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Sistema de Transporte Vertical - BRB

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CONCORRÊNCIA DIPES/CPLIC Nº 001/2011<br />

ANEXO II<br />

Estudo para Mo<strong>de</strong>rnização <strong>de</strong> Elevadores<br />

<strong>Sistema</strong> <strong>de</strong> <strong>Transporte</strong> <strong>Vertical</strong><br />

1.OBJETO<br />

Mo<strong>de</strong>rnização Integral com Atualização Tecnológica e A<strong>de</strong>quação Normativa dos<br />

elevadores instalados no Edifício Brasília, em total atendimento às Normas NBR NM<br />

207, NBR NM 13, NBR 9050 da ABNT e à Legislação Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Acessibilida<strong>de</strong>, em<br />

especial o Decreto 5.296, <strong>de</strong> 02 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2004, Leis 10.048 <strong>de</strong> 08 <strong>de</strong> novembro<br />

<strong>de</strong> 2000 e 10.098 <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro e 2000, além das posturas locais <strong>de</strong><br />

acessibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pessoas com necessida<strong>de</strong>s especiais.<br />

2. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES<br />

Os serviços a serem executados, visam não somente a atualização tecnológica dos<br />

elevadores, a<strong>de</strong>quando-os às normas técnicas e <strong>de</strong> segurança e acessibilida<strong>de</strong>,<br />

atualmente vigentes, mas, e principalmente, a melhoria do <strong>de</strong>sempenho operacional e<br />

embelezamento estético dos mesmos, aumentando o conforto, o bem estar e a<br />

confiabilida<strong>de</strong> dos usuários.<br />

Os serviços englobarão a substituição <strong>de</strong> todos os componentes dos elevadores que<br />

têm causado problemas na eficácia operacional do transporte vertical do edifício,<br />

mantendo aqueles que não comprometam a segurança e nem a confiabilida<strong>de</strong> da<br />

mo<strong>de</strong>rnização proposta e inserindo novos equipamentos e acessórios necessários ao<br />

aumento da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transporte e à a<strong>de</strong>quação dos elevadores às normas <strong>de</strong><br />

segurança e legislação <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong>, utilizando equipamentos que, <strong>de</strong>ntro do<br />

espírito mundial <strong>de</strong> respeito ao meio ambiente, sejam ecologicamente corretos.<br />

A mo<strong>de</strong>rnização abrangerá a substituição dos atuais quadros <strong>de</strong> comando a relês, já<br />

totalmente obsoletos e com sensíveis limitações técnicas, por novos conjuntos microprocessados<br />

<strong>de</strong> última geração com respectivos periféricos <strong>de</strong> acionamento e controle,<br />

substituição das máquinas <strong>de</strong> tração que, apesar da elevada robustez, são <strong>de</strong><br />

concepção superada e já apresentam <strong>de</strong>ficiência em seus mancais, substituição das<br />

cabinas em <strong>de</strong>sign mo<strong>de</strong>rno e incorporando atualizados sistemas <strong>de</strong> sinalização visual<br />

e acústica, e instalação <strong>de</strong> novo sistema inteligente <strong>de</strong> <strong>de</strong>spacho, com chamadas<br />

antecipadas no hall dos elevadores, evitando transtornos e filas e em total atendimento<br />

à Legislação <strong>de</strong> Acessibilida<strong>de</strong>.


CONCORRÊNCIA DIPES/CPLIC Nº 001/2011<br />

As guias do carro e do contrapeso, assim como a própria bateria <strong>de</strong> contrapeso<br />

po<strong>de</strong>rão ser mantidas, pois, além <strong>de</strong> não sofrerem <strong>de</strong>sgastes expressivos ao longo do<br />

tempo, são <strong>de</strong> elevadas dimensões, e o seu manuseio causam transtornos<br />

operacionais num prédio em ativida<strong>de</strong>.<br />

O sistema <strong>de</strong> transporte vertical proposto para a mo<strong>de</strong>rnização no Edifício Brasília,<br />

garantirá, uma série <strong>de</strong> vantagens, tais como: suavida<strong>de</strong> e precisão nas paradas,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da carga transportada, menor <strong>de</strong>sgaste dos componentes móveis,<br />

redução significativa nos níveis <strong>de</strong> ruído e calor na casa <strong>de</strong> máquinas, etc., além <strong>de</strong><br />

aumentar a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transporte dos elevadores, reduzindo significativamente o<br />

tempo médio <strong>de</strong> espera dos usuários, com menor número <strong>de</strong> paradas por viagem,<br />

cabinas mais vazias, além <strong>de</strong> redução no consumo <strong>de</strong> energia elétrica da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong><br />

30% com a aplicação <strong>de</strong> inversores <strong>de</strong> freqüência tradicionais ou <strong>de</strong> ate 70% com a<br />

aplicação <strong>de</strong> ”drive” regenerativo.<br />

3. CARACTERÍSTICAS DAS INSTALAÇÕES EXISTENTES<br />

O Edifício Brasília, no Setor Bancário Sul, abriga a se<strong>de</strong> do Banco <strong>de</strong> Brasília – <strong>BRB</strong>.<br />

Trata-se <strong>de</strong> um Edifício Público construído em 1961 e cuja instalação <strong>de</strong> transporte<br />

vertical contabiliza mais <strong>de</strong> 40 anos, sem nunca ter recebido qualquer tipo <strong>de</strong><br />

mo<strong>de</strong>rnização.<br />

É sabido, na prática, que os equipamentos já estão em sobrevida, uma vez que a vida<br />

útil <strong>de</strong> elevadores com essas características e com esse regime <strong>de</strong> trabalho é <strong>de</strong> 30<br />

anos em média.<br />

3.1. EQUIPAMENTOS INSTALADOS<br />

QUANTIDADE<br />

O edifício está equipado com 07 (sete) elevadores, sendo 06 (seis) no “hall” principal<br />

<strong>de</strong> acesso e 01 (um) <strong>de</strong> uso exclusivo em “hall” separado. Dos 06 (seis) elevadores<br />

instalados no “hall” principal, 04 (quatro) são <strong>de</strong> uso público, <strong>de</strong>nominados sociais, 01<br />

(um) para serviços gerais e 01 (um) para uso privativo da Diretoria do Banco.<br />

VELOCIDADE<br />

A velocida<strong>de</strong> nominal dos elevadores é <strong>de</strong> 210 m/minuto ou 3,50 m/segundo<br />

CAPACIDADE<br />

Todos os Elevadores têm capacida<strong>de</strong> para 17 Passageiros ou 1.190 Kgf<br />

NÚMERO DE PARADAS<br />

Elevador 1 (Privativo): 18 (<strong>de</strong>zoito): Sub Solo, Térreo e 2º a 17º pavimento;<br />

Elevador 2 (Serviço): 18 (<strong>de</strong>zoito): Sub Solo, Térreo e 2º a 17º pavimento;<br />

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CONCORRÊNCIA DIPES/CPLIC Nº 001/2011<br />

Elevadores 3 a 6 (Sociais): 17 (<strong>de</strong>zessete): Térreo e 2º a 17º pavimento;<br />

Elevador 7 (Exclusivo): 08 (oito): Sub Solo, Térreo, Sobreloja, 2º, 3º, 4º, 5º e<br />

18º pavimento, estando as entradas 2, 4, 5 e 6<br />

bloqueadas.<br />

PERCURSO<br />

Elevador 1: 54,00 m, do SS ao 17º pavimento;<br />

Elevador 2: 54,00 m, do SS ao 17º pavimento;<br />

Elevadores 3 a 6: 51,00 m, do T ao 17º pavimento;<br />

Elevador 7: 57,00 m, do SS ao 18º pavimento.<br />

CASA DE MÁQUINAS<br />

Superior nos elevadores 1 a 6 e inferior no elevador 7.<br />

ACIONAMENTO<br />

Convencional a cabos <strong>de</strong> tração, efeito simples, com 6 cabos <strong>de</strong> 5/8” (15,87 mm).<br />

COMANDO<br />

Existem relês eletromecânicos, com seletor <strong>de</strong> fita, já totalmente obsoletos.<br />

MÁQUINAS DE TRAÇÃO<br />

Marca Atlas Villares, Tipo SE 11, <strong>de</strong> tração direta, sem engrenagem, <strong>de</strong> corrente<br />

contínua, 45HP, 95 rpm,tensão da armadura 230 VDC, corrente nominal 165A, freio<br />

eletromagnético 125 VDC, polia com 700 mm <strong>de</strong> diâmetro, ano <strong>de</strong> fabricação1961.<br />

