Jornal das Oficinas 127
Na edição de junho/julho 2024 do Jornal das Oficinas Nº 217, o artigo de destaque é sobre a Devolução de Peças, uma preocupação crescente junto dos distribuidores de peças aftermarket. A falta de uma cultura comercial sólida, a perceção de que as devoluções são “gratuitas” e o desconhecimento do enquadramento legal para devoluções B2B, são alguns dos aspetos que têm contribuído para o aumento de encargos e prejuízos, que pesam, significantemente, na balança financeira das empresas
Na edição de junho/julho 2024 do Jornal das Oficinas Nº 217, o artigo de destaque é sobre a Devolução de Peças, uma preocupação crescente junto dos distribuidores de peças aftermarket. A falta de uma cultura comercial sólida, a perceção de que as devoluções são “gratuitas” e o desconhecimento do enquadramento legal para devoluções B2B, são alguns dos aspetos que têm contribuído para o aumento de encargos e prejuízos, que pesam, significantemente, na balança financeira das empresas
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jornal<strong>das</strong>oficinas.com | JORNAL INDEPENDENTE DA MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE VEÍCULOS LIGEIROS E PESADOS | DIRETOR | João Vieira<br />
217<br />
DEVoluÇão DE PEÇas<br />
Mesa Redonda Equipamentos<br />
Pág. 14 // Juntámos oito dos principais<br />
distribuidores de equipamentos oficinais numa<br />
Mesa Redonda para analisar a atividade e saber<br />
quais os fatores que as oficinas valorizam mais<br />
num fornecedor de equipamentos<br />
Vítor Magano<br />
Pág. 106 // Em Portugal, a Tiresur passou no último<br />
ano por uma fase de ajustes internos. Em entrevista<br />
ao JO, Vítor Magano, country manager, explica<br />
como vai fortalecer a relação com os clientes<br />
e voltar a crescer na ordem dos dois dígitos<br />
Junho/Julho 2024<br />
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Eduardo Martí<br />
Pág. 48 // A UFI Filters foi fundada em 1971<br />
e está presente no mercado português há mais<br />
de 35 anos. Em entrevista ao JO, Eduardo Martí,<br />
diretor geral UFI Filters Ibérica, reafirma o objetivo<br />
de continuar a crescer, sempre com respeito pela<br />
cadeia de distribuição<br />
Caixa negra do automóvel<br />
Pág. 40 // Uma caixa negra de registo de dados de<br />
acidentes semelhante à utlizada nos aviões, apesar<br />
<strong>das</strong> diferenças tecnológicas, será obrigatória na UE<br />
em todos os veículos novos, a partir de julho 2024<br />
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UZ DEAIRBAG
Editorial<br />
217 Junho/Junho 2024<br />
Folha de serviço ......................................................... 4<br />
DESTAQUE<br />
Devolução de peças ................................................ 6<br />
ESPECIAL EQUIPAMENTOS<br />
Mesa Redonda .......................................................... 14<br />
COMPETIÇÃO<br />
Final Challenge <strong>Oficinas</strong> 2024 ....................... 28<br />
NOTÍCIAS<br />
Empresas ..................................................................... 34<br />
Produto ......................................................................... 74<br />
Pneus ........................................................................... 110<br />
ATUalidadE<br />
Caixa negra ................................................................. 40<br />
ENTREVISTAS<br />
Juan Domingo Muñoz (Nissens) ................... 44<br />
Eduardo Martí (UFI Filters) ................................ 48<br />
Guilherme Mendes (A.Vieira) ............................ 62<br />
Carlos Jorge Gonçalves (Filourém) .............. 66<br />
Paulo Silva (PDauto) .............................................. 70<br />
Hugo de Figueiredo (Davasa) .......................... 80<br />
Ricardo Almeida (Vicauto) ................................. 84<br />
Iker Ecenarro (Sinnek) .......................................... 96<br />
José Enrique (RS Contreras) ........................ 102<br />
Vítor Magano (Tiresur) ...................................... 106<br />
OFICINA DO MÊS<br />
Coimbra Car Station .............................................. 88<br />
EMPRESAS<br />
Visita fábrica Valeo Polónia .............................. 52<br />
Visita CESVIMAP .................................................. 100<br />
MUDANÇAS DRÁSTICAS!<br />
O<br />
mercado pós-venda automóvel está sujeito a mudanças drásticas. Estas incluem os veículos<br />
elétricos, os automóveis conectados, a alteração <strong>das</strong> expetativas dos clientes e a adoção acelerada<br />
de novas tecnologias, entre outras. Uma série de tendências afetará significativamente o<br />
panorama futuro do mercado pós-venda automóvel, tendo chegado o momento de todos os<br />
intervenientes na cadeia de valor tomarem medi<strong>das</strong> para moldar o futuro panorama do setor e garantir<br />
a sua competitividade.<br />
O advento de novas tecnologias e as mudanças de mercado que as acompanham estão a obrigar as<br />
oficinas a avaliar a sua posição e a serem estratégicas nas decisões a tomar, num ambiente em rápida<br />
mudança. Não ter as estratégias necessárias para lidar com estas tendências disruptivas, pode levar ao<br />
declínio da oficina.<br />
Haverá uma mudança <strong>das</strong> necessidades dos particulares para as necessidades <strong>das</strong> empresas, devido<br />
ao aumento da quota dos operadores de frotas profissionais no mercado pós-venda. Por outro lado,<br />
à medida que a quota de veículos mais antigos aumenta, os fabricantes têm de olhar para além <strong>das</strong><br />
ven<strong>das</strong> de automóveis novos e envolver-se mais na sua assistência. Neste contexto, o mercado pós-venda<br />
tornou-se a verdadeira tábua de salvação para muitos concessionários. O seu volume de negócios<br />
representa apenas 15,8% do total (5,4% da oficina e 10,4% da área <strong>das</strong> peças sobresselentes), mas a<br />
sua contribuição para os lucros é de 51,4% (15,4% da oficina e 36% <strong>das</strong> peças sobresselentes). Por<br />
outras palavras: o concessionário ganha mais com o pós-venda do que com a venda de automóveis<br />
novos, embora esta área também tenha sofrido um aumento de custos que afetou a sua rentabilidade.<br />
O conjunto do mercado oficial do pós-venda apresenta uma rendibilidade bastante aceitável de 15,5%,<br />
embora fosse de 17,2% há um ano. Em todo o caso, é um bom valor, o que explica que os serviços oficiais<br />
apostem nesta linha de negócio com um maior número de contratos de manutenção associados à<br />
venda do veículo e também com promoções destina<strong>das</strong> a “roubar” clientes às oficinas independentes.<br />
Para as oficinas independentes conseguirem concorrer com os serviços oficiais <strong>das</strong> marcas é necessário<br />
contar com os melhores profissionais, mas também com as instalações e os equipamentos adequados,<br />
e com uma estrutura e organização sólida na qual cada um saiba qual é a sua função e como a deve executar.<br />
Os profissionais devem ter a preparação técnica e os conhecimentos necessários para realizarem<br />
o respetivo trabalho de forma eficiente. É sua obrigação estar em constante formação, mantendo-se<br />
atualizados relativamente às novas tecnologias.<br />
Uma oficina é um local de trabalho onde os profissionais não estão isentos de sofrer momentos de<br />
stress ou cansaço que diminuem o seu rendimento laboral. Para evitar que este stress seja produzido<br />
pelo próprio trabalho e se repercuta negativamente no rendimento do trabalhador e na própria<br />
segurança deste é necessária motivação. A oficina deve saber manter os seus profissionais motivados<br />
para que se entreguem a 100%. Evidentemente que também é fundamental o trabalho em equipa. No<br />
entanto, por vezes este termo é mal interpretado, sendo associado ao facto de toda a equipa se ajudar<br />
entre si, e de todos os trabalhos se realizarem em conjunto. Não obstante, o trabalho em equipa numa<br />
oficina também significa saber até onde vão as competências de cada um, ou respeitar as ferramentas,<br />
equipamentos ou espaço de trabalho do colega para não interferir nas funções do mesmo. Em resumo,<br />
para a oficina enfrentar as mudanças drásticas que se avizinham, é essencial ter o equipamento adequado,<br />
mas também uma correta organização e gestão dos recursos, além de uma aposta na formação<br />
e no valor dos profissionais.<br />
JOÃO VIEIRA | Diretor<br />
DIRETOR JOÃO VIEIRA joao.vieira@apcomunicacao.com // DIRETOR COMERCIAL MÁRIO CARMO mario.carmo@apcomunicacao.com // GESTOR DE CLIENTES PAULO FRANCO paulo.franco@apcomunicacao.com<br />
JORNALISTAS JOANA MENDES joana.mendes@apcomunicacao.com // INÊS DIAS ines.dias@apcomunicacao.com // WEBMASTER ANTÓNIO VALENTE // ARTE HÉLIO FALCÃO // SERVIÇOS CONTABILIDADE<br />
financeiro@apcomunicacao.com // PERIODICIDADE Bimestral // SEDE DO EDITOR Bela Vista Office Estrada de Paço de Arcos, 66 2735 - 336 Cacém // TEL. 219 288 052 // © Copyright Nos termos legais em vigor,<br />
é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do JORNAL DAS OFICINAS // IMPRESSÃO LISGRÁFICA - IMPRESSÃO E ARTES<br />
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www.apcomunicacao.com<br />
Parceiro em Espanha<br />
EDIÇÃO JOÃO VIEIRA // EMAIL GERAL@APCOMUNICACAO.COM<br />
CONSULTE O ESTATUTO EDITORIAL NO SITE WWW.JORNALDASOFICINAS.COM<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 3
FOLHA<br />
DE SERVIÇO<br />
IPSIS<br />
VERBIS<br />
PAULO SILVA<br />
DIRETOR-GERAL PDAUTO<br />
HÁ MUITA GENTE QUE NÃO<br />
SABE TRABALHAR NUM<br />
GRUPO. É PRECISO SABER<br />
ENTRAR NUM GRUPO E<br />
PERCEBER COMO É QUE SE É<br />
RETALHISTA. SE A EMPRESA<br />
TIVER FOCADA NAQUILO QUE<br />
PRETENDE... ACHO QUE VAI LÁ,<br />
NÃO É O GRUPO QUE FAZ A<br />
DIFERENÇA<br />
JOSÉ ENRIQUE<br />
DIRETOR-GERAL RS CONTRERAS<br />
MUITA COISA TEM MUDADO NO<br />
NEGÓCIO DOS PNEUS DESDE<br />
HÁ UNS ANOS. PERCEBEMOS<br />
QUE O FABRICANTE QUER<br />
APENAS FABRICAR OS PNEUS<br />
E TEM ESTADO A DELEGAR O<br />
ESPAÇO QUE HABITUALMENTE<br />
OCUPAVA AO DISTRIBUIDOR.<br />
QUANDO ANALISAMOS O<br />
RANKING DOS<br />
DISTRIBUIDORES DE PNEUS<br />
NACIONAIS, PERCEBEMOS<br />
QUE NOS ÚLTIMOS CINCO<br />
ANOS, MUITOS<br />
DISTRIBUIDORES QUASE<br />
DUPLICARAM A FATURAÇÃO<br />
EXPOMECÂNICA 2024<br />
COM LOTAÇÃO ESGOTADA<br />
A<br />
9.ª edição do expoMECÂNICA – Salão de Equipamentos, Serviços e Peças Auto, a realizar-se de<br />
8 a 10 de novembro de 2024, na Exponor já rola e, pelo andar da carruagem, poderá estar perante<br />
um novo cenário de lotação esgotada. A planta da feira contempla neste momento mais de 200<br />
expositores, que ocupam já 80% da área dos 24.000 m2 disponíveis e já garantiu 36 novas empresas<br />
com estreia absoluta, num sinal de plena vitalidade. A cinco meses da realização, o acontecimento tem<br />
praticamente segura a meta do espaço de exposição, confirmando, assim, um dado que já é consensual no<br />
mercado do aftermarket automóvel nacional. A edição de 2024 será especial e marcada pela celebração<br />
dos 10 anos de criação do expoMECÂNICA. A Competição Melhor Mecatrónico by <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
voltará a realizar-se em simultâneo, tendo este ano o CEPRA como novo parceiro.<br />
SEMÁFORO<br />
GUILHERME MENDES<br />
ADMINISTRADOR DA A. VIEIRA<br />
A EXPETATIVA É DE<br />
CRESCIMENTO, ATUALMENTE<br />
TEMOS UM GRANDE<br />
INVESTIMENTO EM CIMA DA<br />
MESA E, ACABANDO ESTE, A<br />
IDEIA É PASSAR PARA O<br />
PRÓXIMO. UMA IDEIA JÁ DO<br />
TEMPO DO MEU AVÔ, QUE<br />
NUNCA CHEGOU A SER<br />
CONCRETIZADA, MAS QUE<br />
ESTÁ NOS PLANOS DA<br />
EMPRESA NO FUTURO, SERÁ<br />
EXPANDIR AS NOSSAS<br />
INSTALAÇÕES PARA O SUL DE<br />
MANEIRA A CONSEGUIR TER O<br />
CRESCIMENTO NECESSÁRIO<br />
DA EMPRESA<br />
Regras de imigração<br />
são boas se funcionarem<br />
O Governo adotou medi<strong>das</strong> para<br />
controlar a “entrada sem regras” de<br />
imigrantes em Portugal, apesar de<br />
reconhecer que Portugal continua a<br />
precisar de estrangeiros, nomeadamente,<br />
para resolver carências no mercado<br />
de trabalho. O Plano de Ação para as<br />
Migrações apresentado pelo Executivo<br />
indica que passa a ser necessário ter<br />
contrato de trabalho para entrar no nosso<br />
país e anuncia que as confederações e<br />
associações empresariais terão à sua<br />
disposição canais “tipo via verde” junto<br />
dos postos consulares para agilizar a<br />
emissão de vistos para os trabalhadores<br />
que queiram contratar.<br />
CE agrava impostos<br />
sobre VE chineses<br />
A Comissão Europeia anunciou a sua<br />
intenção agravar impostos até 38,1%<br />
sobre os veículos elétricos importados<br />
da China. Esta decisão baseia-se<br />
na conclusão de que os fabricantes<br />
chineses beneficiam de subsídios que<br />
lhes conferem uma vantagem “injusta”.<br />
A investigação levada a cabo por<br />
Bruxelas confirmou a “desvantagem<br />
ilegal” que prejudica o setor europeu<br />
dos automóveis elétricos, o que levou à<br />
tomada de contramedi<strong>das</strong>. A Comissão<br />
Europeia comunicou as suas conclusões<br />
às autoridades chinesas, solicitando<br />
uma “solução compatível” com as regras<br />
da Organização Mundial do Comércio.<br />
Economia. Sinais positivos<br />
no horizonte<br />
Segundo as mais recentes previsões<br />
Portugal deve crescer entre 1,5% e 2%,<br />
em 2024 (acima da média da Zona Euro).<br />
É fundamental melhorar o contexto em<br />
que as empresas trabalham de modo<br />
a aumentar o investimento privado,<br />
refém do clima de incerteza. Importante<br />
também a rápida execução dos fundos<br />
europeus para a concretização <strong>das</strong><br />
previsões relativas à componente do<br />
investimento que, em conjunto com a<br />
expectável intensificação da procura<br />
externa, serão os motores essenciais para<br />
o crescimento projetado para a economia<br />
portuguesa em 2024, apesar do contexto<br />
internacional desfavorável.<br />
4 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Destaque<br />
DEVOLUÇÃO DE PEÇAS<br />
UMA PREOCUPAÇÃO<br />
CRESCENTE!<br />
NOS ÚLTIMOS ANOS, A DEVOLUÇÃO DE PEÇAS TEM-SE TORNADO NUM<br />
DOS TEMAS CENTRAIS QUE MAIS PREOCUPA OS DISTRIBUIDORES DO<br />
AFTERMARKET PORTUGUÊS. A FALTA DE UMA CULTURA COMERCIAL<br />
SÓLIDA, A PERCEÇÃO DE QUE AS DEVOLUÇÕES SÃO “GRATUITAS” E O<br />
DESCONHECIMENTO DO ENQUADRAMENTO LEGAL PARA DEVOLUÇÕES B2B,<br />
SÃO ALGUNS DOS ASPETOS QUE TÊM CONTRIBUÍDO PARA O AUMENTO DE<br />
ENCARGOS E PREJUÍZOS, QUE PESAM, SIGNIFICANTEMENTE, NA BALANÇA<br />
FINANCEIRA DAS EMPRESAS<br />
Em Portugal, as devoluções são regula<strong>das</strong> pelo Decreto-Lei<br />
n.º 24/2014, de 14 de fevereiro, que transpõe<br />
para a legislação portuguesa a Diretiva 2011/83/UE<br />
do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de outubro<br />
de 2011, relativa aos direitos dos consumidores. De acordo<br />
com esta legislação, os consumidores têm o direito de<br />
devolver produtos adquiridos à distância (online, por telefone<br />
ou por correio) num prazo de 14 dias a contar da data<br />
de receção do produto, sem necessidade de indicar o motivo.<br />
Este período de reflexão é conhecido como o direito<br />
à livre resolução do contrato de compra, também referido<br />
como o direito ao arrependimento. Se o cliente decidir<br />
avançar com a devolução do produto, o vendedor é obrigado<br />
a reembolsar o consumidor de todos os pagamentos<br />
que tenha feito, incluindo os custos de entrega (exceto<br />
custos adicionais resultantes da escolha de uma forma de<br />
entrega diferente do modelo de entrega normal), sem demora<br />
injustificada e, em qualquer caso, o mais tardar 14<br />
dias a contar da data em que o vendedor for informado da<br />
decisão de desistir da compra.<br />
No caso de ven<strong>das</strong> entre profissionais (B2B), como é o<br />
caso de um distribuidor e uma oficina ou uma casa de<br />
peças, o cenário é diferente do descrito anteriormente,<br />
que se aplica principalmente a ven<strong>das</strong> diretas ao consumidor<br />
final (B2C). Nos negócios entre empresas, as condições<br />
de devolução e reembolso geralmente são regi<strong>das</strong><br />
pelos termos e condições acordados entre as partes no<br />
contrato de compra. Estes termos podem variar de acordo<br />
com as políticas individuais de cada empresa e podem<br />
não incluir os mesmos direitos de devolução e reembolso<br />
garantidos aos consumidores finais. Nos últimos anos,<br />
tem sido comum as empresas optarem por reger-se pela<br />
“lei” <strong>das</strong> boas relações com os seus parceiros, o que se<br />
tem verificado não ser suficiente para diminuir o impacto<br />
<strong>das</strong> devoluções no seu negócio.<br />
Problema transversal no setor<br />
O aumento exponencial no volume de devoluções de<br />
peças no setor do aftermarket tem sido alarmante. Muitas<br />
dessas devoluções, de acordo com os distribuidores,<br />
VÁRIOS DISTRIBUIDORES APONTAM QUE UMA MAIOR<br />
CONCERTAÇÃO ENTRE toDOS, COM REGRAS MAIS<br />
UNIFORMES E CONSISTENTES PODERÁ AMENIZAR SITUAÇÕES<br />
DESCONFortÁVEIS COM OS CLIENTES NO FUTURO
DEVOLUÇÃO<br />
DE PEÇAS<br />
go Domingos, da Auto Delta, também<br />
partilha esta preocupação:<br />
“Por mais que reforcemos as nossas<br />
equipas para proceder ao tratamento<br />
de devoluções, questiono<br />
até que ponto podemos resolver<br />
ou agilizar esta situação”. Paulo<br />
Torres, da Vieira & Freitas, refere<br />
ainda que: “No cenário atual<br />
do aftermarket, a percentagem<br />
de devoluções de peças novas está<br />
muito elevada. Isto foi causado, ao<br />
longo do tempo, pela falsa ideia<br />
de que os serviços de logística e<br />
transporte são gratuitos”. Diogo<br />
Lima, da Soulima, complementa:<br />
“Temos acompanhado de perto os<br />
números de devoluções dos últimos<br />
dois anos, e o que vimos surpreendeu-nos<br />
bastante”.<br />
Maiores encargos<br />
e prejuízos<br />
Embora a maioria <strong>das</strong> empresas<br />
de distribuição conte com profissionais<br />
qualificados para lidar<br />
com as devoluções de peças, o<br />
poderiam ser facilmente evita<strong>das</strong>.<br />
Sobre este tema, Luís Costa, da<br />
Japopeças, salienta: “É uma realidade<br />
que a grande maioria <strong>das</strong><br />
devoluções ocorre por motivos<br />
completamente evitáveis. Muitas<br />
vezes, são solicita<strong>das</strong> peças sem<br />
uma necessidade real, e esses são<br />
os casos que nos preocupam”. Carlos<br />
Jorge Gonçalves, da Filourém,<br />
destaca outros aspetos problemáticos<br />
para o negócio: “Tem-se observado<br />
um aumento significativo<br />
nos processos de devolução, o que<br />
consome tempo, espaço e recursos<br />
humanos. Sem dúvida que isto representa<br />
um constrangimento no<br />
nosso funcionamento”. E, acrescenta:<br />
“se houvesse uma maior<br />
concertação por parte de todos os<br />
players, com regras mais uniformes<br />
e consistentes entre todos os<br />
envolvidos, seria mais difícil gerar<br />
situações de desconforto com alguns<br />
clientes”. Um ponto de vista<br />
igualmente compartilhado entre<br />
vários distribuidores do setor. Tiaritmo<br />
crescente dessas devoluções<br />
tem gerado um aumento nas<br />
despesas operacionais, levando<br />
à necessidade de contratação de<br />
mais pessoal. Dando o exemplo<br />
da empresa Soulima, havia uma<br />
pessoa encarregue de todo o processo.<br />
Neste momento, têm três<br />
pessoas efetivas, sendo que, por<br />
vezes, passam para quatro, dependendo<br />
do volume. Mas não é caso<br />
único, a Vieira & Freitas tem neste<br />
momento uma equipa composta<br />
por cinco pessoas nesse departamento,<br />
enquanto que na Filourém,<br />
embora estejam duas pessoas<br />
designa<strong>das</strong> para essa função, por<br />
vezes passam a ser mais, para conseguir<br />
dar uma melhor resposta<br />
face ao número de devoluções que<br />
recebem.<br />
Para além do reforço dos recursos<br />
humanos, é importante considerar<br />
os prejuízos financeiros envolvidos.<br />
Num panorama abrangente,<br />
alguns dos principais distribuidores<br />
em Portugal destacam que<br />
há uma certa ilusão de que as devoluções<br />
são gratuitas e que estas,<br />
no entanto, também representam<br />
prejuízos para quem as faz. Quando<br />
falamos em peças de grande<br />
rotação, chegam a haver “situações<br />
muito caricatas de um cliente pedir<br />
uma peça, devolvê-la passado<br />
oito dias e, passado quinze dias,<br />
pedir exatamente a mesma peça”,<br />
recorda Paulo Torres, da Vieira &<br />
Freitas. E acrescenta, “a empresa<br />
que devolve, ganharia mais se pusesse<br />
a peça no stock do que estar<br />
a devolver. Assim, numa próxima,<br />
tinha a peça disponível para servir<br />
o cliente”. Além disso, Paulo<br />
Torres também relata situações de<br />
devolução de peças de baixo valor,<br />
como aquelas de 75 cêntimos, onde<br />
o custo de entrega é de três euros e<br />
mais três euros para devolução. O<br />
responsável sublinha a importância<br />
da formação de modo a incentivar<br />
uma maior cultura comercial e<br />
sensibilização sobre os custos associados<br />
a uma devolução. l<br />
AS EMPRESAS DE DISTRIBUIÇÃO TÊM IMPLEMENTADO<br />
DIVERSAS REFORMAS PARA ABORDAR O PROBLEMA<br />
DA DEVOLUÇÃO DE PEÇas, MAS RECONHECEM QUE AINDA HÁ<br />
UM LONGO CAMINHO A PERCORRER<br />
8 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
DEVOLUÇÃO<br />
DE PEÇAS<br />
INVESTIR EM<br />
AÇÕES DE FORMAÇÃO<br />
QUALIFICADA É<br />
FUNDAMENTAL<br />
É IMPORTANTE<br />
GARANTIR QUE NÃO<br />
HAJA EXCEÇÕES<br />
AOS NOSSOS<br />
REQUISITOS<br />
TEMOS TODO<br />
O PROCESSO MUITO<br />
TRANSPARENTE<br />
E DELINEADO<br />
INFORMATICAMENTE<br />
PAULO TORRES<br />
administrador Vieira & Freitas<br />
a visão de Paulo Torres, uma<br />
N verdadeira mudança pode ser<br />
alcançada ao promover uma cultura<br />
comercial mais abrangente entre todos os<br />
operadores, desde as equipas aos parceiros<br />
comerciais. A esmagadora maioria <strong>das</strong><br />
devoluções ocorrem devido a uma incorreta<br />
identificação da peça pretendida, pedido de<br />
outra peça que não a pretendida, desistência do<br />
cliente ou erro na quantidade encomendada.<br />
Uma ínfima parte ocorre por erro logístico no<br />
fornecimento ou incumprimento dos prazos<br />
de entrega dependente do serviço prestado<br />
pelos transportadores a operar no mercado.<br />
O responsável acredita que investir em<br />
ações de formação qualificada e contínua é<br />
fundamental para esse propósito. Esta também<br />
é uma opinião compartilhada por vários<br />
distribuidores do mercado de pós-venda em<br />
Portugal, mas não só.<br />
CARLOS JORGE GONÇALVES<br />
Gerente Filourém<br />
o caso particular da Filourém, foram<br />
N adota<strong>das</strong> condições mais rigorosas<br />
quanto ao período de devolução, aos<br />
requisitos e às respetivas motivações, com o<br />
objetivo de controlar a escalada de devoluções<br />
assistida. “É importante garantir que não haja<br />
exceções aos nossos requisitos e condições para<br />
aceitar ou não uma devolução”, explica Carlos<br />
Gonçalves. “Verifico também que os<br />
intervenientes no mercado têm um grande<br />
desconhecimento quanto à legislação em vigor<br />
que regula as devoluções. No entanto, também<br />
não queremos ser absolutamente<br />
intransigentes, pois podem ocorrer falhas de<br />
diferentes tipos. No caso de um cliente que<br />
nunca fez uma devolução e onde houve<br />
realmente um erro no pedido ou na<br />
identificação, podemos ter alguma<br />
sensibilidade e analisar caso a caso”,<br />
acrescentou.<br />
DIOGO LIMA<br />
Gerente da Soulima<br />
a Soulima tem sido seguido o método<br />
N de isolar e analisar cada caso<br />
individualmente. “Acreditamos que<br />
este método poderá dar-nos um serviço mais<br />
próximo do cliente. Só recusamos devoluções<br />
em situações muito pontuais”, revelou Diogo<br />
Lima, Gerente da Soulima. Para minimizar o<br />
volume de devoluções e obter uma visão global<br />
da situação, a Soulima tem estado a<br />
desenvolver uma plataforma digital renovada<br />
com o objetivo de ser lançada no último<br />
trimestre de 2024. Esta novidade irá permitir<br />
“ter uma otimização de stocks mais adequada<br />
aos dias de hoje”, bem como, oferecer “um<br />
conjunto de informações que podemos fornecer<br />
ao cliente no ato de devolução, permitindo que<br />
ele realize todo o processo de forma digital”,<br />
explicou. “Temos todo o processo muito<br />
transparente e delineado informaticamente,<br />
para que o cliente possa consultar o estado da<br />
sua devolução a qualquer momento e contar<br />
com um gestor disponível para esclarecer<br />
dúvi<strong>das</strong> sobre o processo”, conclui.<br />
NOS ÚLTIMOS ANOS, ALGUNS DISTRIBUIDORES TÊM VINDO<br />
A IMPLEMENTAR UM SISTEMA DE PRÉ-DEVOLUÇÃO QUE PERMITE<br />
QUE A DECISÃO DE ACEITAÇÃO OU RECUSA DE DEVOLUÇÃO SEJA TOMADA<br />
ANTES MESMO DO PRODUTO SER ENCAMINHADO PARA O DISTRIBUIDOR<br />
10 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
ESTAMOS A<br />
VOLTAR A RENOVAR<br />
A NOSSA POLÍTICA<br />
DE DEVOLUÇÕES<br />
A APOSTA<br />
TEM SIDO NA<br />
QUALIFICAÇÃO<br />
DAS EQUIPAS<br />
MOTIVOS MAIS<br />
COMUNS PARA<br />
DEVOLUÇÕES<br />
• Encomen<strong>das</strong> sem real necessidade;<br />
• Erros nas plataformas digitais;<br />
• Informações imprecisas ou incompletas nos catálogos<br />
eletrônicos;<br />
• Incorreta identificação da peça pretendida pelo cliente;<br />
• Erro na identificação por parte do fornecedor;<br />
• Duplicação de encomen<strong>das</strong>;<br />
• Encomen<strong>das</strong> coloca<strong>das</strong> sem a venda estar efetivada,<br />
conduzindo a situações de desistência dos clientes.<br />
LUÍS ALMEIDA<br />
diretor da Japopeças.<br />
m 2018, a política de devoluções da<br />
E Japopeças passou por uma grande<br />
reformulação. A empresa decidiu<br />
marcar uma posição e desenvolveu um<br />
conjunto de medi<strong>das</strong> mais restritivas, incluindo<br />
o procedimento de pré-inspeção antes do envio<br />
<strong>das</strong> peças. Para 2024, “estamos precisamente a<br />
voltar a renovar a nossa política de devoluções,<br />
nomeadamente com a inserção de uma taxa<br />
para devoluções fora de motivos enquadráveis<br />
na lei, por forma a amenizar os custos que isso<br />
representa”, adiantou Luís Almeida, Gerente da<br />
Japopeças, que entende haver uma cultura de<br />
facilitismo em Portugal que perpetua erros<br />
perfeitamente evitáveis, o que diminuiria de<br />
forma significativa os custos operacionais para<br />
todos os envolvidos na cadeia de valor, e do<br />
qual todos beneficiariam. No entanto, também<br />
faz questão de esclarecer que “logicamente que<br />
a Japopeças não se rege apenas pela estrita<br />
letra da lei. Também é importante haver<br />
alguma sensibilidade comercial”.<br />
TIAGO DOMINGOS<br />
diretor comunicação Auto Delta<br />
a AleCarPeças, Auto Delta e FIMAC, a<br />
N aposta tem sido na qualificação <strong>das</strong><br />
equipas, oferecendo a devida formação<br />
e enquadramento legal para que possam lidar<br />
com as devoluções, seja na sua receção,<br />
tratamento ou recolocação no stock. “A logística<br />
inversa comporta custos operacionais<br />
significativos e introduz deficiências na<br />
reposição de stocks que não devem nem podem<br />
ser negligenciados pela gestão <strong>das</strong> empresas.<br />
Considero imprescindível como ponto de<br />
partida a formação e consciencialização dos<br />
profissionais do sector. A passividade com que<br />
o tema tem sido conduzido incentiva a ausência<br />
de rigor e perpetua o problema que se tem<br />
vindo a agravar ao longo do tempo”, refere<br />
Tiago Domingos. O processo de devolução de<br />
peças é oneroso para as empresas e representa<br />
um custo avultado que não deve ser<br />
negligenciado.<br />
SOLUÇÕES<br />
APONTADAS<br />
PELOS<br />
ESPECIALISTAS<br />
• Condições de devolução universais entre o núcleo de<br />
empresas de distribuição;<br />
• Ações de formação qualificada e contínua para todos os<br />
profissionais envolvidos;<br />
• Serviço de pré-devolução;<br />
• Ferramentas de identificação “user-friendly”<br />
• Plataformas digitais otimiza<strong>das</strong>;<br />
• Informatização de todo o processo de devolução para que<br />
o cliente tenha acesso a qualquer momento;<br />
O AUMENTO EXPONENCIAL DAS DEVOLUÇÕES DE PEÇAS TEM<br />
IMPACTADO SIGNIFICATIVAMENTE A SAÚDE FINANCEIRA DAS EMPRESAS.<br />
ESSES CUSTOS INCLUEM O TRANSPORTE, INSPEÇÃO, REEMBALAGEM,<br />
ARMAZENAMENTO E OS RECURSOS HUMANOS ENVOLVIDOS<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 11
DEVOLUÇÃO<br />
DE PEÇAS<br />
LANÇO UM DESAFIO<br />
A TODOS OS INTERVENIENTES<br />
PARA QUE POSSAMOS REUNIR<br />
E TRABALHAR EM CONJUNTO<br />
BÁRBARA OLIVEIRA COUTINHO<br />
departamento Jurídico da ARAN<br />
ARAN – Associação Nacional do<br />
A Ramo Automóvel, também está comprometida<br />
em ser parte da solução e já<br />
demonstrou disponibilidade para se “sentar à<br />
mesa” com o aftermarket, com o objetivo de dialogar<br />
e criar uma ponte entre distribuidores, oficinas<br />
e casas de peças.<br />
Há vários anos que o aftermarket tem vindo<br />
a ser alvo de um aumento progressivo <strong>das</strong><br />
devoluções de peças. Na opinião da ARAN,<br />
o que pode ser feito para alterar este<br />
paradigma?<br />
A generalidade <strong>das</strong> empresas já o vem fazendo,<br />
ou seja, têm vindo a criar e divulgar as suas políticas<br />
de devolução de peças para que no momento<br />
da sua devolução os seus compradores saibam<br />
como proceder. No entanto, também consideramos<br />
que poderá ser relevante prestar auxílio<br />
aos respetivos clientes antes da concretização da<br />
venda, para que haja uma correta identificação<br />
daquilo que de facto pretendem comprar.<br />
A ARAN tinha conhecimento desta situação?<br />
Têm previsto alguma iniciativa para reverter<br />
o problema?<br />
Esta é uma questão transversal a todos os operadores<br />
económicos, tanto no ramo automóvel<br />
como em outros setores. A aquisição de material<br />
à distância é mais suscetível de gerar erros e, consequentemente,<br />
haver mais pedidos de devolução.<br />
Parece-nos que há aqui desafios relacionados<br />
com esta matéria referentes à sustentabilidade<br />
e, portanto, pugnar pela consciencialização <strong>das</strong><br />
partes para este tema, é tão importante como definir<br />
políticas internas. A ARAN está atenta a esta<br />
questão e gostaria de lançar um desafio: reunir<br />
todos os intervenientes – vendedores, compradores,<br />
clientes/consumidores e clientes/oficinas<br />
– para discutir a situação. Dessa forma, poderíamos<br />
criar, por exemplo, um código de conduta<br />
ou um manual de boas práticas. Isso permitiria<br />
identificar os problemas específicos relacionados<br />
a este tema e, embora não seja uma solução milagrosa,<br />
poderia, possivelmente, mitigar a questão<br />
<strong>das</strong> devoluções.<br />
A política de devolução de uma peça<br />
automóvel difere entre ven<strong>das</strong> B2B e B2C.<br />
Em que aspetos?<br />
A política difere consoante quem é que temos do<br />
outro lado, ou seja, se é um consumidor ou se é<br />
uma empresa, e por outro lado, pela forma como<br />
a peça foi comprada, se estávamos ao balcão, ao<br />
telefone, ou se foi feita online. Por um lado, nas<br />
ven<strong>das</strong> ao balcão, o vendedor não é obrigado a<br />
aceitar a devolução de uma peça. No entanto, sabemos<br />
que, por motivos comerciais, muitos acabam<br />
por aceitar essas devoluções, temendo que,<br />
ao não o fazerem, a concorrência fará. Por outro<br />
lado, os consumidores desfrutam de um grau de<br />
proteção conferido por uma legislação específica,<br />
que lhes permite devolver a peça ou material<br />
adquirido dentro de um determinado prazo,<br />
sem necessidade de justificar a devolução.<br />
Existe obrigação legal para aceitar a devolução<br />
de uma peça automóvel por parte de um<br />
distribuidor/retalhista, vindo de uma oficina<br />
ou casa de peças?<br />
Não existe uma obrigação legal, a não ser que<br />
o erro advenha da identificação do material, ou<br />
aconteceu por uma errada etiquetagem. Neste<br />
caso estamos perante um cumprimento defeituoso.<br />
Mas se o material que foi pedido e enviado,<br />
corresponder àquilo que o cliente da oficina<br />
pediu, não há uma obrigação legal de aceitar<br />
essa devolução.<br />
Para quando podemos prever a mesa redonda,<br />
mencionada anteriormente, entre a ARAN e os<br />
distribuidores para discutir esta problemática<br />
da devolução de peças?<br />
Espero que o mais breve possível. Lanço o desafio,<br />
nomeadamente aos nossos associados, para<br />
que possamos trabalhar em conjunto. Muitas<br />
vezes, é através da partilha de ideias que conseguimos<br />
encontrar soluções para os problemas<br />
que surgem, não apenas nesta questão, mas em<br />
to<strong>das</strong> as áreas da nossa vida.<br />
DEVOLVER PEÇAS DE BAIXO VALOR, COMO AS DE 75 CÊNTIMOS,<br />
PODE SER PROBLEMÁTICO QUANDO O CUSTO DE ENTREGA<br />
É DE TRÊS EUROS E A DEVOLUÇÃO CUSTA OUTROS TRÊS EUROS.<br />
TORNA-SE IMPORTANTE UMA MAIOR SENSIBILIZAÇÃO SOBRE ESTE TEMA<br />
12 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
ASSOCIAÇÃO<br />
NACIONAL<br />
DO RAMO<br />
AUTOMÓVEL<br />
ASSOCIAÇÃO<br />
NACIONAL<br />
DO RAMO<br />
AUTOMÓVEL<br />
.com<br />
<br />
Ibérica<br />
Radio<br />
Vigo
Destaque<br />
MESA REDONDA DISTRIBUIDORES EQUIPAMENTOS<br />
EQUIPADOS<br />
PARA O FUTURO!
