
Nesta seção conhecem<strong>os</strong> uma prop<strong>os</strong>ta foneticamente fundada para um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />
uma Teoria da Otimalida<strong>de</strong> Funcio<strong>na</strong>l. Contudo, n<strong>os</strong>sa abordagem não entra <strong>na</strong><br />
linha da OT, embora tenham<strong>os</strong> visto que há vári<strong>os</strong> aspect<strong>os</strong> familiares entre a teoria<br />
<strong>de</strong> Boersma (1998) e as abordagens <strong>de</strong> lingüística funcio<strong>na</strong>l exp<strong>os</strong>tas<br />
anteriormente. O que há <strong>de</strong> comum entre elas é a sup<strong>os</strong>ição <strong>de</strong> que uma fonologia<br />
funcio<strong>na</strong>l precisa ser baseada necessariamente <strong>na</strong> fonética. Tanto no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />
Boersma (1998) quanto no <strong>de</strong> Wildgen (2005), o qual apresentarem<strong>os</strong> <strong>na</strong> seção<br />
seguinte, a noção <strong>de</strong> um domínio <strong>de</strong> representação d<strong>os</strong> fonemas é <strong>de</strong>scartada.<br />
Amb<strong>os</strong> <strong>os</strong> mo<strong>de</strong>l<strong>os</strong> situam a “<strong>gramática</strong>” fonológica no indivíduo. Amb<strong>os</strong> também<br />
consi<strong>de</strong>ram o aspecto fonético perceptual no seu mo<strong>de</strong>lo fonológico, criticando o<br />
fato <strong>de</strong> <strong>os</strong> mo<strong>de</strong>l<strong>os</strong> gerativ<strong>os</strong> se orientarem, ou somente pel<strong>os</strong> traç<strong>os</strong> articulatóri<strong>os</strong><br />
ou pel<strong>os</strong> traç<strong>os</strong> híbrid<strong>os</strong>, sem distinguir bem entre <strong>os</strong> aspect<strong>os</strong> articulatóri<strong>os</strong> e<br />
perceptuais.<br />
Na próxima seção, voltarem<strong>os</strong> a alguns aspect<strong>os</strong> do paradigma <strong>de</strong> Wildgen (2005) já<br />
introduzido <strong>na</strong> seção 4.2.1, discutindo, com bastante <strong>de</strong>talhamento, um<br />
experimento realizado por De Boer (1997) com agentes <strong>de</strong> inteligência artificial no<br />
qual Wildgen baseia a sua argumentação em favor da emergência fonológica.<br />
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