RETIFICADORES DE CORRENTE<br />

Tipo rotativos, marca Atlas, Motor AC IV pólos, 380 VAC, 60 Hz, Gerador DC 33 kW.<br />

PORTA DE CABINA E PAVIMENTOS<br />

Automáticas simultâneas, <strong>de</strong> corrente alternada, abertura central, vãos <strong>de</strong> 800 X 2.000<br />

mm, folhas em aço inoxidável, sem marcos, molduras com acabamento em mármore.<br />

3.2. DESCRIÇÃO DO FUNCIONAMENTO DO ATUAL E NOVO SISTEMA<br />

3.2.1. <strong>Sistema</strong>s <strong>de</strong> Comando Elétrico<br />

O sistema elétrico <strong>de</strong> comando dos elevadores está totalmente obsoleto.<br />

Opera com lógica <strong>de</strong> relês eletromecânicos, com diversas peças móveis, sujeito a<br />

constantes falhas e panes e <strong>de</strong> difícil reposição, gerando, em diversas situações,<br />

<strong>de</strong>mora na solução <strong>de</strong> problemas técnicos nos elevadores.<br />

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CONCORRÊNCIA DIPES/CPLIC Nº 001/2011<br />

O controle <strong>de</strong> variação da velocida<strong>de</strong> também se processa <strong>de</strong> modo mecânico,<br />

basicamente com inserção e supressão <strong>de</strong> resistências em série com o motor <strong>de</strong><br />

tração, liberando gran<strong>de</strong>s quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> calor na casa <strong>de</strong> máquinas, o que se traduz<br />

em <strong>de</strong>sperdício <strong>de</strong> energia elétrica.<br />

O seletor do passadiço, que controla os movimentos do elevador, é composto por uma<br />

fita <strong>de</strong> aço sincronizada com a cabina, também está totalmente obsoleto e causa<br />

constantes falhas nos elevadores.<br />

O sistema <strong>de</strong> retificação <strong>de</strong> corrente, do tipo “Word Leonard”, a exemplo dos <strong>de</strong>mais<br />

sistemas, também está totalmente obsoleto, pois é composto por quatro conjuntos<br />

eletromecânicos rotativos, sendo um motor elétrico assíncrono trifásico <strong>de</strong> corrente<br />

alternada, alimentado pela energia da concessionária, que aciona o gerador <strong>de</strong><br />

corrente contínua que alimenta o motor <strong>de</strong> tração. Esse conjunto, por sua vez, é<br />

controlado por um segundo conjunto constituído por um regulador e uma excitatriz,<br />

gerando baixo rendimento eletromecânico e elevado consumo <strong>de</strong> energia elétrica.<br />

Vale enfatizar que a potência total <strong>de</strong>sses grupos retificadores é <strong>de</strong> 231 kW, que se<br />

mantêm em funcionamento contínuo, mesmo com os elevadores parados, o que<br />

também se traduz em gran<strong>de</strong>s perdas <strong>de</strong> energia.<br />

O sistema <strong>de</strong> <strong>de</strong>spacho do grupo também já está superado, pois ainda opera com<br />

lógica <strong>de</strong> relês eletromecânicos o que, naturalmente, propicia limitada capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

processamento das chamadas.<br />

3.2.2. DRIVE VVVF REGENERATIVO<br />

Com a utilização <strong>de</strong> máquinas <strong>de</strong> tração com motores síncronos <strong>de</strong> corrente alternada<br />

os novos comandos <strong>de</strong>verão utilizar “drive” inversores <strong>de</strong> frequência (VVVF), <strong>de</strong> última<br />

geração, com controle vetorial <strong>de</strong> fluxo, que controla automaticamente a frequência, a<br />

tensão e a intensida<strong>de</strong> da corrente elétrica fornecidas ao motor <strong>de</strong> tração,<br />

proporcionando perfeito nivelamento da cabina, com acelerações e <strong>de</strong>sacelerações<br />

confortáveis, segundo uma rampa programável.<br />

Em <strong>de</strong>terminados momentos do funcionamento do elevador, esses equipamentos, ao<br />

invés <strong>de</strong> consumirem a energia elétrica fornecida pela Concessionária, passam a gerála,<br />

isso porque nos processos <strong>de</strong> frenagem, por exemplo, os motores <strong>de</strong> tração passam<br />

a trabalhar como geradores <strong>de</strong> energia elétrica, ao invés <strong>de</strong> consumidores.<br />

Nos sistemas VVVF convencionais, essa energia dissipada é <strong>de</strong> baixa qualida<strong>de</strong><br />

(ocorrência <strong>de</strong> harmônicas), sendo consumida em bancos <strong>de</strong> resistores. Essa energia<br />

<strong>de</strong>sperdiçada ainda é responsável por parte do aquecimento das casas <strong>de</strong> máquinas.<br />

Diante disso, <strong>de</strong>verão ser aplicadas nos elevadores do <strong>BRB</strong>, quadros <strong>de</strong> comando<br />

equipados com “drive regenerativo”, ultima inovação em termos <strong>de</strong> acionamento <strong>de</strong><br />

motores para equipamentos <strong>de</strong> transporte vertical, cuja energia dissipada é <strong>de</strong> boa<br />

qualida<strong>de</strong> e retorna para a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> alimentação dos elevadores.<br />

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CONCORRÊNCIA DIPES/CPLIC Nº 001/2011<br />

Com a regeneração, a energia retornara para a re<strong>de</strong> elétrica do edifício, provendo a<br />

potência para alimentar outros elevadores ou para outros equipamentos da instalação.<br />

O resultado é uma redução no consumo total <strong>de</strong> energia do edifício, conforme<br />

visualização no Gráfico abaixo.<br />

Gráfico <strong>de</strong> Balanceamento Energético<br />

Fonte: Elevadores Otis<br />

Benefícios do Drive com <strong>Sistema</strong> Regenerativo<br />

Aumento <strong>de</strong> Performance<br />

Por utilizarem processadores digitais <strong>de</strong> 32 bits e alta velocida<strong>de</strong>, associado a novos<br />

algorítimos <strong>de</strong> controle, são <strong>de</strong> maior performance, reduzindo o tempo <strong>de</strong> viagem entre<br />

pisos consecutivos e com maior conforto;<br />

Ecologicamente Corretos<br />

Pelo menor consumo próprio e pela regeneração da energia dissipada torna o “drive<br />

regenerativo” o equipamento próprio para os chamados edifícios “ver<strong>de</strong>s”,<br />

ecologicamente corretos;<br />

Baixa Distorção <strong>de</strong> Harmônicas<br />

Produzem energia limpa com baixa distorção <strong>de</strong> harmônicas, atenuando para valores<br />

próximos a 10%, enquanto esses valores chegam a 80% para os “drives” não<br />

regenerativos.<br />

Isso resulta em menor poluição do sistema elétrico do edifício, ajudando a proteger os<br />

equipamentos sensíveis a harmônicas.<br />

Maior Tolerância a Flutuação <strong>de</strong> Tensão<br />

O “drive regenerativo” foi projetado para possibilitar sua operação com variações <strong>de</strong><br />

tensão <strong>de</strong> até 30%, trazendo significativas vantagens em áreas on<strong>de</strong> essas flutuações<br />

são comuns.<br />

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CONCORRÊNCIA DIPES/CPLIC Nº 001/2011<br />

Economicamente Viáveis<br />

Na Tabela a seguir estão dados comparativos <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> energia entre os drives<br />

convencionais e regenerativos:<br />

TABELA 1 - COMPARAÇÃO ENTRE DRIVE CONVENCIONAL E REGENERATIVO<br />

CARGA % Drive Convencional Drive Regenerativo ECONOMIA %<br />

0% (0 Kg) 142.752 Kwh 59.603Kwh 58,25<br />

25% (400 Kg) 77.011 Kwh 41.152 Kwh 46,56<br />

50% (800 Kg) 41.757 Kwh 41.025 Kwh 1,75<br />

75% (1200 Kg) 87.080 Kwh 46.200 Kwh 46,95<br />

100% (1600 Kg) 153.000 Kwh 62.520 Kwh 59,14<br />

TOTAL 501.600 Kwh 250.500 Kwh 50,05<br />

Fonte: Elevadores OTIS<br />

OBSERVAÇÕES:<br />

1- Os testes foram realizados em elevador com capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 1.600 Kgf e velocida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> 1,75 m/segundo.<br />

2 - Foram realizadas 2.000 viagens por carga %, totalizando 10.000 viagens.<br />

