Historiar 2024 ed. janeiro, fevereiro e março

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03.07.2024 Views

Entrevista Entrevista O médico Francisco Ivanildo destaca a importância de quem ajuda se prevenir e não levar risco adicional aos pacientes Raquel Budow Da redação do Historiar _ A Viva e Deixe Viver, em sua trajetória de quase trinta anos, pode se orgulhar por reunir centenas de voluntários em todo o Brasil comprometidos com a sua causa, mas também é preciso destacar o número de profissionais de renome nos mais diversos campos de atuação que a associação agrupou – e agrupa - para o desenvolvimento de sua missão. Esta edição do Historiar traz um deles para um bom bate-papo: o doutor Francisco Ivanildo de Oliveira Junior, que todo mundo conhece por Francisco Ivanildo. Ele é o que a gente chama de fera, porque é um especialista respeitado e atua com doenças infecciosas e parasitárias e gestão da qualidade hospitalar no Instituto de Infectologia Emílio Ribas e no Hospital Infantil Sabará, em São Paulo. Ele tem uma ligação estreita com a Viva. Confira na reportagem. médico Francisco Ivanildo A informação é aliada poderosa na atuação do voluntariado 54 Historiar: Quando começou sua parceria com a Viva? FRANCISCO IVANILDO: A minha ligação vem desde pouco depois do início da atuação da associação, no final da década de 90, quando ela ainda funcionava no Emílio Ribas, ligada à capelania católica, que foi a forma como o Valdir (Cimino) e equipe entraram no hospital. Na época, eu trabalhava no serviço de controle de infecção hospitalar. O capelão, padre João Mildner, me procurou e perguntou se poderia conversar com um grupo de pessoas que estava contando histórias para as crianças na instituição e dar algumas orientações em relação aos cuidados, às precauções que deveriam tomar dentro da atividade no hospital. Comecei a trabalhar junto com a associação e com os contadores. A primeira reunião foi em um salão de festas, em um prédio na região próxima ao hospital. Fui munido do retroprojetor com minhas transparências, uma coisa totalmente do século passado. Fiz a primeira apresentação, mostrando a importância da higienização das mãos, da utilização dos equipamentos de proteção individual e do cuidado com as vacinas. Aos poucos, as atividades foram sendo ampliadas, assim como os locais das palestras que passaram a ser em auditórios para um público maior. No período da pandemia atual, paramos de fazer os treinamentos presenciais; a atividade do voluntariado também foi reduzida. Reto- 55

Entrevista<br />

Entrevista<br />

O<br />

médico Francisco Ivanildo destaca a importância de quem ajuda se prevenir e<br />

não levar risco adicional aos pacientes<br />

Raquel Budow<br />

Da r<strong>ed</strong>ação do <strong>Historiar</strong><br />

_<br />

A Viva e Deixe Viver, em sua trajetória de<br />

quase trinta anos, pode se orgulhar por<br />

reunir centenas de voluntários em todo<br />

o Brasil comprometidos com a sua causa,<br />

mas também é preciso destacar o<br />

número de profissionais de renome nos<br />

mais diversos campos de atuação que a<br />

associação agrupou – e agrupa - para o<br />

desenvolvimento de sua missão.<br />

Esta <strong>ed</strong>ição do <strong>Historiar</strong> traz um deles<br />

para um bom bate-papo: o doutor<br />

Francisco Ivanildo de Oliveira Junior,<br />

que todo mundo conhece por Francisco<br />

Ivanildo. Ele é o que a gente chama de<br />

fera, porque é um especialista respeitado<br />

e atua com doenças infecciosas e parasitárias<br />

e gestão da qualidade hospitalar<br />

no Instituto de Infectologia Emílio<br />

Ribas e no Hospital Infantil Sabará, em<br />

São Paulo.<br />

Ele tem uma ligação estreita com a Viva.<br />

Confira na reportagem.<br />

médico Francisco Ivanildo<br />

A informação é<br />

aliada poderosa<br />

na atuação do<br />

voluntariado<br />

54<br />

<strong>Historiar</strong>: Quando começou sua parceria com a Viva?<br />

FRANCISCO IVANILDO: A minha ligação<br />

vem desde pouco depois do início da atuação<br />

da associação, no final da década<br />

de 90, quando ela ainda funcionava no<br />

Emílio Ribas, ligada à capelania católica,<br />

que foi a forma como o Valdir (Cimino)<br />

e equipe entraram no hospital. Na época,<br />

eu trabalhava no serviço de controle<br />

de infecção hospitalar. O capelão, padre<br />

João Mildner, me procurou e perguntou se<br />

poderia conversar com um grupo de pessoas<br />

que estava contando histórias para<br />

as crianças na instituição e dar algumas<br />

orientações em relação aos cuidados, às<br />

precauções que deveriam tomar dentro<br />

da atividade no hospital. Comecei a trabalhar<br />

junto com a associação e com os<br />

contadores.<br />

A primeira reunião foi em um salão de<br />

festas, em um prédio na região próxima<br />

ao hospital. Fui munido do retroprojetor<br />

com minhas transparências, uma coisa<br />

totalmente do século passado. Fiz a primeira<br />

apresentação, mostrando a importância<br />

da higienização das mãos, da<br />

utilização dos equipamentos de proteção<br />

individual e do cuidado com as vacinas.<br />

Aos poucos, as atividades foram sendo<br />

ampliadas, assim como os locais das palestras<br />

que passaram a ser em auditórios<br />

para um público maior. No período<br />

da pandemia atual, paramos de fazer os<br />

treinamentos presenciais; a atividade do<br />

voluntariado também foi r<strong>ed</strong>uzida. Reto-<br />

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