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Jornal das Oficinas 127

Na edição de junho/julho 2024 do Jornal das Oficinas Nº 217, o artigo de destaque é sobre a Devolução de Peças, uma preocupação crescente junto dos distribuidores de peças aftermarket. A falta de uma cultura comercial sólida, a perceção de que as devoluções são “gratuitas” e o desconhecimento do enquadramento legal para devoluções B2B, são alguns dos aspetos que têm contribuído para o aumento de encargos e prejuízos, que pesam, significantemente, na balança financeira das empresas

Na edição de junho/julho 2024 do Jornal das Oficinas Nº 217, o artigo de destaque é sobre a Devolução de Peças, uma preocupação crescente junto dos distribuidores de peças aftermarket. A falta de uma cultura comercial sólida, a perceção de que as devoluções são “gratuitas” e o desconhecimento do enquadramento legal para devoluções B2B, são alguns dos aspetos que têm contribuído para o aumento de encargos e prejuízos, que pesam, significantemente, na balança financeira das empresas

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jornal<strong>das</strong>oficinas.com | JORNAL INDEPENDENTE DA MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE VEÍCULOS LIGEIROS E PESADOS | DIRETOR | João Vieira<br />

217<br />

DEVoluÇão DE PEÇas<br />

Mesa Redonda Equipamentos<br />

Pág. 14 // Juntámos oito dos principais<br />

distribuidores de equipamentos oficinais numa<br />

Mesa Redonda para analisar a atividade e saber<br />

quais os fatores que as oficinas valorizam mais<br />

num fornecedor de equipamentos<br />

Vítor Magano<br />

Pág. 106 // Em Portugal, a Tiresur passou no último<br />

ano por uma fase de ajustes internos. Em entrevista<br />

ao JO, Vítor Magano, country manager, explica<br />

como vai fortalecer a relação com os clientes<br />

e voltar a crescer na ordem dos dois dígitos<br />

Junho/Julho 2024<br />

PERIODICIDADE | MENSAL<br />

ANO XVIII | 3 EUROS<br />

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6<br />

Eduardo Martí<br />

Pág. 48 // A UFI Filters foi fundada em 1971<br />

e está presente no mercado português há mais<br />

de 35 anos. Em entrevista ao JO, Eduardo Martí,<br />

diretor geral UFI Filters Ibérica, reafirma o objetivo<br />

de continuar a crescer, sempre com respeito pela<br />

cadeia de distribuição<br />

Caixa negra do automóvel<br />

Pág. 40 // Uma caixa negra de registo de dados de<br />

acidentes semelhante à utlizada nos aviões, apesar<br />

<strong>das</strong> diferenças tecnológicas, será obrigatória na UE<br />

em todos os veículos novos, a partir de julho 2024<br />

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Editorial<br />

217 Junho/Junho 2024<br />

Folha de serviço ......................................................... 4<br />

DESTAQUE<br />

Devolução de peças ................................................ 6<br />

ESPECIAL EQUIPAMENTOS<br />

Mesa Redonda .......................................................... 14<br />

COMPETIÇÃO<br />

Final Challenge <strong>Oficinas</strong> 2024 ....................... 28<br />

NOTÍCIAS<br />

Empresas ..................................................................... 34<br />

Produto ......................................................................... 74<br />

Pneus ........................................................................... 110<br />

ATUalidadE<br />

Caixa negra ................................................................. 40<br />

ENTREVISTAS<br />

Juan Domingo Muñoz (Nissens) ................... 44<br />

Eduardo Martí (UFI Filters) ................................ 48<br />

Guilherme Mendes (A.Vieira) ............................ 62<br />

Carlos Jorge Gonçalves (Filourém) .............. 66<br />

Paulo Silva (PDauto) .............................................. 70<br />

Hugo de Figueiredo (Davasa) .......................... 80<br />

Ricardo Almeida (Vicauto) ................................. 84<br />

Iker Ecenarro (Sinnek) .......................................... 96<br />

José Enrique (RS Contreras) ........................ 102<br />

Vítor Magano (Tiresur) ...................................... 106<br />

OFICINA DO MÊS<br />

Coimbra Car Station .............................................. 88<br />

EMPRESAS<br />

Visita fábrica Valeo Polónia .............................. 52<br />

Visita CESVIMAP .................................................. 100<br />

MUDANÇAS DRÁSTICAS!<br />

O<br />

mercado pós-venda automóvel está sujeito a mudanças drásticas. Estas incluem os veículos<br />

elétricos, os automóveis conectados, a alteração <strong>das</strong> expetativas dos clientes e a adoção acelerada<br />

de novas tecnologias, entre outras. Uma série de tendências afetará significativamente o<br />

panorama futuro do mercado pós-venda automóvel, tendo chegado o momento de todos os<br />

intervenientes na cadeia de valor tomarem medi<strong>das</strong> para moldar o futuro panorama do setor e garantir<br />

a sua competitividade.<br />

O advento de novas tecnologias e as mudanças de mercado que as acompanham estão a obrigar as<br />

oficinas a avaliar a sua posição e a serem estratégicas nas decisões a tomar, num ambiente em rápida<br />

mudança. Não ter as estratégias necessárias para lidar com estas tendências disruptivas, pode levar ao<br />

declínio da oficina.<br />

Haverá uma mudança <strong>das</strong> necessidades dos particulares para as necessidades <strong>das</strong> empresas, devido<br />

ao aumento da quota dos operadores de frotas profissionais no mercado pós-venda. Por outro lado,<br />

à medida que a quota de veículos mais antigos aumenta, os fabricantes têm de olhar para além <strong>das</strong><br />

ven<strong>das</strong> de automóveis novos e envolver-se mais na sua assistência. Neste contexto, o mercado pós-venda<br />

tornou-se a verdadeira tábua de salvação para muitos concessionários. O seu volume de negócios<br />

representa apenas 15,8% do total (5,4% da oficina e 10,4% da área <strong>das</strong> peças sobresselentes), mas a<br />

sua contribuição para os lucros é de 51,4% (15,4% da oficina e 36% <strong>das</strong> peças sobresselentes). Por<br />

outras palavras: o concessionário ganha mais com o pós-venda do que com a venda de automóveis<br />

novos, embora esta área também tenha sofrido um aumento de custos que afetou a sua rentabilidade.<br />

O conjunto do mercado oficial do pós-venda apresenta uma rendibilidade bastante aceitável de 15,5%,<br />

embora fosse de 17,2% há um ano. Em todo o caso, é um bom valor, o que explica que os serviços oficiais<br />

apostem nesta linha de negócio com um maior número de contratos de manutenção associados à<br />

venda do veículo e também com promoções destina<strong>das</strong> a “roubar” clientes às oficinas independentes.<br />

Para as oficinas independentes conseguirem concorrer com os serviços oficiais <strong>das</strong> marcas é necessário<br />

contar com os melhores profissionais, mas também com as instalações e os equipamentos adequados,<br />

e com uma estrutura e organização sólida na qual cada um saiba qual é a sua função e como a deve executar.<br />

Os profissionais devem ter a preparação técnica e os conhecimentos necessários para realizarem<br />

o respetivo trabalho de forma eficiente. É sua obrigação estar em constante formação, mantendo-se<br />

atualizados relativamente às novas tecnologias.<br />

Uma oficina é um local de trabalho onde os profissionais não estão isentos de sofrer momentos de<br />

stress ou cansaço que diminuem o seu rendimento laboral. Para evitar que este stress seja produzido<br />

pelo próprio trabalho e se repercuta negativamente no rendimento do trabalhador e na própria<br />

segurança deste é necessária motivação. A oficina deve saber manter os seus profissionais motivados<br />

para que se entreguem a 100%. Evidentemente que também é fundamental o trabalho em equipa. No<br />

entanto, por vezes este termo é mal interpretado, sendo associado ao facto de toda a equipa se ajudar<br />

entre si, e de todos os trabalhos se realizarem em conjunto. Não obstante, o trabalho em equipa numa<br />

oficina também significa saber até onde vão as competências de cada um, ou respeitar as ferramentas,<br />

equipamentos ou espaço de trabalho do colega para não interferir nas funções do mesmo. Em resumo,<br />

para a oficina enfrentar as mudanças drásticas que se avizinham, é essencial ter o equipamento adequado,<br />

mas também uma correta organização e gestão dos recursos, além de uma aposta na formação<br />

e no valor dos profissionais.<br />

JOÃO VIEIRA | Diretor<br />

DIRETOR JOÃO VIEIRA joao.vieira@apcomunicacao.com // DIRETOR COMERCIAL MÁRIO CARMO mario.carmo@apcomunicacao.com // GESTOR DE CLIENTES PAULO FRANCO paulo.franco@apcomunicacao.com<br />

JORNALISTAS JOANA MENDES joana.mendes@apcomunicacao.com // INÊS DIAS ines.dias@apcomunicacao.com // WEBMASTER ANTÓNIO VALENTE // ARTE HÉLIO FALCÃO // SERVIÇOS CONTABILIDADE<br />

financeiro@apcomunicacao.com // PERIODICIDADE Bimestral // SEDE DO EDITOR Bela Vista Office Estrada de Paço de Arcos, 66 2735 - 336 Cacém // TEL. 219 288 052 // © Copyright Nos termos legais em vigor,<br />

é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do JORNAL DAS OFICINAS // IMPRESSÃO LISGRÁFICA - IMPRESSÃO E ARTES<br />

GRÁFICAS, S.A. Estrada Consiglieri Pedroso, 90 2730 - 053 Barcarena Tel. 214 345 400 // N.º DE REGISTO NA ERC 124.782 // DEPÓSITO LEGAL n.º: 201.608/03 TIRAGEM 10.000 exemplares<br />

www.apcomunicacao.com<br />

Parceiro em Espanha<br />

EDIÇÃO JOÃO VIEIRA // EMAIL GERAL@APCOMUNICACAO.COM<br />

CONSULTE O ESTATUTO EDITORIAL NO SITE WWW.JORNALDASOFICINAS.COM<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 3


FOLHA<br />

DE SERVIÇO<br />

IPSIS<br />

VERBIS<br />

PAULO SILVA<br />

DIRETOR-GERAL PDAUTO<br />

HÁ MUITA GENTE QUE NÃO<br />

SABE TRABALHAR NUM<br />

GRUPO. É PRECISO SABER<br />

ENTRAR NUM GRUPO E<br />

PERCEBER COMO É QUE SE É<br />

RETALHISTA. SE A EMPRESA<br />

TIVER FOCADA NAQUILO QUE<br />

PRETENDE... ACHO QUE VAI LÁ,<br />

NÃO É O GRUPO QUE FAZ A<br />

DIFERENÇA<br />

JOSÉ ENRIQUE<br />

DIRETOR-GERAL RS CONTRERAS<br />

MUITA COISA TEM MUDADO NO<br />

NEGÓCIO DOS PNEUS DESDE<br />

HÁ UNS ANOS. PERCEBEMOS<br />

QUE O FABRICANTE QUER<br />

APENAS FABRICAR OS PNEUS<br />

E TEM ESTADO A DELEGAR O<br />

ESPAÇO QUE HABITUALMENTE<br />

OCUPAVA AO DISTRIBUIDOR.<br />

QUANDO ANALISAMOS O<br />

RANKING DOS<br />

DISTRIBUIDORES DE PNEUS<br />

NACIONAIS, PERCEBEMOS<br />

QUE NOS ÚLTIMOS CINCO<br />

ANOS, MUITOS<br />

DISTRIBUIDORES QUASE<br />

DUPLICARAM A FATURAÇÃO<br />

EXPOMECÂNICA 2024<br />

COM LOTAÇÃO ESGOTADA<br />

A<br />

9.ª edição do expoMECÂNICA – Salão de Equipamentos, Serviços e Peças Auto, a realizar-se de<br />

8 a 10 de novembro de 2024, na Exponor já rola e, pelo andar da carruagem, poderá estar perante<br />

um novo cenário de lotação esgotada. A planta da feira contempla neste momento mais de 200<br />

expositores, que ocupam já 80% da área dos 24.000 m2 disponíveis e já garantiu 36 novas empresas<br />

com estreia absoluta, num sinal de plena vitalidade. A cinco meses da realização, o acontecimento tem<br />

praticamente segura a meta do espaço de exposição, confirmando, assim, um dado que já é consensual no<br />

mercado do aftermarket automóvel nacional. A edição de 2024 será especial e marcada pela celebração<br />

dos 10 anos de criação do expoMECÂNICA. A Competição Melhor Mecatrónico by <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

voltará a realizar-se em simultâneo, tendo este ano o CEPRA como novo parceiro.<br />

SEMÁFORO<br />

GUILHERME MENDES<br />

ADMINISTRADOR DA A. VIEIRA<br />

A EXPETATIVA É DE<br />

CRESCIMENTO, ATUALMENTE<br />

TEMOS UM GRANDE<br />

INVESTIMENTO EM CIMA DA<br />

MESA E, ACABANDO ESTE, A<br />

IDEIA É PASSAR PARA O<br />

PRÓXIMO. UMA IDEIA JÁ DO<br />

TEMPO DO MEU AVÔ, QUE<br />

NUNCA CHEGOU A SER<br />

CONCRETIZADA, MAS QUE<br />

ESTÁ NOS PLANOS DA<br />

EMPRESA NO FUTURO, SERÁ<br />

EXPANDIR AS NOSSAS<br />

INSTALAÇÕES PARA O SUL DE<br />

MANEIRA A CONSEGUIR TER O<br />

CRESCIMENTO NECESSÁRIO<br />

DA EMPRESA<br />

Regras de imigração<br />

são boas se funcionarem<br />

O Governo adotou medi<strong>das</strong> para<br />

controlar a “entrada sem regras” de<br />

imigrantes em Portugal, apesar de<br />

reconhecer que Portugal continua a<br />

precisar de estrangeiros, nomeadamente,<br />

para resolver carências no mercado<br />

de trabalho. O Plano de Ação para as<br />

Migrações apresentado pelo Executivo<br />

indica que passa a ser necessário ter<br />

contrato de trabalho para entrar no nosso<br />

país e anuncia que as confederações e<br />

associações empresariais terão à sua<br />

disposição canais “tipo via verde” junto<br />

dos postos consulares para agilizar a<br />

emissão de vistos para os trabalhadores<br />

que queiram contratar.<br />

CE agrava impostos<br />

sobre VE chineses<br />

A Comissão Europeia anunciou a sua<br />

intenção agravar impostos até 38,1%<br />

sobre os veículos elétricos importados<br />

da China. Esta decisão baseia-se<br />

na conclusão de que os fabricantes<br />

chineses beneficiam de subsídios que<br />

lhes conferem uma vantagem “injusta”.<br />

A investigação levada a cabo por<br />

Bruxelas confirmou a “desvantagem<br />

ilegal” que prejudica o setor europeu<br />

dos automóveis elétricos, o que levou à<br />

tomada de contramedi<strong>das</strong>. A Comissão<br />

Europeia comunicou as suas conclusões<br />

às autoridades chinesas, solicitando<br />

uma “solução compatível” com as regras<br />

da Organização Mundial do Comércio.<br />

Economia. Sinais positivos<br />

no horizonte<br />

Segundo as mais recentes previsões<br />

Portugal deve crescer entre 1,5% e 2%,<br />

em 2024 (acima da média da Zona Euro).<br />

É fundamental melhorar o contexto em<br />

que as empresas trabalham de modo<br />

a aumentar o investimento privado,<br />

refém do clima de incerteza. Importante<br />

também a rápida execução dos fundos<br />

europeus para a concretização <strong>das</strong><br />

previsões relativas à componente do<br />

investimento que, em conjunto com a<br />

expectável intensificação da procura<br />

externa, serão os motores essenciais para<br />

o crescimento projetado para a economia<br />

portuguesa em 2024, apesar do contexto<br />

internacional desfavorável.<br />

4 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


Destaque<br />

DEVOLUÇÃO DE PEÇAS<br />

UMA PREOCUPAÇÃO<br />

CRESCENTE!<br />

NOS ÚLTIMOS ANOS, A DEVOLUÇÃO DE PEÇAS TEM-SE TORNADO NUM<br />

DOS TEMAS CENTRAIS QUE MAIS PREOCUPA OS DISTRIBUIDORES DO<br />

AFTERMARKET PORTUGUÊS. A FALTA DE UMA CULTURA COMERCIAL<br />

SÓLIDA, A PERCEÇÃO DE QUE AS DEVOLUÇÕES SÃO “GRATUITAS” E O<br />

DESCONHECIMENTO DO ENQUADRAMENTO LEGAL PARA DEVOLUÇÕES B2B,<br />

SÃO ALGUNS DOS ASPETOS QUE TÊM CONTRIBUÍDO PARA O AUMENTO DE<br />

ENCARGOS E PREJUÍZOS, QUE PESAM, SIGNIFICANTEMENTE, NA BALANÇA<br />

FINANCEIRA DAS EMPRESAS<br />

Em Portugal, as devoluções são regula<strong>das</strong> pelo Decreto-Lei<br />

n.º 24/2014, de 14 de fevereiro, que transpõe<br />

para a legislação portuguesa a Diretiva 2011/83/UE<br />

do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de outubro<br />

de 2011, relativa aos direitos dos consumidores. De acordo<br />

com esta legislação, os consumidores têm o direito de<br />

devolver produtos adquiridos à distância (online, por telefone<br />

ou por correio) num prazo de 14 dias a contar da data<br />

de receção do produto, sem necessidade de indicar o motivo.<br />

Este período de reflexão é conhecido como o direito<br />

à livre resolução do contrato de compra, também referido<br />

como o direito ao arrependimento. Se o cliente decidir<br />

avançar com a devolução do produto, o vendedor é obrigado<br />

a reembolsar o consumidor de todos os pagamentos<br />

que tenha feito, incluindo os custos de entrega (exceto<br />

custos adicionais resultantes da escolha de uma forma de<br />

entrega diferente do modelo de entrega normal), sem demora<br />

injustificada e, em qualquer caso, o mais tardar 14<br />

dias a contar da data em que o vendedor for informado da<br />

decisão de desistir da compra.<br />

No caso de ven<strong>das</strong> entre profissionais (B2B), como é o<br />

caso de um distribuidor e uma oficina ou uma casa de<br />

peças, o cenário é diferente do descrito anteriormente,<br />

que se aplica principalmente a ven<strong>das</strong> diretas ao consumidor<br />

final (B2C). Nos negócios entre empresas, as condições<br />

de devolução e reembolso geralmente são regi<strong>das</strong><br />

pelos termos e condições acordados entre as partes no<br />

contrato de compra. Estes termos podem variar de acordo<br />

com as políticas individuais de cada empresa e podem<br />

não incluir os mesmos direitos de devolução e reembolso<br />

garantidos aos consumidores finais. Nos últimos anos,<br />

tem sido comum as empresas optarem por reger-se pela<br />

“lei” <strong>das</strong> boas relações com os seus parceiros, o que se<br />

tem verificado não ser suficiente para diminuir o impacto<br />

<strong>das</strong> devoluções no seu negócio.<br />

Problema transversal no setor<br />

O aumento exponencial no volume de devoluções de<br />

peças no setor do aftermarket tem sido alarmante. Muitas<br />

dessas devoluções, de acordo com os distribuidores,<br />

VÁRIOS DISTRIBUIDORES APONTAM QUE UMA MAIOR<br />

CONCERTAÇÃO ENTRE toDOS, COM REGRAS MAIS<br />

UNIFORMES E CONSISTENTES PODERÁ AMENIZAR SITUAÇÕES<br />

DESCONFortÁVEIS COM OS CLIENTES NO FUTURO


DEVOLUÇÃO<br />

DE PEÇAS<br />

go Domingos, da Auto Delta, também<br />

partilha esta preocupação:<br />

“Por mais que reforcemos as nossas<br />

equipas para proceder ao tratamento<br />

de devoluções, questiono<br />

até que ponto podemos resolver<br />

ou agilizar esta situação”. Paulo<br />

Torres, da Vieira & Freitas, refere<br />

ainda que: “No cenário atual<br />

do aftermarket, a percentagem<br />

de devoluções de peças novas está<br />

muito elevada. Isto foi causado, ao<br />

longo do tempo, pela falsa ideia<br />

de que os serviços de logística e<br />

transporte são gratuitos”. Diogo<br />

Lima, da Soulima, complementa:<br />

“Temos acompanhado de perto os<br />

números de devoluções dos últimos<br />

dois anos, e o que vimos surpreendeu-nos<br />

bastante”.<br />

Maiores encargos<br />

e prejuízos<br />

Embora a maioria <strong>das</strong> empresas<br />

de distribuição conte com profissionais<br />

qualificados para lidar<br />

com as devoluções de peças, o<br />

poderiam ser facilmente evita<strong>das</strong>.<br />

Sobre este tema, Luís Costa, da<br />

Japopeças, salienta: “É uma realidade<br />

que a grande maioria <strong>das</strong><br />

devoluções ocorre por motivos<br />

completamente evitáveis. Muitas<br />

vezes, são solicita<strong>das</strong> peças sem<br />

uma necessidade real, e esses são<br />

os casos que nos preocupam”. Carlos<br />

Jorge Gonçalves, da Filourém,<br />

destaca outros aspetos problemáticos<br />

para o negócio: “Tem-se observado<br />

um aumento significativo<br />

nos processos de devolução, o que<br />

consome tempo, espaço e recursos<br />

humanos. Sem dúvida que isto representa<br />

um constrangimento no<br />

nosso funcionamento”. E, acrescenta:<br />

“se houvesse uma maior<br />

concertação por parte de todos os<br />

players, com regras mais uniformes<br />

e consistentes entre todos os<br />

envolvidos, seria mais difícil gerar<br />

situações de desconforto com alguns<br />

clientes”. Um ponto de vista<br />

igualmente compartilhado entre<br />

vários distribuidores do setor. Tiaritmo<br />

crescente dessas devoluções<br />

tem gerado um aumento nas<br />

despesas operacionais, levando<br />

à necessidade de contratação de<br />

mais pessoal. Dando o exemplo<br />

da empresa Soulima, havia uma<br />

pessoa encarregue de todo o processo.<br />

Neste momento, têm três<br />

pessoas efetivas, sendo que, por<br />

vezes, passam para quatro, dependendo<br />

do volume. Mas não é caso<br />

único, a Vieira & Freitas tem neste<br />

momento uma equipa composta<br />

por cinco pessoas nesse departamento,<br />

enquanto que na Filourém,<br />

embora estejam duas pessoas<br />

designa<strong>das</strong> para essa função, por<br />

vezes passam a ser mais, para conseguir<br />

dar uma melhor resposta<br />

face ao número de devoluções que<br />

recebem.<br />

Para além do reforço dos recursos<br />

humanos, é importante considerar<br />

os prejuízos financeiros envolvidos.<br />

Num panorama abrangente,<br />

alguns dos principais distribuidores<br />

em Portugal destacam que<br />

há uma certa ilusão de que as devoluções<br />

são gratuitas e que estas,<br />

no entanto, também representam<br />

prejuízos para quem as faz. Quando<br />

falamos em peças de grande<br />

rotação, chegam a haver “situações<br />

muito caricatas de um cliente pedir<br />

uma peça, devolvê-la passado<br />

oito dias e, passado quinze dias,<br />

pedir exatamente a mesma peça”,<br />

recorda Paulo Torres, da Vieira &<br />

Freitas. E acrescenta, “a empresa<br />

que devolve, ganharia mais se pusesse<br />

a peça no stock do que estar<br />

a devolver. Assim, numa próxima,<br />

tinha a peça disponível para servir<br />

o cliente”. Além disso, Paulo<br />

Torres também relata situações de<br />

devolução de peças de baixo valor,<br />

como aquelas de 75 cêntimos, onde<br />

o custo de entrega é de três euros e<br />

mais três euros para devolução. O<br />

responsável sublinha a importância<br />

da formação de modo a incentivar<br />

uma maior cultura comercial e<br />

sensibilização sobre os custos associados<br />

a uma devolução. l<br />

AS EMPRESAS DE DISTRIBUIÇÃO TÊM IMPLEMENTADO<br />

DIVERSAS REFORMAS PARA ABORDAR O PROBLEMA<br />

DA DEVOLUÇÃO DE PEÇas, MAS RECONHECEM QUE AINDA HÁ<br />

UM LONGO CAMINHO A PERCORRER<br />

8 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


DEVOLUÇÃO<br />

DE PEÇAS<br />

INVESTIR EM<br />

AÇÕES DE FORMAÇÃO<br />

QUALIFICADA É<br />

FUNDAMENTAL<br />

É IMPORTANTE<br />

GARANTIR QUE NÃO<br />

HAJA EXCEÇÕES<br />

AOS NOSSOS<br />

REQUISITOS<br />

TEMOS TODO<br />

O PROCESSO MUITO<br />

TRANSPARENTE<br />

E DELINEADO<br />

INFORMATICAMENTE<br />

PAULO TORRES<br />

administrador Vieira & Freitas<br />

a visão de Paulo Torres, uma<br />

N verdadeira mudança pode ser<br />

alcançada ao promover uma cultura<br />

comercial mais abrangente entre todos os<br />

operadores, desde as equipas aos parceiros<br />

comerciais. A esmagadora maioria <strong>das</strong><br />

devoluções ocorrem devido a uma incorreta<br />

identificação da peça pretendida, pedido de<br />

outra peça que não a pretendida, desistência do<br />

cliente ou erro na quantidade encomendada.<br />

Uma ínfima parte ocorre por erro logístico no<br />

fornecimento ou incumprimento dos prazos<br />

de entrega dependente do serviço prestado<br />

pelos transportadores a operar no mercado.<br />

O responsável acredita que investir em<br />

ações de formação qualificada e contínua é<br />

fundamental para esse propósito. Esta também<br />

é uma opinião compartilhada por vários<br />

distribuidores do mercado de pós-venda em<br />

Portugal, mas não só.<br />

CARLOS JORGE GONÇALVES<br />

Gerente Filourém<br />

o caso particular da Filourém, foram<br />

N adota<strong>das</strong> condições mais rigorosas<br />

quanto ao período de devolução, aos<br />

requisitos e às respetivas motivações, com o<br />

objetivo de controlar a escalada de devoluções<br />

assistida. “É importante garantir que não haja<br />

exceções aos nossos requisitos e condições para<br />

aceitar ou não uma devolução”, explica Carlos<br />

Gonçalves. “Verifico também que os<br />

intervenientes no mercado têm um grande<br />

desconhecimento quanto à legislação em vigor<br />

que regula as devoluções. No entanto, também<br />

não queremos ser absolutamente<br />

intransigentes, pois podem ocorrer falhas de<br />

diferentes tipos. No caso de um cliente que<br />

nunca fez uma devolução e onde houve<br />

realmente um erro no pedido ou na<br />

identificação, podemos ter alguma<br />

sensibilidade e analisar caso a caso”,<br />

acrescentou.<br />

DIOGO LIMA<br />

Gerente da Soulima<br />

a Soulima tem sido seguido o método<br />

N de isolar e analisar cada caso<br />

individualmente. “Acreditamos que<br />

este método poderá dar-nos um serviço mais<br />

próximo do cliente. Só recusamos devoluções<br />

em situações muito pontuais”, revelou Diogo<br />

Lima, Gerente da Soulima. Para minimizar o<br />

volume de devoluções e obter uma visão global<br />

da situação, a Soulima tem estado a<br />

desenvolver uma plataforma digital renovada<br />

com o objetivo de ser lançada no último<br />

trimestre de 2024. Esta novidade irá permitir<br />

“ter uma otimização de stocks mais adequada<br />

aos dias de hoje”, bem como, oferecer “um<br />

conjunto de informações que podemos fornecer<br />

ao cliente no ato de devolução, permitindo que<br />

ele realize todo o processo de forma digital”,<br />

explicou. “Temos todo o processo muito<br />

transparente e delineado informaticamente,<br />

para que o cliente possa consultar o estado da<br />

sua devolução a qualquer momento e contar<br />

com um gestor disponível para esclarecer<br />

dúvi<strong>das</strong> sobre o processo”, conclui.<br />

NOS ÚLTIMOS ANOS, ALGUNS DISTRIBUIDORES TÊM VINDO<br />

A IMPLEMENTAR UM SISTEMA DE PRÉ-DEVOLUÇÃO QUE PERMITE<br />

QUE A DECISÃO DE ACEITAÇÃO OU RECUSA DE DEVOLUÇÃO SEJA TOMADA<br />

ANTES MESMO DO PRODUTO SER ENCAMINHADO PARA O DISTRIBUIDOR<br />

10 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


ESTAMOS A<br />

VOLTAR A RENOVAR<br />

A NOSSA POLÍTICA<br />

DE DEVOLUÇÕES<br />

A APOSTA<br />

TEM SIDO NA<br />

QUALIFICAÇÃO<br />

DAS EQUIPAS<br />

MOTIVOS MAIS<br />

COMUNS PARA<br />

DEVOLUÇÕES<br />

• Encomen<strong>das</strong> sem real necessidade;<br />

• Erros nas plataformas digitais;<br />

• Informações imprecisas ou incompletas nos catálogos<br />

eletrônicos;<br />

• Incorreta identificação da peça pretendida pelo cliente;<br />

• Erro na identificação por parte do fornecedor;<br />

• Duplicação de encomen<strong>das</strong>;<br />

• Encomen<strong>das</strong> coloca<strong>das</strong> sem a venda estar efetivada,<br />