3 - Os maiores porcentuais <strong>de</strong> economia (em vermelho) se <strong>de</strong>ram com o carro<br />

completamente vazio ou completamente cheio.<br />

4 - A diferença <strong>de</strong> custos <strong>de</strong>ssa nova tecnologia, já disponível em todos os renomados<br />

fabricantes é <strong>de</strong> apenas 5%, conforme informou a OTIS.<br />

3.2.3. SISTEMA DE ANTECIPAÇÃO DE CHAMADA E DESTINO<br />

O sistema <strong>de</strong> <strong>de</strong>spacho hoje instalado no Edifício Brasília já está superado, pois ainda<br />

opera com lógica <strong>de</strong> relês eletromecânicos o que, naturalmente, propicia limitada<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> processamento das chamadas.<br />

Com a substituição dos comandos a relês por novos comandos micro processados,<br />

também os sistemas <strong>de</strong> <strong>de</strong>spachos serão substituídos por tecnologia similar, on<strong>de</strong> as<br />

chamadas <strong>de</strong> pavimento e <strong>de</strong> cabina são processadas e o sistema <strong>de</strong> <strong>de</strong>spacho orienta<br />

o elevador que atenda a chamada no menor tempo.<br />

Superando esse tipo <strong>de</strong> operação, já estão disponíveis no mercado os SISTEMAS DE<br />

ANTECIPAÇÃO DE CHAMADA E DESTINO on<strong>de</strong> os usuários, ao invés <strong>de</strong> acionarem<br />

inicialmente os botões <strong>de</strong> chamada no pavimento e posteriormente no interior da<br />

cabina, registram apenas seu andar <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino em painéis instalados no “hall” <strong>de</strong> cada<br />

andar e recebe em um “display” a informação <strong>de</strong> em qual elevador <strong>de</strong>verá embarcar.<br />

O <strong>Sistema</strong> monitora continuamente a <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> passageiros, a fim <strong>de</strong> implementar a<br />

lógica <strong>de</strong> atendimento mais eficiente a qualquer momento, avaliando em tempo real os<br />

dados <strong>de</strong> origem e <strong>de</strong>stino dos passageiros à medida que as chamadas vão sendo<br />

processadas.<br />

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CONCORRÊNCIA DIPES/CPLIC Nº 001/2011<br />

Como resultado, o <strong>Sistema</strong> se adapta muito melhor e mais rapidamente às constantes<br />

mudanças <strong>de</strong> fluxo dos passageiros no edifício ao longo <strong>de</strong> todo o dia, aten<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong><br />

forma mais eficiente os picos <strong>de</strong> <strong>de</strong>manda nos horários da manhã com picos no tráfego<br />

<strong>de</strong> subida, do almoço com tráfego nos dois sentidos ou no final do dia, com picos no<br />

tráfego <strong>de</strong> <strong>de</strong>scida.<br />

COMPARAÇÃO COM O SISTEMA DE DESPACHO CONVENCIONAL<br />

No <strong>Sistema</strong> <strong>de</strong> Despacho Convencional os passageiros pressionam o botão <strong>de</strong><br />

chamada externa e aguardam a chegada <strong>de</strong> qualquer carro. Dentro da cabina, os<br />

passageiros vão registrando suas chamadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino e aguardam, após varias<br />

paradas nos andares selecionados até chegar ao seu.<br />

No <strong>Sistema</strong> <strong>de</strong> Antecipação <strong>de</strong> Chamada e Destino, os passageiros que já<br />

informaram seu <strong>de</strong>stino no Painel da entrada do Hall são direcionados ao elevador que<br />

mais rapidamente irá levá-los ao andar <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino. Ao fazer isso, o sistema direciona<br />

automaticamente os passageiros que possuem o mesmo <strong>de</strong>stino para um mesmo<br />

elevador, evitando cabinas lotadas e reduzindo o número <strong>de</strong> paradas por viagem,<br />

reduzindo, em consequência o Tempo Total <strong>de</strong> Viagem e aumentando a Capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Transporte</strong> do sistema <strong>de</strong> elevadores do edifício.<br />

Em Resumo, o <strong>Sistema</strong> propicia as seguintes vantagens:<br />

- Reduz o tempo <strong>de</strong> espera do passageiro;<br />

- Diminui o número <strong>de</strong> pessoas na cabina por viagem;<br />

- Reduz o tempo <strong>de</strong>ntro da cabina;<br />

- Diminui o tempo <strong>de</strong> paradas por viagem;<br />

- Utilização mais racional do espaço do hall <strong>de</strong> acesso, pela formação <strong>de</strong> grupos<br />

distintos <strong>de</strong> passageiros para cada elevador;<br />

- Chamada específica para passageiros Portadores <strong>de</strong> Necessida<strong>de</strong>s Especiais.<br />

PARTICULARIDADES DO SISTEMA<br />

Por tratar-se <strong>de</strong> um edifício <strong>de</strong> uma única entida<strong>de</strong>, com tráfego <strong>de</strong> média intensida<strong>de</strong> e<br />

com ampla comunicação entre os vários pisos, e ainda com elevadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>stinação<br />

específica <strong>de</strong>ntro do grupo, o <strong>Sistema</strong> <strong>de</strong>ve aten<strong>de</strong>r às seguintes particularida<strong>de</strong>s:<br />

- Prever um grupo <strong>de</strong> 6 (seis) elevadores para o sistema <strong>de</strong> <strong>de</strong>spacho. Como os<br />

elevadores 1 e 2 aten<strong>de</strong>m o sub solo do edifício, eles possuem 18 paradas enquanto<br />

os elevadores 3 a 6 possuem 17 paradas. Assim sendo, <strong>de</strong> acordo com o software <strong>de</strong><br />

cada fabricante, o sistema po<strong>de</strong>rá prever todos os elevadores com 18 paradas, sendo<br />

que as paradas do sub solo nos elevadores 3 a 6 seriam virtuais e <strong>de</strong>sabilitadas no<br />

<strong>Sistema</strong> <strong>de</strong> Monitoramento <strong>de</strong> Tráfego.<br />

- Prever, para o elevador 1, que aten<strong>de</strong> à Diretoria do Banco, funcionamento restrito, o<br />

que po<strong>de</strong>rá ser feito com a instalação <strong>de</strong> uma interface leitora <strong>de</strong> cartão. Com isso,<br />

todas as vezes que a chamada fosse efetuada pelo cartão personalizado, somente o<br />

elevador 1 será disponibilizado;<br />

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CONCORRÊNCIA DIPES/CPLIC Nº 001/2011<br />

- Prever a instalação <strong>de</strong> dois teclados em cada piso, tendo em vista que os elevadores<br />

são dispostos em linha no centro <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> corredor, com fluxo <strong>de</strong> passageiros<br />

em duas direções;<br />

- Prever uma linha <strong>de</strong> botoeiras <strong>de</strong> chamada externa para o elevadores 2, que<br />

eventualmente po<strong>de</strong>rá ser retirado do grupo e operar <strong>de</strong> forma in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte como<br />

elevador <strong>de</strong> serviço;<br />

- Prever Teclado amigável, com Chamada específica para passageiros Portadores <strong>de</strong><br />

Necessida<strong>de</strong>s Especiais (PNE’s), com inserto Braile, <strong>Sistema</strong> <strong>de</strong> Voz Digitalizada e<br />

condições operacionais específicas para esses passageiros, em total atendimento às<br />

prescrições da NBR NM 313 e à Legislação <strong>de</strong> Acessibilida<strong>de</strong>.<br />

Equipamentos <strong>de</strong> Referência<br />

Para as especificações <strong>de</strong>sse sistema, foram consi<strong>de</strong>rados os equipamentos dos<br />

seguintes fabricantes:<br />

1-COMPASS da Elevadores Otis;<br />

2-MICONIC 10 da Atlas Schindler; e,<br />

3-ADC XXI da Thyssenkrupp Elevadores.<br />

3.2.4. Máquinas <strong>de</strong> Tração<br />

As máquinas <strong>de</strong> tração são do tipo tração direta, sem engrenagens e já estão com mais<br />

<strong>de</strong> quarenta anos <strong>de</strong> funcionamento. Apesar <strong>de</strong> estarem em condições normais <strong>de</strong><br />

funcionamento, já apresentam, pela concepção tecnológica <strong>de</strong>fasada em mais meio<br />

século, limitações técnicas e operacionais, especialmente quando da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

peças <strong>de</strong> reposição, tais como os enrolamentos das bobinas <strong>de</strong> campo do estator e do<br />

rotor, que já apresentam <strong>de</strong>ficiência nos seus isolamentos, coletores, escovas e<br />

mancais <strong>de</strong> rolamentos, que já apresentam <strong>de</strong>sgaste acentuado.<br />