FALAR SOBRE A SUSTENTABILIDADE DOS NEGÓCIOS É ABORDAR TANTO OS DESAFIOS QUANTO<br />
AS OPORTUNIDADES QUE SE AVIZINHAM. PARA UMA ANÁLISE APROFUNDADA DO MERCADO<br />
DE EQUIPAMENTOS OFICINAIS, O JORNAL DAS OFICINAS DECIDIU RETOMAR A MESA REDONDA,<br />
REUNINDO OITO DOS PRINCIPAIS PLAYERS DO SETOR
EQUIPAMENTOS<br />
OFICINAIS<br />
Com a digitalização, os<br />
métodos tradicionais<br />
perdem espaço; com<br />
a nova mobilidade,<br />
certos serviços tornam-se<br />
obsoletos, abrindo caminho<br />
para outros; os veículos tornaram-se<br />
mais inteligentes, exigindo<br />
equipamentos mais avançados e<br />
eficazes, e a mão-de-obra quer-se<br />
mais especializada. Até agora, a<br />
única certeza é de que tudo muda<br />
e assim continuará a ser. Para<br />
compreender melhor estes temas,<br />
o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> reuniu oito<br />
<strong>das</strong> principais empresas do setor<br />
de equipamentos oficinais para<br />
uma Mesa Redonda. O evento<br />
aconteceu no Sweet Atlantic Hotel<br />
& SPA, na Figueira da Foz, no passado<br />
mês de junho.<br />
Raio-X ao mercado nacional<br />
O debate começou com a análise de<br />
Mauro Antunes, da Hélder Máquinas,<br />
que reconhece ter havido uma<br />
retoma após a Covid-19. “O ano<br />
passado foi o nosso melhor ano<br />
ao nível de volume de ven<strong>das</strong>, mas<br />
este ano tenho sentido alguma estagnação.<br />
Em conversa com alguns<br />
colegas, denoto que há alguma<br />
desorganização no mercado. Há<br />
uma série de players que não têm<br />
especialidade nem nas equipas,<br />
nem nos equipamentos, e, por isso,<br />
conseguem praticar preços mais<br />
baixos”, adiantou.<br />
Tiago Figueiredo, da Luz de Airbag,<br />
partilha da mesma opinião.<br />
“Estamos a viver uma fase de retoma,<br />
disso não há sombra de<br />
dúvi<strong>das</strong>. O mercado tem vindo a<br />
sofrer muitas alterações com a entrada<br />
<strong>das</strong> novas tecnologias, como<br />
os sistemas ADAS e as viaturas<br />
elétricas. Nota-se que as oficinas<br />
estão a investir, cada vez mais, em<br />
equipamentos mais avançados”,<br />
afirmou. No entanto, salienta que<br />
há ainda um longo caminho a percorrer<br />
na sua especialização. “Na<br />
minha opinião, é essencial investir<br />
em formação. Nesse aspeto, a<br />
mudança está a ocorrer de forma<br />
ainda muito lenta. É importante<br />
acompanhar a evolução do parque<br />
automóvel e, nesse contexto, cabe-<br />
-nos a nós o papel de “evangelizar”<br />
o mercado”, sublinhou.<br />
Paulo Gaspar, da Proxira, segue<br />
o mesmo raciocínio. “É incontornável<br />
que, cada vez mais, são necessárias<br />
outras valências que antigamente<br />
não eram precisas. Ter<br />
apenas um elevador e um carro de<br />
ferramentas já não serve para nada<br />
hoje em dia. E nós temos também<br />
de fazer a nossa parte, educando<br />
o cliente em relação à questão<br />
da mão de obra”, esclareceu. E dá<br />
um exemplo: “Muitas vezes, quando<br />
alguém quer abrir uma oficina<br />
nova, a primeira coisa que eu pergunto<br />
é quanto é que irá cobrar de<br />
mão-de-obra, porque é a partir daí<br />
que vamos começar a desenhar o<br />
que é que o cliente precisa ou não<br />
para ter sucesso no negócio”.<br />
Ao contrário <strong>das</strong> observações<br />
anteriores, Edmundo Costa, da<br />
Cetrus, revelou não sentir a volatilidade<br />
do mercado de forma tão<br />
imediata. “Trabalhamos frequentemente<br />
em projetos com empresas,<br />
inclusive concessionários, que<br />
planeiam fazer investimentos.<br />
Começamos a acompanhar o processo<br />
desde uma fase ainda muito<br />
embrionária. Portanto, acabamos<br />
por estar hoje a fechar negócios<br />
que começaram a ser planeados<br />
há seis meses, um ano ou, às vezes,<br />
mais”, confidenciou.<br />
António Garrido, da Lusilectra,<br />
embora reconheça que o “mercado<br />
tenha vindo a evoluir e a crescer<br />
em termos de atividade”, também<br />
destaca o reverso da moeda. “Sentimos<br />
algum abrandamento desde<br />
o último trimestre do ano passado.<br />
Nota-se alguma dificuldade e contenção<br />
em fazer negócios, impulsionada<br />
por fatores externos como<br />
16 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
o nível de inflação e os custos de<br />
transporte”, explicou.<br />
Pedro Jesus, da Cometil, expressou<br />
uma opinião mais otimista sobre<br />
o mercado. “Estamos a atravessar<br />
um período em que as oficinas<br />
estão sobrecarrega<strong>das</strong> com trabalho,<br />
mais do que aquilo que conseguem<br />
gerir. E isso é algo positivo<br />
para a nossa atividade, pois podemos<br />
ajudá-los nessa área e desempenhar<br />
um papel diferenciador”,<br />
contou. E vai mais longe: “Acredito<br />
que o futuro ainda nos irá reservar<br />
muitas oportunidades, de forma<br />
geral, para to<strong>das</strong> as empresas, pois<br />
os automóveis representam uma<br />
grande fonte de oportunidades<br />
para as oficinas. À medida que a<br />
tecnologia automóvel for avançando,<br />
nós vamos estar cá para ajudar<br />
a resolver os problemas”.<br />
Concorrência Desleal<br />
Ainda sobre a análise ao mercado<br />
nacional, Manuel Guedes Martins,<br />
mordial. No entanto, ainda se ouve<br />
muito a tal expressão do “vamos<br />
lá ver como é que isto corre” ou “o<br />
cliente ainda não pediu”. Isto é um<br />
erro da parte <strong>das</strong> oficinas, pois esta<br />
deveria ser a vantagem que deveriam<br />
oferecer e incutir ao cliente<br />
final, que, no fundo, é quem irá pagar<br />
pelo serviço”, assinalou.<br />
E alerta para outra questão: “Este<br />
não deixa de ser um sistema que levanta<br />
questões de responsabilidade<br />
civil. Se quem repara um carro<br />
não calibra corretamente o sistema<br />
ADAS, pode estar a criar um problema<br />
muito grave no futuro”.<br />
António Garrido, da Lusilectra,<br />
também sublinha o comportamento<br />
passivo que o mercado tem<br />
adotado em relação aos sistemas<br />
ADAS: “Seria expectável e interessante<br />
que houvesse um maior<br />
investimento e que as oficinas<br />
acompanhassem as evoluções tecnológicas<br />
que temos vindo a assistir,<br />
de modo a conseguirem destada<br />
MGM, contribuiu para o debate<br />
com um tema que tem sido cada<br />
vez mais recorrente. “Tenho-me<br />
deparado com uma situação que<br />
está a começar a crescer no grande<br />
Porto. Em 100 oficinas, 30 ou<br />
40 trabalham à noite de porta fechada.<br />
Isto é concorrência desleal,<br />
porque nós passamos por muito<br />
para conseguirmos honrar os nossos<br />
compromissos. Eu sei que os<br />
empregados têm que levar a vida,<br />
mas é uma situação bastante complicada”,<br />
admitiu.<br />
Rui Figueira, da Bahco, também<br />
ofereceu uma reflexão sobre a possível<br />
origem desta nova problemática.<br />
“Desde a Covid-19, que o mercado<br />
tem sido confrontado com<br />
várias surpresas, nomeadamente<br />
a inflação, passando pela crise no<br />
canal Suez, até às guerras, há sempre<br />
algo a tentar-nos derrubar. Por<br />
isso, espero que nada mais surja,<br />
mas se surgir, estaremos cá como<br />
sempre para resolver”, assegurou.<br />
Quanto às oficinas, Rui Figueira<br />
refere que estão cada vez mais<br />
profissionaliza<strong>das</strong>, mas que também<br />
tem surgido uma tendência<br />
crescente de “trabalhar no negro”.<br />
“Normalmente, aqueles que trabalham<br />
fora do horário regular também<br />
querem minimizar os custos<br />
ao máximo. E, nesse sentido, nós<br />
não conseguimos competir. Por<br />
isso, espero que a situação melhore<br />
para que possamos continuar a<br />
crescer todos”, referiu.<br />
Sistemas ADas:<br />
Oportunidade de Negócio<br />
Para Pedro Jesus, da Cometil,<br />
“to<strong>das</strong> as oportunidades que os<br />
veículos nos trazem são uma grande<br />
mais-valia para as oficinas. Os<br />
sistemas ADAS deixaram de ser<br />
uma opção para o consumidor final<br />
que deseja adquirir um modelo<br />
mais recente e tornaram-se numa<br />
obrigatoriedade. Ou seja, para as<br />
oficinas, este tema deveria ser pri-<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 17
EQUIPAMENTOS<br />
OFICINAIS<br />
car-se. Isto começou em 2021, com<br />
maior obrigatoriedade em 2022,<br />
mas o futuro vai passar por aqui”.<br />
Para Mauro Antunes, da Hélder<br />
Máquinas, a comercialização de<br />
equipamentos ADAS já não é uma<br />
novidade, mas a procura continua<br />
muito aquém <strong>das</strong> expectativas. Segundo<br />
o próprio, a principal razão<br />
centra-se na ausência de um gestor<br />
nas oficinas. “Os sistemas ADAS<br />
que vendemos foram adquiridos<br />
por clientes que possuem uma gestão<br />
de oficina consolidada, com<br />
alguém responsável pela administração,<br />
que não precisa de ser o<br />
mecânico ou o proprietário. É uma<br />
pessoa que analisa o investimento<br />
e a rentabilidade que um equipamento<br />
destes pode proporcionar a<br />
longo prazo”, relatou.<br />
Tiago Figueiredo, da Luz de Airbag,<br />
por sua vez, classificou o Sistema<br />
ADAS como um equipamento<br />
do passado, e não do futuro.<br />
“Internamente, nós acreditamos<br />
individual, mas não só. As ferramentas<br />
têm de ser isola<strong>das</strong>, megômetros<br />
para medir a resistência<br />
de isolamento em sistemas de alta<br />
tensão e analisadores de baterias,<br />
são alguns dos equipamentos necessários.<br />
Ao nível de valores, já é<br />
possível preparar uma oficina para<br />
veículos elétricos a partir de 2 mil<br />
euros, mas se for com marcas premium<br />
o valor é muito superior. É<br />
um negócio que está a começar a<br />
evoluir, principalmente para as oficinas<br />
que já têm alguma estrutura”.<br />
Na opinião de Pedro Jesus, da<br />
Cometil, “do que se tem visto, as<br />
oficinas têm vindo a enveredar por<br />
esse caminho. A ideia não é montar<br />
um negócio de veículos elétricos,<br />
mas criar uma zona dentro da<br />
oficina dedicada a esse serviço. Nos<br />
concessionários é igual, têm uma<br />
ou duas boxes para dar assistência<br />
aos VE ou vão crescendo consoante<br />
a necessidade. Por muito baixa<br />
que seja, já é uma fatia de mercaque<br />
este vai ser o ano do Sistema<br />
ADAS, mas já vai tarde. Se virmos<br />
na União Europeia, em Itália, Alemanha<br />
e Reino Unido, um carro<br />
que tenha uma colisão, enquanto<br />
não tiver um relatório a comprovar<br />
como o sistema ADAS está devidamente<br />
calibrado, não tem seguro,<br />
ponto final”, destacou.<br />
Na visão de Edmundo Costa, da<br />
Cetrus, a raiz do problema é muito<br />
mais profunda. “O sistema<br />
ADAS seguirá o mesmo processo<br />
que outros equipamentos, como o<br />
alinhamento de direções. Na sua<br />
implementação, também foi um<br />
caso paradigmático, mas agora a<br />
maioria <strong>das</strong> oficinas já realiza esse<br />
serviço. O verdadeiro problema é<br />
que muitas oficinas alegam não ter<br />
espaço ou que os clientes não pedem<br />
o serviço, mas na realidade, é<br />
porque não têm capacidade financeira<br />
para investir. Todos nós que<br />
frequentamos feiras internacionais<br />
percebemos que as novas tecnologias,<br />
os avanços e os equipamentos<br />
de última geração entram com<br />
muita dificuldade no nosso mercado.<br />
Porque, efetivamente, as nossas<br />
oficinas têm pouca capacidade de<br />
investimento, e não há como fugir<br />
disso”, argumentou.<br />
Mobilidade verde<br />
nas oficinas<br />
Embora ainda estejamos longe<br />
de uma massificação dos veículos<br />
elétricos e de outras formas de<br />
mobilidade sustentável, a procura<br />
por esses veículos cresce de forma<br />
constante. Para se adaptarem<br />
a essa nova realidade, as oficinas<br />
precisam de estar bem equipa<strong>das</strong>.<br />
Diversas empresas do aftermarket<br />
já incentivam o investimento em<br />
equipamentos especializados, mas<br />
referem que ainda há aspetos que<br />
precisam de serem melhorados.<br />
Paulo Gaspar, da Proxira, afirma<br />
que “o mais importante são os<br />
EPIs – Equipamento de segurança<br />
18 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
do. Já começa a ser uma opção e<br />
vai continuar a ser, mas se vai ser<br />
maioritária ainda não sabemos”.<br />
E acrescenta: “Os veículos elétricos<br />
são ao mesmo tempo um susto<br />
para muitas oficinas, mas trazem<br />
oportunidades de negócio que devem<br />
ser aproveita<strong>das</strong>”.<br />
Tiago Figueiredo, da Luz de Airbag,<br />
também se focou no lado positivo.<br />
“Apesar da maioria <strong>das</strong> oficinas<br />
estar muito assustada com<br />
os carros elétricos, vai continuar<br />
a haver a necessidade de carregar<br />
o ar condicionado, fazer um bom<br />
diagnóstico, reparar módulos, fazer<br />
o balanceamento de baterias,<br />
manutenção de caixas automáticas…<br />
isto tudo são fatores de lucro<br />
para as oficinas. Há tantos componentes<br />
num carro elétrico, num híbrido<br />
ou plug-in. Basta aproveitar<br />
a onda”, referiu, confiante.<br />
Manuel Guedes Martins, da MGM,<br />
alertou ainda para a importância<br />
da formação e segurança quando<br />
falamos de alta tensão. “Vejo que<br />
nas pequenas e médias oficinas ainda<br />
há um grande desconhecimento<br />
sobre o que é a alta tensão. E isso<br />
é algo que tem de ser trabalhado.<br />
Em relação aos veículos elétricos,<br />
as pessoas ainda estão na incerteza<br />
sobre esse investimento porque<br />
não sabem se isto será mesmo o<br />
futuro. Por exemplo, as mesas elevatórias,<br />
as mais baratas custam no<br />
mínimo 2 mil euros. É preciso ter<br />
um chão isolado, até o próprio elevador<br />
já é outro tipo de elevador”,<br />
clarificou. “Isto é algo que ainda<br />
vai demorar o seu tempo, além do<br />
investimento em equipamento,<br />
também é necessária mão-de-obra<br />
qualificada. O desconhecimento do<br />
funcionamento dos VE pode levar<br />
a situações complica<strong>das</strong>”, frisou.<br />
Mauro Antunes, da Hélder Máquinas,<br />
também concordou com<br />
a necessidade da formação qualificada<br />
nas oficinas. “Os veículos<br />
elétricos têm a questão associada<br />
da formação inicial aos mecânicos,<br />
que tem que ser logo garantida à<br />
partida. Trabalhar com alta tensão<br />
não é para qualquer um. Muitas<br />
oficinas também têm resistência a<br />
esta nova tecnologia, porque é mais<br />
formação, e o colaborador não está<br />
tão presente e disponível na oficina”,<br />
apontou.<br />
Edmundo Costa, da Cetrus, fecha<br />
o tema com uma nota positiva.<br />
PUB<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 19
EQUIPAMENTOS<br />
OFICINAIS<br />
“O futuro do negócio do setor automóvel<br />
vai continuar a estar na<br />
oficina. To<strong>das</strong> as evoluções trazem<br />
oportunidades para as oficinas e,<br />
consequentemente para nós. O<br />
importante é que as pessoas valorizem<br />
o seu próprio negócio, de maneira<br />
a que criem valor e riqueza<br />
para depois poderem investir, em<br />
vez de esperar para ver o que vai<br />
acontecer”, sublinhou.<br />
Oferta Personalizada<br />
Tiago Figueiredo, da Luz de Airbag,<br />
acredita que a verdadeira<br />
diferença está no trabalho de consultoria.<br />
“Nós temos uma oferta<br />
360º de produtos, seria impensável<br />
chegarmos ao pé de um cliente<br />
e dizer-lhe que precisa de um determinado<br />
equipamento quando<br />
na verdade precisa de outro. É<br />
importantíssimo prestar atenção<br />
à realidade <strong>das</strong> oficinas, às suas<br />
perspetivas a longo prazo e proporcionarmos-lhes<br />
também um<br />
bom serviço de pós-venda”, afirmou.<br />
Edmundo Costa, da Cetrus, concordou.<br />
“To<strong>das</strong> as empresas que estão<br />
de forma séria no mercado devem<br />
preocupar-se com as necessidades<br />
reais dos clientes e com a otimização<br />
que vão ter com a aquisição do<br />
equipamento. No nosso caso, que<br />
vendemos cabines de pintura desde<br />
20 mil euros até 80 mil euros,<br />
precisamos de perceber muito bem<br />
o que é que o cliente pretende fazer<br />
com o equipamento. Há clientes<br />
que nos dizem que precisam de<br />
duas cabines de pintura e às vezes<br />
não há necessidade, pois basta uma<br />
para rentabilizarem o processo e a<br />
própria máquina”, partilhou.<br />
Rui Figueira, da Bahco, destaca<br />
que um dos motivos para o sucesso<br />
está na venda personalizada. “Nós<br />
temos ferramentas feitas exclusivamente<br />
à medida do cliente, às<br />
vezes até com diferentes mecânicos<br />
e para diferentes áreas da oficina.<br />
A melhor forma de fazer um carro<br />
de ferramentas à medida <strong>das</strong> necessidades<br />
do cliente é estando em<br />
contato direito com o mecânico ou<br />
o eletricista, para saber realmente<br />
o que ele precisa. No nosso caso,<br />
é um processo feito do princípio<br />
ao fim. O foco está nas suas necessidades<br />
para que lhe possamos<br />
prestar o melhor serviço possível”,<br />
explicou.<br />
Manuel Guedes Martins, da MGM,<br />
destaca a importância da honestidade<br />
na hora de servir. “Às vezes<br />
vamos visitar uma oficina e têm<br />
lá compressores de 50kW quando<br />
bastaria um de 4kW ou 5kW. É um<br />
erro. Nós temos que servir bem o<br />
cliente para que ele fique satisfeito<br />
e volte mais tarde para continuar a<br />
fazer negócio connosco”, enfatizou.<br />
No caso da Hélder Máquinas,<br />
Mauro Antunes refere que “temos<br />
clientes há tanto tempo quanto o<br />
da empresa, que já tem quase 40<br />
anos, devido às muitas visitas que<br />
ainda fazemos de oficina em oficina.<br />
Acredito que passa muito por<br />
aí, pela relação entre o comercial<br />
e a oficina, na medida em que conhece<br />
as suas reais necessidades e<br />
aquilo que poderá vir a precisar”,<br />
referiu.<br />
Foco na satisfação<br />
dos clientes<br />
Um cliente satisfeito é um cliente<br />
que retorna. É assim que Manuel<br />
Guedes Martins, da MGM, vê o negócio.<br />
“O acompanhamento feito<br />
durante o pós-venda, com uma boa<br />
assistência, revisões preventivas,<br />
alertas sobre eventuais situações e<br />
deixar o cliente satisfeito no final,<br />
é algo que tanto é bom para quem<br />
vende como para quem compra.<br />
Quem conseguir fazer isto irá conseguir<br />
vender, caso contrário, irá<br />
perder um cliente”, assegurou.<br />
Rui Figueira, da Bahco, considera<br />
que a manutenção preventiva de<br />
equipamentos é essencial. “Se os<br />
20 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
equipamentos receberem uma boa<br />
manutenção, terão menos avarias,<br />
ou avarias menos dispendiosas,<br />
evitando muitos problemas. Por<br />
isso, é algo muito importante.<br />
Além disso, há outro ponto que<br />
gostaria de salientar. As pessoas<br />
gostam de mencionar quando<br />
compram algo barato, mas quando<br />
surgem problemas, não comentam.<br />
Há situações em que uma marca<br />
vende produtos a baixo custo, mas<br />
quando ocorrem avarias, o vendedor<br />
ou a marca desaparecem, ou<br />
dizem que não podem fazer nada<br />
porque não está coberto pela garantia,<br />
sem explicar o porquê. Só se<br />
vê quem realmente é bom quando<br />
surgem problemas e é oferecida<br />
uma boa assistência. Nós estamos<br />
no mercado desde os anos 60, e<br />
espero que continuemos por muito<br />
mais tempo. Portanto, temos que<br />
cuidar do nosso nome”, declarou.<br />
Sobre este assunto, António Garrido,<br />
da Lusilectra, vai mais longe.<br />
“Não há dúvida de que o serviço<br />
pós-venda é fundamental. Para<br />
qualquer empresa neste ramo, se<br />
ele não existir, estará condenada a<br />
curto prazo. Aliás, o foco <strong>das</strong> oficinas<br />
não deve estar nos equipamentos<br />
em si, mas no conhecimento<br />
sobre os problemas dos automóveis<br />
e em resolvê-los. Nós, como<br />
parceiros, temos que garantir que<br />
as oficinas disponham dos equipamentos<br />
adequados e mantê-los<br />
atualizados com as inovações do<br />
mercado”, assinalou.<br />
Pedro Jesus, da Cometil, destaca<br />
que não basta comercializar equipamentos<br />
premium; o serviço pós-<br />
-venda deve acompanhar essa qualidade.<br />
“Qualquer equipamento<br />
pode falhar, mas se nós o vendemos<br />
como premium, a assistência tem<br />
de ser de igual forma premium. O<br />
tempo de espera tem de ser mínimo,<br />
porque se lhes estudamos<br />
o retorno do investimento para<br />
ganharem dinheiro com aquele<br />
equipamento, ao estar parado vai<br />
perder o retorno. Mas não só, além<br />
da rapidez de resposta, deve haver<br />
rapidez no conhecimento para resolver<br />
os problemas na hora. Isso<br />
é o que faz a diferença e justifica<br />
continuar a apostar no segmento<br />
premium com uma assistência<br />
de qualidade. Se o equipamento é<br />
muito bom, mas a assistência não<br />
acompanha, ele deixa de ser bom e,<br />
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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 21
EQUIPAMENTOS<br />
OFICINAIS<br />
na próxima escolha, provavelmente,<br />
não será essa a opção”, garantiu.<br />
Por seu turno, Paulo Gaspar, da<br />
Proxira, aponta a formação como<br />
um diferencial competitivo no<br />
mercado. “Acredito que já tenha<br />
acontecido com todos os presentes<br />
nesta mesa redonda, alguém ter<br />
vendido um equipamento que nunca<br />
foi bem instalado ou que nunca<br />
funcionou bem ao cliente e, se nós<br />
tivermos a habilidade de conseguir<br />
chegar lá e fazer aquilo que os outros<br />
não fizeram, garantidamente<br />
que não voltaremos a ser trocados<br />
por 300, 400 ou 500 euros. Por<br />
isso, considero fundamental continuar<br />
a investir em formação, pois<br />
é isso que nos permitirá estar mais<br />
bem preparados e destacarmo-nos<br />
da concorrência”, frisou.<br />
O Futuro é hoje<br />
Sobre os desafios e perspetivas<br />
para o futuro, Manuel Guedes Martins,<br />
da MGM, toma a iniciativa e<br />
refere que o mais importante é estar-se<br />
focado no presente. “Eu sou<br />
um bocado contra o futuro. Eu vivo<br />
o presente e os problemas de hoje”.<br />
Rui Figueira, da Bahco, também<br />
partilha da mesma opinião: “Para<br />
mim, o futuro é hoje. Portugal é<br />
um país pequeno e muito aberto<br />
ao exterior, sendo constantemente<br />
bombardeado com novos produtos<br />
e players no mercado. É crucial estarmos<br />
preparados para nos moldarmos<br />
ao que aí vem”.<br />
António Garrido, da Lusilectra defende<br />
que as empresas têm de ter<br />
sempre o “chip da mudança instalado”.<br />
“Nós temos que estar constantemente<br />
a mudar, a adaptar-nos<br />
àquilo que vai ser a realidade daqui<br />
para a frente. Porque vamos viver<br />
cada vez mais, com a incorporação<br />
da inteligência artificial. Além disso,<br />
há equipamentos que já se estão<br />
a deixar de vender, não se vendem<br />
ao ritmo que se vendiam na última<br />
década, outros que já começaram a<br />
ser introduzidos e outros que todos<br />
vendemos atualmente, mas que<br />
vão passar por uma transformação”,<br />
contextualizou.<br />
Na visão de Pedro Jesus, da Cometil,<br />
“As oficinas portuguesas, de um<br />
modo geral, sabem trabalhar bem.<br />
Eu sou defensor e sempre fui de<br />
que nós somos mais empreendedores<br />
em algumas coisas. Ou seja, na<br />
qualidade de trabalho, no rigor, na<br />
limpeza <strong>das</strong> oficinas, comparado<br />
com outros países, acho 7 que nós<br />
estamos mais à frente”. E acrescenta:<br />
“Nós somos de uma geração que<br />
<br />
valoriza muito o automóvel, mais<br />
que outros países. O vizinho do<br />
lado, a Espanha, já utiliza o automóvel<br />
para uma mobilidade diferente<br />
da nossa, mas nós também<br />
para lá caminharemos, infelizmente,<br />
com as novas gerações. E esse é<br />
o grande desafio, creio eu”.<br />
Para Mauro Antunes, da Hélder<br />
Máquinas, o futuro vai ser de oportunidades:<br />
“Não penso no futuro<br />
com receio, vejo-o com oportunidades<br />
para todos. Aquilo que noto<br />
é que as oficinas vão ter de se especializar,<br />
porque as opções de mobilidade<br />
e sistemas de gestão vão ser<br />
imensos, inclusive os de frotas. E,<br />
nós, como vamos ter também mais<br />
coisas para vender, vamos ter de<br />
nos especializar igualmente”.<br />
Edmundo Costa, da Cetrus, termina<br />
com duas notas. “A primeira<br />
é que o desafio mais complicado<br />
tem sido a obtenção e a retenção<br />
de mão-de-obra especializada na<br />
<br />
nossa área, porque cada vez mais<br />
escasseiam os candidatos para<br />
todo tipo de trabalhos técnicos. E<br />
depois, por fim, deixar aqui uma<br />
palavra que é a constante insatisfação<br />
no nosso negócio. É importante<br />
nunca deixar de pensar que estamos<br />
bem ou que somos os maiores,<br />
devemos de ter sempre o sentimento<br />
de que podemos melhorar para<br />
acrescentar ainda mais valor ao<br />
negócio”, conclui. l<br />
<br />
<br />
C<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
CM<br />
MY<br />
MY<br />
CY<br />
CY<br />
CMY<br />
CMY<br />
K<br />
22 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
DENOTO<br />
QUE HÁ ALGUMA<br />
DESORGANIZAÇÃO<br />
NO MERCADO<br />
MAURO ANTUNES<br />
Hélder Máquinas<br />
ano passado foi o nosso melhor ano ao<br />
O nível de volume de ven<strong>das</strong>, mas este<br />
ano tenho sentido alguma estagnação.<br />
Em conversa com alguns colegas, denoto que há<br />
alguma desorganização no mercado. Há uma<br />
série de players que não têm especialidade nem<br />
nas equipas, nem nos equipamentos, e, por isso,<br />
conseguem praticar preços mais baixos. Os<br />
sistemas ADAS que vendemos foram adquiridos<br />
por clientes que possuem uma gestão de oficina<br />
consolidada, com alguém responsável pela<br />
administração, que não precisa de ser o<br />
mecânico ou o proprietário. É uma pessoa que<br />
analisa o investimento e a rentabilidade que um<br />
equipamento destes pode proporcionar a longo<br />
prazo. Os veículos elétricos têm a questão<br />
associada da formação inicial aos mecânicos, que<br />
tem que ser logo garantida à partida. Trabalhar<br />
com alta tensão não é para qualquer um. Muitas<br />
oficinas também têm resistência a esta nova<br />
tecnologia, porque é mais formação, e o<br />
colaborador não está tão presente e disponível<br />
na oficina.<br />
MGM_meia_baixo_2021_JO.pdf MGM_meia_baixo_2021.pdf 1 125/06/2021 22/06/202116:58<br />
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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 23<br />
47
EQUIPAMENTOS<br />
OFICINAIS<br />
CABE-NOS A<br />
NÓS O PAPEL DE<br />
“EVANGELIZAR” O<br />
MERCADO<br />
É FUNDAMENTAL<br />
CONTINUAR A<br />
INVESTIR EM<br />
FORMAÇÃO<br />
TODAS AS<br />
EVOLUÇÕES TRAZEM<br />
OPORTUNIDADES<br />
PARA AS OFICINAS<br />
TIAGO FIGUEIREDO<br />
Luz de Airbag<br />
stamos a viver uma fase de retoma,<br />
E disso não há sombra de dúvi<strong>das</strong>. O<br />
mercado tem vindo a sofrer muitas<br />
alterações com a entrada <strong>das</strong> novas tecnologias,<br />
como os sistemas ADAS e as viaturas elétricas.<br />
Nota-se que as oficinas estão a investir, cada<br />
vez mais, em equipamentos mais avançados.<br />
No entanto, há ainda um longo caminho a<br />
percorrer na sua especialização. É essencial<br />
investir em formação. Nesse aspeto, a mudança<br />
está a ocorrer de forma ainda muito lenta. É<br />
importante acompanhar a evolução do parque<br />
automóvel e, nesse contexto, cabe-nos a nós o<br />
papel de “evangelizar” o mercado. Apesar da<br />
maioria <strong>das</strong> oficinas estar muito assustada com<br />
os carros elétricos, vai continuar a haver a<br />
necessidade de carregar o ar condicionado,<br />
fazer um bom diagnóstico, reparar módulos,<br />
fazer o balanceamento de baterias, manutenção<br />
de caixas automáticas… isto tudo são fatores de<br />
lucro para as oficinas. Há tantos componentes<br />
num carro elétrico, num híbrido ou plug-in.<br />
Basta aproveitar a onda.<br />
PAULO GASPAR<br />
Proxira<br />
incontornável que, cada vez mais, são<br />
É necessárias outras valências que<br />
antigamente não eram precisas. Ter<br />
apenas um elevador e um carro de ferramentas<br />
já não serve para nada hoje em dia. E nós<br />
temos também de fazer a nossa parte, educando<br />
o cliente em relação à questão da mão de obra.<br />
Muitas vezes, quando alguém quer abrir uma<br />
oficina nova, a primeira coisa que eu pergunto<br />
é quanto é que irá cobrar de mão-de-obra,<br />
porque é a partir daí que vamos começar a<br />
desenhar o que é que o cliente precisa ou não<br />
para ter sucesso no negócio. Acredito que já<br />
tenha acontecido com todos os presentes nesta<br />
mesa redonda, alguém ter vendido um<br />
equipamento que nunca foi bem instalado ou<br />
que nunca funcionou bem ao cliente e, se nós<br />
tivermos a habilidade de conseguir chegar lá e<br />
fazer aquilo que os outros não fizeram,<br />
garantidamente que não voltaremos a ser<br />
trocados por 300, 400 ou 500 euros. Por isso,<br />
considero fundamental continuar a investir em<br />
formação, pois é isso que nos permitirá estar<br />
mais bem preparados e destacarmo-nos da<br />
concorrência.<br />
EDMUNDO COSTA, Cetrus<br />
futuro do negócio do setor automóvel<br />
O vai continuar a estar na oficina. To<strong>das</strong><br />
as evoluções trazem oportunidades<br />
para as oficinas e, consequentemente para nós.<br />
O importante é que as pessoas valorizem o seu<br />
próprio negócio, de maneira a que criem valor e<br />
riqueza para depois poderem investir, em vez<br />
de esperar para ver o que vai acontecer. To<strong>das</strong><br />
as empresas que estão de forma séria no<br />
mercado devem preocupar-se com as<br />
necessidades reais dos clientes e com a<br />
otimização que vão ter com a aquisição do<br />
equipamento. No nosso caso, que vendemos<br />
cabines de pintura desde 20 mil euros até 80<br />
mil euros, precisamos de perceber muito bem o<br />
que é que o cliente pretende fazer com o<br />
equipamento. Há clientes que nos dizem que<br />
precisam de duas cabines de pintura e às vezes<br />
não há necessidade, pois basta uma para<br />
rentabilizarem o processo e a própria máquina.<br />
É importante nunca deixar de pensar que<br />
estamos bem ou que somos os maiores,<br />
devemos de ter sempre o sentimento de que<br />
podemos melhorar para acrescentar ainda mais<br />
valor ao negócio.<br />
24 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
AS EMPRESAS TÊM<br />
DE TER SEMPRE O<br />
CHIP DA MUDANÇA<br />
INSTALADO<br />
ANTÓNIO GARRIDO<br />
Lusilectra<br />
Não há dúvida de que o serviço<br />
N pós-venda é fundamental. Para<br />
qualquer empresa neste ramo, se ele<br />
não existir, estará condenada a curto prazo.<br />
Aliás, o foco <strong>das</strong> oficinas não deve estar nos<br />
equipamentos em si, mas no conhecimento<br />
sobre os problemas dos automóveis e em<br />
resolvê-los. Nós, como parceiros, temos que<br />
garantir que as oficinas disponham dos<br />
equipamentos adequados e mantê-los<br />
atualizados com as inovações do mercado. As<br />
empresas têm de ter sempre o “chip da<br />
mudança instalado”. Nós temos que estar<br />
constantemente a mudar, a adaptar-nos àquilo<br />
que vai ser a realidade daqui para a frente.<br />
Porque vamos viver cada vez mais, com a<br />
incorporação da inteligência artificial. Além<br />
disso, há equipamentos que já se estão a deixar<br />
de vender, não se vendem ao ritmo que se<br />
vendiam na última década, outros que já<br />
começaram a ser introduzidos e outros que<br />
todos vendemos atualmente, mas que vão<br />
passar por uma transformação.”<br />
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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 25
EQUIPAMENTOS<br />
OFICINAIS<br />
O FUTURO<br />
AINDA NOS IRÁ<br />
RESERVAR MUITAS<br />
OPORTUNIDADES<br />
UM CLIENTE<br />
SATISFEITO<br />
É UM CLIENTE<br />
QUE RETORNA<br />
É CRUCIAL<br />
ESTARMOS<br />
PREPARADOS PARA<br />
NOS MOLDARMOS<br />
AO QUE AÍ VEM<br />
PEDRO JESUS<br />
Cometil<br />
Estamos a atravessar um período em<br />
E que as oficinas estão sobrecarrega<strong>das</strong><br />
com trabalho, mais do que aquilo que<br />
conseguem gerir. E isso é algo positivo para a<br />
nossa atividade, pois podemos ajudá-los nessa<br />
área e desempenhar um papel diferenciador.<br />
Acredito que o futuro ainda nos irá reservar<br />
muitas oportunidades, de forma geral, para<br />
to<strong>das</strong> as empresas, pois os automóveis<br />
representam uma grande fonte de<br />
oportunidades para as oficinas. À medida que a<br />
tecnologia automóvel for avançando, nós vamos<br />
estar cá para ajudar a resolver os problemas. As<br />
oficinas portuguesas, de um modo geral, sabem<br />
trabalhar bem. Eu sou defensor e sempre fui de<br />
que nós somos mais empreendedores em<br />
algumas coisas. Ou seja, na qualidade de<br />
trabalho, no rigor, na limpeza <strong>das</strong> oficinas,<br />
comparado com outros países, acho que nós<br />
estamos mais à frente. Somos de uma geração<br />
que valoriza muito o automóvel, mais que<br />
outros países. O vizinho do lado, a Espanha, já<br />
utiliza o automóvel para uma mobilidade<br />
diferente da nossa, mas nós também para lá<br />
caminharemos, infelizmente, com as novas<br />
gerações. E esse é o grande desafio, creio eu.”<br />
MANUEL GUEDES MARTINS<br />
MGM<br />
O mercado dos equipamentos oficinais<br />
O parece dar indícios de algum<br />
crescimento no que diz respeito à<br />
renovação de algumas unidades oficinais já<br />
existentes, bem como ao surgimento de outras<br />
que procuram implantar-se nesse mesmo<br />
mercado. Num contexto de crescimento do<br />
negócio <strong>das</strong> oficinas poderá haver uma procura<br />
adicional de novos equipamentos. Contudo,<br />
penso que existem algumas condicionantes que<br />
poderão limitar uma decisão por parte <strong>das</strong><br />
oficinas. Por outro lado tenho-me deparado<br />
com uma situação que está a começar a crescer<br />
no grande Porto. Em 100 oficinas, 30 ou 40<br />
trabalham à noite de porta fechada. Isto é<br />
concorrência desleal, porque nós passamos por<br />
muito para conseguirmos honrar os nossos<br />
compromissos. Eu sei que os empregados têm<br />
que levar a vida, mas é uma situação bastante<br />
complicada. Nós temos que servir bem o cliente<br />
para que ele fique satisfeito e volte mais tarde<br />
para continuar a fazer negócio connosco.<br />
RUI FIGUEIRA<br />
Bahco<br />
Desde a Covid-19, que o mercado tem<br />
D sido confrontado com várias surpresas,<br />
nomeadamente a inflação, passando<br />
pela crise no canal Suez, até às guerras, há<br />
sempre algo a tentar-nos derrubar. Por isso,<br />
espero que nada mais surja, mas se surgir,<br />
estaremos cá como sempre para resolver. As<br />
oficinas estão cada vez mais profissionaliza<strong>das</strong>,<br />
mas também tem surgido uma tendência<br />
crescente de “trabalhar no negro”.<br />
Normalmente, aqueles que trabalham fora do<br />
horário regular também querem minimizar os<br />
custos ao máximo. E, nesse sentido, nós não<br />
conseguimos competir. Por isso, espero que a<br />
situação melhore para que possamos continuar<br />
a crescer todos. As pessoas gostam de<br />
mencionar quando compram algo barato, mas<br />
quando surgem problemas, não comentam. Há<br />
situações em que uma marca vende produtos a<br />
baixo custo, mas quando ocorrem avarias, o<br />
vendedor ou a marca desaparecem, ou dizem<br />
que não podem fazer nada porque não está<br />
coberto pela garantia, sem explicar o porquê.<br />
Só se vê quem realmente é bom quando surgem<br />
problemas e é oferecida uma boa assistência.<br />
26 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
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PREMIAR A EXCELÊNCIA<br />
DO TOP 10<br />
O JORNAL DAS OFICINAS VOLTOU A DESAFIAR PELO 7.º ANO CONSECUTIVO AS MELHORES OFICINAS<br />
DE REDE PARA PARTICIPAREM NO CHALLENGE OFICINAS 2024. A ADESÃO FOI ENORME E ESTE ANO<br />
A COMPETIÇÃO BATEU O RECORDE DE INSCRIÇÕES, COM MAIS DE UMA CENTENA DE OFICINAS<br />
A PARTICIPAR NAS FASES DE AUTOAVALIAÇÃO E DESAFIO ONLINE. NA FINAL ESTIVERAM PRESENTES<br />
DEZ OFICINAS, E A GRANDE VENCEDORA FOI A AUTO ESTEVES, DO GRUPO CGA, DE VIANA DO CASTELO<br />
28 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Patrocinadores 2024<br />
Apoios<br />
UZDEAIRBAG<br />
Foi nas magníficas instalações da Pro-<br />
4Matic Car Service, em Montemor-o-<br />
-Velho, Coimbra, que no passado dia 18<br />
de maio arrancou a 7.ª edição da competição<br />
mais aguardada do ano – O Challenge <strong>Oficinas</strong><br />
2024 – promovido pelo <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>,<br />
em parceria com a T.Academy e a Tips4y.<br />
Além de eleger um vencedor, a promoção<br />
anual desta iniciativa pretende fomentar a<br />
partilha de conhecimentos e experiências entre<br />
as oficinas, de modo a adquirirem novas<br />
competências e uma visão abrangente sobre<br />
os modelos de gestão oficinal emergentes no<br />
mercado. Durante a competição, as equipas<br />
também tiveram a oportunidade de testar e<br />
implementar diversas competências essenciais<br />
para a gestão eficiente de uma oficina,<br />
tais como o trabalho em equipa, organização,<br />
liderança, comunicação eficaz e gestão de<br />
tempo. O conceito de oficinas em rede, foco<br />
desta competição, tem demonstrado estar<br />
numa fase de grande crescimento a nível nacional.<br />
Este modelo promete oferecer às oficinas<br />
multimarca uma vantagem competitiva<br />
para que possam distinguir-se no mercado<br />
em termos de conhecimento e qualidade, conseguindo<br />
assim competir com os concessionários<br />
de marca. A formação técnica, sendo um<br />
dos pilares <strong>das</strong> redes oficinais, continua a ser<br />
uma prioridade para o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>,<br />
que se compromete a dinamizar o Jogo Oficinal<br />
Inter-Redes com diversos painéis participativos,<br />
de forma a agregar valor e aumentar<br />
a visibilidade de to<strong>das</strong> as oficinas finalistas,<br />
empresas distribuidoras e parceiros.<br />
Nova dinâmica entre<br />
patrocinadores e oficinas<br />
Para além desta ter sido a edição com a maior<br />
participação de oficinas, os patrocinadores<br />
também tiveram um novo papel nesta competição.<br />
De forma a enriquecer a experiência<br />
e criar um contacto mais direto entre os responsáveis<br />
<strong>das</strong> empresas patrocinadoras e as<br />
oficinas, as equipas visitaram os expositores<br />
para conhecer a sua ampla gama de produtos<br />
e serviços ao longo da competição. Essa interação,<br />
combinada com o fornecimento de<br />
informações técnicas especializa<strong>das</strong>, permitiu<br />
que as oficinas descobrissem novas formas de<br />
maximizar os seus lucros. Para esta edição, a<br />
final do Challenge <strong>Oficinas</strong> 2024 teve o prazer<br />
de contar com seis patrocinadores: Autel Portugal<br />
by Luzdeairbag, Bahco, Open Parts by<br />
Alecarpeças, Tirso Pneus, Castrol e a FIAMM<br />
by Polibaterias. Para que toda a componente<br />
logística fosse um sucesso, tivemos o apoio<br />
da T.Academy, cujo know-how permitiu criar<br />
uma prova à altura do desafio e uma avaliação<br />
final justa, da Tips4y, que disponibilizou a sua<br />
plataforma digital DataDrive para a concretização<br />
dos exercícios, bem como, da Pro4Matic<br />
Car Service, que mais uma vez concedeu<br />
A Auto Esteves (rede CGA) de Viana do Castelo,<br />
classificou-se em primeiro lugar, com<br />
uma equipa composta por Susete Brito,<br />
Marco Esteves, João Varejão e Pedro Amorim<br />
A Auto Repair & Go (rede RecOficial)<br />
de Braga, classificou-se em segundo<br />
lugar, sendo constituída por Daniel Silva,<br />
José Mourato e Carlos Silva<br />
A Stationsines (rede Roady), de Sines,<br />
classificou-se em terceiro lugar,<br />
sendo constituída por Frederico Lopes,<br />
Diana Lopes Oliveira e Domingos Oliveira<br />
FICOU DEMONSTRADO O POTENCIAL DA MARCA CHALLENGE OFICINAS<br />
NO MERCADO DO PÓS-VENDA AUTOMÓVEL E NA CRIAÇÃO DE vaLOR<br />
para OS PARCEIROS ENVOLVIDOS. A PARTICIPAÇÃO ativa DOS<br />
patrociNADORES PERMITIU CRIAR UMA SINERGIA NOVA E POSITIVA<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 29
o seu incrível espaço para esta<br />
competição. Também contamos<br />
com o apoio da Eurorepar Car<br />
Service, aserAuto, Open2garage<br />
e da Roady – Centros Auto. Todos<br />
os que estiveram presentes<br />
e investiram neste projeto permitiram<br />
que continuasse a ser o<br />
grande sucesso que tem sido, pelo<br />
sétimo ano consecutivo.<br />
Prémios ultrapassaram<br />
os 7.500 euros<br />
Este ano, os prémios oferecidos<br />
pelos patrocinadores ascenderam<br />
os 7.500 euros, um apoio<br />
extraordinário que eleva a fasquia<br />
da competição e demonstra<br />
o importante retorno mediático<br />
que o Challenge <strong>Oficinas</strong> tem<br />
proporcionado às organizações<br />
no decorrer dos últimos anos. A<br />
Competição Challenge <strong>Oficinas</strong> é<br />
uma marca de sucesso com impacto<br />
crescente junto dos fabricantes,<br />
distribuidores e oficinas.<br />
As marcas e empresas associa<strong>das</strong><br />
ao evento experimentaram um<br />
importantes retorno mediático,<br />
muito valorizado por todos.<br />
Convirá, igualmente, destacar o<br />
facto da Competição Challenge<br />
<strong>Oficinas</strong> atingir um leque variado<br />
de empresas, desde fabricantes<br />
de peças, fornecedores de serviços,<br />
distribuidores e retalhistas<br />
de peças e ainda <strong>das</strong> redes de<br />
oficinas, a quem o evento é dedicado.<br />
Fica assim demonstrado<br />
o potencial da marca Challenge<br />
<strong>Oficinas</strong> no mercado do pós-<br />
-venda automóvel e na criação<br />
de valor para os parceiros envolvidos.<br />
O que começou com a<br />
organização de uma Competição<br />
anual entre três oficinas, hoje é<br />
um grande evento que conta com<br />
a participação de 10 oficinas e<br />
vários patrocinadores que reconhecem<br />
a importância e o impacto<br />
positivo que o evento tem nas<br />
suas organizações.<br />
Dinamismo e inovação são pilares<br />
da AP Comunicação, responsável<br />
pela organização do<br />
Challenge <strong>Oficinas</strong>, que para o<br />
ano promete a realização de um<br />
evento ainda mais espetacular,<br />
com muita competição, networking<br />
e animação.<br />
As 10 melhores em<br />
competição<br />
To<strong>das</strong> as oficinas finalistas desta<br />
edição demonstraram estar à altura<br />
do título de Melhor Oficina<br />
de 2024. Com muita dedicação,<br />
competência e um verdadeiro<br />
espírito de equipa, conseguiram<br />
destacar-se na realização dos diversos<br />
exercícios propostos. As<br />
dez oficinas presentes na grande<br />
final foram:<br />
• Mundial Garage, da rede<br />
AserAUTO<br />
• Auto Paulo & Armanda, da<br />
rede Auto Check Center<br />
• FLS Motor, da rede Bosch Car<br />
Service<br />
• Auto Esteves, da rede CGA<br />
A COMPETIÇÃO CHALLENGE OFICINAS É UMA MARCA DE SUCESSO<br />
COM IMPacto CRESCENTE JUNTO DOS FABRICANTES, DISTRIBUIDORES<br />
E OFICINAS. as MARCAS E EMPRESAS associaDas ao EVENTO<br />
EXPERIMENTARAM UM IMPORTANTE RETORNO MEDIÁTICO<br />
30 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Patrocinadores 2024<br />
Apoios<br />
UZDEAIRBAG<br />
• Auto Martinho & Mestre, da<br />
rede Nexus Auto<br />
• Auto Repair & Go, da rede<br />
RecOficial<br />
• Garagem Luciano Cordeiro, da<br />
rede Eurorepar Car Service<br />
• Ricar, da rede RedService<br />
• Stationsines, da rede Roady<br />
• Pneufurado, da rede Vulco<br />
As provas baseavam-se no dia<br />
a dia normal de uma oficina,<br />
desde o momento em que o veículo<br />
entra até à entrega final ao<br />
cliente. Os participantes enfrentaram<br />
diversos obstáculos, para<br />
os quais tinham de encontrar<br />
soluções rápi<strong>das</strong> e eficientes. Por<br />
exemplo, após identificarem os<br />
“sintomas” do carro, tinham de<br />
fazer um diagnóstico adequado,<br />
encomendar as peças aos patrocinadores<br />
presentes, distribuir<br />
a carga de trabalho conforme a<br />
mão-de-obra disponível, entre<br />
muitas outras tarefas. A equipa<br />
que concluísse o maior número<br />
de processos e conseguisse gerar<br />
a maior faturação seria considerada<br />
a mais rentável. No final<br />
do dia, o grande vencedor com a<br />
maior margem bruta foi a oficina<br />
Auto Esteves, seguindo-se a Auto<br />
Repair & Go em segundo lugar e<br />
a Stationsines em terceiro lugar.<br />
No balanço desta sétima edição<br />
da competição Challenge <strong>Oficinas</strong>,<br />
João Vieira, diretor da AP<br />
Comunicação, organizador do<br />
DATADRIVE: O MELHOR<br />
AMIGO DAS OFICINAS<br />
omo já vem sendo habitual, a Tips4y voltou a disponibilizar a sua<br />
C plataforma DataDrive, para a realização dos exercícios propostos na<br />
final do Challenge <strong>Oficinas</strong> 2024. Esta solução digital inovadora foi projetada<br />
para todos os negócios de manutenção e reparação automóvel, permitindo<br />
economizar tempo, aumentar a eficiência e ter acesso a um conjunto vasto de<br />
funcionalidades, que incluem a orçamentação, agendamento, receção,<br />
planeamento e informação técnica. Para to<strong>das</strong> as oficinas que procuram uma<br />
plataforma completa e de fácil acesso, o DataDrive pode ser a solução ideal.<br />
Com a simples captura de uma fotografia poderá aceder facilmente aos dados<br />
do veículo, identificá-lo e dar logo início ao orçamento, planear o serviço e<br />
aceder à informação técnica. Para garantir o ritmo de produtividade, a<br />
plataforma consegue dar resposta a to<strong>das</strong> as marcações da oficina,<br />
antecipando os pedidos e planeando corretamente o tempo <strong>das</strong> intervenções<br />
através do módulo “Planear Serviço”. Além disso, em apenas alguns segundos,<br />
a plataforma consegue entregar um orçamento de manutenção de acordo com<br />
o tempo estipulado pelo fabricante e as peças para a intervenção, oferecendo<br />
preços OE e IAM. No módulo “Informação Técnica”, encontra-se toda a<br />
informação técnica OE necessária para executar o serviço com rigor e<br />
qualidade. Adicionalmente, é possível usufruir de uma linha de apoio técnico<br />
à reparação. Uma equipa de profissionais estará disponível para apoiar no<br />
diagnóstico e reparação multimarca de veículos ligeiros.<br />
DINAMISMO E INOVAÇÃO SÃO PILARES DA AP COMUNICAÇÃO,<br />
RESPONSÁVEL PELA ORGANIZAÇÃO DO CHALLENGE OFICINAS, QUE<br />
PARA O ANO PROMETE A REALIZAÇÃO DE UM EVENTO AINDA MAIS<br />
ESPETACULAR, COM MUITA COMPETIÇÃO, NETWORKING E ANIMAÇÃO<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 31
Patrocinadores 2024<br />
Apoios<br />
UZDEAIRBAG<br />
evento, referiu que: “O trabalho<br />
realizado este ano para oferecer<br />
um Challenge <strong>Oficinas</strong> mais dinâmico<br />
e participativo, foi totalmente<br />
conseguido e o feedback que<br />
recebemos <strong>das</strong> equipas e patrocinadores<br />
foi muito positivo o que<br />
nos motiva e encoraja para fazer<br />
mais e melhor nas próximas edições.<br />
Esta edição foi a mais participada<br />
e competitiva de to<strong>das</strong> até<br />
agora realiza<strong>das</strong>. As dez oficinas<br />
finalistas, organiza<strong>das</strong> em equipas<br />
de três elementos, demonstraram<br />
um alto nível de profissionalismo,<br />
espírito de equipa e paixão pelo<br />
trabalho que desempenham, mostrando<br />
estar à altura dos desafios<br />
que lhes foram propostos. Cada<br />
oficina trouxe o seu conhecimento,<br />
talento e paixão para o evento,<br />
que já se tornou uma referência<br />
no aftermarket em Portugal”, salientou.<br />
“Gostaria de expressar a<br />
minha gratidão a todos os envolvidos<br />
nesta competição, designadamente<br />
às equipas participantes<br />
pela sua determinação e excelente<br />
trabalho realizado, e aos patrocinadores<br />
pelo seu generoso apoio e<br />
por tornarem possível a realização<br />
deste evento. A sua colaboração<br />
foi fundamental para o sucesso<br />
da Competição. Agradeço igualmente<br />
o apoio da Tips4y, pela<br />
disponibilização da plataforma<br />
DataDrive que permitiu às equipas<br />
concorrentes executarem os<br />
exercícios, e à Pro4Matic pela cedência<br />
do magnífico espaço que<br />
muito contribuiu para o desenrolar<br />
perfeito <strong>das</strong> provas e para o<br />
agradável convívio entre os participantes.<br />
Ao júri, quero expressar<br />
a minha admiração pelo seu profissionalismo,<br />
dedicação e capacidade<br />
de garantir que tudo corresse<br />
sem problemas. O seu trabalho<br />
nos bastidores foi essencial para o<br />
sucesso desta competição. Da parte<br />
da organização, tudo faremos<br />
para que a próxima edição volte a<br />
ser outro evento memorável, com<br />
muita competição, convívio e networking<br />
entre oficinas, patrocinadores<br />
e convidados”, concluiu.<br />
Nuno Durão, fundador e CEO da<br />
Pro4Matic Car Service, destacou<br />
que: “Estes eventos são imprescindíveis<br />
para o setor e representam<br />
uma mais-valia significativa.<br />
Lidamos com pessoas, e acreditamos<br />
que devemos estar unidos,<br />
independentemente de ser uma<br />
competição ou não; é sempre algo<br />
saudável. Naturalmente, a Pro-<br />
4Matic tinha que estar presente e<br />
vamos continuar a apoiar o <strong>Jornal</strong><br />
<strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>. Para nós, é um orgulho<br />
enorme participar e fazer a<br />
diferença”. l<br />
TODAS AS OFICINAS FINALISTAS DESTA EDIÇÃO DEMONSTRARAM<br />
ESTAR À ALTURA DO TÍTULO DE MELHOR OFICINA DE 2024. COM<br />
UM NÍVEL ELEVADO DE PROFISSIONALISMO E UM VERDADEIRO ESPÍRITO<br />
DE EQUIPA, PROVARAM SER AS MELHORES DAS SUAS REDES<br />
32 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
NOTÍCIAS // DINÂMICA DO SETOR ESCREVE ‐SE DE A A Z<br />
Empresas<br />
AXALTA E SOLERA<br />
ANUNCIAM PARCERIA<br />
A<br />
Axalta anunciou uma nova parceria com a Solera, líder global em gestão do<br />
ciclo de vida de veículos. Através desta parceria, os sistemas de tintas de repintura<br />
convencionais e o Fast Cure Low Energy serão integrados na plataforma<br />
Sustainable Estimatics da Solera, que permitirá aos clientes calcular as respetivas<br />
emissões de CO2 por reparação, enquanto consideram os métodos de reparação (reparação<br />
versus substituição), o processo de aplicação da tinta e as condições de secagem.<br />
Sendo o primeiro fabricante de tintas a associar-se à Solera, os clientes da Axalta<br />
Refinish terão acesso a um painel em tempo real que fornece estimativas de emissões<br />
de CO2 contribuindo para tomarem decisões conscientes em termos de energia e basea<strong>das</strong><br />
em dados. A plataforma Sustainable Estimatics da Solera é a mais recente<br />
adição à oferta BELEAF da Axalta que fornece produtos ecologicamente eficientes de<br />
alto desempenho, ferramentas inovadoras e excelentes recursos para ajudar as oficinas<br />
a reduzir a respetiva pegada ambiental ao mesmo tempo que contribuem para o<br />
sucesso do seu negócio. Este recurso destaca o compromisso da Axalta com a sustentabilidade<br />
e a iniciativa BELEAF.<br />
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34 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
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COMEMORA 20 ANOS<br />
Ferdinand Bilstein Portugal | A Ferdinand Bilstein Portugal atingiu<br />
a marca dos 20 anos no dia 2 de janeiro de 2024, assinalando a<br />
data de fundação da empresa em Portugal. Em 2004, eram apenas<br />
sete colaboradores numas instalações com 900 metros quadrados.<br />
Agora, celebram este marco especial com mais de 100 colaboradores e<br />
mais de 10 mil metros quadrados. Para celebrar os 20 anos de história,<br />
a Ferdinand Bilstein Portugal, irá desenvolver várias ações, internas<br />
e externas, de modo a envolver todos os stakeholders. “Esta data será<br />
celebrada de várias formas e com várias ações, internas e externas, de<br />
modo que possamos envolver todos os nossos stakeholders naquela<br />
que é uma data relevante e que demonstra também a solidez, o crescimento<br />
e a evolução do bilstein group em Portugal”, revelou a empresa<br />
em comunicado. A primeira ação comemorativa destes 20 anos teve<br />
lugar no passado dia 28 de março, com uma caça aos ovos nas instalações<br />
do bilstein group. No dia anterior, foram escondidos em todo o<br />
espaço cerca de 400 ovos da Páscoa e, no dia seguinte, foi lançado o desafio<br />
a todos os colaboradores para que encontrassem o maior número<br />
de ovos possível e que partilhassem fotos <strong>das</strong> descobertas.<br />
DINAMIZA AÇÃO DE FORMAÇÃO VALVOLINE<br />
Serenopeças | No passado mês de abril, a Serenopeças promoveu uma ação de formação<br />
Valvoline para os seus clientes sobre a importância da escolha correta do lubrificante. “No mundo automóvel,<br />
a manutenção adequada é fundamental para o desempenho e longevidade dos motores. Nesse<br />
contexto, a Valvoline, líder global em lubrificantes, reafirma o seu compromisso com a excelência ao<br />
oferecer uma formação exclusiva para os seus clientes, destacando a complexidade e a importância do<br />
uso correto dos lubrificantes”, referiu a Serenopeças. Realizada recentemente em parceria com clientes<br />
selecionados, a formação proporcionou um mergulho profundo no mundo dos lubrificantes de automóveis,<br />
abordando desde os fundamentos básicos até os aspetos mais avançados da aplicação correta<br />
destes produtos. Durante o evento, especialistas da Valvoline compartilharam insights valiosos sobre<br />
a importância da escolha do produto correto e da influência dos lubrificantes na performance dos<br />
motores e sistemas de automóveis.