conduzindo a situações de desistência dos clientes.<br />

LUÍS ALMEIDA<br />

diretor da Japopeças.<br />

m 2018, a política de devoluções da<br />

E Japopeças passou por uma grande<br />

reformulação. A empresa decidiu<br />

marcar uma posição e desenvolveu um<br />

conjunto de medi<strong>das</strong> mais restritivas, incluindo<br />

o procedimento de pré-inspeção antes do envio<br />

<strong>das</strong> peças. Para 2024, “estamos precisamente a<br />

voltar a renovar a nossa política de devoluções,<br />

nomeadamente com a inserção de uma taxa<br />

para devoluções fora de motivos enquadráveis<br />

na lei, por forma a amenizar os custos que isso<br />

representa”, adiantou Luís Almeida, Gerente da<br />

Japopeças, que entende haver uma cultura de<br />

facilitismo em Portugal que perpetua erros<br />

perfeitamente evitáveis, o que diminuiria de<br />

forma significativa os custos operacionais para<br />

todos os envolvidos na cadeia de valor, e do<br />

qual todos beneficiariam. No entanto, também<br />

faz questão de esclarecer que “logicamente que<br />

a Japopeças não se rege apenas pela estrita<br />

letra da lei. Também é importante haver<br />

alguma sensibilidade comercial”.<br />

TIAGO DOMINGOS<br />

diretor comunicação Auto Delta<br />

a AleCarPeças, Auto Delta e FIMAC, a<br />

N aposta tem sido na qualificação <strong>das</strong><br />

equipas, oferecendo a devida formação<br />

e enquadramento legal para que possam lidar<br />

com as devoluções, seja na sua receção,<br />

tratamento ou recolocação no stock. “A logística<br />

inversa comporta custos operacionais<br />

significativos e introduz deficiências na<br />

reposição de stocks que não devem nem podem<br />

ser negligenciados pela gestão <strong>das</strong> empresas.<br />

Considero imprescindível como ponto de<br />

partida a formação e consciencialização dos<br />

profissionais do sector. A passividade com que<br />

o tema tem sido conduzido incentiva a ausência<br />

de rigor e perpetua o problema que se tem<br />

vindo a agravar ao longo do tempo”, refere<br />

Tiago Domingos. O processo de devolução de<br />

peças é oneroso para as empresas e representa<br />

um custo avultado que não deve ser<br />

negligenciado.<br />

SOLUÇÕES<br />

APONTADAS<br />

PELOS<br />

ESPECIALISTAS<br />

• Condições de devolução universais entre o núcleo de<br />

empresas de distribuição;<br />

• Ações de formação qualificada e contínua para todos os<br />

profissionais envolvidos;<br />

• Serviço de pré-devolução;<br />

• Ferramentas de identificação “user-friendly”<br />

• Plataformas digitais otimiza<strong>das</strong>;<br />

• Informatização de todo o processo de devolução para que<br />

o cliente tenha acesso a qualquer momento;<br />

O AUMENTO EXPONENCIAL DAS DEVOLUÇÕES DE PEÇAS TEM<br />

IMPACTADO SIGNIFICATIVAMENTE A SAÚDE FINANCEIRA DAS EMPRESAS.<br />

ESSES CUSTOS INCLUEM O TRANSPORTE, INSPEÇÃO, REEMBALAGEM,<br />

ARMAZENAMENTO E OS RECURSOS HUMANOS ENVOLVIDOS<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 11


DEVOLUÇÃO<br />

DE PEÇAS<br />

LANÇO UM DESAFIO<br />

A TODOS OS INTERVENIENTES<br />

PARA QUE POSSAMOS REUNIR<br />

E TRABALHAR EM CONJUNTO<br />

BÁRBARA OLIVEIRA COUTINHO<br />

departamento Jurídico da ARAN<br />

ARAN – Associação Nacional do<br />

A Ramo Automóvel, também está comprometida<br />

em ser parte da solução e já<br />

demonstrou disponibilidade para se “sentar à<br />

mesa” com o aftermarket, com o objetivo de dialogar<br />

e criar uma ponte entre distribuidores, oficinas<br />

e casas de peças.<br />

Há vários anos que o aftermarket tem vindo<br />

a ser alvo de um aumento progressivo <strong>das</strong><br />

devoluções de peças. Na opinião da ARAN,<br />

o que pode ser feito para alterar este<br />

paradigma?<br />

A generalidade <strong>das</strong> empresas já o vem fazendo,<br />

ou seja, têm vindo a criar e divulgar as suas políticas<br />

de devolução de peças para que no momento<br />

da sua devolução os seus compradores saibam<br />

como proceder. No entanto, também consideramos<br />

que poderá ser relevante prestar auxílio<br />

aos respetivos clientes antes da concretização da<br />

venda, para que haja uma correta identificação<br />

daquilo que de facto pretendem comprar.<br />

A ARAN tinha conhecimento desta situação?<br />

Têm previsto alguma iniciativa para reverter<br />

o problema?<br />

Esta é uma questão transversal a todos os operadores<br />

económicos, tanto no ramo automóvel<br />

como em outros setores. A aquisição de material<br />

à distância é mais suscetível de gerar erros e, consequentemente,<br />

haver mais pedidos de devolução.<br />

Parece-nos que há aqui desafios relacionados<br />

com esta matéria referentes à sustentabilidade<br />

e, portanto, pugnar pela consciencialização <strong>das</strong><br />

partes para este tema, é tão importante como definir<br />

políticas internas. A ARAN está atenta a esta<br />

questão e gostaria de lançar um desafio: reunir<br />

todos os intervenientes – vendedores, compradores,<br />

clientes/consumidores e clientes/oficinas<br />

– para discutir a situação. Dessa forma, poderíamos<br />

criar, por exemplo, um código de conduta<br />

ou um manual de boas práticas. Isso permitiria<br />

identificar os problemas específicos relacionados<br />

a este tema e, embora não seja uma solução milagrosa,<br />

poderia, possivelmente, mitigar a questão<br />

<strong>das</strong> devoluções.<br />

A política de devolução de uma peça<br />

automóvel difere entre ven<strong>das</strong> B2B e B2C.<br />

Em que aspetos?<br />

A política difere consoante quem é que temos do<br />

outro lado, ou seja, se é um consumidor ou se é<br />

uma empresa, e por outro lado, pela forma como<br />

a peça foi comprada, se estávamos ao balcão, ao<br />

telefone, ou se foi feita online. Por um lado, nas<br />

ven<strong>das</strong> ao balcão, o vendedor não é obrigado a<br />

aceitar a devolução de uma peça. No entanto, sabemos<br />

que, por motivos comerciais, muitos acabam<br />

por aceitar essas devoluções, temendo que,<br />

ao não o fazerem, a concorrência fará. Por outro<br />

lado, os consumidores desfrutam de um grau de<br />

proteção conferido por uma legislação específica,<br />

que lhes permite devolver a peça ou material<br />

adquirido dentro de um determinado prazo,<br />

sem necessidade de justificar a devolução.<br />

Existe obrigação legal para aceitar a devolução<br />

de uma peça automóvel por parte de um<br />

distribuidor/retalhista, vindo de uma oficina<br />

ou casa de peças?<br />

Não existe uma obrigação legal, a não ser que<br />

o erro advenha da identificação do material, ou<br />

aconteceu por uma errada etiquetagem. Neste<br />

caso estamos perante um cumprimento defeituoso.<br />

Mas se o material que foi pedido e enviado,<br />

corresponder àquilo que o cliente da oficina<br />

pediu, não há uma obrigação legal de aceitar<br />

essa devolução.<br />

Para quando podemos prever a mesa redonda,<br />

mencionada anteriormente, entre a ARAN e os<br />

distribuidores para discutir esta problemática<br />

da devolução de peças?<br />

Espero que o mais breve possível. Lanço o desafio,<br />

nomeadamente aos nossos associados, para<br />

que possamos trabalhar em conjunto. Muitas<br />

vezes, é através da partilha de ideias que conseguimos<br />

encontrar soluções para os problemas<br />

que surgem, não apenas nesta questão, mas em<br />

to<strong>das</strong> as áreas da nossa vida.<br />

DEVOLVER PEÇAS DE BAIXO VALOR, COMO AS DE 75 CÊNTIMOS,<br />

PODE SER PROBLEMÁTICO QUANDO O CUSTO DE ENTREGA<br />

É DE TRÊS EUROS E A DEVOLUÇÃO CUSTA OUTROS TRÊS EUROS.<br />

TORNA-SE IMPORTANTE UMA MAIOR SENSIBILIZAÇÃO SOBRE ESTE TEMA<br />

12 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


ASSOCIAÇÃO<br />

NACIONAL<br />

DO RAMO<br />

AUTOMÓVEL<br />

ASSOCIAÇÃO<br />

NACIONAL<br />

DO RAMO<br />

AUTOMÓVEL<br />

.com<br />

<br />

Ibérica<br />

Radio<br />

Vigo


Destaque<br />

MESA REDONDA DISTRIBUIDORES EQUIPAMENTOS<br />

EQUIPADOS<br />

PARA O FUTURO!


FALAR SOBRE A SUSTENTABILIDADE DOS NEGÓCIOS É ABORDAR TANTO OS DESAFIOS QUANTO<br />

AS OPORTUNIDADES QUE SE AVIZINHAM. PARA UMA ANÁLISE APROFUNDADA DO MERCADO<br />

DE EQUIPAMENTOS OFICINAIS, O JORNAL DAS OFICINAS DECIDIU RETOMAR A MESA REDONDA,<br />

REUNINDO OITO DOS PRINCIPAIS PLAYERS DO SETOR


EQUIPAMENTOS<br />

OFICINAIS<br />

Com a digitalização, os<br />

métodos tradicionais<br />

perdem espaço; com<br />

a nova mobilidade,<br />

certos serviços tornam-se<br />

obsoletos, abrindo caminho<br />

para outros; os veículos tornaram-se<br />

mais inteligentes, exigindo<br />

equipamentos mais avançados e<br />

eficazes, e a mão-de-obra quer-se<br />

mais especializada. Até agora, a<br />

única certeza é de que tudo muda<br />

e assim continuará a ser. Para<br />

compreender melhor estes temas,<br />

o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> reuniu oito<br />

<strong>das</strong> principais empresas do setor<br />

de equipamentos oficinais para<br />

uma Mesa Redonda. O evento<br />

aconteceu no Sweet Atlantic Hotel<br />

& SPA, na Figueira da Foz, no passado<br />

mês de junho.<br />

Raio-X ao mercado nacional<br />

O debate começou com a análise de<br />

Mauro Antunes, da Hélder Máquinas,<br />

que reconhece ter havido uma<br />

retoma após a Covid-19. “O ano<br />

passado foi o nosso melhor ano<br />

ao nível de volume de ven<strong>das</strong>, mas<br />

este ano tenho sentido alguma estagnação.<br />

Em conversa com alguns<br />

colegas, denoto que há alguma<br />

desorganização no mercado. Há<br />

uma série de players que não têm<br />

especialidade nem nas equipas,<br />

nem nos equipamentos, e, por isso,<br />

conseguem praticar preços mais<br />

baixos”, adiantou.<br />

Tiago Figueiredo, da Luz de Airbag,<br />

partilha da mesma opinião.<br />

“Estamos a viver uma fase de retoma,<br />

disso não há sombra de<br />

dúvi<strong>das</strong>. O mercado tem vindo a<br />

sofrer muitas alterações com a entrada<br />

<strong>das</strong> novas tecnologias, como<br />

os sistemas ADAS e as viaturas<br />

elétricas. Nota-se que as oficinas<br />

estão a investir, cada vez mais, em<br />

equipamentos mais avançados”,<br />

afirmou. No entanto, salienta que<br />

há ainda um longo caminho a percorrer<br />

na sua especialização. “Na<br />

minha opinião, é essencial investir<br />

em formação. Nesse aspeto, a<br />

mudança está a ocorrer de forma<br />

ainda muito lenta. É importante<br />

acompanhar a evolução do parque<br />

automóvel e, nesse contexto, cabe-<br />

-nos a nós o papel de “evangelizar”<br />

o mercado”, sublinhou.<br />

Paulo Gaspar, da Proxira, segue<br />

o mesmo raciocínio. “É incontornável<br />

que, cada vez mais, são necessárias<br />

outras valências que antigamente<br />

não eram precisas. Ter<br />

apenas um elevador e um carro de<br />

ferramentas já não serve para nada<br />

hoje em dia. E nós temos também<br />

de fazer a nossa parte, educando<br />

o cliente em relação à questão<br />

da mão de obra”, esclareceu. E dá<br />

um exemplo: “Muitas vezes, quando<br />

alguém quer abrir uma oficina<br />

nova, a primeira coisa que eu pergunto<br />

é quanto é que irá cobrar de<br />

mão-de-obra, porque é a partir daí<br />

que vamos começar a desenhar o<br />

que é que o cliente precisa ou não<br />

para ter sucesso no negócio”.<br />

Ao contrário <strong>das</strong> observações<br />

anteriores, Edmundo Costa, da<br />

Cetrus, revelou não sentir a volatilidade<br />

do mercado de forma tão<br />

imediata. “Trabalhamos frequentemente<br />

em projetos com empresas,<br />

inclusive concessionários, que<br />

planeiam fazer investimentos.<br />

Começamos a acompanhar o processo<br />

desde uma fase ainda muito<br />

embrionária. Portanto, acabamos<br />

por estar hoje a fechar negócios<br />

que começaram a ser planeados<br />

há seis meses, um ano ou, às vezes,<br />

mais”, confidenciou.<br />

António Garrido, da Lusilectra,<br />

embora reconheça que o “mercado<br />

tenha vindo a evoluir e a crescer<br />

em termos de atividade”, também<br />

destaca o reverso da moeda. “Sentimos<br />

algum abrandamento desde<br />

o último trimestre do ano passado.<br />

Nota-se alguma dificuldade e contenção<br />

em fazer negócios, impulsionada<br />

por fatores externos como<br />

16 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


o nível de inflação e os custos de<br />

transporte”, explicou.<br />

Pedro Jesus, da Cometil, expressou<br />

uma opinião mais otimista sobre<br />

o mercado. “Estamos a atravessar<br />

um período em que as oficinas<br />

estão sobrecarrega<strong>das</strong> com trabalho,<br />

mais do que aquilo que conseguem<br />

gerir. E isso é algo positivo<br />

para a nossa atividade, pois podemos<br />

ajudá-los nessa área e desempenhar<br />

um papel diferenciador”,<br />

contou. E vai mais longe: “Acredito<br />

que o futuro ainda nos irá reservar<br />

muitas oportunidades, de forma<br />

geral, para to<strong>das</strong> as empresas, pois<br />

os automóveis representam uma<br />

grande fonte de oportunidades<br />

para as oficinas. À medida que a<br />

tecnologia automóvel for avançando,<br />

nós vamos estar cá para ajudar<br />

a resolver os problemas”.<br />

Concorrência Desleal<br />

Ainda sobre a análise ao mercado<br />

nacional, Manuel Guedes Martins,<br />

mordial. No entanto, ainda se ouve<br />

muito a tal expressão do “vamos<br />

lá ver como é que isto corre” ou “o<br />

cliente ainda não pediu”. Isto é um<br />

erro da parte <strong>das</strong> oficinas, pois esta<br />

deveria ser a vantagem que deveriam<br />

oferecer e incutir ao cliente<br />

final, que, no fundo, é quem irá pagar<br />

pelo serviço”, assinalou.<br />

E alerta para outra questão: “Este<br />

não deixa de ser um sistema que levanta<br />

questões de responsabilidade<br />

civil. Se quem repara um carro<br />

não calibra corretamente o sistema<br />

ADAS, pode estar a criar um problema<br />

muito grave no futuro”.<br />

António Garrido, da Lusilectra,<br />

também sublinha o comportamento<br />

passivo que o mercado tem<br />

adotado em relação aos sistemas<br />

ADAS: “Seria expectável e interessante<br />

que houvesse um maior<br />

investimento e que as oficinas<br />

acompanhassem as evoluções tecnológicas<br />

que temos vindo a assistir,<br />

de modo a conseguirem destada<br />

MGM, contribuiu para o debate<br />

com um tema que tem sido cada<br />

vez mais recorrente. “Tenho-me<br />

deparado com uma situação que<br />

está a começar a crescer no grande<br />

Porto. Em 100 oficinas, 30 ou<br />

40 trabalham à noite de porta fechada.<br />

Isto é concorrência desleal,<br />

porque nós passamos por muito<br />

para conseguirmos honrar os nossos<br />

compromissos. Eu sei que os<br />

empregados têm que levar a vida,<br />

mas é uma situação bastante complicada”,<br />

admitiu.<br />

Rui Figueira, da Bahco, também<br />

ofereceu uma reflexão sobre a possível<br />

origem desta nova problemática.<br />

“Desde a Covid-19, que o mercado<br />

tem sido confrontado com<br />

várias surpresas, nomeadamente<br />

a inflação, passando pela crise no<br />

canal Suez, até às guerras, há sempre<br />

algo a tentar-nos derrubar. Por<br />

isso, espero que nada mais surja,<br />

mas se surgir, estaremos cá como<br />

sempre para resolver”, assegurou.<br />

Quanto às oficinas, Rui Figueira<br />

refere que estão cada vez mais<br />

profissionaliza<strong>das</strong>, mas que também<br />

tem surgido uma tendência<br />

crescente de “trabalhar no negro”.<br />

“Normalmente, aqueles que trabalham<br />

fora do horário regular também<br />

querem minimizar os custos<br />

ao máximo. E, nesse sentido, nós<br />

não conseguimos competir. Por<br />

isso, espero que a situação melhore<br />

para que possamos continuar a<br />

crescer todos”, referiu.<br />

Sistemas ADas:<br />

Oportunidade de Negócio<br />

Para Pedro Jesus, da Cometil,<br />

“to<strong>das</strong> as oportunidades que os<br />

veículos nos trazem são uma grande<br />

mais-valia para as oficinas. Os<br />

sistemas ADAS deixaram de ser<br />

uma opção para o consumidor final<br />

que deseja adquirir um modelo<br />

mais recente e tornaram-se numa<br />

obrigatoriedade. Ou seja, para as<br />

oficinas, este tema deveria ser pri-<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 17


EQUIPAMENTOS<br />

OFICINAIS<br />

car-se. Isto começou em 2021, com<br />

maior obrigatoriedade em 2022,<br />

mas o futuro vai passar por aqui”.<br />

Para Mauro Antunes, da Hélder<br />

Máquinas, a comercialização de<br />

equipamentos ADAS já não é uma<br />

novidade, mas a procura continua<br />

muito aquém <strong>das</strong> expectativas. Segundo<br />

o próprio, a principal razão<br />

centra-se na ausência de um gestor<br />

nas oficinas. “Os sistemas ADAS<br />

que vendemos foram adquiridos<br />

por clientes que possuem uma gestão<br />

de oficina consolidada, com<br />

alguém responsável pela administração,<br />

que não precisa de ser o<br />

mecânico ou o proprietário. É uma<br />

pessoa que analisa o investimento<br />

e a rentabilidade que um equipamento<br />

destes pode proporcionar a<br />

longo prazo”, relatou.<br />

Tiago Figueiredo, da Luz de Airbag,<br />

por sua vez, classificou o Sistema<br />

ADAS como um equipamento<br />

do passado, e não do futuro.<br />

“Internamente, nós acreditamos<br />

individual, mas não só. As ferramentas<br />

têm de ser isola<strong>das</strong>, megômetros<br />

para medir a resistência<br />

de isolamento em sistemas de alta<br />

tensão e analisadores de baterias,<br />

são alguns dos equipamentos necessários.<br />

Ao nível de valores, já é<br />

possível preparar uma oficina para<br />

veículos elétricos a partir de 2 mil<br />

euros, mas se for com marcas premium<br />

o valor é muito superior. É<br />

um negócio que está a começar a<br />

evoluir, principalmente para as oficinas<br />

que já têm alguma estrutura”.<br />

Na opinião de Pedro Jesus, da<br />

Cometil, “do que se tem visto, as<br />

oficinas têm vindo a enveredar por<br />

esse caminho. A ideia não é montar<br />

um negócio de veículos elétricos,<br />

mas criar uma zona dentro da<br />

oficina dedicada a esse serviço. Nos<br />

concessionários é igual, têm uma<br />

ou duas boxes para dar assistência<br />

aos VE ou vão crescendo consoante<br />

a necessidade. Por muito baixa<br />

que seja, já é uma fatia de mercaque<br />

este vai ser o ano do Sistema<br />

ADAS, mas já vai tarde. Se virmos<br />

na União Europeia, em Itália, Alemanha<br />

e Reino Unido, um carro<br />

que tenha uma colisão, enquanto<br />

não tiver um relatório a comprovar<br />

como o sistema ADAS está devidamente<br />

calibrado, não tem seguro,<br />

ponto final”, destacou.<br />

Na visão de Edmundo Costa, da<br />

Cetrus, a raiz do problema é muito<br />

mais profunda. “O sistema<br />

ADAS seguirá o mesmo processo<br />

que outros equipamentos, como o<br />

alinhamento de direções. Na sua<br />

implementação, também foi um<br />

caso paradigmático, mas agora a<br />

maioria <strong>das</strong> oficinas já realiza esse<br />

serviço. O verdadeiro problema é<br />

que muitas oficinas alegam não ter<br />

espaço ou que os clientes não pedem<br />

o serviço, mas na realidade, é<br />

porque não têm capacidade financeira<br />

para investir. Todos nós que<br />

frequentamos feiras internacionais<br />

percebemos que as novas tecnologias,<br />

os avanços e os equipamentos<br />

de última geração entram com<br />

muita dificuldade no nosso mercado.<br />

Porque, efetivamente, as nossas<br />

oficinas têm pouca capacidade de<br />

investimento, e não há como fugir<br />

disso”, argumentou.<br />

Mobilidade verde<br />

nas oficinas<br />

Embora ainda estejamos longe<br />

de uma massificação dos veículos<br />

elétricos e de outras formas de<br />

mobilidade sustentável, a procura<br />

por esses veículos cresce de forma<br />

constante. Para se adaptarem<br />

a essa nova realidade, as oficinas<br />

precisam de estar bem equipa<strong>das</strong>.<br />

Diversas empresas do aftermarket<br />

já incentivam o investimento em<br />

equipamentos especializados, mas<br />

referem que ainda há aspetos que<br />

precisam de serem melhorados.<br />

Paulo Gaspar, da Proxira, afirma<br />

que “o mais importante são os<br />

EPIs – Equipamento de segurança<br />

18 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


do. Já começa a ser uma opção e<br />

vai continuar a ser, mas se vai ser<br />

maioritária ainda não sabemos”.<br />

E acrescenta: “Os veículos elétricos<br />

são ao mesmo tempo um susto<br />

para muitas oficinas, mas trazem<br />

oportunidades de negócio que devem<br />

ser aproveita<strong>das</strong>”.<br />

Tiago Figueiredo, da Luz de Airbag,<br />

também se focou no lado positivo.<br />

“Apesar da maioria <strong>das</strong> oficinas<br />

estar muito assustada com<br />

os carros elétricos, vai continuar<br />

a haver a necessidade de carregar<br />

o ar condicionado, fazer um bom<br />

diagnóstico, reparar módulos, fazer<br />

o balanceamento de baterias,<br />

manutenção de caixas automáticas…<br />

isto tudo são fatores de lucro<br />

para as oficinas. Há tantos componentes<br />

num carro elétrico, num híbrido<br />

ou plug-in. Basta aproveitar<br />

a onda”, referiu, confiante.<br />

Manuel Guedes Martins, da MGM,<br />

alertou ainda para a importância<br />

da formação e segurança quando<br />

falamos de alta tensão. “Vejo que<br />

nas pequenas e médias oficinas ainda<br />

há um grande desconhecimento<br />

sobre o que é a alta tensão. E isso<br />

é algo que tem de ser trabalhado.<br />

Em relação aos veículos elétricos,<br />

as pessoas ainda estão na incerteza<br />

sobre esse investimento porque<br />

não sabem se isto será mesmo o<br />

futuro. Por exemplo, as mesas elevatórias,<br />

as mais baratas custam no<br />

mínimo 2 mil euros. É preciso ter<br />

um chão isolado, até o próprio elevador<br />

já é outro tipo de elevador”,<br />

clarificou. “Isto é algo que ainda<br />

vai demorar o seu tempo, além do<br />

investimento em equipamento,<br />

também é necessária mão-de-obra<br />

qualificada. O desconhecimento do<br />

funcionamento dos VE pode levar<br />

a situações complica<strong>das</strong>”, frisou.<br />

Mauro Antunes, da Hélder Máquinas,<br />

também concordou com<br />

a necessidade da formação qualificada<br />

nas oficinas. “Os veículos<br />

elétricos têm a questão associada<br />

da formação inicial aos mecânicos,<br />

que tem que ser logo garantida à<br />

partida. Trabalhar com alta tensão<br />

não é para qualquer um. Muitas<br />

oficinas também têm resistência a<br />

esta nova tecnologia, porque é mais<br />

formação, e o colaborador não está<br />

tão presente e disponível na oficina”,<br />

apontou.<br />

Edmundo Costa, da Cetrus, fecha<br />

o tema com uma nota positiva.<br />

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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 19