3.2.4.1. Da manutenção das máquinas <strong>de</strong> tração<br />

A substituição das máquinas <strong>de</strong> tração durante um processo <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização está<br />

atrelada exclusivamente à relação custo beneficio, respeitados evi<strong>de</strong>nte e<br />

prioritariamente os aspectos <strong>de</strong> segurança operacional dos equipamentos.<br />

As máquinas <strong>de</strong> tração instaladas no Edifício Brasília são equipamentos <strong>de</strong> corrente<br />

contínua <strong>de</strong> alta robustez eletromecânica e, <strong>de</strong> modo geral em condições normais <strong>de</strong><br />

conservação e segurança.<br />

Entretanto, foram projetadas há mais <strong>de</strong> 50 anos e são <strong>de</strong> baixo rendimento elétrico<br />

quando comparadas às atuais máquinas <strong>de</strong> tração com motores assíncronos <strong>de</strong><br />

corrente alternada.<br />

Vale <strong>de</strong>stacar, ainda, que a potência total <strong>de</strong>ssas máquinas <strong>de</strong> tração é <strong>de</strong> 315 HP, e<br />

operam com tensão <strong>de</strong> 230 VDC, enquanto a tensão fornecida pela concessionária <strong>de</strong><br />

energia é <strong>de</strong> 380 VAC.<br />

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CONCORRÊNCIA DIPES/CPLIC Nº 001/2011<br />

Em algumas mo<strong>de</strong>rnizações similares on<strong>de</strong> essas máquinas foram mantidas, foram<br />

instalados comandos com conversores estáticos <strong>de</strong> corrente contínua <strong>de</strong> custo superior<br />

aos do tipo VVVF.<br />

Como a tensão da armadura é <strong>de</strong> 230 VDC e da concessionária é <strong>de</strong> 380 VAC,fez-se<br />

necessária a instalação <strong>de</strong> auto transformadores, o que se traduz em perda <strong>de</strong><br />

rendimento elétrico e em gran<strong>de</strong>s perdas <strong>de</strong> energia.<br />

Vale enfatizar, finalmente, que as máquinas <strong>de</strong> tração instaladas no Edifício Brasília,<br />

apesar do bom estado <strong>de</strong> conservação, já apresentam um histórico <strong>de</strong> paralisações<br />

que se <strong>de</strong>ve levar em consi<strong>de</strong>ração, como foi o caso da substituição <strong>de</strong> rolamentos<br />

que, pelas baixas folgas ou exagerado aperto exigiram a utilização <strong>de</strong> tocha <strong>de</strong><br />

acetileno para aquecimento das peças, isto porque, quando do projeto e fabricação<br />

<strong>de</strong>ssas máquinas há mais <strong>de</strong> 50 anos não se tinha o atual domínio sobre folgas<br />

tolerâncias e ajustes.<br />

Pelos motivos <strong>de</strong>scritos, essas máquinas <strong>de</strong> tração <strong>de</strong>verão ser substituídas por novos<br />

conjuntos mais eficazes e confiáveis.<br />

3.2.4.2. Da redução <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviço<br />

A velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviço é fator <strong>de</strong>terminante nos custos <strong>de</strong> instalação e manutenção<br />

do sistema elétrico <strong>de</strong> força e comando <strong>de</strong> um elevador.<br />

Essa velocida<strong>de</strong>, portanto, <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>finida <strong>de</strong> modo a propiciar os menores custos<br />

sem prejudicar a Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Transporte</strong> do sistema <strong>de</strong> elevadores da edificação.<br />

A velocida<strong>de</strong> nominal <strong>de</strong> um elevador é estabelecida em função do percurso e da<br />

capacida<strong>de</strong> do elevador, como visto nas Tabelas 2 e 3. Com base nessas premissas,<br />

foi <strong>de</strong>cidida pela redução da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 3,5 para 2,5 m/s, consi<strong>de</strong>rando que essa<br />

velocida<strong>de</strong> tem baixa influência no Tempo Total <strong>de</strong> Viagem e não prejudica a<br />

Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Transporte</strong> da instalação.<br />

O Tempo Total <strong>de</strong> Viagem é o tempo <strong>de</strong>corrido entre o instante em que os<br />

passageiros iniciam a entrada na cabina no pavimento <strong>de</strong> acesso, e o instante em que,<br />

após a viagem completa, subida ou <strong>de</strong>scida, o carro retorna ao pavimento <strong>de</strong> acesso,<br />

em condições <strong>de</strong> receber outros passageiros para nova viagem.<br />

Esse Tempo Total <strong>de</strong> Viagem é composto pela soma do tempo <strong>de</strong> aceleração e<br />

<strong>de</strong>saceleração em cada parada, do tempo <strong>de</strong> abertura e fechamento <strong>de</strong> portas, do<br />

tempo <strong>de</strong> entrada e saída dos passageiros e finalmente, do tempo <strong>de</strong> percurso total,<br />

que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviço do elevador.<br />

Para que um elevador atinja sua velocida<strong>de</strong> nominal, é necessário que haja um<br />

espaço suficiente para tal, sem que os passageiros sintam <strong>de</strong>sconforto físico causado<br />

pela aceleração ou pela <strong>de</strong>saceleração do carro que, em linhas gerais está associada à<br />

aceleração “g” da gravida<strong>de</strong>.<br />

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CONCORRÊNCIA DIPES/CPLIC Nº 001/2011<br />

Para passageiros com ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> até 40 anos em média, segundo estudos realizados<br />

pela empresa britânica UNIDRIVE, é suportável sem <strong>de</strong>sconforto acentuado uma<br />

aceleração <strong>de</strong> até 0,7 “g”, enquanto que, para passageiros com ida<strong>de</strong> superior a 40<br />

anos, essa tolerância é <strong>de</strong> no máximo 0,5 “g”.<br />

Não adianta, portanto, que um elevador tenha uma gran<strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> nominal, se<br />

não houver espaço físico suficiente entre duas paradas consecutivas para que essa<br />

velocida<strong>de</strong> seja atingida.<br />

Para os elevadores do Edifício Brasília, com 17 paradas, percurso <strong>de</strong> 51 metros e<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 17 passageiros e, segundo a NBR 5665, obteve-se para uma<br />

velocida<strong>de</strong> nominal <strong>de</strong> 3,5 m/s, o tempo total <strong>de</strong> viagem <strong>de</strong> 167,76 segundos. Para a<br />

velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 2,5 m/s e consi<strong>de</strong>rando os mesmos tempos para aceleração e<br />

<strong>de</strong>saceleração, abertura e fechamento das portas, entrada e saída <strong>de</strong> passageiros, o<br />

tempo total <strong>de</strong> viagem será <strong>de</strong> 184,03 segundos, isto é, apenas 8,8% superior,<br />

teoricamente.<br />

No estudo <strong>de</strong> tráfego adiante apresentado está amplamente justificada tecnicamente a<br />

proposta <strong>de</strong> redução da velocida<strong>de</strong> nominal dos elevadores <strong>de</strong> 3,5 para 2,5 m/s.<br />

TABELA 2 - COMBINAÇÕES ECONOMICAS ENTRE VELOCIDADE E CAPACIDADE<br />

VELOCIDADE CAPACIDADE (Passageiros)<br />

m/s (m/min) 4 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24<br />

0,60 (36)<br />

0,75 (45)<br />

1,00 (60)<br />

1,25 (75)<br />

1,50 (90)<br />

1,75 (105)<br />

2,00 (120)<br />

2,50 (150)<br />

3,00 (180)<br />

3,50 (210)<br />

4,00 (240)<br />

5,00 (300)<br />

6,00 (360)<br />

7,00 (420)<br />

8,00 (480)<br />

Fonte: Atlas Schindler<br />

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CONCORRÊNCIA DIPES/CPLIC Nº 001/2011<br />

