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TECNOLOGIA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL Sob um olhar HOLÍSTICO A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL ESTÁ ENTRE NÓS, E PARA SEMPRE. O MERCADO DE SEGUROS ENTENDEU O RECADO DA ONDA DE INOVAÇÃO REINANTE E NELA MERGULHOU PARA SURFÁ-LA E EXPLORÁ-LA AO MÁXIMO EM VÁRIAS FRENTES. O DESAFIO É, ENTRETANTO, ABSORVER OS RISCOS QUE SURGEM DIARIAMENTE COM O NOVO E IMPERATIVO CENÁRIO TECNOLÓGICO. ESTAMOS VERDADEIRAMENTE PREPARADOS? André Felipe de Lima Os próximos cinco anos serão decisivos para o mundo, vaticinam inúmeros especialistas de todos os segmentos. No campo ambiental, exige-se um emprego de alteridade e dedicação para evitarmos um cenário pior do que o que já se vivencia. No campo da tecnologia, a inteligência artificial impressiona e, ao mesmo tempo, apavora com sua infindável teia de possibilidade, para o bem ou para o mal. É fato, porém, que na primeira metade do século passado discutia-se o “mal” que a televisão, a surpreendente tecnologia então revelada à sociedade na ocasião, poderia desencadear no ser humano. Sobrevivemos. E sobreviveremos também à inteligência artificial (IA). A indústria de seguros vem surpreendendo o mercado mundial pelo salto de inovação que promove nos últimos anos. E a inteligência artificial é uma das alavancas para essa transformação de um setor até então conservador para um promissor e repaginado mercado, no qual 22
prevalece o idioma da modernidade. O olhar é otimista, holístico e para frente. Não há a mínima possibilidade de um mundo atual sem inteligência artificial envolvendo nossas vidas. O currículo é extenso. Nascido em Fort Lauderdale, no estado americano da Flórida, Michael Weiss envolveu-se com o tema “inteligência artificial” em 2015. De lá para cá, tornou-se especialista no assunto, cofundador da Ai4, empresa realizadora de eventos internacionais de IA, e um concorrido palestrante sobre IA. Ele explica à Apólice que a IA está profundamente enraizada em nossa vida cotidiana, muitas vezes de diversas maneiras que sequer percebemos. “Desde recomendações personalizadas sobre serviços de streaming até detecção de fraudes em transações financeiras, os algoritmos de IA estão trabalhando nos bastidores para aumentar a eficiência e a conveniência. Em ambientes de negócios, como vemos na Ai4, as ferramentas baseadas em IA estão se tornando essenciais para tarefas como análise de dados, atendimento ao cliente e até mesmo tomada de decisões”, exemplifica Weiss, apontando, inclusive, para numerosos estudos que destacam a crescente adoção da IA nas empresas. Um deles é a pesquisa global sobre IA de 2022, realizada pela McKinsey, na qual foi revelado que 56% das empresas adotaram IA em pelo menos uma função de seus negócios. O percentual supera, portanto, os 50% identificados em 2020 por estudo anterior. Em outro estudo, divulgado em agosto do ano passado, a McKinsey ressalta que 40% dos entrevistados afirmam que suas organizações aumentarão os investimentos em inteligência artificial, motivadas pelos avanços da inteligência artificial generativa, tecnologia capaz de gerar conteúdo, sejam eles em textos, imagens, músicas ou outros tipos de formatos e que se tornou um dos temas mais discutidos da atualidade com o advento do ChatGPT, da OpenIA. A pesquisa da McKinsey mostra, ainda, que no tema da gestão dos riscos associados à IA generativa, ainda há um longo caminho a ser percorrido. Menos da metade dos entrevistados afirma que suas empresas estão empreendendo esforços para mitigar o risco que consideram o mais relevante: a imprecisão dos dados. Há riscos, obviamente, quando se lida com algo novo e ainda de perfil incerto. Mas vale a pena, como dizem, “comprar o barulho”. Hoje é possível afirmar que ao menos a metade entre 10 empresas já emprega algum recurso de inteligência artificial generativa para se comunicar com clientes. “Embora ainda estejam surgindo dados específicos sobre a adoção de IA generativa, é seguro dizer que uma parte significativa das empresas está experimentando ou utilizando ativamente estas ferramentas para comunicação com os clientes. O Gartner prevê que até 2025 30% das mensagens de outbound marketing de grandes organizações serão geradas sinteticamente. Isso reflete uma tendência crescente de uso de chatbots de IA e assistentes virtuais para atender as dúvidas dos clientes, fornecer suporte e até mesmo personalizar mensagens de marketing”, pondera Weiss. Os resultados dessa integração dos chatbots e dos assistentes virtuais baseados em IA aos sistemas de atendimento ao cliente das seguradoras estão mudando a fisionomia de um setor cujo perfil era conservador e hoje está muito mais aberto à inovações. CEO da Iaris, startup especializada no desenvolvimento de produtos de inteligência artificial, Fábio Falcão, reforça que todas MICHAEL WEISS, da Ai4 essas tecnologias baseadas em IA são capazes de fornecer suporte 24 horas por dia, sete dias por semana, responder a perguntas frequentes, auxiliar na compra de seguros e até mesmo guiar os clientes durante o processo de sinistros. “Isso agiliza e melhora a experiência do consumidor, que está cada vez mais buscando canais digitais nos processos de compras. Com isso, pode-se dizer que há um crescimento considerável na implementação da tecnologia no setor”, observa. O uso da inteligência artificial para a comunicação das seguradoras com seus clientes não tem hora ou data para acabar e, como argumenta a head de dados na Seguros Unimed, Daiane Maciel, só tende FÁBIO FALCÃO, da Iaris 23
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TECNOLOGIA<br />
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL<br />
Sob um olhar<br />
HOLÍSTICO<br />
A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL ESTÁ<br />
ENTRE NÓS, E PARA SEMPRE. O<br />
MERCADO DE SEGUROS ENTENDEU<br />
O RECADO DA ONDA DE INOVAÇÃO<br />
REINANTE E NELA MERGULHOU PARA<br />
SURFÁ-LA E EXPLORÁ-LA AO MÁXIMO<br />
EM VÁRIAS FRENTES. O DESAFIO<br />
É, ENTRETANTO, ABSORVER OS<br />
RISCOS QUE SURGEM DIARIAMENTE<br />
COM O NOVO E IMPERATIVO<br />
CENÁRIO TECNOLÓGICO. ESTAMOS<br />
VERDADEIRAMENTE PREPARADOS?<br />
André Felipe de Lima<br />
Os próximos cinco anos serão decisivos para o mundo, vaticinam<br />
inúmeros especialistas de todos os segmentos.<br />
No campo ambiental, exige-se um emprego de alteridade<br />
e dedicação para evitarmos um cenário pior do que o que já<br />
se vivencia. No campo da tecnologia, a inteligência artificial impressiona<br />
e, ao mesmo tempo, apavora com sua infindável teia<br />
de possibilidade, para o bem ou para o mal. É fato, porém, que<br />
na primeira metade do século passado discutia-se o “mal” que a<br />
televisão, a surpreendente tecnologia então revelada à sociedade<br />
na ocasião, poderia desencadear no ser humano. Sobrevivemos.<br />
E sobreviveremos também à inteligência artificial (IA). A indústria<br />
de seguros vem surpreendendo o mercado mundial pelo salto de<br />
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uma das alavancas para essa transformação de um setor até então<br />
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