EQUIPAMENTOS<br />

OFICINAIS<br />

“O futuro do negócio do setor automóvel<br />

vai continuar a estar na<br />

oficina. To<strong>das</strong> as evoluções trazem<br />

oportunidades para as oficinas e,<br />

consequentemente para nós. O<br />

importante é que as pessoas valorizem<br />

o seu próprio negócio, de maneira<br />

a que criem valor e riqueza<br />

para depois poderem investir, em<br />

vez de esperar para ver o que vai<br />

acontecer”, sublinhou.<br />

Oferta Personalizada<br />

Tiago Figueiredo, da Luz de Airbag,<br />

acredita que a verdadeira<br />

diferença está no trabalho de consultoria.<br />

“Nós temos uma oferta<br />

360º de produtos, seria impensável<br />

chegarmos ao pé de um cliente<br />

e dizer-lhe que precisa de um determinado<br />

equipamento quando<br />

na verdade precisa de outro. É<br />

importantíssimo prestar atenção<br />

à realidade <strong>das</strong> oficinas, às suas<br />

perspetivas a longo prazo e proporcionarmos-lhes<br />

também um<br />

bom serviço de pós-venda”, afirmou.<br />

Edmundo Costa, da Cetrus, concordou.<br />

“To<strong>das</strong> as empresas que estão<br />

de forma séria no mercado devem<br />

preocupar-se com as necessidades<br />

reais dos clientes e com a otimização<br />

que vão ter com a aquisição do<br />

equipamento. No nosso caso, que<br />

vendemos cabines de pintura desde<br />

20 mil euros até 80 mil euros,<br />

precisamos de perceber muito bem<br />

o que é que o cliente pretende fazer<br />

com o equipamento. Há clientes<br />

que nos dizem que precisam de<br />

duas cabines de pintura e às vezes<br />

não há necessidade, pois basta uma<br />

para rentabilizarem o processo e a<br />

própria máquina”, partilhou.<br />

Rui Figueira, da Bahco, destaca<br />

que um dos motivos para o sucesso<br />

está na venda personalizada. “Nós<br />

temos ferramentas feitas exclusivamente<br />

à medida do cliente, às<br />

vezes até com diferentes mecânicos<br />

e para diferentes áreas da oficina.<br />

A melhor forma de fazer um carro<br />

de ferramentas à medida <strong>das</strong> necessidades<br />

do cliente é estando em<br />

contato direito com o mecânico ou<br />

o eletricista, para saber realmente<br />

o que ele precisa. No nosso caso,<br />

é um processo feito do princípio<br />

ao fim. O foco está nas suas necessidades<br />

para que lhe possamos<br />

prestar o melhor serviço possível”,<br />

explicou.<br />

Manuel Guedes Martins, da MGM,<br />

destaca a importância da honestidade<br />

na hora de servir. “Às vezes<br />

vamos visitar uma oficina e têm<br />

lá compressores de 50kW quando<br />

bastaria um de 4kW ou 5kW. É um<br />

erro. Nós temos que servir bem o<br />

cliente para que ele fique satisfeito<br />

e volte mais tarde para continuar a<br />

fazer negócio connosco”, enfatizou.<br />

No caso da Hélder Máquinas,<br />

Mauro Antunes refere que “temos<br />

clientes há tanto tempo quanto o<br />

da empresa, que já tem quase 40<br />

anos, devido às muitas visitas que<br />

ainda fazemos de oficina em oficina.<br />

Acredito que passa muito por<br />

aí, pela relação entre o comercial<br />

e a oficina, na medida em que conhece<br />

as suas reais necessidades e<br />

aquilo que poderá vir a precisar”,<br />

referiu.<br />

Foco na satisfação<br />

dos clientes<br />

Um cliente satisfeito é um cliente<br />

que retorna. É assim que Manuel<br />

Guedes Martins, da MGM, vê o negócio.<br />

“O acompanhamento feito<br />

durante o pós-venda, com uma boa<br />

assistência, revisões preventivas,<br />

alertas sobre eventuais situações e<br />

deixar o cliente satisfeito no final,<br />

é algo que tanto é bom para quem<br />

vende como para quem compra.<br />

Quem conseguir fazer isto irá conseguir<br />

vender, caso contrário, irá<br />

perder um cliente”, assegurou.<br />

Rui Figueira, da Bahco, considera<br />

que a manutenção preventiva de<br />

equipamentos é essencial. “Se os<br />

20 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


equipamentos receberem uma boa<br />

manutenção, terão menos avarias,<br />

ou avarias menos dispendiosas,<br />

evitando muitos problemas. Por<br />

isso, é algo muito importante.<br />

Além disso, há outro ponto que<br />

gostaria de salientar. As pessoas<br />

gostam de mencionar quando<br />

compram algo barato, mas quando<br />

surgem problemas, não comentam.<br />

Há situações em que uma marca<br />

vende produtos a baixo custo, mas<br />

quando ocorrem avarias, o vendedor<br />

ou a marca desaparecem, ou<br />

dizem que não podem fazer nada<br />

porque não está coberto pela garantia,<br />

sem explicar o porquê. Só se<br />

vê quem realmente é bom quando<br />

surgem problemas e é oferecida<br />

uma boa assistência. Nós estamos<br />

no mercado desde os anos 60, e<br />

espero que continuemos por muito<br />

mais tempo. Portanto, temos que<br />

cuidar do nosso nome”, declarou.<br />

Sobre este assunto, António Garrido,<br />

da Lusilectra, vai mais longe.<br />

“Não há dúvida de que o serviço<br />

pós-venda é fundamental. Para<br />

qualquer empresa neste ramo, se<br />

ele não existir, estará condenada a<br />

curto prazo. Aliás, o foco <strong>das</strong> oficinas<br />

não deve estar nos equipamentos<br />

em si, mas no conhecimento<br />

sobre os problemas dos automóveis<br />

e em resolvê-los. Nós, como<br />

parceiros, temos que garantir que<br />

as oficinas disponham dos equipamentos<br />

adequados e mantê-los<br />

atualizados com as inovações do<br />

mercado”, assinalou.<br />

Pedro Jesus, da Cometil, destaca<br />

que não basta comercializar equipamentos<br />

premium; o serviço pós-<br />

-venda deve acompanhar essa qualidade.<br />

“Qualquer equipamento<br />

pode falhar, mas se nós o vendemos<br />

como premium, a assistência tem<br />

de ser de igual forma premium. O<br />

tempo de espera tem de ser mínimo,<br />

porque se lhes estudamos<br />

o retorno do investimento para<br />

ganharem dinheiro com aquele<br />

equipamento, ao estar parado vai<br />

perder o retorno. Mas não só, além<br />

da rapidez de resposta, deve haver<br />

rapidez no conhecimento para resolver<br />

os problemas na hora. Isso<br />

é o que faz a diferença e justifica<br />

continuar a apostar no segmento<br />

premium com uma assistência<br />

de qualidade. Se o equipamento é<br />

muito bom, mas a assistência não<br />

acompanha, ele deixa de ser bom e,<br />

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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 21


EQUIPAMENTOS<br />

OFICINAIS<br />

na próxima escolha, provavelmente,<br />

não será essa a opção”, garantiu.<br />

Por seu turno, Paulo Gaspar, da<br />

Proxira, aponta a formação como<br />

um diferencial competitivo no<br />

mercado. “Acredito que já tenha<br />

acontecido com todos os presentes<br />

nesta mesa redonda, alguém ter<br />

vendido um equipamento que nunca<br />

foi bem instalado ou que nunca<br />

funcionou bem ao cliente e, se nós<br />

tivermos a habilidade de conseguir<br />

chegar lá e fazer aquilo que os outros<br />

não fizeram, garantidamente<br />

que não voltaremos a ser trocados<br />

por 300, 400 ou 500 euros. Por<br />

isso, considero fundamental continuar<br />

a investir em formação, pois<br />

é isso que nos permitirá estar mais<br />

bem preparados e destacarmo-nos<br />

da concorrência”, frisou.<br />

O Futuro é hoje<br />

Sobre os desafios e perspetivas<br />

para o futuro, Manuel Guedes Martins,<br />

da MGM, toma a iniciativa e<br />

refere que o mais importante é estar-se<br />

focado no presente. “Eu sou<br />

um bocado contra o futuro. Eu vivo<br />

o presente e os problemas de hoje”.<br />

Rui Figueira, da Bahco, também<br />

partilha da mesma opinião: “Para<br />

mim, o futuro é hoje. Portugal é<br />

um país pequeno e muito aberto<br />

ao exterior, sendo constantemente<br />

bombardeado com novos produtos<br />

e players no mercado. É crucial estarmos<br />

preparados para nos moldarmos<br />

ao que aí vem”.<br />

António Garrido, da Lusilectra defende<br />

que as empresas têm de ter<br />

sempre o “chip da mudança instalado”.<br />

“Nós temos que estar constantemente<br />

a mudar, a adaptar-nos<br />

àquilo que vai ser a realidade daqui<br />

para a frente. Porque vamos viver<br />

cada vez mais, com a incorporação<br />

da inteligência artificial. Além disso,<br />

há equipamentos que já se estão<br />

a deixar de vender, não se vendem<br />

ao ritmo que se vendiam na última<br />

década, outros que já começaram a<br />

ser introduzidos e outros que todos<br />

vendemos atualmente, mas que<br />

vão passar por uma transformação”,<br />

contextualizou.<br />

Na visão de Pedro Jesus, da Cometil,<br />

“As oficinas portuguesas, de um<br />

modo geral, sabem trabalhar bem.<br />

Eu sou defensor e sempre fui de<br />

que nós somos mais empreendedores<br />

em algumas coisas. Ou seja, na<br />

qualidade de trabalho, no rigor, na<br />

limpeza <strong>das</strong> oficinas, comparado<br />

com outros países, acho 7 que nós<br />

estamos mais à frente”. E acrescenta:<br />

“Nós somos de uma geração que<br />

<br />

valoriza muito o automóvel, mais<br />

que outros países. O vizinho do<br />

lado, a Espanha, já utiliza o automóvel<br />

para uma mobilidade diferente<br />

da nossa, mas nós também<br />

para lá caminharemos, infelizmente,<br />

com as novas gerações. E esse é<br />

o grande desafio, creio eu”.<br />

Para Mauro Antunes, da Hélder<br />

Máquinas, o futuro vai ser de oportunidades:<br />

“Não penso no futuro<br />

com receio, vejo-o com oportunidades<br />

para todos. Aquilo que noto<br />

é que as oficinas vão ter de se especializar,<br />

porque as opções de mobilidade<br />

e sistemas de gestão vão ser<br />

imensos, inclusive os de frotas. E,<br />

nós, como vamos ter também mais<br />

coisas para vender, vamos ter de<br />

nos especializar igualmente”.<br />

Edmundo Costa, da Cetrus, termina<br />

com duas notas. “A primeira<br />

é que o desafio mais complicado<br />

tem sido a obtenção e a retenção<br />

de mão-de-obra especializada na<br />

<br />

nossa área, porque cada vez mais<br />

escasseiam os candidatos para<br />

todo tipo de trabalhos técnicos. E<br />

depois, por fim, deixar aqui uma<br />

palavra que é a constante insatisfação<br />

no nosso negócio. É importante<br />

nunca deixar de pensar que estamos<br />

bem ou que somos os maiores,<br />

devemos de ter sempre o sentimento<br />

de que podemos melhorar para<br />

acrescentar ainda mais valor ao<br />

negócio”, conclui. l<br />

<br />

<br />

C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

CM<br />

MY<br />

MY<br />

CY<br />

CY<br />

CMY<br />

CMY<br />

K<br />

22 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


DENOTO<br />

QUE HÁ ALGUMA<br />

DESORGANIZAÇÃO<br />

NO MERCADO<br />

MAURO ANTUNES<br />

Hélder Máquinas<br />

ano passado foi o nosso melhor ano ao<br />

O nível de volume de ven<strong>das</strong>, mas este<br />

ano tenho sentido alguma estagnação.<br />

Em conversa com alguns colegas, denoto que há<br />

alguma desorganização no mercado. Há uma<br />

série de players que não têm especialidade nem<br />

nas equipas, nem nos equipamentos, e, por isso,<br />

conseguem praticar preços mais baixos. Os<br />

sistemas ADAS que vendemos foram adquiridos<br />

por clientes que possuem uma gestão de oficina<br />

consolidada, com alguém responsável pela<br />

administração, que não precisa de ser o<br />

mecânico ou o proprietário. É uma pessoa que<br />

analisa o investimento e a rentabilidade que um<br />

equipamento destes pode proporcionar a longo<br />

prazo. Os veículos elétricos têm a questão<br />

associada da formação inicial aos mecânicos, que<br />

tem que ser logo garantida à partida. Trabalhar<br />

com alta tensão não é para qualquer um. Muitas<br />

oficinas também têm resistência a esta nova<br />

tecnologia, porque é mais formação, e o<br />

colaborador não está tão presente e disponível<br />

na oficina.<br />

MGM_meia_baixo_2021_JO.pdf MGM_meia_baixo_2021.pdf 1 125/06/2021 22/06/202116:58<br />

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2050<br />

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2448<br />

MAX. 175<br />

ø140<br />

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270<br />

670<br />

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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 23<br />

47


EQUIPAMENTOS<br />

OFICINAIS<br />

CABE-NOS A<br />

NÓS O PAPEL DE<br />

“EVANGELIZAR” O<br />

MERCADO<br />

É FUNDAMENTAL<br />

CONTINUAR A<br />

INVESTIR EM<br />

FORMAÇÃO<br />

TODAS AS<br />

EVOLUÇÕES TRAZEM<br />

OPORTUNIDADES<br />

PARA AS OFICINAS<br />

TIAGO FIGUEIREDO<br />

Luz de Airbag<br />

stamos a viver uma fase de retoma,<br />

E disso não há sombra de dúvi<strong>das</strong>. O<br />

mercado tem vindo a sofrer muitas<br />

alterações com a entrada <strong>das</strong> novas tecnologias,<br />

como os sistemas ADAS e as viaturas elétricas.<br />

Nota-se que as oficinas estão a investir, cada<br />

vez mais, em equipamentos mais avançados.<br />

No entanto, há ainda um longo caminho a<br />

percorrer na sua especialização. É essencial<br />

investir em formação. Nesse aspeto, a mudança<br />

está a ocorrer de forma ainda muito lenta. É<br />

importante acompanhar a evolução do parque<br />

automóvel e, nesse contexto, cabe-nos a nós o<br />

papel de “evangelizar” o mercado. Apesar da<br />

maioria <strong>das</strong> oficinas estar muito assustada com<br />

os carros elétricos, vai continuar a haver a<br />

necessidade de carregar o ar condicionado,<br />

fazer um bom diagnóstico, reparar módulos,<br />

fazer o balanceamento de baterias, manutenção<br />

de caixas automáticas… isto tudo são fatores de<br />

lucro para as oficinas. Há tantos componentes<br />

num carro elétrico, num híbrido ou plug-in.<br />

Basta aproveitar a onda.<br />

PAULO GASPAR<br />

Proxira<br />

incontornável que, cada vez mais, são<br />

É necessárias outras valências que<br />

antigamente não eram precisas. Ter<br />

apenas um elevador e um carro de ferramentas<br />

já não serve para nada hoje em dia. E nós<br />

temos também de fazer a nossa parte, educando<br />

o cliente em relação à questão da mão de obra.<br />

Muitas vezes, quando alguém quer abrir uma<br />

oficina nova, a primeira coisa que eu pergunto<br />

é quanto é que irá cobrar de mão-de-obra,<br />

porque é a partir daí que vamos começar a<br />

desenhar o que é que o cliente precisa ou não<br />

para ter sucesso no negócio. Acredito que já<br />

tenha acontecido com todos os presentes nesta<br />

mesa redonda, alguém ter vendido um<br />

equipamento que nunca foi bem instalado ou<br />

que nunca funcionou bem ao cliente e, se nós<br />

tivermos a habilidade de conseguir chegar lá e<br />

fazer aquilo que os outros não fizeram,<br />

garantidamente que não voltaremos a ser<br />

trocados por 300, 400 ou 500 euros. Por isso,<br />

considero fundamental continuar a investir em<br />

formação, pois é isso que nos permitirá estar<br />

mais bem preparados e destacarmo-nos da<br />

concorrência.<br />

EDMUNDO COSTA, Cetrus<br />

futuro do negócio do setor automóvel<br />

O vai continuar a estar na oficina. To<strong>das</strong><br />

as evoluções trazem oportunidades<br />

para as oficinas e, consequentemente para nós.<br />

O importante é que as pessoas valorizem o seu<br />

próprio negócio, de maneira a que criem valor e<br />

riqueza para depois poderem investir, em vez<br />

de esperar para ver o que vai acontecer. To<strong>das</strong><br />

as empresas que estão de forma séria no<br />

mercado devem preocupar-se com as<br />

necessidades reais dos clientes e com a<br />

otimização que vão ter com a aquisição do<br />

equipamento. No nosso caso, que vendemos<br />

cabines de pintura desde 20 mil euros até 80<br />

mil euros, precisamos de perceber muito bem o<br />

que é que o cliente pretende fazer com o<br />

equipamento. Há clientes que nos dizem que<br />

precisam de duas cabines de pintura e às vezes<br />

não há necessidade, pois basta uma para<br />

rentabilizarem o processo e a própria máquina.<br />

É importante nunca deixar de pensar que<br />

estamos bem ou que somos os maiores,<br />

devemos de ter sempre o sentimento de que<br />

podemos melhorar para acrescentar ainda mais<br />

valor ao negócio.<br />

24 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


AS EMPRESAS TÊM<br />

DE TER SEMPRE O<br />

CHIP DA MUDANÇA<br />

INSTALADO<br />

ANTÓNIO GARRIDO<br />

Lusilectra<br />

Não há dúvida de que o serviço<br />

N pós-venda é fundamental. Para<br />

qualquer empresa neste ramo, se ele<br />

não existir, estará condenada a curto prazo.<br />

Aliás, o foco <strong>das</strong> oficinas não deve estar nos<br />

equipamentos em si, mas no conhecimento<br />

sobre os problemas dos automóveis e em<br />

resolvê-los. Nós, como parceiros, temos que<br />

garantir que as oficinas disponham dos<br />

equipamentos adequados e mantê-los<br />

atualizados com as inovações do mercado. As<br />

empresas têm de ter sempre o “chip da<br />

mudança instalado”. Nós temos que estar<br />

constantemente a mudar, a adaptar-nos àquilo<br />

que vai ser a realidade daqui para a frente.<br />

Porque vamos viver cada vez mais, com a<br />

incorporação da inteligência artificial. Além<br />

disso, há equipamentos que já se estão a deixar<br />

de vender, não se vendem ao ritmo que se<br />

vendiam na última década, outros que já<br />

começaram a ser introduzidos e outros que<br />

todos vendemos atualmente, mas que vão<br />

passar por uma transformação.”<br />

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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 25


EQUIPAMENTOS<br />

OFICINAIS<br />

O FUTURO<br />

AINDA NOS IRÁ<br />

RESERVAR MUITAS<br />

OPORTUNIDADES<br />

UM CLIENTE<br />

SATISFEITO<br />

É UM CLIENTE<br />

QUE RETORNA<br />

É CRUCIAL<br />

ESTARMOS<br />

PREPARADOS PARA<br />

NOS MOLDARMOS<br />

AO QUE AÍ VEM<br />

PEDRO JESUS<br />

Cometil<br />

Estamos a atravessar um período em<br />

E que as oficinas estão sobrecarrega<strong>das</strong><br />

com trabalho, mais do que aquilo que<br />

conseguem gerir. E isso é algo positivo para a<br />

nossa atividade, pois podemos ajudá-los nessa<br />

área e desempenhar um papel diferenciador.<br />

Acredito que o futuro ainda nos irá reservar<br />

muitas oportunidades, de forma geral, para<br />

to<strong>das</strong> as empresas, pois os automóveis<br />

representam uma grande fonte de<br />

oportunidades para as oficinas. À medida que a<br />

tecnologia automóvel for avançando, nós vamos<br />

estar cá para ajudar a resolver os problemas. As<br />

oficinas portuguesas, de um modo geral, sabem<br />

trabalhar bem. Eu sou defensor e sempre fui de<br />

que nós somos mais empreendedores em<br />

algumas coisas. Ou seja, na qualidade de<br />

trabalho, no rigor, na limpeza <strong>das</strong> oficinas,<br />

comparado com outros países, acho que nós<br />

estamos mais à frente. Somos de uma geração<br />

que valoriza muito o automóvel, mais que<br />

outros países. O vizinho do lado, a Espanha, já<br />

utiliza o automóvel para uma mobilidade<br />

diferente da nossa, mas nós também para lá<br />

caminharemos, infelizmente, com as novas<br />

gerações. E esse é o grande desafio, creio eu.”<br />

MANUEL GUEDES MARTINS<br />

MGM<br />

O mercado dos equipamentos oficinais<br />

O parece dar indícios de algum<br />

crescimento no que diz respeito à<br />

renovação de algumas unidades oficinais já<br />

existentes, bem como ao surgimento de outras<br />

que procuram implantar-se nesse mesmo<br />

mercado. Num contexto de crescimento do<br />

negócio <strong>das</strong> oficinas poderá haver uma procura<br />

adicional de novos equipamentos. Contudo,<br />

penso que existem algumas condicionantes que<br />

poderão limitar uma decisão por parte <strong>das</strong><br />

oficinas. Por outro lado tenho-me deparado<br />

com uma situação que está a começar a crescer<br />

no grande Porto. Em 100 oficinas, 30 ou 40<br />

trabalham à noite de porta fechada. Isto é<br />

concorrência desleal, porque nós passamos por<br />

muito para conseguirmos honrar os nossos<br />

compromissos. Eu sei que os empregados têm<br />

que levar a vida, mas é uma situação bastante<br />

complicada. Nós temos que servir bem o cliente<br />

para que ele fique satisfeito e volte mais tarde<br />

para continuar a fazer negócio connosco.<br />

RUI FIGUEIRA<br />

Bahco<br />

Desde a Covid-19, que o mercado tem<br />

D sido confrontado com várias surpresas,<br />

nomeadamente a inflação, passando<br />

pela crise no canal Suez, até às guerras, há<br />

sempre algo a tentar-nos derrubar. Por isso,<br />

espero que nada mais surja, mas se surgir,<br />

estaremos cá como sempre para resolver. As<br />

oficinas estão cada vez mais profissionaliza<strong>das</strong>,<br />

mas também tem surgido uma tendência<br />

crescente de “trabalhar no negro”.<br />

Normalmente, aqueles que trabalham fora do<br />

horário regular também querem minimizar os<br />

custos ao máximo. E, nesse sentido, nós não<br />

conseguimos competir. Por isso, espero que a<br />

situação melhore para que possamos continuar<br />

a crescer todos. As pessoas gostam de<br />

mencionar quando compram algo barato, mas<br />

quando surgem problemas, não comentam. Há<br />

situações em que uma marca vende produtos a<br />

baixo custo, mas quando ocorrem avarias, o<br />

vendedor ou a marca desaparecem, ou dizem<br />

que não podem fazer nada porque não está<br />

coberto pela garantia, sem explicar o porquê.<br />

Só se vê quem realmente é bom quando surgem<br />

problemas e é oferecida uma boa assistência.<br />

26 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


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A liderança pioneira e a inovação de equipamento original constituem<br />

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assistência técnica e formação, que proporciona aos veículos uma vida<br />