TABELA 3<br />

VELOCIDADES RECOMENDADAS PARA EDIFÍCIOS NÃO RESIDENCIAIS<br />

PERCURSO (m) VELOCIDADES (m/s)<br />

Fonte: Atlas Schindler<br />

Até 17 <strong>de</strong> 0,50 a 1,00<br />

<strong>de</strong> 18 a 29 <strong>de</strong> 1,00 a 1,75<br />

<strong>de</strong> 30 a 44 <strong>de</strong> 1,75 a 2,50<br />

<strong>de</strong> 45 a 59 <strong>de</strong> 2,50 a 3,50<br />

<strong>de</strong> 60 a 74 <strong>de</strong> 3,50 a 4,00<br />

<strong>de</strong> 75 a 89 <strong>de</strong> 4,00 a 5,00<br />

<strong>de</strong> 90 a 150 <strong>de</strong> 5,00 a 6,00<br />

Acima <strong>de</strong> 150 <strong>de</strong> 6,00 a 8,00<br />

3.2.4.3. Da seleção do tipo <strong>de</strong> máquina adotada<br />

O Conjunto Máquina <strong>de</strong> Tração é responsável pelo movimento do elevador e<br />

sustentação do conjunto carro e contra peso.<br />

As máquinas <strong>de</strong> tração instaladas no <strong>BRB</strong> são do tipo tração direta, sem engrenagens<br />

com velocida<strong>de</strong> nominal <strong>de</strong> 3,5 m/s.<br />

Mesmo com a redução <strong>de</strong>ssa velocida<strong>de</strong> para 2,5 m/s, quando se po<strong>de</strong>riam instalar<br />

máquinas com redutor <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>, optou-se pela instalação <strong>de</strong> máquinas <strong>de</strong> tração<br />

direta, sem engrenagem “Gearless”, semelhantes às atuais, em face das seguintes<br />

características:<br />

a)Dimensões e peso menores que as máquinas com redutor <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>,<br />

a<strong>de</strong>quando-se ao espaço físico das atuais máquinas instaladas, permitindo que a nova<br />

máquina seja montada entre as mesmas furações <strong>de</strong> passagem dos cabos e gere as<br />

mesmas reações <strong>de</strong> apoio na laje <strong>de</strong> sustentação;<br />

b)Máquina síncrona, <strong>de</strong> corrente alternada, permitido seu acionamento com inversores<br />

<strong>de</strong> frequência, possibilitando partidas, paradas e acelerações suaves;<br />

c)Motor <strong>de</strong> imã permanente, com rotor externo, reduzindo o peso, as dimensões e a<br />

eficiência eletromecânica do conjunto, com a consequente redução do consumo <strong>de</strong><br />

energia elétrica;<br />

d)A adoção <strong>de</strong> rolamentos blindados e a ausência da caixa <strong>de</strong> engrenagem, não<br />

requerem lubrificação, permitindo um baixo índice <strong>de</strong> ruído e <strong>de</strong> vibração e uma maior<br />

vida útil, conforme Gráfico e Tabela a seguir; e<br />

e)Pela ausência <strong>de</strong> lubrificação e pelo menor consumo <strong>de</strong> energia, vêm aten<strong>de</strong>r os<br />

atuais conceitos ambientais mundiais <strong>de</strong> “Equipamento Ver<strong>de</strong>“ ou “Green Machine”.<br />

11


CONCORRÊNCIA DIPES/CPLIC Nº 001/2011<br />

Fonte: Elevadores Otis<br />

3.2.5.Cabos <strong>de</strong> Tração<br />

Os cabos <strong>de</strong> tração se constituem num dos itens <strong>de</strong> segurança mais importante dos<br />

elevadores.<br />

Na análise dos cabos <strong>de</strong> tração, foram adotados critérios técnicos normalizados para<br />

con<strong>de</strong>nação e troca <strong>de</strong>sses componentes, estabelecidos pela ABNT e pelos fabricantes<br />

tradicionais <strong>de</strong>sses componentes.<br />

CRITÉRIOS PARA CONDENAÇÃO DOS CABOS DE TRAÇÃO:<br />

1º) Redução do diâmetro original do cabo.<br />

O cabo <strong>de</strong> tração <strong>de</strong> diâmetro 5/8” (16,00mm) <strong>de</strong>verá ser substituído quando atingir um<br />

diâmetro igual ou inferior a 14,88 mm;<br />

2º) Número <strong>de</strong> quebras <strong>de</strong> arame por passo.<br />

O cabo <strong>de</strong> tração <strong>de</strong>verá ser substituído quando o número <strong>de</strong> quebras <strong>de</strong> arame por<br />

passo ultrapassar 40 (quarenta) unida<strong>de</strong>s;<br />

3º) Presença <strong>de</strong> ferrugem (oxidação) nos cabos.<br />

Neste caso o número <strong>de</strong> quebras <strong>de</strong> arames por passo máximo admissível fica<br />

reduzido a meta<strong>de</strong> do valor do item anterior;<br />

4º) Quebra <strong>de</strong> uma trança.<br />

Tal situação é bastante e suficiente para con<strong>de</strong>nação imediata do conjunto cabos <strong>de</strong><br />

tração.<br />

12


CONCORRÊNCIA DIPES/CPLIC Nº 001/2011<br />

CONCLUSÃO:<br />

Após análise das condições <strong>de</strong> todos os cabos <strong>de</strong> tração, segundo os critérios acima<br />

<strong>de</strong>scritos, verificou-se que os mesmos já apresentam <strong>de</strong>sgaste acentuado, contudo, os<br />

seus diâmetros efetivos ainda estão acima do limite mínimo estabelecido pelas normas<br />

técnicas do fabricante e conclui-se que os elevadores, quanto a esses itens,<br />

apresentam CONDIÇÕES NORMAIS DE SEGURANÇA.<br />

Entretanto, pela avançada vida útil dos mesmos, os cabos <strong>de</strong> aço e seus tirantes<br />

<strong>de</strong>verão ser substituídos durante o processo <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização dos elevadores.<br />

3.2.6. Guias do Carro e do Contra Peso<br />

Os elevadores estão dotados <strong>de</strong> guias laminadas tipo T160 nos carros e T161 nos<br />

contra pesos.<br />

Após análise visual das condições <strong>de</strong> todas as guias dos carros e dos contra peso, e<br />

da verificação das condições <strong>de</strong> conforto nas viagens, optou-se pala manutenção das<br />

guias dos carros e dos contra pesos, <strong>de</strong>vendo ser procedida, quando da mo<strong>de</strong>rnização<br />

dos elevadores, apenas a limpeza, <strong>de</strong>soxidação on<strong>de</strong> houver e lubrificação geral.<br />

3.2.7. Contra Peso<br />

A bateria <strong>de</strong> contrapesos é composta por um chassis <strong>de</strong> aço laminado, <strong>de</strong> elevada<br />

robustez, on<strong>de</strong> os pesos são alojados, suspensos por tirantes.<br />

Todos estão em condições normais <strong>de</strong> uso e, quando da mo<strong>de</strong>rnização dos<br />

elevadores, <strong>de</strong>verão apenas receber limpeza, <strong>de</strong>soxidação, on<strong>de</strong> houver e lubrificação<br />

geral.<br />

As armações do contra peso <strong>de</strong>verão ter as corrediças atuais substituídas por<br />

corrediças <strong>de</strong> roletes (Roller Gui<strong>de</strong>s), minimizando os ruídos e vibrações, eliminando o<br />

excesso <strong>de</strong> óleo nas guias.<br />

3.2.8. Armação do Carro<br />

A armação do carro, estrutura que sustenta a cabina, também é composta por um<br />

chassis <strong>de</strong> aço laminado, <strong>de</strong> alta rigi<strong>de</strong>z mecânica, também suspensa por tirantes.<br />

No cabeçote inferior da armação do carro estão instalados os blocos do freio <strong>de</strong><br />

segurança progressivo, que se encontram em perfeitas condições <strong>de</strong> segurança.<br />

Entretanto, com a substituição das cabinas, as armações se tornam incompatíveis e<br />

<strong>de</strong>verão ser substituídas.<br />

Essas novas armações <strong>de</strong>verão ser equipadas, a exemplo do contra peso, com<br />

corrediças <strong>de</strong> roletes (Roller Gui<strong>de</strong>s), minimizando os ruídos e vibrações nas cabinas,<br />

eliminando o excesso <strong>de</strong> óleo nas guias e evitando paralisações para substituição das<br />

corrediças convencionais <strong>de</strong> náilon.<br />

13


CONCORRÊNCIA DIPES/CPLIC Nº 001/2011<br />

3.2.9. Freio <strong>de</strong> Segurança<br />

O freio <strong>de</strong> segurança dos elevadores é composto pelos blocos <strong>de</strong> segurança e pelos<br />

dispositivos <strong>de</strong> acionamento instalados nas travessas inferiores da armação do carro, e<br />

são acionados pelos reguladores limitadores <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>, solidários aos carros por<br />

um cabo <strong>de</strong> aço e um tensor no fundo do poço.<br />

Os limitadores <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> dos elevadores estão com seus sistemas <strong>de</strong> disparo em<br />

condições normais <strong>de</strong> segurança, entretanto, como a velocida<strong>de</strong> dos elevadores será<br />

reduzida, os reguladores limitadores <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong>verão ser substituídos por novos<br />

conjuntos do tipo progressivo, com seus cabos <strong>de</strong> aço e respectivos tensores, todos<br />

em total acordo com a NBR NM 207.<br />

Observação: Quando do Recebimento Provisório dos elevadores mo<strong>de</strong>rnizados, a<br />

