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pareceres dos projetos analisados na 149ª reunião da

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Discor<strong>da</strong>mos frontalmente tanto do primeiro parecer, quanto <strong>da</strong><br />

negativa de provimento ao recurso impetrado pelo proponente.<br />

Pelos motivos que passamos listar:<br />

1. Não procede a afirmação de que há orientação <strong>da</strong> SAV para o<br />

enquadramento de programas de TV no art. 26. A orientação é<br />

para que a legislação seja cumpri<strong>da</strong>.<br />

2. Na documentação apresenta<strong>da</strong>, seja <strong>na</strong> apresentação <strong>dos</strong><br />

objetivos como <strong>na</strong>s sinopses <strong>dos</strong> programas, fica clara a<br />

preocupação do proponente <strong>na</strong> construção de uma grade de<br />

programação "que não se oriente pelos mesmos critérios de<br />

audiência <strong>da</strong>s TVs e rádios comerciais", objetivo perseguido<br />

através <strong>da</strong> estruturação <strong>da</strong> mesma "a partir de quatro pilares<br />

fun<strong>da</strong>mentais de orientação para a educação que visa a formação<br />

integral do ser humano; a cultura, em especial <strong>da</strong>s tendências não<br />

contempla<strong>da</strong>s pelo mercado comercial de arte e cultura; a<br />

informação independente, pluralista, informativa e pe<strong>da</strong>gógica e o<br />

entretenimento que assume o risco de uma dinâmica de reflexão<br />

em substituição á dinâmica de mercado", constituindo deste modo<br />

sua missão de "formação crítica do homem para a ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia".<br />

(págs. 02 do processo e recurso). Ou seja, o que se discute aqui é<br />

o conceito de programação televisiva.<br />

Em primeiro lugar é preciso reconhecer não ape<strong>na</strong>s que a<br />

televisão é um fato cultural, como também de que suas emissões<br />

são progressivamente determi<strong>na</strong>ntes de aspectos culturais,<br />

econômicos, políticos e subjetivos <strong>na</strong>s socie<strong>da</strong>des<br />

contemporâneas. Assim, é preciso compreender que não se trata<br />

de uma série de iniciativas isola<strong>da</strong>s de um mesmo proponente,<br />

mas sim de um todo orgânico baseado em núcleos de significação<br />

(os programas) coerentes entre si, de modo a gerar um fluxo<br />

audiovisual dotado de determi<strong>na</strong><strong>da</strong> identi<strong>da</strong>de cultural no caso <strong>da</strong>s<br />

emissoras públicas, ou mercadológica, no caso <strong>da</strong>s TVS<br />

comerciais, capaz de atrair e manter a atenção do espectador ao<br />

longo do seu tempo de visio<strong>na</strong>mento.<br />

Deste modo, a menos que queiramos negar a TV como fato<br />

cultural, é preciso pensar a programação como um todo e aceitar<br />

que a cultura em outras épocas também foi realiza<strong>da</strong> com os<br />

meios, os recursos e as deman<strong>da</strong>s <strong>da</strong>quela mesma época.<br />

Discordo, portanto, <strong>da</strong> fragmentação <strong>da</strong> análise entre programas<br />

que teriam <strong>na</strong>tureza cultural e outros que não teriam. Se<br />

a<strong>na</strong>lisarmos as sinopses apresenta<strong>da</strong>s em busca do sentido estrito<br />

de cultura, dificilmente poderíamos deixar de lado qualquer <strong>dos</strong><br />

programas propostos.<br />

A maioria absoluta deles é de <strong>na</strong>tureza cultural, sendo que a maior<br />

parte <strong>dos</strong> mesmos é inclusive de <strong>na</strong>tureza artística e, com certeza,<br />

a programação proposta como um todo é sim, de eleva<strong>da</strong><br />

quali<strong>da</strong>de cultural, entendi<strong>da</strong> assim, a programação que promova<br />

a diversi<strong>da</strong>de e a expressão de uma socie<strong>da</strong>de plural e

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