útil mais limpa, eficiente e duradoura.<br />

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PREMIAR A EXCELÊNCIA<br />

DO TOP 10<br />

O JORNAL DAS OFICINAS VOLTOU A DESAFIAR PELO 7.º ANO CONSECUTIVO AS MELHORES OFICINAS<br />

DE REDE PARA PARTICIPAREM NO CHALLENGE OFICINAS 2024. A ADESÃO FOI ENORME E ESTE ANO<br />

A COMPETIÇÃO BATEU O RECORDE DE INSCRIÇÕES, COM MAIS DE UMA CENTENA DE OFICINAS<br />

A PARTICIPAR NAS FASES DE AUTOAVALIAÇÃO E DESAFIO ONLINE. NA FINAL ESTIVERAM PRESENTES<br />

DEZ OFICINAS, E A GRANDE VENCEDORA FOI A AUTO ESTEVES, DO GRUPO CGA, DE VIANA DO CASTELO<br />

28 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


Patrocinadores 2024<br />

Apoios<br />

UZDEAIRBAG<br />

Foi nas magníficas instalações da Pro-<br />

4Matic Car Service, em Montemor-o-<br />

-Velho, Coimbra, que no passado dia 18<br />

de maio arrancou a 7.ª edição da competição<br />

mais aguardada do ano – O Challenge <strong>Oficinas</strong><br />

2024 – promovido pelo <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>,<br />

em parceria com a T.Academy e a Tips4y.<br />

Além de eleger um vencedor, a promoção<br />

anual desta iniciativa pretende fomentar a<br />

partilha de conhecimentos e experiências entre<br />

as oficinas, de modo a adquirirem novas<br />

competências e uma visão abrangente sobre<br />

os modelos de gestão oficinal emergentes no<br />

mercado. Durante a competição, as equipas<br />

também tiveram a oportunidade de testar e<br />

implementar diversas competências essenciais<br />

para a gestão eficiente de uma oficina,<br />

tais como o trabalho em equipa, organização,<br />

liderança, comunicação eficaz e gestão de<br />

tempo. O conceito de oficinas em rede, foco<br />

desta competição, tem demonstrado estar<br />

numa fase de grande crescimento a nível nacional.<br />

Este modelo promete oferecer às oficinas<br />

multimarca uma vantagem competitiva<br />

para que possam distinguir-se no mercado<br />

em termos de conhecimento e qualidade, conseguindo<br />

assim competir com os concessionários<br />

de marca. A formação técnica, sendo um<br />

dos pilares <strong>das</strong> redes oficinais, continua a ser<br />

uma prioridade para o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>,<br />

que se compromete a dinamizar o Jogo Oficinal<br />

Inter-Redes com diversos painéis participativos,<br />

de forma a agregar valor e aumentar<br />

a visibilidade de to<strong>das</strong> as oficinas finalistas,<br />

empresas distribuidoras e parceiros.<br />

Nova dinâmica entre<br />

patrocinadores e oficinas<br />

Para além desta ter sido a edição com a maior<br />

participação de oficinas, os patrocinadores<br />

também tiveram um novo papel nesta competição.<br />

De forma a enriquecer a experiência<br />

e criar um contacto mais direto entre os responsáveis<br />

<strong>das</strong> empresas patrocinadoras e as<br />

oficinas, as equipas visitaram os expositores<br />

para conhecer a sua ampla gama de produtos<br />

e serviços ao longo da competição. Essa interação,<br />

combinada com o fornecimento de<br />

informações técnicas especializa<strong>das</strong>, permitiu<br />

que as oficinas descobrissem novas formas de<br />

maximizar os seus lucros. Para esta edição, a<br />

final do Challenge <strong>Oficinas</strong> 2024 teve o prazer<br />

de contar com seis patrocinadores: Autel Portugal<br />

by Luzdeairbag, Bahco, Open Parts by<br />

Alecarpeças, Tirso Pneus, Castrol e a FIAMM<br />

by Polibaterias. Para que toda a componente<br />

logística fosse um sucesso, tivemos o apoio<br />

da T.Academy, cujo know-how permitiu criar<br />

uma prova à altura do desafio e uma avaliação<br />

final justa, da Tips4y, que disponibilizou a sua<br />

plataforma digital DataDrive para a concretização<br />

dos exercícios, bem como, da Pro4Matic<br />

Car Service, que mais uma vez concedeu<br />

A Auto Esteves (rede CGA) de Viana do Castelo,<br />

classificou-se em primeiro lugar, com<br />

uma equipa composta por Susete Brito,<br />

Marco Esteves, João Varejão e Pedro Amorim<br />

A Auto Repair & Go (rede RecOficial)<br />

de Braga, classificou-se em segundo<br />

lugar, sendo constituída por Daniel Silva,<br />

José Mourato e Carlos Silva<br />

A Stationsines (rede Roady), de Sines,<br />

classificou-se em terceiro lugar,<br />

sendo constituída por Frederico Lopes,<br />

Diana Lopes Oliveira e Domingos Oliveira<br />

FICOU DEMONSTRADO O POTENCIAL DA MARCA CHALLENGE OFICINAS<br />

NO MERCADO DO PÓS-VENDA AUTOMÓVEL E NA CRIAÇÃO DE vaLOR<br />

para OS PARCEIROS ENVOLVIDOS. A PARTICIPAÇÃO ativa DOS<br />

patrociNADORES PERMITIU CRIAR UMA SINERGIA NOVA E POSITIVA<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 29


o seu incrível espaço para esta<br />

competição. Também contamos<br />

com o apoio da Eurorepar Car<br />

Service, aserAuto, Open2garage<br />

e da Roady – Centros Auto. Todos<br />

os que estiveram presentes<br />

e investiram neste projeto permitiram<br />

que continuasse a ser o<br />

grande sucesso que tem sido, pelo<br />

sétimo ano consecutivo.<br />

Prémios ultrapassaram<br />

os 7.500 euros<br />

Este ano, os prémios oferecidos<br />

pelos patrocinadores ascenderam<br />

os 7.500 euros, um apoio<br />

extraordinário que eleva a fasquia<br />

da competição e demonstra<br />

o importante retorno mediático<br />

que o Challenge <strong>Oficinas</strong> tem<br />

proporcionado às organizações<br />

no decorrer dos últimos anos. A<br />

Competição Challenge <strong>Oficinas</strong> é<br />

uma marca de sucesso com impacto<br />

crescente junto dos fabricantes,<br />

distribuidores e oficinas.<br />

As marcas e empresas associa<strong>das</strong><br />

ao evento experimentaram um<br />

importantes retorno mediático,<br />

muito valorizado por todos.<br />

Convirá, igualmente, destacar o<br />

facto da Competição Challenge<br />

<strong>Oficinas</strong> atingir um leque variado<br />

de empresas, desde fabricantes<br />

de peças, fornecedores de serviços,<br />

distribuidores e retalhistas<br />

de peças e ainda <strong>das</strong> redes de<br />

oficinas, a quem o evento é dedicado.<br />

Fica assim demonstrado<br />

o potencial da marca Challenge<br />

<strong>Oficinas</strong> no mercado do pós-<br />

-venda automóvel e na criação<br />

de valor para os parceiros envolvidos.<br />

O que começou com a<br />

organização de uma Competição<br />

anual entre três oficinas, hoje é<br />

um grande evento que conta com<br />

a participação de 10 oficinas e<br />

vários patrocinadores que reconhecem<br />

a importância e o impacto<br />

positivo que o evento tem nas<br />

suas organizações.<br />

Dinamismo e inovação são pilares<br />

da AP Comunicação, responsável<br />

pela organização do<br />

Challenge <strong>Oficinas</strong>, que para o<br />

ano promete a realização de um<br />

evento ainda mais espetacular,<br />

com muita competição, networking<br />

e animação.<br />

As 10 melhores em<br />

competição<br />

To<strong>das</strong> as oficinas finalistas desta<br />

edição demonstraram estar à altura<br />

do título de Melhor Oficina<br />

de 2024. Com muita dedicação,<br />

competência e um verdadeiro<br />

espírito de equipa, conseguiram<br />

destacar-se na realização dos diversos<br />

exercícios propostos. As<br />

dez oficinas presentes na grande<br />

final foram:<br />

• Mundial Garage, da rede<br />

AserAUTO<br />

• Auto Paulo & Armanda, da<br />

rede Auto Check Center<br />

• FLS Motor, da rede Bosch Car<br />

Service<br />

• Auto Esteves, da rede CGA<br />

A COMPETIÇÃO CHALLENGE OFICINAS É UMA MARCA DE SUCESSO<br />

COM IMPacto CRESCENTE JUNTO DOS FABRICANTES, DISTRIBUIDORES<br />

E OFICINAS. as MARCAS E EMPRESAS associaDas ao EVENTO<br />

EXPERIMENTARAM UM IMPORTANTE RETORNO MEDIÁTICO<br />

30 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


Patrocinadores 2024<br />

Apoios<br />

UZDEAIRBAG<br />

• Auto Martinho & Mestre, da<br />

rede Nexus Auto<br />

• Auto Repair & Go, da rede<br />

RecOficial<br />

• Garagem Luciano Cordeiro, da<br />

rede Eurorepar Car Service<br />

• Ricar, da rede RedService<br />

• Stationsines, da rede Roady<br />

• Pneufurado, da rede Vulco<br />

As provas baseavam-se no dia<br />

a dia normal de uma oficina,<br />

desde o momento em que o veículo<br />

entra até à entrega final ao<br />

cliente. Os participantes enfrentaram<br />

diversos obstáculos, para<br />

os quais tinham de encontrar<br />

soluções rápi<strong>das</strong> e eficientes. Por<br />

exemplo, após identificarem os<br />

“sintomas” do carro, tinham de<br />

fazer um diagnóstico adequado,<br />

encomendar as peças aos patrocinadores<br />

presentes, distribuir<br />

a carga de trabalho conforme a<br />

mão-de-obra disponível, entre<br />

muitas outras tarefas. A equipa<br />

que concluísse o maior número<br />

de processos e conseguisse gerar<br />

a maior faturação seria considerada<br />

a mais rentável. No final<br />

do dia, o grande vencedor com a<br />

maior margem bruta foi a oficina<br />

Auto Esteves, seguindo-se a Auto<br />

Repair & Go em segundo lugar e<br />

a Stationsines em terceiro lugar.<br />

No balanço desta sétima edição<br />

da competição Challenge <strong>Oficinas</strong>,<br />

João Vieira, diretor da AP<br />

Comunicação, organizador do<br />

DATADRIVE: O MELHOR<br />

AMIGO DAS OFICINAS<br />

omo já vem sendo habitual, a Tips4y voltou a disponibilizar a sua<br />

C plataforma DataDrive, para a realização dos exercícios propostos na<br />

final do Challenge <strong>Oficinas</strong> 2024. Esta solução digital inovadora foi projetada<br />

para todos os negócios de manutenção e reparação automóvel, permitindo<br />

economizar tempo, aumentar a eficiência e ter acesso a um conjunto vasto de<br />

funcionalidades, que incluem a orçamentação, agendamento, receção,<br />

planeamento e informação técnica. Para to<strong>das</strong> as oficinas que procuram uma<br />

plataforma completa e de fácil acesso, o DataDrive pode ser a solução ideal.<br />

Com a simples captura de uma fotografia poderá aceder facilmente aos dados<br />

do veículo, identificá-lo e dar logo início ao orçamento, planear o serviço e<br />

aceder à informação técnica. Para garantir o ritmo de produtividade, a<br />

plataforma consegue dar resposta a to<strong>das</strong> as marcações da oficina,<br />

antecipando os pedidos e planeando corretamente o tempo <strong>das</strong> intervenções<br />

através do módulo “Planear Serviço”. Além disso, em apenas alguns segundos,<br />

a plataforma consegue entregar um orçamento de manutenção de acordo com<br />

o tempo estipulado pelo fabricante e as peças para a intervenção, oferecendo<br />

preços OE e IAM. No módulo “Informação Técnica”, encontra-se toda a<br />

informação técnica OE necessária para executar o serviço com rigor e<br />

qualidade. Adicionalmente, é possível usufruir de uma linha de apoio técnico<br />

à reparação. Uma equipa de profissionais estará disponível para apoiar no<br />

diagnóstico e reparação multimarca de veículos ligeiros.<br />

DINAMISMO E INOVAÇÃO SÃO PILARES DA AP COMUNICAÇÃO,<br />

RESPONSÁVEL PELA ORGANIZAÇÃO DO CHALLENGE OFICINAS, QUE<br />

PARA O ANO PROMETE A REALIZAÇÃO DE UM EVENTO AINDA MAIS<br />

ESPETACULAR, COM MUITA COMPETIÇÃO, NETWORKING E ANIMAÇÃO<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 31


Patrocinadores 2024<br />

Apoios<br />

UZDEAIRBAG<br />

evento, referiu que: “O trabalho<br />

realizado este ano para oferecer<br />

um Challenge <strong>Oficinas</strong> mais dinâmico<br />

e participativo, foi totalmente<br />

conseguido e o feedback que<br />

recebemos <strong>das</strong> equipas e patrocinadores<br />

foi muito positivo o que<br />

nos motiva e encoraja para fazer<br />

mais e melhor nas próximas edições.<br />

Esta edição foi a mais participada<br />

e competitiva de to<strong>das</strong> até<br />

agora realiza<strong>das</strong>. As dez oficinas<br />

finalistas, organiza<strong>das</strong> em equipas<br />

de três elementos, demonstraram<br />

um alto nível de profissionalismo,<br />

espírito de equipa e paixão pelo<br />

trabalho que desempenham, mostrando<br />

estar à altura dos desafios<br />

que lhes foram propostos. Cada<br />

oficina trouxe o seu conhecimento,<br />

talento e paixão para o evento,<br />

que já se tornou uma referência<br />

no aftermarket em Portugal”, salientou.<br />

“Gostaria de expressar a<br />

minha gratidão a todos os envolvidos<br />

nesta competição, designadamente<br />

às equipas participantes<br />

pela sua determinação e excelente<br />

trabalho realizado, e aos patrocinadores<br />

pelo seu generoso apoio e<br />

por tornarem possível a realização<br />

deste evento. A sua colaboração<br />

foi fundamental para o sucesso<br />

da Competição. Agradeço igualmente<br />

o apoio da Tips4y, pela<br />

disponibilização da plataforma<br />

DataDrive que permitiu às equipas<br />

concorrentes executarem os<br />

exercícios, e à Pro4Matic pela cedência<br />

do magnífico espaço que<br />

muito contribuiu para o desenrolar<br />

perfeito <strong>das</strong> provas e para o<br />

agradável convívio entre os participantes.<br />

Ao júri, quero expressar<br />

a minha admiração pelo seu profissionalismo,<br />

dedicação e capacidade<br />

de garantir que tudo corresse<br />

sem problemas. O seu trabalho<br />

nos bastidores foi essencial para o<br />

sucesso desta competição. Da parte<br />

da organização, tudo faremos<br />

para que a próxima edição volte a<br />

ser outro evento memorável, com<br />

muita competição, convívio e networking<br />

entre oficinas, patrocinadores<br />

e convidados”, concluiu.<br />

Nuno Durão, fundador e CEO da<br />

Pro4Matic Car Service, destacou<br />

que: “Estes eventos são imprescindíveis<br />

para o setor e representam<br />

uma mais-valia significativa.<br />

Lidamos com pessoas, e acreditamos<br />

que devemos estar unidos,<br />

independentemente de ser uma<br />

competição ou não; é sempre algo<br />

saudável. Naturalmente, a Pro-<br />

4Matic tinha que estar presente e<br />

vamos continuar a apoiar o <strong>Jornal</strong><br />

<strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>. Para nós, é um orgulho<br />

enorme participar e fazer a<br />

diferença”. l<br />

TODAS AS OFICINAS FINALISTAS DESTA EDIÇÃO DEMONSTRARAM<br />

ESTAR À ALTURA DO TÍTULO DE MELHOR OFICINA DE 2024. COM<br />

UM NÍVEL ELEVADO DE PROFISSIONALISMO E UM VERDADEIRO ESPÍRITO<br />

DE EQUIPA, PROVARAM SER AS MELHORES DAS SUAS REDES<br />

32 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


NOTÍCIAS // DINÂMICA DO SETOR ESCREVE ‐SE DE A A Z<br />

Empresas<br />

AXALTA E SOLERA<br />

ANUNCIAM PARCERIA<br />

A<br />

Axalta anunciou uma nova parceria com a Solera, líder global em gestão do<br />

ciclo de vida de veículos. Através desta parceria, os sistemas de tintas de repintura<br />

convencionais e o Fast Cure Low Energy serão integrados na plataforma<br />

Sustainable Estimatics da Solera, que permitirá aos clientes calcular as respetivas<br />

emissões de CO2 por reparação, enquanto consideram os métodos de reparação (reparação<br />

versus substituição), o processo de aplicação da tinta e as condições de secagem.<br />

Sendo o primeiro fabricante de tintas a associar-se à Solera, os clientes da Axalta<br />

Refinish terão acesso a um painel em tempo real que fornece estimativas de emissões<br />

de CO2 contribuindo para tomarem decisões conscientes em termos de energia e basea<strong>das</strong><br />

em dados. A plataforma Sustainable Estimatics da Solera é a mais recente<br />

adição à oferta BELEAF da Axalta que fornece produtos ecologicamente eficientes de<br />

alto desempenho, ferramentas inovadoras e excelentes recursos para ajudar as oficinas<br />

a reduzir a respetiva pegada ambiental ao mesmo tempo que contribuem para o<br />

sucesso do seu negócio. Este recurso destaca o compromisso da Axalta com a sustentabilidade<br />

e a iniciativa BELEAF.<br />

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34 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

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COMEMORA 20 ANOS<br />

Ferdinand Bilstein Portugal | A Ferdinand Bilstein Portugal atingiu<br />

a marca dos 20 anos no dia 2 de janeiro de 2024, assinalando a<br />

data de fundação da empresa em Portugal. Em 2004, eram apenas<br />

sete colaboradores numas instalações com 900 metros quadrados.<br />

Agora, celebram este marco especial com mais de 100 colaboradores e<br />

mais de 10 mil metros quadrados. Para celebrar os 20 anos de história,<br />

a Ferdinand Bilstein Portugal, irá desenvolver várias ações, internas<br />

e externas, de modo a envolver todos os stakeholders. “Esta data será<br />

celebrada de várias formas e com várias ações, internas e externas, de<br />

modo que possamos envolver todos os nossos stakeholders naquela<br />

que é uma data relevante e que demonstra também a solidez, o crescimento<br />

e a evolução do bilstein group em Portugal”, revelou a empresa<br />

em comunicado. A primeira ação comemorativa destes 20 anos teve<br />

lugar no passado dia 28 de março, com uma caça aos ovos nas instalações<br />

do bilstein group. No dia anterior, foram escondidos em todo o<br />

espaço cerca de 400 ovos da Páscoa e, no dia seguinte, foi lançado o desafio<br />

a todos os colaboradores para que encontrassem o maior número<br />

de ovos possível e que partilhassem fotos <strong>das</strong> descobertas.<br />

DINAMIZA AÇÃO DE FORMAÇÃO VALVOLINE<br />

Serenopeças | No passado mês de abril, a Serenopeças promoveu uma ação de formação<br />

Valvoline para os seus clientes sobre a importância da escolha correta do lubrificante. “No mundo automóvel,<br />

a manutenção adequada é fundamental para o desempenho e longevidade dos motores. Nesse<br />

contexto, a Valvoline, líder global em lubrificantes, reafirma o seu compromisso com a excelência ao<br />

oferecer uma formação exclusiva para os seus clientes, destacando a complexidade e a importância do<br />

uso correto dos lubrificantes”, referiu a Serenopeças. Realizada recentemente em parceria com clientes<br />

selecionados, a formação proporcionou um mergulho profundo no mundo dos lubrificantes de automóveis,<br />

abordando desde os fundamentos básicos até os aspetos mais avançados da aplicação correta<br />

destes produtos. Durante o evento, especialistas da Valvoline compartilharam insights valiosos sobre<br />

a importância da escolha do produto correto e da influência dos lubrificantes na performance dos<br />

motores e sistemas de automóveis.


NOTÍCIAS<br />

EMPRESAS<br />

ESPECIALISTAS EM<br />

SISTEMAS DE ESCAPES,<br />

CATALISADORES E<br />

FILTROS DE PARTÍCULAS<br />

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MARCAM PRESENÇA NA CONVENÇÃO AD<br />

MetalCAucho e Alfa e-Parts | A Metalcaucho e a Alfa e-Parts apresentaram recentemente<br />

os seus novos produtos na Convenção AD do Grupo Autozitânia. Este evento contou com a presença<br />

de um público profissional que valorizou a excelente qualidade e amplitude de oferta de ambas as<br />

marcas. Os visitantes que passaram pelo stand puderam conhecer em primeira mão o extenso catálogo<br />

de famílias e referências da Metalcaucho, especialista na área da borracha metal. Além da Metalcaucho,<br />

a Alfa E-Parts também esteve presente. A marca de peças reposição elétricas e eletrónicas para automóveis<br />

já conta com quase 6.500 referências em catálogo, e está à disposição de todos os clientes do<br />

Grupo Autozitânia. Um dos elementos que mais chamou à atenção no stand foi o testador de válvulas,<br />

ferramenta que serve para verificar o funcionamento de válvulas EGR. Este equipamento patenteado e<br />

único no mercado, realiza testes utilizando parâmetros OEM para cada uma <strong>das</strong> referências disponíveis<br />

na Alfa e-Parts. Além disso, também oferece um novo suporte técnico aos clientes de forma a ajudar a<br />

diagnosticar falhas em sistemas de válvulas e evitar procedimentos desnecessários.<br />

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AutOMEChanika 2024 | A Automechanika Frankfurt 2024, que irá decorrer entre os dias<br />

10 e 14 de setembro, vai encher o espaço com novos produtos e soluções para uma mobilidade mais<br />

sustentável. A feira internacional irá oferecer apresentações, palestras e diversos painéis de discussão sobre<br />

os temas da atualidade no mercado. Entre eles, a sustentabilidade, nova mobilidade, recrutamento,<br />

formação contínua e muito mais. A par com as constantes mudanças que a indústria tem vindo a assistir,<br />

Olaf Mußhoff, diretor da Automechanika Frankfurt, explicou que: “É por isso que decidimos expandir,<br />

significativamente, o programa da Automechanika com mais formações, palestras e novos espaços de<br />

networking. Queremos oferecer a todos os participantes a oportunidade de atualizarem os seus conhecimentos,<br />

discutir com especialistas e interagir com profissionais do setor automóvel provenientes de todo<br />

o mundo”. Pela primeira vez, irá haver um espaço dedicado ao tema da sustentabilidade com diversas<br />

ramificações: desde a responsabilidade alargada do produtor às sinergias para descarbonizar a cadeia de<br />

valor do mercado pós-venda até ao passaporte digital do produto.<br />

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MIDAS<br />

ABRIU AS PORTAS<br />

DA SUA 24ª OFICINA<br />

A<br />

nova MIDAS Lisboa – Parque <strong>das</strong> Nações reforça<br />

a presença da marca na capital, proporcionando<br />

maior conveniência e serviços de qualidade<br />

superior aos condutores lisboetas. Fiel à sua<br />

estratégia de proximidade aos clientes, a MIDAS selecionou<br />

um local privilegiado e de fácil acesso, na zona<br />

do Parque <strong>das</strong> Nações. Esta nova oficina orgulha-se<br />

ainda de oferecer aos seus clientes um espaço amplo e<br />

apelativo, com equipamento de topo e uma equipa de<br />

técnicos especializados. Para comemorar a abertura, a<br />

MIDAS Lisboa – Parque <strong>das</strong> Nações oferece aos condutores<br />

da cidade um diagnóstico completo em 80 pontos<br />

e 20% de desconto em to<strong>das</strong> as Revisões.<br />

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NOTÍCIAS<br />

EMPRESAS<br />

MUDA DE INSTALAÇÕES<br />

Álvaro de Sousa Borrego | Dedicada há quase 50 anos ao mercado de comercialização de<br />

tintas e consumíveis para repintura automóvel, a Álvaro de Sousa Borrego decidiu mudar a sua morada e sede<br />

social para Palmela. Foi a 1 de outubro de 1977 que nasceu a Álvaro de Sousa Borrego S.A., empresa especializada<br />

na comercialização de tintas e consumíveis para repintura automóvel. Trabalha com a Spies Hecker desde que a<br />

marca veio para Portugal no ano de 1991. A empresa comercializa atualmente toda a gama de produtos Spies Hecker,<br />

com soluções para todo o tipo de mercado, desde os automóveis até à indústria. Recentemente, a empresa<br />

anunciou a mudança da sua morada e sede social, transitando da Avenida General Roça<strong>das</strong>, nº70 A/C, 1199-012<br />

Lisboa, para Rua do Ouro, lote 126, Parque Industrial Vale do Alecrim, 2950-007, Palmela, a partir do passado dia<br />

3 de junho de 2024. Apesar da mudança de instalações, os contactos da empresa mantêm-se inalterados, assim<br />

como o normal funcionamento da Loja de Cascais, na morada Rua de Alvide, 343 A/B – Fontainhas, 2750-291<br />

Cascais. Para o esclarecimento de qualquer dúvida, poderá contactar através do e-mail: geral@asborrego.pt ou<br />

pelo 218 153 516.<br />

JÁ COM 80% DO ESPAÇO OCUPADO<br />

expoMECÂNICA 2024 | A cinco meses da sua realização, a 9.ª edição do expoME-<br />

CÂNICA já apresenta 80% do espaço ocupado com a estreia de 36 novas empresas. O salão<br />

que se realiza de 8 a 10 de novembro de 2024, na Exponor, já rola e, pelo andar da carruagem,<br />

poderá estar perante um novo cenário de lotação esgotada pela altura do Verão. A planta da<br />

feira contempla neste momento mais de 200 expositores, que ocupam já 80% da área dos<br />

24.000 m2 disponíveis e já garantiu 36 novas empresas com estreia absoluta, num sinal de<br />

plena vitalidade. Para a organização, é inequívoco que o expoMECÂNICA é uma “referência para<br />

o setor e a edição de 2024 será especial e marcada pela celebração dos 10 anos de criação do<br />

expoMECÂNICA”, referiu José Manuel Costa, diretor da KiKai Eventos. A forte adesão dos agentes<br />

económicos do mercado da reparação e manutenção automóvel, que continuamente tem apostado<br />

no salão, tem sido determinante para o sucesso alcançado. “Temos assistido, edição após<br />

edição, a um crescendo da feira. É um modelo que funciona e é elogiado por todos”, explicou<br />

Sónia Rodrigues, também responsável da Kikai.<br />

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entregas para todo o lado.<br />

