Colangites em felinos - RoyalCanin.br
Colangites em felinos - RoyalCanin.br
Colangites em felinos - RoyalCanin.br
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
histopatológico.<<strong>br</strong> />
O exame coproparasitológico é um teste específico,<<strong>br</strong> />
mas não muito sensível, pois a produção de ovos é<<strong>br</strong> />
limitada, e sua liberação, intermitente. O método de<<strong>br</strong> />
centrifugação pela formalina-éter é o mais indicado e<<strong>br</strong> />
efetivo no diagnóstico. N<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre o parasita é<<strong>br</strong> />
encontrado no exame histológico.<<strong>br</strong> />
O diagnóstico também é auxiliado pelas alterações<<strong>br</strong> />
ultrassonográficas; no entanto, outras causas de<<strong>br</strong> />
colangite (colangite linfocítica ou neutrofílica) pod<strong>em</strong><<strong>br</strong> />
gerar achados similares.<<strong>br</strong> />
Em relação ao tratamento, os protocolos ainda são<<strong>br</strong> />
controversos. Praziquantel (20 – 30 mg/kg por VO,<<strong>br</strong> />
uma vez ao dia, durante cinco dias) é o mais utilizado,<<strong>br</strong> />
parecendo ser mais eficiente que o febendazole<<strong>br</strong> />
(50mg/kg por VO, a cada 12h, durante cinco dias).<<strong>br</strong> />
No entanto, as lesões e alterações histológicas<<strong>br</strong> />
provocadas pelo parasita, muitas vezes necessitam<<strong>br</strong> />
de outras intervenções além da simples eliminação<<strong>br</strong> />
do mesmo. Com a classificação histológica, a<<strong>br</strong> />
colangite associada deve ser tratada de acordo com<<strong>br</strong> />
seu infiltrado celular predominante.<<strong>br</strong> />
Leitura sugerida<<strong>br</strong> />
Center, S.A. Diseases of the gallbladder and biliary tree.<<strong>br</strong> />
Veterinary Clinics of North America, Vol.39, p.543 – 598, 2009.<<strong>br</strong> />
Edwards, M. Feline cholangiohepatitis. Veterinary Compendium,<<strong>br</strong> />
Vol.26(11), p.855 – 862, 2004.<<strong>br</strong> />
Buote NJ, Mitchell SL, Penninck D, Fre<strong>em</strong>an LM, Webster CR.<<strong>br</strong> />
Cholecystoenterostomy for treatment of extrahepatic biliary<<strong>br</strong> />
tract obstruction in cats: 22 cases (1994-2003). J Am Vet Med<<strong>br</strong> />
Assoc. 2006 May 1;228(9):1376-82.<<strong>br</strong> />
Gunn-Moore, D.; Reed, N. Feline Inflammatory liver disease – an<<strong>br</strong> />
overview. Veterinary Focus, Vol. 20(3), p.2 – 8, 2010.<<strong>br</strong> />
Dúvidas, sugestões e informações so<strong>br</strong>e nossos<<strong>br</strong> />
Informativos Técnicos, por favor entr<strong>em</strong> <strong>em</strong> contato pelo<<strong>br</strong> />
e-mail: informativosvet@royalcanin.com.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
4<<strong>br</strong> />
HYPOALLERGENIC<<strong>br</strong> />
HYPOALLERGENIC FELINE é um alimento<<strong>br</strong> />
coadjuvante indicado para gatos destinado à<<strong>br</strong> />
redução de intolerância a certos ingredientes e<<strong>br</strong> />
nutrientes. Destina-se como auxiliar nos casos de<<strong>br</strong> />
alergias alimentares com sintomatologia<<strong>br</strong> />
dermatológica e/ou digestivas.<<strong>br</strong> />
www.royalcanin.com.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
0800 703 55 88<<strong>br</strong> />
N°12 • Agosto/2011<<strong>br</strong> />
Prof. Msc. Alexandre G. T. Daniel<<strong>br</strong> />
Universidade Metodista de São Paulo<<strong>br</strong> />
