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Criativa Magazine | Julho 2024

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De regresso ao

seu local de

nascimento, o

“Azores Burning

Summer”

mantém a

máxima de ser

um festival

bom, pequeno,

confortável,

seguro,

sustentável e

inesquecível.

“AZORES BURNING SUMMER”

“TEMOS UM FESTIVAL DE PRAIA

ÚNICO QUE DIVERTE”

Se pudesse definir aquilo que foi o

“Azores Burning Summer” na sua

primeira edição e passado estes

anos – pese embora o desígnio do

mesmo se mantenha – o que mais

se alterou ?

Filipe Tavares (mentor do “Azores

Burning Summer”) - O “Azores Burning

Summer” nasce de uma vontade

imensa em celebrar a Praia dos

Moinhos, a boa Música e a Amizade,

esta é a matriz deste festival que

este ano completa a sua 10ª edição.

Se colocar a questão ao contrário, o

que não se alterou? Sei que a resposta

será a “Identidade” do Festival,

ou seja, continuamos a programar o

evento fiéis à sua essência, ligados

aos mesmos motivos que nos levaram

a criar o Festival. O que mais se

alterou? Pois a resposta é mesmo

a qualidade, quer da organização

quer da programação, e neste campo

tenho de reconhecer que os principais

aliados neste crescimento

qualitativo têm sido a nossa equipa,

Natacha Alexandra Pastor DR

parceiros, patrocinadores, Junta de

Freguesia do Porto Formoso e claro

o apoio e reconhecimento da Autarquia

da Ribeira Grande que olha

para este Festival como um evento

único, estratégico, descentralizador

da oferta Cultural, com uma programação

de qualidade e distinta dos

demais festivais que acontecem um

pouco por toda a nossa Região e até

mesmo no território nacional. Temos

um festival de Praia único que

diverte quem nele participa.

Tratando-se de 10 anos, surge algo

especial para marcar uma década

de eventos?

Temos consciência que cada edição

foi realizada com muito esforço, risco,

empenho, Amor e por isso todas

as edições foram especiais. A celebração

de uma década propõe uma

certa reflexão sobre como o evento

irá continuar e que evolução poderá

ter. Mas uma coisa é certa, achamos

que o sucesso do Festival reside na

capacidade que teremos em não o

desvirtuar e é isso que queremos

fazer. Queremos que daqui a 10

anos ainda sintam que o “Burning”

é o mesmo festival especial que conheceram

em 2015. Isso passa por

garantir que o lugar dos Moinhos

não se altere, garantir a proteção

paisagística da praia dos Moinhos,

ou seja, não estamos apenas centrados

em realizar um evento mas

defender toda uma memória coletiva

que consideramos importante.

Queremos o festival no coração do

público.

A cada festival que passa, é mais

desafiante e exigente criar todo um

programa cultural, social e económico

que ‘abrace’ o vosso conceito?

O programa cultural do festival é

concreto do ponto de vista da sua

missão: unir as pessoas através da

música, dinamizar o contacto entre

músicos locais e músicos convidados,

proporcionar programação de

acesso gratuito na fantástica praia

dos Moinhos, proporcionar uma experiência

musical ímpar e de grande

qualidade no recinto principal, no

parque dos Moinhos, em total contacto

com a Natureza, trazer ao público

açoriano e a quem visita São

Miguel por altura do festival, música

de todo o mundo com sonoridades

distintas através de projetos musicais

de grande qualidade. No campo

social e ambiental, talvez a característica

mais distinta do “Burning”, o

desafio passa por inovar no que diz

respeito à concretização das medidas

ecológicas, e por outro lado

conquistar no que respeita à sensibilização

ambiental, e na adesão à

nossa programação paralela nesse

campo falo concretamente do Programa

Comunitário de Saúde VIVE

e no HABITAT especialmente desenhado

para os mais jovens.

Pelo caminho, ficou algo por alcançar?

Estamos satisfeitos com o percurso,

tudo acontece com visão e dedicação,

sinto que alcançamos algo

fundamental na realização de um

projeto desta dimensão e que se

traduz no compromisso e dedicação

depositada pela nossa equipa,

parceiros, patrocinadores e entidades

que apoiam o Festival. Sinto que

as distinções regionais, nacionais e

internacionais que recebemos dão

um importante “empurrão” para que

este sentimento de sucesso seja

real e vivido por todos.

Para um projeto tão dinâmico, o nível

de apoios e patrocínios também

importa. Como tem sido esse pro-

Ao contrário do

que pensei no

passado, hoje confesso

que, na realidade em que

vivemos, é impossível

realizar um evento deste

tipo sem apoio financeiro

público. Portanto, todos

os anos a luta é a mesma:

convencer e conquistar

apoios para ter mais e melhores

condições para continuar

de forma digna com

este projeto que marca pela

qualidade e diferença.”

cesso, já que há sempre alguma dificuldade

na hora de investir.

Financiar um Festival é um “quebra

cabeças”. Felizmente contamos

com um importante apoio da Autarquia

da Ribeira Grande, complementado

por apoios do Governo dos

Açores e dos nossos patrocinadores.

Ao contrário do que pensei no

passado, hoje confesso que, na realidade

em que vivemos, é impossível

realizar um evento deste tipo sem

apoio financeiro público. Portanto,

todos os anos a luta é a mesma:

convencer e conquistar apoios para

ter mais e melhores condições para

continuar de forma digna com este

projeto que marca pela qualidade e

diferença.

Quão nacional e internacional já é

o festival? Assume uma dimensão

que era difícil de perspetivar ao

início?

Nós, que vivemos nestas ilhas do

Atlântico, devemos direcionar a

nossa ambição para a qualidade e

não para a quantidade, até porque

uma não é garantia da outra. Estamos

focados na qualidade, e foi

através da qualidade que contribuímos

para que o nome do Porto

Formoso, da Ribeira Grande, de São

Miguel e dos Açores fosse mais

longe. Somos um Festival de pequena/média

dimensão que quer

continuar a ser assim mesmo: bom,

pequeno, confortável, seguro, sustentável

e inesquecível.

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