NOTÍCIAS<br />
EMPRESAS<br />
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MARCAM PRESENÇA NA CONVENÇÃO AD<br />
MetalCAucho e Alfa e-Parts | A Metalcaucho e a Alfa e-Parts apresentaram recentemente<br />
os seus novos produtos na Convenção AD do Grupo Autozitânia. Este evento contou com a presença<br />
de um público profissional que valorizou a excelente qualidade e amplitude de oferta de ambas as<br />
marcas. Os visitantes que passaram pelo stand puderam conhecer em primeira mão o extenso catálogo<br />
de famílias e referências da Metalcaucho, especialista na área da borracha metal. Além da Metalcaucho,<br />
a Alfa E-Parts também esteve presente. A marca de peças reposição elétricas e eletrónicas para automóveis<br />
já conta com quase 6.500 referências em catálogo, e está à disposição de todos os clientes do<br />
Grupo Autozitânia. Um dos elementos que mais chamou à atenção no stand foi o testador de válvulas,<br />
ferramenta que serve para verificar o funcionamento de válvulas EGR. Este equipamento patenteado e<br />
único no mercado, realiza testes utilizando parâmetros OEM para cada uma <strong>das</strong> referências disponíveis<br />
na Alfa e-Parts. Além disso, também oferece um novo suporte técnico aos clientes de forma a ajudar a<br />
diagnosticar falhas em sistemas de válvulas e evitar procedimentos desnecessários.<br />
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AutOMEChanika 2024 | A Automechanika Frankfurt 2024, que irá decorrer entre os dias<br />
10 e 14 de setembro, vai encher o espaço com novos produtos e soluções para uma mobilidade mais<br />
sustentável. A feira internacional irá oferecer apresentações, palestras e diversos painéis de discussão sobre<br />
os temas da atualidade no mercado. Entre eles, a sustentabilidade, nova mobilidade, recrutamento,<br />
formação contínua e muito mais. A par com as constantes mudanças que a indústria tem vindo a assistir,<br />
Olaf Mußhoff, diretor da Automechanika Frankfurt, explicou que: “É por isso que decidimos expandir,<br />
significativamente, o programa da Automechanika com mais formações, palestras e novos espaços de<br />
networking. Queremos oferecer a todos os participantes a oportunidade de atualizarem os seus conhecimentos,<br />
discutir com especialistas e interagir com profissionais do setor automóvel provenientes de todo<br />
o mundo”. Pela primeira vez, irá haver um espaço dedicado ao tema da sustentabilidade com diversas<br />
ramificações: desde a responsabilidade alargada do produtor às sinergias para descarbonizar a cadeia de<br />
valor do mercado pós-venda até ao passaporte digital do produto.<br />
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a presença da marca na capital, proporcionando<br />
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superior aos condutores lisboetas. Fiel à sua<br />
estratégia de proximidade aos clientes, a MIDAS selecionou<br />
um local privilegiado e de fácil acesso, na zona<br />
do Parque <strong>das</strong> Nações. Esta nova oficina orgulha-se<br />
ainda de oferecer aos seus clientes um espaço amplo e<br />
apelativo, com equipamento de topo e uma equipa de<br />
técnicos especializados. Para comemorar a abertura, a<br />
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NOTÍCIAS<br />
EMPRESAS<br />
MUDA DE INSTALAÇÕES<br />
Álvaro de Sousa Borrego | Dedicada há quase 50 anos ao mercado de comercialização de<br />
tintas e consumíveis para repintura automóvel, a Álvaro de Sousa Borrego decidiu mudar a sua morada e sede<br />
social para Palmela. Foi a 1 de outubro de 1977 que nasceu a Álvaro de Sousa Borrego S.A., empresa especializada<br />
na comercialização de tintas e consumíveis para repintura automóvel. Trabalha com a Spies Hecker desde que a<br />
marca veio para Portugal no ano de 1991. A empresa comercializa atualmente toda a gama de produtos Spies Hecker,<br />
com soluções para todo o tipo de mercado, desde os automóveis até à indústria. Recentemente, a empresa<br />
anunciou a mudança da sua morada e sede social, transitando da Avenida General Roça<strong>das</strong>, nº70 A/C, 1199-012<br />
Lisboa, para Rua do Ouro, lote 126, Parque Industrial Vale do Alecrim, 2950-007, Palmela, a partir do passado dia<br />
3 de junho de 2024. Apesar da mudança de instalações, os contactos da empresa mantêm-se inalterados, assim<br />
como o normal funcionamento da Loja de Cascais, na morada Rua de Alvide, 343 A/B – Fontainhas, 2750-291<br />
Cascais. Para o esclarecimento de qualquer dúvida, poderá contactar através do e-mail: geral@asborrego.pt ou<br />
pelo 218 153 516.<br />
JÁ COM 80% DO ESPAÇO OCUPADO<br />
expoMECÂNICA 2024 | A cinco meses da sua realização, a 9.ª edição do expoME-<br />
CÂNICA já apresenta 80% do espaço ocupado com a estreia de 36 novas empresas. O salão<br />
que se realiza de 8 a 10 de novembro de 2024, na Exponor, já rola e, pelo andar da carruagem,<br />
poderá estar perante um novo cenário de lotação esgotada pela altura do Verão. A planta da<br />
feira contempla neste momento mais de 200 expositores, que ocupam já 80% da área dos<br />
24.000 m2 disponíveis e já garantiu 36 novas empresas com estreia absoluta, num sinal de<br />
plena vitalidade. Para a organização, é inequívoco que o expoMECÂNICA é uma “referência para<br />
o setor e a edição de 2024 será especial e marcada pela celebração dos 10 anos de criação do<br />
expoMECÂNICA”, referiu José Manuel Costa, diretor da KiKai Eventos. A forte adesão dos agentes<br />
económicos do mercado da reparação e manutenção automóvel, que continuamente tem apostado<br />
no salão, tem sido determinante para o sucesso alcançado. “Temos assistido, edição após<br />
edição, a um crescendo da feira. É um modelo que funciona e é elogiado por todos”, explicou<br />
Sónia Rodrigues, também responsável da Kikai.<br />
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ATUALIDADE<br />
EDR - EVENT DATA RECORDER<br />
CAIXA NEGRA DO AUTOMÓVEL<br />
OBRIGATÓRIA A PARTIR DE JULHO 2024<br />
HÁ CERCA DE 70 ANOS, FOI INVENTADA A CAIXA NEGRA PARA OS AVIÕES. O EVENT DATA RECORDER<br />
(EDR), UM DISPOSITIVO DE REGISTO DE DADOS DE ACIDENTES SEMELHANTE AO UTLIZADO<br />
NOS AVIÕES, APESAR DAS DIFERENÇAS TECNOLÓGICAS, SERÁ OBRIGATÓRIO NA UNIÃO EUROPEIAS EM<br />
TODOS OS VEÍCULOS NOVOS, A PARTIR DE JULHO 2024
Inicialmente, a ideia de David Warren, inventor<br />
da caixa negra para os aviões, foi recebida com<br />
pouca aprovação por parte dos seus superiores.<br />
Warren, um engenheiro de um laboratório de investigação<br />
aeronáutica do Departamento de Defesa<br />
australiano, estava inicialmente a desenvolver<br />
tanques de combustível. No entanto, depois de<br />
ter feito parte de uma comissão de investigação de<br />
dois acidentes aéreos, apresentou uma solução que<br />
permitiria a gravação de conversas no cockpit, com<br />
o objetivo de determinar de forma fiável as causas<br />
dos acidentes. Isto passou-se em 1954. O chefe<br />
posterior do engenheiro acabou por aceitar a ideia<br />
de Warren e permitiu-lhe desenvolver um protótipo<br />
do gravador de dados de voo, que chamou a<br />
atenção da Autoridade Britânica da Aviação Civil.<br />
Em 1963, a Austrália tornou-se o primeiro país a<br />
introduzir a obrigatoriedade de gravadores de dados<br />
e de voz em to<strong>das</strong> as aeronaves. Outros países<br />
rapidamente seguiram o exemplo. Atualmente, a<br />
caixa negra, que na realidade é vermelha ou cor de<br />
laranja, tem ajudado a explicar muitos acidentes.<br />
Warren é geralmente considerado o inventor da<br />
caixa negra, embora tenha havido desenvolvimentos<br />
semelhantes em vários países durante e após a<br />
Segunda Guerra Mundial.<br />
Obrigatório a partir de julho de 2024<br />
O equivalente automóvel do gravador de dados de<br />
voo será obrigatório em todos os automóveis novos<br />
matriculados na UE a partir julho de 2024.<br />
Oficialmente, esta caixa negra é designada por<br />
Event Data Recorder (EDR). Não tem de suportar<br />
as enormes forças de um acidente de avião e<br />
não grava as conversas, como acontece no cockpit.<br />
Um avião é um meio de transporte público, que<br />
está sujeito a um quadro de proteção de dados<br />
totalmente diferente do de um veículo privado.<br />
No entanto, os dois aparelhos são semelhantes<br />
num aspeto: Os dados registados permitem reconstituir<br />
os acidentes de forma mais fiável. O<br />
EDR regista continuamente os dados relevantes,<br />
mas só os armazena permanentemente quando<br />
deteta uma mudança na direção longitudinal ou<br />
lateral de mais de oito quilómetros por hora num<br />
período de 150 milissegundos. Sem este sinal de<br />
ativação, os dados registados serão substituídos<br />
repetidamente. A quantidade e o tipo de informações<br />
armazena<strong>das</strong> são muito variáveis. Em geral,<br />
os registos compilados pelo sistema de registo de<br />
dados são os gerados nos cinco segundos anteriores<br />
ao impacto, que podem incluir a progressão da<br />
velocidade longitudinal e lateral, a posição do pedal<br />
do acelerador e do travão, o regime do motor,<br />
o ângulo da direção, bem como informações sobre<br />
o sistema de travagem antibloqueio e o controlo<br />
de estabilidade. Também regista se os passageiros<br />
estão a usar os cintos de segurança, bem como a<br />
ativação dos tensores dos cintos de segurança e dos<br />
airbags. O EDR é muitas vezes integrado na unidade<br />
de controlo do airbag, uma vez que é aí que<br />
grande parte da informação necessária é recolhida.<br />
Os dados registados dependem de cada fabricante,<br />
uma vez que não existe uma normalização<br />
<strong>das</strong> informações que devem ser recolhi<strong>das</strong> e não<br />
podem ser extraídos online, mas apenas através de<br />
um interface físico de manutenção.<br />
“A peça do puzzle que faltava”<br />
Dados como os fornecidos pelo EDR não são um<br />
território novo para a investigação de acidentes na<br />
Europa. “Já estavam a ser recolhidos nos veículos,<br />
mas não existia um quadro técnico e legal normalizado<br />
para o armazenamento e avaliação”, afirma<br />
Peter Rücker, Diretor de Análise de Acidentes e<br />
Investigação de Acidentes da DEKRA. “No entanto,<br />
há vários anos que utilizamos esses dados<br />
para analisar acidentes complexos ou controversos<br />
- se tivermos o consentimento do proprietário<br />
DADOS REGISTADOS<br />
PELO EDR<br />
• A pressão no acelerador ou as rotações do motor<br />
• O ângulo de viragem e a velocidade angular em graus<br />
• A velocidade nos últimos 5 segundos<br />
• O recurso aos travões<br />
• A direção do Delta V (aceleração positiva ou negativa)<br />
• A ativação dos airbags e pré-tensores dos cintos<br />
• O uso dos cintos de segurança e as dimensões<br />
dos ocupantes<br />
• A variação da velocidade à qual o veículo foi submetido<br />
após o impacto<br />
• A aceleração longitudinal em metros por segundo<br />
ao quadrado<br />
• Dados pós-colisão, como a ativação de um sistema<br />
de notificação automática de colisão<br />
• Obtenção de imagens de dados do acidente<br />
PRIVACIDADE<br />
DO CONDUTOR<br />
m dos aspetos que tem levantado mais suspeitas é a<br />
U privacidade dos condutores. De acordo com a UE, toda a<br />
informação pertencerá sempre ao proprietário do veículo,<br />
registando os dados de forma anónima para que não possam ser<br />
manipulados. Para o efeito, não serão armazenados os nomes dos<br />
condutores nem os últimos quatro dígitos do número VIN do<br />
veículo. Não é permitido que uma pessoa, que não seja o<br />
proprietário ou o locatário do veículo a motor, aceda aos dados<br />
registados ou transmitidos pelo ERD, a menos que um tribunal ou<br />
outra autoridade judicial ou administrativa autorize a recuperação<br />
de tais dados. Nestes casos, o proprietário ou locatário deve<br />
consentir nessa recuperação para qualquer fim, incluindo<br />
diagnóstico, serviço ou reparação do veículo.<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 41
ATUALIDADE<br />
SOLUÇÕES EM AR<br />
CONDICIONADO<br />
E REFRIGERAÇÃO<br />
DE TRANSPORTE<br />
PUB<br />
ou uma ordem judicial.” Para aceder<br />
aos dados, Rücker e a sua equipa tiveram<br />
muitas vezes de contar com a<br />
cooperação do fabricante do veículo<br />
afetado. “Poder-se-ia pensar que, no<br />
futuro, os peritos se limitariam a ler<br />
o EDR para analisar um acidente”,<br />
diz Rücker. “Mas isso é um equívoco,<br />
porque é claro que um EDR apenas<br />
fornece dados, não avaliação e interpretação.<br />
Também é importante<br />
saber onde e como os dados são medidos.”<br />
Se, por exemplo, a roda de<br />
um veículo estiver a girar livremente<br />
no ar, os dados de velocidade obtidos<br />
na roda são de pouca utilidade.<br />
Os dados do EDR também devem<br />
ser tratados com cautela se um veículo<br />
estiver a derrapar em ângulos<br />
retos em relação à direção da viagem.<br />
“É por isso que vemos os dados<br />
do EDR como mais um pilar para<br />
apoiar os métodos de análise testados<br />
e comprovados”, afirma Rücker.<br />
Um cenário em que se espera que os<br />
dados do EDR proporcionem mais<br />
clareza são as colisões traseiras que<br />
envolvem vários veículos em auto-<br />
-estra<strong>das</strong>. “Em colisões múltiplas, a<br />
determinação da culpa gira sempre<br />
em torno de quando e onde os veículos<br />
pararam”, explica Rücker. “Os<br />
dados do EDR podem vir a ser a<br />
peça do puzzle que faltava”. A etapa<br />
final na extração e análise de dados<br />
é entender as limitações e incertezas<br />
dos dados EDR. Os dados EDR nem<br />
sempre são precisos, completos ou<br />
consistentes, pois podem ser afetados<br />
por fatores como erros de sensor,<br />
problemas de calibração, substituição<br />
de dados, modificações do veículo<br />
ou condições ambientais. Os dados<br />
EDR também podem variar em<br />
qualidade e quantidade, dependendo<br />
do tipo, modelo e configuração<br />
do EDR. Portanto, deve-se sempre<br />
verificar e validar os dados do EDR<br />
com outras fontes de informação,<br />
como evidências físicas, depoimentos<br />
de testemunhas ou filmagens de<br />
vídeo. l<br />
QUEM UTILIZA OS DADOS DO EDR?<br />
Rua Fernando Vicente - Armazém 15<br />
2560-677 Torres Vedras<br />
Telf.: +351 261 335 050 - E-mail: geral@nelsontripa.pt<br />
GPS - N39.094609 - W009.251526 | www.nelsontripa.pt<br />
DR - Crash Data Retrieval é um termo<br />
C utilizado por aqueles que utilizam<br />
equipamento especializado para “recuperar” os<br />
dados do EDR (Event Data Recorder) do veículo.<br />
Estes dados do EDR são também designados<br />
por “dados do acidente”. Os técnicos e peritos<br />
em CDR ligam a sua ferramenta EDR a um<br />
automóvel, o que lhes permite comunicar com<br />
o veículo e obter o ficheiro de dados EDR. Em<br />
seguida, é utilizado um software especializado<br />
para traduzir o ficheiro de dados do EDR para<br />
um formato legível para revisão e análise. Estas<br />
ferramentas especializa<strong>das</strong> são compostas por<br />
hardware e software que permitem “obter<br />
imagens”, “descarregar” ou “recuperar” os dados<br />
EDR que estão armazenados nos módulos de<br />
controlo dos automóveis. Os dados do EDR<br />
(dados de acidentes) são atualmente utilizados<br />
por agentes da autoridade, peritos de seguros,<br />
fabricantes de automóveis, gestores de frotas e<br />
investigadores governamentais para ajudar a<br />
avaliar com precisão os acidentes que<br />
envolvem veículos de passageiros, comerciais<br />
ligeiros e SUV. Ao recuperar e analisar os dados<br />
de acidentes armazenados nestes veículos, é<br />
possível avaliar de forma mais eficaz a<br />
potencial culpa, fraude, responsabilidade,<br />
relatos de testemunhas e outras provas. A<br />
utilização de dados EDR em processos judiciais<br />
civis e penais está a aumentar à medida que os<br />
dados se tornam mais aceites como fonte de<br />
provas empíricas fiáveis.
galp.com
Entrevista<br />
JUAN DOMINGO MUÑOZ ESTEPA<br />
DIRETOR GERAL IBÉRICO E AMÉRICA LATINA DA NISSENS<br />
UM DOS GRANDES<br />
TRUNFOS DA NISSENS<br />
É O VASTO PROGRAMA<br />
DE SERVIÇO AO CLIENTE
A NISSENS É LÍDER MUNDIAL NO FABRICO DE COMPONENTES TÉRMICOS PARA AUTOMÓVEIS,<br />
E ESTÁ PRESENTE EM PORTUGAL HÁ MAIS DE 20 ANOS. NO INÍCIO, O MERCADO PORTUGUÊS<br />
NÃO TINHA UM RESPONSÁVEL DIRETO, SENDO GERIDO DIRETAMENTE PELA SEDE DA NISSENS,<br />
NA DINAMARCA, MAS DESDE 2021 QUE A NISSENS IBERIA É RESPONSÁVEL PELA SUA DISTRIBUIÇÃO<br />
NO NOSSO PAÍS. COM A INTEGRAÇÃO DE JUAN DOMINGO MUÑOZ, A EMPRESA PRETENDE<br />
CONSOLIDAR E EXPANDIR O NEGÓCIO NO MERCADO IBÉRICO<br />
Com a criação da Nissens Iberia, os mercados<br />
espanhol e português (que eram geridos<br />
diretamente a partir da Dinamarca)<br />
foram agrupados, criando uma estrutura ibérica.<br />
Por outro lado, passou a haver um único interlocutor,<br />
independentemente da área de responsabilidade.<br />
“É verdade que tivemos de otimizar o<br />
departamento comercial, tendo eu assumido diretamente<br />
o mercado português e contando em Espanha<br />
com uma equipa técnico-comercial de três<br />
pessoas, com dois vendedores puros, Mikel Ruiz e<br />
José Manuel Panelli, o primeiro responsável pela<br />
zona norte e o outro pela zona sul, e depois um<br />
técnico, Andrés Santana, responsável pela formação<br />
e apoio técnico. Tenho uma equipa de treze<br />
pessoas, suficiente para o momento. A evolução<br />
positiva <strong>das</strong> ven<strong>das</strong> prova-o”. A Nissens Iberia<br />
possui dois armazéns em Espanha, um em Saragoça,<br />
onde estão os escritórios administrativos e<br />
outro em Sevilha, que dá suporte ao sul de Espanha.<br />
A nível europeu, a marca tem um armazém<br />
na Dinamarca e outro na Polónia, com uma área<br />
de 65.000 m2 e que abastece os clientes do Leste<br />
da Europa. A AVA Cooling, outra marca do grupo,<br />
tem todo o stock centralizado no armazém da<br />
Polónia. Os produtos são todos desenvolvidos nos<br />
centros de I&D da marca e produzidos em fábricas<br />
espalha<strong>das</strong> pelo globo, nomeadamente na Dinamarca,<br />
Chéquia e Ásia. Neste aspeto, gostaria de<br />
sublinhar a importância do nosso departamento<br />
de Engenharia e I&D. Para além de exigirmos os<br />
mais elevados níveis de qualidade na produção <strong>das</strong><br />
nossas fábricas, realizamos uma série de testes de<br />
materiais, térmicos, de desempenho e de durabilidade<br />
(incluindo testes em veículos) que garantem<br />
o perfeito funcionamento dos nossos produtos.<br />
Foco na refrigeração e climatização<br />
A Nissens possui três grandes linhas de produto:<br />
arrefecimento do motor, ar condicionado, e desempenho<br />
do motor e emissões. Na linha de arrefecimento<br />
do motor, os produtos principais são<br />
os radiadores. Na linha de ar condicionado, em<br />
termos de volume, são os compressores e, no caso<br />
da linha do motor e emissões, são os turbos. Também<br />
comercializa estes produtos para veículos pesados,<br />
disponibilizando uma gama de mais de 700<br />
peças de qualidade premium, desenvolvi<strong>das</strong> para<br />
sistemas de refrigeração de motores de camiões,<br />
controlo climático e eficiência de motores. Os produtos<br />
da Nissens atendem aos modelos de camiões<br />
mais populares, incluindo muitos com aplicações<br />
da norma Euro 6. Com mais de um século de experiência<br />
em projeto e fabrico de peças de reposição,<br />
a marca orgulha-se do seu padrão de qualidade,<br />
que pretende garantir uma fácil instalação do produto,<br />
excelente desempenho e operação confiável.<br />
Todo o programa do grupo Nissens inclui mais de<br />
15.000 SKU em 15 linhas de peças. Juan Domingo<br />
Muñoz afirma que a cobertura do mercado europeu<br />
de veículos atinge 95% em algumas linhas de<br />
produtos “Todos os dias, a rede logística da Nissens<br />
assegura uma distribuição eficiente em mais<br />
de 20 países, proporcionando 95% de disponibilidade<br />
de produtos. O grupo distribui anualmente<br />
cerca de 4 milhões de peças em todo o mundo.<br />
Graças a este excelente registo, a Nissens Iberia<br />
passou de uma empresa local de venda de radiadores<br />
a um fornecedor regional líder de soluções<br />
e serviços completos no mercado de peças sobresselentes<br />
para automóveis. A entidade proporciona<br />
acesso à oferta abrangente da Nissens a mais de<br />
300 clientes em Espanha, Portugal e recentemente<br />
na região da América Latina (LATAM).<br />
Diversificar a oferta<br />
Juan Domingo Muñoz refere que o grupo “Oferece<br />
uma gama variada de soluções de entrega<br />
de encomen<strong>das</strong>, desde entregas expresso a partir<br />
dos nossos centros de distribuição locais, entregas<br />
a granel a partir dos nossos dois armazéns<br />
centrais europeus e encomen<strong>das</strong> em contentores<br />
diretamente <strong>das</strong> nossas fábricas na Europa e na<br />
Ásia. Soluções projeta<strong>das</strong> para otimizar as cadeias<br />
de suprimentos dos clientes”. A expansão da<br />
unidade logística na Polónia é um compromisso<br />
de atender às necessidades da exigente e competitiva<br />
base de clientes do mercado de reposição.<br />
Acrescenta-se aos outros dois armazéns centrais<br />
na Dinamarca e na China e aos 16 centros de distribuição<br />
que a Nissens localizou estrategicamente<br />
em toda a Europa, Ásia e América do Norte.<br />
Todos são projetados para atender os clientes por<br />
meio de soluções económicas, confiáveis e ecologicamente<br />
corretas. O novo armazém na Polónia<br />
é um armazém moderno e de alta eficiência, operado<br />
dentro dos mais elevados padrões logísticos,<br />
oferecendo uma configuração flexível para futuras<br />
expansões. Relativamente aos componentes<br />
para gestão térmica, a Nissens continua a expandir<br />
o seu portfólio com novos produtos que lhe<br />
permite oferecer um catálogo ainda mais extenso<br />
de soluções de gestão térmica para o mercado de<br />
pós-venda, para além dos seus produtos existentes<br />
para refrigeração e ar condicionado. Trata-se<br />
de uma gama completa de sensores de pressão e<br />
temperatura, com cerca de 90 novas referências<br />
para alguns dos veículos mais populares do mercado<br />
europeu. Estas peças essenciais para o bom<br />
funcionamento dos sistemas de ar condicionado<br />
e de arrefecimento do motor, são apresentados<br />
como um complemento estratégico da estratégia<br />
“one-stop-shopping” da Nissens, ou seja, a centralização<br />
do maior número possível de compras<br />
num único fornecedor. Juan Domingo Muñoz<br />
sublinha o seu compromisso para com o mercado<br />
de pós-venda, destacando a elevada cobertura da<br />
frota europeia de veículos e o seu enfoque na qualidade<br />
do produto.<br />
Apoio à oficina<br />
“O principal argumento para as oficinas trabalharem<br />
com a marca Nissens é a qualidade dos<br />
nossos produtos, que possuem uma garantia absoluta<br />
e não dão problemas”, refere Juan Nuñoz,<br />
que acrescenta “o trabalho dos nossos distribui-<br />
“QUEREMOS ESTAR PRÓXIMOS DO CLIENTE PORQUE PARA NÓS É UM<br />
parCEIRO, NÃO apenas algUÉM QUE COMPRA A PEÇA. ao ESTARMOS<br />
PRÓXIMOS DO CLIENTE PERCEBEMOS as SUas NECESSIDADES<br />
E FORNECEMOS-LHE OS PRODUTOS QUE PRECISAM”, DIZ JUAN MUÑOZ<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 45
JUAN DOMINGO<br />
MUÑOZ ESTEPA<br />
A NISSENS CONTINUA A EXPANDIR O SEU PORTFÓLIO COM NOVOS PRODUTOS<br />
QUE LHE PERMITE OFERECER UM CatÁLOGO AINDA MAIS EXTENSO<br />
DE SOLUÇÕES DE GESTÃO TÉRMICA PARA O MERCADO DE PÓS-VENDA<br />
dores tem sido também muito importante<br />
para a evolução da marca<br />
em Portugal. Temos uma rede de<br />
distribuição muito seletiva, que<br />
protegemos e não abrimos a distribuição<br />
da nossa marca a qualquer<br />
empresa. Porque o nosso objetivo é<br />
que o cliente possa vender com uma<br />
margem suficiente e tenha uma boa<br />
rentabilidade. A Nissens tem o cuidado<br />
de assegurar a durabilidade e<br />
o bom desempenho dos produtos<br />
que comercializa, bem como a sua<br />
fácil instalação. A inclusão de todo<br />
o hardware de montagem necessário<br />
numa única embalagem, simplifica<br />
o processo de instalação, em<br />
linha com o conceito “First Fit” da<br />
marca. A empresa também fornece<br />
informações técnicas pormenoriza<strong>das</strong><br />
nos seus catálogos para facilitar<br />
a identificação e a compreensão dos<br />
produtos que comercializa.”<br />
Perspetivas otimistas<br />
Para Juan Nuñoz “O ano começou<br />
bem, com um excelente primeiro semestre<br />
em relação ao mesmo período<br />
do ano passado. E as negociações<br />
com clientes e grupos estão a correr<br />
bem. Estamos satisfeitos. Para este<br />
responsável, a principal oportunidade<br />
“é o facto do parque continuar<br />
a crescer e a envelhecer e, por<br />
conseguinte, o mercado também<br />
está a crescer para o aftermarket.<br />
É claro que temos de ter em conta<br />
que o envelhecimento do parque<br />
significa que o utilizador está mais<br />
concentrado no fator preço, o que<br />
nos obrigará a ajustar os preços em<br />
algumas aplicações para veículos<br />
mais antigos. O que pretendemos<br />
sempre é aproveitar as oportunidades<br />
de crescimento do mercado com<br />
os parceiros que temos e apoiá-los<br />
para que eles possam crescer e nós<br />
possamos crescer com eles também.<br />
Juan Muñoz tem nas suas mãos a<br />
responsabilidade de consolidar a<br />
marca na América Latina, uma região<br />
do globo que regista um grande<br />
desenvolvimento e crescimento nos<br />
últimos anos e que agora permite levar<br />
a distribuição dos produtos Nissens<br />
a outro nível. Uma tarefa que<br />
lhe foi confiada a partir da sede após<br />
o seu sucesso em Espanha e Portugal,<br />
onde a Nissens já é reconhecida<br />
como um importante interveniente<br />
independente no mercado de pós-<br />
-venda. Juan Domingo Muñoz é<br />
claro sobre a estratégia implementada<br />
no mercado português, bem<br />
como sobre o que querem alcançar:<br />
“Agir não só como um fornecedor de<br />
peças, mas também como um parceiro”.<br />
A fórmula com que Muñoz<br />
procura replicar o sucesso obtido<br />
pela marca noutros mercados europeus<br />
é composta por um produto de<br />
qualidade superior, um programa<br />
completo de serviço ao cliente, uma<br />
bem organizada rede de distribuição<br />
e uma notável logística que a Nissens<br />
coloca ao serviço dos seus clientes.<br />
Juan Nuñoz acrescenta “um dos<br />
grandes trunfos da marca é o seu<br />
vasto programa de serviço ao cliente,<br />
que inclui uma potente rede logística.<br />
Todos os dias, a nossa equipa<br />
presta um apoio completo, desde<br />
a logística ao serviço de apoio ao<br />
cliente no dia a dia, passando pelo<br />
apoio técnico, incluindo a formação.<br />
Os nossos dois centros de distribuição<br />
estrategicamente localizados em<br />
Sevilha e Saragoça e a ligação à forte<br />
rede logística global da Nissens,<br />
com entregas diretas a partir <strong>das</strong><br />
fábricas, garantem aos nossos clientes<br />
uma disponibilidade de 95% dos<br />
produtos em toda a nossa gama.” l<br />
VE SÃO OPORTUNIDADE DE MAIS NEGÓCIO<br />
mbora os VE sejam frequentemente<br />
E vistos como uma ameaça para o<br />
mercado de pós-venda, a realidade é que eles<br />
trazem consigo oportunidades de negócio<br />
significativas. No caso dos sistemas térmicos<br />
em particular, estes modelos têm sistemas<br />
mais avançados do que os carros de combustão<br />
interna, o que se traduz num grande potencial<br />
para o mercado de pós-venda. A Nissens<br />
antecipou esta tendência com o<br />
desenvolvimento de uma gama completa para<br />
híbridos e elétricos. Em particular, a empresa<br />
lançou uma gama específica de produtos de<br />
arrefecimento do motor, eficiência e emissões<br />
para a maioria <strong>das</strong> marcas e modelos do<br />
parque automóvel europeu. Uma oferta que<br />
conta atualmente com mais de 730 referências.<br />
Como é habitual na marca, os produtos vêm<br />
com as peças necessárias para a montagem<br />
incluí<strong>das</strong> (First Fit) e com os serviços de apoio<br />
técnico e formação da empresa que partilham<br />
conhecimentos sobre os sistemas térmicos,<br />
incluindo as bombas de água. Todos estes<br />
produtos foram fabricados, segundo o Juan<br />
Nuñoz “em conformidade com os padrões de<br />
qualidade da Nissens para fornecer aos<br />
concessionários e oficinas peças de alta<br />
qualidade que garantem uma instalação fácil e<br />
um excelente desempenho”. Para este<br />
responsável, a prioridade é “crescer com os<br />
nossos clientes, pois acho que ainda temos um<br />
longo caminho a percorrer. Porque podemos<br />
crescer com novos produtos, como<br />
turbocompressores, válvulas EGR e sensores de<br />
pressão e temperatura. Queremos também<br />
introduzir novos produtos, no caso dos<br />
radiadores e compressores de ar condicionado,<br />
mas mantendo sempre os níveis de qualidade<br />
que a Nissens tem dado ao mercado.<br />
46 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Serviços de confiança<br />
Serviços de confiança<br />
Serviços para o seu<br />
para seu de veículo<br />
veículo confiança<br />
para o seu veículo<br />
A TotalEnergies trabalha com uma rede de oficinas<br />
A independentes TotalEnergies que trabalha prestam com cuidados uma rede de oficinas elevada<br />
independentes qualidade ao seu que veículo. prestam cuidados de elevada<br />
A qualidade TotalEnergies ao seu trabalha veículo. com uma rede de oficinas<br />
independentes Estes parceiros que da TotalEnergies, prestam cuidados especializados de elevada na<br />
qualidade Estes mudança parceiros ao de seu óleo da veículo. TotalEnergies, e na manutenção especializados de veículos na<br />
mudança ligeiros em de geral, óleo são e reconhecidos na manutenção pela TotalEnergies<br />
de veículos<br />
Estes ligeiros pelo seu parceiros em geral, elevado da são TotalEnergies, reconhecidos profissionalismo, especializados pela TotalEnergies<br />
bem como na<br />
mudança pelo pela seu sua de elevado capacidade óleo e profissionalismo, de manutenção cumprir normas bem de veículos como de<br />
ligeiros pela qualidade sua em e geral, capacidade segurança, são reconhecidos mesmo de cumprir as pela mais TotalEnergies<br />
normas exigentes. de<br />
pelo qualidade seu e elevado segurança, profissionalismo, mesmo as mais bem exigentes. como<br />
pela sua capacidade de cumprir normas de<br />
qualidade e segurança, mesmo as mais exigentes.<br />
totalenergies.pt<br />
totalenergies.pt
Entrevista<br />
A UFI FILTERS<br />
ACREDITA NUMA ÉTICA<br />
EMPRESARIAL<br />
DE MELHORIA CONTÍNUA<br />
E DE RESPEITO MÚTUO<br />
A UFI FILTERS FOI FUNDADA EM 1971 E ESTÁ PRESENTE<br />
NO MERCADO PORTUGUÊS HÁ MAIS DE 35 ANOS. LÍDER EM<br />
TECNOLOGIAS DE FILTRAGEM E SOLUÇÕES DE GESTÃO TÉRMICA,<br />
UFI E SOFIMA SEMPRE FORAM MARCAS COM UMA FORTE<br />
PRESENÇA NOS DISTRIBUIDORES E OFICINAS PORTUGUESAS.<br />
EM ENTREVISTA AO JO, EDUARDO MARTÍ REAFIRMA O OBJETIVO<br />
DE CONTINUAR A CRESCER, SEMPRE COM UM PROFUNDO<br />
RESPEITO PELA CADEIA DE DISTRIBUIÇÃO
EDUARDO MARTÍ<br />
DIRETOR GERAL DA UFI FILTERS IBÉRICA<br />
Utilizados numa vasta gama de indústrias,<br />
desde a automóvel, a aeroespacial e a marítima<br />
até às aplicações específicas da indústria,<br />
os filtros produzidos pela UFI Filters são<br />
reconhecidos pelas suas características inovadoras<br />
e estão presentes em todo o lado, desde a F1 com<br />
a Ferrari e outras grandes equipas, até à nave espacial<br />
europeia ExoMars. A UFI Filters fornece<br />
ao sector automóvel todos os tipos de filtros de<br />
ar, de óleo, de combustível e de habitáculo, bem<br />
como filtros hidráulicos e para sistemas de gestão<br />
térmica (permutadores de calor para veículos de<br />
combustão, elétricos e híbridos), satisfazendo as<br />
necessidades de quase to<strong>das</strong> as marcas de automóveis<br />
e motociclos, bem como de veículos comerciais<br />
ligeiros, pesados (on-road e off-road) e<br />
agrícolas. Cada família de filtros, comercializada<br />
sob as duas marcas de pós-venda UFI e Sofima,<br />
cobre 98% do parque automóvel europeu. A UFI,<br />
uma <strong>das</strong> primeiras empresas italianas a identificar<br />
oportunidades de crescimento no Extremo Oriente,<br />
conta atualmente com 22 unidades industriais,<br />
57 escritórios de ven<strong>das</strong> e mais de 4.000 empregados<br />
em 21 países. A empresa emprega mais de 250<br />
engenheiros especializados nos seus 3 Centros de<br />
Inovação e Investigação e possui mais de 280 patentes.<br />
A empresa é orientada para a investigação,<br />
de tal forma que reinveste mais de 5% do seu volume<br />
de negócios anual em Investigação e Desenvolvimento.<br />
Todos os produtos UFI, independentemente<br />
do local de produção, são desenvolvidos<br />
e produzidos de acordo com os requisitos dos<br />
clientes OE (as principais marcas de automóveis<br />
do mundo) e de acordo com as normas de qualidade<br />
defini<strong>das</strong> no Sistema de Gestão da Qualidade<br />
do Grupo, desenvolvido de acordo com as normas<br />
internacionais ISO 9001 e IATF 16949.<br />
Como define o modelo de negócio e a cultura<br />
empresarial da UFI Filters?<br />
A UFI Filters distingue-se por oferecer produtos<br />
personalizados desenvolvidos em co-engenharia<br />
com 95% dos construtores automóveis a nível<br />
mundial. É capaz de responder às necessidades de<br />
aplicações específicas do setor automóvel, graças<br />
à capacidade de produzir e desenvolver internamente<br />
nos seus próprios centros de investigação,<br />
bem como fabricar nas suas próprias instalações,<br />
materiais filtrantes específicos, assim como permutadores<br />
de calor para a gestão térmica de todos<br />
os tipos de motores, não só de combustão, mas<br />
também híbridos e elétricos. É aqui que a empresa<br />
se distingue de muitos outros fornecedores no panorama<br />
automóvel mundial. A qualidade também<br />
se reflete no mercado pós-venda com as marcas<br />
UFI e SOFIMA, distribuí<strong>das</strong> pelos principais distribuidores<br />
independentes do mercado pós-venda<br />
e ITGs - International Trading Groups, em todo<br />
o mundo, para garantir o melhor desempenho e<br />
vida útil do motor. Os ITGs são considerados no<br />
Grupo UFI como os parceiros premium do aftermarket,<br />
estando presente no painel de fornecedores<br />
de todos os grandes grupos, os quais representam<br />
cerca de dois terços do volume de negócios<br />
global do mercado de pós-venda em 2023. A UFI<br />
Filters distingue-se como uma empresa sempre na<br />
vanguarda da procura de novas tecnologias, investindo<br />
5% do seu volume de negócios em I&D.<br />
A UFI Filters acredita numa ética empresarial de<br />
melhoria contínua e de respeito mútuo, que começa<br />
dentro da empresa e se estende com igual importância<br />
aos clientes e fornecedores, com o objetivo<br />
de fornecer produtos de qualidade excecional,<br />
em conformidade com a sua política de qualidade<br />
zero defeitos.<br />
Como é que a UFI aborda a mobilidade do<br />
hidrogénio?<br />
O Grupo UFI Filters, desde 2017, iniciou uma<br />
atividade de I&D em tecnologias relaciona<strong>das</strong><br />
com o hidrogénio, de tal forma que desenvolveu<br />
uma linha de produtos de filtração para células<br />
de combustível a hidrogénio, tais como filtros<br />
de ar catódico e desionizadores, criando a marca<br />
ADVANCED H2, que identifica as inovações<br />
tecnológicas da UFI para este tipo de células a<br />
combustível a hidrogénio. Em 2023 fundou a<br />
empresa UFI HYDROGEN, dedicada à investigação,<br />
desenvolvimento, implementação e industrialização<br />
de MEA (Membrane Electrode Assembly)<br />
para PEM (Membrana de Intercâmbio<br />
de protões) para a eletrólise da água, adequada<br />
para a produção de hidrogénio verde na mobilidade<br />
com emissões zero, e também para aplicações<br />
de compressores eletroquímicos.<br />
Como é constituída a oferta atual da UFI Filters?<br />
O Grupo UFI Filters dispõe de duas marcas para<br />
o aftermarket, a UFI e a SOFIMA, que oferecem<br />
uma gama completa de referências que cobrem<br />
98% do parque automóvel europeu. O catálogo<br />
da UFI inclui cerca de 4.000 referências, incluindo<br />
filtros de óleo, filtros diesel, filtros de ar do<br />
motor, filtros de ar do habitáculo, filtros de óleo<br />
hidráulico, filtros de água e filtros de ureia, para<br />
aplicações em automóveis, veículos comerciais ligeiros,<br />
camiões, autocarros, máquinas agrícolas e<br />
motociclos. A gama SOFIMA, por seu lado, conta<br />
com cerca de 3.000 referências, concentrando-se<br />
principalmente nos automóveis e veículos comerciais<br />
ligeiros.<br />
Quantas destas referências têm disponíveis<br />
para veículos asiáticos?<br />
O desenvolvimento da gama para veículos asiáticos<br />
foi sempre um ponto forte e diferenciador<br />
na estratégia de produto da UFI face à concorrência<br />
existente no mercado. Atualmente, a gama<br />
que oferecemos para veículos asiáticos representa<br />
30% do número total de referências disponíveis<br />
nos nossos catálogos de pós-venda a nível mundial.<br />
Por marcas, a gama UFI conta com 880 referências<br />
para aplicações asiáticas e a gama SO-<br />
FIMA com 830.<br />
E quanto aos produtos para a Gestão Térmica<br />
dos veículos elétricos, qual é a gama que têm<br />
disponível?<br />
A UFI Filters entrou no negócio da Gestão Térmica<br />
em 2010 e é agora um fornecedor global de<br />