H.V. Santa Inês – SP<<strong>br</strong> />
Consultoria Especializada <strong>em</strong> Medicina Felina<<strong>br</strong> />
e-mail: alexandre.daniel@metodista.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
Classificação<<strong>br</strong> />
As doenças inflamatórias de vias<<strong>br</strong> />
biliares dos <strong>felinos</strong> pod<strong>em</strong> ser<<strong>br</strong> />
classificadas <strong>em</strong> 4 principais<<strong>br</strong> />
c a t e g o r i a s : ( 1 ) c o l a n g i t e<<strong>br</strong> />
neutrofílica; (2) colangite linfocítica;<<strong>br</strong> />
(3) colangite associada à<<strong>br</strong> />
infestação parasitária e (4)<<strong>br</strong> />
c o l a n g i t e s d e s t r u t i v a s o u<<strong>br</strong> />
esclerosantes. Na prática clínica,<<strong>br</strong> />
as três primeiras formas são mais<<strong>br</strong> />
comumente encontradas, sendo a<<strong>br</strong> />
colangite esclerosante, rara.<<strong>br</strong> />
Vets TODAY<<strong>br</strong> />
<strong>Colangites</strong> <strong>em</strong> <strong>felinos</strong><<strong>br</strong> />
Colangite neutrofílica<<strong>br</strong> />
A colangite neutrofílica, também<<strong>br</strong> />
denominada colangite aguda ou<<strong>br</strong> />
supurativa, é definida por<<strong>br</strong> />
inflamação das vias biliares (intra e<<strong>br</strong> />
extra-hepáticas, ductos biliares e<<strong>br</strong> />
vesícula biliar) caracterizada por<<strong>br</strong> />
infiltração de neutrófilos. É<<strong>br</strong> />
essencialmente uma doença<<strong>br</strong> />
inflamatória séptica, com achados<<strong>br</strong> />
característicos <strong>em</strong> quase todos os<<strong>br</strong> />
animais não tratados.<<strong>br</strong> />
Gatos de qualquer idade pod<strong>em</strong> ser<<strong>br</strong> />
acometidos, mas a colangite<<strong>br</strong> />
neutrofílica é mais encontrada <strong>em</strong><<strong>br</strong> />
gatos jovens e de meia idade. Os<<strong>br</strong> />
machos parec<strong>em</strong> ser mais<<strong>br</strong> />
acometidos que as fêmeas e não<<strong>br</strong> />
há predisposição racial para a<<strong>br</strong> />
afecção.<<strong>br</strong> />
A etiopatogenia ainda permanece<<strong>br</strong> />
incerta. Porém, a ascensão de<<strong>br</strong> />
bactérias do trato gastrintestinal<<strong>br</strong> />
(infecção ascendente) é a hipótese<<strong>br</strong> />
mais aceita, visto a associação das<<strong>br</strong> />
colangites com pancreatite e<<strong>br</strong> />
doença inflamatória intestinal,<<strong>br</strong> />
síndrome esta denominada “tríade<<strong>br</strong> />
felina”.<<strong>br</strong> />
As manifestações agudas t<strong>em</strong> um<<strong>br</strong> />
caráter súbito e são associadas à<<strong>br</strong> />
natureza séptica da doença. No<<strong>br</strong> />
geral, os animais apresentam<<strong>br</strong> />
anorexia/disorexia, prostração,<<strong>br</strong> />
fe<strong>br</strong>e e vômito. Os pacientes<<strong>br</strong> />
também pod<strong>em</strong> estar ictéricos, e<<strong>br</strong> />
alguns apresentam sensibilidade<<strong>br</strong> />
a b d o m i n a l à p a l p a ç ã o .<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
Laboratorialmente, gatos com<<strong>br</strong> />
colangite aguda desenvolv<strong>em</strong><<strong>br</strong> />
leucocitose, podendo ocorrer desvio<<strong>br</strong> />
à esquerda; apresentam aumento<<strong>br</strong> />
significativo das enzimas de<<strong>br</strong> />
extravasamento (ALT e AST), com<<strong>br</strong> />