Serviço rápido e eficiente, onde quer que esteja.<br />

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ATUALIDADE<br />

EDR - EVENT DATA RECORDER<br />

CAIXA NEGRA DO AUTOMÓVEL<br />

OBRIGATÓRIA A PARTIR DE JULHO 2024<br />

HÁ CERCA DE 70 ANOS, FOI INVENTADA A CAIXA NEGRA PARA OS AVIÕES. O EVENT DATA RECORDER<br />

(EDR), UM DISPOSITIVO DE REGISTO DE DADOS DE ACIDENTES SEMELHANTE AO UTLIZADO<br />

NOS AVIÕES, APESAR DAS DIFERENÇAS TECNOLÓGICAS, SERÁ OBRIGATÓRIO NA UNIÃO EUROPEIAS EM<br />

TODOS OS VEÍCULOS NOVOS, A PARTIR DE JULHO 2024


Inicialmente, a ideia de David Warren, inventor<br />

da caixa negra para os aviões, foi recebida com<br />

pouca aprovação por parte dos seus superiores.<br />

Warren, um engenheiro de um laboratório de investigação<br />

aeronáutica do Departamento de Defesa<br />

australiano, estava inicialmente a desenvolver<br />

tanques de combustível. No entanto, depois de<br />

ter feito parte de uma comissão de investigação de<br />

dois acidentes aéreos, apresentou uma solução que<br />

permitiria a gravação de conversas no cockpit, com<br />

o objetivo de determinar de forma fiável as causas<br />

dos acidentes. Isto passou-se em 1954. O chefe<br />

posterior do engenheiro acabou por aceitar a ideia<br />

de Warren e permitiu-lhe desenvolver um protótipo<br />

do gravador de dados de voo, que chamou a<br />

atenção da Autoridade Britânica da Aviação Civil.<br />

Em 1963, a Austrália tornou-se o primeiro país a<br />

introduzir a obrigatoriedade de gravadores de dados<br />

e de voz em to<strong>das</strong> as aeronaves. Outros países<br />

rapidamente seguiram o exemplo. Atualmente, a<br />

caixa negra, que na realidade é vermelha ou cor de<br />

laranja, tem ajudado a explicar muitos acidentes.<br />

Warren é geralmente considerado o inventor da<br />

caixa negra, embora tenha havido desenvolvimentos<br />

semelhantes em vários países durante e após a<br />

Segunda Guerra Mundial.<br />

Obrigatório a partir de julho de 2024<br />

O equivalente automóvel do gravador de dados de<br />

voo será obrigatório em todos os automóveis novos<br />

matriculados na UE a partir julho de 2024.<br />

Oficialmente, esta caixa negra é designada por<br />

Event Data Recorder (EDR). Não tem de suportar<br />

as enormes forças de um acidente de avião e<br />

não grava as conversas, como acontece no cockpit.<br />

Um avião é um meio de transporte público, que<br />

está sujeito a um quadro de proteção de dados<br />

totalmente diferente do de um veículo privado.<br />

No entanto, os dois aparelhos são semelhantes<br />

num aspeto: Os dados registados permitem reconstituir<br />

os acidentes de forma mais fiável. O<br />

EDR regista continuamente os dados relevantes,<br />

mas só os armazena permanentemente quando<br />

deteta uma mudança na direção longitudinal ou<br />

lateral de mais de oito quilómetros por hora num<br />

período de 150 milissegundos. Sem este sinal de<br />

ativação, os dados registados serão substituídos<br />

repetidamente. A quantidade e o tipo de informações<br />

armazena<strong>das</strong> são muito variáveis. Em geral,<br />

os registos compilados pelo sistema de registo de<br />

dados são os gerados nos cinco segundos anteriores<br />

ao impacto, que podem incluir a progressão da<br />

velocidade longitudinal e lateral, a posição do pedal<br />

do acelerador e do travão, o regime do motor,<br />

o ângulo da direção, bem como informações sobre<br />

o sistema de travagem antibloqueio e o controlo<br />

de estabilidade. Também regista se os passageiros<br />

estão a usar os cintos de segurança, bem como a<br />

ativação dos tensores dos cintos de segurança e dos<br />

airbags. O EDR é muitas vezes integrado na unidade<br />

de controlo do airbag, uma vez que é aí que<br />

grande parte da informação necessária é recolhida.<br />

Os dados registados dependem de cada fabricante,<br />

uma vez que não existe uma normalização<br />

<strong>das</strong> informações que devem ser recolhi<strong>das</strong> e não<br />

podem ser extraídos online, mas apenas através de<br />

um interface físico de manutenção.<br />

“A peça do puzzle que faltava”<br />

Dados como os fornecidos pelo EDR não são um<br />

território novo para a investigação de acidentes na<br />

Europa. “Já estavam a ser recolhidos nos veículos,<br />

mas não existia um quadro técnico e legal normalizado<br />

para o armazenamento e avaliação”, afirma<br />

Peter Rücker, Diretor de Análise de Acidentes e<br />

Investigação de Acidentes da DEKRA. “No entanto,<br />

há vários anos que utilizamos esses dados<br />

para analisar acidentes complexos ou controversos<br />

- se tivermos o consentimento do proprietário<br />

DADOS REGISTADOS<br />

PELO EDR<br />

• A pressão no acelerador ou as rotações do motor<br />

• O ângulo de viragem e a velocidade angular em graus<br />

• A velocidade nos últimos 5 segundos<br />

• O recurso aos travões<br />

• A direção do Delta V (aceleração positiva ou negativa)<br />

• A ativação dos airbags e pré-tensores dos cintos<br />

• O uso dos cintos de segurança e as dimensões<br />

dos ocupantes<br />

• A variação da velocidade à qual o veículo foi submetido<br />

após o impacto<br />

• A aceleração longitudinal em metros por segundo<br />

ao quadrado<br />

• Dados pós-colisão, como a ativação de um sistema<br />

de notificação automática de colisão<br />

• Obtenção de imagens de dados do acidente<br />

PRIVACIDADE<br />

DO CONDUTOR<br />

m dos aspetos que tem levantado mais suspeitas é a<br />

U privacidade dos condutores. De acordo com a UE, toda a<br />

informação pertencerá sempre ao proprietário do veículo,<br />

registando os dados de forma anónima para que não possam ser<br />

manipulados. Para o efeito, não serão armazenados os nomes dos<br />

condutores nem os últimos quatro dígitos do número VIN do<br />

veículo. Não é permitido que uma pessoa, que não seja o<br />

proprietário ou o locatário do veículo a motor, aceda aos dados<br />

registados ou transmitidos pelo ERD, a menos que um tribunal ou<br />

outra autoridade judicial ou administrativa autorize a recuperação<br />

de tais dados. Nestes casos, o proprietário ou locatário deve<br />

consentir nessa recuperação para qualquer fim, incluindo<br />

diagnóstico, serviço ou reparação do veículo.<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 41


ATUALIDADE<br />

SOLUÇÕES EM AR<br />

CONDICIONADO<br />

E REFRIGERAÇÃO<br />

DE TRANSPORTE<br />

PUB<br />

ou uma ordem judicial.” Para aceder<br />

aos dados, Rücker e a sua equipa tiveram<br />

muitas vezes de contar com a<br />

cooperação do fabricante do veículo<br />

afetado. “Poder-se-ia pensar que, no<br />

futuro, os peritos se limitariam a ler<br />

o EDR para analisar um acidente”,<br />

diz Rücker. “Mas isso é um equívoco,<br />

porque é claro que um EDR apenas<br />

fornece dados, não avaliação e interpretação.<br />

Também é importante<br />

saber onde e como os dados são medidos.”<br />

Se, por exemplo, a roda de<br />

um veículo estiver a girar livremente<br />

no ar, os dados de velocidade obtidos<br />

na roda são de pouca utilidade.<br />

Os dados do EDR também devem<br />

ser tratados com cautela se um veículo<br />

estiver a derrapar em ângulos<br />

retos em relação à direção da viagem.<br />

“É por isso que vemos os dados<br />

do EDR como mais um pilar para<br />

apoiar os métodos de análise testados<br />

e comprovados”, afirma Rücker.<br />

Um cenário em que se espera que os<br />

dados do EDR proporcionem mais<br />

clareza são as colisões traseiras que<br />

envolvem vários veículos em auto-<br />

-estra<strong>das</strong>. “Em colisões múltiplas, a<br />

determinação da culpa gira sempre<br />

em torno de quando e onde os veículos<br />

pararam”, explica Rücker. “Os<br />

dados do EDR podem vir a ser a<br />

peça do puzzle que faltava”. A etapa<br />

final na extração e análise de dados<br />

é entender as limitações e incertezas<br />

dos dados EDR. Os dados EDR nem<br />

sempre são precisos, completos ou<br />

consistentes, pois podem ser afetados<br />

por fatores como erros de sensor,<br />

problemas de calibração, substituição<br />

de dados, modificações do veículo<br />

ou condições ambientais. Os dados<br />

EDR também podem variar em<br />

qualidade e quantidade, dependendo<br />

do tipo, modelo e configuração<br />

do EDR. Portanto, deve-se sempre<br />

verificar e validar os dados do EDR<br />

com outras fontes de informação,<br />

como evidências físicas, depoimentos<br />

de testemunhas ou filmagens de<br />

vídeo. l<br />

QUEM UTILIZA OS DADOS DO EDR?<br />

Rua Fernando Vicente - Armazém 15<br />

2560-677 Torres Vedras<br />

Telf.: +351 261 335 050 - E-mail: geral@nelsontripa.pt<br />

GPS - N39.094609 - W009.251526 | www.nelsontripa.pt<br />

DR - Crash Data Retrieval é um termo<br />

C utilizado por aqueles que utilizam<br />

equipamento especializado para “recuperar” os<br />

dados do EDR (Event Data Recorder) do veículo.<br />

Estes dados do EDR são também designados<br />

por “dados do acidente”. Os técnicos e peritos<br />

em CDR ligam a sua ferramenta EDR a um<br />

automóvel, o que lhes permite comunicar com<br />

o veículo e obter o ficheiro de dados EDR. Em<br />

seguida, é utilizado um software especializado<br />

para traduzir o ficheiro de dados do EDR para<br />

um formato legível para revisão e análise. Estas<br />

ferramentas especializa<strong>das</strong> são compostas por<br />

hardware e software que permitem “obter<br />

imagens”, “descarregar” ou “recuperar” os dados<br />

EDR que estão armazenados nos módulos de<br />

controlo dos automóveis. Os dados do EDR<br />

(dados de acidentes) são atualmente utilizados<br />

por agentes da autoridade, peritos de seguros,<br />

fabricantes de automóveis, gestores de frotas e<br />

investigadores governamentais para ajudar a<br />

avaliar com precisão os acidentes que<br />

envolvem veículos de passageiros, comerciais<br />

ligeiros e SUV. Ao recuperar e analisar os dados<br />

de acidentes armazenados nestes veículos, é<br />

possível avaliar de forma mais eficaz a<br />

potencial culpa, fraude, responsabilidade,<br />

relatos de testemunhas e outras provas. A<br />

utilização de dados EDR em processos judiciais<br />

civis e penais está a aumentar à medida que os<br />

dados se tornam mais aceites como fonte de<br />

provas empíricas fiáveis.


galp.com


Entrevista<br />

JUAN DOMINGO MUÑOZ ESTEPA<br />

DIRETOR GERAL IBÉRICO E AMÉRICA LATINA DA NISSENS<br />

UM DOS GRANDES<br />

TRUNFOS DA NISSENS<br />

É O VASTO PROGRAMA<br />

DE SERVIÇO AO CLIENTE


A NISSENS É LÍDER MUNDIAL NO FABRICO DE COMPONENTES TÉRMICOS PARA AUTOMÓVEIS,<br />

E ESTÁ PRESENTE EM PORTUGAL HÁ MAIS DE 20 ANOS. NO INÍCIO, O MERCADO PORTUGUÊS<br />

NÃO TINHA UM RESPONSÁVEL DIRETO, SENDO GERIDO DIRETAMENTE PELA SEDE DA NISSENS,<br />

NA DINAMARCA, MAS DESDE 2021 QUE A NISSENS IBERIA É RESPONSÁVEL PELA SUA DISTRIBUIÇÃO<br />

NO NOSSO PAÍS. COM A INTEGRAÇÃO DE JUAN DOMINGO MUÑOZ, A EMPRESA PRETENDE<br />

CONSOLIDAR E EXPANDIR O NEGÓCIO NO MERCADO IBÉRICO<br />

Com a criação da Nissens Iberia, os mercados<br />

espanhol e português (que eram geridos<br />

diretamente a partir da Dinamarca)<br />

foram agrupados, criando uma estrutura ibérica.<br />

Por outro lado, passou a haver um único interlocutor,<br />

independentemente da área de responsabilidade.<br />

“É verdade que tivemos de otimizar o<br />

departamento comercial, tendo eu assumido diretamente<br />

o mercado português e contando em Espanha<br />

com uma equipa técnico-comercial de três<br />

pessoas, com dois vendedores puros, Mikel Ruiz e<br />

José Manuel Panelli, o primeiro responsável pela<br />

zona norte e o outro pela zona sul, e depois um<br />

técnico, Andrés Santana, responsável pela formação<br />

e apoio técnico. Tenho uma equipa de treze<br />

pessoas, suficiente para o momento. A evolução<br />

positiva <strong>das</strong> ven<strong>das</strong> prova-o”. A Nissens Iberia<br />

possui dois armazéns em Espanha, um em Saragoça,<br />

onde estão os escritórios administrativos e<br />

outro em Sevilha, que dá suporte ao sul de Espanha.<br />

A nível europeu, a marca tem um armazém<br />

na Dinamarca e outro na Polónia, com uma área<br />

de 65.000 m2 e que abastece os clientes do Leste<br />

da Europa. A AVA Cooling, outra marca do grupo,<br />

tem todo o stock centralizado no armazém da<br />

Polónia. Os produtos são todos desenvolvidos nos<br />

centros de I&D da marca e produzidos em fábricas<br />

espalha<strong>das</strong> pelo globo, nomeadamente na Dinamarca,<br />

Chéquia e Ásia. Neste aspeto, gostaria de<br />

sublinhar a importância do nosso departamento<br />

de Engenharia e I&D. Para além de exigirmos os<br />

mais elevados níveis de qualidade na produção <strong>das</strong><br />

nossas fábricas, realizamos uma série de testes de<br />

materiais, térmicos, de desempenho e de durabilidade<br />

(incluindo testes em veículos) que garantem<br />

o perfeito funcionamento dos nossos produtos.<br />

Foco na refrigeração e climatização<br />

A Nissens possui três grandes linhas de produto:<br />

arrefecimento do motor, ar condicionado, e desempenho<br />

do motor e emissões. Na linha de arrefecimento<br />

do motor, os produtos principais são<br />

os radiadores. Na linha de ar condicionado, em<br />

termos de volume, são os compressores e, no caso<br />

da linha do motor e emissões, são os turbos. Também<br />

comercializa estes produtos para veículos pesados,<br />

disponibilizando uma gama de mais de 700<br />

peças de qualidade premium, desenvolvi<strong>das</strong> para<br />

sistemas de refrigeração de motores de camiões,<br />

controlo climático e eficiência de motores. Os produtos<br />

da Nissens atendem aos modelos de camiões<br />

mais populares, incluindo muitos com aplicações<br />

da norma Euro 6. Com mais de um século de experiência<br />

em projeto e fabrico de peças de reposição,<br />

a marca orgulha-se do seu padrão de qualidade,<br />

que pretende garantir uma fácil instalação do produto,<br />

excelente desempenho e operação confiável.<br />

Todo o programa do grupo Nissens inclui mais de<br />

15.000 SKU em 15 linhas de peças. Juan Domingo<br />

Muñoz afirma que a cobertura do mercado europeu<br />

de veículos atinge 95% em algumas linhas de<br />

produtos “Todos os dias, a rede logística da Nissens<br />

assegura uma distribuição eficiente em mais<br />

de 20 países, proporcionando 95% de disponibilidade<br />

de produtos. O grupo distribui anualmente<br />

cerca de 4 milhões de peças em todo o mundo.<br />

Graças a este excelente registo, a Nissens Iberia<br />

passou de uma empresa local de venda de radiadores<br />

a um fornecedor regional líder de soluções<br />

e serviços completos no mercado de peças sobresselentes<br />

para automóveis. A entidade proporciona<br />

acesso à oferta abrangente da Nissens a mais de<br />

300 clientes em Espanha, Portugal e recentemente<br />

na região da América Latina (LATAM).<br />

Diversificar a oferta<br />

Juan Domingo Muñoz refere que o grupo “Oferece<br />

uma gama variada de soluções de entrega<br />

de encomen<strong>das</strong>, desde entregas expresso a partir<br />

dos nossos centros de distribuição locais, entregas<br />

a granel a partir dos nossos dois armazéns<br />

centrais europeus e encomen<strong>das</strong> em contentores<br />

diretamente <strong>das</strong> nossas fábricas na Europa e na<br />

Ásia. Soluções projeta<strong>das</strong> para otimizar as cadeias<br />

de suprimentos dos clientes”. A expansão da<br />

unidade logística na Polónia é um compromisso<br />

de atender às necessidades da exigente e competitiva<br />

base de clientes do mercado de reposição.<br />

Acrescenta-se aos outros dois armazéns centrais<br />

na Dinamarca e na China e aos 16 centros de distribuição<br />

que a Nissens localizou estrategicamente<br />

em toda a Europa, Ásia e América do Norte.<br />

Todos são projetados para atender os clientes por<br />

meio de soluções económicas, confiáveis e ecologicamente<br />

corretas. O novo armazém na Polónia<br />

é um armazém moderno e de alta eficiência, operado<br />

dentro dos mais elevados padrões logísticos,<br />

oferecendo uma configuração flexível para futuras<br />

expansões. Relativamente aos componentes<br />

para gestão térmica, a Nissens continua a expandir<br />

o seu portfólio com novos produtos que lhe<br />

permite oferecer um catálogo ainda mais extenso<br />

de soluções de gestão térmica para o mercado de<br />

pós-venda, para além dos seus produtos existentes<br />

para refrigeração e ar condicionado. Trata-se<br />

de uma gama completa de sensores de pressão e<br />

temperatura, com cerca de 90 novas referências<br />

para alguns dos veículos mais populares do mercado<br />

europeu. Estas peças essenciais para o bom<br />

funcionamento dos sistemas de ar condicionado<br />

e de arrefecimento do motor, são apresentados<br />

como um complemento estratégico da estratégia<br />

“one-stop-shopping” da Nissens, ou seja, a centralização<br />

do maior número possível de compras<br />

num único fornecedor. Juan Domingo Muñoz<br />

sublinha o seu compromisso para com o mercado<br />

de pós-venda, destacando a elevada cobertura da<br />

frota europeia de veículos e o seu enfoque na qualidade<br />

do produto.<br />

Apoio à oficina<br />

“O principal argumento para as oficinas trabalharem<br />

com a marca Nissens é a qualidade dos<br />

nossos produtos, que possuem uma garantia absoluta<br />

e não dão problemas”, refere Juan Nuñoz,<br />

que acrescenta “o trabalho dos nossos distribui-<br />

“QUEREMOS ESTAR PRÓXIMOS DO CLIENTE PORQUE PARA NÓS É UM<br />

parCEIRO, NÃO apenas algUÉM QUE COMPRA A PEÇA. ao ESTARMOS<br />

PRÓXIMOS DO CLIENTE PERCEBEMOS as SUas NECESSIDADES<br />

E FORNECEMOS-LHE OS PRODUTOS QUE PRECISAM”, DIZ JUAN MUÑOZ<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 45


JUAN DOMINGO<br />

MUÑOZ ESTEPA<br />

A NISSENS CONTINUA A EXPANDIR O SEU PORTFÓLIO COM NOVOS PRODUTOS<br />

QUE LHE PERMITE OFERECER UM CatÁLOGO AINDA MAIS EXTENSO<br />

DE SOLUÇÕES DE GESTÃO TÉRMICA PARA O MERCADO DE PÓS-VENDA<br />

dores tem sido também muito importante<br />

para a evolução da marca<br />

em Portugal. Temos uma rede de<br />

distribuição muito seletiva, que<br />

protegemos e não abrimos a distribuição<br />

da nossa marca a qualquer<br />

empresa. Porque o nosso objetivo é<br />

que o cliente possa vender com uma<br />

margem suficiente e tenha uma boa<br />

rentabilidade. A Nissens tem o cuidado<br />

de assegurar a durabilidade e<br />

o bom desempenho dos produtos<br />

que comercializa, bem como a sua<br />

fácil instalação. A inclusão de todo<br />

o hardware de montagem necessário<br />

numa única embalagem, simplifica<br />

o processo de instalação, em<br />

linha com o conceito “First Fit” da<br />

marca. A empresa também fornece<br />

informações técnicas pormenoriza<strong>das</strong><br />

nos seus catálogos para facilitar<br />

a identificação e a compreensão dos<br />

produtos que comercializa.”<br />

Perspetivas otimistas<br />

Para Juan Nuñoz “O ano começou<br />

bem, com um excelente primeiro semestre<br />

em relação ao mesmo período<br />

do ano passado. E as negociações<br />

com clientes e grupos estão a correr<br />

bem. Estamos satisfeitos. Para este<br />

responsável, a principal oportunidade<br />

“é o facto do parque continuar<br />

a crescer e a envelhecer e, por<br />

conseguinte, o mercado também<br />

está a crescer para o aftermarket.<br />

É claro que temos de ter em conta<br />

que o envelhecimento do parque<br />

significa que o utilizador está mais<br />

concentrado no fator preço, o que<br />

nos obrigará a ajustar os preços em<br />

algumas aplicações para veículos<br />

mais antigos. O que pretendemos<br />

sempre é aproveitar as oportunidades<br />

de crescimento do mercado com<br />

os parceiros que temos e apoiá-los<br />

para que eles possam crescer e nós<br />

possamos crescer com eles também.<br />

Juan Muñoz tem nas suas mãos a<br />

responsabilidade de consolidar a<br />

marca na América Latina, uma região<br />

do globo que regista um grande<br />

desenvolvimento e crescimento nos<br />

últimos anos e que agora permite levar<br />

a distribuição dos produtos Nissens<br />

a outro nível. Uma tarefa que<br />

lhe foi confiada a partir da sede após<br />

o seu sucesso em Espanha e Portugal,<br />

onde a Nissens já é reconhecida<br />

como um importante interveniente<br />

independente no mercado de pós-<br />

-venda. Juan Domingo Muñoz é<br />

claro sobre a estratégia implementada<br />

no mercado português, bem<br />

como sobre o que querem alcançar:<br />

“Agir não só como um fornecedor de<br />

peças, mas também como um parceiro”.<br />

A fórmula com que Muñoz<br />

procura replicar o sucesso obtido<br />

pela marca noutros mercados europeus<br />

é composta por um produto de<br />

qualidade superior, um programa<br />

completo de serviço ao cliente, uma<br />

bem organizada rede de distribuição<br />

e uma notável logística que a Nissens<br />

coloca ao serviço dos seus clientes.<br />

Juan Nuñoz acrescenta “um dos<br />

grandes trunfos da marca é o seu<br />

vasto programa de serviço ao cliente,<br />

que inclui uma potente rede logística.<br />

Todos os dias, a nossa equipa<br />

presta um apoio completo, desde<br />

a logística ao serviço de apoio ao<br />

cliente no dia a dia, passando pelo<br />

apoio técnico, incluindo a formação.<br />

Os nossos dois centros de distribuição<br />

estrategicamente localizados em<br />

Sevilha e Saragoça e a ligação à forte<br />

rede logística global da Nissens,<br />

com entregas diretas a partir <strong>das</strong><br />

fábricas, garantem aos nossos clientes<br />

uma disponibilidade de 95% dos<br />

produtos em toda a nossa gama.” l<br />

VE SÃO OPORTUNIDADE DE MAIS NEGÓCIO<br />

mbora os VE sejam frequentemente<br />

E vistos como uma ameaça para o<br />

mercado de pós-venda, a realidade é que eles<br />

trazem consigo oportunidades de negócio<br />

significativas. No caso dos sistemas térmicos<br />

em particular, estes modelos têm sistemas<br />

mais avançados do que os carros de combustão<br />

interna, o que se traduz num grande potencial<br />

para o mercado de pós-venda. A Nissens<br />

antecipou esta tendência com o<br />

desenvolvimento de uma gama completa para<br />

híbridos e elétricos. Em particular, a empresa<br />

lançou uma gama específica de produtos de<br />

arrefecimento do motor, eficiência e emissões<br />

para a maioria <strong>das</strong> marcas e modelos do<br />

parque automóvel europeu. Uma oferta que<br />

conta atualmente com mais de 730 referências.<br />

Como é habitual na marca, os produtos vêm<br />

com as peças necessárias para a montagem<br />

incluí<strong>das</strong> (First Fit) e com os serviços de apoio<br />

técnico e formação da empresa que partilham<br />

conhecimentos sobre os sistemas térmicos,<br />

incluindo as bombas de água. Todos estes<br />

produtos foram fabricados, segundo o Juan<br />

Nuñoz “em conformidade com os padrões de<br />

qualidade da Nissens para fornecer aos<br />

concessionários e oficinas peças de alta<br />

qualidade que garantem uma instalação fácil e<br />

um excelente desempenho”. Para este<br />

responsável, a prioridade é “crescer com os<br />

nossos clientes, pois acho que ainda temos um<br />

longo caminho a percorrer. Porque podemos<br />

crescer com novos produtos, como<br />

turbocompressores, válvulas EGR e sensores de<br />

pressão e temperatura. Queremos também<br />

introduzir novos produtos, no caso dos<br />

radiadores e compressores de ar condicionado,<br />

mas mantendo sempre os níveis de qualidade<br />

que a Nissens tem dado ao mercado.<br />

46 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


Serviços de confiança<br />

Serviços de confiança<br />

Serviços para o seu<br />

para seu de veículo<br />

veículo confiança<br />

para o seu veículo<br />

A TotalEnergies trabalha com uma rede de oficinas<br />

A independentes TotalEnergies que trabalha prestam com cuidados uma rede de oficinas elevada<br />

independentes qualidade ao seu que veículo. prestam cuidados de elevada<br />

A qualidade TotalEnergies ao seu trabalha veículo. com uma rede de oficinas<br />

independentes Estes parceiros que da TotalEnergies, prestam cuidados especializados de elevada na<br />

qualidade Estes mudança parceiros ao de seu óleo da veículo. TotalEnergies, e na manutenção especializados de veículos na<br />

mudança ligeiros em de geral, óleo são e reconhecidos na manutenção pela TotalEnergies<br />

de veículos<br />

Estes ligeiros pelo seu parceiros em geral, elevado da são TotalEnergies, reconhecidos profissionalismo, especializados pela TotalEnergies<br />

bem como na<br />

mudança pelo pela seu sua de elevado capacidade óleo e profissionalismo, de manutenção cumprir normas bem de veículos como de<br />

ligeiros pela qualidade sua em e geral, capacidade segurança, são reconhecidos mesmo de cumprir as pela mais TotalEnergies<br />

normas exigentes. de<br />

pelo qualidade seu e elevado segurança, profissionalismo, mesmo as mais bem exigentes. como<br />