soluções completas de sistemas de lubrificação em<br />
Equipamento Original. O Grupo UFI é especializado<br />
na produção de permutadores de calor em<br />
alumínio, arrefecidos a água e soldados, utilizando<br />
a tecnologia de vácuo, um sistema que permite obter<br />
um produto mais fiável e eficiente, essencial no<br />
circuito de arrefecimento do óleo. Em particular,<br />
para os veículos elétricos e híbridos, a UFI fornece<br />
permutadores de calor de equipamento original e<br />
módulos completos de filtragem, gestão térmica e<br />
recirculação do óleo para controlar a temperatu-<br />
EM MAIO, ANUNCIÁMOS A INCLUSÃO NOS CATÁLOGOS AFTERMARKET<br />
DA UFI E DA SOFIMA DO MULTITUBE PARA O FIAT 500 HYBRID. ESTE PRODUTO<br />
PROVOU SER UMA INOVAÇÃO TECNOLÓGICA NA FILTRAGEM DO AR DO MOTOR,<br />
TENDO RECEBIDO VÁRIOS PRÉMIOS DESDE O SEU LANÇAMENTO<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 49
EDUARDO MARTÍ<br />
O GRUPO UFI FILTERS CONTA ATUALMENTE COM 22 UNIDADES INDUSTRIAIS<br />
E MAIS DE 4.000 EMPREGADOS EM 21 PAÍSES. A EMPRESA EMPREGA<br />
MAIS DE 250 ENGENHEIROS ESPECIALIZADOS NOS SEUS 3 CENTROS<br />
DE INOVAÇÃO E INVESTIGAÇÃO E POSSUI MAIS DE 280 PATENTES<br />
ra do óleo da transmissão. Fornece<br />
também os produtos necessários<br />
para arrefecer a bateria utilizando<br />
o gás refrigerante do sistema de ar<br />
condicionado, assim como aquecedores/arrefecedores<br />
do líquido de<br />
refrigeração que podem aquecer ou<br />
arrefecer o fluido para manter as<br />
baterias dentro da gama de funcionamento<br />
ideal. Além disso, oferece<br />
válvulas de controlo do líquido de<br />
refrigeração para gestão do fluxo do<br />
líquido, permutadores de óleo do<br />
líquido de refrigeração e, por último,<br />
condensadores arrefecidos por<br />
líquido para reduzir a temperatura<br />
do gás refrigerante do sistema de ar<br />
condicionado.<br />
A UFI Filters lidera os sistemas de<br />
filtragem nas equipas de Fórmula<br />
1. Que mais valias estas parcerias<br />
trazem para o desenvolvimento<br />
dos produtos UFI?<br />
A divisão High Tech da UFI Filters<br />
é especializada na produção de soluções<br />
de filtração para desempenhos<br />
“extremos”, tais como os exigidos<br />
pela Fórmula 1. Nove em cada dez<br />
equipas do principal campeonato<br />
do mundo escolheram as tecnologias<br />
do Grupo UFI para a época de<br />
2024. A colaboração com o mundo<br />
da Fórmula 1 começou nos anos<br />
70 e teve o seu primeiro sucesso em<br />
1978, com o Grande Prémio de Silverstone<br />
desse ano com a Ferrari, e<br />
o campeonato do mundo de construtores<br />
no ano seguinte, também<br />
graças à colaboração com a equipa<br />
da Ferrari. A parceria com o mundo<br />
<strong>das</strong> corri<strong>das</strong> gerou, ao longo dos<br />
anos, uma vantagem competitiva na<br />
produção de tecnologias de filtração<br />
para o setor automóvel, porque graças<br />
ao trabalho com as equipas de<br />
Fórmula 1, os projetos e os materiais<br />
são mais inovadores e desenvolvidos<br />
para ultrapassar desafios cada vez<br />
maiores. Este know-how é transferido<br />
para a produção industrial. A<br />
UFI Filters fabrica internamente os<br />
seus próprios materiais filtrantes,<br />
com seis formulações específicas conheci<strong>das</strong><br />
sob a marca FormulaUFI,<br />
e é especializada na conceção em<br />
co-engenharia com fabricantes de<br />
equipamento original, produzindo<br />
tecnologias adapta<strong>das</strong> às necessidades<br />
específicas de cada aplicação.<br />
A UFI Filters continua a lutar<br />
contra a contrafação de peças<br />
sobresselentes. O problema está<br />
sob controlo ou ainda existem<br />
muitos filtros UFI falsificados? O<br />
que é que a empresa está a fazer<br />
para resolver a situação?<br />
Desde 1972, a UFI Filters tem-se<br />
empenhado na proteção dos seus<br />
produtos através do registo <strong>das</strong> suas<br />
marcas comerciais - UFI Filters e<br />
SOFIMA Filter - e <strong>das</strong> suas próprias<br />
patentes nos principais mercados<br />
mundiais. Até à data, a UFI registou<br />
mais de 280 patentes. Este é o<br />
ponto de partida que permite à UFI<br />
colaborar com a CONVEY, uma <strong>das</strong><br />
principais empresas italianas de Internet<br />
Intellectual Property Rights<br />
Intelligence & Protection, em atividades<br />
de proteção 360º na internet,<br />
nas principais plataformas de<br />
comércio, websites e redes sociais<br />
a nível internacional. Além disso,<br />
a vigilância aduaneira foi intensificada<br />
com ações de formação específicas<br />
nas zonas mais sensíveis, em<br />
especial sobre os produtos que estão<br />
sujeitos a uma maior atividade de<br />
contrafação. A atividade de controlo<br />
permanente nos principais mercados<br />
a nível mundial deu os seus<br />
frutos, de tal forma que mais de 2,5<br />
milhões de transações abusivas foram<br />
bloquea<strong>das</strong> desde 2018, impedindo<br />
uma receita potencial de 5,4<br />
milhões de euros, e mais de 10.000<br />
anúncios comerciais ilícitos foram<br />
removidos. A luta contra a contrafação<br />
não se limita ao âmbito online.<br />
Nos últimos anos, a UFI Filters<br />
também desenvolveu uma intensa<br />
atividade de investigação, nomeadamente<br />
na Turquia, que resultou<br />
em vários controlos e apreensões de<br />
produtos de contrafação pelas autoridades<br />
locais, o que deu origem a<br />
processos penais contra os dirigentes<br />
<strong>das</strong> empresas que se dedicam à<br />
produção e comercialização de produtos<br />
contrafeitos para automóveis.<br />
Graças a este tipo de ações, nomeadamente<br />
apreensões, a UFI Filters<br />
conseguiu bloquear quantidades<br />
significativas de produtos de contrafação<br />
que, de outro modo, teriam<br />
chegado ao mercado.<br />
A sustentabilidade ambiental é uma<br />
prioridade fundamental para a UFI<br />
Filters. Que medi<strong>das</strong> implementou<br />
a empresa para reduzir a sua<br />
pegada de carbono e promover a<br />
ecoeficiência nas suas operações?<br />
O Grupo UFI adaptou uma série de<br />
medi<strong>das</strong> para reduzir a sua pegada<br />
de carbono e promover a ecoeficiência<br />
nas suas operações. Em particular,<br />
a UFI comprometeu-se com atividades<br />
de eficiência energética, que<br />
incluem a análise e a otimização dos<br />
processos industriais, bem como<br />
a utilização de soluções tecnologicamente<br />
mais avança<strong>das</strong> nas unidades<br />
de produção com maior impacto<br />
no consumo de energia. Este<br />
esforço traduz-se numa utilização<br />
mais eficiente <strong>das</strong> fontes de energia<br />
e numa redução <strong>das</strong> emissões de<br />
gases com efeito de estufa associa<strong>das</strong><br />
às atividades da empresa. Além<br />
disso, a empresa está ativamente<br />
empenhada em gerir os resíduos<br />
gerados durante as suas operações<br />
através da reciclagem. Esta abordagem<br />
produziu benefícios, uma vez<br />
que a proporção de resíduos reciclados<br />
aumentou de 67% em 2021<br />
para quase 75% em 2023. Este<br />
facto não só contribui para reduzir<br />
o impacto ambiental, mas também<br />
50 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
promove uma cultura empresarial<br />
orientada para a responsabilidade<br />
e a sustentabilidade a longo prazo.<br />
E a nível de produto, como a UFI<br />
Filters está a conceber filtros mais<br />
eficientes e sustentáveis?<br />
Para conceber filtros mais eficientes,<br />
com elevado desempenho e impacto<br />
ambiental limitado, a UFI Filters<br />
está a investir na investigação e desenvolvimento<br />
de materiais filtrantes<br />
cada vez mais eficazes, capazes<br />
de acumular partículas e prolongar<br />
a vida útil do próprio filtro, contribuindo<br />
para reduzir a frequência de<br />
substituição e o consumo de materiais.<br />
Além disso, está a considerar<br />
cuidadosamente a integração de<br />
materiais reciclados nos produtos.<br />
Embora as especificações técnicas<br />
rigorosas dos clientes limitem a<br />
possibilidade de utilizar plenamente<br />
os materiais reciclados, está a ser<br />
adotada uma abordagem pragmática.<br />
Sempre que possível, será avaliada<br />
a introdução de um teor significativo<br />
de materiais reciclados. Por<br />
exemplo, no caso do polipropileno,<br />
é possível atingir uma percentagem<br />
de 25% a 65% de material reciclado,<br />
dependendo do grau exigido. A<br />
evolução <strong>das</strong> tecnologias de filtração<br />
levou a UFI Filters a estudar e<br />
a conceber sistemas cada vez mais<br />
avançados. Do ponto de vista dos<br />
materiais filtrantes, a UFI desenvolveu<br />
6 formulações identifica<strong>das</strong><br />
com o nome de FórmulaUFI para<br />
responder às necessidades dos principais<br />
construtores automóveis e<br />
personalizáveis de acordo com as<br />
especificações de cada aplicação,<br />
quer se trate de veículo ligeiros, pesados<br />
ou industriais. Estes novos<br />
materiais, que combinam fibras<br />
sintéticas e materiais poliméricos,<br />
estão adaptados à evolução dos<br />
combustíveis, suportando percentagens<br />
ainda mais eleva<strong>das</strong> de biodiesel.<br />
Foi também introduzido no<br />
mercado um revolucionário sistema<br />
de filtragem do ar, o UFI MULTI-<br />
TUBE, que combina um fluxo dinâmico<br />
melhorado para aumentar<br />
a potência do motor, um material<br />
filtrante hidrofóbico e ignífugo. Na<br />
filtragem de ar para o habitáculo, é<br />
dada especial atenção à qualidade<br />
do ar respirado pelos ocupantes do<br />
veículo, razão pela qual a UFI produz<br />
o ARGENTIUM, que incorpora<br />
partículas de prata com poderosas<br />
propriedades antimicrobianas. Para<br />
a UFI Filters, o objetivo da evolução<br />
<strong>das</strong> tecnologias é sempre melhorar e<br />
contribuir para uma maior eficiência<br />
do motor e, consequentemente,<br />
para uma redução do consumo de<br />
combustível e <strong>das</strong> emissões.<br />
Devido à inflação e ao aumento<br />
<strong>das</strong> matérias-primas e da energia,<br />
todos os fabricantes aumentaram<br />
os preços dos seus produtos. Pode<br />
explicar a política comercial da UFI<br />
Filters a este respeito?<br />
Nós, na UFI Filters, sempre fomos<br />
fiéis à nossa política comercial e à<br />
nossa comunicação com a rede de<br />
distribuição, procurando garantir<br />
que os aumentos de preços causados<br />
pelo aumento <strong>das</strong> matérias-primas,<br />
da energia, dos combustíveis<br />
e <strong>das</strong> restrições no transporte, sejam<br />
compreensíveis para os nossos<br />
distribuidores e aceitáveis para o<br />
cliente final dos nossos produtos.<br />
Tentámos sempre não transferir o<br />
impacto total dos aumentos de custos<br />
diretamente para o produto final<br />
e, por conseguinte, para a cadeia<br />
de distribuição. Para atingir este<br />
objetivo, implementámos medi<strong>das</strong><br />
significativas de redução de custos<br />
para contrariar parte deste impacto<br />
internamente, de modo a podermos<br />
propor um aumento moderado e<br />
gradual dos nossos preços em tempos<br />
económicos difíceis.<br />
Como funciona o Centro Logístico<br />
em Itália? Qual é a vossa capacidade<br />
de armazenamento e como é<br />
que gerem a logística da entrega<br />
<strong>das</strong> encomen<strong>das</strong> aos clientes?<br />
O nosso centro logístico para a<br />
Europa está situado em Broni, na<br />
Lombardia. Ocupa uma área de armazenamento<br />
de mais de 20.000<br />
metros quadrados e é altamente<br />
automatizado. To<strong>das</strong> as encomen<strong>das</strong><br />
dos nossos distribuidores em<br />
Portugal são geri<strong>das</strong> em tempo real<br />
pela UFI Filters Ibérica, com sede<br />
em Barcelona, que está diretamente<br />
ligada a Broni, permitindo uma<br />
gestão e uma resposta imediata da<br />
nossa empresa às necessidades de<br />
entrega dos nossos clientes no mercado<br />
português, com um tempo médio<br />
de resposta não superior a cinco<br />
dias úteis, incluindo o tempo de<br />
trânsito da mercadoria na estrada.<br />
A UFI Filters anunciou um objetivo<br />
de crescimento de dois dígitos da<br />
sua atividade nos próximos três<br />
anos. Qual a estratégia para atingir<br />
este objetivo?<br />
O grupo UFI Filters vê a oportunidade<br />
de continuar a crescer a taxas<br />
superiores às do mercado automóvel<br />
graças à sua presença global<br />
e à sua forte presença nas zonas<br />
TODOS OS DISTRIBUIDORES<br />
PORTUGUESES PARTILHAM O<br />
MESMO ADN DA UFI: PAIXÃO,<br />
INOVAÇÃO E INTEGRIDADE!<br />
nossa rede é atualmente composta por<br />
A oito grandes distribuidores <strong>das</strong> nossas<br />
duas marcas UFI e SOFIMA, que cobrem todo o<br />
território português, capazes de garantir uma<br />
cobertura total para aplicações em veículos<br />
ligeiros, camiões e máquinas industriais. No<br />
geral, continuamos a registar um crescimento<br />
de dois dígitos no mercado português com a<br />
ajuda dos distribuidores. Todos eles são grandes<br />
empresários, especialistas na distribuição de<br />
peças sobresselentes, mas, acima de tudo,<br />
partilham o mesmo ADN da UFI: paixão,<br />
inovação e integridade. Todos os anos são<br />
negocia<strong>das</strong> várias campanhas promocionais e<br />
de incentivo com cada um dos nossos<br />
distribuidores. São ações muito personaliza<strong>das</strong>,<br />
pois cada um deles sabe qual a forma mais<br />
eficaz e rentável de promover a venda dos<br />
nossos produtos. Em termos de apoio à<br />
comercialização, oferecemos material impresso<br />
ou descarregável do nosso website, totalmente<br />
atualizado com informações técnicas que<br />
respondem a muitas <strong>das</strong> questões que o<br />
mercado pode colocar aos nossos distribuidores.<br />
Oferecemos sessões de formação técnicocomercial<br />
presenciais ou online, de acordo com<br />
as necessidades de cada um dos nossos<br />
distribuidores, tanto para as suas equipas de<br />
ven<strong>das</strong> como para as suas equipas comerciais e<br />
a sua rede de clientes.<br />
A reputação dos produtos UFI Filters como<br />
componentes de equipamento original para<br />
muitos dos principais fabricantes de veículos<br />
confere-lhes uma reputação indiscutível. Com<br />
mais de 50 anos de experiência na conceção e<br />
fabrico de soluções avança<strong>das</strong> em filtração de<br />
partículas sóli<strong>das</strong> e na separação de líquidos,<br />
a UFI Filters continua a ser um líder mundial<br />
neste sector. O facto da UFI Filters ser o<br />
fornecedor de sistemas de filtragem de nove<br />
geográficas do mundo onde opera,<br />
e onde se prevê um forte desenvolvimento<br />
da produção automóvel.<br />
Além disso, o desenvolvimento da<br />
carteira de produtos e a presença<br />
em tecnologias automóveis inovadoras<br />
e de elevado valor acrescentado<br />
permitirá ao grupo ser um ator<br />
ativo na transição para formas de<br />
mobilidade sustentáveis. l<br />
em cada dez equipas de Fórmula 1 é mais um<br />
testemunho da nossa excelência tecnológica<br />
e do nosso compromisso com a inovação. As<br />
oficinas portuguesas beneficiam não só da<br />
tecnologia e da experiência da UFI Filters, mas<br />
também da distribuição <strong>das</strong> nossas marcas e<br />
produtos através dos melhores distribuidores do<br />
mercado português. Isto garante uma cobertura<br />
de mais de 98% do atual parque automóvel<br />
europeu, oferecendo aos clientes portugueses<br />
uma vasta gama de soluções de filtração de<br />
elevada qualidade.<br />
A estratégia e os objetivos da UFI Filters para o<br />
mercado português não se alteraram desde que<br />
a UFI Filters Ibérica assumiu a gestão comercial<br />
do país em 2013. O nosso objetivo continua a<br />
ser o crescimento contínuo, mas fazemo-lo da<br />
mesma forma que antes: trabalhando lado a<br />
lado com os nossos distribuidores, de forma<br />
ordenada e sustentável, e sempre com um<br />
profundo respeito pela cadeia de distribuição.<br />
É importante para nós que os nossos<br />
distribuidores nos vejam como o seu parceiro de<br />
tecnologia de filtração, e não apenas como um<br />
fornecedor de filtros.<br />
Portugal não é um mercado diferente do resto<br />
dos mercados europeus. É um mercado muito<br />
dinâmico com uma forte cultura de marcas<br />
premium presentes no Equipamento Original.<br />
No entanto, a idade média do parque automóvel<br />
português é muito elevada, superior à média<br />
europeia, apesar de estar a acontecer um<br />
processo de renovação do parque. Atualmente,<br />
isto pode ser considerado uma ameaça, mas,<br />
sem dúvida, esta reestruturação do parque<br />
circulante, será uma grande oportunidade<br />
para todos a médio prazo, dado que o Grupo<br />
UFI Filters é hoje um fornecedor de excelência<br />
para a maioria dos principais construtores de<br />
automóveis do mundo.<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 51
Empresa<br />
VISITA À FÁBRICA DA VALEO NA POLÓNIA<br />
FOCO NAS PEÇAS<br />
REMANUFATURADAS
O JORNAL DAS OFICINAS ESTEVE EM CHECHOWICE-DZIEDZICE, NA POLÓNIA,<br />
PARA VISITAR A FÁBRICA DA VALEO E FICAR A CONHECER AO DETALHE O SEU PLANO ESTRATÉGICO<br />
GLOBAL QUE PROMETE DUPLICAR O VOLUME DE PEÇAS REMANUFATURADAS ATÉ 2030<br />
A<br />
cada ano, a Valeo tem vindo a remanufaturar,<br />
aproximadamente, 1 milhão de<br />
peças e oferece um catálogo com mais<br />
de 8 mil referências em todo o mundo. Durante<br />
a conferência de imprensa e visita à fábrica em<br />
Chechowice-Dziedzice, na Polónia, os responsáveis<br />
destacaram que, sendo a economia circular<br />
uma “pedra angular” da sua estratégia, o objetivo<br />
é duplicar esses números até 2030. Para a<br />
concretização deste objetivo, o elemento chave<br />
será a expansão, através do reforço do portfólio<br />
atual e da diversificação para outras formas de<br />
mobilidade. Com o crescente aumento dos veículos<br />
eletrificados e dos sistemas avançados de<br />
assistência ao condutor (ADAS), a expansão do<br />
portfólio permitirá atender ao desenvolvimento<br />
deste mercado.<br />
Na fábrica com 80.000 m2, trabalham 500 pessoas<br />
que gerem cerca de 400 projetos de remanufaturação<br />
por ano e um stock de mais de um<br />
milhão de cascos provenientes de toda a Europa.<br />
Ambicioso plano de sustentabilidade<br />
A Valeo tem um ambicioso plano de sustentabilidade,<br />
que está assente em duas frentes: por<br />
um lado, o projeto CAP 50, com o qual a Valeo<br />
pretende alcançar a neutralidade de carbono até<br />
2050 em to<strong>das</strong> as suas operações, e por outro<br />
lado, o programa 4R, que defende a “reparação”,<br />
a “remanufactura”, a “reciclagem” e a utilização<br />
de um design “robusto”. A Valeo defende<br />
um mercado pós-venda circular, que assenta na<br />
reparação e na reconstrução. As razões são óbvias,<br />
uma vez que a peça remanufaturada reduz<br />
a utilização de materiais em 80% e a pegada<br />
de carbono em 50 a 80%, sem comprometer a<br />
qualidade. Atualmente, a Valeo remanufactura<br />
produtos de oito famílias (alternadores, motores<br />
de arranque, compressores, pinças de travão,<br />
embraiagens de camião, volante bimassa, embraiagens<br />
duplas e conversores de binário), mas<br />
pretende acrescentar novos produtos e serviços,<br />
incluindo a reparação de produtos eletrónicos<br />
e componentes para a nova mobilidade, como<br />
motores para bicicletas elétricas. Especial atenção<br />
vai ser dada à reparação de peças eletrónicas,<br />
com as quais a empresa pretende oferecer<br />
uma alternativa em produtos como inversores,<br />
carregadores, compressores elétricos, sistemas<br />
de 48V, faróis e câmaras frontais, entre outros. E<br />
tudo isto é complementado por processos mais<br />
limpos, graças à instalação de painéis solares,<br />
à redução do consumo de água e à recuperação<br />
de resíduos. Soluções que o fabricante reúne sob<br />
MAIS DE 8 MIL<br />
REFERÊNCIAS<br />
NO CATÁLOGO<br />
Valeo incorporou desde cedo a remanufactura na sua<br />
A estratégia de negócio com o objetivo de mitigar as<br />
emissões de CO2 e maximizar a eficiência na utilização de<br />
recursos. Atualmente, apresenta um portfólio completo e<br />
singular que inclui: Sistemas de Direção para veículos de<br />
passageiros: Caixas de direção e bombas hidráulicas;<br />
Componentes de Arrefecimento: Radiadores e condensadores;<br />
Sistemas de Climatização: Compressores e evaporadores;<br />
Componentes Elétricos: Alternadores e motores de partida;<br />
Sistemas de Transmissão: Conversores de torque e embraiagens.<br />
a égide do I Care 4 the Planet, o programa de<br />
sustentabilidade desenvolvido pela divisão de<br />
pós-venda do grupo, Valeo Service, que tem em<br />
conta desde o desenvolvimento do produto até<br />
à embalagem e ao transporte, com o objetivo de<br />
reduzir o impacto ambiental.<br />
Mudar o paradigma<br />
Segundo a Valeo, o mercado da sustentabilidade<br />
passará de gerar um volume de negócios<br />
de 4 mil milhões de euros em 2022 para 15 mil<br />
milhões em 2040, mas será necessário combater<br />
algumas barreiras à entrada que os produtos<br />
remanufaturados ainda têm hoje. Apenas 20%<br />
<strong>das</strong> oficinas oferecem peças remanufatura<strong>das</strong><br />
aos clientes e a Valeo quer mudar este paradigma.<br />
Muitas dizem que a logística inversa para a<br />
recuperação do casco é complexa, por isso é necessário<br />
reduzir essa complexidade, principalmente<br />
através da motivação económica <strong>das</strong> oficinas,<br />
da otimização da logística e da redução do<br />
tempo necessário para receber o pagamento dos<br />
cascos devolvidos. Outro argumento de grande<br />
valor é a garantia de dois anos que a Valeo dá a<br />
to<strong>das</strong> as peças remanufatura<strong>das</strong> e o seu custo,<br />
que é 25% mais barato que as peças novas.<br />
Parceria com a Smovengo<br />
A Valeo anunciou uma colaboração com a Smovengo<br />
para a reparação de baterias no “Laboratório<br />
de Eletrônica Circular” em Nevers (França)<br />
e a remanufatura de motores na “Fábrica de<br />
Inovação Circular” em Czechowice (Polónia).<br />
Sendo a última especializada no fabrico de uma<br />
ampla variedade de produtos, que incluem motores,<br />
amortecedores de ar e válvulas, sistemas<br />
de recirculação de gases de escape (EGR) e sistemas<br />
de alta voltagem para veículos híbridos<br />
e elétricos a bateria (BEVs). “Para ir mais além<br />
na reparação de peças mais complexas, como<br />
motores, foi necessário um conhecimento especializado<br />
específico, assim como a capacidade<br />
de industrialização. A Valeo, especialista global<br />
na revalorização de peças automóveis, foi a resposta<br />
certa para a nossa necessidade industrial<br />
atual”, destacou Jacques Greiveldinger, CEO da<br />
Smovengo, sobre a sua parceria com a Valeo. l<br />
PARA ENFRENTAR O DESAFIO DA ECONOMIA CIRCULAR, A VALEO CRIOU<br />
UM LABORATÓRIO QUE VEIO CRUZAR O KNOW-HOW DOS EQUIPAMENTOS<br />
ORIGINAIS COM A EXCELÊNCIA NO PROCESSO DE REMANUFACTURA<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 53
Empresa<br />
CONVENÇÃO “CREATE DRIVE 2024”<br />
CONSTRUIR<br />
JUNTOS O FUTURO!<br />
A CREATE BUSINESS REALIZOU NO DIA 15 DE JUNHO UM EVENTO EXCLUSIVO DEDICADO ÀS REDES<br />
DE OFICINAS NO AUTÓDROMO INTERNACIONAL DO ALGARVE, EM PORTIMÃO. O ENCONTRO REUNIU<br />
CERCA DE 480 PESSOAS, INCLUINDO PARCEIROS, FORNECEDORES E OFICINAS DAS REDES A OFICINA<br />
E AUTO-CHECK-CENTER<br />
O<br />
programa diário incluía diversos momentos<br />
e atividades, como a exposição de<br />
produtos e novidades de mais de 30 fornecedores,<br />
a oportunidade para uma corrida de<br />
karting, networking e muita animação. Entre as<br />
marcas presentes estavam a Bosch, INA, Elring,<br />
FAG, NRF, LUK, Momo Tires, Hitachi, Varta,<br />
TRW, Pierburg, SACHS, Kolbenschmidt, SNR,<br />
GKN Automotive, MAHLE, VEMO, Vaico, Motul,<br />
ACKOJA, Valvoline, FARE, KYB, TEXA,<br />
Goodyear, OSRAM, Blue Print, Filtron, febi, Mobil,<br />
Continental e a EXIDE. Sobre a organização<br />
do evento, Pedro Proença, diretor de marketing<br />
da Create Bussines, referiu que: “A cada dois anos,<br />
nós tentamos sempre juntar as oficinas <strong>das</strong> nossas<br />
redes, a Oficina e a Auto-Check-Center. Por<br />
um lado, para que as pessoas possam estar em<br />
conjunto, compartilhar experiências e fazer um<br />
balanço sobre como tem sido o negócio. E, por<br />
outro, para aproveitar estas ocasiões para apresentar<br />
algumas novidades dos nossos fornecedores.<br />
No fundo, o nosso objetivo é construirmos juntos<br />
um futuro onde tanto os nossos clientes como nós<br />
possamos ser mais fortes e que o negócio continue<br />
a crescer. Vamos seguir o nosso modelo e aquilo<br />
que acreditamos ser parte do nosso sucesso. Estamos<br />
profundamente comprometidos com nossos<br />
clientes e, com base nas suas necessidades, desde a<br />
evolução do parque automóvel até às necessidades<br />
do negócio, temos de continuar a ser capazes de<br />
desenvolver novas ferramentas que permitam que<br />
eles tenham soluções”.<br />
Programas VExpert e +Valor<br />
Apoio Remoto em destaque<br />
A Create Business tem estado atenta às novas necessidades<br />
do mercado automóvel. Com o crescimento<br />
exponencial de veículos elétricos e híbridos,<br />
a empresa decidiu lançar o programa VExpert que<br />
visa capacitar as oficinas para trabalhar com segurança<br />
e eficácia nesta nova geração de mobilidade.<br />
Além disso, também desenvolveu recentemente<br />
um software +Valor Apoio Remoto que vem permitir<br />
o acesso a um vasto conjunto de recursos que<br />
facilitam a realização de operações e programações<br />
complexas, resolução de avarias, comunicação<br />
com os fabricantes, tudo sem a necessidade de<br />
um investimento significativo em processos informáticos,<br />
entre outras funcionalidades. l<br />
A CONVENÇÃO “CREATE DRIVE 2024” REUNIU CERCA DE 480 PESSOas<br />
E FOI UM EVENTO DE APRENDIZAGEM E CONFRATERNIZAÇÃO ENTRE TODOS<br />
OS PARCEIROS, FORNECEDORES E OFICINAS DAS REDES A OFICINA<br />
E autO-CHECK-CENTER. ANIMAÇÃO E CONVÍVIO FORTALECERAM<br />
O ESPÍRITO DE EQUIPA DE TODAS as EMPRESAS PRESENTES
Empresa<br />
CONVENÇÃO AD 2024<br />
EVENTO EXPÕE OFERTA<br />
360º DA AD PARTS<br />
ANIMAÇÃO, NETWORKING E MUITAS NOVIDADES. FOI ASSIM QUE O GRUPO AUTOZITÂNIA RECEBEU<br />
DURANTE OS DIAS 30, 31 E 1 DE JUNHO, OS CERCA DE 1.200 VISITANTES QUE PASSARAM PELA<br />
CONVENÇÃO AD 2024, REALIZADA NAS SUAS INSTALAÇÕES EM LEIRIA. NO PRIMEIRO DIA O EVENTO<br />
FOI EXCLUSIVO PARA PARCEIROS INTERNOS DA AD PARTS E NOS SEGUINTES FOI DIRECIONADO<br />
PARA AS OFICINAS QUE FAZEM PARTE DO PROGRAMA MILLENIUM DA AD<br />
Para simplificar o dia a dia <strong>das</strong> oficinas, foi<br />
lançado o software AD360. Este programa<br />
oferece todos os serviços necessários<br />
para aumentar a produtividade e rentabilidade<br />
<strong>das</strong> oficinas de forma fácil e rápida. Entre as<br />
suas funcionalidades, inclui: um catálogo de<br />
peças que permite identificar e realizar encomen<strong>das</strong>;<br />
orçamentos completos e detalhados<br />
para os clientes; informação técnica especializada;<br />
um contact center – o AD Service – para<br />
resolver problemas mais complexos, entre tantos<br />
outros. Uma <strong>das</strong> funcionalidades destaca<strong>das</strong><br />
foi a seção de “Informação Técnica”, que se<br />
torna mais robusta à medida que determinados<br />
problemas são reportados com mais frequência.<br />
Isto permite que as oficinas tenham acesso prático<br />
e acessível à resolução dos problemas mais<br />
comuns em tempo útil. Além disso, os modelos<br />
de veículos com mais avarias são adquiridos pela<br />
empresa para oferecer formação teórica e prática<br />
qualificada. Dessa forma, quando as oficinas<br />
receberem esses veículos, saberão exatamente os<br />
procedimentos a seguir.<br />
Neste evento, estiveram presentes diversos distribuidores,<br />
fabricantes e oficinas clientes que<br />
fizeram questão de marcar presença e expor os<br />
seus produtos e equipamentos ao mercado. Para<br />
Flávio Menino, diretor de Marketing e Comunicação<br />
do Grupo Autozitânia e da Bragalis,<br />
os dias da Convenção foram “extremamente<br />
positivos e valeram muito a pena”. Sobre a organização<br />
do evento, o responsável referiu que<br />
“para apresentar as nossas últimas novidades,<br />
escolhemos dividir o espaço em vários formatos<br />
para conseguirmos adaptar aos diversos públicos<br />
alvo que estiveram presentes. E, acrescentou:<br />
“Foram três dias muito intensos, mas vejo<br />
que estão todos extremamente satisfeitos com o<br />
evento. Desde os fabricantes até às oficinas que<br />
aceitaram a ideia assim que a apresentamos, todos<br />
demonstraram grande entusiasmo. Temos<br />
fabricantes de tecnologia que estão sempre na<br />
vanguarda da inovação e fizeram questão de estar<br />
connosco para apresentar as últimas novidades<br />
aos nossos parceiros e às oficinas”. l<br />
AS INSTALAÇÕES DA AUTOZITÂNIA, EM LEIRIA, FORAM PEQUENAS<br />
PARA ACOLHER 1.200 PROFISSIONAIS ENTRE OS DIAS 30 DE MAIO<br />
E 1 DE JUNHO, NA CONVENÇÃO AD 2024, PARA PARTILHA<br />
DE CONHECIMENTOS E BONS MOMENTOS DE CONFRATERNIZAÇÃO<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 55
NOTÍCIAS // DINÂMICA DO SETOR ESCREVE ‐SE DE A A Z<br />
Empresas<br />
ANUNCIA LANÇAMENTO<br />
DE NOVO WEBSITE<br />
ABRE PORTAS EM COIMBRA FOCADA NO CRESCIMENTO<br />
Krautli Portugal | A Krautli Portugal inaugurou no mês de junho o seu mais recente armazém logístico, em Coimbra,<br />
com cerca de 1.200 m2. Depois de Lisboa e Porto, chegou a altura de inaugurar as instalações de Coimbra. Com uma capacidade<br />
instalada superior a 7.800 m2, este novo armazém, vem permitir à empresa estar mais próximo dos seus clientes garantindo um<br />
serviço de maior proximidade, eficiência e agilidade no centro do país. Carlos Silva, diretor comercial da Krautli Portugal, garantiu<br />
que este investimento vai permitir à empresa continuar a responder positivamente a um mercado que se assume “exigente” e ainda<br />
a possibilidade de concretização de mais negócios. O diretor comercial, revelou que os últimos tempos têm sido bastante risonhos<br />
para a empresa “o ano está-nos a correr bastante bem, estamos com um crescimento acima daquilo que tínhamos perspetivado,<br />
esperamos que este armazém nos ajude a crescer mais ainda”. No futuro, a Krautli Portugal vai “manter-se com a mesma dinâmica,<br />
vamos continuar a investir e a crescer, e vamos continuar com a ambição se sermos melhores amanhã, do que aquilo que fomos<br />
ontem”, concluiu.<br />
Tips4Y | A Tips4y anunciou o lançamento do seu novo website<br />
(www.tips4y.pt) projetado para apresentar uma mensagem clara sobre<br />
a empresa e o seu negócio, refletindo uma cultura diferenciadora e<br />
reforçando a identidade da marca. Este novo lançamento representa um<br />
marco significativo para a Tips4y, que está comprometida em atrair a<br />
audiência certa com a mensagem certa. O website foi cuidadosamente<br />
desenvolvido para garantir um excelente desempenho, oferecendo<br />
aos utilizadores uma experiência simples, ágil e intuitiva. “Estamos<br />
entusiasmados em lançar o novo website da Tips4y, que representa<br />
um passo importante na nossa jornada digital”, afirmou Susana Barros,<br />
responsável de marketing da empresa. “O nosso objetivo é ser uma<br />
referência digital no setor do pós venda, atraindo de forma expressiva<br />
novos visitantes que identificam na nossa oferta a resposta concreta<br />
às suas necessidades”, acrescentou. A navegação foi simplificada para<br />
garantir que os visitantes possam encontrar facilmente o que procuram,<br />
enquanto a integração de novas tecnologias melhora a experiência do<br />
utilizador e a gestão de contactos.<br />
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56 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
NOVA LOJA EM GAIA<br />
Auto Recto | A nova loja da Auto Recto, com uma ampla oferta de produtos e serviços para<br />
o setor automóvel, abriu a 27 de maio, com localização nos Carvalhos, em Gaia. A Auto Recto, tem-se<br />
apresentado no mercado como uma referência no setor automóvel, com um portfólio de produtos<br />
e serviços variado e completo. Neste sentido, decidiu que o caminho passaria pela expansão com<br />
a inauguração de uma nova loja. “Estamos entusiasmados em partilhar com os nossos clientes, a<br />
notícia sobre a abertura de mais uma loja, que representa um marco significativo na nossa jornada<br />
de crescimento e compromisso com a excelência”, afirmou a Auto Recto. “Este novo espaço representa<br />
mais um passo na nossa missão de oferecer serviços de alta qualidade e atendimento personalizado<br />
a todos os nossos clientes. Um novo espaço com a mesma intenção de proporcionar o melhor serviço<br />
a quem nos procura”, acrescentou. O endereço da nova loja fica na Avenida Dr. Moreira Sousa nº 4180<br />
Loja D, 4415-380 Pedroso.<br />
ORGANIZA FORMAÇÃO INTENSIVA NO ISEC<br />
Mondegopeças | O Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC) foi palco de uma<br />
formação intensiva e inovadora sobre o Peugeot 3008 Plug-in Hybrid, organizada pela Mondegopeças e<br />
ministrada pela ServiceNext. A formação abordou detalhadamente diversos aspetos técnicos do veículo,<br />
com foco especial na motorização, caixa de velocidades, sensores e bateria de tração. Os participantes<br />
tiveram a oportunidade de conhecer em profundidade o sistema híbrido do Peugeot 3008, que combina<br />
um motor a gasolina eficiente com um motor elétrico potente. A formação destacou as vantagens<br />
deste sistema híbrido, incluindo a redução de emissões e o aumento da eficiência de combustível,<br />
proporcionando uma condução mais sustentável sem comprometer o desempenho. Outro ponto alto foi<br />
a explicação detalhada sobre a caixa de velocidades automática e-EAT8 do Peugeot 3008 Plug-in Hybrid.<br />
O formador da ServiceNext elucidou os participantes sobre o funcionamento desta caixa de mudanças,<br />
que é projetada para oferecer uma transição suave e rápida entre as marchas, melhorando a experiência<br />
de condução e a eficiência energética.<br />
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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 57
NOTÍCIAS<br />
EMPRESAS<br />
CELEBRA 25 ANOS DE HISTÓRIA<br />
COM IMAGEM RENOVADA<br />
INCENTIVA ESTUDANTES A PROSSEGUIREM<br />
CARREIRA NO SETOR<br />
Delphi | A Delphi, como fabricante especialista no mercado de reposição, tem demonstrado estar consciente da<br />
necessidade de incorporar as novas gerações no setor, muni<strong>das</strong> de conhecimentos que lhes permitam enfrentar os desafios<br />
representados pelas novas tecnologias que chegam à indústria automóvel a um ritmo cada vez maior. Por esta razão, a<br />
Delphi organizou visitas a estudantes de um centro de formação profissional em Madrid, onde a empresa tem a sua sede na<br />
Península Ibérica. Desta forma, a Delphi pretende incentivar os alunos a manterem a vontade de formação ao longo de toda<br />
a carreira, bem como mostrar-lhes as opções de formação contínua no setor e as oportunidades que um centro como a Delphi<br />
lhes poderá oferecer para o seu desenvolvimento profissional. Para facilitar o acesso às instalações de formação Delphi,<br />
a visita dos futuros técnicos foi organizada em dois turnos, um de manhã e outro à tarde, para que os alunos pudessem<br />
conhecer mais de perto as possibilidades do centro.<br />
CAETANO PARTS | No momento em que celebra 25 anos, a Caetano<br />
Parts apresenta ao mercado uma nova imagem institucional caracterizada<br />
por um design moderno e cores vibrantes que simbolizam a energia e<br />
compromisso contínuo da empresa com a inovação. A central de peças do<br />
Grupo Salvador Caetano – localizada em Vila Nova de Gaia e Setúbal –<br />
também apresenta agora uma nova assinatura, afirmando-se como “A peça<br />
chave do seu negócio”, num claro compromisso em ser um parceiro essencial<br />
para o sucesso dos seus clientes. Recorrendo ao símbolo de uma roda dentada<br />
que, dividida ao meio, revela as iniciais da designação da empresa – o “C” e o<br />
“P” -, a nova imagem corporativa reflete a evolução e o dinamismo da central<br />
de peças do Grupo Salvador Caetano, e reforça a sua posição no mercado<br />
com duas déca<strong>das</strong> e meia de conquistas e dedicação. Além do novo logotipo,<br />
e para celebrar estas “bo<strong>das</strong> de prata”, a Caetano Parts acaba de lançar,<br />
também, a obra “Caetano Parts 25 Anos – Uma história de compromisso<br />
com a excelência”. Este livro comemorativo destaca as conquistas, os desafios<br />
superados e a constante busca pela excelência.<br />
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Na DOGA, desenhamos produtos que acompanham o veículo através de to<strong>das</strong> as estações, garantindo desempenho<br />
e segurança superior. Cada produto, fruto da inovação e da qualidade excepcionais, está preparado para enfrentar<br />
os desafios de qualquer clima, desde invernos gelados até verões quentes. Orgulhamo-nos do nosso know-how e<br />
dedicação, assegurando que cada artigo cumpra com padrões rigorosos de durabilidade e qualidade. Com a DOGA,<br />
cada viagem é mais segura e confortável, permitindo desfrutar da estrada com confiança durante todo o ano.<br />