aumento mais discreto das enzimas<<strong>br</strong> />
indicadoras de colestase (fosfatase<<strong>br</strong> />
alcalina e GGT); pode haver<<strong>br</strong> />
hiperbilirrubin<strong>em</strong>ia e bilirrubinúria.<<strong>br</strong> />
Alterações nos t<strong>em</strong>pos de<<strong>br</strong> />
coagulação também são frequentes.<<strong>br</strong> />
Algumas vezes, a doença pode<<strong>br</strong> />
ocorrer concomitant<strong>em</strong>ente com a<<strong>br</strong> />
lipidose hepática, gerando variação<<strong>br</strong> />
n o p a d r ã o d e a l t e r a ç ã o<<strong>br</strong> />
enzimológica.<<strong>br</strong> />
Os achados ultrassonográficos<<strong>br</strong> />
pod<strong>em</strong> evidenciar hepatomegalia e<<strong>br</strong> />
a s p e c t o h e t e r o g ê n e o d e<<strong>br</strong> />
p a r ê n q u i m a h e p á t i c o ; a<<strong>br</strong> />
ecogenicidade hepática pode estar<<strong>br</strong> />
r e d u z i d a o u a u m e n t a d a<<strong>br</strong> />
(principalmente na associação com<<strong>br</strong> />
a l i p i d o s e h e p á t i c a ) , c o m<<strong>br</strong> />
evidenciação dos ductos biliares,<<strong>br</strong> />
e s p e s s a d o s , d i s t e n d i d o s e<<strong>br</strong> />
tortuosos. Achados associados<<strong>br</strong> />
pod<strong>em</strong> evidenciar alterações <strong>em</strong><<strong>br</strong> />
p a r ê n q u i m a p a n c r e á t i c o ,<<strong>br</strong> />
linfoadenomegalia mesentérica,<<strong>br</strong> />
espessamento de parede intestinal,<<strong>br</strong> />
colelitíase e obstrução de vias<<strong>br</strong> />
biliares.<<strong>br</strong> />
A citologia hepática pode evidenciar<<strong>br</strong> />
b a c t é r i a s e n e u t r ó f i l o s<<strong>br</strong> />
(degenerados e/ou fagocitando
VetsTODAY VetsTODAY<<strong>br</strong> />
microorganismos), b<strong>em</strong> como a citologia de bile pode<<strong>br</strong> />
apresentar neutrófilos e bactérias (a bile de um felino<<strong>br</strong> />
hígido não apresenta bactérias ou celularidade<<strong>br</strong> />
significativa <strong>em</strong> exame citológico). Uma citologia<<strong>br</strong> />
normal não exclui a possibilidade de colangite<<strong>br</strong> />
neutrofílica.<<strong>br</strong> />
Cultura microbiana de bile oferece a possibilidade de<<strong>br</strong> />
identificação do microorganismo envolvido, b<strong>em</strong> como<<strong>br</strong> />
direciona a anibióticoterapia a ser utilizada. Animais<<strong>br</strong> />
previamente tratados com o uso de antibióticos<<strong>br</strong> />
pod<strong>em</strong> ter análise citológica e cultura negativos.<<strong>br</strong> />
A biópsia hepática é o exame mais indicado no<<strong>br</strong> />
diagnóstico, para a correta identificação do padrão<<strong>br</strong> />
celular inflamatório e avaliação da arquitetura biliar. O<<strong>br</strong> />
exame histopatológico evidencia neutrófilos no interior<<strong>br</strong> />
dos ductos biliares acometidos, entre as células<<strong>br</strong> />
epiteliais biliares e nas proximidades dos ductos<<strong>br</strong> />
biliares.<<strong>br</strong> />
Pela natureza infecciosa do processo, o tratamento<<strong>br</strong> />
inclui o uso de antibióticos e tratamento suporte;<<strong>br</strong> />
antibióticos de amplo espectro e com boa penetração<<strong>br</strong> />
<strong>em</strong> tecido hepático são recomendados, com atividade<<strong>br</strong> />
contra aeróbios gram positivos, gram negativos e<<strong>br</strong> />