CONTRATADA <strong>de</strong>verá realizar os testes <strong>de</strong> funcionamento dos limitadores, <strong>de</strong> acordo<br />

com as prescrições das normas atinentes, em especial a NBR NM 207.<br />

O procedimento para os teste comporá o Projeto Executivo a ser apresentado pela<br />

CONTRATADA, antes do inicio das obras <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização.<br />

3.2.10. Para Choques<br />

Os dispositivos <strong>de</strong> para choque são do tipo hidráulico para os carros e <strong>de</strong> molas para<br />

os contra pesos e estão em condições normais <strong>de</strong> conservação e segurança.<br />

Entretanto, como já se constatam alguns pontos <strong>de</strong> oxidação e as cargas dos carros<br />

será alterada com a troca das cabinas, esses dispositivos <strong>de</strong> segurança <strong>de</strong>verão ser<br />

substituídos durante a mo<strong>de</strong>rnização dos elevadores.<br />

3.2.11. Portas <strong>de</strong> Pavimentos e <strong>de</strong> Cabina<br />

As portas <strong>de</strong> pavimento e <strong>de</strong> cabina, apesar do bom aspecto visual, já não oferecem a<br />

confiabilida<strong>de</strong> operacional exigida pelos usuários.<br />

As folhas <strong>de</strong> aço inox já apresentam vários danos, as suspensões já estão<br />

<strong>de</strong>sgastadas e os operadores, do tipo <strong>de</strong> corrente alternada, são obsoletos e<br />

apresentam elevado número <strong>de</strong> panes e paralisações.<br />

O sistema <strong>de</strong> acionamento dos trincos eletromecânicos <strong>de</strong> segurança das portas <strong>de</strong><br />

pavimento é feito por “rampa magnética”, dispositivo obsoleto e <strong>de</strong> constantes falhas.<br />

O sistema <strong>de</strong> arraste das portas é feito por patins fixos, já bastante <strong>de</strong>sgastados.<br />

Como as portas são importantes elementos operacionais e <strong>de</strong> segurança, <strong>de</strong>verão ser<br />

substituídas quando do processo <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização dos elevadores.<br />

3.2.12. Cabina<br />

As cabinas, a exemplo das portas, apesar <strong>de</strong> não apresentarem danos expressivos,<br />

são antiquadas e já não oferecem o conforto e o bem estar visual compatível com a<br />

exigência dos usuários do edifício.<br />

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CONCORRÊNCIA DIPES/CPLIC Nº 001/2011<br />

As cabinas têm largura livre <strong>de</strong> 1.520 mm, profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 1.830 mm e altura <strong>de</strong> 2.250<br />

mm, com área útil <strong>de</strong> 2,78 m2, suficiente para comportar, segundo a antiga Norma<br />

NBR 7192, 17 passageiros ou 1.190 kgf.<br />

De acordo com as novas prescrições da NBR NM 207, que orienta o projeto e a<br />

fabricação dos atuais elevadores as cabinas terão sua capacida<strong>de</strong> aumentada para<br />

1.275 kgf, e área útil entre 2,71 e 2,95 m2<br />

As caixas <strong>de</strong> corrida têm largura <strong>de</strong> 1.930 mm e profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 2.590 mm com o<br />

contra peso posterior e possibilitam sem alteração da distância entre guias pequeno<br />

aumento das dimensões úteis das cabinas, que po<strong>de</strong>rão, <strong>de</strong> acordo com o padrão <strong>de</strong><br />

cada fabricante <strong>de</strong> elevadores aumentar a capacida<strong>de</strong> do elevador para 18<br />

passageiros ou 1.350 kgf.<br />

Para aten<strong>de</strong>r à Legislação <strong>de</strong> Acessibilida<strong>de</strong> as cabinas dos elevadores 1 e 6 <strong>de</strong>verão<br />

aten<strong>de</strong>r as prescrições da NBR NM 313.<br />

4. ESTUDO DO TRÁFEGO<br />

Para se mo<strong>de</strong>rnizar eficazmente uma instalação <strong>de</strong> transporte vertical, <strong>de</strong>ve-se<br />

preliminarmente elaborar um minucioso Estudo no Tráfego da instalação, on<strong>de</strong> se<br />

po<strong>de</strong>rá evitar ou corrigir os erros operacionais existentes.<br />

Portanto, com o Estudo do Tráfego, se evitará que, estando os elevadores sub<br />

dimensionados, eles continuem mal dimensionados e se estiverem super<br />

dimensionados, que se evitem <strong>de</strong>sperdícios com relação aos custos <strong>de</strong> instalação dos<br />

equipamentos e <strong>de</strong> manutenção futura dos mesmos.<br />

Esse estudo po<strong>de</strong>rá levar também em conta o futuro da instalação, isto é, o que po<strong>de</strong>rá<br />

acontecer com a população do Edifício Brasília e com o seu transporte interno em face<br />

das naturais mudanças operacionais do Banco.<br />

O presente Estudo <strong>de</strong> Tráfego do Edifício Brasília, objetiva analisar a situação do<br />

transporte vertical do edifício. Com isso será possível avaliar se a especificação atual<br />

dos elevadores quanto à capacida<strong>de</strong> das cabinas e velocida<strong>de</strong>, principalmente,<br />

aten<strong>de</strong>m ou não ao tráfego do edifício.<br />

O trabalho irá enfocar três aspectos básicos:<br />

a) Como está hoje o transporte da população do edifício com os elevadores atualmente<br />

instalados, e quais parâmetros po<strong>de</strong>rão ser alterados, haja vista que alguns, atrelados<br />

e inerentes à arquitetura do prédio são imutáveis;<br />

b) Qual <strong>de</strong>ve ser a melhor solução para a melhoria da qualida<strong>de</strong> do transporte da<br />

população através dos elevadores, e quais parâmetros <strong>de</strong>vem ser alterados, levandose<br />

em conta o binômio qualida<strong>de</strong> e custo.<br />

15


CONCORRÊNCIA DIPES/CPLIC Nº 001/2011<br />

c) A<strong>de</strong>quação dos elevadores às condições operacionais do Edifício e às Normas<br />

Técnicas Brasileiras e à Legislação <strong>de</strong> Acessibilida<strong>de</strong>, o que seguramente trará<br />

melhoria no <strong>de</strong>sempenho operacional dos elevadores, aumentando o conforto, o bem<br />

estar e a confiabilida<strong>de</strong> dos usuários.<br />

Em resumo, o Estudo <strong>de</strong>verá levar em conta tanto a Norma Técnica como a<br />

População real do edifício, especialmente quando se trata <strong>de</strong> uma mo<strong>de</strong>rnização,<br />

on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>ve buscar a realida<strong>de</strong> do prédio e compará-la com a norma.<br />

A norma se aplica basicamente em edificações novas, até porque ao se projetar um<br />

prédio se tem uma i<strong>de</strong>ia e uma projeção da sua população e não a realida<strong>de</strong>.<br />

Em um prédio em funcionamento, como o Edifício Brasília, foi possível avaliar<br />

exatamente, através <strong>de</strong> medições e verificações “in loco”, quantas pessoas utilizam os<br />

elevadores todos os dias, qual o tempo máximo <strong>de</strong> espera e, especialmente, como a<br />

instalação se comporta nos horários <strong>de</strong> pico ou quando os elevadores são retirados do<br />

grupo e operam <strong>de</strong> forma exclusiva.<br />

4.1. CALCULO DE TRÁFEGO<br />

Para que se conheça a real necessida<strong>de</strong> da <strong>de</strong>manda do sistema <strong>de</strong> transporte vertical<br />

do Edifício, <strong>de</strong>verá ser calculada a <strong>de</strong>manda teórica, com base nas prescrições<br />

normativas, através do Calculo <strong>de</strong> Tráfego, sistemática que <strong>de</strong>termina se os<br />

elevadores <strong>de</strong> uma instalação são satisfatórios para proporcionar um transporte vertical<br />

a<strong>de</strong>quado para a população, tomando por base um período <strong>de</strong> tempo e um intervalo<br />

entre as viagens.<br />

Para a elaboração do estudo, serão adotadas as prescrições e terminologia constantes<br />

da Norma NBR 5665, que norteia a execução do Cálculo <strong>de</strong> Tráfego, se fazendo<br />

necessário o conhecimento das seguintes variáveis:<br />

- População do Edifício;<br />

- Número <strong>de</strong> paradas dos elevadores;<br />

- Percurso dos elevadores;<br />

- Tipo <strong>de</strong> Porta dos elevadores;<br />

- Capacida<strong>de</strong> das cabinas;<br />

- Velocida<strong>de</strong> dos elevadores; e<br />

- Quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> elevadores.<br />

POPULAÇÃO DO EDIFÍCIO<br />

A População é calculada com base numa relação entre as diversas áreas do edifício e<br />

uma taxa <strong>de</strong> ocupação <strong>de</strong>ssas áreas.<br />

COMPOSIÇÃO<br />

Para a composição da população, <strong>de</strong>ve-se consi<strong>de</strong>rar todas as áreas úteis do edifício,<br />

excluindo as áreas <strong>de</strong> circulação, hall, sanitários, elevadores, etc.<br />