pela sua capacidade de cumprir normas de<br />

qualidade e segurança, mesmo as mais exigentes.<br />

totalenergies.pt<br />

totalenergies.pt


Entrevista<br />

A UFI FILTERS<br />

ACREDITA NUMA ÉTICA<br />

EMPRESARIAL<br />

DE MELHORIA CONTÍNUA<br />

E DE RESPEITO MÚTUO<br />

A UFI FILTERS FOI FUNDADA EM 1971 E ESTÁ PRESENTE<br />

NO MERCADO PORTUGUÊS HÁ MAIS DE 35 ANOS. LÍDER EM<br />

TECNOLOGIAS DE FILTRAGEM E SOLUÇÕES DE GESTÃO TÉRMICA,<br />

UFI E SOFIMA SEMPRE FORAM MARCAS COM UMA FORTE<br />

PRESENÇA NOS DISTRIBUIDORES E OFICINAS PORTUGUESAS.<br />

EM ENTREVISTA AO JO, EDUARDO MARTÍ REAFIRMA O OBJETIVO<br />

DE CONTINUAR A CRESCER, SEMPRE COM UM PROFUNDO<br />

RESPEITO PELA CADEIA DE DISTRIBUIÇÃO


EDUARDO MARTÍ<br />

DIRETOR GERAL DA UFI FILTERS IBÉRICA<br />

Utilizados numa vasta gama de indústrias,<br />

desde a automóvel, a aeroespacial e a marítima<br />

até às aplicações específicas da indústria,<br />

os filtros produzidos pela UFI Filters são<br />

reconhecidos pelas suas características inovadoras<br />

e estão presentes em todo o lado, desde a F1 com<br />

a Ferrari e outras grandes equipas, até à nave espacial<br />

europeia ExoMars. A UFI Filters fornece<br />

ao sector automóvel todos os tipos de filtros de<br />

ar, de óleo, de combustível e de habitáculo, bem<br />

como filtros hidráulicos e para sistemas de gestão<br />

térmica (permutadores de calor para veículos de<br />

combustão, elétricos e híbridos), satisfazendo as<br />

necessidades de quase to<strong>das</strong> as marcas de automóveis<br />

e motociclos, bem como de veículos comerciais<br />

ligeiros, pesados (on-road e off-road) e<br />

agrícolas. Cada família de filtros, comercializada<br />

sob as duas marcas de pós-venda UFI e Sofima,<br />

cobre 98% do parque automóvel europeu. A UFI,<br />

uma <strong>das</strong> primeiras empresas italianas a identificar<br />

oportunidades de crescimento no Extremo Oriente,<br />

conta atualmente com 22 unidades industriais,<br />

57 escritórios de ven<strong>das</strong> e mais de 4.000 empregados<br />

em 21 países. A empresa emprega mais de 250<br />

engenheiros especializados nos seus 3 Centros de<br />

Inovação e Investigação e possui mais de 280 patentes.<br />

A empresa é orientada para a investigação,<br />

de tal forma que reinveste mais de 5% do seu volume<br />

de negócios anual em Investigação e Desenvolvimento.<br />

Todos os produtos UFI, independentemente<br />

do local de produção, são desenvolvidos<br />

e produzidos de acordo com os requisitos dos<br />

clientes OE (as principais marcas de automóveis<br />

do mundo) e de acordo com as normas de qualidade<br />

defini<strong>das</strong> no Sistema de Gestão da Qualidade<br />

do Grupo, desenvolvido de acordo com as normas<br />

internacionais ISO 9001 e IATF 16949.<br />

Como define o modelo de negócio e a cultura<br />

empresarial da UFI Filters?<br />

A UFI Filters distingue-se por oferecer produtos<br />

personalizados desenvolvidos em co-engenharia<br />

com 95% dos construtores automóveis a nível<br />

mundial. É capaz de responder às necessidades de<br />

aplicações específicas do setor automóvel, graças<br />

à capacidade de produzir e desenvolver internamente<br />

nos seus próprios centros de investigação,<br />

bem como fabricar nas suas próprias instalações,<br />

materiais filtrantes específicos, assim como permutadores<br />

de calor para a gestão térmica de todos<br />

os tipos de motores, não só de combustão, mas<br />

também híbridos e elétricos. É aqui que a empresa<br />

se distingue de muitos outros fornecedores no panorama<br />

automóvel mundial. A qualidade também<br />

se reflete no mercado pós-venda com as marcas<br />

UFI e SOFIMA, distribuí<strong>das</strong> pelos principais distribuidores<br />

independentes do mercado pós-venda<br />

e ITGs - International Trading Groups, em todo<br />

o mundo, para garantir o melhor desempenho e<br />

vida útil do motor. Os ITGs são considerados no<br />

Grupo UFI como os parceiros premium do aftermarket,<br />

estando presente no painel de fornecedores<br />

de todos os grandes grupos, os quais representam<br />

cerca de dois terços do volume de negócios<br />

global do mercado de pós-venda em 2023. A UFI<br />

Filters distingue-se como uma empresa sempre na<br />

vanguarda da procura de novas tecnologias, investindo<br />

5% do seu volume de negócios em I&D.<br />

A UFI Filters acredita numa ética empresarial de<br />

melhoria contínua e de respeito mútuo, que começa<br />

dentro da empresa e se estende com igual importância<br />

aos clientes e fornecedores, com o objetivo<br />

de fornecer produtos de qualidade excecional,<br />

em conformidade com a sua política de qualidade<br />

zero defeitos.<br />

Como é que a UFI aborda a mobilidade do<br />

hidrogénio?<br />

O Grupo UFI Filters, desde 2017, iniciou uma<br />

atividade de I&D em tecnologias relaciona<strong>das</strong><br />

com o hidrogénio, de tal forma que desenvolveu<br />

uma linha de produtos de filtração para células<br />

de combustível a hidrogénio, tais como filtros<br />

de ar catódico e desionizadores, criando a marca<br />

ADVANCED H2, que identifica as inovações<br />

tecnológicas da UFI para este tipo de células a<br />

combustível a hidrogénio. Em 2023 fundou a<br />

empresa UFI HYDROGEN, dedicada à investigação,<br />

desenvolvimento, implementação e industrialização<br />

de MEA (Membrane Electrode Assembly)<br />

para PEM (Membrana de Intercâmbio<br />

de protões) para a eletrólise da água, adequada<br />

para a produção de hidrogénio verde na mobilidade<br />

com emissões zero, e também para aplicações<br />

de compressores eletroquímicos.<br />

Como é constituída a oferta atual da UFI Filters?<br />

O Grupo UFI Filters dispõe de duas marcas para<br />

o aftermarket, a UFI e a SOFIMA, que oferecem<br />

uma gama completa de referências que cobrem<br />

98% do parque automóvel europeu. O catálogo<br />

da UFI inclui cerca de 4.000 referências, incluindo<br />

filtros de óleo, filtros diesel, filtros de ar do<br />

motor, filtros de ar do habitáculo, filtros de óleo<br />

hidráulico, filtros de água e filtros de ureia, para<br />

aplicações em automóveis, veículos comerciais ligeiros,<br />

camiões, autocarros, máquinas agrícolas e<br />

motociclos. A gama SOFIMA, por seu lado, conta<br />

com cerca de 3.000 referências, concentrando-se<br />

principalmente nos automóveis e veículos comerciais<br />

ligeiros.<br />

Quantas destas referências têm disponíveis<br />

para veículos asiáticos?<br />

O desenvolvimento da gama para veículos asiáticos<br />

foi sempre um ponto forte e diferenciador<br />

na estratégia de produto da UFI face à concorrência<br />

existente no mercado. Atualmente, a gama<br />

que oferecemos para veículos asiáticos representa<br />

30% do número total de referências disponíveis<br />

nos nossos catálogos de pós-venda a nível mundial.<br />

Por marcas, a gama UFI conta com 880 referências<br />

para aplicações asiáticas e a gama SO-<br />

FIMA com 830.<br />

E quanto aos produtos para a Gestão Térmica<br />

dos veículos elétricos, qual é a gama que têm<br />

disponível?<br />

A UFI Filters entrou no negócio da Gestão Térmica<br />

em 2010 e é agora um fornecedor global de<br />

soluções completas de sistemas de lubrificação em<br />

Equipamento Original. O Grupo UFI é especializado<br />

na produção de permutadores de calor em<br />

alumínio, arrefecidos a água e soldados, utilizando<br />

a tecnologia de vácuo, um sistema que permite obter<br />

um produto mais fiável e eficiente, essencial no<br />

circuito de arrefecimento do óleo. Em particular,<br />

para os veículos elétricos e híbridos, a UFI fornece<br />

permutadores de calor de equipamento original e<br />

módulos completos de filtragem, gestão térmica e<br />

recirculação do óleo para controlar a temperatu-<br />

EM MAIO, ANUNCIÁMOS A INCLUSÃO NOS CATÁLOGOS AFTERMARKET<br />

DA UFI E DA SOFIMA DO MULTITUBE PARA O FIAT 500 HYBRID. ESTE PRODUTO<br />

PROVOU SER UMA INOVAÇÃO TECNOLÓGICA NA FILTRAGEM DO AR DO MOTOR,<br />

TENDO RECEBIDO VÁRIOS PRÉMIOS DESDE O SEU LANÇAMENTO<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 49


EDUARDO MARTÍ<br />

O GRUPO UFI FILTERS CONTA ATUALMENTE COM 22 UNIDADES INDUSTRIAIS<br />

E MAIS DE 4.000 EMPREGADOS EM 21 PAÍSES. A EMPRESA EMPREGA<br />

MAIS DE 250 ENGENHEIROS ESPECIALIZADOS NOS SEUS 3 CENTROS<br />

DE INOVAÇÃO E INVESTIGAÇÃO E POSSUI MAIS DE 280 PATENTES<br />

ra do óleo da transmissão. Fornece<br />

também os produtos necessários<br />

para arrefecer a bateria utilizando<br />

o gás refrigerante do sistema de ar<br />

condicionado, assim como aquecedores/arrefecedores<br />

do líquido de<br />

refrigeração que podem aquecer ou<br />

arrefecer o fluido para manter as<br />

baterias dentro da gama de funcionamento<br />

ideal. Além disso, oferece<br />

válvulas de controlo do líquido de<br />

refrigeração para gestão do fluxo do<br />

líquido, permutadores de óleo do<br />

líquido de refrigeração e, por último,<br />

condensadores arrefecidos por<br />

líquido para reduzir a temperatura<br />

do gás refrigerante do sistema de ar<br />

condicionado.<br />

A UFI Filters lidera os sistemas de<br />

filtragem nas equipas de Fórmula<br />

1. Que mais valias estas parcerias<br />

trazem para o desenvolvimento<br />

dos produtos UFI?<br />

A divisão High Tech da UFI Filters<br />

é especializada na produção de soluções<br />

de filtração para desempenhos<br />

“extremos”, tais como os exigidos<br />

pela Fórmula 1. Nove em cada dez<br />

equipas do principal campeonato<br />

do mundo escolheram as tecnologias<br />

do Grupo UFI para a época de<br />

2024. A colaboração com o mundo<br />

da Fórmula 1 começou nos anos<br />

70 e teve o seu primeiro sucesso em<br />

1978, com o Grande Prémio de Silverstone<br />

desse ano com a Ferrari, e<br />

o campeonato do mundo de construtores<br />

no ano seguinte, também<br />

graças à colaboração com a equipa<br />

da Ferrari. A parceria com o mundo<br />

<strong>das</strong> corri<strong>das</strong> gerou, ao longo dos<br />

anos, uma vantagem competitiva na<br />

produção de tecnologias de filtração<br />

para o setor automóvel, porque graças<br />

ao trabalho com as equipas de<br />

Fórmula 1, os projetos e os materiais<br />

são mais inovadores e desenvolvidos<br />

para ultrapassar desafios cada vez<br />

maiores. Este know-how é transferido<br />

para a produção industrial. A<br />

UFI Filters fabrica internamente os<br />

seus próprios materiais filtrantes,<br />

com seis formulações específicas conheci<strong>das</strong><br />

sob a marca FormulaUFI,<br />

e é especializada na conceção em<br />

co-engenharia com fabricantes de<br />

equipamento original, produzindo<br />

tecnologias adapta<strong>das</strong> às necessidades<br />

específicas de cada aplicação.<br />

A UFI Filters continua a lutar<br />

contra a contrafação de peças<br />

sobresselentes. O problema está<br />

sob controlo ou ainda existem<br />

muitos filtros UFI falsificados? O<br />

que é que a empresa está a fazer<br />

para resolver a situação?<br />

Desde 1972, a UFI Filters tem-se<br />

empenhado na proteção dos seus<br />

produtos através do registo <strong>das</strong> suas<br />

marcas comerciais - UFI Filters e<br />

SOFIMA Filter - e <strong>das</strong> suas próprias<br />

patentes nos principais mercados<br />

mundiais. Até à data, a UFI registou<br />

mais de 280 patentes. Este é o<br />

ponto de partida que permite à UFI<br />

colaborar com a CONVEY, uma <strong>das</strong><br />

principais empresas italianas de Internet<br />

Intellectual Property Rights<br />

Intelligence & Protection, em atividades<br />

de proteção 360º na internet,<br />

nas principais plataformas de<br />

comércio, websites e redes sociais<br />

a nível internacional. Além disso,<br />

a vigilância aduaneira foi intensificada<br />

com ações de formação específicas<br />

nas zonas mais sensíveis, em<br />

especial sobre os produtos que estão<br />

sujeitos a uma maior atividade de<br />

contrafação. A atividade de controlo<br />

permanente nos principais mercados<br />

a nível mundial deu os seus<br />

frutos, de tal forma que mais de 2,5<br />

milhões de transações abusivas foram<br />

bloquea<strong>das</strong> desde 2018, impedindo<br />

uma receita potencial de 5,4<br />

milhões de euros, e mais de 10.000<br />

anúncios comerciais ilícitos foram<br />

removidos. A luta contra a contrafação<br />

não se limita ao âmbito online.<br />

Nos últimos anos, a UFI Filters<br />

também desenvolveu uma intensa<br />

atividade de investigação, nomeadamente<br />

na Turquia, que resultou<br />

em vários controlos e apreensões de<br />

produtos de contrafação pelas autoridades<br />

locais, o que deu origem a<br />

processos penais contra os dirigentes<br />

<strong>das</strong> empresas que se dedicam à<br />

produção e comercialização de produtos<br />

contrafeitos para automóveis.<br />

Graças a este tipo de ações, nomeadamente<br />

apreensões, a UFI Filters<br />

conseguiu bloquear quantidades<br />

significativas de produtos de contrafação<br />

que, de outro modo, teriam<br />

chegado ao mercado.<br />

A sustentabilidade ambiental é uma<br />

prioridade fundamental para a UFI<br />

Filters. Que medi<strong>das</strong> implementou<br />

a empresa para reduzir a sua<br />

pegada de carbono e promover a<br />

ecoeficiência nas suas operações?<br />

O Grupo UFI adaptou uma série de<br />

medi<strong>das</strong> para reduzir a sua pegada<br />

de carbono e promover a ecoeficiência<br />

nas suas operações. Em particular,<br />

a UFI comprometeu-se com atividades<br />

de eficiência energética, que<br />

incluem a análise e a otimização dos<br />

processos industriais, bem como<br />

a utilização de soluções tecnologicamente<br />

mais avança<strong>das</strong> nas unidades<br />

de produção com maior impacto<br />

no consumo de energia. Este<br />

esforço traduz-se numa utilização<br />

mais eficiente <strong>das</strong> fontes de energia<br />

e numa redução <strong>das</strong> emissões de<br />

gases com efeito de estufa associa<strong>das</strong><br />

às atividades da empresa. Além<br />

disso, a empresa está ativamente<br />

empenhada em gerir os resíduos<br />

gerados durante as suas operações<br />

através da reciclagem. Esta abordagem<br />

produziu benefícios, uma vez<br />

que a proporção de resíduos reciclados<br />

aumentou de 67% em 2021<br />

para quase 75% em 2023. Este<br />

facto não só contribui para reduzir<br />

o impacto ambiental, mas também<br />

50 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


promove uma cultura empresarial<br />

orientada para a responsabilidade<br />

e a sustentabilidade a longo prazo.<br />

E a nível de produto, como a UFI<br />

Filters está a conceber filtros mais<br />

eficientes e sustentáveis?<br />

Para conceber filtros mais eficientes,<br />

com elevado desempenho e impacto<br />

ambiental limitado, a UFI Filters<br />

está a investir na investigação e desenvolvimento<br />

de materiais filtrantes<br />

cada vez mais eficazes, capazes<br />

de acumular partículas e prolongar<br />

a vida útil do próprio filtro, contribuindo<br />

para reduzir a frequência de<br />

substituição e o consumo de materiais.<br />

Além disso, está a considerar<br />

cuidadosamente a integração de<br />

materiais reciclados nos produtos.<br />

Embora as especificações técnicas<br />

rigorosas dos clientes limitem a<br />

possibilidade de utilizar plenamente<br />

os materiais reciclados, está a ser<br />

adotada uma abordagem pragmática.<br />

Sempre que possível, será avaliada<br />

a introdução de um teor significativo<br />

de materiais reciclados. Por<br />

exemplo, no caso do polipropileno,<br />

é possível atingir uma percentagem<br />

de 25% a 65% de material reciclado,<br />

dependendo do grau exigido. A<br />

evolução <strong>das</strong> tecnologias de filtração<br />

levou a UFI Filters a estudar e<br />

a conceber sistemas cada vez mais<br />

avançados. Do ponto de vista dos<br />

materiais filtrantes, a UFI desenvolveu<br />

6 formulações identifica<strong>das</strong><br />

com o nome de FórmulaUFI para<br />

responder às necessidades dos principais<br />

construtores automóveis e<br />

personalizáveis de acordo com as<br />

especificações de cada aplicação,<br />

quer se trate de veículo ligeiros, pesados<br />

ou industriais. Estes novos<br />

materiais, que combinam fibras<br />

sintéticas e materiais poliméricos,<br />

estão adaptados à evolução dos<br />

combustíveis, suportando percentagens<br />

ainda mais eleva<strong>das</strong> de biodiesel.<br />

Foi também introduzido no<br />

mercado um revolucionário sistema<br />

de filtragem do ar, o UFI MULTI-<br />

TUBE, que combina um fluxo dinâmico<br />

melhorado para aumentar<br />

a potência do motor, um material<br />

filtrante hidrofóbico e ignífugo. Na<br />

filtragem de ar para o habitáculo, é<br />

dada especial atenção à qualidade<br />

do ar respirado pelos ocupantes do<br />

veículo, razão pela qual a UFI produz<br />

o ARGENTIUM, que incorpora<br />

partículas de prata com poderosas<br />

propriedades antimicrobianas. Para<br />

a UFI Filters, o objetivo da evolução<br />

<strong>das</strong> tecnologias é sempre melhorar e<br />

contribuir para uma maior eficiência<br />

do motor e, consequentemente,<br />

para uma redução do consumo de<br />

combustível e <strong>das</strong> emissões.<br />

Devido à inflação e ao aumento<br />

<strong>das</strong> matérias-primas e da energia,<br />

todos os fabricantes aumentaram<br />

os preços dos seus produtos. Pode<br />

explicar a política comercial da UFI<br />

Filters a este respeito?<br />

Nós, na UFI Filters, sempre fomos<br />

fiéis à nossa política comercial e à<br />

nossa comunicação com a rede de<br />

distribuição, procurando garantir<br />

que os aumentos de preços causados<br />

pelo aumento <strong>das</strong> matérias-primas,<br />

da energia, dos combustíveis<br />

e <strong>das</strong> restrições no transporte, sejam<br />

compreensíveis para os nossos<br />

distribuidores e aceitáveis para o<br />

cliente final dos nossos produtos.<br />

Tentámos sempre não transferir o<br />

impacto total dos aumentos de custos<br />

diretamente para o produto final<br />

e, por conseguinte, para a cadeia<br />

de distribuição. Para atingir este<br />

objetivo, implementámos medi<strong>das</strong><br />

significativas de redução de custos<br />

para contrariar parte deste impacto<br />

internamente, de modo a podermos<br />

propor um aumento moderado e<br />

gradual dos nossos preços em tempos<br />

económicos difíceis.<br />

Como funciona o Centro Logístico<br />

em Itália? Qual é a vossa capacidade<br />

de armazenamento e como é<br />

que gerem a logística da entrega<br />

<strong>das</strong> encomen<strong>das</strong> aos clientes?<br />

O nosso centro logístico para a<br />

Europa está situado em Broni, na<br />

Lombardia. Ocupa uma área de armazenamento<br />

de mais de 20.000<br />

metros quadrados e é altamente<br />

automatizado. To<strong>das</strong> as encomen<strong>das</strong><br />

dos nossos distribuidores em<br />

Portugal são geri<strong>das</strong> em tempo real<br />

pela UFI Filters Ibérica, com sede<br />

em Barcelona, que está diretamente<br />

ligada a Broni, permitindo uma<br />

gestão e uma resposta imediata da<br />

nossa empresa às necessidades de<br />

entrega dos nossos clientes no mercado<br />

português, com um tempo médio<br />

de resposta não superior a cinco<br />

dias úteis, incluindo o tempo de<br />

trânsito da mercadoria na estrada.<br />

A UFI Filters anunciou um objetivo<br />

de crescimento de dois dígitos da<br />

sua atividade nos próximos três<br />

anos. Qual a estratégia para atingir<br />

este objetivo?<br />

O grupo UFI Filters vê a oportunidade<br />

de continuar a crescer a taxas<br />

superiores às do mercado automóvel<br />

graças à sua presença global<br />

e à sua forte presença nas zonas<br />

TODOS OS DISTRIBUIDORES<br />

PORTUGUESES PARTILHAM O<br />

MESMO ADN DA UFI: PAIXÃO,<br />

INOVAÇÃO E INTEGRIDADE!<br />

nossa rede é atualmente composta por<br />

A oito grandes distribuidores <strong>das</strong> nossas<br />

duas marcas UFI e SOFIMA, que cobrem todo o<br />

território português, capazes de garantir uma<br />

cobertura total para aplicações em veículos<br />

ligeiros, camiões e máquinas industriais. No<br />

geral, continuamos a registar um crescimento<br />

de dois dígitos no mercado português com a<br />

ajuda dos distribuidores. Todos eles são grandes<br />

empresários, especialistas na distribuição de<br />

peças sobresselentes, mas, acima de tudo,<br />

partilham o mesmo ADN da UFI: paixão,<br />

inovação e integridade. Todos os anos são<br />

negocia<strong>das</strong> várias campanhas promocionais e<br />

de incentivo com cada um dos nossos<br />

distribuidores. São ações muito personaliza<strong>das</strong>,<br />

pois cada um deles sabe qual a forma mais<br />

eficaz e rentável de promover a venda dos<br />

nossos produtos. Em termos de apoio à<br />

comercialização, oferecemos material impresso<br />

ou descarregável do nosso website, totalmente<br />

atualizado com informações técnicas que<br />

respondem a muitas <strong>das</strong> questões que o<br />

mercado pode colocar aos nossos distribuidores.<br />

Oferecemos sessões de formação técnicocomercial<br />

presenciais ou online, de acordo com<br />

as necessidades de cada um dos nossos<br />

distribuidores, tanto para as suas equipas de<br />

ven<strong>das</strong> como para as suas equipas comerciais e<br />

a sua rede de clientes.<br />

A reputação dos produtos UFI Filters como<br />

componentes de equipamento original para<br />

muitos dos principais fabricantes de veículos<br />

confere-lhes uma reputação indiscutível. Com<br />

mais de 50 anos de experiência na conceção e<br />

fabrico de soluções avança<strong>das</strong> em filtração de<br />

partículas sóli<strong>das</strong> e na separação de líquidos,<br />

a UFI Filters continua a ser um líder mundial<br />

neste sector. O facto da UFI Filters ser o<br />

fornecedor de sistemas de filtragem de nove<br />

geográficas do mundo onde opera,<br />

e onde se prevê um forte desenvolvimento<br />

da produção automóvel.<br />

Além disso, o desenvolvimento da<br />

carteira de produtos e a presença<br />

em tecnologias automóveis inovadoras<br />

e de elevado valor acrescentado<br />

permitirá ao grupo ser um ator<br />

ativo na transição para formas de<br />

mobilidade sustentáveis. l<br />

em cada dez equipas de Fórmula 1 é mais um<br />

testemunho da nossa excelência tecnológica<br />

e do nosso compromisso com a inovação. As<br />

oficinas portuguesas beneficiam não só da<br />

tecnologia e da experiência da UFI Filters, mas<br />

também da distribuição <strong>das</strong> nossas marcas e<br />

produtos através dos melhores distribuidores do<br />

mercado português. Isto garante uma cobertura<br />

de mais de 98% do atual parque automóvel<br />

europeu, oferecendo aos clientes portugueses<br />

uma vasta gama de soluções de filtração de<br />

elevada qualidade.<br />

A estratégia e os objetivos da UFI Filters para o<br />

mercado português não se alteraram desde que<br />

a UFI Filters Ibérica assumiu a gestão comercial<br />

do país em 2013. O nosso objetivo continua a<br />

ser o crescimento contínuo, mas fazemo-lo da<br />

mesma forma que antes: trabalhando lado a<br />

lado com os nossos distribuidores, de forma<br />

ordenada e sustentável, e sempre com um<br />

profundo respeito pela cadeia de distribuição.<br />

É importante para nós que os nossos<br />

distribuidores nos vejam como o seu parceiro de<br />

tecnologia de filtração, e não apenas como um<br />

fornecedor de filtros.<br />

Portugal não é um mercado diferente do resto<br />

dos mercados europeus. É um mercado muito<br />

dinâmico com uma forte cultura de marcas<br />

premium presentes no Equipamento Original.<br />

No entanto, a idade média do parque automóvel<br />

português é muito elevada, superior à média<br />

europeia, apesar de estar a acontecer um<br />

processo de renovação do parque. Atualmente,<br />

isto pode ser considerado uma ameaça, mas,<br />

sem dúvida, esta reestruturação do parque<br />

circulante, será uma grande oportunidade<br />

para todos a médio prazo, dado que o Grupo<br />

UFI Filters é hoje um fornecedor de excelência<br />

para a maioria dos principais construtores de<br />

automóveis do mundo.<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 51


Empresa<br />

VISITA À FÁBRICA DA VALEO NA POLÓNIA<br />

FOCO NAS PEÇAS<br />

REMANUFATURADAS


O JORNAL DAS OFICINAS ESTEVE EM CHECHOWICE-DZIEDZICE, NA POLÓNIA,<br />

PARA VISITAR A FÁBRICA DA VALEO E FICAR A CONHECER AO DETALHE O SEU PLANO ESTRATÉGICO<br />

GLOBAL QUE PROMETE DUPLICAR O VOLUME DE PEÇAS REMANUFATURADAS ATÉ 2030<br />

A<br />

cada ano, a Valeo tem vindo a remanufaturar,<br />

aproximadamente, 1 milhão de<br />

peças e oferece um catálogo com mais<br />

de 8 mil referências em todo o mundo. Durante<br />

a conferência de imprensa e visita à fábrica em<br />

Chechowice-Dziedzice, na Polónia, os responsáveis<br />

destacaram que, sendo a economia circular<br />

uma “pedra angular” da sua estratégia, o objetivo<br />

é duplicar esses números até 2030. Para a<br />

concretização deste objetivo, o elemento chave<br />

será a expansão, através do reforço do portfólio<br />

atual e da diversificação para outras formas de<br />

mobilidade. Com o crescente aumento dos veículos<br />

eletrificados e dos sistemas avançados de<br />

assistência ao condutor (ADAS), a expansão do<br />

portfólio permitirá atender ao desenvolvimento<br />

deste mercado.<br />

Na fábrica com 80.000 m2, trabalham 500 pessoas<br />

que gerem cerca de 400 projetos de remanufaturação<br />

por ano e um stock de mais de um<br />

milhão de cascos provenientes de toda a Europa.<br />

Ambicioso plano de sustentabilidade<br />

A Valeo tem um ambicioso plano de sustentabilidade,<br />

que está assente em duas frentes: por<br />

um lado, o projeto CAP 50, com o qual a Valeo<br />

pretende alcançar a neutralidade de carbono até<br />

2050 em to<strong>das</strong> as suas operações, e por outro<br />

lado, o programa 4R, que defende a “reparação”,<br />

a “remanufactura”, a “reciclagem” e a utilização<br />

de um design “robusto”. A Valeo defende<br />

um mercado pós-venda circular, que assenta na<br />

reparação e na reconstrução. As razões são óbvias,<br />

uma vez que a peça remanufaturada reduz<br />

a utilização de materiais em 80% e a pegada<br />

de carbono em 50 a 80%, sem comprometer a<br />

qualidade. Atualmente, a Valeo remanufactura<br />

produtos de oito famílias (alternadores, motores<br />

de arranque, compressores, pinças de travão,<br />

embraiagens de camião, volante bimassa, embraiagens<br />

duplas e conversores de binário), mas<br />

pretende acrescentar novos produtos e serviços,<br />

incluindo a reparação de produtos eletrónicos<br />

e componentes para a nova mobilidade, como<br />

motores para bicicletas elétricas. Especial atenção<br />

vai ser dada à reparação de peças eletrónicas,<br />

com as quais a empresa pretende oferecer<br />

uma alternativa em produtos como inversores,<br />

carregadores, compressores elétricos, sistemas<br />

de 48V, faróis e câmaras frontais, entre outros. E<br />

tudo isto é complementado por processos mais<br />

limpos, graças à instalação de painéis solares,<br />

à redução do consumo de água e à recuperação<br />

de resíduos. Soluções que o fabricante reúne sob<br />

MAIS DE 8 MIL<br />

REFERÊNCIAS<br />

NO CATÁLOGO<br />

Valeo incorporou desde cedo a remanufactura na sua<br />

A estratégia de negócio com o objetivo de mitigar as<br />

emissões de CO2 e maximizar a eficiência na utilização de<br />

recursos. Atualmente, apresenta um portfólio completo e<br />

singular que inclui: Sistemas de Direção para veículos de<br />

passageiros: Caixas de direção e bombas hidráulicas;<br />

Componentes de Arrefecimento: Radiadores e condensadores;<br />

Sistemas de Climatização: Compressores e evaporadores;<br />

Componentes Elétricos: Alternadores e motores de partida;<br />

Sistemas de Transmissão: Conversores de torque e embraiagens.<br />

a égide do I Care 4 the Planet, o programa de<br />

sustentabilidade desenvolvido pela divisão de<br />

pós-venda do grupo, Valeo Service, que tem em<br />

conta desde o desenvolvimento do produto até<br />

à embalagem e ao transporte, com o objetivo de<br />

reduzir o impacto ambiental.<br />

Mudar o paradigma<br />

Segundo a Valeo, o mercado da sustentabilidade<br />

passará de gerar um volume de negócios<br />

de 4 mil milhões de euros em 2022 para 15 mil<br />

milhões em 2040, mas será necessário combater<br />

algumas barreiras à entrada que os produtos<br />

remanufaturados ainda têm hoje. Apenas 20%<br />

<strong>das</strong> oficinas oferecem peças remanufatura<strong>das</strong><br />