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58 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
FORNECE DICAS DE COMO UTILIZAR AC<br />
FATURA 2,1 MIL MILHÕES DE EUROS<br />
EM PORTUGAL<br />
Bosch | A Bosch, terminou o ano fiscal de 2023 com ven<strong>das</strong> no valor de 2,1 mil milhões de euros<br />
em Portugal, incluindo ven<strong>das</strong> e serviços a empresas do Grupo Bosch. A empresa registou um ligeiro<br />
crescimento de 1,7 por cento relativamente ao ano anterior. No mercado local, a Bosch registou ven<strong>das</strong><br />
consolida<strong>das</strong> de 383 milhões de euros, 5,2 por cento acima do nível de 2022. “Apesar de estarmos a<br />
viver um ambiente global desafiante e de alguma incerteza, 2023 foi um ano positivo para a Bosch em<br />
Portugal. Para este ano, estamos alinhados com as perspetivas gerais da Bosch, e por isso as nossas<br />
previsões são modera<strong>das</strong>, tendo em conta o atual cenário económico e também a transformação do<br />
negócio que a empresa está a realizar a nível global”, afirmou Javier González Pareja, Presidente do<br />
Grupo Bosch em Portugal e Espanha. Os resultados alcançados em 2023 mantêm a Bosch como um dos<br />
maiores exportadores do país, com um nível de exportação superior a 97 por cento, com mais de 50<br />
países em todo o mundo a importar soluções produzi<strong>das</strong> em Aveiro, Braga e Ovar, e serviços prestados a<br />
partir de Lisboa para o mundo.<br />
MANN-FILTER | O verão está a bater à porta e com isso a utilização do ar condicionado tornase<br />
mais frequente. A MANN-FILTER forneceu dicas de como gerar uma poupança de combustível entre<br />
os 20% e os 30% e não passar calor Com o aumento <strong>das</strong> temperaturas no verão, torna-se quase uma<br />
obrigação ligar o ar condicionado, algo que, além do conforto, também influencia positivamente<br />
a segurança ao conduzir, pois evita o cansaço, reduzindo a possibilidade de sofrer um acidente.<br />
“Existem muitas recomendações que podem ser da<strong>das</strong> para reduzir o consumo de combustível ao<br />
acionar o ar condicionado”, afirmou a MANN-FILTER. Desde deixar o interior do veículo esfriar antes de<br />
acionar o sistema de ar condicionado, como começar a conduzir com os vidros abertos, até colocar o ar<br />
em modo de recirculação, pois, ao captar o ar fresco do interior do veículo, o trabalho do compressor<br />
“É menos do que arrefecer o ar quente do exterior”, explicou a empresa, destacando que este método<br />
de recirculação do ar pode gerar uma poupança de combustível entre 20% e 30%. Em qualquer caso,<br />
a MANN-FILTER recomenda realizar uma manutenção adequada do sistema de ar condicionado e,<br />
sobretudo, ao filtro de cabine.<br />
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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 59
NOTÍCIAS<br />
EMPRESAS<br />
APOIA FUTUROS PINTORES<br />
COM ECOSSISTEMA DIGITAL<br />
PPG | A PPG reafirma o seu compromisso em combater a escassez de profissionais do<br />
mercado de repintura na região EMEA. Para isso, tem estado a colaborar com algumas <strong>das</strong><br />
principais escolas onde são formados futuros profissionais de repintura, como a IES Tierno<br />
Galván, localizada em Madrid. Estas escolas, alinha<strong>das</strong> com a visão da PPG, têm como foco<br />
proporcionar aos alunos o conhecimento e a confiança necessários para desenvolver carreiras<br />
profissionais de sucesso no setor da repintura automóvel. Consciente dos desafios identificados<br />
num recente relatório da Comissão Europeia sobre ensino e formação profissional, a PPG<br />
está empenhada em apoiar iniciativas que visam promover o desenvolvimento de novas<br />
gerações de profissionais e que abordem problemas como a falta de recursos, equipamentos<br />
obsoletos e falta de aprendizagem prática, colocando especial ênfase na sustentabilidade<br />
e na digitalização. Desta forma, a empresa assinou um acordo de colaboração com o IES<br />
Tierno Galván, com o objetivo de atenuar a carência de profissionais qualificados na área da<br />
repintura, dotando o centro de conhecimentos e ferramentas digitais de ponta para a formação<br />
dos futuros profissionais da oficina, tornando o setor mais atrativo para os jovens pintores e<br />
preparando-os para os desafios do futuro.<br />
REFORÇA CRESCIMENTO<br />
NA PENÍNSULA IBÉRICA<br />
GS Yuasa | Cristiano Fumega continua como Area Sales Manager da GS Yuasa fazendo<br />
a consolidação dos clientes em Portugal para todos os setores onde a GS Yuasa é líder. É de<br />
salientar que o profissional tem uma vasta experiência no mercado de pós-venda tanto para o<br />
setor automóvel, como para o setor dos motociclos De acordo com Juan Ignacio Egea, Diretor<br />
Geral da Iberia, “a Direção de Ven<strong>das</strong> está sediada na nossa sede em Madrid, que incorpora,<br />
como novidade, a área de serviço ao cliente onde, juntamente com a equipa de ven<strong>das</strong> para<br />
Espanha e Portugal, consolidaremos uma forte equipa de desenvolvimento, dando prioridade<br />
à elevada qualidade tanto do nosso vasto portfólio de produtos como dos nossos serviços.<br />
Juntos, iremos melhorar a experiência do cliente com a empresa, tendo como objetivo a sua<br />
máxima satisfação. Esta nova iniciativa será dirigida por Laura Touriño, que faz parte da minha<br />
equipa há mais de 18 anos em diferentes funções, sendo a última a de Diretora de Marketing<br />
da Iberia”. Acrescenta ainda que “Desde a GS Yuasa Battery Iberia estamos convencidos de que<br />
tanto o profissionalismo de Cristiano como a gestão comercial reforçarão o valor e a oferta dos<br />
nossos produtos”.<br />
SENDYS GROUP<br />
REGISTA 9,8 MILHÕES €<br />
EM VOLUME DE NEGÓCIOS<br />
O<br />
Sendys Group, que integra as duas software houses portuguesas<br />
mais antigas em atividade, Alidata e Sendys, que este ano comemoram<br />
40 anos, registou, em 2023, o seu melhor ano de sempre, com<br />
um volume global de negócios de €9,8 milhões de euros, repartidos por<br />
Portugal (5,5 milhões), Angola (2,1 milhões), Moçambique (0,9 milhões) e<br />
outros mercados (0,6 milhões), o que corresponde a um crescimento de 8%,<br />
face a 2022. Os números do ano passado, em linha com a performance que<br />
o Grupo liderado por Fernando Amaral tem conhecido ao longo dos anos,<br />
estão sustentados na implementação de projetos de transformação digital<br />
e digitalização de processos em Portugal e PALOP. De entre os fatores que<br />
mais contribuíram para o crescimento sustentado do grupo, que já emprega<br />
cerca de 160 colaboradores, o destaque vai para o alargamento da quota<br />
de mercado nos sectores da manutenção e produção industriais e de grandes<br />
projetos na área automóvel, onde, para além de Portugal, se destaca o<br />
mercado moçambicano, no qual a empresa já lidera em implementações e<br />
onde tem múltiplos projetos em pipeline, à semelhança de Moçambique e<br />
Cabo Verde.<br />
CRIA NOVA EMPRESA EM ESPANHA<br />
Romafe | A Romafe anunciou oficialmente a criação de uma nova empresa do Grupo Romafe em<br />
Espanha, a Sociedad Importadora Romafe SL. Sediada em Barcelona, esta empresa representa mais um<br />
marco histórico na longa jornada de 78 anos da empresa. O principal objetivo é disponibilizar a experiência,<br />
o compromisso de qualidade, o know-how e o espírito inovador do Grupo Romafe ao serviço da indústria<br />
espanhola. Também em Espanha vai impactar positivamente na produtividade dos seus parceiros, reduzindo<br />
custos e mantendo um forte compromisso com a sustentabilidade. “Aproveitamos para expressar a nossa<br />
gratidão a todos os que tornaram possível a concretização deste projeto, a nossa equipa, os nossos parceiros<br />
e amigo. Juntos, estamos a construir um futuro de sucesso e crescimento contínuo. Estamos ansiosos por esta<br />
nova jornada e pelas oportunidades emocionantes que o futuro reserva”, refere a empresa em comunicado.<br />
Na foto estão os responsáveis por tornar a Sociedad Importadora Romafe SL numa referência no exigente e<br />
competitivo mercado espanhol.<br />
60 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
MAIS DE 50 ANOS DE EXPERIÊNCIA EM<br />
EQUIPAMENTO ORIGINAL<br />
Distribuído por<br />
info@japopecas.pt I www.japopecas.pt
Entrevista<br />
GUILHERME MENDES<br />
ADMINISTRADOR DA A. VIEIRA, S. A.<br />
VOU HONRAR O LEgadO DO MEU<br />
AVÔ E SEGUIR-LHE AS PISADAS!<br />
NO ANO EM QUE ASSINALA O 50.º ANIVERSÁRIO, A A. VIEIRA PREPARA-SE PARA TRIPLICAR O ESPAÇO<br />
DE ARMAZENAMENTO, COM O AUMENTO DAS INSTALAÇÕES DE BAGUIM, EM RIO TINTO, ONDE<br />
ATUALMENTE ESTÃO EM STOCK MAIS DE 40 MIL REFERÊNCIAS NUM VALOR DE 3,5 MILHÕES DE<br />
EUROS. PARA FALAR SOBRE O PROJETO ATUAL DA EMPRESA, FOMOS RECEBIDOS POR GUILHERME<br />
MENDES, QUE ESTÁ À FRENTE DO NEGÓCIO DESDE O FALECIMENTO DO AVÔ, JOSÉ BRANCO<br />
Orgulhoso do legado deixado pelo avô, Guilherme<br />
Mendes herdou-lhe o gosto pelas<br />
peças e quer seguir-lhe as pisa<strong>das</strong>, mantendo<br />
a A. Vieira “com projeção de crescimento,<br />
tal como ele fez ao longo destes anos”. O administrador<br />
recorda que José Branco veio de Moçambique,<br />
onde tinha “uma pequena casa de peças” e<br />
manteve-se no ramo automóvel, começando por<br />
fazer parte da empresa Lemos, Santana & Branco<br />
e, “na altura em que surgiu a hipótese de investir<br />
na A. Vieira, o meu avô apostou 100%, e, felizmente,<br />
acho que fez a escolha certa!”, afirma. Ao lado<br />
de Guilherme, é o diretor comercial, Ângelo Coelho,<br />
quem nos conta um pouco da história da casa,<br />
que arrancou “numa loja pequenina, com 800<br />
m2 e a pouco e pouco foi expandindo. A primeira<br />
sede era uma loja em Guimarães que o senhor<br />
José Branco comprou ao Sr. Vieira [fundador da<br />
empresa], que depois foi para Braga, onde fundou<br />
também a Vieira & Freitas”. O mesmo revela que<br />
um dos marcos da empresa foi a aquisição, em<br />
2000 e 2002 dos atuais armazéns, que permitiu,<br />
na altura, “dar um pulo muito grande”. Mais tarde,<br />
destaca, é incontornável “a entrada na Temot,<br />
em 2020”. A integração no grupo internacional<br />
de compras Temot, enquanto acionista, permitiu<br />
à A. Vieira introduzir novas marcas no portefólio<br />
e, sobretudo, criar sinergias, pois Guilherme Mendes<br />
é do entendimento de que “hoje em dia não<br />
conseguimos sobreviver sozinhos e isolados no<br />
mercado e esta foi uma grande evolução da empresa<br />
nos últimos dez anos”, clarifica. Em 2022 foi<br />
ainda anunciada a entrada da A. Vieira no grupo<br />
Motorpartner, juntamente com empresas com<br />
longa tradição e reputação no aftermarket português,<br />
que se uniram em alinhamento estratégico<br />
para conseguir as melhores ferramentas de forma<br />
a manter a trajetória de crescimento. No entanto,<br />
com as várias aquisições que se sucederam entre os<br />
acionistas, o projeto acabou por ficar “em banho<br />
maria”, como explica Ângelo Coelho, mesmo que<br />
Guilherme Mendes garanta que “é uma aposta que<br />
não está descartada”.<br />
Em todo o país<br />
A empresa de Baguim (Rio Tinto), é uma <strong>das</strong> líderes<br />
nacionais no comércio (grosso e de retalho)<br />
de peças e acessórios para automóveis, incluindo<br />
lubrificantes e ferramentas e dispõe hoje de dois<br />
armazéns logísticos, duas lojas próprias e outras<br />
duas associa<strong>das</strong>, onde trabalham cerca de 60 colaboradores.<br />
Consegue cobrir todo o território<br />
continental e ilhas, com uma abrangência que já<br />
lhe permite considerar-se um fornecedor global a<br />
nível da mecânica para as oficinas, com destaque<br />
para marcas como “a Hella Pagid, a Purflux, a UFI,<br />
que o meu avô já trabalhava há muitos anos e a<br />
SASIC, com a qual o meu avô começou a parceria<br />
ainda em Moçambique. Temos também a Eurol,<br />
na parte dos óleos, a febi, a Sachs… o portefólio é<br />
vasto, estas são apenas algumas que salientamos”,<br />
diz-nos Guilherme Mendes, sem esconder que há<br />
novos projetos na calha, mas que estão à espera de<br />
espaço de armazenamento, como é o caso da área<br />
da eletrónica. Comercializam também algumas<br />
referências ao nível <strong>das</strong> ferramentas e equipamentos,<br />
onde evidencia a marca norte-americana KS<br />
Tools. As entregas são tridiárias, feitas, “a nível da<br />
revenda, maioritariamente com transportadores.<br />
Já nas lojas temos viaturas próprias para fornecer<br />
as oficinas locais e mesmo reabastecer as próprias<br />
lojas daqui da zona”, explica.<br />
Stock alargado<br />
Atualmente, a A. Vieira tem cerca de 40 mil<br />
referências ativas, num valor que ascende a 3,5<br />
milhões de Euros. Entre as linhas disponíveis é<br />
possível também encontrar peças reconstruí<strong>das</strong>,<br />
“devido à grande pressão <strong>das</strong> marcas, mas a nível<br />
logístico é complicado e não é nada rentável”,<br />
conta-nos o diretor comercial, Ângelo Coelho,<br />
para quem todo o processo “cria uma confusão<br />
muito grande, entre entregar o casco e receber<br />
a peça… depois o casco vem com defeito e o fornecedor<br />
não aceita o casco… não é uma aposta<br />
que façamos”, confessa. As ven<strong>das</strong> ao retalho, na<br />
sua maioria (60%), já são feitas através da plataforma<br />
B2B, remodelada em 2022: “Aproveitámos<br />
para lavar a cara à plataforma, tentamos<br />
tornar as coisas um pouco mais intuitivas, para<br />
que conseguíssemos cruzar qualquer referência<br />
que fosse com material nosso e ter tudo à disposição<br />
a nível de preços e campanhas”, comenta<br />
o administrador, que ainda assim, no meio de<br />
largas centenas de pedidos diários, não desfaz<br />
a importância que o call center continua a ter<br />
no dia-a-dia da empresa: “Temos uma equipa<br />
alargada de pessoas no call center e agora, com<br />
a remodelação do armazém, uma coisa na qual<br />
queremos investir é fazer mesmo um departamento<br />
de call center, porque sabemos como é<br />
importante o contacto com o clientes para sermos<br />
mais rápidos na entrega <strong>das</strong> encomen<strong>das</strong>”.<br />
Futuro em análise<br />
A ideia de criar uma rede de lojas ou de oficinas<br />
padroniza<strong>das</strong> está “em cima da mesa” e, nos últimos<br />
anos, têm sido promovi<strong>das</strong> ações de formação,<br />
realiza<strong>das</strong> em espaços alheios. O objetivo,<br />
refere Guilherme Mendes, passa por “fazer uma<br />
sala, nas novas instalações, para ministrar as<br />
ações de formação, para nos tornarmos mais autónomos.<br />
Este ano temos mais algumas previstas,<br />
juntamente com alguns fornecedores”. A empre-<br />
62 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
ORGULHOSO DO LEGADO DEIXADO PELO AVÔ, GUILHERME MENDES HERDOU-<br />
LHE O GOSTO PELAS PEÇAS E QUER SEGUIR-LHE AS PISADAS, MANTENDO A<br />
A. VIEIRA “COM PROJEÇÃO DE CRESCIMENTO, TAL COMO ELE FEZ AO LONGO<br />
DESTES ANOS”, REFERE
GUILHERME MENDES<br />
A EMPRESA ESTÁ ATENTA ÀS NOVAS OPORTUNIDADES DE MERCADO E É<br />
PROVÁVEL A INSERÇÃO DE NOVAS MARCAS E LINHAS DE PRODUTO DEPOIS DO<br />
AUMENTO DAS INSTALAÇÕES DOS ATUAIS 1.000 M2 PARA 3.000 M2 DE ÁREA<br />
DE ARMAZENAMENTO<br />
sa tem-se debatido com o problema<br />
<strong>das</strong> devoluções e tem “procurado<br />
controlar isso, para as pessoas terem<br />
mais consciência, porque acarreta-nos<br />
custos. Nós sabemos que<br />
a pressão do mercado obriga a tal,<br />
porque quando um cliente pede o<br />
orçamento, a oficina pede logo a<br />
peça de seguida acreditando que<br />
vai fazer o negócio e muitas vezes as<br />
coisas não avançam e depois devolve<br />
a peça”, relata Ângelo Coelho. A<br />
consequência mais direta é ao nível<br />
de recursos humanos ter pessoas<br />
dedica<strong>das</strong> apenas às devoluções e,<br />
claro, todo o tipo de custos logísticos<br />
e de stock envolvido, “porque se<br />
repomos a peça, ficamos com ela em<br />
duplicado ou triplicado. É um custo<br />
inimaginável e todos os colegas se<br />
queixam desse problema”, lamenta,<br />
defendendo a necessidade de chegar<br />
“a um consenso entre todos”.<br />
Atento ao setor do aftermarket desde<br />
“tenra idade”, Guilherme recorda<br />
os tempos em que o avô fazia questão<br />
de lhe dar a ler o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>,<br />
para o manter em contacto<br />
com os meandros do negócio. Hoje<br />
é ele próprio quem marca presença<br />
nos grandes eventos, como o salão<br />
expoMECÂNICA, porque sabe a<br />
importância de “dar a cara e ser<br />
um contacto próximo dos clientes”,<br />
especialmente em feiras como esta,<br />
“muito bem organizada, com o seu<br />
crescimento e já com uma relevância<br />
no exterior”. 2024 afigura-se em<br />
linha com o ano passado, em que<br />
a A. Vieira apresentou um crescimento<br />
de 7%, o que, na opinião de<br />
Guilherme Mendes, “não foi mau”.<br />
O ano transato teve mesmo “alguns<br />
meses recorde, por isso, neste momento,<br />
em que estamos com os valores<br />
próximos aos do ano anterior,<br />
temos sempre expetativa de crescimento.<br />
Mesmo com a entrada dos<br />
novos membros da Temot, temos<br />
ideias de fazer trabalhos em conjunto<br />
de maneira a conseguirmos<br />
ter melhores condições para apresentar<br />
os nossos clientes, para que<br />
resultem em ven<strong>das</strong>”, remata. l<br />
NOVAS INSTALAÇÕES A CAMINHO!<br />
50º aniversário da A. Vieira só poderia<br />
O ser celebrado com pompa e<br />
circunstância. Este ano, a A. Vieira comemora<br />
meio século de existência e está já em cima da<br />
mesa o plano para alargar o armazém de<br />
importação, no terreno adjacente às instalações<br />
atuais, que serão também moderniza<strong>das</strong>.<br />
Guilherme Mendes, que assumiu recentemente<br />
a gestão da empresa após o falecimento do<br />
avô, José Branco, explica que existe “a<br />
necessidade de crescimento e o espaço começa<br />
a ficar curto. A ideia é crescer, para conseguir<br />
ter melhores condições para os nossos clientes”.<br />
Assim, logo que se concretize a obra, de 1.000<br />
m 2 , a empresa passará para 3.000 m 2 de área<br />
de armazenamento.<br />
O RETALHISTA CONTINUA A<br />
SER UM ELO MUITO IMPORTANTE<br />
DA CADEIA DE DISTRIBUIÇÃO<br />
nserida desde 2020 num grande grupo<br />
I internacional de compras, a A. Vieira<br />
considera que esta é uma tendência para<br />
continuar no mercado da distribuição de peças<br />
em Portugal, com a integração <strong>das</strong> empresas<br />
em grandes grupos. Outra tendência é a<br />
chegada dos veículos elétricos ao mercado e o<br />
administrador, Guilherme Mendes, nota que a<br />
empresa já se tem vindo “a adaptar, com<br />
algumas referências que o mercado vai<br />
exigindo, mas acho que também vai ser uma<br />
transição um pouco mais demorada do que<br />
aquilo que se anda a dizer e a fazer parecer”. O<br />
preço <strong>das</strong> peças tem continuado a aumentar, a<br />
um ritmo agora mais baixo do que na altura da<br />
pandemia, o que tem fortalecido a franja de<br />
ven<strong>das</strong> de peças low-cost, para fazer face às<br />
despesas. Ângelo Coelho, diretor comercial da<br />
A. Vieira separa dois tipos de mercado: “o<br />
consumidor que só compra a peça mais barata e<br />
o que só quer a peça premium. Então, nós<br />
temos de ter uma peça low cost e, ao mesmo<br />
tempo, a peça premium. Em to<strong>das</strong> as principais<br />
linhas temos sempre pelo menos duas marcas<br />
que podemos oferecer, uma mais económica,<br />
obviamente, dentro da qualidade que nos é<br />
exigida, e depois outra com qualidade<br />
premium”. Além do preço, a decisão recai ainda<br />
noutros fatores, como o tipo de peça. Segundo<br />
Guilherme Mendes, “há pessoas que procuram<br />
peças mais baratas no que toca a filtros,<br />
travagem… já relativamente a embraiagens,<br />
as pessoas têm mais preocupação em procurar<br />
material com qualidade. Tem-se visto um misto<br />
de procura”, aponta.<br />
Questionados sobre a estrutura do mercado,<br />
os nossos entrevistados são perentórios na<br />
necessidade de afirmar a relevância dos canais<br />
de distribuição e Ângelo Coelho diz mesmo<br />
que “hoje em dia o retalhista é extremamente<br />
importante. Tem que se ter o serviço da peça,<br />
o serviço de stock e quem pode garantir isto,<br />
dentro de um prazo, digamos, exigente, é<br />
o retalhista. O retalhista é extremamente<br />
importante nesse circuito”. E Guilherme<br />
Mendes garante que, da parte da A. Vieira,<br />
para o futuro, os clientes podem estar certos<br />
de que irá “continuar com a qualidade com<br />
que sempre zelaram, tanto o meu avô, como<br />
o seu sócio, o senhor António Anjo. Apostar na<br />
qualidade, no serviço, ter bons colaboradores,<br />
prestar toda a informação necessária, e tudo<br />
aquilo que o cliente possa exigir da nossa<br />
parte. Queremos ter um bom serviço de<br />
entrega, para entregar to<strong>das</strong> as encomen<strong>das</strong><br />
a tempo e horas, independentemente da hora<br />
do pedido. A expetativa é de crescimento,<br />
atualmente temos um grande investimento<br />
em cima da mesa e, acabando este, a ideia é<br />
passar para o próximo. Por exemplo, uma ideia<br />
já do tempo do meu avô, que nunca chegou a<br />
ser concretizada, mas que está nos planos da<br />
empresa no futuro, será expandir as nossas<br />
instalações para o sul de maneira a conseguir<br />
ter o crescimento necessário da empresa”,<br />
revela<br />
64 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
TRAVAGEM<br />
ABSOLUTA<br />
Há coisas que não são negociáveis.<br />
Com a Bendix, não há quaisquer cedências<br />
no que diz respeito às especificações,<br />
aos materiais ou à qualidade de fabrico.<br />
Apenas foco total em proporcionar-lhe<br />
um excelente desempenho de travagem.<br />
Absolutamente sempre..<br />
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Entrevista<br />
VAMOS CONTINUAR<br />
A TRABALHAR PARA<br />
MAIS DOIS DÍGITOS<br />
DE CRESCIMENTO<br />
HÁ UM ANO, A FILOURÉM INVESTIU NA REMODELAÇÃO DAS<br />
INSTALAÇÕES, TRIPLICANDO A ÁREA DE ARMAZENAGEM, QUE ATINGE<br />
NESTE MOMENTO OS 4.000 M 2 E AS 60 MIL REFERÊNCIAS. COMO<br />
CONSEQUÊNCIA, A FATURAÇÃO CRESCEU A DOIS DÍGITOS E AGORA<br />
A EMPRESA PRETENDE REPETIR O FEITO, DEPOIS DE UM PRIMEIRO<br />
TRIMESTRE QUE ARRANCOU “COM MAIS CALMA”, COMO NOS CONTA O<br />
DIRETOR-GERAL, CARLOS JORGE GONÇALVES
CARLOS JORGE GONÇALVES, DIRETOR-GERAL FILOURÉM<br />
Constituída em 2002, a Filourém é hoje um<br />
nome reconhecido no aftermarket nacional,<br />
comercializando mais de vinte marcas<br />
na área <strong>das</strong> peças de reposição. O <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
viajou até Ourém, onde esteve à conversa<br />
com o diretor-geral Carlos Jorge Gonçalves, que<br />
nos traçou os objetivos a curto e médio prazo da<br />
empresa. Um ano depois de inaugurar as novas<br />
instalações, o responsável não poderia estar mais<br />
satisfeito com a aposta feita. A nova infraestrutura<br />
foi pensada para o negócio, com o espaço todo<br />
organizado, como “num fato à nossa medida”,<br />
indica. Carlos Jorge Gonçalves explica que tiveram<br />
em conta “a questão logística do transporte,<br />
carregar e descarregar, e a entrada e saída de<br />
material”, numa obra que teve como objetivo não<br />
só aumentar a área total para stock – que passou<br />
para 4.000 m2 e mais de 60 mil referências<br />
– mas também “dar mais conforto, mais espaço e<br />
mais modernidade aos colaboradores. Neste edifício<br />
novo adicionámos serviços, como casas de<br />
banho, cozinha, refeitório, um pequeno ginásio<br />
e um escritório mais amplo. Agilizámos também<br />
todo o circuito de entrada e saída de material, de<br />
pedidos, compras e ven<strong>das</strong>”, refere, mencionando<br />
que “a ideia era mesmo melhorar e não vejo<br />
como não tenha melhorado, é óbvio que teve os<br />
seus custos, mas foi para melhor, claro!”. Esta<br />
remodelação trouxe à empresa maior espaço de<br />
manobra e veio dar um impulso grande às ven<strong>das</strong><br />
que, já nos últimos anos, têm tido crescimentos<br />
de dois dígitos: “Para aumentarmos as ven<strong>das</strong>,<br />
tivemos que reforçar o stock, tanto horizontal,<br />
como verticalmente, porque se não tivéssemos<br />
material não vendíamos e depois era impossível<br />
crescer. Em 2022 introduzimos sete marcas novas<br />
e no ano passado a Zeta-Erre, que está a correr<br />
francamente bem e é uma marca com muito<br />
potencial e que tem tido uma ótima recetividade”,<br />
aponta o diretor.<br />
Fusões são tendência<br />
Atento ao mercado, Carlos Jorge Gonçalves não<br />
está alheio aos fenómenos que vêm acontecendo<br />
no setor. Apesar de ainda não estar integrada<br />
num grupo de compras internacional, a Filourém<br />
não põe de lado essa hipótese e, “se for positivo<br />
para os dois lados”, é mesmo “uma forte<br />
possibilidade”, admite, esclarecendo que “numa<br />
primeira fase não pensávamos nisso, porque<br />
estávamos envolvidos em muitas frentes e estávamos<br />
mais numa dinâmica normal de compra<br />
e venda, mas, entretanto, já tivemos algumas<br />
conversas. Está em cima da mesa e quando for<br />
bom para ambas as partes (e às vezes até há mais<br />
de duas partes envolvi<strong>das</strong>), poderemos chegar a<br />
essa conclusão. Até porque a tendência será as<br />
fusões e integração nos grandes grupos”. Da<br />
mesma forma, entrar numa rede de lojas ou de<br />
oficinas padroniza<strong>das</strong>, “só se poderia proporcionar<br />
inserido num grupo, de outra forma não”,<br />
assume o responsável.<br />
Marcas parceiras<br />
Desde há muitos anos que a Filourém trabalha<br />
com a Japko e a Original Birth, que são já marcas<br />
bandeira da casa. Entretanto, entraram no<br />
portefólio outras, também renoma<strong>das</strong>, “porque<br />
marcas premium toda a gente conhece e às vezes<br />
é difícil inserir no mercado uma marca que seja<br />
exclusiva. A Japko e a Original Birth continuam<br />
a ter as duas maiores fatias do nosso bolo e, em<br />
estilos diferentes, são duas marcas que nos representam”,<br />
confirma o diretor. No portefólio<br />
não constam ainda peças reconstruí<strong>das</strong>, mas<br />
Carlos Jorge Gonçalves refere que “é uma questão<br />
de oportunidade. Não rejeitamos à partida,<br />
mas também não vamos à procura, é o que o<br />
mercado nos tem ditado. Poderia existir alguma<br />
procura, neste caso não há, porque sabem que<br />
não comercializamos, mas sinto que ainda há<br />
alguma resistência e algumas dúvi<strong>das</strong> e a logística<br />
inversa que essa situação envolve também<br />
é um constrangimento”, nota, contando que ter<br />
uma marca própria também já foi equacionado,<br />
“mas há um investimento inicial muito grande<br />
e depois o retorno demora algum tempo, o que<br />
pode causar impacto na tesouraria, porque não é<br />
rapidamente rentável”. Por outro lado, o responsável<br />
explica que ainda não enveredaram pelo<br />
mercado de equipamentos e ferramentas oficinais,<br />
“que tem muita procura e muita dinâmica”,<br />
por uma questão estratégica, relacionada com<br />
o espaço: “Sempre que fazemos o investimento<br />
numa nova marca, temos que pensar muito bem<br />
no espaço que vai ocupar, para fazer esse encaixe.<br />
As ferramentas são um mundo que exige um<br />
investimento elevado e para entrarmos tínhamos<br />
de ter alguma capacidade, porque é uma<br />
gama grande, mas não está excluído”, revela.<br />
Logística de entregas<br />
Como já foi referido, as novas instalações vieram<br />
permitir aumentar a capacidade de armazenagem,<br />
para uma média de 60 mil referências<br />
em stock. Além dessas, graças à inserção online<br />
da marca febi, é possível ter ainda mais peças<br />
em stock virtual que rapidamente podem estar<br />
disponíveis. “É um fornecedor muito antigo e<br />
também com uma fatia muito importante do<br />
nosso bolo, mas com o sucesso desta operação,<br />
queremos ir integrando online mais marcas<br />
para o cliente ter mais marcas disponíveis, nem<br />
que seja de um dia para outro ou em 48 horas,<br />
para termos mais oferta, mais material”, afirma<br />
o diretor. A Filourém garante entregas bidiárias<br />
para praticamente todo o país, sendo que, explica<br />
Carlos Jorge Gonçalves, “face à nossa localização,<br />
dependemos muitíssimo <strong>das</strong> transportadoras.<br />
Trabalhamos com mais de dez, as três ou<br />
quatro mais conheci<strong>das</strong> e várias regionais, que<br />
fazem zonas mais pontuais”. A plataforma B2B<br />
tem vindo a ser otimizada, tanto em termos de<br />
imagem, como em termos gráficos, para ter “um<br />
layout mais intuitivo e simples, com uma melhor<br />
articulação e mais cruzamentos, para dar uma<br />
procura maior. Em termos informáticos é um<br />
processo demorado, mas vamos fazê-lo certamente<br />
com mais marcas no futuro, integrações<br />
no site, diretamente do stock, da Alemanha, de<br />
Espanha, ou de Itália”, assegura.<br />
Uma estrutura polivalente<br />
Carlos Jorge Gonçalves carateriza a estrutura<br />
da Filourém como “polivalente”, porque todos<br />
CARLOS JORGE GONÇALVES NÃO ESTÁ ALHEIO aos FENÓMENOS QUE VÊM<br />
ACONTECENDO NO SETOR. apesar DE ainda NÃO ESTAR INTEGRADA NUM<br />
GRUPO DE COMPRAS INTERNACIONAL, A FILOURÉM NÃO PÕE DE LADO ESSA<br />
HIPÓTESE E, “SE FOR BOM PARA AMBas as PARTES”, É MESMO “UMA Forte<br />
POSSIBILIDADE”, ADMITE<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 67
CARLOS<br />
JORGE GONÇALVES<br />
AS NOVAS INSTALAÇÕES VIERAM PERMITIR TRIPLICAR A ÁREA DE<br />
ARMAZENAGEM, QUE atINGE NESTE MOMENTO OS 4.000 M 2 E AS 60 MIL<br />
REFERÊNCIAS. COMO CONSEQUÊNCIA, A FatURAÇÃO CRESCEU A DOIS<br />
DÍGITOS E AGORA A EMPRESA PRETENDE REPETIR DE NOVO O FEITO ESTE ANO<br />
os colaboradores que foram sendo<br />
integrados ao longo de mais<br />
de 20 anos englobam “uma área<br />
administrativa muito especializada,<br />
a parte do armazém, que vem<br />
com a experiência e uma parte da<br />
logística que não é tão especializada”.<br />
Em paralelo, é o call center<br />
que assume o lugar de «cérebro»<br />
no atendimento, com três pessoas<br />
“com mais experiência e conhecimento<br />
técnico, porque ainda há<br />
alguns clientes que querem tirar<br />
uma dúvida, querem ver uma medida,<br />
etc.”, diz, salientando que,<br />
atualmente, o site é onde se efetuam<br />
90% dos pedidos: “A encomenda<br />
é feita no site, onde veem<br />
o preço, o desconto, a soma total<br />
da encomenda e se fazem os cruzamentos<br />
no TecDoc. Isso pelo call<br />
center demoraria muito. Assim, a<br />
encomenda é recebida e nós depois<br />
temos toda a logística da separação,<br />
conferência, embalamento<br />
e por fim despachamos”.<br />
Formação e a falta dela<br />
Este ano a Filourém já organizou<br />
algumas ações de formação junto<br />
de clientes e quer continuar a dinamizar<br />
este tipo de ações com o apoio<br />
dos fornecedores. Onde existe falta<br />
de formação, diz-nos o diretor-geral,<br />
é do lado <strong>das</strong> oficinas, especialmente<br />
no que diz respeito ao eterno<br />
problema <strong>das</strong> constantes devoluções<br />
de encomen<strong>das</strong>: “A formação<br />
é muito importante para todos os<br />
agentes, sejam os nossos clientes, os<br />
parceiros, ou as oficinas, pois basta<br />
que nesta cadeia, em que há três<br />
QUEREMOS CONTINUAR<br />
A FAZER O NOSSO TRABALHO,<br />
À NOSSA DIMENSão<br />
arlos Jorge Gonçalves não foge ao tema<br />
C do momento. A concentração de<br />
empresas que se tem vindo a verificar no setor<br />
não lhe passa ao lado e, a seu ver, não tende a<br />
regredir. Considera que tem “prós e contras. É<br />
óbvio que quando se juntam determinados<br />
players ficam com uma grande capacidade, não<br />
só pela abrangência de stock, como em termos<br />
territoriais, pois fica-se com as carteiras e as<br />
marcas uns dos outros”. No fundo, analisa, “a<br />
consolidação do negócio de peças obriga-nos a<br />
fazer coisas diferentes, mas há clientes que<br />
preferem outro tipo de abordagem, uma<br />
abordagem mais familiar, mais direta e nós<br />
queremos continuar a fazer o nosso trabalho, à<br />
nossa dimensão. É óbvio que ficaríamos<br />
preocupados se, em termos do volume de<br />
faturação, houvesse um decréscimo acentuado,<br />
mas no geral, temos vindo a crescer e estamos a<br />
fazer bem o nosso trabalho”, congratula-se. A<br />
possibilidade de se integrarem num grupo<br />
grande “está em aberto, não dizemos que não.<br />
Isso tem muitas vezes por detrás empresas ou<br />
acionistas estrangeiros, mas, devido à nossa<br />
localização, temos de procurar outros mercados<br />
ou quatro passos, haja um engano,<br />
é certo que o problema vai sobrar<br />
para nós, porque somos o início e o<br />
fim do processo. Começamos por le-<br />
e pensar em coisas diferentes. É uma questão<br />
de se conversar, mas estamos muito satisfeitos<br />
com a nossa estrutura. Este ADN tem 22 anos e<br />
vamos continuar neste sentido, sem fechar<br />
portas a ninguém”. Sobre o advento dos<br />
veículos elétricos, o responsável diz estar<br />
“atento” e revela que a empresa “tem-se vindo a<br />
adaptar”, tendo já o seu portefólio com muitas<br />
gamas para carros elétricos. Na sua opinião,<br />
“haverá sempre peças que se irão vender. Umas<br />
podem descer, outras sobem, outras são<br />
completamente novas e mesmo a<br />
descontinuidade por completo vai demorar<br />
alguns anos. Porque estamos a falar no mínimo<br />
de 10 a 15 anos para haver aquele corte radical<br />
e nunca saberemos se não irá haver alguns<br />
retrocessos ao nível do que são as imposições da<br />
União Europeia”, antecipa. Aos clientes e<br />
fornecedores, deixa a nota de que “sabem com<br />
o que podem contar, com a nossa confiança e a<br />
nossa proximidade. Nós damos a cara e<br />
queremos continuar a estar aqui com<br />
disponibilidade para as deman<strong>das</strong> e sempre<br />
com a proximidade que nos caraterizou com as<br />
boas relações com os nossos clientes”.<br />
var o material, mas quando ele volta<br />
para trás somos o fim e nem sempre<br />
temos que aceitar, mas muitas vezes<br />
aceitamos...”, admite, destacando<br />
a importância que o podcast «Dar<br />
Voz ao Aftermarket by <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong><br />
<strong>Oficinas</strong>” tem tido no debate deste<br />
assunto. “É óbvio que é fruto do negócio,<br />
há enganos, trocas, falhas na<br />
identificação nos websites, mas isso<br />
é uma franja muito pequena dos<br />
motivos que, na realidade, existem<br />
para as devoluções e alguns deles<br />
são difíceis de entender, são difíceis<br />
de encaixar e só provocam per<strong>das</strong>!”,<br />
alerta Carlos Jorge Gonçalves. A seu<br />
ver, as devoluções traduzem-se num<br />
“prejuízo de tempo, de dinheiro, de<br />
espaço e de recursos humanos alocados<br />
a todo esse processo”. A solução,<br />
considera, poderia passar por<br />
“fazer uma concertação e harmonização<br />
<strong>das</strong> condições para as devoluções,<br />
para apertar um bocadinho<br />
a malha, com mais comunicação<br />
entre nós”, acredita. O responsável<br />
da Filourém mostra-se confiante<br />
nos resultados deste ano, depois de<br />
um primeiro trimestre “não tão forte<br />
como o arranque do ano passado”,<br />
mas com uma “curva positiva”.<br />
Esperando um segundo trimestre<br />
ainda mais positivo, Carlos Jorge<br />
Gonçalves conta que “abril e maio<br />
já foram mais fortes e agora gostávamos<br />
de continuar a trabalhar<br />
outra vez para mais dois dígitos de<br />
crescimento, vamos ver”, conclui. l<br />
68 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
provam<br />
Cada bateria<br />
afirma ser a<br />
melhor do<br />
mercado.<br />
As nossas<br />
baterias<br />
provam<br />
isso<br />
isso<br />
quando<br />
necessário.<br />
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.<br />
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necessário.<br />
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C riando o futuro – o caminho da Exide:<br />
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Entrevista<br />
PAULO SILVA, DIRETOR-GERAL PDAUTO<br />
O SEGREDO DO NEGÓCIO<br />
É SABER COMPRAR BEM<br />
PERTO DE COMPLETAR DUAS DÉCADAS, A PDAUTO ESTÁ PRESTES A ENTRAR NUM NOVO PROJETO.<br />
SEDEADA EM BRAGA, A EMPRESA ADQUIRIU RECENTEMENTE A TURBO PEÇAS, UM IMPORTANTE<br />
RETALHISTA DE PEÇAS DO PORTO. PAULO SILVA, DIRETOR-GERAL DA PDAUTO CONTA-NOS COMO TUDO<br />
COMEÇOU E LEVANTA UM POUCO O VÉU SOBRE O QUE ESTÁ PARA VIR<br />
Depois de uma vida ligado às peças automóveis,<br />
Paulo Silva, fundador e diretor-<br />
-geral da PDauto, decidiu “abraçar o sonho”<br />
da sua vida, em 2005. Foi nesse ano que,<br />
sozinho, abriu o distribuidor de peças de ligeiros,<br />
especialista em mecânica, que hoje ocupa<br />
lugar de destaque no panorama do aftermarket<br />
nacional. “Iniciei sozinho, em 2005, e à medida<br />
que a empresa começou a crescer, comecei a<br />
meter mais funcionários. A Daniela só se juntou<br />
a nós em 2010/ 2011. Neste momento temos<br />
também uma equipa comercial interna que é a<br />
responsável por todos os projetos com oficinas<br />
e montagens e tudo que esteja direcionado para<br />
a venda, esta equipa que faz esse trabalho com<br />
os nossos comerciais e com os clientes, e vai ao<br />
terreno quando é necessário. Eu gosto muito de<br />
