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TRAGÉDIA
CHUVAS NO RS
NÍCOLAS GALVÃO,
da Delta Global
com o passar dos anos. Aqui na Delta
esse evento reforçou nosso diferencial de
tecnologia e pessoas, pois mesmo com
todo impacto nossa operação não parou
um minuto”, afirma Galvão.
Superintendente da Superintendência
de Seguros Privados (Susep),
Alessandro Octaviani explica que a dimensão
exata do impacto das enchentes
no Rio Grande do Sul no mercado segurador
ainda não pode ser plenamente
determinada, considerando que parte
dos sinistros geralmente demora certo
tempo para ser avisada pelos segurados,
regulada e contabilizada pelas seguradoras
e, por fim, informada à Susep
e tratada internamente pela autarquia.
CASSIO PAGLIARINI,
da Bright Consulting
"No entanto, desde o início da emergência, estão sendo feitos estudos
para análise das possíveis consequências do evento sobre os
mercados supervisionados pela Susep.
A Susep vem monitorando de perto a situação, em relação
aos sinistros avisados relativos às apólices registradas na região, ao
atendimento aos segurados e em relação aos aspectos financeiros
e prudenciais das seguradoras. Até o momento, não foram identificadas
situações que possam comprometer a estabilidade financeira
do setor. É importante destacar que as seguradoras sediadas
no Rio Grande do Sul então funcionando normalmente", informa
Octaviani à Apólice.
A maioria das seguradoras ainda prefere não se manifestar,
outras, porém, informaram que toda projeção em relação à tragédia
no Rio Grande do Sul está concentrada com a CNseg. Mas conseguimos
ouvir, ao menos, uma delas: a Mapfre, que, por via de seu
braço social, a Fundación Mapfre, auxiliou as autoridades locais no
resgate de pessoas e de animais ilhados, e destinou ajuda humanitária
de R$ 1,1 milhão em itens essenciais às vítimas, como mantimentos,
água potável, produtos de higiene pessoal, entre outros.
À nossa reportagem, o diretor-geral de operações da Mapfre,
Roberto de Antoni, declarou que a seguradora “reitera o
compromisso de honrar integralmente” todos os contratos com
coberturas previstas e que está “consciente do impacto social” das
enchentes: “A Mapfre adotou medidas para agilizar o processo de
indenização, especialmente, considerando que muitos clientes se
encontram sem documentos pessoais e registros dos bens atingidos.
Cada caso está sendo avaliado individualmente, garantindo
tranquilidade e confiança aos clientes afetados. No momento mais
crítico das inundações, a companhia estendeu o prazo de cobertura
para apólices com vencimento próximo e se comprometeu
a não cancelar contratos de clientes que atrasarem pagamentos”,
salienta Antoni.
Para otimizar os procedimentos de abertura de sinistros,
como enfatiza o executivo da Mapfre, a companhia estabeleceu
um grupo de trabalho multidisciplinar composto por profissionais
de diversas áreas, como assistência, sinistros, atendimento ao
cliente, canais digitais, comercial e comunicação, visando proporcionar
uma resposta eficiente e humanizada diante da excepcionalidade
da situação.
“NÃO SÃO UMA NOVIDADE”
As chuvas como as que aconteceram em maio no Rio Grande
do Sul foram extraordinárias, mas fenômenos climáticos com
grandes impactos não são, como ressalta o presidente da CNseg,
Dyogo Oliveira, uma “novidade” no Brasil. “O mercado de seguros
brasileiro é um dos mais avançados do mundo, com modelos
avançados de gerenciamento de riscos e precificação e já integra
o cálculo de risco das seguradoras que operam no Brasil. Soma-se
a isso, a regulação madura que o setor tem, e que ajuda no fortalecimento
das empresas como um todo”, acentua o presidente da
CNseg.
Contudo, pondera Oliveira, os eventos climáticos de grande
impacto estão ocorrendo com mais frequência. Aí reside o maior
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