aos clientes e a Valeo quer mudar este paradigma.<br />

Muitas dizem que a logística inversa para a<br />

recuperação do casco é complexa, por isso é necessário<br />

reduzir essa complexidade, principalmente<br />

através da motivação económica <strong>das</strong> oficinas,<br />

da otimização da logística e da redução do<br />

tempo necessário para receber o pagamento dos<br />

cascos devolvidos. Outro argumento de grande<br />

valor é a garantia de dois anos que a Valeo dá a<br />

to<strong>das</strong> as peças remanufatura<strong>das</strong> e o seu custo,<br />

que é 25% mais barato que as peças novas.<br />

Parceria com a Smovengo<br />

A Valeo anunciou uma colaboração com a Smovengo<br />

para a reparação de baterias no “Laboratório<br />

de Eletrônica Circular” em Nevers (França)<br />

e a remanufatura de motores na “Fábrica de<br />

Inovação Circular” em Czechowice (Polónia).<br />

Sendo a última especializada no fabrico de uma<br />

ampla variedade de produtos, que incluem motores,<br />

amortecedores de ar e válvulas, sistemas<br />

de recirculação de gases de escape (EGR) e sistemas<br />

de alta voltagem para veículos híbridos<br />

e elétricos a bateria (BEVs). “Para ir mais além<br />

na reparação de peças mais complexas, como<br />

motores, foi necessário um conhecimento especializado<br />

específico, assim como a capacidade<br />

de industrialização. A Valeo, especialista global<br />

na revalorização de peças automóveis, foi a resposta<br />

certa para a nossa necessidade industrial<br />

atual”, destacou Jacques Greiveldinger, CEO da<br />

Smovengo, sobre a sua parceria com a Valeo. l<br />

PARA ENFRENTAR O DESAFIO DA ECONOMIA CIRCULAR, A VALEO CRIOU<br />

UM LABORATÓRIO QUE VEIO CRUZAR O KNOW-HOW DOS EQUIPAMENTOS<br />

ORIGINAIS COM A EXCELÊNCIA NO PROCESSO DE REMANUFACTURA<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 53


Empresa<br />

CONVENÇÃO “CREATE DRIVE 2024”<br />

CONSTRUIR<br />

JUNTOS O FUTURO!<br />

A CREATE BUSINESS REALIZOU NO DIA 15 DE JUNHO UM EVENTO EXCLUSIVO DEDICADO ÀS REDES<br />

DE OFICINAS NO AUTÓDROMO INTERNACIONAL DO ALGARVE, EM PORTIMÃO. O ENCONTRO REUNIU<br />

CERCA DE 480 PESSOAS, INCLUINDO PARCEIROS, FORNECEDORES E OFICINAS DAS REDES A OFICINA<br />

E AUTO-CHECK-CENTER<br />

O<br />

programa diário incluía diversos momentos<br />

e atividades, como a exposição de<br />

produtos e novidades de mais de 30 fornecedores,<br />

a oportunidade para uma corrida de<br />

karting, networking e muita animação. Entre as<br />

marcas presentes estavam a Bosch, INA, Elring,<br />

FAG, NRF, LUK, Momo Tires, Hitachi, Varta,<br />

TRW, Pierburg, SACHS, Kolbenschmidt, SNR,<br />

GKN Automotive, MAHLE, VEMO, Vaico, Motul,<br />

ACKOJA, Valvoline, FARE, KYB, TEXA,<br />

Goodyear, OSRAM, Blue Print, Filtron, febi, Mobil,<br />

Continental e a EXIDE. Sobre a organização<br />

do evento, Pedro Proença, diretor de marketing<br />

da Create Bussines, referiu que: “A cada dois anos,<br />

nós tentamos sempre juntar as oficinas <strong>das</strong> nossas<br />

redes, a Oficina e a Auto-Check-Center. Por<br />

um lado, para que as pessoas possam estar em<br />

conjunto, compartilhar experiências e fazer um<br />

balanço sobre como tem sido o negócio. E, por<br />

outro, para aproveitar estas ocasiões para apresentar<br />

algumas novidades dos nossos fornecedores.<br />

No fundo, o nosso objetivo é construirmos juntos<br />

um futuro onde tanto os nossos clientes como nós<br />

possamos ser mais fortes e que o negócio continue<br />

a crescer. Vamos seguir o nosso modelo e aquilo<br />

que acreditamos ser parte do nosso sucesso. Estamos<br />

profundamente comprometidos com nossos<br />

clientes e, com base nas suas necessidades, desde a<br />

evolução do parque automóvel até às necessidades<br />

do negócio, temos de continuar a ser capazes de<br />

desenvolver novas ferramentas que permitam que<br />

eles tenham soluções”.<br />

Programas VExpert e +Valor<br />

Apoio Remoto em destaque<br />

A Create Business tem estado atenta às novas necessidades<br />

do mercado automóvel. Com o crescimento<br />

exponencial de veículos elétricos e híbridos,<br />

a empresa decidiu lançar o programa VExpert que<br />

visa capacitar as oficinas para trabalhar com segurança<br />

e eficácia nesta nova geração de mobilidade.<br />

Além disso, também desenvolveu recentemente<br />

um software +Valor Apoio Remoto que vem permitir<br />

o acesso a um vasto conjunto de recursos que<br />

facilitam a realização de operações e programações<br />

complexas, resolução de avarias, comunicação<br />

com os fabricantes, tudo sem a necessidade de<br />

um investimento significativo em processos informáticos,<br />

entre outras funcionalidades. l<br />

A CONVENÇÃO “CREATE DRIVE 2024” REUNIU CERCA DE 480 PESSOas<br />

E FOI UM EVENTO DE APRENDIZAGEM E CONFRATERNIZAÇÃO ENTRE TODOS<br />

OS PARCEIROS, FORNECEDORES E OFICINAS DAS REDES A OFICINA<br />

E autO-CHECK-CENTER. ANIMAÇÃO E CONVÍVIO FORTALECERAM<br />

O ESPÍRITO DE EQUIPA DE TODAS as EMPRESAS PRESENTES


Empresa<br />

CONVENÇÃO AD 2024<br />

EVENTO EXPÕE OFERTA<br />

360º DA AD PARTS<br />

ANIMAÇÃO, NETWORKING E MUITAS NOVIDADES. FOI ASSIM QUE O GRUPO AUTOZITÂNIA RECEBEU<br />

DURANTE OS DIAS 30, 31 E 1 DE JUNHO, OS CERCA DE 1.200 VISITANTES QUE PASSARAM PELA<br />

CONVENÇÃO AD 2024, REALIZADA NAS SUAS INSTALAÇÕES EM LEIRIA. NO PRIMEIRO DIA O EVENTO<br />

FOI EXCLUSIVO PARA PARCEIROS INTERNOS DA AD PARTS E NOS SEGUINTES FOI DIRECIONADO<br />

PARA AS OFICINAS QUE FAZEM PARTE DO PROGRAMA MILLENIUM DA AD<br />

Para simplificar o dia a dia <strong>das</strong> oficinas, foi<br />

lançado o software AD360. Este programa<br />

oferece todos os serviços necessários<br />

para aumentar a produtividade e rentabilidade<br />

<strong>das</strong> oficinas de forma fácil e rápida. Entre as<br />

suas funcionalidades, inclui: um catálogo de<br />

peças que permite identificar e realizar encomen<strong>das</strong>;<br />

orçamentos completos e detalhados<br />

para os clientes; informação técnica especializada;<br />

um contact center – o AD Service – para<br />

resolver problemas mais complexos, entre tantos<br />

outros. Uma <strong>das</strong> funcionalidades destaca<strong>das</strong><br />

foi a seção de “Informação Técnica”, que se<br />

torna mais robusta à medida que determinados<br />

problemas são reportados com mais frequência.<br />

Isto permite que as oficinas tenham acesso prático<br />

e acessível à resolução dos problemas mais<br />

comuns em tempo útil. Além disso, os modelos<br />

de veículos com mais avarias são adquiridos pela<br />

empresa para oferecer formação teórica e prática<br />

qualificada. Dessa forma, quando as oficinas<br />

receberem esses veículos, saberão exatamente os<br />

procedimentos a seguir.<br />

Neste evento, estiveram presentes diversos distribuidores,<br />

fabricantes e oficinas clientes que<br />

fizeram questão de marcar presença e expor os<br />

seus produtos e equipamentos ao mercado. Para<br />

Flávio Menino, diretor de Marketing e Comunicação<br />

do Grupo Autozitânia e da Bragalis,<br />

os dias da Convenção foram “extremamente<br />

positivos e valeram muito a pena”. Sobre a organização<br />

do evento, o responsável referiu que<br />

“para apresentar as nossas últimas novidades,<br />

escolhemos dividir o espaço em vários formatos<br />

para conseguirmos adaptar aos diversos públicos<br />

alvo que estiveram presentes. E, acrescentou:<br />

“Foram três dias muito intensos, mas vejo<br />

que estão todos extremamente satisfeitos com o<br />

evento. Desde os fabricantes até às oficinas que<br />

aceitaram a ideia assim que a apresentamos, todos<br />

demonstraram grande entusiasmo. Temos<br />

fabricantes de tecnologia que estão sempre na<br />

vanguarda da inovação e fizeram questão de estar<br />

connosco para apresentar as últimas novidades<br />

aos nossos parceiros e às oficinas”. l<br />

AS INSTALAÇÕES DA AUTOZITÂNIA, EM LEIRIA, FORAM PEQUENAS<br />

PARA ACOLHER 1.200 PROFISSIONAIS ENTRE OS DIAS 30 DE MAIO<br />

E 1 DE JUNHO, NA CONVENÇÃO AD 2024, PARA PARTILHA<br />

DE CONHECIMENTOS E BONS MOMENTOS DE CONFRATERNIZAÇÃO<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 55


NOTÍCIAS // DINÂMICA DO SETOR ESCREVE ‐SE DE A A Z<br />

Empresas<br />

ANUNCIA LANÇAMENTO<br />

DE NOVO WEBSITE<br />

ABRE PORTAS EM COIMBRA FOCADA NO CRESCIMENTO<br />

Krautli Portugal | A Krautli Portugal inaugurou no mês de junho o seu mais recente armazém logístico, em Coimbra,<br />

com cerca de 1.200 m2. Depois de Lisboa e Porto, chegou a altura de inaugurar as instalações de Coimbra. Com uma capacidade<br />

instalada superior a 7.800 m2, este novo armazém, vem permitir à empresa estar mais próximo dos seus clientes garantindo um<br />

serviço de maior proximidade, eficiência e agilidade no centro do país. Carlos Silva, diretor comercial da Krautli Portugal, garantiu<br />

que este investimento vai permitir à empresa continuar a responder positivamente a um mercado que se assume “exigente” e ainda<br />

a possibilidade de concretização de mais negócios. O diretor comercial, revelou que os últimos tempos têm sido bastante risonhos<br />

para a empresa “o ano está-nos a correr bastante bem, estamos com um crescimento acima daquilo que tínhamos perspetivado,<br />

esperamos que este armazém nos ajude a crescer mais ainda”. No futuro, a Krautli Portugal vai “manter-se com a mesma dinâmica,<br />

vamos continuar a investir e a crescer, e vamos continuar com a ambição se sermos melhores amanhã, do que aquilo que fomos<br />

ontem”, concluiu.<br />

Tips4Y | A Tips4y anunciou o lançamento do seu novo website<br />

(www.tips4y.pt) projetado para apresentar uma mensagem clara sobre<br />

a empresa e o seu negócio, refletindo uma cultura diferenciadora e<br />

reforçando a identidade da marca. Este novo lançamento representa um<br />

marco significativo para a Tips4y, que está comprometida em atrair a<br />

audiência certa com a mensagem certa. O website foi cuidadosamente<br />

desenvolvido para garantir um excelente desempenho, oferecendo<br />

aos utilizadores uma experiência simples, ágil e intuitiva. “Estamos<br />

entusiasmados em lançar o novo website da Tips4y, que representa<br />

um passo importante na nossa jornada digital”, afirmou Susana Barros,<br />

responsável de marketing da empresa. “O nosso objetivo é ser uma<br />

referência digital no setor do pós venda, atraindo de forma expressiva<br />

novos visitantes que identificam na nossa oferta a resposta concreta<br />

às suas necessidades”, acrescentou. A navegação foi simplificada para<br />

garantir que os visitantes possam encontrar facilmente o que procuram,<br />

enquanto a integração de novas tecnologias melhora a experiência do<br />

utilizador e a gestão de contactos.<br />

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56 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


NOVA LOJA EM GAIA<br />

Auto Recto | A nova loja da Auto Recto, com uma ampla oferta de produtos e serviços para<br />

o setor automóvel, abriu a 27 de maio, com localização nos Carvalhos, em Gaia. A Auto Recto, tem-se<br />

apresentado no mercado como uma referência no setor automóvel, com um portfólio de produtos<br />

e serviços variado e completo. Neste sentido, decidiu que o caminho passaria pela expansão com<br />

a inauguração de uma nova loja. “Estamos entusiasmados em partilhar com os nossos clientes, a<br />

notícia sobre a abertura de mais uma loja, que representa um marco significativo na nossa jornada<br />

de crescimento e compromisso com a excelência”, afirmou a Auto Recto. “Este novo espaço representa<br />

mais um passo na nossa missão de oferecer serviços de alta qualidade e atendimento personalizado<br />

a todos os nossos clientes. Um novo espaço com a mesma intenção de proporcionar o melhor serviço<br />

a quem nos procura”, acrescentou. O endereço da nova loja fica na Avenida Dr. Moreira Sousa nº 4180<br />

Loja D, 4415-380 Pedroso.<br />

ORGANIZA FORMAÇÃO INTENSIVA NO ISEC<br />

Mondegopeças | O Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC) foi palco de uma<br />

formação intensiva e inovadora sobre o Peugeot 3008 Plug-in Hybrid, organizada pela Mondegopeças e<br />

ministrada pela ServiceNext. A formação abordou detalhadamente diversos aspetos técnicos do veículo,<br />

com foco especial na motorização, caixa de velocidades, sensores e bateria de tração. Os participantes<br />

tiveram a oportunidade de conhecer em profundidade o sistema híbrido do Peugeot 3008, que combina<br />

um motor a gasolina eficiente com um motor elétrico potente. A formação destacou as vantagens<br />

deste sistema híbrido, incluindo a redução de emissões e o aumento da eficiência de combustível,<br />

proporcionando uma condução mais sustentável sem comprometer o desempenho. Outro ponto alto foi<br />

a explicação detalhada sobre a caixa de velocidades automática e-EAT8 do Peugeot 3008 Plug-in Hybrid.<br />

O formador da ServiceNext elucidou os participantes sobre o funcionamento desta caixa de mudanças,<br />

que é projetada para oferecer uma transição suave e rápida entre as marchas, melhorando a experiência<br />

de condução e a eficiência energética.<br />

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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 57


NOTÍCIAS<br />

EMPRESAS<br />

CELEBRA 25 ANOS DE HISTÓRIA<br />

COM IMAGEM RENOVADA<br />

INCENTIVA ESTUDANTES A PROSSEGUIREM<br />

CARREIRA NO SETOR<br />

Delphi | A Delphi, como fabricante especialista no mercado de reposição, tem demonstrado estar consciente da<br />

necessidade de incorporar as novas gerações no setor, muni<strong>das</strong> de conhecimentos que lhes permitam enfrentar os desafios<br />

representados pelas novas tecnologias que chegam à indústria automóvel a um ritmo cada vez maior. Por esta razão, a<br />

Delphi organizou visitas a estudantes de um centro de formação profissional em Madrid, onde a empresa tem a sua sede na<br />

Península Ibérica. Desta forma, a Delphi pretende incentivar os alunos a manterem a vontade de formação ao longo de toda<br />

a carreira, bem como mostrar-lhes as opções de formação contínua no setor e as oportunidades que um centro como a Delphi<br />

lhes poderá oferecer para o seu desenvolvimento profissional. Para facilitar o acesso às instalações de formação Delphi,<br />

a visita dos futuros técnicos foi organizada em dois turnos, um de manhã e outro à tarde, para que os alunos pudessem<br />

conhecer mais de perto as possibilidades do centro.<br />

CAETANO PARTS | No momento em que celebra 25 anos, a Caetano<br />

Parts apresenta ao mercado uma nova imagem institucional caracterizada<br />

por um design moderno e cores vibrantes que simbolizam a energia e<br />

compromisso contínuo da empresa com a inovação. A central de peças do<br />

Grupo Salvador Caetano – localizada em Vila Nova de Gaia e Setúbal –<br />

também apresenta agora uma nova assinatura, afirmando-se como “A peça<br />

chave do seu negócio”, num claro compromisso em ser um parceiro essencial<br />

para o sucesso dos seus clientes. Recorrendo ao símbolo de uma roda dentada<br />

que, dividida ao meio, revela as iniciais da designação da empresa – o “C” e o<br />

“P” -, a nova imagem corporativa reflete a evolução e o dinamismo da central<br />

de peças do Grupo Salvador Caetano, e reforça a sua posição no mercado<br />

com duas déca<strong>das</strong> e meia de conquistas e dedicação. Além do novo logotipo,<br />

e para celebrar estas “bo<strong>das</strong> de prata”, a Caetano Parts acaba de lançar,<br />

também, a obra “Caetano Parts 25 Anos – Uma história de compromisso<br />

com a excelência”. Este livro comemorativo destaca as conquistas, os desafios<br />

superados e a constante busca pela excelência.<br />

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Na DOGA, desenhamos produtos que acompanham o veículo através de to<strong>das</strong> as estações, garantindo desempenho<br />

e segurança superior. Cada produto, fruto da inovação e da qualidade excepcionais, está preparado para enfrentar<br />

os desafios de qualquer clima, desde invernos gelados até verões quentes. Orgulhamo-nos do nosso know-how e<br />

dedicação, assegurando que cada artigo cumpra com padrões rigorosos de durabilidade e qualidade. Com a DOGA,<br />

cada viagem é mais segura e confortável, permitindo desfrutar da estrada com confiança durante todo o ano.<br />

DOGA, a arte de equipar o teu carro para cada época do ano.<br />

www.dogaparts.es<br />

58 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


FORNECE DICAS DE COMO UTILIZAR AC<br />

FATURA 2,1 MIL MILHÕES DE EUROS<br />

EM PORTUGAL<br />

Bosch | A Bosch, terminou o ano fiscal de 2023 com ven<strong>das</strong> no valor de 2,1 mil milhões de euros<br />

em Portugal, incluindo ven<strong>das</strong> e serviços a empresas do Grupo Bosch. A empresa registou um ligeiro<br />

crescimento de 1,7 por cento relativamente ao ano anterior. No mercado local, a Bosch registou ven<strong>das</strong><br />

consolida<strong>das</strong> de 383 milhões de euros, 5,2 por cento acima do nível de 2022. “Apesar de estarmos a<br />

viver um ambiente global desafiante e de alguma incerteza, 2023 foi um ano positivo para a Bosch em<br />

Portugal. Para este ano, estamos alinhados com as perspetivas gerais da Bosch, e por isso as nossas<br />

previsões são modera<strong>das</strong>, tendo em conta o atual cenário económico e também a transformação do<br />

negócio que a empresa está a realizar a nível global”, afirmou Javier González Pareja, Presidente do<br />

Grupo Bosch em Portugal e Espanha. Os resultados alcançados em 2023 mantêm a Bosch como um dos<br />

maiores exportadores do país, com um nível de exportação superior a 97 por cento, com mais de 50<br />

países em todo o mundo a importar soluções produzi<strong>das</strong> em Aveiro, Braga e Ovar, e serviços prestados a<br />

partir de Lisboa para o mundo.<br />

MANN-FILTER | O verão está a bater à porta e com isso a utilização do ar condicionado tornase<br />

mais frequente. A MANN-FILTER forneceu dicas de como gerar uma poupança de combustível entre<br />

os 20% e os 30% e não passar calor Com o aumento <strong>das</strong> temperaturas no verão, torna-se quase uma<br />

obrigação ligar o ar condicionado, algo que, além do conforto, também influencia positivamente<br />

a segurança ao conduzir, pois evita o cansaço, reduzindo a possibilidade de sofrer um acidente.<br />

“Existem muitas recomendações que podem ser da<strong>das</strong> para reduzir o consumo de combustível ao<br />

acionar o ar condicionado”, afirmou a MANN-FILTER. Desde deixar o interior do veículo esfriar antes de<br />

acionar o sistema de ar condicionado, como começar a conduzir com os vidros abertos, até colocar o ar<br />

em modo de recirculação, pois, ao captar o ar fresco do interior do veículo, o trabalho do compressor<br />

“É menos do que arrefecer o ar quente do exterior”, explicou a empresa, destacando que este método<br />

de recirculação do ar pode gerar uma poupança de combustível entre 20% e 30%. Em qualquer caso,<br />

a MANN-FILTER recomenda realizar uma manutenção adequada do sistema de ar condicionado e,<br />

sobretudo, ao filtro de cabine.<br />

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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 59


NOTÍCIAS<br />

EMPRESAS<br />

APOIA FUTUROS PINTORES<br />

COM ECOSSISTEMA DIGITAL<br />

PPG | A PPG reafirma o seu compromisso em combater a escassez de profissionais do<br />

mercado de repintura na região EMEA. Para isso, tem estado a colaborar com algumas <strong>das</strong><br />

principais escolas onde são formados futuros profissionais de repintura, como a IES Tierno<br />

Galván, localizada em Madrid. Estas escolas, alinha<strong>das</strong> com a visão da PPG, têm como foco<br />

proporcionar aos alunos o conhecimento e a confiança necessários para desenvolver carreiras<br />

profissionais de sucesso no setor da repintura automóvel. Consciente dos desafios identificados<br />

num recente relatório da Comissão Europeia sobre ensino e formação profissional, a PPG<br />

está empenhada em apoiar iniciativas que visam promover o desenvolvimento de novas<br />

gerações de profissionais e que abordem problemas como a falta de recursos, equipamentos<br />

obsoletos e falta de aprendizagem prática, colocando especial ênfase na sustentabilidade<br />

e na digitalização. Desta forma, a empresa assinou um acordo de colaboração com o IES<br />

Tierno Galván, com o objetivo de atenuar a carência de profissionais qualificados na área da<br />

repintura, dotando o centro de conhecimentos e ferramentas digitais de ponta para a formação<br />

dos futuros profissionais da oficina, tornando o setor mais atrativo para os jovens pintores e<br />

preparando-os para os desafios do futuro.<br />

REFORÇA CRESCIMENTO<br />

NA PENÍNSULA IBÉRICA<br />

GS Yuasa | Cristiano Fumega continua como Area Sales Manager da GS Yuasa fazendo<br />

a consolidação dos clientes em Portugal para todos os setores onde a GS Yuasa é líder. É de<br />

salientar que o profissional tem uma vasta experiência no mercado de pós-venda tanto para o<br />

setor automóvel, como para o setor dos motociclos De acordo com Juan Ignacio Egea, Diretor<br />

Geral da Iberia, “a Direção de Ven<strong>das</strong> está sediada na nossa sede em Madrid, que incorpora,<br />

como novidade, a área de serviço ao cliente onde, juntamente com a equipa de ven<strong>das</strong> para<br />

Espanha e Portugal, consolidaremos uma forte equipa de desenvolvimento, dando prioridade<br />

à elevada qualidade tanto do nosso vasto portfólio de produtos como dos nossos serviços.<br />

