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Márcio Jordão, da Bradesco Seguros<br />
Guilherme Perondi, vice-presidente Brasil e Latam da Swiss<br />
Re Corporate Solutions, comentou sobre os desafios do uso da Inteligência<br />
Artificial em grandes seguradoras e resseguradoras. De<br />
acordo com Perondi, por o ecossistema de seguros ser complexo,<br />
faltam políticas de uso de IA, governança interna e capacitação de<br />
equipes. “A IA auxilia na automação de atividades rotineiras, gerando<br />
insights para a tomada de decisão e melhorando produtos,<br />
serviços e a gestão de riscos. Contudo, muitas vezes faltam pessoas<br />
e estruturas para atender sinistros, o que deixa a área sobrecarregada<br />
e faz com que algumas fraudes não sejam percebidas”.<br />
Perondi afirmou que na Swiss Re Corporate Solutions, a maioria<br />
do tipo de fraude é documental, e por isto a companhia investe<br />
em Inteligência Artificial para a análise automatizada de documentos.<br />
“Com o uso desta tecnologia, conseguimos reconhecer padrões<br />
de fraudes e identificar oportunidades de ressarcimento. Isso ajuda<br />
na otimização dos processos de validação de gestão de risco e na<br />
automação da análise de imagens de inspeções”.<br />
Guilherme Perondi, da Swiss Re Corporate Solutions<br />
Marcelo Baccarini, especialista em<br />
gestão e combate às fraudes, falou sobre<br />
como a IA vem revolucionando o setor de<br />
seguros no Brasil e apoiando as empresas<br />
na prevenção de fraudes, gerando um impacto<br />
significativo na eficiência operacional<br />
das seguradoras. “Com a Inteligência<br />
Artificial, podemos analisar transações<br />
em tempo real e identificar desvios. Isso<br />
reduz o tempo de resolução de sinistros<br />
e aumenta a taxa de detecção de fraudes.<br />
Precisamos de bons processos e cultura<br />
contra fraude para todos os agentes do<br />
mercado para evitar este crime. A sinergia<br />
tecnológica entre IA, Internet das Coisas e<br />
Internet das Pessoas é fundamental para<br />
democratizar informações e desmistificar<br />
o combate a fraudes”.<br />
De acordo com Joel de Oliveira,<br />
gestor e consultor de Negócios, para<br />
evitar fraudes no seguro automóvel, por<br />
exemplo, uma boa iniciativa é as seguradoras<br />
fornecerem um contrato de parceria<br />
com prestadores de serviços com incentivo<br />
a resultado por praça. No seguro<br />
de vida, uma possibilidade é a adoção de<br />
uma modelagem com deep learning e<br />
identificação de novos golpes. “A tecnologia<br />
permite que você controle a honestidade<br />
das pessoas, inibindo as tentativas<br />
de fraude. Para isso, é necessário que as<br />
empresas tenham uma subscrição e regulação<br />
bem estruturadas. Além disso, uma<br />
boa prática para evitar fraudes é a criação<br />
de comitês internos”.<br />
João Marcelo dos Santos, sócio-<br />
-fundador do escritório Santos & Bevilacqua<br />
Advogados, trouxe uma visão<br />
jurídica sobre o tema. Segundo Santos,<br />
o PLC 29/2017, que deve ser aprovado<br />
no Senado em breve, vai trazer impactos<br />
importantes para o setor. “A nova lei<br />
de contratos de seguros vai qualificar a<br />
fraude como uma ação culposa. Isso vai<br />
exigir que as seguradoras conversem<br />
com seus advogados sobre a melhor<br />
forma de conduzir sinistros, além disso<br />
vamos precisar realizar uma revisão geral<br />
de procedimentos em relação às coberturas<br />
oferecidas, como as pessoas as<br />
estão utilizando e a forma mais adequada<br />
de implementar novas ferramentas<br />
tecnológicas”.<br />
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