organização – apesar de não ser uma pessoa muito<br />
organizada – gosto de delinear e de criar a organização”,<br />
conta-nos Paulo Silva, orgulhoso <strong>das</strong><br />
conquistas da empresa, que nem nos momentos<br />
mais difíceis vacilou: “Temos vindo a crescer!<br />
Por incrível que pareça, mesmo durante a crise<br />
de 2008 até 2012 estivemos em crescimento<br />
constante, porque nessa altura utilizavam-se e<br />
reparavam-se muitos carros usados. Em 2012 foi<br />
quando começamos a colocar vendedores na rua.<br />
As oportunidades foram surgindo e nós fomos<br />
aproveitando e crescendo, sempre de uma forma<br />
sustentada”, diz-nos o diretor-geral da PDauto.<br />
Negócio alavancado<br />
O crescimento seguro levou a que, em 2016, a<br />
PDauto mu<strong>das</strong>se para as atuais instalações, em<br />
Braga, com 2.200 m2 de armazenamento que,<br />
na altura, eram “grandes demais e hoje já são<br />
pequenas”. Ao longo destes anos, foram fazendo<br />
alterações e, com o tempo, esperam-se outras,<br />
para alargar a capacidade de stock da casa: “Já<br />
aumentámos bem as instalações, temos mais um<br />
piso em cima que não existia, que são mais 500<br />
metros, e estamos a negociar outro pavilhão. Estamos<br />
bem organizados, com a estrutura dividida<br />
em cinco equipas e to<strong>das</strong> elas trabalham umas<br />
com as outras”, explica, lembrando que desde<br />
2019 contam também com a loja de Barcelos,<br />
“que está a trabalhar muito bem”. O portefólio<br />
da casa aumentou com a compra da Turbo Peças,<br />
em 2023, que Paulo Silva recorda como “uma<br />
oportunidade que surgiu e que nós soubemos<br />
aproveitar muito bem”. Sobre os projetos futuros<br />
Paulo Silva ainda não abre o jogo, revela apenas<br />
que “Queremos trabalhar mais com os fabricantes<br />
e ter poder de compra, porque chegamos a um<br />
ponto em que a venda está feita e o essencial é<br />
a compra!”. É por isto que o responsável entende<br />
que deve ser a própria empresa a criar a sua<br />
própria “alavanca de ven<strong>das</strong>” focando-se especialmente<br />
na primeira parte do negócio, pois, a<br />
seu ver, “o segredo do negócio é comprar bem!”.<br />
Convém, deste modo, “estar integrado num grupo<br />
grande, para ter acesso às marcas”. Abrir mais<br />
lojas é uma situação que pode estar em cima da<br />
mesa, basta, perante a oportunidade, diz-nos<br />
Paulo Silva, “perceber se vale ou não a pena”. O<br />
nosso entrevistado considera que o mercado do<br />
aftermarket está bastante saturado.<br />
Qualidade e garantia<br />
Atualmente, a PDauto é um fornecedor global,<br />
tem peças e equipamentos, o que lhe permite “fornecer<br />
uma oficina a 100%”, carroçaria incluída. A<br />
oferta não engloba, para já, peças remanufatura<strong>das</strong>,<br />
pois não passa pelos objetivos da empresa,<br />
ainda que, “se o caminho for por aí, nós iremos<br />
lá estar com certeza”, garante. O que o responsável<br />
tem procurado, explica-nos, “é trabalhar com<br />
marcas que nos deem a qualidade e a garantia<br />
necessária para nós podermos vendê-las no mercado”.<br />
A comercialização de ferramentas e equipamentos<br />
veio precisamente da necessidade que<br />
a PDauto registou no contacto com os clientes.<br />
Com uma “boa base de vendedores, decidimos<br />
começar a atuar mais na linha dos equipamentos.<br />
Estamos a trabalhar com a GYS diretamente<br />
e está a ser muito bom. E isso depois já é uma<br />
alavanca para outras. É uma necessidade e estamos<br />
a saber aproveita-la muito bem”, esclarece<br />
Paulo Silva. Na área dos lubrificantes, o destaque<br />
vai para a TotalEnergies, que Paulo Silva acredita<br />
que irá ser “uma marca que vai crescer muito<br />
no nosso grupo. Ainda recentemente fizemos<br />
uma formação só para os vendedores, portanto, é<br />
uma marca em que vamos apostar muito. Existe<br />
também o conceito <strong>das</strong> oficinas TQAS – TotalEnergies<br />
Quartz Auto Service, que já temos duas e<br />
queremos ter mais, porque é uma marca de prestígio”.<br />
Trabalham ainda com a Global Racing Oil,<br />
que o diretor-geral carateriza como “uma marca<br />
de respeito”, bem como com a Valvoline, que considera<br />
“uma marca histórica com a qual nunca<br />
deixamos de trabalhar”, explica.<br />
“Não é o grupo<br />
que faz a diferença”<br />
Paulo Silva considera “completamente natural”<br />
a realidade da concentração dos grupos, “que já<br />
existe em Espanha há muitos anos”. No entanto,<br />
entende que se “uma empresa andar no mercado<br />
com bastante organização e um objetivo, as coisas<br />
fazem-se. Há muita gente que não sabe trabalhar<br />
num grupo. É preciso saber entrar num<br />
grupo e perceber como é que se é retalhista. Se<br />
a empresa tiver focada naquilo que pretende...<br />
70 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
“QUEREMOS TRABALHAR MAIS COM OS FABRICANTES E TER PODER DE<br />
COMPRA, PORQUE CHEGAMOS A UM PONTO EM QUE A VENDA ESTÁ FEITA E O<br />
ESSENCIAL É A COMPRA”, REFERE PAULO SILVA
PAULO SILVA<br />
acho que vai lá, não é o grupo que<br />
faz a diferença”. Da mesma forma, o<br />
responsável também não vê o crescimento<br />
dos veículos elétricos como<br />
uma ameaça: “Existem muitas dúvi<strong>das</strong><br />
relativamente aos veículos<br />
elétricos, as próprias marcas não sabem<br />
para onde é que vão, os governos<br />
também não. Se pender para os<br />
elétricos, temos que procurar o nosso<br />
caminho”. Já sobre as peças «low<br />
cost», Paulo Silva entende que “há<br />
mercado para elas, mas as pessoas<br />
acabam por perceber, com o tempo,<br />
que uma peça mais económica<br />
dura menos tempo e dá mais chatices.<br />
Nós estamos a trabalhar com<br />
marcas de qualidade, mas também<br />
temos que ter segun<strong>das</strong> linhas, apesar<br />
de não gostarmos de as vender.<br />
Uma oficina boa e bem referenciada,<br />
não procura preço. Procura serviço<br />
e qualidade”, defende.<br />
Logística rápida<br />
A PDauto aposta em várias frentes<br />
para conseguir entregar o máximo<br />
de encomen<strong>das</strong> no menor tempo<br />
possível. Assim, contam com transportadoras,<br />
carros próprios e ainda<br />
uma frota de motas, em serviço<br />
externo, para serviços rápidos: “Há<br />
zonas que têm entregas programa<strong>das</strong>,<br />
com duas de manhã e duas de<br />
tarde e depois temos a transportadora.<br />
No centro da cidade, temos<br />
entregas constantes. As motas entram<br />
e saem, estão sempre a andar<br />
o dia todo”. Esta flexibilidade possibilita<br />
à PDauto – em conjunto com<br />
a área geográfica da Turbo Peças –<br />
chegar a “muitas zonas de Trás-Os-<br />
-Montes, onde temos um comercial<br />
a fazer um bom trabalho. Fazemos<br />
muito aqui a zona do Minho, Vila<br />
Verde, Famalicão, Barcelos. Também<br />
fazemos a Trofa, Vila do Conde<br />
e Póvoa do Varzim e vai entrar um<br />
novo vendedor para fazer a zona de<br />
Viana do Castelo”, revela. Os pedidos<br />
são feitos através de call center,<br />
onde estão aloca<strong>das</strong> 10 pessoas (de<br />
um total de 70 funcionários na empresa),<br />
bem como via WhatsApp<br />
ou na plataforma B2B. Paulo Silva<br />
nota que esta é “uma ferramenta<br />
que a nova geração procura e com<br />
a qual se identifica. A geração mais<br />
antiga gosta de ter, mas não utiliza<br />
muito”. A questão da devolução <strong>das</strong><br />
peças «assombra» muitos dos retalhistas<br />
nacionais, que são obrigados<br />
a designar colaboradores apenas<br />
para executar esta tarefa. Paulo Silva<br />
encara o problema com pragmatismo<br />
e não facilita nas regras para<br />
aceitar as devoluções, nomeadamente<br />
com o preenchimento de formulários,<br />
rigor na receção <strong>das</strong> peças<br />
e da integridade <strong>das</strong> caixas, pois,<br />
“se aceitarmos tudo o que o cliente<br />
quer, é uma balda. Nós não queremos<br />
atritos com os clientes, mas<br />
temos de cumprir as regras. Não<br />
havendo erros, há um melhor serviço”,<br />
esclarece. Depois do empurrão<br />
que a inflação trouxe às empresas,<br />
nos anos anteriores, o arranque de<br />
2024 continua no sentido positivo<br />
e Paulo Silva coloca o objetivo na<br />
fasquia dos “12%, 13%, para já, estamos<br />
lá”, conclui. l<br />
PDACADEMIA<br />
É UMA MAIS VALIA<br />
ara fazer face à lacuna da formação que<br />
P se sente na área <strong>das</strong> oficinas, a PDauto<br />
investiu na criação da PDAcademia, um projeto<br />
que tem como objetivo, a formação<br />
profissionalizante na área da mecânica<br />
funcionando como plataforma entre formandos,<br />
oficinas e marcas\fornecedores de especialidade.<br />
São cursos para jovens com idade inferior a 25<br />
anos, que pretendem concluir o 12º ano de<br />
escolaridade. Trata-se de um espaço com 180<br />
m2 dotado com sala de formação e oficina<br />
equipada com dois elevadores, máquinas de<br />
diagnósticos, máquinas de substituição de ATF,<br />
carregamento de A/C, carrinhos de ferramentas,<br />
banca<strong>das</strong> de trabalho e diversas ferramentas e<br />
equipamentos de apoio à atividade. A<br />
PDAcademia tem atualmente a decorrer cursos<br />
de Mecatrónica Automóvel em 2 turmas num<br />
total de 26 alunos. O próximo curso inicia já no<br />
próximo mês de outubro. Esta plataforma de<br />
cooperação permite aproximar alunos do<br />
mercado de trabalho e vice versa para além de<br />
complementar a oferta curricular com formações<br />
técnicas <strong>das</strong> marcas envolvi<strong>das</strong>. Por outro lado<br />
permite à PDAuto disponibilizar um espaço<br />
devidamente equipado para a formação de<br />
profissionais da área que assim e no mesmo<br />
espaço podem receber formações teóricas e<br />
práticas. “A PDAcademia faz lembrar o futebol, é<br />
como sermos a seleção e não termos o nosso<br />
balneário, a nossa casa. Tive a ideia de criarmos a<br />
Academia para formações onde podemos<br />
promover produtos, marcas, ações e fazer<br />
ven<strong>das</strong>. A Academia permitiu-nos isso, fazemos<br />
imensas formações, agora, por exemplo, está a<br />
decorrer uma com um veículo elétrico, com uma<br />
avaria real. Essas formações têm uma<br />
componente teórica on-line e uma componente<br />
prática que é presencial, e tem sido muito bom”,<br />
diz Paulo Silva, diretor geral da PDauto. Com a<br />
criação da PDAcademia, a PDAuto, dá um passo<br />
importante para o futuro, garantindo a formação<br />
especializada de jovens que serão os seus futuros<br />
clientes<br />
PARA FAZER FACE À LACUNA DA FORMAÇÃO QUE SE SENTE NA ÁREA DAS<br />
OFICINAS, A PDAUTO INVESTIU NA CRIAÇÃO DA PDACADEMIA, UM PROJETO<br />
QUE VISA FORMAR PROFISSIONAIS NA ÁREA DA MECÂNICA, DEDICADO A<br />
JOVENS COM IDADE INFERIOR A 25 ANOS<br />
72 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
NOTÍCIAS // PEÇAS E EQUIPAMENTOS À MEDIDA DE CADA NEGÓCIO<br />
Produto<br />
<strong>Jornal</strong><strong>das</strong><strong>Oficinas</strong>_220mmX145mm copy.pdf 1 18/03/24 10:48<br />
BOSCH MOBILITY AFTERMARKET<br />
LANÇA NOVA<br />
CAMPANHA<br />
A<br />
Bosch Mobiliy Aftermarket lançou uma nova<br />
campanha de comunicação para o programa<br />
Bosch eXchange, com o objetivo de reforçar a<br />
importância da remanufaturação na conservação dos<br />
recursos naturais e na promoção da economia circular.<br />
Os produtos eXchange são fabricados de acordo com os<br />
padrões <strong>das</strong> peças originais e sujeitos a rigorosos testes<br />
funcionais e de qualidade. Este facto assegura a elevada<br />
qualidade e fiabilidade a preços mais baixos. Deste<br />
modo, as oficinas podem promover ofertas atrativas<br />
aos seus clientes para reparações de veículos. Embora o<br />
programa Bosch eXchange seja parcialmente constituído<br />
por produtos remanufacturados em série, para que<br />
seja possível oferecer uma gama abrangente com boa<br />
cobertura de mercado e elevada capacidade de entrega,<br />
a oferta do programa eXchange é complementada por<br />
peças novas. Isto permite à Bosch disponibilizar às oficinas<br />
um programa que é atualizado constantemente e<br />
que cumpre tanto as suas as necessidades como as dos<br />
seus clientes.<br />
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74 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
KIT DE LIMPEZA DO MÓDULO ADBLUE<br />
JALTEst Tools | A Jaltest Tools acaba de lançar um novo kit de limpeza do módulo AdBlue/<br />
DEF (50105219), especialmente concebido para maquinaria agrícola, maquinaria de construção e<br />
equipamentos de movimentação de materiais. Em muitos casos, os problemas relacionados com o<br />
funcionamento do sistema antipoluição não se devem a um componente específico, mas a bloqueios<br />
nas condutas do sistema. Estes inconvenientes não são, evidentemente, exclusivos dos veículos comerciais.<br />
Este novo kit oferece uma série de vantagens essenciais para um funcionamento ótimo do<br />
sistema antipoluição, nomeadamente: Limpeza sem desmontagem, que permite limpar os resíduos<br />
cristalizados de AdBlue/DEF diretamente no módulo de dosagem, na linha de injeção e no próprio<br />
injetor, sem desmontar o sistema; Poupança de tempo e de custos ao assegurar uma manutenção<br />
eficiente e eficaz para evitar tempos de paragem na oficina; Conformidade com a regulamentação em<br />
matéria de emissões, essencial para reduzir o impacto ambiental; e Refratómetro com escala específica<br />
para verificar a percentagem de ureia na solução de AdBlue/DEF.<br />
LANÇA NOVA LINHA LEAN NOX TRAP<br />
Veneporte | A nova gama de produtos desenvolvida pela Veneporte apresenta uma tecnologia<br />
LNT que retém o óxido de azoto (NOx) no interior do sistema. Este sistema de purificação de gases de<br />
escape é um dos mais avançados no mercado, tendo como principal função a significativa redução <strong>das</strong><br />
emissões nocivas produzi<strong>das</strong> pelos motores a diesel. A tecnologia LNT funciona de forma a reter o óxido de<br />
azoto (NOx) no interior do sistema. Quando a capacidade do adsorvente se encontra saturada, o sistema<br />
é regenerado durante um período de operação do motor em modo rico (quente). Durante este processo,<br />
o gás reage para formar azoto (N), água (H2O) e pequenas quantidades de dióxido de carbono (CO2).<br />
“Sempre focada em oferecer novas soluções de controlo de emissões ao mercado, a Veneporte dedica-se<br />
ao desenvolvimento e fornecimento consistente de produtos de alta qualidade que cumprem os requisitos<br />
legais estabelecidos pelas normas UNECE”, afirmou a Veneporte em comunicado. “Este lançamento<br />
reforça o compromisso da Veneporte com a inovação e a sustentabilidade, proporcionando aos nossos<br />
clientes tecnologias de ponta para um futuro mais limpo”, concluiu<br />
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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 75
NOTÍCIAS<br />
PRODUTO<br />
AUMENTA GAMA DE MOTORES<br />
DE ARRANQUE E ALTERNADORES<br />
FÓRMULA XT MAIS SUSTENTÁVEL DO QUE NUNCA<br />
teXtar | A TMD Friction apostou numa nova embalagem sustentável para o produto de limpeza de travões Fórmula XT,<br />
da Textar. A nova embalagem tem uma tampa cinza feita de materiais 100% reciclados. Uma <strong>das</strong> vantagens deste produto, é<br />
que pode ser utilizado de ‘cabeça para baixo’, ou seja, graças ao bico pulverizador de 360 graus é possível virar a embalagem<br />
ao contrário. Isso significa que pode ser usado até mesmo em locais de difícil acesso. A Fórmula XT está disponível em lata<br />
de spray de 500mL. O produto de limpeza de travões é essencial para a limpeza e desengorduramento durante trabalhos de<br />
manutenção e reparação de travões. Embora o produto de limpeza de travões Textar Formula XT custe mais do que outros<br />
produtos no mercado, oferece uma relação custo-benefício excelente devido a uma proporção maior do produto no mesmo<br />
tamanho de lata, contendo mais de 95% de substância de limpeza ativa. Os restantes cinco por cento consistem em gás<br />
comprimido, que atua como propelente.<br />
Febi | Com base numa análise feita ao aftermarket, a febi decidiu aumentar<br />
a sua vasta de gama de motores de arranque e alternadores , que deverá crescer<br />
ainda mais durante os próximos anos. A febi possui atualmente mais de 150<br />
motores de arranque e 200 alternadores, uma gama que cobre mais de 15.000 e<br />
13.500 aplicações de veículos ligeiros e veículos comerciais leves (LCV), respetivamente.<br />
Além disso, a febi também oferece uma extensa seleção de correias,<br />
polias do alternador, polias auxiliares e tensores para complementar a sua gama<br />
de motores de arranque e alternadores, permitindo às oficinas realizar reparações<br />
completas com facilidade. Tal como acontece com to<strong>das</strong> as mais de 70 mil peças<br />
de reposição na sua gama, todos os motores de arranque e alternadores são fabricados<br />
de acordo com “os mais rigorosos padrões de qualidade correspondente<br />
à OE para facilidade na instalação, durabilidade e fiabilidade nos quais oficinas,<br />
distribuidores e, claro, os próprios condutores confiam – dia após dia, quilómetro<br />
após quilómetro”, assegura a febi em comunicado.<br />
CROMAX<br />
NOVA GAMA<br />
DE PRODUTOS PARA O VERÃO<br />
Com a aproximação do verão, chega o aumento da temperatura e humidade, algo que<br />
dificulta a reparação da pintura dos veículos. Com o objetivo de melhorar a aplicação<br />
do verniz em condições de humidade elevada e temperaturas superiores a 35 ºC, a<br />
Cromax propõe a utilização do verniz CC6500 High Performance VOC Clear com o ativador<br />
lento AR7506 High Performance Clearcoat Activator Slow e o aditivo lento AZ9501 High<br />
Performance VOC Agent Slow. “O verniz CC6500 High Performance VOC Clear destaca-se<br />
pela sua grande robustez e excelente aspeto. Trata-se de um verniz muito fácil de aplicar<br />
com duas demãos com uma excelente estabilidade vertical que seca em 15 minutos a uma<br />
temperatura de 60 ºC ou em 30 minutos a 40 ºC, o que for mais adequado para as oficinas,<br />
mesmo quando as condições de calor e humidade são mais eleva<strong>das</strong> graças ao facto de dispor<br />
um ativador e um aditivo lentos”, afirmou Fernando Soares, Mainstream Product Manager<br />
EMEA da Axalta. Fernando Soares acrescentou que este verniz também “contribui para reduzir<br />
o tempo de reparação e aumentar a produtividade graças às suas propriedades especiais”.<br />
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REPARAÇÃO DE PEÇAS<br />
ELETRÓNICAS DE AUTOMÓVEIS<br />
PREÇO ACESSÍVEL E SUSTENTÁVEL<br />
76 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
WWW.RACTRONICOS.PT<br />
4.8
PANOS DE LIMPEZA MEWA:<br />
A AJUDA PERFEITA E SUSTENTÁVEL<br />
Mewa | A Mewa disponibiliza têxteis industriais altamente absorventes com serviço completo:<br />
o pano de limpeza Mewatex e a manta de absorção Multitex. Os têxteis ultra-absorventes são entregues,<br />
na quantidade acordada, diretamente na empresa e, quando chega a altura, são lá recolhidos<br />
pela Mewa que os lava de forma ecológica. Cada pano de limpeza pode ser lavado até 50 vezes<br />
e depois reutilizado. O processo inclui um rigoroso controlo de qualidade em várias fases, já que o<br />
multipremiado conceito de reutilização é rigorosamente estudado do primeiro ao último passo. Os<br />
panos e as mantas depois de terem sido utilizados são simplesmente guardados num contentor de<br />
segurança com fecho hermético. Chama-se SaCon e é disponibilizado pela Mewa, pode ser um ou<br />
vários de acordo com as necessidades específicas de cada empresa. Serve também para transportar<br />
de forma segura e em conformidade com a lei os têxteis usados, considerados mercadorias perigosas<br />
devido aos contaminantes absorvidos. Os panos de primeira qualidade para uma limpeza eficiente de<br />
máquinas e ferramentas estão disponíveis em quatro variantes, consoante a área de aplicação, desde<br />
extra robustos a extra suaves.<br />
TORNA-SE MEMBRO DO GRUPO DRIVER<br />
electro Marques | A Electro Marques, que conta com duas oficinas no concelho de Ourém,<br />
adotou, desde o início deste ano a identificação corporativa do Grupo Driver. Fundada em 1994, como uma<br />
oficina especializada em eletrónica automóvel, e integrada na rede Bosch Car Service, passou, desde 2023,<br />
a fazer parte da emergente rede Driver em Portugal com as suas duas oficinas. A gerência da Electro Marques,<br />
agora dividida entre Rui Marques e a sua filha Inês, tomou no início de 2023 esta decisão histórica:<br />
aderir à rede Driver em Portugal. Esta escolha reforça a aposta da empresa nos serviços de pneus e de mecânica<br />
rápida, um compromisso que será alavancado com a excelente carteira de fornecedores do Grupo<br />
Driver, liderada pela Pirelli, e pelos seus serviços e ferramentas de excelência. O primeiro fruto desta união<br />
surge um ano depois com a adoção da identificação corporativa do Grupo Driver nas oficinas Electro Marques<br />
com cores que contribuem para realçar uma imagem cuidada e que servem como atração para novos<br />
clientes, sempre com a garantia de que os seus veículos receberão uma atenção de máxima qualidade.<br />
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NOTÍCIAS<br />
PRODUTO<br />
LIQUI MOLY ACONSELHA<br />
ADITIVOS NOS NOVOS<br />
TIPOS DE GASÓLEO<br />
Os novos gasóleos B10 e XTL ou HVO oferecem aos clientes<br />
mais opções nos postos de abastecimento. Se no lado interior<br />
da tampa do depósito de combustível se encontrar um<br />
símbolo com a identificação XTL ou B10, o combustível pode ser<br />
abastecido sem qualquer problema. Na prática, as novas variantes<br />
de gasóleo não têm um desempenho inferior ao do gasóleo disponível<br />
até agora. Os ensaios demonstraram isso. Devido à sua natureza<br />
sintética, o XTL e o HVO têm uma qualidade tecnicamente<br />
superior, uma vez que não contêm aromas nem outros subprodutos.<br />
Além disso, são produzidos menos 30% de partículas finas e óxidos<br />
de azoto. Para que o motor tenha a máxima longevidade possível,<br />
a Liqui Moly recomenda, ao abastecer os novos tipos de gasóleo,<br />
aditivos que limpem e cuidem do sistema como, por exemplo, o produto<br />
de limpeza do sistema do motor Diesel. Sobretudo porque os<br />
novos tipos de gasóleo não possuem as mesmas propriedades lubrificantes<br />
que o combustível convencional para autoignição. Os aditivos<br />
para gasóleo da Liqui Moly podem ser utilizados sem problemas<br />
em B10 e XTL.<br />
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C<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K
SIMPLIFICA REPARAÇÕES DE VERÃO<br />
Spies Hecker | Com o objetivo de melhorar a aplicação do verniz em condições de elevada humidade e de<br />
temperaturas superiores a 35º C, a Spies Hecker apresenta o endurecedor lento Permasolid VHS Race 3472 e o aditivo<br />
lento Permasolid Race 9072 para serem utilizados com o verniz Permasolid HS Race 8700. Este verniz permite<br />
reduzir os tempos de reparação e o consumo de energia <strong>das</strong> oficinas graças ao seu processo de secagem flexível<br />
e rápido: 30 minutos a 40 ºC ou 15 minutos a 60 ºC. Além disso, também pode ser seco com infra vermelhos.<br />
Trata-se de um verniz muito versátil que permite uma aplicação fácil e segura com duas cama<strong>das</strong> com uma breve<br />
evaporação intermédia que é adequado para todo o tipo de reparações desde danos pequenos até uma pintura<br />
completa, oferecendo sempre um acabamento de alto brilho. Por outro lado, graças à sua tecnologia avançada,<br />
pode ser polido e montado novamente depois de ser seco na cabina e arrefecido durante um curto período de<br />
tempo. “A combinação do verniz Permasolid HS Race 8700 com o endurecedor lento Permasolid VHS Race 3472<br />
e o aditivo lento Permasolid Race 9072 oferece uma vantagem significativa para as oficinas nos meses de verão”,<br />
afirmou Fernando Soares, Mainstream Product Manager EMEA.<br />
BRILHA NOS GERMAN INNOVATION<br />
AWARDS 2024<br />
Osram | A Osram foi distinguida nas categorias “Excelência em Business to Business: Tecnologias<br />
Automóvel” e “Excelência em Business to Consumer: Iluminação” nos prémios German Innovation<br />
Awards 2024. Os prémios de inovação alemães são atribuídos todos os anos a produtos, projetos e<br />
realizações pioneiras que impulsionam o progresso sustentável e inovador nas respetivas indústrias.<br />
Reconhecem as empresas que enriquecem a vida de vários grupos-alvo através <strong>das</strong> suas inovações.<br />
A Osram Truckstar LED H7 foi nomeada vencedora na categoria “Excelência em Business to Business:<br />
Tecnologias Automóvel”. É a primeira lâmpada LED H7 da Osram aprovada para veículos de 24V, tanto<br />
para luz de farol de máximos como médios. Com um brilho de até 230% em comparação com o valor<br />
mínimo legal e uma temperatura de cor de até 6000 Kelvin, estabelece novos padrões para LEDs<br />
retrofit para aplicações em veículos pesados. O seu encandeamento para os outros condutores da<br />
estrada é até 50% abaixo dos valores máximos permitidos.<br />
Hutchinson.pdf 1 17/06/2024 14:39<br />
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PARA BEVS & PHEVS
Entrevista<br />
HUGO DE FIGUEIREDO<br />
DIRETOR-GERAL DAVASA AUTOMOCIÓN SUCURSAL EM PORTUGAL<br />
NESTA EMPRESA<br />
QUEREMOS SEMPRE MAIS
CRIADA EM 1971, A DAVASA AUTOMOCIÓN É UM DISTRIBUIDOR DE PEÇAS ESPANHOL<br />
QUE PERTENCE HOJE AO GRUPO SAG – SWISS AUTOMOTIVE GROUP. DESDE 2004 QUE ESTÁ<br />
PRESENTE EM PORTUGAL, COM A DAVASA AUTOMOCIÓN SUCURSAL, E TEM CONSEGUIDO<br />
REGISTAR UMA EVOLUÇÃO CONTÍNUA E SUSTENTADA. HUGO DE FIGUEIREDO ASSUMIU<br />
OS COMANDOS DA EMPRESA EM PORTUGAL A MEIO DE 2020 E, APESAR DE TER ENFRENTADO<br />
TEMPOS DIFÍCEIS, DIZ-NOS QUE OS ÚLTIMOS QUATRO ANOS FORAM POSITIVOS,<br />
GARANTINDO QUE MANTÉM A AMBIÇÃO DE FAZER MAIS E MELHOR<br />
A<br />
empresa de distribuição de peças tem<br />
três delegações em Portugal – Lisboa<br />
(Prior Velho), Porto (Maia) e Coimbra –<br />
e conta com uma estrutura de 30 colaboradores.<br />
Neste momento conseguem cobrir todo o território<br />
de Portugal Continental, tendo apenas<br />
clientes pontuais nas ilhas, onde já chegaram a<br />
ter um comercial. Desde 1 de julho de 2020, em<br />
plena pandemia, que Hugo de Figueiredo aceitou<br />
o desafio de «pôr mãos à obra» na Davasa<br />
Automoción Sucursal em Portugal enquanto<br />
diretor-geral e o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> foi tentar<br />
perceber qual o balanço que o responsável faz<br />
sobre estes anos: “Temos vindo sempre a crescer<br />
e a impulsionar cada vez mais o nome da Davasa<br />
em Portugal, mesmo com to<strong>das</strong> as dificuldades<br />
que condicionaram o mercado e que, de alguma<br />
forma, ainda hoje se refletem. Posso resumir estes<br />
quatro anos como positivos, porém com um<br />
sabor sempre amargo, pois nesta casa queremos<br />
sempre mais”, declara, revelando desde logo a<br />
ambição que o carateriza.<br />
Garantia ibérica<br />
A Davasa chegou a Portugal em 2003 e é uma<br />
extensão da Davasa Automoción, nascida em<br />
Espanha no início dos anos 70. No país vizinho<br />
tem 30 delegações e totaliza, na Península<br />
Ibérica, 35 mil metros quadrados de armazenamento<br />
e mais de 140 mil referências em stock.<br />
Em Portugal, a Davasa dinamiza o conceito oficinal<br />
CGA Car Service, tendo, à data, 14 oficinas.<br />
Hugo de Figueiredo nota que têm “sentido alguma<br />
resistência por parte de algumas oficinas<br />
em juntar-se a um conceito oficinal, seja o nosso<br />
ou qualquer outro que está presente no mercado”,<br />
mas continua a acreditar que “no futuro<br />
fará diferença pertencer a um conceito como o<br />
CGA Car Service. A nossa meta é agregar cada<br />
vez mais oficinas e vale o esforço financeiro do<br />
investimento inicial, embora a quota não seja,<br />
no nosso caso, muito alta”. Segundo o diretor-<br />
-geral, “o CGA Car Service é um conceito que<br />
permite o acesso a formação de qualidade. É<br />
uma grande mais valia e crucial para o futuro de<br />
qualquer oficina”, oferecendo ainda “uma garantia<br />
ibérica, que dá segurança e uma visibilidade<br />
em grande escala. É uma rede diferenciada e que<br />
está em crescimento”, analisa.<br />
Aposta na marca QWP<br />
O leque de produtos “é vasto” e as linhas de<br />
produto são constantemente reforça<strong>das</strong>, “para<br />
satisfazer as necessidades dos nossos clientes,<br />
estamos sempre a procurar novas soluções para<br />
chegar a esse objetivo”. A Davasa trabalha com<br />
“to<strong>das</strong> as marcas premium e as marcas tradicionais<br />
do aftermarket” e as novidades do portefólio<br />
chegam, sobretudo, na marca própria QWP,<br />
que pertence ao grupo SAG, que é o detentor<br />
maioritário da Davasa Automoción e que lhes<br />
interessa potenciar. Bastante “consolidada em<br />
diversos mercados como a Hungria, Itália, Suíça<br />
e Áustria”, a QWP apresenta-se como uma<br />
marca “de qualidade, a um preço acessível” e<br />
dispõe, neste momento, de produtos na “travagem<br />
(pastilhas e discos), motores de arranque,<br />
alternadores, amortecedores, baterias e conversores”,<br />
revela. As peças remanufatura<strong>das</strong> sempre<br />
fizeram parte da oferta da Davasa Automoción,<br />
em referências como “bombas injetoras no Diesel<br />
e, na parte elétrica, motores de arranque e injetores”.<br />
Hugo de Figueiredo considera que esta<br />
área de negócio tem vindo a crescer e “é uma<br />
tendência de futuro”, motivo que tem levado<br />
muitas empresas a apostar na remanufaturação<br />
desses produtos, “como por exemplo a Bosch,<br />
com o programa Bosch eXchange que garante<br />
reparações profissionais e económicas com soluções<br />
de alta qualidade e a mesma garantia de desempenho<br />
de peças novas. Devido às reparações<br />
de veículos com os produtos Bosch eXchange e<br />
ao retorno de peças velhas que lhe está associado,<br />
a Davasa Automoción, em conjunto com as<br />
oficinas parceiras, têm vindo a dar um importante<br />
contributo para a economia circular. Em<br />
paralelo com a comercialização de peças, a empresa<br />
disponibiliza também ferramentas e equipamentos,<br />
como sejam elevadores, alinhadores<br />
de direção, máquinas de diagnóstico, máquinas<br />
de ar condicionado, entre muitos outros equipamentos<br />
que têm em catálogo.<br />
Encomen<strong>das</strong> online e ao balcão<br />
A plataforma B2B da Davasa “tem evoluído<br />
de forma positiva”, com a empresa dedicada a<br />
aplicar melhorias, para trazer “mais facilidade<br />
aos clientes”. O responsável revela que a página<br />
online regista “um grande número de entra<strong>das</strong>,<br />
numa percentagem bastante elevada na zona de<br />
Lisboa e Centro, que usa muito mais a plataforma<br />
do que a zona Norte. No Porto ainda existe<br />
aquele mais tradicional contacto telefónico com<br />
o balcão. Felizmente, a nossa equipa lá é bastante<br />
boa e não me importa nada que assim seja,<br />
porque se nota que funciona bem assim. Na zona<br />
centro, cerca de 70% <strong>das</strong> encomen<strong>das</strong> já chegam<br />
via plataforma B2B”. As ven<strong>das</strong> ao balcão,<br />
muito por conta da localização, acontecem mais<br />
em Lisboa, ao passo que “no Porto são menos,<br />
porque a loja está numa zona industrial, menos<br />
A DAVASA AUTOMOCIÓN SUCURSAL EM PORTUGAL TEM TRÊS<br />
DELEGAÇÕES EM PORTUGAL – LISBOA (PRIOR VELHO), PORTO (MAIA)<br />
E COIMBRA – E CONTA COM UMA ESTRUTURA DE 30 COLABORADORES.<br />
CONSEGUE COBRIR todo O TERRITÓRIO DE PORTUGAL CONTINENTAL,<br />
TENDO APENAS CLIENTES PONTUAIS NAS ILHAS<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 81
HUGO<br />
DE FIGUEIREDO<br />
A DAVasa TRABALHA COM as PRINCIPAIS MARCAS PREMIUM DO<br />
AFTERMARKET. as NOVIDADES DO PORTEFÓLIO CHEGAM, SOBRETUDO,<br />
NA MARCA PRÓPRIA QWP, QUE PERTENCE AO GRUPO SAG - SWISS<br />
autOMOTIVE GROUP, QUE É O DETENTOR MAIORITÁRIO DA DAVasa<br />
autOMOCIÓN E QUE LHES INTERESSA POTENCIAR<br />
acessível”. O contacto com os clientes<br />
é algo que a Davasa Automoción<br />
Sucursal em Portugal tem em<br />
atenção. Já chegou a levar clientes<br />
à Motortec e tem sempre em vista a<br />
realização de formações, quer seja<br />
através do grupo CGA, como com<br />
algumas marcas, como a Motul ou<br />
a Hella, ações que são, por hábito<br />
realiza<strong>das</strong> em salas de hotel.<br />
queremos aumentar o volume de<br />
ven<strong>das</strong> e de clientes”, sublinha.<br />
Aos clientes, relembra que a Davasa<br />
quer, “cada vez, mais ser a solução<br />
que as oficinas e os retalhistas<br />
necessitam, juntamente com os<br />
nossos fornecedores e com to<strong>das</strong><br />
as marcas com quem trabalhamos.<br />
A nossa missão é simples, ser um<br />
apoio constante ao crescimento<br />
dos nossos clientes e estarmos em<br />
constante adaptação e atualização<br />
do mercado. Para este ano, além do<br />
foco na marca QWP, “queremos es-<br />
tar presentes na expoMECÂNICA.<br />
Já não estamos lá há muito tempo<br />
e é importante estar, pois muitos<br />
dos nossos clientes visitam a feira<br />
e é uma oportunidade para darmos<br />
um foco maior à nossa marca própria”,<br />
finaliza. l<br />
“O maior desafio é sempre<br />
ter o que o mercado pede”<br />
Questionado sobre o que considera<br />
serem os maiores desafios, que a<br />
empresa pode vir a enfrentar, Hugo<br />
de Figueiredo sente que “o mercado<br />
está cada vez mais competitivo<br />
e mais exigente. O mercado não<br />
estica e aqui em Portugal já é tão<br />
pequeno que temos de estar atentos<br />
às tendências e acompanhá-las.<br />
Estamos conscientes de onde é que<br />
temos de melhorar, por exemplo,<br />
enfrentámos algumas falhas de stock,<br />
que temos vindo a solucionar. O<br />
maior desafio é, e sempre será, ter<br />
o que o mercado pede”. Em relação<br />
às expetativas, a meta para este ano<br />
é “um crescimento de mais de dez<br />
por cento face a 2023. É ambicioso,<br />
mas estamos no caminho positivo;<br />
no entanto, não estamos totalmente<br />
satisfeitos e vamos avançar com novas<br />
estratégias para superar aquilo<br />
que foi traçado para este ano, pois<br />
as INOVAÇÕES TERÃO DE SER FEITAS<br />
PELOS DISTRIBUIDORES<br />
diretor-geral da Davasa é da opinião<br />
O que a concentração do negócio da<br />
distribuição de peças auto continua a ser a<br />
tendência para o futuro. No seu entender,<br />
“veremos cada vez mais distribuidores e<br />
retalhistas a serem adquiridos por grandes<br />
grupos internacionais”, situação que deixa a<br />
Davasa numa posição mais confortável, pois<br />
pertencendo já ao grupo de compras<br />
internacionais, SAG - Swiss Automotive Group,<br />
“o que poderá acontecer é termos mais<br />
presença da Davasa no grupo SAG e também<br />
em Portugal”. Os pequenos distribuidores,<br />
assim, deverão continuar a fundir-se, e,<br />
acredita, “em vez de três ou quatro mega<br />
distribuidores, poderemos ter grandes grupos<br />
a controlar o mercado. A tendência é essa, é o<br />
que se tem assistido”, analisa, concluindo que<br />
o mercado, “principalmente em Portugal, da<br />
experiência que tenho, está cada vez mais<br />
concorrencial e há maior força entre esses<br />
grupos para poderem dinamizar as suas linhas<br />
de produtos junto dos clientes e com preços<br />
ainda mais competitivos. E falamos até de<br />
marcas próprias. O desafio para vender será<br />
ainda maior e as inovações terão de ser feitas<br />
pelos distribuidores”, afirma.<br />
As peças para veículos elétricos é uma<br />
área que tem vindo a crescer, mas Hugo<br />
de Figueiredo duvida que “a tal quota de<br />
ocupação do mercado de que se fala seja<br />
já num futuro próximo. Penso que será um<br />
processo evolutivo, mas da mesma forma que<br />
as outras peças se tornaram de alta rotação,<br />
com a evolução dos automóveis, novas<br />
peças de alta rotação vão surgir na parte dos<br />
elétricos. É uma sucessão natural que algumas<br />
peças vão perdendo o seu consumo, mas<br />
temos ainda um longo período de tempo até<br />
isso acontecer, principalmente se olharmos<br />
para o parque que temos atualmente”. O<br />
nosso entrevistado nota que o poder de<br />
compra dos clientes tem vindo a diminuir<br />
e afirma que isso influencia as decisões dos<br />
clientes na escolha de marcas mais baratas.<br />
“A oficina vai-se adaptando e tem de ter uma<br />
oferta adequada à sua clientela. No entanto,<br />
temos que ter, obviamente, oferta tanto para<br />
low-cost como para premium, porque há<br />
sempre um cliente que gosta de material com<br />
mais qualidade e está disposto a pagar, pelo<br />
que temos que estar posicionados e ter as<br />
duas gamas”, explica. Na Davasa, privilegiam<br />
“as marcas premium, mas também dispomos<br />
da nossa marca própria QWP com uma gama<br />
diversificada de produtos. É uma marca já<br />
muito experimentada, em muitos mercados,<br />
com uma qualidade muito boa. É exclusiva<br />
do grupo e tem um catálogo bastante vasto,<br />
onde se destacam os produtos de travagem<br />
(pastilhas e discos), motores de arranque,<br />
alternadores, amortecedores e conversores”,<br />
revela Hugo de Figueiredo.<br />
82 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Entrevista<br />
RICARDO ALMEIDA, DIRETOR COMERCIAL DA VICAUTO<br />
VAMOS DUPLICAR<br />
A NOSSA CAPACIDADE<br />
DE ARMAZENAGEM!<br />
INTEGRADA DESDE 2017 NO GRUPO DE RETALHO ESPANHOL ADR, A VICAUTO É UM DISTRIBUIDOR<br />