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CONCORRÊNCIA DIPES/CPLIC Nº 001/2011<br />

A área do pavimento <strong>de</strong> acesso <strong>de</strong>verá ser <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rada, bem como 50% da<br />

população do primeiro andar acima e abaixo do andar <strong>de</strong> acesso, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a<br />

distância entre eles seja inferior a 5 metros.<br />

Será consi<strong>de</strong>rada uma redução <strong>de</strong> 15% em virtu<strong>de</strong> das gran<strong>de</strong>s salas contínuas,<br />

conforme item 5.1.5.<br />

Não foram consi<strong>de</strong>radas para o cálculo da população as áreas utilizadas como<br />

restaurante exclusivo, <strong>de</strong>pósitos, garagens etc., conforme item 5.1.7.<br />

O 18º andar não é atendido pelos elevadores comuns e, para efeito <strong>de</strong> cálculo, a área<br />

<strong>de</strong>sse pavimento foi acrescentada à do 17º andar, pois, para se chegar ao 18º, sobe-se<br />

<strong>de</strong> elevador até o 17º andar e <strong>de</strong> lá, pela escada, chega-se ao 18º andar.<br />

RELAÇÃO<br />

Para o caso do <strong>BRB</strong>, classificado como escritórios <strong>de</strong> uma única entida<strong>de</strong>, a NBR 5665<br />

estabelece uma taxa <strong>de</strong> ocupação <strong>de</strong> um habitante para cada 7 (sete) metros<br />

quadrados da edificação.<br />

POPULAÇÃO TOTAL<br />

Essa taxa, dividindo a área útil total dos escritórios, estabelece a população a ser<br />

transportada pelos elevadores, <strong>de</strong>scontando a população total do pavimento térreo e<br />

50% da população do primeiro andar acima e abaixo do andar <strong>de</strong> acesso, além do<br />

redutor <strong>de</strong> 15% nos pavimentos tipo.<br />

A População Total assim obtida é <strong>de</strong> 840 pessoas.<br />

PORCENTAGEM MÍNIMA A SER TRANSPORTADA EM 5 MINUTOS<br />

Para edifícios <strong>de</strong> escritórios <strong>de</strong> uma única entida<strong>de</strong>, o conjunto <strong>de</strong> elevadores <strong>de</strong>ve ser<br />

capaz <strong>de</strong> transportar em 5 minutos no mínimo 15% da População Total.<br />

A Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Tráfego dos elevadores é, portanto, <strong>de</strong> no mínimo 126 passageiros<br />

a cada 5 minutos, com base em dados experimentais.<br />

INTERVALO DE TRÁFEGO MÁXIMO ADMISSÍVEL<br />

O Intervalo <strong>de</strong> Tráfego é o tempo médio entre partidas dos carros do pavimento <strong>de</strong><br />

acesso, <strong>de</strong>finido pelo quociente entre o tempo total <strong>de</strong> viagem e o número <strong>de</strong><br />

elevadores que, em resumo, é o tempo máximo que o passageiro <strong>de</strong>ve esperar pela<br />

chegada do carro.<br />

Para o edifício em questão, consi<strong>de</strong>rado escritório <strong>de</strong> uma única entida<strong>de</strong> e com mais<br />

<strong>de</strong> quatro elevadores, esse tempo máximo é <strong>de</strong> 40 segundos.<br />

ELEVADORES<br />

1 - UNIDADES DO GRUPO: O edifício está equipado com 07 (sete) elevadores, sendo<br />

06 (seis) no “hall” principal <strong>de</strong> acesso e 01 (um) <strong>de</strong> uso exclusivo em “hall” separado.<br />

Dos 06 (seis) elevadores instalados no “hall” principal, 04 (quatro) são <strong>de</strong> uso público,<br />

<strong>de</strong>nominados sociais, 01 (um) para serviços gerais e 01 (um) para uso privativo da<br />

Diretoria do Banco.<br />

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CONCORRÊNCIA DIPES/CPLIC Nº 001/2011<br />

Portanto, para o transporte da população normal, serão consi<strong>de</strong>rados apenas 4<br />

(quatro) elevadores sociais do grupo, sendo que, havendo uma <strong>de</strong>manda anormal no<br />

futuro, os outros dois elevadores po<strong>de</strong>rão ser incorporados ao grupo um a um, <strong>de</strong><br />

modo a aten<strong>de</strong>r eventualmente essa <strong>de</strong>manda.<br />

2 - CAPACIDADE: É a carga máxima ou a capacida<strong>de</strong> máxima <strong>de</strong> passageiros em<br />

cada elevador.<br />

Cada elevador tem capacida<strong>de</strong> para 17 passageiros ou 1.190kgf.<br />

3 - PARADAS: É a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pavimentos atendida pelo elevador. Para efeito <strong>de</strong><br />

cálculo serão consi<strong>de</strong>rados apenas os elevadores 3 a 6 com 17 paradas.<br />

4 – PARADAS PROVÁVEIS: É o número <strong>de</strong> paradas que o elevador po<strong>de</strong> efetuar por<br />

viagem, em função do número <strong>de</strong> paradas e <strong>de</strong> passageiros na cabina, obtido com<br />

base em Cálculo <strong>de</strong> Probabilida<strong>de</strong>. Para elevadores com 17 paradas e 17 passageiros,<br />

a Tabela 5 da NBR 5665 estabelece 11,66 paradas prováveis.<br />

5 – PERCURSO: É a distância percorrida pelo carro <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o nível do piso inferior até o<br />

nível do piso da última parada. Para efeito <strong>de</strong> cálculo serão consi<strong>de</strong>rados apenas os<br />

elevadores 3 a 6 com percurso <strong>de</strong> 51 metros.<br />

6 – VELOCIDADE: A velocida<strong>de</strong> nominal é estabelecida inicialmente em função do<br />

percurso e da capacida<strong>de</strong> do elevador. Com base nessas premissas, foi <strong>de</strong>cidida pela<br />

redução da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 3,5 para 2,5 m/s.<br />

7 – TIPO DE PORTAS: As portas atualmente instaladas são <strong>de</strong> Abertura Central (AC)<br />

e serão assim mantidas.<br />

8 – ABERTURA LIVRE: O vão livre atual das portas é <strong>de</strong> 800x2.000 mm e, por<br />

questões dimensionais da caixa <strong>de</strong> corrida serão mantidas. A Abertura Livre será <strong>de</strong><br />

0,80 m.<br />

TEMPOS ADOTADOS<br />

9 – ACELERAÇÃO E RETARDAMENTO: Para e velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 2,5 m/s, foi adotado o<br />

tempo <strong>de</strong> aceleração e retardamento <strong>de</strong> 5,5 s.<br />

10 – ABERTURA E FECHAMENTO DE PORTAS: Para portas <strong>de</strong> Abertura Central<br />

(AC) foi adotado o tempo <strong>de</strong> 3,9 s.<br />

11 – ENTRADA E SAÍDA DE PASSAGEIROS: Para portas com vão livre <strong>de</strong> 0,80 m,<br />

foi adotado o tempo <strong>de</strong> 2,4 s.<br />

TEMPOS TOTAIS CALCULADOS<br />

12 – T1- PERCURSO TOTAL: É o tempo <strong>de</strong> ida e volta do carro entre os pavimentos<br />

extremos sem paradas. Para o percurso <strong>de</strong> 51 m e velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 2,5 m/s, o tempo <strong>de</strong><br />

percurso total foi calculado em 40,8 s.<br />

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CONCORRÊNCIA DIPES/CPLIC Nº 001/2011<br />

13 – T2- ACELERAÇÃO E RETARDAMENTO: É calculado pela multiplicação do<br />

número <strong>de</strong> paradas prováveis pelo tempo adotado no item 9.<br />

O Tempo Total <strong>de</strong> Aceleração e Retardamento foi calculado em 32,06 s.<br />