anaeróbios. O antibiótico deve ser escolhido,<<strong>br</strong> />
preferencialmente, baseado <strong>em</strong> cultura bacteriana de<<strong>br</strong> />
bile ou fragmentos hepáticos, estando entre os de<<strong>br</strong> />
eleição a amoxicilina com ácido clavulânico,<<strong>br</strong> />
clindamicina e cefalexina, associados ao metronidazol.<<strong>br</strong> />
Os antibióticos dev<strong>em</strong> ser utilizados por períodos que<<strong>br</strong> />
variam de 1 a 3 meses de uso. Após a resolução das<<strong>br</strong> />
manifestações clínicas e normalização dos valores<<strong>br</strong> />
enzimológicos hepáticos, sugere-se manter os<<strong>br</strong> />
antibióticos por um período de mais 3 a 4 s<strong>em</strong>anas.<<strong>br</strong> />
A terapia suporte deve envolver o uso de ácido<<strong>br</strong> />
ursodeoxicólico (após confirmação de patência das<<strong>br</strong> />
vias biliares), silimarina, SAMe, supl<strong>em</strong>entação de<<strong>br</strong> />
vitaminas do complexo B, reposição de vitamina K<<strong>br</strong> />
(0,5mg/kg a cada 12 horas, num total de 3<<strong>br</strong> />
aplicações – principalmente antes de intervenção<<strong>br</strong> />
cirúrgica diagnóstica) e suporte enteral adequado. Na<<strong>br</strong> />
presença de enfermidades associadas, o tratamento<<strong>br</strong> />
deve ser direcionado (lipidose hepática, pancreatite,<<strong>br</strong> />
doença intestinal inflamatória).<<strong>br</strong> />
Colangite linfocítica<<strong>br</strong> />
A colangite linfocítica (ou linfo-plasmocítica), também<<strong>br</strong> />
denominada colangite crônica ou colangite não<<strong>br</strong> />
supurativa, é definida por inflamação das vias biliares<<strong>br</strong> />
caracterizada por infiltração de pequenos linfócitos ao<<strong>br</strong> />
redor dos ductos biliares, podendo ou não penetrar o<<strong>br</strong> />
lúmen dos ductos acometidos ou invadir o epitélio<<strong>br</strong> />
biliar.<<strong>br</strong> />
Gatos de qualquer idade pod<strong>em</strong> ser acometidos, sendo<<strong>br</strong> />
mais encontrada <strong>em</strong> gatos de meia idade a idosos. Não<<strong>br</strong> />
existe predisposição sexual; persas parec<strong>em</strong> mais<<strong>br</strong> />
predispostos ao desenvolvimento da enfermidade.<<strong>br</strong> />
Sua etiopatogenia também é incerta, com algumas<<strong>br</strong> />
suposições hipotéticas so<strong>br</strong>e provável orig<strong>em</strong><<strong>br</strong> />
imunomediada. Também se supõe ser uma progressão<<strong>br</strong> />
da colangite neutrofílica não tratada adequadamente<<strong>br</strong> />
(<strong>em</strong>bora muitos animais acometidos jamais tenham<<strong>br</strong> />
tido quadros compatíveis com a colangite neutrofílica).<<strong>br</strong> />
É uma doença de caráter insidioso e de progressão<<strong>br</strong> />
lenta; as manifestações tend<strong>em</strong> a ser discretas e<<strong>br</strong> />
intermitentes, podendo ocorrer, algumas vezes,<<strong>br</strong> />
manifestações agudas (<strong>em</strong> inflamações graves ou<<strong>br</strong> />
quadros avançados). Náusea, vômitos intermitentes,<<strong>br</strong> />
episódios diarréicos esporádicos, perda de peso,<<strong>br</strong> />
apetite variável (alguns animais apresentam-se<<strong>br</strong> />
anoréticos/disoréticos, enquanto outros apresentamse<<strong>br</strong> />
polifágicos) são manifestações predominantes.<<strong>br</strong> />
Cerca de 50 a 60% dos animais pod<strong>em</strong> apresentar<<strong>br</strong> />