DE PEÇAS DE PESADOS, EM VISEU, QUE TEM VINDO A CRESCER A DOIS DÍGITOS NOS ÚLTIMOS ANOS.<br />
PARA AUMENTAR O STOCK, QUE ASCENDE ATUALMENTE A 20.000 PEÇAS, ESTÁ JÁ PREVISTA A<br />
COLOCAÇÃO DE UM SEGUNDO PISO NAS INSTALAÇÕES E RICARDO ALMEIDA, DIRETOR COMERCIAL DA<br />
EMPRESA, GARANTE QUE VÃO CONTINUAR A TRABALHAR PARA MANTER O SUCESSO GRANJEADO<br />
AO LONGO DE MAIS DE TRÊS DÉCADAS<br />
Há já vários anos que o crescimento da Vicauto<br />
não passa despercebido no aftermarket<br />
de veículos pesados, com a<br />
evolução positiva a ser notória especialmente<br />
desde que a empresa entrou no grupo de retalho<br />
espanhol ADR, em 2017. Ricardo Almeida, diretor<br />
comercial da empresa, explica-nos que os<br />
bons resultados advêm, sobretudo, “da mudança<br />
de instalações e do facto de termos entrado<br />
no grupo. Tivemos acesso a melhores condições,<br />
porque já trabalhávamos com a grande maioria<br />
<strong>das</strong> marcas que estão no grupo”. Localizada na<br />
Zona Empresarial do Campo, em Viseu, a Vicauto<br />
está nestas instalações há cerca de oito anos e<br />
não tem, para já, objetivos de abrir outras lojas.<br />
Possui mil metros quadrados de área coberta,<br />
onde repousam, em média 20.000 referências<br />
em stock, para cobrir todo o distrito Viseu,<br />
Guarda, Castelo Branco, Bragança, assim como<br />
Aveiro e Vila Real. “É na direção do interior, não<br />
tanto para o litoral”, diz-nos Ricardo Almeida,<br />
que conta que também trabalham com “exportação,<br />
principalmente para os países africanos”.<br />
No armazém, é possível encontrar as mesmas<br />
peças “em várias marcas. Temos uma primeira<br />
marca, uma segunda linha e depois uma linha<br />
económica ou marca própria”, no intuito de assegurar<br />
escolha ao cliente. Esta estratégia está a<br />
fazer com que o espaço de armazenamento precise<br />
de ser aumentado e a Vicauto já tem planos<br />
para duplicar a capacidade, com a construção de<br />
um segundo piso, a breve trecho. O portefólio é<br />
constituído por “to<strong>das</strong> as marcas premium do<br />
mercado, os principais fabricantes de primeiro<br />
equipamento. Essa é a linha que tomámos há<br />
alguns anos e que continuamos a seguir. A entrada<br />
no grupo permitiu-nos também aceder à<br />
marca própria ADR e estamos, cada vez mais,<br />
a introduzir também essas linhas em famílias<br />
como a travagem, a suspensão e a direção, como<br />
alternativa às marcas premium”, revela o diretor<br />
comercial, que ressalva que “o nosso tipo de<br />
cliente e o nosso foco são as marcas de primeiro<br />
equipamento. Nos pesados é uma coisa que se<br />
nota muito, o nosso tipo de cliente assim o exige.<br />
Como é óbvio, nem todos os clientes estão dispostos<br />
a pagar o preço e aí temos a marca própria<br />
em alguns produtos, que é uma boa alternativa,<br />
mas a nossa preferência continua a ser sempre<br />
premium”. A empresa não comercializa ferramentas,<br />
nem equipamentos, mas disponibiliza<br />
“por obrigação e imposição do fabricante” peças<br />
reconstruí<strong>das</strong>, nomeadamente “a gama dos<br />
calipers, <strong>das</strong> pinças de travão, alguns turbos, as<br />
embraiagens em Sachs e Valeo”. O responsável<br />
considera que “o que torna tudo difícil é a gestão<br />
de cascos. É difícil de fazer, além do peso que os<br />
cascos têm também, no final do ano, no inventário.<br />
É um imobilizado que está parado”, refere.<br />
Logística de entrega<br />
Para entregar as peças aos clientes do concelho,<br />
a Vicauto conta com viaturas próprias, às quais<br />
se juntam as transportadoras, que fazem o restante<br />
serviço de forma bidiária, de manhã para a<br />
tarde e de tarde para a manhã seguinte. Ricardo<br />
Almeida é da opinião que os clientes da empresa<br />
ainda “não estão preparados” para utilizar uma<br />
plataforma B2B, razão pela qual a Vicauto ainda<br />
não apostou nesta solução para receber os pedidos<br />
de peças. Estes são, então, realizados diretamente<br />
através do call center, onde trabalham<br />
três pessoas, juntamente com outras três que<br />
estão ao balcão. O diretor comercial explica que,<br />
geralmente, as oficinas de pesados “têm duas<br />
ou três pessoas e se o mecânico está a identificar<br />
o problema do camião, não tem disponibilidade<br />
para procurar a referência da peça numa<br />
plataforma B2B. E confiam em nós, porque se<br />
for uma peça mais complexa, é mais difícil para<br />
eles. Mesmo nós, às vezes, que temos to<strong>das</strong> as<br />
ferramentas para o fazer através dos programas,<br />
temos dificuldade e precisamos de ver as caraterísticas<br />
do veículo”. Esta forma de trabalhar<br />
permite encomendar as peças necessárias de<br />
forma correta e reduz significativamente as devoluções,<br />
por comparação, por exemplo, com o<br />
que acontece nas peças de ligeiros. “Temos algumas<br />
devoluções, mas está controlado e também<br />
tentamos minimizar o erro. Mas nos ligeiros,<br />
às vezes, ouvimos falar de situações de clientes<br />
que pedem as peças mesmo sem lá estar o carro<br />
e depois dizem que afinal não foi preciso e a<br />
encomenda volta para trás”. Trabalham na Vicauto<br />
12 funcionários, entre balcão, call center,<br />
pessoal de armazém e administrativos. Neste<br />
momento, segundo Ricardo Almeida, são suficientes<br />
para suprir as necessidades da empresa<br />
em termos de serviço.<br />
84 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
RICARDO ALMEIDA<br />
CAMPANhAS frequentes<br />
Todos os meses, a Vicauto destaca<br />
uma marca nas redes sociais e<br />
na imprensa, numa estratégia de<br />
marketing que o diretor comercial<br />
confirma que tem dado bons resultados:<br />
“Inicialmente, o principal<br />
objetivo era dar a conhecer as marcas<br />
com que trabalhávamos, para<br />
que, através dos meios de comunicação<br />
da especialidade e <strong>das</strong> redes<br />
sociais, conseguissem associar uma<br />
determinada marca à Vicauto. E<br />
temos associado as campanhas a<br />
algumas marcas, o que já fez com<br />
que tenhamos recebido algum feedback<br />
de clientes que não conhecemos,<br />
mas viram ou leram, após<br />
uma pesquisa de uma marca, uma<br />
notícia da Vicauto”, esclarece. A par<br />
destas campanhas, a Vicauto aposta<br />
também na realização de ações<br />
de formação, tendo a última sido<br />
com a marca Liqui Moly, “com um<br />
bom feedback. As pessoas gostam<br />
e participam”. Para o futuro, Ricardo<br />
Almeida adianta que já existem<br />
coisas pensa<strong>das</strong> e em agenda, que<br />
ainda não pretende revelar.<br />
Continuar a crescer<br />
Depois de vários anos na senda positiva,<br />
a Vicauto não quer outra coisa<br />
senão continuar a fazer bem feito<br />
o trabalho que está a desenvolver<br />
junto dos clientes, que se tem revelado<br />
uma receita de sucesso. Nestes<br />
primeiros quatro meses começaram<br />
“a crescer mais do que o que<br />
tínhamos fechado o ano anterior”<br />
e 2024 tem mesmo tido um início<br />
de ano “bastante positivo”, analisa,<br />
sem esconder que a meta é mesmo<br />
“crescer a dois dígitos, em linha<br />
com os anos anteriores”, sublinha.<br />
O grande projeto é agora a ampliação<br />
<strong>das</strong> instalações, “estamos quase<br />
a ficar sem espaço e o nosso maior<br />
objetivo é fazer um segundo piso,<br />
para aumentar o stock”, reitera. Aos<br />
clientes e fornecedores, Ricardo Almeida<br />
assegura que irão “continuar<br />
com a mesma dedicação e a mesma<br />
vontade de servir os clientes”. O responsável<br />
destaca o “Serviço 24 horas,<br />
que muitos clientes usam, pois<br />
num sábado à tarde, num domingo,<br />
ou num feriado temos sempre alguém<br />
disponível. Nós abrimos aos<br />
sábados de manhã, como a grande<br />
maioria <strong>das</strong> empresas, mas durante<br />
a tarde, temos o telemóvel disponível<br />
e oferecemos esse serviço, o<br />
cliente telefona e vem aqui buscar.<br />
Já aconteceu termos um cliente a<br />
um domingo que estava para sair<br />
e deu conta que o pneumático da<br />
cabine estava furado. E ele não queria<br />
fazer a viagem, porque poderia<br />
rebentar. Veio aqui, nós tínhamos o<br />
pneumático, ele mudou no próprio<br />
domingo e, ao final do dia, pôde<br />
arrancar sem problema nenhum. E<br />
é essa a mensagem que queremos<br />
passar, que temos um compromisso<br />
com o cliente. Queremos manter<br />
essa proximidade do cliente, com<br />
as marcas que ele já conhece, o que<br />
também é importante. Habitualmente<br />
dizemos que somos o fornecedor<br />
global de marcas de primeiro<br />
equipamento”, finaliza. l<br />
O MERCADO DOS PESADOS CONTINUA<br />
A SER MUITO COMPETITIVO<br />
icardo Almeida olha para o negócio do<br />
R aftermarket de pesados em Portugal<br />
como um mercado “maduro”, em que todos os<br />
players “já têm bastantes anos”, mas que<br />
continua a crescer, “por aquilo que temos visto<br />
na Revista TOP 100”. A seu ver, “o mercado dos<br />
pesados continua a ser muito competitivo, com<br />
tendência, por aquilo que eu vou falando com<br />
os distribuidores, para crescer. Estamos todos na<br />
mesma linha”, afirma. O diretor comercial da<br />
Vicauto não nota “que o fenómeno da<br />
concentração e da consolidação do negócio da<br />
distribuição esteja a acontecer nos pesados. Não<br />
há empresas a comprar outras, mas há a<br />
iberização, e o grupo AD está muito ativo. Pelo<br />
menos em Espanha sei que tem estado a<br />
adquirir algumas empresas também nos<br />
pesados, para conseguir ganhar quota de<br />
mercado e presença”. No rescaldo da pandemia<br />
e do primeiro sobressalto com o início da guerra<br />
na Ucrânia, houve aumentos nos custos <strong>das</strong><br />
peças que estão, gradualmente, a estabilizar.<br />
“Acho que depois do aumento geral em to<strong>das</strong><br />
as famílias de peças, os preços estabilizaram e<br />
não houve os aumentos que tínhamos tido. Este<br />
ano, porém, já houve alguns aumentos, devido<br />
à situação do Mar Vermelho, com a guerra a<br />
obrigar os barcos a dar uma volta maior e a<br />
demorar cerca mais uma ou duas semanas. As<br />
falhas de material, na fase da pandemia, foram<br />
muitas, contudo, “agora não temos notado<br />
tanto, se calhar também porque fomos<br />
reforçando o stock, mas nessa altura tivemos<br />
rutura de material, sim. Fomos apanhados de<br />
surpresa, embora nunca tenhamos estado sem<br />
conseguir fornecer ao cliente, porque,<br />
felizmente, temos várias alternativas a que<br />
conseguimos recorrer para o satisfazer”, diz. O<br />
nosso interlocutor considera que a idade média<br />
do parque de veículos pesados, que ronda os<br />
14/15 anos, pode ser benéfica, a curto prazo,<br />
mas, “daqui a um tempo, a renovação do parque<br />
tem que ser feita. Se, a curto prazo, há mais<br />
reparações de motor, já a médio e longo<br />
prazo...”, comenta, introspetivamente. Ricardo<br />
Almeida explica que o valor <strong>das</strong> peças terá<br />
alterações, “pois, se hoje um filtro para um<br />
camião com 10 anos custa 10 euros, se formos<br />
para um camião novo o mesmo tipo de filtro<br />
tem que valer 15 euros ou mais. Também é<br />
importante que haja a renovação porque as<br />
peças serão mais caras ou com um valor<br />
acrescentado”. Relativamente às oficinas, o<br />
diretor comercial da Vicauto observa que estão<br />
bem equipa<strong>das</strong> a nível de equipamentos, “e têm<br />
muito trabalho”, só lhes falta, à semelhança do<br />
que acontece nos ligeiros, “recursos humanos,<br />
falta de mão de obra especializada. Mas todos<br />
estão a perceber que têm de estar atualizados e<br />
que precisam de máquinas de diagnóstico”.<br />
Também por comparação com os ligeiros, em<br />
que a cadeia dos canais de distribuição continua<br />
a existir com todos os intervenientes, no caso<br />
dos pesados, a Vicauto trabalha diretamente<br />
com o fabricante “e depois vendemos<br />
diretamente ao consumidor final, seja a oficina,<br />
o frotista, ou até aquele cliente que só tem um<br />
ou dois camiões. Vendemos muito pouco para a<br />
revenda, até porque acabamos quase todos por<br />
ser importadores, neste momento. Quando<br />
começámos, há muitos anos, era muito difícil<br />
conseguir ter algumas marcas diretamente,<br />
mas neste momento é muito fácil”, conclui.<br />
A ENTRADA NO GRUPO ADR PERMITIU ACEDER À MARCA PRÓPRIA ADR,<br />
QUE DISPÕE DE DIVERSAS LINHAS DE PRODUTO COMO A TRAVAGEM,<br />
A SUSPENSÃO E A DIREÇÃO, COMO ALTERNATIVA ÀS MARCAS PREMIUM<br />
86 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
TRABALHAMOS PARA PESSOAS,<br />
NÃO PARA NÚMEROS!<br />
A OFICINA COIMBRA CAR STATION TEM VINDO A CONSEGUIR UM CRESCIMENTO<br />
CADA VEZ MAIS CONSOLIDADO, COM UMA EQUIPA PREPARADA PARA QUALQUER DESAFIO<br />
E COM CLIENTES QUE PROCURAM PELOS SEUS SERVIÇOS, VINDOS ATÉ DA REGIÃO DO ALGARVE.<br />
PARA FICARMOS A CONHECER EM DETALHE O PERCURSO DA EMPRESA ATÉ AQUI,<br />
ESTIVEMOS À CONVERSA COM O FUNDADOR, ROMEO FERNANDES
Oficina<br />
do Mês<br />
COIMBRA CAR STATION<br />
Em 2020, um período marcado por<br />
incertezas e desafios devido à pandemia<br />
de Covid-19, Romeo Fernandes<br />
decidiu encarar a altura<br />
como uma oportunidade de negócio<br />
e abriu a sua primeira oficina,<br />
a Coimbra Car Station, em Coimbra. Enquanto<br />
muitos achavam que poderia ser uma decisão arriscada,<br />
para o responsável, era o momento certo<br />
para aplicar em prática todo o conhecimento e experiência<br />
que tinha adquirido ao longo dos anos.<br />
“Trabalho em oficinas desde que nasci, primeiro<br />
com os meus pais, depois entrei para a Norauto,<br />
passei por uma outra oficina a seguir, e onde depois<br />
consegui alavancar todo o meu conhecimento<br />
e experiência foi na Mi<strong>das</strong>”, recorda Romeo<br />
Fernandes. Nos anos que se seguiram, a empresa<br />
não só demonstrou o seu potencial e profissionalismo<br />
junto dos clientes, como ainda prosperou.<br />
Atualmente, possui todos os recursos necessários<br />
para movimentar o negócio, com uma equipa de<br />
sete colaboradores preparados para a chegada<br />
de qualquer veículo que seja “mais desafiante”, e<br />
um leque variado de serviços e equipamentos. “O<br />
que mais gosto nesta atividade é a envolvência e o<br />
desafio que cada carro proporciona. Nós vivemos<br />
com os problemas dos clientes, e nada me deixa<br />
mais satisfeito do que saber que conseguimos arranjar<br />
sempre uma solução”<br />
Comunidade de <strong>Oficinas</strong><br />
Coimbra, conhecida por ser uma cidade histórica<br />
e culturalmente rica, apresenta uma menor<br />
escala de habitantes em comparação com outras<br />
cidades, o que permite uma maior proximidade<br />
com a comunidade local. É a pensar nisso que<br />
Romeo Fernandes, sugeriu a importância de ser<br />
criado uma comunidade de oficinas. “Tenho<br />
gosto em apoiar outras oficinas, mas nem sempre<br />
recebo o mesmo em troca. Quando alguém<br />
de outra oficina se dirige a mim para pedir ajuda<br />
em algo, como em casos de avarias mais difíceis,<br />
por exemplo, faço questão de ajudar sem hesitar.<br />
Nunca digo não às pessoas. Mas quando é o reverso<br />
da medalha nem sempre é assim”, explica.<br />
“Por isso, considero que seria importante abrir<br />
uma comunidade de oficinas, porque os clientes<br />
de uns são os clientes de outros”, acrescenta.<br />
Nos dias que correm, com os encargos familiares<br />
cada vez maiores, os clientes “acabam por nos<br />
trocar por um cêntimo”, sendo que muitas <strong>das</strong><br />
vezes “não está relacionado com o mau trabalho<br />
de uma oficina”, refere convicto. “Se houvesse<br />
uma maior entreajuda nas oficinas, tudo seria<br />
melhor. Porque temos sempre a ganhar quando<br />
servimos bem o cliente”, enfatiza. “Tenho um<br />
cliente que faz questão de vir do Algarve especificamente<br />
para fazer revisões connosco. Ele<br />
passou por aqui um dia durante uma viagem,<br />
conseguimos resolver o problema que ele tinha<br />
no carro e, desde então, opta sempre por vir cá”.<br />
Crescimento ascendente<br />
A cada mês, a oficina tem sentido um gradual<br />
e consistente crescimento em termos de faturação<br />
e rendimento. Parte dessa conquista advém<br />
do compromisso com o cliente, ao entregar um<br />
serviço de qualidade e com um atendimento<br />
que prima pela simpatia e transparência. Para<br />
melhor atender às necessidades dos clientes, a<br />
COIMBRA CAR STATION<br />
Gerente<br />
Romeo Fernandes<br />
Morada<br />
Av. da Guarda Inglesa, 3040-193 Coimbra<br />
Telefone<br />
239.445.231<br />
Email<br />
geral@coimbracarstation.pt<br />
Site<br />
www.coimbracarstation.pt<br />
oficina encontra-se equipada com uma ampla<br />
variedade de equipamentos e serviços. Qualquer<br />
cliente que se desloque à Coimbra Car Station,<br />
poderá usufruir de trabalhos ao nível da manutenção<br />
e reparação. Dispõe de três elevadores na<br />
parte mecânica e dois elevadores na parte dos<br />
pneus. “O nosso grosso é a manutenção e algumas<br />
reparações de motor, que só fazemos quando<br />
os clientes nos pedem muito, porque este<br />
serviço necessita de outro tipo de espaço. Hoje<br />
em dia, não sei se a reparação de motores permite<br />
dar uma grande rentabilidade à oficina”,<br />
comenta. “Nós trabalhamos para pessoas, não<br />
para números. E, nesse sentido, temos algumas<br />
perspetivas para revitalizar ainda mais o negócio,<br />
de dentro para fora. No entanto, ainda não<br />
podemos revelar”, esclarece.<br />
Parcerias fortes<br />
Indispensável tem sido a parceria com a Mondegopeças<br />
que, desde 2021, tem demonstrado ser<br />
um fornecedor muito importante para a Coimbra<br />
Car Station. “É fácil trabalhar com a Mondegopeças,<br />
porque tentam sempre arranjar uma<br />
solução para que as coisas aconteçam”, conta.<br />
Mais recentemente, entre meados de outubro e<br />
novembro de 2023, a Coimbra Car Station passou<br />
a integrar o conceito de rede Nexus Auto, em<br />
que uma <strong>das</strong> principais vantagens destaca<strong>das</strong> foi<br />
o seu know-how. “Eles têm plataformas que nos<br />
permitem orientar dentro da parte da manutenção<br />
dos automóveis. Por exemplo, a trabalhar<br />
com determinados tipos de óleos e ajuda na resolução<br />
de avarias mais difíceis de diagnosticar.<br />
É algo que praticamente todos os grupos têm,<br />
mas era exatamente isto que eu procurava”, afirma.<br />
“Já estive noutros grupos em que tinham<br />
algo semelhante, mas não ofereciam outro tipo<br />
de serviços que achei que eram necessários, por<br />
isso é que também saí. Como conhecia a Mondegopeças<br />
há mais tempo, conseguimos conciliar<br />
as duas coisas, entre ter um grupo e um fornecedor<br />
que nos oferecesse soluções para as nossas<br />
necessidades”, finaliza. l<br />
A Cada MÊS, A COIMBRA CAR STATION TEM SENTIDO UM GRADUAL<br />
E CONSISTENTE CRESCIMENTO EM TERMOS DE FATURAÇÃO.<br />
PartE DESSA CONQUISTA ADVÉM DO COMPROMISSO COM O CLIENTE,<br />
ao ENTREGAR UM SERVIÇO DE QUALIDADE E COM UM atENDIMENTO<br />
QUE PRIMA PELA SIMPatia E TRANSPARÊNCIA<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 89
NOTÍCIAS // PEÇAS E EQUIPAMENTOS À MEDIDA DE CADA NEGÓCIO<br />
produto<br />
PASTILHAS DE TRAVÃO DELPHI<br />
DESTACAM-SE<br />
EM VÁRIOS TESTES<br />
As pastilhas de travagem da Delphi obtiveram<br />
um excelente resultado em relação aos produtos<br />
de equipamento original e marcas premium<br />
em rigorosos testes de desempenho e responsabilidade<br />
ambiental realizados por um organismo<br />
independente em Mojácar. De acordo com os testes,<br />
as pastilhas de travagem Delphi atenderam e muitas<br />
vezes superaram os altos padrões de qualidade<br />
estabelecidos nos testes, destacan do-se dos demais<br />
concorrentes. “Estes resultados são uma prova da<br />
qualidade e confiabilidade dos sistemas de travagem<br />
da Delphi e consolidam a sua reputação como líderes<br />
de mercado em tecnologias de travagem de automóveis”,<br />
afirmou a Delphi em comunicado. Para a realização<br />
destes testes foram selecionados quatro veículos<br />
Mercedes Classe A nos quais foram montados<br />
discos e pastilhas de travagem de primeira qualidade<br />
de seis marcas de ponta, como a Delphi, com as suas<br />
pastilhas orgânicas sem amianto e com baixo teor de<br />
metal, e os principais equipamentos originais de fábrica.<br />
No teste de poeira, as pastilhas orgânicas sem<br />
amianto (NAO) da Delphi demonstraram desempenho<br />
superior, deixando para trás outras grandes<br />
marcas e equipamentos originais.<br />
NOVA LÂMPADA LED PARA CAPOT<br />
Philips | A nova lâmpada LED para capot Philips Xperion 6100, proporciona um maior nível de brilho e flexibilidade.<br />
Esta luz de trabalho profissional, foi concebida para iluminar uma grande área e oferecer versatilidade com<br />
o seu suporte telescópico e sistema de dobragem. “Tudo isto faz com que a nossa nova lâmpada para capot Philips<br />
seja a ferramenta de trabalho mais potente, duradoura e eficiente”, afirmou a empresa. A luz LED para capot Philips<br />
Xperion 6100 oferece até 2.400 lúmenes de luz, ajudando todos os profissionais a detetar até os mais pequenos<br />
detalhes. Um botão rotativo permite regular ou aumentar a luminosidade até ao nível ideal para a tarefa. “A nossa<br />
nova lâmpada LED para capot da Philips tem dois ganchos telescópicos integrados e extensíveis, um em cada extremidade,<br />
que podem rodar 360°. Os ganchos têm aberturas mais largas e são revestidos com borracha macia para<br />
uma fixação fácil ao capot do veículo sem riscar a pintura”, explicou. Com um comprimento total que varia entre<br />
1,10 e 2,08 metros, a lâmpada LED para capot Philips Xperion 6100 pode ser utilizada numa variedade de locais.<br />
CONQUISTA MERCADO DO BANGLADESH<br />
Grupo Alves Bandeira | O mês de maio marca o lançamento oficial da<br />
marca Matrax Lubricants, no Bangladesh, e o início de uma parceria de sucesso do Grupo<br />
Alves Bandeira com o Padma Group, um dos principais grupos económicos do país. No<br />
âmbito da estratégia de internacionalização do Grupo Alves Bandeira, a marca Matrax<br />
tem sido uma grande impulsionadora do crescimento do grupo económico português<br />
em todo o mundo, tendo vindo a conquistar cada vez mais mercados nos últimos anos.<br />
Um dos segredos para este crescimento constante em termos de volume de ven<strong>das</strong> e<br />
faturação, tem por base o constante investimento no desenvolvimento e lançamento de<br />
novos produtos de marca própria para o segmento automóvel, nomeadamente a Matrax<br />
Tyres (pneus), a Matrax Energy (baterias) e Matrax Additives (aditivos), associado ao facto<br />
do Grupo Alves Bandeira privilegiar a distribuição exclusiva e a “criação de relações de<br />
duradouras com os seus parceiros”, refere em comunicado.<br />
90 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
NOVA GAMA DE AMORTECEDORES<br />
Magneti Marelli | A nova gama de amortecedores da Magneti Marelli Parts & Services, é<br />
constituída por 20 referências e um kit de proteção. O lançamento é composto por 20 referências de<br />
amortecedores que atendem a todos os requisitos relacionados com o desempenho e segurança. A<br />
nova gama está dividida por 12 amortecedores dianteiros e 8 traseiros. Entre as aplicações abrangi<strong>das</strong><br />
destacam-se o Renault Megane IV, o Dacia Sandero II e o Peugeot 508. Além dos amortecedores, o<br />
lançamento traz uma referência de kit de proteção de amortecedores com cobertura para Renault<br />
Megane III. A Magneti Marelli produz mais de 25 milhões de amortecedores todos os anos nas suas 6<br />
fábricas. As referências já estão disponíveis nos armazéns da marca.<br />
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manutenção de carroçarias, acaba de lançar um novo Tapete<br />
de Chão de Papel para o carro Este novo Tapete de Chão de Papel é<br />
uma solução eficaz para manter o interior do veículo limpo e protegido.<br />
Protege o carro contra manchas, pó e sujidade. Compacto e<br />
fácil de armazenar, é a escolha ideal para quem procura praticidade<br />
e limpeza. Com dimensões de 50 cm por 38 cm e um peso leve de 70<br />
g/m², este tapete é fácil de instalar e remover, e está disponível em<br />
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NOTÍCIAS<br />
PRODUTO<br />
RUMOU A MADRID<br />
PARA FORMAÇÃO EXCLUSIVA<br />
Servidiesel | A Servidiesel, empresa especialista em sistemas<br />
diesel e turbos, esteve recentemente no Centro de Formação da Delphi<br />
Espanha, com sede em Madrid, para formar a sua equipa diesel, nos<br />
mais recentes sistemas Common Rail Delphi A formação exclusiva para a<br />
equipa Servidiesel, teve como suporte tecnológico, o mais recente Banco<br />
de diagnóstico e afinação da Hartridge, o CRI-Pro. Foram três dias muito<br />
intensos de formação ao mais alto nível, que mostraram como o diesel<br />
ainda tem muitíssima inovação, em motores para viaturas ligeiras,<br />
comerciais ligeiras, pesa<strong>das</strong>, e off-road como tratores ou veículos industriais<br />
e de engenharia. Em breve, a Servidiesel terá o CRI-Pro ao serviço<br />
dos seus clientes, conseguindo desta forma manter-se no mais elevado<br />
patamar tecnológico, e, conseguindo servir de forma mais rápida e a<br />
preços acessíveis, os mais variados ramos do sector automóvel.<br />
BOLAS APRESENTA<br />
NOVIDADES METABO PARA 2024<br />
As mais recentes novidades da Bolas foram anuncia<strong>das</strong> durante um webinar, com<br />
destaque especial para o seu novo folheto “Especial Metabo”, que estará disponível<br />
até ao final deste ano. Em 2024, a Bolas vai estar ≠a celebrar 100 anos de história da<br />
marca Metabo, e as comemorações já arrancaram com o lançamento de algumas novidades<br />
que vieram enriquecer ainda mais a sua oferta. O novo folheto “Especial Metabo” para 2024<br />
é especialmente dedicado à marca e vai estar disponível até dia 31 de dezembro de 2024. A<br />
marca Metabo é especializada no fabrico de ferramentas elétricas e produtos relacionados,<br />
conhecidos pela sua alta qualidade e durabilidade tanto para uso industrial quanto doméstico.<br />
No entanto, destaca-se principalmente pela sua linha de ferramentas profissionais de<br />
excelência. As principais novidades para este novo catálogo são as novas rebarbadoras sem<br />
escovas de 2.000 W; nova linha de aspiradores com e sem fio; novas serras de esquadrias<br />
com e sem fio e outras máquinas para áreas da madeira e do metal.<br />
REFORÇA EQUIPA COMERCIAL<br />
Denso AM Iberia | Ángel Rodriguez juntou-se à equipa<br />
comercial da Denso AM Iberia, no cargo de Area Sales Manager Aftermarket,<br />
no passado dia 6 de maio, onde será responsável pelo desenvolvimento<br />
e consolidação dos clientes IAM da Denso na zona norte e<br />
centro da Península Ibérica. A experiência comercial de Ángel Rodriguez<br />
no setor de pós-venda é extensa. Durante 27 anos, Ángel fez parte da<br />
estrutura Federal Mogul – DRiV, desenvolvendo as suas competências<br />
no norte de Espanha. O objetivo da Denso é continuar a apostar na<br />
proximidade e no serviço ao cliente, proporcionando sempre os mais<br />
elevados padrões de qualidade OEM em todos os nossos produtos pós-<br />
-venda. E para isso conta agora com Ángel para o desenvolvimento de<br />
to<strong>das</strong> as suas iniciativas comerciais. Ángel reportará a Miguel Portolés<br />
como Country&Sales Director AM Iberia. “Na Denso estamos convencidos<br />
de que o valor profissional que Ángel proporcionará nas suas áreas<br />
geográficas de referência servirá para fortalecer tanto a Denso como a<br />
sua distribuição e as suas redes de oficinas IAM com o valor e a oferta dos<br />
nossos produtos pós-venda”, avançou a Denso em comunicado.<br />
LEVOU CLIENTES ÀS 24H PORTIMÃO<br />
Champion | A marca de lubrificantes Champion levou um grupo de clientes portugueses ao Autódromo Internacional do Algarve<br />
para assistirem às 24H Portimão, que se realizou no fim de semana de 11 e 12 de maio. Foi uma jornada repleta de ação e emoções, e<br />
uma oportunidade única para descobrir como funciona o desempenho de uma equipa de elite de competição automóvel. A Champion<br />
é patrocinadora da equipa Redant que disputa o campeonato de resistência 24H Series by Hankook na Classe Porsche 992. Atualmente<br />
a equipa constituída por três pilotos encontra-se nos lugares do pódio e conta com o apoio da Champion no desenvolvimento dos lubrificantes<br />
utilizados em cada corrida. Os clientes convidados pela Champion tiveram oportunidade de disfrutar momentos de convívio no<br />
VIP Creventic Hospitality, uma pit tour e uma visita à box da equipa em pleno decorrer da corrida, conhecendo assim ao vivo o intenso<br />
trabalho desenvolvido pelos técnicos, engenheiros e mecânicos durante as 24 horas de duração da prova. Uma combinação perfeita de<br />
velocidade, estratégia e trabalho de equipa que tem permitido alcançar excelentes resultados nas provas já disputa<strong>das</strong>, como foi o caso<br />
<strong>das</strong> 24H Portimão, que ganhou com superioridade.<br />
92 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Uma marca da Continental.<br />
LIMPE<br />
COMO UM<br />
PRO<br />
NOVO<br />
ATE Brake Cleaner PRO<br />
LANÇA NOVO WEBSITE<br />
Placa Distrigo Stellantis &yOU | Para celebrar o terceiro aniversário <strong>das</strong> instalações<br />
em Famões, a Placa Distrigo Stellantis &You transitou pra o digital, com um novo website institucional.<br />
O modelo Distrigo arrancou há sete anos com a Stellantis. A placa Stellatins &You, na altura<br />
PSA Retail, tem hoje o armazém principal em Famões e dois armazéns de apoio, secundários, um no<br />
Porto e outro no Algarve, em Faro. Com a abertura do armazém principal, a Placa Distrigo Stellantis<br />
&You veio consolidar o seu posicionamento como fornecedor 360º na distribuição de peças automóveis,<br />
apresentando várias soluções de sustentabilidade, não só através da proposta de peças usa<strong>das</strong> (B-Parts)<br />
como também da linha de produtos reconstruídos e recondicionados SUTAINera. Para dar uma maior visibilidade<br />
aos seus produtos e serviços, a Placa Distrigo Stellantis &You decidiu lançar um novo website<br />
institucional com toda a sua oferta disponível para os seus clientes. Mais informações no site https://<br />
distrigo.stellantisandyouportugal.pt/<br />
O limpa travões de<br />
profissionais para profissionais<br />
ANUNCIA RESULTADO HISTÓRICO DE 2023<br />
Leasys Portugal | A Leasys Portugal, especialista em soluções de aluguer operacional<br />
multimarca, registou em 2023, o melhor resultado de sempre em Portugal, no Inquérito Anual de Satisfação<br />
do Cliente. Esta é uma ferramenta determinante para avaliar o trabalho diário desenvolvido<br />
junto dos clientes, que tem como missão servir, e que no ano que há pouco findou, se traduziu numa<br />
taxa de recomendação de nada menos do que 80%. “Um marco para a empresa e para todos os seus<br />
trabalhadores que, dia após dia, dão o melhor de si para colocar o cliente no topo <strong>das</strong> suas prioridades,<br />
em linha com a missão da Leasys, de oferecer a melhor experiência do setor”, afirmou a empresa em<br />
comunicado. “O progresso histórico efetuado pela Leasys, neste domínio, nos últimos anos, é bem ilustrado<br />
pela taxa de recomendação de 80%, não havendo índice maior de satisfação para qualquer marca,<br />
do que ser amplamente recomendada”, continuou. Quanto aos principais fatores que justificaram o<br />
grau de satisfação agora alcançado e suportam o índice de recomendação dos serviços prestados pela<br />
Leasys, encontram-se a eficácia na gestão de contas; cotações e rapidez na aprovação dos processos; o<br />
processo de encomenda e entrega do veículo; a oferta de produtos e serviços; as soluções destina<strong>das</strong><br />
ao utilizador final (como sejam a manutenção e a assistência); o processo de restituição da viatura; a<br />
comunicação e relatórios; e a solução de remarketing.<br />
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O novo ATE Brake Cleaner PRO facilita a remoção de<br />
contaminação extrema causada por óleos, graxas,<br />
resinas e silicones, em discos de travão, peças de<br />
embraiagem e transmissão, bem como em ferramentas.<br />
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Dica<br />
NOTÍCIAS<br />
PRODUTO<br />
A ORIGEM DAS FALHAS NAS BATERIAS<br />
DOS CARROS ELÉTRICOS E COMO EVITÁ-LAS<br />
Ainda hoje, a bateria de arranque mantém-se como a principal<br />
fonte de avarias nas estra<strong>das</strong>, independentemente do tipo de<br />
veículo. De facto, de acordo com a ADAC, 43% <strong>das</strong> avarias atuais<br />
são atribuí<strong>das</strong> a problemas na bateria. Mas porque falham tão<br />
frequentemente as baterias de 12V nos carros elétricos? Os<br />
especialistas da VARTA esclarecem alguns dos principais motivos e<br />
como evitá-los.<br />
Vida útil <strong>das</strong> baterias de 12V nos carros elétricos<br />
As falhas nas baterias de 12V dos carros elétricos são frequentemente<br />
ocasiona<strong>das</strong> pelo facto de, após aproximadamente quatro ou cinco<br />
anos de utilização, essas baterias chegarem ao final do seu ciclo de<br />
vida útil. Nesse momento, torna-se crucial substituí-las para assegurar<br />
o correto funcionamento do veículo.<br />
Desenvolvimento da estratégia de carregamento<br />
Nadine Dehnert, líder de Engenharia de Design da Clarios, destaca<br />
que em alguns sistemas de fabricantes de veículos elétricos, a estratégia<br />
de carregamento da bateria de 12V ainda não está completamente<br />
desenvolvida. Isso pode resultar em descargas profun<strong>das</strong>,<br />
pois a bateria de arranque requer mais energia do que está disponível,<br />
levando a falhas. Situações como o veículo ficar sem energia<br />
por períodos prolongados ou a bateria de 12V não ser recarregada<br />
adequadamente durante o ciclo de condução podem agravar ainda<br />
mais essa situação.<br />
Impacto <strong>das</strong> atualizações do sistema<br />
Para além disso, as atualizações regulares do sistema nos veículos<br />
elétricos constituem outro obstáculo. Estas consomem energia proveniente<br />
do circuito de 12V e, em muitos veículos, ativam repetidamente<br />
a bateria de tração durante este processo. Se a bateria não for<br />
suficientemente recarregada para compensar este consumo, podem<br />
ocorrer falhas que impedem o arranque do veículo, especialmente se<br />
esta situação se repetir ao longo do tempo.<br />
Cuidados essenciais<br />
Assim, é crucial cuidar adequadamente da bateria para prolongar a<br />
sua vida útil e evitar falhas imprevistas. Isso implica fazer verificações<br />
periódicas e seguir as recomendações do fabricante em relação ao seu<br />
uso e manutenção. Durante o verão, é aconselhável estacionar o veículo<br />
em locais sombreados ou em garagens para evitar o superaquecimento<br />
da bateria, o que pode acelerar o seu desgaste. Além disso, é<br />
importante evitar deixar o veículo parado por longos períodos sem<br />
uso, garantindo assim uma carga adequada da bateria de 12V.<br />
Publireportagem<br />
ARNOTT<br />
ADICIONA NOVOS<br />
PRODUTOS AO PORTFÓLIO<br />
A<br />
Arnott anunciou novos lançamentos para complementar a sua<br />
oferta no segmento de suspensão. Um dos lançamentos são os<br />
amortecedores eletrónicos, que vieram substituir diretamente os<br />
amortecedores originais, mantendo as funcionalidades do seu antecessor.<br />
Com uma tecnologia E-Ride, estes amortecedores eletrónicos são<br />
rigorosamente testados para resistir a temperaturas extremas, condições<br />
de estrada e ciclos de compressão. Os amortecedores eletrónicos<br />
da Arnott são 100% novos, projetados e fabricados nos EUA. Todos os<br />
amortecedores eletrónicos são pré-montados para uma fácil montagem<br />
e possuem manuais de instalação detalhados. O amortecedor é preenchido<br />
com fluido magnetoreológico, que é um óleo de hidrocarboneto<br />
sintético que contém partículas de ferro facilmente magnetiza<strong>das</strong>. As<br />
duas bobinas eletromagnéticas dentro do amortecedor alteram instantaneamente<br />
as ligações entre as partículas de ferro magnetiza<strong>das</strong>, alterando<br />
a viscosidade e a rigidez da suspensão quando liga<strong>das</strong>.<br />
APOSTA NA EXIGÊNCIA DO MERCADO<br />
mikfil | A Costa, Nunes & Costa, Lda. vem reforçar a aposta na qualidade e exigência dos seus produtos,<br />
assim como, na contínua expansão da sua gama de filtros MIKFIL. Com uma ampla gama de produtos,<br />
incluindo filtros de óleo, ar, combustível e hidráulicos, a MIKFIL destaca-se por oferecer soluções que garantem<br />
máxima eficiência e proteção para motores e sistemas de todos os tipos de veículos e equipamentos.<br />
Utilizar filtros MIKFIL é sinónimo de economia. Com uma vida útil prolongada e uma eficiência<br />
superior, ajudam a reduzir os custos de manutenção e consumo de combustível. Além disso, os processos<br />
de fabrico dos filtros MIKFIL são alinhados com práticas sustentáveis, minimizando o impacto ambiental<br />
e promovendo a responsabilidade ecológica. A MIKFIL entende as necessidades específicas de diferentes<br />
segmentos. Por isso, os seus filtros são projetados para atender a uma vasta gama de aplicações, desde veículos<br />
ligeiros até aos pesados, além de máquinas industriais e agrícolas de exigência superior e continua.<br />
Não importa o desafio, a MIKFIL tem a solução ideal para garantir o melhor desempenho.