14 – T3- ABERTURA E FECHAMENTO DE PORTAS: É calculado pela multiplicação<br />

do número <strong>de</strong> paradas prováveis pelo tempo adotado no item 10.<br />

O Tempo Total <strong>de</strong> Abertura e Fechamento das Portas foi calculado em 45,47 s.<br />

15 – T4- ENTRADA E SAÍDA DE PASSAGEIROS: É calculado pela multiplicação do<br />

número <strong>de</strong> passageiros na cabina pelo tempo adotado no item 11.<br />

O Tempo Total <strong>de</strong> Entrada e Saída <strong>de</strong> Passageiros foi calculado em 40,8 s.<br />

SOMA PARCIAL (T1+T2+T3+T4): Foi obtido o valor <strong>de</strong> 159,13 s.<br />

ADICIONAL 0,1 (T3+T4): Adicional empírico <strong>de</strong> 10% para compensar a espera<br />

no andar <strong>de</strong> passageiros mais distantes do carro, retardatários ou distraídos. Foi<br />

obtido o valor <strong>de</strong> 8,63 s.<br />

16 – T- TEMPO TOTAL DE VIAGEM: É o tempo <strong>de</strong>corrido entre o instante em que os<br />

passageiros iniciam a entrada na cabina no pavimento <strong>de</strong> acesso, e o instante em que,<br />

após a viagem completa, subida ou <strong>de</strong>scida, o carro retorna ao pavimento <strong>de</strong> acesso<br />

em condições <strong>de</strong> receber outros passageiros para nova vagem.<br />

O Tempo Total <strong>de</strong> Viagem foi calculado em 167,76 s.<br />

17 – I- INTERVALO DE TRÁFEGO: É o tempo médio entre partida dos carros do<br />

pavimento <strong>de</strong> acesso, <strong>de</strong>finido pelo quociente entre o tempo total <strong>de</strong> viagem e o<br />

número <strong>de</strong> elevadores.<br />

Consi<strong>de</strong>rando o grupo com apenas 4 elevadores o Intervalo <strong>de</strong> Tráfego será <strong>de</strong> 41,94<br />

s. Com a entrada do elevador 2 no grupo, esse tempo é reduzido para 33,55 s.<br />

18 – Ct- CAPACIDADE DE TRANSPORTE: Que é o número <strong>de</strong> passageiros<br />

transportados por um elevador no intervalo <strong>de</strong> 5 minutos ou 300 s. É calculado pelo<br />

resultado da multiplicação do número <strong>de</strong> passageiros da cabina (17) por 300 e dividido<br />

pelo tempo total <strong>de</strong> viagem (167,76). O valor obtido foi <strong>de</strong> 30 passageiros em 5<br />

minutos por elevador.<br />

19 – CT- CAPACIDADE DE TRÁFEGO: É o número <strong>de</strong> passageiros transportados<br />

pela instalação em 5 minutos. Consi<strong>de</strong>rando um grupo com 4 elevadores, a<br />

Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Tráfego da instalação é <strong>de</strong> 120 passageiros. Com a entrada do<br />

elevador 2 no grupo, essa capacida<strong>de</strong> é aumentada para 150 passageiros.<br />

4.2. CONCLUSÃO<br />

A instalação aten<strong>de</strong> à <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> transporte vertical teórica do edifício, especialmente<br />

com a entrada do elevador número 2 no grupo <strong>de</strong> elevadores, uma vez que a<br />

Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Tráfego calculada está entre 120 e 150 passageiros, enquanto que a<br />

<strong>de</strong>manda é <strong>de</strong> 126 passageiros.<br />

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CONCORRÊNCIA DIPES/CPLIC Nº 001/2011<br />

Analogamente, o Intervalo <strong>de</strong> Tráfego foi calculado entre 41,9 e 33,5 segundos,<br />

enquanto que o tempo máximo <strong>de</strong> espera foi estabelecido pela norma em 40<br />

segundos.<br />

4.3. COMENTÁRIOS OPORTUNOS<br />

Na prática em observações feitas no local da instalação foi verificado um Intervalo <strong>de</strong><br />

Tráfego acima do calculado no horário <strong>de</strong> pico, isto porque com os atuais<br />

equipamentos, vários parâmetros consi<strong>de</strong>rados no cálculo não estão ocorrendo, tais<br />

como tempo excessivo <strong>de</strong> porta aberta, acelerações abaixo da capacida<strong>de</strong> das<br />

máquinas, velocida<strong>de</strong> inferior à nominal e, principalmente, um número excessivo <strong>de</strong><br />

paradas nos andares, advindas do primitivo sistema <strong>de</strong> <strong>de</strong>spacho a relês.<br />

Esses tempos médios <strong>de</strong> espera foram verificados tanto nos horários <strong>de</strong> pico <strong>de</strong><br />

subida, entre 9 e 10 horas, em pico <strong>de</strong> <strong>de</strong>scida entre 16:00 e 17:00 horas, tendo<br />

atingido até 90 segundos, como em situação normal <strong>de</strong> tráfego entre 10:30 e 11,00 h,<br />

on<strong>de</strong> o tempo máximo médio <strong>de</strong> espera foi <strong>de</strong> 50 segundos.<br />

Essas <strong>de</strong>ficiências operacionais serão facilmente superadas após a mo<strong>de</strong>rnização,<br />

com a adoção <strong>de</strong> novo sistema <strong>de</strong> <strong>de</strong>spacho micro processados, com chamadas<br />

antecipadas que geram menor número <strong>de</strong> paradas, bem como portas mais eficientes<br />

que reduzem o tempo <strong>de</strong> cada parada.<br />

5. DA NECESSIDADE DE MODERNIZAÇÃO<br />

Como já enfatizado, a instalação <strong>de</strong> transporte vertical do Edifício Brasília está com<br />

mais <strong>de</strong> 40 anos <strong>de</strong> operação sem nunca ter recebido qualquer tipo <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização.<br />

É sabido, na prática, que os equipamentos já estão em sobrevida, uma vez que a vida<br />

útil <strong>de</strong> elevadores com essas características técnicas e com esse regime <strong>de</strong> trabalho é<br />

<strong>de</strong> 30 anos em média.<br />

Outro fator que tem que ser levado em conta na mo<strong>de</strong>rnização é o fator tecnologia,<br />

pois os elevadores atualmente instalados são <strong>de</strong> concepção antiga, todos com<br />

máquinas <strong>de</strong> corrente contínua, acionados por um grupo motor gerador <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

potência e <strong>de</strong> baixo rendimento eletromecânico, o que se constitui em gran<strong>de</strong> consumo<br />

<strong>de</strong> energia elétrica, vindo contrariar as prescrições governamentais, que através do<br />

PROCEL, orienta a redução do consumo <strong>de</strong> energia elétrica no país.<br />

No Estudo do Tráfego dos elevadores, se constatou que, apesar <strong>de</strong> o Cálculo <strong>de</strong><br />

Tráfego indicar que os elevadores aten<strong>de</strong>m corretamente a <strong>de</strong>manda da população do<br />

edifício, na prática, essa premissa não é verda<strong>de</strong>ira, pois os equipamentos já não<br />

oferecem a performance <strong>de</strong>sejada, mesmo com a população real sendo inferior àquela<br />

obtida no Cálculo <strong>de</strong> Tráfego.<br />

Os elevadores também já não aten<strong>de</strong>m às Normas Técnicas Brasileiras, em especial a<br />

NBR NM 207, NBR NM 313, NBR 9050 da ABNT e à Legislação Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong><br />

Acessibilida<strong>de</strong>, em especial o Decreto 5.296, <strong>de</strong> 02 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2004, Leis 10.048<br />

<strong>de</strong> 08 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2000 e 10.098 <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro e 2000, além das posturas<br />

locais <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pessoas com necessida<strong>de</strong>s especiais.<br />

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CONCORRÊNCIA DIPES/CPLIC Nº 001/2011<br />

Com a mo<strong>de</strong>rnização proposta, os elevadores não apenas se a<strong>de</strong>quarão às normas<br />

técnicas, <strong>de</strong> segurança e <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong>, atualmente vigentes, mas, e principalmente<br />

terão melhor <strong>de</strong>sempenho operacional aumentando o conforto, o bem estar e a<br />

confiabilida<strong>de</strong> dos usuários.<br />

Brasília, 06 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2010<br />

FOX ENGENHARIA E CONSULTORIA LTDA<br />

Engº Paulo César <strong>de</strong> R. Pereira<br />

CREA-GO 5.490/D<br />

Engº Jorge Batista dos Santos<br />

CREA-DF 2.577/D<br />

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