icterícia, e alguns animais apresentam quadros<<strong>br</strong> />
ictéricos de resolução espontânea.<<strong>br</strong> />
Os gatos acometidos pod<strong>em</strong> apresentar<<strong>br</strong> />
hepatomegalia, b<strong>em</strong> como linfoadenomegalia<<strong>br</strong> />
mesentérica, torácica e periférica (pelo quadro<<strong>br</strong> />
inflamatório crônico).<<strong>br</strong> />
Laboratorialmente, <strong>felinos</strong> com colangite linfocítica<<strong>br</strong> />
apresentam aumento das enzimas hepáticas (ALT,<<strong>br</strong> />
AST, GGT), hiperbilirrubin<strong>em</strong>ia, hipoalbumin<strong>em</strong>ia e<<strong>br</strong> />
hiperprotein<strong>em</strong>ia (um dos achados mais frequentes e<<strong>br</strong> />
consistentes); alterações nos t<strong>em</strong>pos de coagulação<<strong>br</strong> />
também são frequentes.<<strong>br</strong> />
Os achados ultrassonográficos reflet<strong>em</strong> a inflamação<<strong>br</strong> />
crônica das vias biliares. Heterogeneidade de<<strong>br</strong> />
parênquima hepático, dilatação, espessamento e<<strong>br</strong> />
tortuosidade de ductos biliares intra e extra-hepáticos,<<strong>br</strong> />
dilatação de ducto cístico, linfoadenomegalia<<strong>br</strong> />
mesentérica e obstrução de vias biliares também<<strong>br</strong> />
pod<strong>em</strong> ser encontrados. No entanto, alguns animais<<strong>br</strong> />
com manifestações clínicas e histológicas importantes<<strong>br</strong> />
não apresentam alterações ultrassonográficas.<<strong>br</strong> />
Alterações <strong>em</strong> órgãos adjacentes (intestino e<<strong>br</strong> />
pâncreas) também dev<strong>em</strong> ser pesquisadas.<<strong>br</strong> />
Diferent<strong>em</strong>ente da colangite neutrofílica, o diagnóstico<<strong>br</strong> />
da colangite linfocítica não pode ser realizado por<<strong>br</strong> />
exame citológico. O único exame diagnóstico é a análise<<strong>br</strong> />
histopatológica de fragmento de biópsia hepática.<<strong>br</strong> />
O tratamento inicial consiste <strong>em</strong> suporte<<strong>br</strong> />
hidroeletrolítico, supl<strong>em</strong>entação de vitaminas<<strong>br</strong> />
hidrossolúveis, silimarina, ácido ursodeoxicólico (após<<strong>br</strong> />
verificada patência das vias biliares), supl<strong>em</strong>entação de<<strong>br</strong> />
vitaminas do complexo B, reposição de vitamina K<<strong>br</strong> />
(0,5mg/kg a cada 12 horas, num total de 3 aplicações<<strong>br</strong> />
– principalmente antes de intervenção cirúrgica<<strong>br</strong> />
diagnóstica) e suporte enteral adequado.<<strong>br</strong> />
O tratamento a longo prazo<<strong>br</strong> />
consiste <strong>em</strong> imunossupressão,<<strong>br</strong> />
sendo o fármaco de eleição a<<strong>br</strong> />
prednisolona (2 a 4mg/kg uma vez<<strong>br</strong> />
ao dia); após a resolução das<<strong>br</strong> />
manifestações clínicas, a dose deve<<strong>br</strong> />
ser reduzida a cada 6 a 12<<strong>br</strong> />
s<strong>em</strong>anas, até alcançar a mínima<<strong>br</strong> />
dose terapêutica efetiva. Outros<<strong>br</strong> />
agentes imunossupressores, como<<strong>br</strong> />
o clorambucil ou metotrexato,<<strong>br</strong> />
pod<strong>em</strong> ser necessários.<<strong>br</strong> />
<strong>Colangites</strong> parasitárias<<strong>br</strong> />
As colangites crônicas associadas<<strong>br</strong> />
a infestação por tr<strong>em</strong>atódeos das<<strong>br</strong> />