REALIZA OPEN DAY<br />
NAS INSTALAÇÕES DE VILA NOVA GAIA<br />
Reta | A Reta recebeu, pelo terceiro ano consecutivo, os seus Clientes e Parceiros num Open Day<br />
nas suas instalações de Vila Nova de Gaia. Mais de 60 pessoas, representando empresas dos setores<br />
dos transportes de mercadorias, transportes de passageiros, distribuição capilar, bem como fornecedores<br />
de tratores, camiões, carrinhas e autocarros, compareceram ao evento para um final de tarde de<br />
convívio e petiscos, em ambiente descontraído. Este ano, para além do cariz de networking que é a<br />
marca forte deste evento, a Reta apostou também na exposição de viaturas da sua frota de Aluguer e<br />
de um camião 100% elétrico. Esta viatura, que veio diretamente de Madrid para o Open Day da Reta,<br />
possibilitou experiências de condução aos participantes. Outra novidade deste ano foi a atribuição de<br />
prémios-surpresa aos Clientes no contexto do evento. Silvestre Carvalho, Diretor de Desenvolvimento<br />
e Edgar Damião, Gestor <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> da Reta, salientam o empenho da marca em estar a par do estado<br />
da arte na indústria, preparando-se continuamente para responder às exigências dita<strong>das</strong> pelas novas<br />
tendências. Em Setembro, será a vez do Carregado receber mais um Open Day da Reta.<br />
CELEBRA 100 ANOS DA MARCA BENDIX<br />
TMD Friction | A TMD Friction, especialista mundial em soluções de travagem há mais de 140<br />
anos no mercado do aftermarket, está a comemorar o 100º aniversário da sua marca Bendix. Agora fabricada<br />
e distribuída pela TMD Friction em 17 países, a Bendix oferece produtos de travagem de alta qualidade<br />
no mercado de reposição para todos os requisitos do parque automóvel. A marca foi fundada em<br />
1924 por Vincent Bendix, com o objetivo de fornecer pastilhas de travão para a General Motors. Para além<br />
de ser a primeira empresa a comerciá-las, mais tarde, tornou-se também na primeira empresa a vender<br />
kits de pastilhas de travão. Atualmente, o portfólio de produtos Bendix inclui pastilhas de travão, discos<br />
de travagem, sensores ABS, kits de pastilhas de travão, indicadores de desgaste e travões de tambor que<br />
cobrem 98% do parque automóvel europeu. Hoje, a TMD Friction vende produtos Bendix para automóveis<br />
de passageiros e veículos comerciais ligeiros em 17 países na Europa, no Oriente Médio e África, com a<br />
expansão mais recente a ocorrer na Polónia no início deste ano.<br />
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NA SINNEK,<br />
CONSIDERAMOS<br />
A FORMAÇÃO<br />
COMO PARTE DO<br />
NOSSO ADN<br />
A SINNEK É O RESULTADO DO<br />
CONHECIMENTO E DA VISÃO DE<br />
FUTURO DA EQUIPA DE PROFISSIONAIS<br />
DA BERNARDO ECENARRO S.A., QUE<br />
COM ESTA MARCA CONFIRMA A SUA<br />
FORTE APOSTA NA INOVAÇÃO, E QUE<br />
LHE PERMITIU TORNAR-SE NUM DOS<br />
PRINCIPAIS ACTORES DO SETOR DA<br />
REPINTURA A NÍVEL EUROPEU.<br />
EM ENTREVISTA AO JO, IKER<br />
ECENARRO, RESPONSÁVEL<br />
DA SINNEK EM PORTUGAL,<br />
EXPLICA A ESTRATÉGIA<br />
DA MARCA PARA O NOSSO<br />
PAÍS
IKER ECENARRO, RESPONSÁVEL DA SINNEK EM PORTUGAL<br />
Comprometida com a qualidade, a tecnologia<br />
e a cor, a SINNEK é uma marca premium<br />
de especialistas para especialistas<br />
que procuram garantia e qualidade a um preço<br />
competitivo, o que lhes permite poupar custos e<br />
melhorar a sua rentabilidade, mantendo sempre<br />
um acabamento de alta qualidade nos trabalhos<br />
de repintura. A marca trabalha continuamente<br />
na procura <strong>das</strong> soluções mais eficazes para ajudar<br />
os seus clientes a obter a maior produtividade<br />
nos seus processos de repintura automóvel.<br />
Possui um sistema de pintura aquosa de duas<br />
cama<strong>das</strong> de altíssimo rendimento e grande capacidade<br />
de mistura. O seu excelente poder de<br />
cobertura e colorimetria facilitam a poupança<br />
no consumo de produto, ao mesmo tempo que<br />
permite obter uma elevada qualidade no acabamento<br />
final. Além disso, está especialmente<br />
concebido para otimizar os tempos de aplicação<br />
e secagem dos diferentes processos de reparação,<br />
permitindo uma importante poupança<br />
energética. A oferta de produtos completa-se<br />
com uma gama de aparelhos, vernizes, primários,<br />
massas, e spray´s, que garantem um acabamento<br />
perfeito do veículo, um excelente brilho,<br />
aspeto e durabilidade. Todo o projeto foi desenvolvido<br />
e fabricado integralmente nos laboratórios<br />
de I&D da sede de Bernardo Ecenarro S.A.,<br />
assim como no laboratório de colorimetria em<br />
Itália, composto por uma equipa de mais de 14<br />
profissionais altamente qualificados e com experiência<br />
comprovada no setor da colorimetria<br />
automóvel, e criado exclusivamente para prestar<br />
serviço a esta nova marca.<br />
Qual a mais recente novidade lançada<br />
no mercado?<br />
A SINNEK trabalha numa procura constante de<br />
soluções de elevada eficiência, sustentabilidade,<br />
inovação e excelência no mundo da carroçaria.<br />
O mais recente resultado deste trabalho são<br />
produtos revolucionários como o verniz cerâmico<br />
Plus CC/1800 e o spray aparelho SPF/UV.<br />
O verniz cerâmico Plus CC/1800 foi concebido<br />
para oferecer uma velocidade excecional de endurecimento<br />
e secagem ao ar, bem como uma<br />
dureza superficial diferenciada. Isto permite<br />
uma maior eficiência na reparação, permitindo<br />
que o veículo seja manuseado e polido apenas<br />
60 minutos após a aplicação, sem necessidade<br />
de aquecimento na cabina. Esta inovação não<br />
só reduz significativamente os custos de energia<br />
na oficina, como também aumenta a rentabilidade<br />
de cada reparação, proporcionando<br />
um desempenho superior ao de outros vernizes<br />
existentes no mercado. Também introduzimos<br />
recentemente o aparelho SPF/UV em formato<br />
spray, concebido para aumentar a eficiência dos<br />
processos de reparação pontual. A sua cura rápida<br />
por lâmpada UV e temperatura ambiente<br />
não só reduz os custos de energia, como também<br />
contribui para a sustentabilidade e respeito pelo<br />
ambiente devido às suas emissões mínimas de<br />
solventes para a atmosfera.<br />
Como descreve as soluções de gestão<br />
de cor digital que a SINNEK oferece às<br />
oficinas de colisão?<br />
A colorimetria é essencial no mundo <strong>das</strong> oficinas,<br />
e a SINNEK oferece soluções digitais de<br />
alto desempenho para as oficinas. Tirou partido<br />
<strong>das</strong> últimas tecnologias para integrar um conjunto<br />
de ferramentas no seu sistema de repintura<br />
de duas cama<strong>das</strong>, concebido para facilitar a<br />
obtenção de uma excelente colorimetria de uma<br />
forma simples e intuitiva. Por um lado, dispõe<br />
de um poderoso software de gestão da cor. Uma<br />
ferramenta concebida por e para o profissional,<br />
que lhe permitirá melhorar os processos de trabalho<br />
na oficina, bem como ajudá-lo na gestão e<br />
controlo do seu negócio. Através de um interface<br />
fácil de utilizar, oferece acesso remoto a uma<br />
<strong>das</strong> mais extensas bases de dados de fórmulas<br />
de cor do mercado, garantindo a reprodução de<br />
qualquer variante existente. Por outro lado, está<br />
equipado com um espectrofotómetro de última<br />
geração. Uma ferramenta de alta qualidade e<br />
fácil de utilizar, especialmente concebida para<br />
facilitar a leitura da cor. A sua perfeita integração<br />
com o software de cor permite o acesso<br />
imediato a praticamente to<strong>das</strong> as fórmulas existentes<br />
no mercado, tornando a identificação da<br />
cor num processo rápido e intuitivo. Por fim, o<br />
laboratório de cor 24 horas, situado em Itália,<br />
oferece uma plataforma de apoio contínuo para<br />
a introdução de variantes de cor e a resolução de<br />
questões relaciona<strong>das</strong> com a cor. Um recurso de<br />
apoio essencial para os profissionais <strong>das</strong> oficinas<br />
com uma resposta rápida e eficaz.<br />
Que tipo de formação oferecem aos<br />
vossos clientes?<br />
Na SINNEK, consideramos a formação como<br />
parte do nosso ADN. Concentramos grande<br />
parte dos nossos esforços no desenvolvimento<br />
de uma estratégia de formação baseada no<br />
apoio e acompanhamento do profissional, o que<br />
está a permitir à marca posicionar-se como uma<br />
referência de formação no setor da carroçaria e<br />
pintura. Uma oferta formativa completa que se<br />
adapta às necessidades do utilizador em cada<br />
momento, e que tem como objetivo ajudar a aumentar<br />
a produtividade e a rentabilidade da oficina<br />
de carroçaria e pintura. Para tal, dispomos<br />
de um avançado centro de formação de 500 m2,<br />
equipado com a mais recente tecnologia, onde<br />
o utilizador poderá obter a melhor solução técnica<br />
para as suas necessidades. Oferecemos ao<br />
utilizador dos nossos produtos um vasto leque<br />
de formações basea<strong>das</strong> no apoio e acompanhamento<br />
do profissional de repintura, tanto presenciais<br />
como digitais. A formação presencial<br />
tem sido tradicionalmente um elemento diferencial<br />
para os clientes da SINNEK. Uma formação<br />
prática e próxima, em que o profissional<br />
pode ver em primeira mão a qualidade do produto,<br />
o seu funcionamento e os seus resultados<br />
é, sem dúvida, uma mais-valia. Quanto à formação<br />
digital, temos a SINNEK ACADEMY, uma<br />
COMPROMETIDA COM A QUALIDADE, A TECNOLOGIA E A COR, A SINNEK<br />
É UM PRODUTO PREMIUM DE ESPECIALISTAS PARA ESPECIALISTAS<br />
QUE PROCURAM GARANTIA E QUALIDADE A UM PREÇO COMPETITIVO<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 97
IKER ECENARRO<br />
A SINNEK TRABALHA CONTINUAMENTE NA PROCURA DAS SOLUÇÕES<br />
MAIS EFICAZES PARA AJUDAR OS SEUS CLIENTES A OBTER A MAIOR<br />
PRODUTIVIDADE NOS PROCESSOS DE REPINTURA AUTOMÓVEL<br />
plataforma de formação online que<br />
tem como objetivo acompanhar e<br />
ajudar o pintor profissional. Nesta<br />
plataforma, o utilizador pode encontrar<br />
artigos com tutoriais práticos,<br />
conselhos técnicos de reparação,<br />
bem como técnicas e dicas que<br />
visam aumentar a eficiência do seu<br />
trabalho. Dispomos ainda da aplicação<br />
SINNEK APP, que oferece<br />
conteúdos de formação de elevado<br />
valor para melhorar a rentabilidade<br />
e a produtividade da oficina.<br />
O objetivo da aplicação SINNEK<br />
é oferecer todo o conhecimento<br />
e know-how da equipa técnica e<br />
comercial de forma clara e direta,<br />
num tom agradável e didático, bem<br />
como acompanhar os profissionais<br />
da oficina no seu dia a dia, mostrando<br />
soluções que visam facilitar<br />
o seu trabalho.<br />
Que meios colocam à disposição<br />
<strong>das</strong> oficinas para lhes dar apoio<br />
técnico?<br />
A SINNEK dispõe de uma equipa<br />
técnica e comercial altamente<br />
formada e próxima, empenhada<br />
em dar soluções rápi<strong>das</strong> e eficazes<br />
a qualquer desafio ou dúvida que<br />
possa surgir no dia a dia dos nossos<br />
clientes. Acreditamos firmemente<br />
no acompanhamento e na assistência<br />
aos utilizadores para os ajudar<br />
a obter o máximo rendimento dos<br />
nossos produtos.<br />
O que a SINNEK tem feito em<br />
relação a soluções mais sustentáveis<br />
para as oficinas de repintura?<br />
Na SINNEK estamos a trabalhar<br />
na procura de soluções eficientes<br />
que ofereçam maior sustentabilidade.<br />
Com produtos que reduzem<br />
o consumo de energia nas cabinas,<br />
minimizam as emissões de COV e<br />
eliminam a necessidade de calor na<br />
aplicação, promovemos a sustentabilidade<br />
e o cuidado com o ambiente,<br />
ao mesmo tempo que optimizamos<br />
os custos operacionais.<br />
Estes avanços representam um<br />
compromisso firme com um futuro<br />
mais limpo e mais eficiente.<br />
A escassez de mão de obra continua<br />
a ser um problema, o que deve<br />
ser feito para atrair os jovens para<br />
as oficinas de repintura?<br />
Estamos a assistir a uma transformação<br />
significativa no trabalho <strong>das</strong><br />
oficinas. Esta mudança afasta-se<br />
<strong>das</strong> práticas tradicionais do setor,<br />
graças à adoção de ferramentas<br />
digitais inovadoras. Atualmente,<br />
AS FERRAMENTAS DIGITAIS TÊM UM<br />
GRANDE POTENCIAL PARA ACRESCENTAR<br />
VALOR AO NEGÓCIO<br />
ker Ecenarro considera que o<br />
I envelhecimento do parque automóvel,<br />
com uma idade média de 14 anos, está a dar<br />
origem a uma nova dinâmica nas reparações.<br />
“Estamos num momento de clara<br />
transformação. O sector da repintura<br />
automóvel, cada vez mais influenciado pelas<br />
companhias de seguros, está a criar um novo<br />
cenário em que as oficinas devem adaptar-se e<br />
renovar-se. Já não é suficiente oferecer<br />
produtos de qualidade para fazer um bom<br />
trabalho; agora é crucial ter soluções<br />
económicas que garantam a sustentabilidade<br />
do negócio. A qualidade é importante, mas a<br />
rentabilidade é essencial para o sucesso a longo<br />
prazo”, refere. Para este responsável “A<br />
digitalização é, simultaneamente, o presente e<br />
o futuro do setor automóvel. Neste ambiente<br />
em rápida evolução, é essencial para qualquer<br />
organização tomar medi<strong>das</strong> e adaptar-se<br />
continuamente. As ferramentas digitais não só<br />
são indispensáveis para a gestão eficiente <strong>das</strong><br />
oficinas, como também têm um grande<br />
potencial para acrescentar valor. A inovação<br />
tecnológica significa que o processo de<br />
reparação da pintura dos veículos se torna mais<br />
rápido, mais fácil e mais económico.”<br />
o processo de pintura é realizado<br />
de forma rápida e eficaz, graças<br />
a sistemas digitais avançados e<br />
a ferramentas especializa<strong>das</strong> de<br />
correspondência de cores. Estas<br />
ferramentas digitais não só são<br />
essenciais para melhorar a produtividade,<br />
como também são especialmente<br />
atrativas para a Geração<br />
Z, que revela uma inclinação<br />
natural para a tecnologia e uma<br />
maior consciência ambiental. Para<br />
atrair e reter talentos para o setor,<br />
é necessário dar destaque a este<br />
cenário digital e propor percursos<br />
profissionais ambiciosos. As novas<br />
gerações têm de ver o nosso setor<br />
como atrativo e alinhado com os<br />
seus valores e interesses.<br />
Quais são os maiores desafios<br />
que o setor enfrenta e quais<br />
são as melhores formas de os<br />
ultrapassar?<br />
Para garantir a sustentabilidade<br />
<strong>das</strong> oficinas, a assistência pós-<br />
-venda é um pilar fundamental na<br />
indústria automóvel. Dar apoio e<br />
orientação constantes em termos<br />
de processos e organização é uma<br />
estratégia essencial nestes tempos<br />
de constante mudança. Esta perspetiva<br />
parece ser a direção que o<br />
setor irá seguir no futuro próximo.<br />
O fator humano será o elemento<br />
distintivo que posicionará as marcas<br />
no mercado. l<br />
98 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Empresa<br />
JO VISITA CESVIMAP, LABORATÓRIO DE INOVAÇÃO DA MAPFRE<br />
TESTE “COLETE<br />
À PROVA DE VIDA”<br />
O JORNAL DAS OFICINAS, ESTEVE EM ÁVILA, NO CESVIMAP, PARA ASSISTIR A UMA SUCESSÃO DE<br />
TESTES/EXERCÍCIOS QUE ESTÃO A SER DESENVOLVIDOS PELA EMPRESA. PARA ALÉM DE UM CRASH<br />
TEST AO VIVO, ENTRE UMA MOTA E UM AUTOMÓVEL, TIVEMOS A POSSIBILIDADE DE PERCEBER DE<br />
PERTO O SEU COMPROMISSO COM A SUSTENTABILIDADE E ECONOMIA CIRCULAR DAS PEÇAS<br />
100 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Durante dois dias, o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> esteve em terras Espanholas,<br />
mais especificamente em Ávila, a conhecer ‘os cantos’ à casa do<br />
CESVIMAP. Em 2023, a MAPFRE reutilizou cerca de 3.567 tonela<strong>das</strong><br />
de resíduos a nível global, dos quais 92%, 3.200 tonela<strong>das</strong>, passaram<br />
por processos de valorização. A empresa Espanhola, recuperou o<br />
ano passado, através do CESVIrecambios, um total de 46.339 peças para<br />
reutilização após o tratamento de 1.887 veículos acidentados em Espanha.<br />
Este centro tecnológico global é especializado em reparação e reciclagem<br />
de veículos, entre outros serviços, e é referência em como descartar veículos<br />
de forma sustentável, prolongando a vida útil <strong>das</strong> peças, facilitando<br />
o reaproveitamento de matérias-primas, como plástico, vidro, reduzindo<br />
assim o consumo de energia. Desde o seu lançamento, há mais de 40<br />
anos, que o centro também realiza testes de colisão em baixa velocidade<br />
com mais de 800 veículos, incluindo carros, vans, motociclos e scooters<br />
elétricas, para avaliar os seus danos e identificar métodos de recuperação<br />
sustentáveis.<br />
Foi com base neste conhecimento, que a Fundación MAPFRE, realizou<br />
um crash test, a 40km/h, entre uma mota e um automóvel, que demonstram<br />
os resultados da investigação e revelam o impacto que um acidente,<br />
real, desta dimensão pode ter na vida humana. Para combater os aterrorizantes<br />
números mortais, cerca de 299 pessoas faleceram em 2023 em<br />
motociclos, mais 19% do que em 2022, segundo dados da DGT- Direção<br />
Geral dos Transportes, a Fundación MAPFRE, apresentou, sob o olhar<br />
atento do JO, um colete airbag, da marca Aspar Air, com um sistema de<br />
segurança que representa um grande avanço na segurança passiva do<br />
condutor e passageiro do motociclo. Nesta situação de teste, ambos os<br />
manequins estavam equipados com colete airbag Aspar Air, o condutor<br />
com o modelo 0,5 (270 euros) e o passageiro com o 1,0 (425 euros), que<br />
funcionaram com um sistema de acionamento mecânico com cabo, o que<br />
permitiu, no momento em que existiu o embate e que o motociclo caiu, a<br />
fita que unia o motociclista ao colete, desprendeu-se, e acionou uma mola<br />
que movimentou a agulha de disparo, perfurando o cartucho de gás, que<br />
por sua vez, encheu o airbag em menos de 200 milissegundos (menos que<br />
um piscar de olhos). Este mecanismo permitiu aos motociclistas protegeram<br />
o tórax, costas, cóccix, pescoço e nuca. O que num acidente real<br />
poderá ser determinante.<br />
Segundo as conclusões do relatório de ‘Ergonomia e sensações na utilização<br />
de airbags para motociclistas’, que contou com a participação<br />
de 83 condutores, 6 em cada 10 que utilizaram o colete airbag nas suas<br />
viagens, revelaram uma maior sensação de segurança (66%), principalmente<br />
para maiores de 50 anos (70%) e utilizadores de megascooters<br />
(86%), motociclos com maior cilindrada. l<br />
PUB
Entrevista<br />
JOSÉ ENRIQUE, DIRETOR-GERAL RS CONTRERAS<br />
O FUTURO<br />
RESERVA-NOS<br />
GRANDES<br />
INVESTIMENTOS!<br />
APRESENTA-SE COMO O DISTRIBUIDOR DE PNEUS MAIS ANTIGO<br />
DE PORTUGAL COM UMA HISTÓRIA DE MAIS DE 70 ANOS DE<br />
EXPERIÊNCIA NO SEGMENTO DOS PNEUS. TEM ATUALMENTE<br />
5.000 M2 DE ARMAZÉM, MAIS DE 70.000 PNEUS EM STOCK E<br />
27 FUNCIONÁRIOS. JOSÉ ENRIQUE, RESPONSÁVEL MÁXIMO DA<br />
EMPRESA, FALOU COM O JORNAL DAS OFICINAS E EXPLICOU-<br />
NOS O QUE FAZ DESTA UMA DAS MELHORES EM PORTUGAL A<br />
TRABALHAR PNEUS
A<br />
RS Contreras, fundada em 1946, assume-se<br />
como o distribuidor de pneus<br />
mais antigo de Portugal, epíteto do<br />
qual se orgulha. Com mais de 70 anos de experiência<br />
no serviço ao cliente é, inevitavelmente,<br />
uma referência no setor da distribuição e tem<br />
vindo a trabalhar com os principais fabricantes<br />
de pneus. Hoje, oferece uma gama multimarca<br />
muito completa e, para além de ser especialista<br />
em marcas premium e de altas prestações<br />
(UHP), distribui, de forma exclusiva, as marcas<br />
Nexen, Tristar e Firemax. Para além do portefólio<br />
diversificado, a capacidade logística permite<br />
oferecer as melhores soluções aos clientes. José<br />
Enrique, explicou-nos como a RS Contreras<br />
está a enfrentar os novos tempos vividos pelo<br />
segmento dos pneus e como conseguiu crescer<br />
a dois dígitos nos últimos anos: “Muita coisa<br />
tem mudado no negócio dos pneus desde há uns<br />
anos. Percebemos que o fabricante quer apenas<br />
fabricar e tem estado a delegar o espaço que habitualmente<br />
ocupava ao distribuidor.”<br />
em bom português<br />
Espanhol de naturalidade, José Enrique fala<br />
sempre connosco em muito bom português e<br />
com bastante conhecimento da realidade lusa,<br />
revelando-nos que a localização da empresa, em<br />
Queluz de Baixo, no centro do eixo Lisboa/Sintra/<br />
Cascais, é uma grande vantagem porque permite<br />
uma proximidade junto dos clientes. “Atualmente<br />
temos uma área disponível de 5.000 m2 com<br />
perspetivas de, no futuro, possuirmos ainda mais<br />
espaço. Se fôssemos para uma localização mais periférica<br />
de Lisboa, poderíamos encontrar soluções<br />
com mais metros, mas teríamos de sacrificar esta<br />
proximidade. Temo-nos mantido aqui e é aqui<br />
que queremos ficar”, sublinha. “Quando começamos<br />
o projeto multimarca na empresa em 2006,<br />
na altura com uma marca premium com 70 ou 80<br />
referências, conseguiríamos cobrir quase 90% do<br />
mercado, hoje em dia temos em armazém mais de<br />
7.000 referências e estamos a crescer. O que isto<br />
significa é que o negócio tem uma enorme complexidade,<br />
o que obriga a ter capacidade logística<br />
e por outro lado capacidade financeira para poder<br />
suportar este stock”, considera.<br />
importância da logística<br />
José Enrique considera que a logística é um aspeto<br />
fulcral do negócio, e aponta como principais desafios<br />
a capacidade e gestão dos armazéns, os<br />
custos operacionais e a formação e retenção dos<br />
colaboradores. Em relação ao serviço de entregas,<br />
destaca a eficiência e satisfação dos clientes como<br />
dois pontos importantes. Explica que na área de<br />
Lisboa, têm distribuição própria com 7 viaturas,<br />
o que permite fazer 4 entregas diárias. “Com este<br />
nível de serviço marcamos a diferença. Também<br />
abrimos ao sábado, com distribuição própria nesse<br />
dia. O serviço de recolha nas nossas instalações<br />
“Take Away” é muito valorizado e uma mais valia.<br />
A nossa localização permite a recolha de qualquer<br />
cliente da área de Lisboa em 10/15 minutos”. Destaca<br />
também a cobertura com entregas bi-diárias<br />
no Algarve, zona centro e norte litoral.<br />
O diretor geral afirma que a digitalização tem sido<br />
primordial no crescimento da RS Contreras. “A<br />
primeira versão da nossa página web para o B2B<br />
foi em 2009, sempre acreditamos na importância<br />
da digitalização. Hoje em dia os pedidos são 100%<br />
online, assim como as devoluções e as reclamações.<br />
Por outro lado, a digitalização permite aumentar a<br />
eficiência operacional, e facilita o contato com os<br />
clientes, melhorando a experiência da compra.”<br />
Portefólio completo e diversificado<br />
Na RS Contreras, defende-se que para se ser competitivo,<br />
é necessário propor um portefólio muito<br />
completo. “No segmento Premium trabalhamos<br />
to<strong>das</strong> as marcas e no Quality, a nossa marca bandeira<br />
é a Nexen, uma marca produzida na Europa<br />
que tem uma grande dinâmica. Atualmente equipa<br />
carros de origem, como Porsche, BMW, Mercedes<br />
e Audi entre outras. Distribuímos também<br />
marcas de grande notoriedade como Hankook,<br />
Yokohama, Firestone e BF Goodrich (4x4). No<br />
segmento Budget promovemos a marca Tristar,<br />
que comercializamos em exclusivo para o mercado<br />
português. Ainda no segmento Budget, destaco<br />
marcas Kormoran, produzida pela Michelin, e a<br />
Mabor, da Continental, ambas produzi<strong>das</strong> na Europa.”<br />
Na opinião de José Enrique, a empresa tem<br />
“um portefólio de marcas que cobrem to<strong>das</strong> as<br />
necessidades do mercado e sempre que trabalhamos<br />
estas marcas, fazemo-lo com profundidade<br />
de gama, com muitas referências.” O diretor-geral<br />
considera que é precisamente nesta complexidade<br />
que está o sucesso do negócio, investindo ano após<br />
ano no aumento de stock.<br />
Rentabilidade é o grande desafio<br />
José Enrique entende que o principal desafio do<br />
setor é a rentabilidade “Neste mercado tão agressivo,<br />
fazer uma boa gestão de pricing é fundamental”,<br />
sublinha. Quanto ao ano de 2024, a RS Contreras<br />
está otimista com o crescimento, e salienta<br />
o bom desempenho do primeiro quadrimestre em<br />
unidades e valor.<br />
Em relação ao futuro, aponta a conquista de quota<br />
de mercado dos distribuidores como uma oportunidade<br />
no mercado atual. Por outro lado, destaca<br />
a saturação do número de operadores nacionais e<br />
estrangeiros, que em muitas ocasiões não contribuem<br />
para acrescentar valor ao mercado Português,<br />
limitando-se a sustentar as suas ven<strong>das</strong> no<br />
fator preço, com um modelo de negócio sem sustentabilidade<br />
a longo prazo.<br />
Outro aspeto importante que refere é a Gestão de<br />
Recursos Humanos, salientando que manter as<br />
equipas motiva<strong>das</strong> e reter o talento, são os principais<br />
desafios <strong>das</strong> empresas na atualidade, o que<br />
afeta a eficiência <strong>das</strong> organizações e a satisfação<br />
dos colaboradores. Finalmente, José Enrique falou-nos<br />
sobre o tema B2C. “Penso que o B2C é<br />
mais um canal e considero-o pouco representativo<br />
no nosso país. Contudo, no futuro isto pode<br />
mudar, até porque os hábitos <strong>das</strong> pessoas mudam.<br />
Encaro-o mais como uma oportunidade e não tanto<br />
como uma ameaça”, conclui. l<br />
A RS CONTRERAS, FUNDADA EM 1946, ASSUME-SE COMO O DISTRIBUIDOR<br />
DE PNEUS MAIS ANTIGO DE PORTUGAL, EPÍTETO DO QUAL SE ORGULHA.<br />
TEM ATUALMENTE 5.000 M2 DE ARMAZÉM, MAIS DE 70.000 PNEUS EM<br />
stocK E 27 FUNCIONÁRIOS<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 103
NOTÍCIAS // PNEUS E EQUIPAMENTOS À MEDIDA DE CADA NEGÓCIO<br />
Pneus<br />
VIP_0066_24_AN REVISTA DOS PNEUS PORTUGAL_JUN_11,5x14,5.pdf 1 21/05/2024 11:30<br />
PIRELLI SCORPION<br />
“BRILHAM” NO RALI<br />
DE PORTUGAL<br />
Pneus Pirelli Scorpion / Os novos pneus Scorpion da Pirelli não<br />
passaram despercebidos no exigente teste do Rali de Portugal,<br />
com Sebastien Ogier, piloto da Toyota, numa competição<br />
cheia de emoções e com diversas alterações na classificação Ott<br />
Tanak, que venceu o Super Sunday, e Thierry Neuville, que levou a<br />
melhor na Power Stage, terminaram na segunda e terceira posição<br />
respetivamente. “Entre as principais características de um rali que,<br />
em alguns aspetos, foi atípico, foi o facto de o piso da estrada estar<br />
muitas vezes escorregadio durante a manhã, especialmente para os<br />
primeiros carros, devido ao orvalho, com menos terra do que o habitual,<br />
o que colocou vários desafios no que diz respeito à aderência”,<br />
explicou a Pirelli em comunicado. “Nestas condições, o composto<br />
macio Scorpion KX WRC SB, foi, sem surpresas, o principal, tendo<br />
sido de longe a escolha preferida dos pilotos de Rally, que só optaram<br />
pelo duro na tarde de sexta-feira, para a segunda passagem daquele<br />
que foi o dia mais exigente de todo o rali”, acrescentou. Terenzio Testoni,<br />
responsável pelas atividades de rali da Pirelli, afirmou: “Estamos<br />
muito satisfeitos com os novos pneus, especialmente os macios,<br />
que provaram ser adequados para as superfícies molha<strong>das</strong> e frias encontra<strong>das</strong><br />
pela manhã, bem como para as condições de piso seco à<br />
tarde, quando foram usados em combinação com o composto duro”.<br />
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VENCEM 24 HORAS DE LE MANS 2024<br />
MICHELIN e FERRARI | O Ferrari nº 50 pilotado por Miguel Molina, Antonio Fuoco e Nicklas<br />
Nielsen saiu vitorioso nas 24 Horas de Le Mans de 2024 com os pneus da Michelin. A prova contou com<br />
a participação de 23 Hypercars, alinhados por nove fabricantes diferentes. Com estes números, a prova<br />
cumpriu os prognósticos, e ofereceu aos 329 mil adeptos várias surpresas durante o circuito, uma <strong>das</strong><br />
corri<strong>das</strong> mais renhi<strong>das</strong> e intensas na sua história.<br />
A vitória saiu ao Ferrari nº 50, de Fuoco/Molina/Nielsen, mas Cadillac, Porsche e Toyota também lideraram<br />
em diferentes momentos. Os pilotos que terminaram no pódio ficaram separados por apenas 36<br />
segundos, depois de 311 voltas e 4237 quilómetros percorridos. Na segunda e terceira posições ficaram<br />
a Toyota nº 7 (+14 segundos) e o Ferrari nº 51 (+36 segundos), assegurando o vigésimo quinto pódio<br />
completo para as equipas Michelin no Circuito de La Sarthe. A marca francesa também aumentou o seu<br />
recorde de imbatibilidade na corrida, até às 27 vitórias consecutivas.
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Entrevista<br />
VÍTOR MAGANO, COUNTRY MANAGER DA TIRESUR<br />
OS OBJETIVOS A QUE<br />
NOS PROPUSEMOS<br />
SÃO BASTANTE AMBICIOSOS!<br />
O GRUPO AM TIRESUR, COM SEDE EM GRANADA, É UM DOS PRINCIPAIS DISTRIBUIDORES<br />
DE PNEUS NA PENÍNSULA IBÉRICA, COM UM EXTENSO CATÁLOGO E UM STOCK DE MAIS<br />
DE UM MILHÃO PNEUS. EM PORTUGAL, PASSOU NO ÚLTIMO ANO POR UMA FASE DE AJUSTES<br />
INTERNOS, O QUE SE REFLETIU NA CONFIANÇA DO MERCADO NA EMPRESA. EM ENTREVISTA<br />
AO JO, VÍTOR MAGANO, COUNTRY MANAGER DA TIRESUR, EXPLICA COMO VAI FORTALECER<br />
A RELAÇÃO COM OS CLIENTES E VOLTAR A CRESCER NA ORDEM DOS DOIS DÍGITOS<br />
A<br />
AM Tiresur, fechou o ano de 2023, superando<br />
as previsões iniciais e atingindo<br />
um volume de negócios global de 172<br />
milhões de euros. Para alcançar estes valores<br />
contou com o valioso contributo da Tiresur Portugal<br />
que teve um desempenho acima <strong>das</strong> expetativas.<br />
Esta taxa de crescimento deveu-se essencialmente<br />
a uma estratégia de continuidade<br />
dos processos que têm sido implementados nos<br />
últimos anos, e também nas marcas que representa,<br />
que permitem, não só fidelizar os clientes<br />
habituais, mas também angariar novos clientes.<br />
Marcos Fernández foi recentemente nomeado<br />
Diretor Geral Ibérico da AM Tiresur. O que vai<br />
mudar na estratégia da empresa com esta<br />
nomeação?<br />
Como todos sabemos, Marcos Fernández é uma<br />
pessoa com um vasto percurso no mundo dos<br />
pneus, com muita experiência na liderança de<br />
equipas, e que tem um profundo conhecimento<br />
dos mercados espanhol e português, uma vez que<br />
ocupou durante muitos anos o cargo de Diretor<br />
Geral para a Europa do Sul na Cooper. Assim, a<br />
chegada de Marcos Fernández à Tiresur reforça<br />
ainda mais os nossos pilares estratégicos e permite<br />
que a nossa empresa ganhe impulso nesta<br />
nova etapa de crescimento. Todo este know-how<br />
é o que a Tiresur pode aproveitar para alcançar<br />
níveis de crescimento ainda maiores.<br />
Com a entrada em funcionamento do novo<br />
armazém de Burgos, qual a área total de armazenagem<br />
da Tiresur na Península Ibérica?<br />
Com a entrada em funcionamento do armazém<br />
de Burgos (para já é apenas a primeira fase), a<br />
Tiresur passa a ter 45.000 metros quadrados estrategicamente<br />
localizados na Península Ibérica.<br />
Em termos de pneus, estamos a falar de quase um<br />
milhão de pneus em stock, para podermos servir<br />
cada vez melhor os nossos clientes. Estamos convictos<br />
de que, a curto prazo, o mercado português<br />
também beneficiará deste novo centro logístico,<br />
uma vez que vamos passar a ter possibilidade de<br />
aceder a um leque de marcas e medi<strong>das</strong> significativamente<br />
maior e mais abrangente.<br />
Considera a Tiresur uma empresa digitalizada?<br />
Nos últimos anos temos vindo a melhorar muito<br />
o nosso nível de digitalização, e atualmente estamos<br />
num patamar bastante razoável a esse nível,<br />
por isso, podemos dizer que sim, a Tiresur é uma<br />
empresa digitalizada. Mas como no que diz respeito<br />
a este tema, estão sempre a surgir novidades<br />
e novas aplicações que podemos implementar,<br />
estamos com alguns projetos em fase final<br />
de desenvolvimento, cuja aplicação, dentro em<br />
breve, nos aportará benefícios de vária ordem.<br />
Como tem evoluído a vossa plataforma B2B<br />
A Tiresur Portugal apresentou um novo B2B<br />
ao mercado no início do mês de fevereiro deste<br />
ano, no seguimento do que já havia acontecido<br />
em Espanha. Esta nova plataforma é muito mais<br />
rápida, intuitiva e apresenta novas funcionalidades<br />
que não estavam disponíveis no anterior<br />
B2B. Neste momento, em Espanha já estamos a<br />
desenvolver um novo upgrade ao novo B2B, que<br />
estará disponível em breve, e que ficará também<br />
disponível para os clientes de Portugal.<br />
Como é constituído o portfólio da Tiresur?<br />
A nossa oferta ao mercado, pode ser dividida<br />
em dois grandes grupos: As marcas que são representa<strong>das</strong><br />
por nós no mercado nacional, <strong>das</strong><br />
A TIRESUR TEM VINDO A ALARGAR A GAMA DE PNEUS ELÉTRICOS EM STOCK.<br />
NESTE MOMENTO, JÁ TEM PNEUS PARA VE NAS SUAS MARCAS OVATION<br />
E AUSTONE, E ALGUMAS REFERÊNCIAS NAS MARCAS PREMIUM, COM<br />
DESTAQUE PARA A DISPONIBILIDADE EM TODA A GAMA PIRELLI P ZERO E<br />
106 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
VÍTOR MAGANO<br />
A PRINCIPAL APOSTA DA TIRESUR TEM SIDO PRIVILEGIAR A RELAÇÃO COM<br />
OS CLIENTES, TENTANDO ESTAR O MAIS PRÓXIMO POSSÍVEL E TER COM<br />
ELES UMA RELAÇÃO SIMPLES E PROFISSIONAL. PARA ISSO, DISPÕE DE UMA<br />
EQUIPA TOTALMENTE DEDICADA ÀS NECESSIDADES DE CADA CLIENTE<br />
quais fazem parte Giti, GT Radial,<br />
Triangle, Austone, Ovation<br />
e Sunfull, a MRL no segmento<br />
de agro-industriais, e também<br />
a Uniroyal (do grupo Continental)<br />
no segmento de camião; e as<br />
marcas gerais do mercado, onde<br />
temos oferta em ligeiros e pesados<br />
da Continental, Pirelli, Michelin,<br />
Goodyear, Bridgestone, Firestone e<br />
Yokohama. Com este leque de marcas,<br />
conseguimos uma solução para<br />
to<strong>das</strong> as solicitações do mercado.<br />
Relativamente às marcas exclusivas,<br />
sempre promovemos a sua<br />
comercialização de modo que estas<br />
representam um peso significativo<br />
no volume de negócios da empresa,<br />
tanto em unidades como em faturação.<br />
A estratégia para aumentar<br />
as suas ven<strong>das</strong> passa em primeiro<br />
lugar, por uma aposta clara da empresa<br />
na continuidade <strong>das</strong> marcas<br />
que trabalha. É por isso que desenvolvemos<br />
as marcas GT Radial há<br />
mais de 25 anos e a marca Ovation<br />
há mais de 13 anos. O mercado<br />
reconhece-nos essa estabilidade, e<br />
isso permite a um cliente recomendar<br />
as nossas marcas, pois sabe<br />
que amanhã as continuará a ter<br />
disponíveis para comprar. Outro<br />
ponto fundamental, é que se trata<br />
de marcas com qualidade reconhecida<br />
pelo mercado. Com estes dois<br />
trunfos, temos desenvolvido mecânicas<br />
de fidelização de clientes, que<br />
nos têm permitido um crescimento<br />
sustentado ao longo dos anos.<br />
Qual a importância <strong>das</strong> marcas<br />
exclusivas Triangle, GT Radial e<br />
Giti, para o futuro da Tiresur?<br />
Eu diria que estas 3 marcas são estratégicas<br />
para a empresa. Por várias<br />
razões. Para começar, são as 3<br />
marcas em que assenta o conceito<br />
da nossa rede de oficinas Center’s<br />
Auto. No caso da Triangle, porque<br />
a Tiresur comercializa toda a gama<br />
que a marca disponibiliza, desde os<br />
pneus de automóvel, aos pesados<br />
para camiões e aos pneus de OTR<br />
para engenharia civil. A marca GT<br />
Radial porque tem sido ao longo<br />
de mais de 25 anos a marca quality<br />
que a Tiresur comercializa, oferecendo<br />
ao mercado uma proposta<br />
de excelente relação qualidade /<br />
preço, e que o mercado reconhece<br />
como tal. Em relação à Giti, é<br />
uma marca que nos vai elevar a<br />
um outro nível. Tanto em termos<br />
de qualidade de produto – é uma<br />
marca que tem equipamento de<br />
origem em várias marcas de carros<br />
do grupo VW, como em termos de<br />
imagem no mercado. A Giti está<br />
intimamente ligada à competição,<br />
tanto de automóveis como de camiões.<br />
Toda esta tecnologia transportada<br />
para a construção dos<br />
pneus Giti, dá-nos garantias de um<br />
produto de grande qualidade.<br />
Como funciona a logística de<br />
entrega de encomen<strong>das</strong> nos<br />
clientes? Quantas entregas<br />
fazem por dia?<br />
Dependendo da zona onde se vão<br />
efetuar as entregas, estas podem<br />
ser diárias ou bi-diárias. Nas zonas<br />
do Algarve, grande Lisboa, Santarém,<br />
Leiria, e na zona do grande<br />
Porto, até Braga (algumas localidades),<br />
temos entregas bi-diárias.<br />
Nas restantes zonas do continente<br />
as entregas são diárias. Para a ilha<br />
da Madeira, temos 2 saí<strong>das</strong> por<br />
semana, e para o arquipélago dos<br />
Açores, uma saída semanal.<br />
A Tiresur possui a rede de <strong>Oficinas</strong><br />
Center´s Auto. Como tem sido<br />
o desenvolvimento desta rede?<br />
A nossa rede Center’s Auto tem vindo<br />
a crescer ao longo dos últimos<br />
anos. Como em todos os projetos<br />
do género, também o projeto da<br />
nossa rede passou por várias etapas<br />
de maturidade. Se no início,<br />
para criar o conceito de rede com<br />
abrangência nacional, o importante<br />
era conseguir angariar oficinas<br />
para o projeto, hoje damos mais<br />
relevância à qualidade que cada<br />
oficina nos pode aportar à imagem<br />
da rede. Obviamente que continua<br />
a ser importante conseguir garantir<br />
uma cobertura nacional com a nossa<br />
imagem, mas o foco está cada vez<br />
mais na qualidade, e não na quan-<br />
tidade. Atualmente, a rede Center’s<br />
Auto é composta por mais de 150<br />
oficinas na Península Ibérica, com<br />
um total de 42 oficinas no nosso<br />
país. Este ano, 6 oficinas já se juntaram<br />
à nossa rede, o que é um bom<br />
sinal da confiança que o mercado<br />
tem na empresa, na equipa Tiresur<br />
e na estratégia atual. O sócio responsável<br />
pela gestão da rede declarou<br />
que pretende atingir 50 oficinas<br />
na nossa rede até ao final de 2024.<br />
Como estão a conseguir fidelizar<br />
os clientes?<br />
A Tiresur tem conseguido crescer no<br />
número de clientes a comprar. Esse<br />
é o um dos melhores indicadores da<br />
fidelização dos clientes. Para o conseguir,<br />
lança campanhas de forma<br />
regular, tentando abranger os vários<br />
segmentos do mercado. Estas campanhas<br />
podem ser tanto campanhas<br />
sell in, para a oficina nossa cliente,<br />
como sell out, destina<strong>das</strong> ao consumidor<br />
final. Também organizamos<br />
uma viagem anual de incentivo,<br />
mas apenas destinada a premiar a<br />
fidelização dos nossos parceiros da<br />
rede Center’s Auto.<br />
Quais os maiores desafios que<br />
a Tiresur está a enfrentar na<br />
atualidade?<br />
Na segunda metade do ano de 2023<br />
e início de 2024, a Tiresur passou<br />
por uma fase de ajustes internos, o<br />
108 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
que se refletiu na confiança do mercado<br />
na empresa. Para 2024, para<br />
além de ter de crescer em relação aos<br />
volumes de 2023, uma <strong>das</strong> grandes<br />
apostas da empresa é continuar a<br />
aumentar o número de clientes e<br />
manter a confiança do mercado.<br />
Felizmente, estamos a superar to<strong>das</strong><br />
as expectativas e os indicadores<br />
que temos até ao final de maio são<br />
muito encorajadores. Além disso,<br />
estamos a aproveitar este ambiente<br />
de crescimento para promover uma<br />
série de procedimentos internos,<br />
que nos permitem melhorar significativamente<br />
o nosso desempenho, e<br />
temos também outra série de projetos<br />
de melhoria qualitativa em preparação,<br />
que estamos a desenvolver<br />
com vista à sua implementação no<br />
decurso deste ano.<br />
Quais as expetativas da Tiresur<br />
para 2024?<br />
Conforme referimos atrás, o projeto<br />
para 2024 passa por melhorar<br />
os resultados de 2023, em vários<br />
indicadores chave, como são o número<br />
de unidades vendi<strong>das</strong>, o volume<br />
de faturação, a margem bruta,<br />
entre outros indicadores financeiros<br />
e operacionais. E colocámos a<br />
fasquia bastante elevada, pois os<br />
objetivos a que nos propusemos<br />
são bastante ambiciosos, com um<br />
crescimento pretendido na ordem<br />
dos dois dígitos. l<br />
HAVERÁ CADA VEZ MAIS UMA FIDELIZAÇÃO<br />
DAS CASAS DE PNEUS ÀS REDES DE RETALHO<br />
mercado português ainda é muito<br />
O tradicional, com a grande fatia da venda<br />
de pneus a ser feita pelas casas tradicionais dos<br />
especialistas de pneus, que de acordo com os<br />
últimos dados, ainda representam mais de 75%<br />
do total <strong>das</strong> ven<strong>das</strong>. No entanto este paradigma<br />
tem vindo a alterar-se, um pouco à semelhança<br />
do que já acontece noutros países europeus,<br />
onde as ven<strong>das</strong> dos especialistas de pneus já não<br />
representam sequer 50% do total <strong>das</strong> ven<strong>das</strong>.<br />
Com estes dados, é fácil entender que é uma<br />
questão de (pouco) tempo até que o mesmo se<br />
passe no nosso mercado, e a prova disso mesmo<br />
são o crescente interesse <strong>das</strong> oficinas de<br />
mecânica e os concessionários automóveis<br />
também montarem pneus. Na Tiresur estamos<br />
atentos a estas alterações e temos claramente<br />
identificada esta alteração como um ponto onde<br />
ainda temos um caminho longo a percorrer, por<br />
isso estamos a criar condições para podermos<br />
estar à altura deste desafio.<br />
Os pneus para veículos elétricos podem<br />
representar uma boa oportunidade de negócio<br />
para as oficinas. O número de viaturas elétricas<br />
não para de aumentar, e com isso, vem a<br />
consequente maior procura por esse tipo de<br />
pneus. E como estamos a falar de viaturas<br />
com mais peso devido às baterias, e com uma<br />
capacidade de aceleração instantânea, estes<br />
pneus poderão ter um desgaste mais rápido, e<br />
isso pode beneficiar aqueles que se dediquem à<br />
venda deste tipo de produto.<br />
Embora o custo médio dos pneus continue<br />
a aumentar, nós na Tiresur continuamos<br />
empenhados em absorver algum deste efeito<br />
para proteger os preços que oferecemos<br />
aos nossos clientes. Em 2024 assistiremos a<br />
um período de instabilidade generalizada<br />
dos preços, devido não só ao aumento <strong>das</strong><br />
matérias-primas, mas essencialmente ao<br />
aumento do custo dos fretes marítimos, no<br />
entanto estamos empenhados em manter o<br />
nível de competitividade e garantir as melhores<br />
condições para os nossos clientes.<br />
De acordo com os dados de mercado, verifica-se<br />
uma tendência dos utilizadores pelas marcas<br />
budget, que têm vindo a ganhar maior peso<br />
no volume total <strong>das</strong> ven<strong>das</strong>. Esta tendência<br />
de mercado também está relacionada com a<br />
estratégia seguida por todos os fabricantes<br />
Premium, mas a subida dos preços seguramente<br />
irá acentuar essa tendência. O esmagamento<br />
<strong>das</strong> margens é a questão que acredito todos<br />
os players do mercado gostariam de ver<br />
respondida. Não há dúvida que a redução <strong>das</strong><br />
margens é um problema que afeta a todos;<br />
mais a uns, menos a outros, mas afeta a todos.<br />
Acredito que a solução para este problema teria<br />
que envolver todos os agentes do mercado, e<br />
poderia passar pela definição de regras, onde<br />
determinados parâmetros fossem balizados, e<br />
claro, respeitados por todos.<br />
Eu creio que a médio prazo iremos assistir<br />
a algumas alterações tanto na forma de<br />
comercializar pneus, como no próprio produto<br />
em si. Os novos canais de venda vão continuar<br />
a ganhar cada vez mais peso no volume total<br />
de ven<strong>das</strong> de pneus. Haverá cada vez mais<br />
uma fidelização <strong>das</strong> casas de pneus às redes de<br />
retalho. Estes são processos que se iniciaram<br />
há algum tempo e vão continuar a acelerar. Os<br />
players da distribuição vão ter um papel cada<br />
vez mais importante na comercialização de<br />
pneus, porque acredito que os fabricantes irão<br />
continuar a reduzir as suas estruturas. A nível do<br />
produto em si, iremos assistir a uma cada vez<br />
maior preocupação ambiental. Os consumidores<br />
estão cada vez mais atentos e mais exigentes.<br />
Acredito que num futuro próximo os pneus<br />
terão “ingredientes” bem diferentes dos de<br />
hoje. Só para termos uma ideia, já hoje existem<br />
pneus fabricados com materiais derivados da<br />
reciclagem de garrafas de plástico.<br />
A verdade é que o pneu é efetivamente<br />
muito importante, senão o elemento mais<br />
importante da segurança de um veículo. Seria<br />
importante que todos os agentes do setor,<br />
desde fabricantes, passando pelos distribuidores<br />
e responsáveis de cada oficina, fizessem esse<br />
trabalho de sensibilização do consumidor<br />
final. Para um vulgar consumidor, pode não<br />
ser muito fácil de entender que na construção<br />
de um pneu está envolvida mais tecnologia<br />
do que no fabrico de um automóvel. Mas a<br />
realidade é mesmo esta. E deve partir de todos<br />
nós que lidamos com pneus diariamente a<br />
responsabilidade de passar esta mensagem,<br />
dando ao produto que vendemos a importância<br />
e o valor que ele tem.<br />
A TIRESUR TEM A PREOCUPAÇÃO DE INOVAR CONTINUAMENTE.<br />
NESTE MOMENTO TEM ALGUNS PROJETOS EM DESENVOLVIMENTO<br />
QUE VISAM MELHORAR A OPERAÇÃO E QUE SERÃO TANTO A NÍVEL<br />
LOGÍSTICO COMO A NÍVEL DA RELAÇÃO COM O CLIENTE NO DIA-A-DIA<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 109
NOTÍCIAS // PNEUS E EQUIPAMENTOS À MEDIDA DE CADA NEGÓCIO<br />
Pneus<br />
CONTINENTAL<br />
QUER PRODUZIR APENAS<br />
PNEUS NEUTROS EM CO 2<br />
Desde o início de 2024 que a Continental tem conseguido produzir pneus neutros<br />
em termos de CO 2 na sua fábrica de pneus em Lousado, Portugal. O fabricante<br />
de pneus deu assim um passo importante na direção ao seu objetivo<br />
de produção completamente neutra em CO 2 . Este objetivo só é possível graças à geração<br />
de vapor através de uma caldeira inovadora, que funciona inteiramente com<br />
eletricidade. A Continental utiliza energia solar proveniente de painéis fotovoltaicos<br />
e eletricidade renovável da rede elétrica para a geração de vapor. Anteriormente,<br />
o gás natural era utilizado como única fonte de energia para a geração de vapor na<br />
fábrica de pneus de Lousado. Na indústria de pneus, grande parte da energia consumida<br />
é utilizada para gerar vapor, necessário para dar forma aos pneus, no processo<br />
conhecido como vulcanização. A energia térmica transforma a borracha bruta em<br />
borracha flexível e elástica. Com uma capacidade de produção anual de 18 milhões<br />
de pneus, a fábrica de Lousado é uma mega fábrica. Até 2040, o mais tardar, a Continental<br />
pretende mudar completamente to<strong>das</strong> as fábricas de pneus para processos<br />
de produção neutros em CO 2 .<br />
TERMINA COM CHAVE DE OURO<br />
The Tire Cologne 2024 | A principal feira internacional dedicada à indústria<br />
dos pneus, The Tire Cologne, destacou-se este ano pelo forte crescimento no<br />
número de expositores e visitantes, com vários painéis focados na sustentabilidade.<br />
Este ano, o evento recebeu 430 expositores de 35 países e cerca de 14.400 participantes<br />
de 109 países. A feira internacional dedicada à indústria dos pneus provou,<br />
mais uma vez, ser uma grande oportunidade para reunir vários players do mercado<br />
de forma a trocarem ideias e apresentar algumas <strong>das</strong> inovações que estão a moldar<br />
o futuro. A edição deste ano demonstrou estar focada no tema da sustentabilidade<br />
através do uso responsável dos recursos. Temas como a conservação de recursos ou<br />
a reciclagem, desempenharam um papel decisivo para muitas inovações presentes<br />
nos expositores. Uma prova de que a indústria dos pneus dificilmente poderá ser<br />
concebida sem a economia circular. Na área da Economia Circular, estiveram presentes<br />
cerca de 50 empresas dedica<strong>das</strong> à recauchutagem, com painéis de discussão<br />
temáticos que vieram complementar o programa com abordagens inovadoras. Com<br />
uma oferta abrangente e a sua orientação internacional, a feira apresentou claramente<br />
o caminho para uma mobilidade mais segura e sustentável para a sociedade.<br />
A feira volta a realizar-se daqui a dois anos, de 9 a 11 de junho de 2026.<br />
JUNTAS POR MAIS TRÊS ANOS<br />
Hankook e UEFA | A Hankook vai prolongar o seu compromisso de sucesso<br />
com a UEFA Europa League por mais três anos, até ao final da época 2026/27.<br />
Através do patrocínio da UEFA Conference League, a Laufenn, segunda marca da<br />
Hankook, pretende continuar a fortalecer a sua imagem de marca como fornecedor<br />
do segmento Quality. Com o início do novo ciclo de patrocínio de três anos, a temporada<br />
da UEFA Europa League passará de uma fase de grupos de 32 equipas para uma<br />
fase da liga com 36 equipas. Isto significa que mais quatro equipas terão a oportunidade<br />
de participar nesta prestigiada competição. Com o novo formato, cada equipa<br />
enfrentará oito adversários diferentes num total de oito jogos, sendo quatro em casa<br />
e quatro fora. Ou seja, fãs de futebol, clientes e parceiros de Hankook e Laufenn<br />
poderão acompanhar as parti<strong>das</strong> de um total de 72 times. Na fase do campeonato,<br />
cada golo, cada ponto e posição na tabela contam, produzindo duelos de primeira<br />
classe desde o primeiro dia. O conceito da nova temporada é complementado por<br />
diferentes direitos de patrocínio e atividades que a Hankook Tire garantiu para as<br />
competições da UEFA Europa League e da UEFA Conference League.<br />
CELEBRAM PARCERIA<br />
Bridgestone e Altaroda | A Bridgestone Europe e a Altaroda uniram-se para fechar uma parceria que visa<br />
equipar e formar oficinas clientes do fabricante de pneus. O objetivo desta parceria é o de garantir que as empresas clientes<br />
da Bridgestone possuem os equipamentos e o know-how necessários para a realização de todo o tipo de intervenções ao<br />
nível dos serviços de pneus. Como resultado desta parceria, a Altaroda já equipou 10 centros de uma operadora de transportes<br />
públicos, sendo que, para este cliente específico, a Bridgestone garante o fornecimento de pneus e a Altaroda assegura o<br />
fornecimento, formação e assistência técnica de todo o equipamento oficinal e consumíveis associados, por um período de<br />
3 anos. A Altaroda é uma empresa com mais de 16 anos de atividade, que se dedica à comercialização de equipamentos oficinais<br />
e consumíveis para pneus, sendo já uma referência no mercado português. Representante exclusivo para Portugal <strong>das</strong><br />
marcas Mondolfo Ferro, Tech, Mak, Alutec, Rial e ATS entre outras, teve em 2023 mais de 2.5 milhões de volume de negócios.<br />
110 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
A CONFIANÇA MANTÉM-SE