vias biliares são rotineiramente<<strong>br</strong> />
observadas <strong>em</strong> gatos pertencentes<<strong>br</strong> />
a áreas endêmicas.<<strong>br</strong> />
O Platynosomum fastosum é o parasita<<strong>br</strong> />
hepático mais comum dos <strong>felinos</strong>,<<strong>br</strong> />
usualmente localizado nos ductos<<strong>br</strong> />
biliares e vesicular biliar. "O ciclo de<<strong>br</strong> />
vida do parasita inclui três classes<<strong>br</strong> />
de hospedeiros intermediários,<<strong>br</strong> />
sendo a terceira normalmente<<strong>br</strong> />
lagartixas, lagartos ou sapos”.<<strong>br</strong> />
Gatos acometidos adquir<strong>em</strong> o<<strong>br</strong> />
p a r a s i t a p o r i n g e s t ã o d o<<strong>br</strong> />
hospedeiro intermediário. As<<strong>br</strong> />
metacercárias migram do intestino<<strong>br</strong> />
para a vesícula biliar via ducto biliar<<strong>br</strong> />
comum, tornando-se adultos e<<strong>br</strong> />
patentes <strong>em</strong> 8 a 10 s<strong>em</strong>anas. Os<<strong>br</strong> />
ovos pod<strong>em</strong> ser achados nas fezes<<strong>br</strong> />
e, mais consistent<strong>em</strong>ente, <strong>em</strong><<strong>br</strong> />
citologia de bile.<<strong>br</strong> />
A g r a v i d a d e d a s d o e n ç a s<<strong>br</strong> />
associadas à infecção depende da<<strong>br</strong> />
carga parasitária, do t<strong>em</strong>po de<<strong>br</strong> />
infecção e da resposta individual. As<<strong>br</strong> />
manifestações clínicas são<<strong>br</strong> />
v a r i á v e i s , d e s d e a n i m a i s<<strong>br</strong> />
assintomáticos, até pacientes com<<strong>br</strong> />
icterícia hepática e pós-hepática,<<strong>br</strong> />
letargia, prostração, anorexia,<<strong>br</strong> />
vômito, diarréia, perda de peso,<<strong>br</strong> />
h e p a t o m e g a l i a , d i s t e n s ã o<<strong>br</strong> />
abdominal e falência hepática.<<strong>br</strong> />
Achados laboratoriais inclu<strong>em</strong><<strong>br</strong> />
h i p e r b i l i r r u b i n e m i a ,<<strong>br</strong> />
hipoalbumin<strong>em</strong>ia e aumento das<<strong>br</strong> />
FIGURA 2:<<strong>br</strong> />
2 3<<strong>br</strong> />
Foto: arquivo pessoal do autor.<<strong>br</strong> />
Animal com colangite linfocítica e obstrução de vias biliares extrahepática;<<strong>br</strong> />
notar dilatação e tortuosidade das vias biliares (seta).<<strong>br</strong> />
Foto: arquivo pessoal do autor.<<strong>br</strong> />
FIGURA 1:<<strong>br</strong> />
Citologia de bile de<<strong>br</strong> />
gato com colangite<<strong>br</strong> />
parasitária, visibilizando<<strong>br</strong> />
ovos do parasita<<strong>br</strong> />
Platynosomum fastosum.<<strong>br</strong> />
enzimas hepáticas (FA, ALT, AST e GGT); eosinofilia pode ocorrer,<<strong>br</strong> />
porém, n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre está presente e pode estar associada a outras<<strong>br</strong> />
afecções.<<strong>br</strong> />
Os achados ultrassonográficos evidenciam alterações típicas de<<strong>br</strong> />
doença <strong>em</strong> trato biliar, como tortuosidade e dilatação de ductos,<<strong>br</strong> />
vesícula biliar dilatada e com parede espessada e obstrução de ducto<<strong>br</strong> />
biliar comum.<<strong>br</strong> />
O diagnóstico pode ser feito com base no histórico (ingestão de<<strong>br</strong> />
hospedeiros intermediários), manifestações clínicas, detecção dos<<strong>br</strong> />
ovos no exame coproparasitológico, na citologia de bile e no