Juntos, iremos melhorar a experiência do cliente com a empresa, tendo como objetivo a sua<br />

máxima satisfação. Esta nova iniciativa será dirigida por Laura Touriño, que faz parte da minha<br />

equipa há mais de 18 anos em diferentes funções, sendo a última a de Diretora de Marketing<br />

da Iberia”. Acrescenta ainda que “Desde a GS Yuasa Battery Iberia estamos convencidos de que<br />

tanto o profissionalismo de Cristiano como a gestão comercial reforçarão o valor e a oferta dos<br />

nossos produtos”.<br />

SENDYS GROUP<br />

REGISTA 9,8 MILHÕES €<br />

EM VOLUME DE NEGÓCIOS<br />

O<br />

Sendys Group, que integra as duas software houses portuguesas<br />

mais antigas em atividade, Alidata e Sendys, que este ano comemoram<br />

40 anos, registou, em 2023, o seu melhor ano de sempre, com<br />

um volume global de negócios de €9,8 milhões de euros, repartidos por<br />

Portugal (5,5 milhões), Angola (2,1 milhões), Moçambique (0,9 milhões) e<br />

outros mercados (0,6 milhões), o que corresponde a um crescimento de 8%,<br />

face a 2022. Os números do ano passado, em linha com a performance que<br />

o Grupo liderado por Fernando Amaral tem conhecido ao longo dos anos,<br />

estão sustentados na implementação de projetos de transformação digital<br />

e digitalização de processos em Portugal e PALOP. De entre os fatores que<br />

mais contribuíram para o crescimento sustentado do grupo, que já emprega<br />

cerca de 160 colaboradores, o destaque vai para o alargamento da quota<br />

de mercado nos sectores da manutenção e produção industriais e de grandes<br />

projetos na área automóvel, onde, para além de Portugal, se destaca o<br />

mercado moçambicano, no qual a empresa já lidera em implementações e<br />

onde tem múltiplos projetos em pipeline, à semelhança de Moçambique e<br />

Cabo Verde.<br />

CRIA NOVA EMPRESA EM ESPANHA<br />

Romafe | A Romafe anunciou oficialmente a criação de uma nova empresa do Grupo Romafe em<br />

Espanha, a Sociedad Importadora Romafe SL. Sediada em Barcelona, esta empresa representa mais um<br />

marco histórico na longa jornada de 78 anos da empresa. O principal objetivo é disponibilizar a experiência,<br />

o compromisso de qualidade, o know-how e o espírito inovador do Grupo Romafe ao serviço da indústria<br />

espanhola. Também em Espanha vai impactar positivamente na produtividade dos seus parceiros, reduzindo<br />

custos e mantendo um forte compromisso com a sustentabilidade. “Aproveitamos para expressar a nossa<br />

gratidão a todos os que tornaram possível a concretização deste projeto, a nossa equipa, os nossos parceiros<br />

e amigo. Juntos, estamos a construir um futuro de sucesso e crescimento contínuo. Estamos ansiosos por esta<br />

nova jornada e pelas oportunidades emocionantes que o futuro reserva”, refere a empresa em comunicado.<br />

Na foto estão os responsáveis por tornar a Sociedad Importadora Romafe SL numa referência no exigente e<br />

competitivo mercado espanhol.<br />

60 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


MAIS DE 50 ANOS DE EXPERIÊNCIA EM<br />

EQUIPAMENTO ORIGINAL<br />

Distribuído por<br />

info@japopecas.pt I www.japopecas.pt


Entrevista<br />

GUILHERME MENDES<br />

ADMINISTRADOR DA A. VIEIRA, S. A.<br />

VOU HONRAR O LEgadO DO MEU<br />

AVÔ E SEGUIR-LHE AS PISADAS!<br />

NO ANO EM QUE ASSINALA O 50.º ANIVERSÁRIO, A A. VIEIRA PREPARA-SE PARA TRIPLICAR O ESPAÇO<br />

DE ARMAZENAMENTO, COM O AUMENTO DAS INSTALAÇÕES DE BAGUIM, EM RIO TINTO, ONDE<br />

ATUALMENTE ESTÃO EM STOCK MAIS DE 40 MIL REFERÊNCIAS NUM VALOR DE 3,5 MILHÕES DE<br />

EUROS. PARA FALAR SOBRE O PROJETO ATUAL DA EMPRESA, FOMOS RECEBIDOS POR GUILHERME<br />

MENDES, QUE ESTÁ À FRENTE DO NEGÓCIO DESDE O FALECIMENTO DO AVÔ, JOSÉ BRANCO<br />

Orgulhoso do legado deixado pelo avô, Guilherme<br />

Mendes herdou-lhe o gosto pelas<br />

peças e quer seguir-lhe as pisa<strong>das</strong>, mantendo<br />

a A. Vieira “com projeção de crescimento,<br />

tal como ele fez ao longo destes anos”. O administrador<br />

recorda que José Branco veio de Moçambique,<br />

onde tinha “uma pequena casa de peças” e<br />

manteve-se no ramo automóvel, começando por<br />

fazer parte da empresa Lemos, Santana & Branco<br />

e, “na altura em que surgiu a hipótese de investir<br />

na A. Vieira, o meu avô apostou 100%, e, felizmente,<br />

acho que fez a escolha certa!”, afirma. Ao lado<br />

de Guilherme, é o diretor comercial, Ângelo Coelho,<br />

quem nos conta um pouco da história da casa,<br />

que arrancou “numa loja pequenina, com 800<br />

m2 e a pouco e pouco foi expandindo. A primeira<br />

sede era uma loja em Guimarães que o senhor<br />

José Branco comprou ao Sr. Vieira [fundador da<br />

empresa], que depois foi para Braga, onde fundou<br />

também a Vieira & Freitas”. O mesmo revela que<br />

um dos marcos da empresa foi a aquisição, em<br />

2000 e 2002 dos atuais armazéns, que permitiu,<br />

na altura, “dar um pulo muito grande”. Mais tarde,<br />

destaca, é incontornável “a entrada na Temot,<br />

em 2020”. A integração no grupo internacional<br />

de compras Temot, enquanto acionista, permitiu<br />

à A. Vieira introduzir novas marcas no portefólio<br />

e, sobretudo, criar sinergias, pois Guilherme Mendes<br />

é do entendimento de que “hoje em dia não<br />

conseguimos sobreviver sozinhos e isolados no<br />

mercado e esta foi uma grande evolução da empresa<br />

nos últimos dez anos”, clarifica. Em 2022 foi<br />

ainda anunciada a entrada da A. Vieira no grupo<br />

Motorpartner, juntamente com empresas com<br />

longa tradição e reputação no aftermarket português,<br />

que se uniram em alinhamento estratégico<br />

para conseguir as melhores ferramentas de forma<br />

a manter a trajetória de crescimento. No entanto,<br />

com as várias aquisições que se sucederam entre os<br />

acionistas, o projeto acabou por ficar “em banho<br />

maria”, como explica Ângelo Coelho, mesmo que<br />

Guilherme Mendes garanta que “é uma aposta que<br />

não está descartada”.<br />

Em todo o país<br />

A empresa de Baguim (Rio Tinto), é uma <strong>das</strong> líderes<br />

nacionais no comércio (grosso e de retalho)<br />

de peças e acessórios para automóveis, incluindo<br />

lubrificantes e ferramentas e dispõe hoje de dois<br />

armazéns logísticos, duas lojas próprias e outras<br />

duas associa<strong>das</strong>, onde trabalham cerca de 60 colaboradores.<br />

Consegue cobrir todo o território<br />

continental e ilhas, com uma abrangência que já<br />

lhe permite considerar-se um fornecedor global a<br />

nível da mecânica para as oficinas, com destaque<br />

para marcas como “a Hella Pagid, a Purflux, a UFI,<br />

que o meu avô já trabalhava há muitos anos e a<br />

SASIC, com a qual o meu avô começou a parceria<br />

ainda em Moçambique. Temos também a Eurol,<br />

na parte dos óleos, a febi, a Sachs… o portefólio é<br />

vasto, estas são apenas algumas que salientamos”,<br />

diz-nos Guilherme Mendes, sem esconder que há<br />

novos projetos na calha, mas que estão à espera de<br />

espaço de armazenamento, como é o caso da área<br />

da eletrónica. Comercializam também algumas<br />

referências ao nível <strong>das</strong> ferramentas e equipamentos,<br />

onde evidencia a marca norte-americana KS<br />

Tools. As entregas são tridiárias, feitas, “a nível da<br />

revenda, maioritariamente com transportadores.<br />

Já nas lojas temos viaturas próprias para fornecer<br />

as oficinas locais e mesmo reabastecer as próprias<br />

lojas daqui da zona”, explica.<br />

Stock alargado<br />

Atualmente, a A. Vieira tem cerca de 40 mil<br />

referências ativas, num valor que ascende a 3,5<br />

milhões de Euros. Entre as linhas disponíveis é<br />

possível também encontrar peças reconstruí<strong>das</strong>,<br />

“devido à grande pressão <strong>das</strong> marcas, mas a nível<br />

logístico é complicado e não é nada rentável”,<br />

conta-nos o diretor comercial, Ângelo Coelho,<br />

para quem todo o processo “cria uma confusão<br />

muito grande, entre entregar o casco e receber<br />

a peça… depois o casco vem com defeito e o fornecedor<br />

não aceita o casco… não é uma aposta<br />

que façamos”, confessa. As ven<strong>das</strong> ao retalho, na<br />

sua maioria (60%), já são feitas através da plataforma<br />

B2B, remodelada em 2022: “Aproveitámos<br />

para lavar a cara à plataforma, tentamos<br />

tornar as coisas um pouco mais intuitivas, para<br />

que conseguíssemos cruzar qualquer referência<br />

que fosse com material nosso e ter tudo à disposição<br />

a nível de preços e campanhas”, comenta<br />

o administrador, que ainda assim, no meio de<br />

largas centenas de pedidos diários, não desfaz<br />

a importância que o call center continua a ter<br />

no dia-a-dia da empresa: “Temos uma equipa<br />

alargada de pessoas no call center e agora, com<br />

a remodelação do armazém, uma coisa na qual<br />

queremos investir é fazer mesmo um departamento<br />

de call center, porque sabemos como é<br />

importante o contacto com o clientes para sermos<br />

mais rápidos na entrega <strong>das</strong> encomen<strong>das</strong>”.<br />

Futuro em análise<br />

A ideia de criar uma rede de lojas ou de oficinas<br />

padroniza<strong>das</strong> está “em cima da mesa” e, nos últimos<br />

anos, têm sido promovi<strong>das</strong> ações de formação,<br />

realiza<strong>das</strong> em espaços alheios. O objetivo,<br />

refere Guilherme Mendes, passa por “fazer uma<br />

sala, nas novas instalações, para ministrar as<br />

ações de formação, para nos tornarmos mais autónomos.<br />

Este ano temos mais algumas previstas,<br />

juntamente com alguns fornecedores”. A empre-<br />

62 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


ORGULHOSO DO LEGADO DEIXADO PELO AVÔ, GUILHERME MENDES HERDOU-<br />

LHE O GOSTO PELAS PEÇAS E QUER SEGUIR-LHE AS PISADAS, MANTENDO A<br />

A. VIEIRA “COM PROJEÇÃO DE CRESCIMENTO, TAL COMO ELE FEZ AO LONGO<br />

DESTES ANOS”, REFERE


GUILHERME MENDES<br />

A EMPRESA ESTÁ ATENTA ÀS NOVAS OPORTUNIDADES DE MERCADO E É<br />

PROVÁVEL A INSERÇÃO DE NOVAS MARCAS E LINHAS DE PRODUTO DEPOIS DO<br />

AUMENTO DAS INSTALAÇÕES DOS ATUAIS 1.000 M2 PARA 3.000 M2 DE ÁREA<br />

DE ARMAZENAMENTO<br />

sa tem-se debatido com o problema<br />

<strong>das</strong> devoluções e tem “procurado<br />

controlar isso, para as pessoas terem<br />

mais consciência, porque acarreta-nos<br />

custos. Nós sabemos que<br />

a pressão do mercado obriga a tal,<br />

porque quando um cliente pede o<br />

orçamento, a oficina pede logo a<br />

peça de seguida acreditando que<br />

vai fazer o negócio e muitas vezes as<br />

coisas não avançam e depois devolve<br />

a peça”, relata Ângelo Coelho. A<br />

consequência mais direta é ao nível<br />

de recursos humanos ter pessoas<br />

dedica<strong>das</strong> apenas às devoluções e,<br />

claro, todo o tipo de custos logísticos<br />

e de stock envolvido, “porque se<br />

repomos a peça, ficamos com ela em<br />

duplicado ou triplicado. É um custo<br />

inimaginável e todos os colegas se<br />

queixam desse problema”, lamenta,<br />

defendendo a necessidade de chegar<br />

“a um consenso entre todos”.<br />

Atento ao setor do aftermarket desde<br />

“tenra idade”, Guilherme recorda<br />

os tempos em que o avô fazia questão<br />

de lhe dar a ler o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>,<br />

para o manter em contacto<br />

com os meandros do negócio. Hoje<br />

é ele próprio quem marca presença<br />

nos grandes eventos, como o salão<br />

expoMECÂNICA, porque sabe a<br />

importância de “dar a cara e ser<br />

um contacto próximo dos clientes”,<br />

especialmente em feiras como esta,<br />

“muito bem organizada, com o seu<br />

crescimento e já com uma relevância<br />

no exterior”. 2024 afigura-se em<br />

linha com o ano passado, em que<br />

a A. Vieira apresentou um crescimento<br />

de 7%, o que, na opinião de<br />

Guilherme Mendes, “não foi mau”.<br />

O ano transato teve mesmo “alguns<br />

meses recorde, por isso, neste momento,<br />

em que estamos com os valores<br />

próximos aos do ano anterior,<br />

temos sempre expetativa de crescimento.<br />

Mesmo com a entrada dos<br />

novos membros da Temot, temos<br />

ideias de fazer trabalhos em conjunto<br />

de maneira a conseguirmos<br />

ter melhores condições para apresentar<br />

os nossos clientes, para que<br />

resultem em ven<strong>das</strong>”, remata. l<br />

NOVAS INSTALAÇÕES A CAMINHO!<br />

50º aniversário da A. Vieira só poderia<br />

O ser celebrado com pompa e<br />

circunstância. Este ano, a A. Vieira comemora<br />

meio século de existência e está já em cima da<br />

mesa o plano para alargar o armazém de<br />

importação, no terreno adjacente às instalações<br />

atuais, que serão também moderniza<strong>das</strong>.<br />

Guilherme Mendes, que assumiu recentemente<br />

a gestão da empresa após o falecimento do<br />

avô, José Branco, explica que existe “a<br />

necessidade de crescimento e o espaço começa<br />

a ficar curto. A ideia é crescer, para conseguir<br />

ter melhores condições para os nossos clientes”.<br />

Assim, logo que se concretize a obra, de 1.000<br />

m 2 , a empresa passará para 3.000 m 2 de área<br />

de armazenamento.<br />

O RETALHISTA CONTINUA A<br />

SER UM ELO MUITO IMPORTANTE<br />

DA CADEIA DE DISTRIBUIÇÃO<br />

nserida desde 2020 num grande grupo<br />

I internacional de compras, a A. Vieira<br />

considera que esta é uma tendência para<br />

continuar no mercado da distribuição de peças<br />

em Portugal, com a integração <strong>das</strong> empresas<br />

em grandes grupos. Outra tendência é a<br />

chegada dos veículos elétricos ao mercado e o<br />

administrador, Guilherme Mendes, nota que a<br />

empresa já se tem vindo “a adaptar, com<br />

algumas referências que o mercado vai<br />

exigindo, mas acho que também vai ser uma<br />

transição um pouco mais demorada do que<br />

aquilo que se anda a dizer e a fazer parecer”. O<br />

preço <strong>das</strong> peças tem continuado a aumentar, a<br />

um ritmo agora mais baixo do que na altura da<br />

pandemia, o que tem fortalecido a franja de<br />

ven<strong>das</strong> de peças low-cost, para fazer face às<br />

despesas. Ângelo Coelho, diretor comercial da<br />

A. Vieira separa dois tipos de mercado: “o<br />

consumidor que só compra a peça mais barata e<br />

o que só quer a peça premium. Então, nós<br />

temos de ter uma peça low cost e, ao mesmo<br />

tempo, a peça premium. Em to<strong>das</strong> as principais<br />

linhas temos sempre pelo menos duas marcas<br />

que podemos oferecer, uma mais económica,<br />

obviamente, dentro da qualidade que nos é<br />

exigida, e depois outra com qualidade<br />

premium”. Além do preço, a decisão recai ainda<br />

noutros fatores, como o tipo de peça. Segundo<br />

Guilherme Mendes, “há pessoas que procuram<br />

peças mais baratas no que toca a filtros,<br />

travagem… já relativamente a embraiagens,<br />

as pessoas têm mais preocupação em procurar<br />

material com qualidade. Tem-se visto um misto<br />

de procura”, aponta.<br />

Questionados sobre a estrutura do mercado,<br />

os nossos entrevistados são perentórios na<br />

necessidade de afirmar a relevância dos canais<br />

de distribuição e Ângelo Coelho diz mesmo<br />

que “hoje em dia o retalhista é extremamente<br />

importante. Tem que se ter o serviço da peça,<br />

o serviço de stock e quem pode garantir isto,<br />

dentro de um prazo, digamos, exigente, é<br />

o retalhista. O retalhista é extremamente<br />

importante nesse circuito”. E Guilherme<br />

Mendes garante que, da parte da A. Vieira,<br />

para o futuro, os clientes podem estar certos<br />

de que irá “continuar com a qualidade com<br />

que sempre zelaram, tanto o meu avô, como<br />

o seu sócio, o senhor António Anjo. Apostar na<br />

qualidade, no serviço, ter bons colaboradores,<br />

prestar toda a informação necessária, e tudo<br />

aquilo que o cliente possa exigir da nossa<br />

parte. Queremos ter um bom serviço de<br />

entrega, para entregar to<strong>das</strong> as encomen<strong>das</strong><br />

a tempo e horas, independentemente da hora<br />

do pedido. A expetativa é de crescimento,<br />

atualmente temos um grande investimento<br />

em cima da mesa e, acabando este, a ideia é<br />

passar para o próximo. Por exemplo, uma ideia<br />

já do tempo do meu avô, que nunca chegou a<br />

ser concretizada, mas que está nos planos da<br />

empresa no futuro, será expandir as nossas<br />

instalações para o sul de maneira a conseguir<br />

ter o crescimento necessário da empresa”,<br />

revela<br />

64 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


TRAVAGEM<br />

ABSOLUTA<br />

Há coisas que não são negociáveis.<br />

Com a Bendix, não há quaisquer cedências<br />

no que diz respeito às especificações,<br />

aos materiais ou à qualidade de fabrico.<br />

Apenas foco total em proporcionar-lhe<br />

um excelente desempenho de travagem.<br />

Absolutamente sempre..<br />

DESCUBRA MAIS EM:<br />

BENDIX-BRAKING.COM


Entrevista<br />

VAMOS CONTINUAR<br />

A TRABALHAR PARA<br />

MAIS DOIS DÍGITOS<br />

DE CRESCIMENTO<br />

HÁ UM ANO, A FILOURÉM INVESTIU NA REMODELAÇÃO DAS<br />

INSTALAÇÕES, TRIPLICANDO A ÁREA DE ARMAZENAGEM, QUE ATINGE<br />

NESTE MOMENTO OS 4.000 M 2 E AS 60 MIL REFERÊNCIAS. COMO<br />

CONSEQUÊNCIA, A FATURAÇÃO CRESCEU A DOIS DÍGITOS E AGORA<br />

A EMPRESA PRETENDE REPETIR O FEITO, DEPOIS DE UM PRIMEIRO<br />

TRIMESTRE QUE ARRANCOU “COM MAIS CALMA”, COMO NOS CONTA O<br />

DIRETOR-GERAL, CARLOS JORGE GONÇALVES


CARLOS JORGE GONÇALVES, DIRETOR-GERAL FILOURÉM<br />

Constituída em 2002, a Filourém é hoje um<br />

nome reconhecido no aftermarket nacional,<br />

comercializando mais de vinte marcas<br />

na área <strong>das</strong> peças de reposição. O <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

viajou até Ourém, onde esteve à conversa<br />

com o diretor-geral Carlos Jorge Gonçalves, que<br />

nos traçou os objetivos a curto e médio prazo da<br />

empresa. Um ano depois de inaugurar as novas<br />

instalações, o responsável não poderia estar mais<br />

satisfeito com a aposta feita. A nova infraestrutura<br />

foi pensada para o negócio, com o espaço todo<br />

organizado, como “num fato à nossa medida”,<br />

indica. Carlos Jorge Gonçalves explica que tiveram<br />

em conta “a questão logística do transporte,<br />

carregar e descarregar, e a entrada e saída de<br />

material”, numa obra que teve como objetivo não<br />

só aumentar a área total para stock – que passou<br />

para 4.000 m2 e mais de 60 mil referências<br />

– mas também “dar mais conforto, mais espaço e<br />

mais modernidade aos colaboradores. Neste edifício<br />

novo adicionámos serviços, como casas de<br />

banho, cozinha, refeitório, um pequeno ginásio<br />

e um escritório mais amplo. Agilizámos também<br />

todo o circuito de entrada e saída de material, de<br />

pedidos, compras e ven<strong>das</strong>”, refere, mencionando<br />

que “a ideia era mesmo melhorar e não vejo<br />

como não tenha melhorado, é óbvio que teve os<br />

seus custos, mas foi para melhor, claro!”. Esta<br />

remodelação trouxe à empresa maior espaço de<br />

manobra e veio dar um impulso grande às ven<strong>das</strong><br />

que, já nos últimos anos, têm tido crescimentos<br />

de dois dígitos: “Para aumentarmos as ven<strong>das</strong>,<br />

tivemos que reforçar o stock, tanto horizontal,<br />

como verticalmente, porque se não tivéssemos<br />

material não vendíamos e depois era impossível<br />

crescer. Em 2022 introduzimos sete marcas novas<br />

e no ano passado a Zeta-Erre, que está a correr<br />

francamente bem e é uma marca com muito<br />

potencial e que tem tido uma ótima recetividade”,<br />

aponta o diretor.<br />

Fusões são tendência<br />

Atento ao mercado, Carlos Jorge Gonçalves não<br />

está alheio aos fenómenos que vêm acontecendo<br />

no setor. Apesar de ainda não estar integrada<br />

num grupo de compras internacional, a Filourém<br />

não põe de lado essa hipótese e, “se for positivo<br />

para os dois lados”, é mesmo “uma forte<br />

possibilidade”, admite, esclarecendo que “numa<br />

primeira fase não pensávamos nisso, porque<br />

estávamos envolvidos em muitas frentes e estávamos<br />

mais numa dinâmica normal de compra<br />

e venda, mas, entretanto, já tivemos algumas<br />

conversas. Está em cima da mesa e quando for<br />

bom para ambas as partes (e às vezes até há mais<br />

de duas partes envolvi<strong>das</strong>), poderemos chegar a<br />

essa conclusão. Até porque a tendência será as<br />

fusões e integração nos grandes grupos”. Da<br />

mesma forma, entrar numa rede de lojas ou de<br />

oficinas padroniza<strong>das</strong>, “só se poderia proporcionar<br />

inserido num grupo, de outra forma não”,<br />

assume o responsável.<br />

Marcas parceiras<br />

Desde há muitos anos que a Filourém trabalha<br />

com a Japko e a Original Birth, que são já marcas<br />

bandeira da casa. Entretanto, entraram no<br />

portefólio outras, também renoma<strong>das</strong>, “porque<br />

marcas premium toda a gente conhece e às vezes<br />

é difícil inserir no mercado uma marca que seja<br />

exclusiva. A Japko e a Original Birth continuam<br />

a ter as duas maiores fatias do nosso bolo e, em<br />

estilos diferentes, são duas marcas que nos representam”,<br />

confirma o diretor. No portefólio<br />

não constam ainda peças reconstruí<strong>das</strong>, mas<br />

Carlos Jorge Gonçalves refere que “é uma questão<br />

de oportunidade. Não rejeitamos à partida,<br />

mas também não vamos à procura, é o que o<br />

mercado nos tem ditado. Poderia existir alguma<br />

procura, neste caso não há, porque sabem que<br />

não comercializamos, mas sinto que ainda há<br />

alguma resistência e algumas dúvi<strong>das</strong> e a logística<br />

inversa que essa situação envolve também<br />

é um constrangimento”, nota, contando que ter<br />

uma marca própria também já foi equacionado,<br />

“mas há um investimento inicial muito grande<br />

e depois o retorno demora algum tempo, o que<br />

pode causar impacto na tesouraria, porque não é<br />

rapidamente rentável”. Por outro lado, o responsável<br />

explica que ainda não enveredaram pelo<br />

mercado de equipamentos e ferramentas oficinais,<br />

“que tem muita procura e muita dinâmica”,<br />

por uma questão estratégica, relacionada com<br />

o espaço: “Sempre que fazemos o investimento<br />

numa nova marca, temos que pensar muito bem<br />

no espaço que vai ocupar, para fazer esse encaixe.<br />

As ferramentas são um mundo que exige um<br />

investimento elevado e para entrarmos tínhamos<br />

de ter alguma capacidade, porque é uma<br />

gama grande, mas não está excluído”, revela.<br />

Logística de entregas<br />

Como já foi referido, as novas instalações vieram<br />

permitir aumentar a capacidade de armazenagem,<br />

para uma média de 60 mil referências<br />

em stock. Além dessas, graças à inserção online<br />

da marca febi, é possível ter ainda mais peças<br />

em stock virtual que rapidamente podem estar<br />

disponíveis. “É um fornecedor muito antigo e<br />

também com uma fatia muito importante do<br />

nosso bolo, mas com o sucesso desta operação,<br />

queremos ir integrando online mais marcas<br />

para o cliente ter mais marcas disponíveis, nem<br />

que seja de um dia para outro ou em 48 horas,<br />

para termos mais oferta, mais material”, afirma<br />

o diretor. A Filourém garante entregas bidiárias<br />

para praticamente todo o país, sendo que, explica<br />

Carlos Jorge Gonçalves, “face à nossa localização,<br />

dependemos muitíssimo <strong>das</strong> transportadoras.<br />

Trabalhamos com mais de dez, as três ou<br />

quatro mais conheci<strong>das</strong> e várias regionais, que<br />

fazem zonas mais pontuais”. A plataforma B2B<br />

tem vindo a ser otimizada, tanto em termos de<br />

imagem, como em termos gráficos, para ter “um<br />

layout mais intuitivo e simples, com uma melhor<br />

articulação e mais cruzamentos, para dar uma<br />

procura maior. Em termos informáticos é um<br />

processo demorado, mas vamos fazê-lo certamente<br />

com mais marcas no futuro, integrações<br />

no site, diretamente do stock, da Alemanha, de<br />

Espanha, ou de Itália”, assegura.<br />

Uma estrutura polivalente<br />

Carlos Jorge Gonçalves carateriza a estrutura<br />

da Filourém como “polivalente”, porque todos<br />

CARLOS JORGE GONÇALVES NÃO ESTÁ ALHEIO aos FENÓMENOS QUE VÊM<br />

ACONTECENDO NO SETOR. apesar DE ainda NÃO ESTAR INTEGRADA NUM<br />

GRUPO DE COMPRAS INTERNACIONAL, A FILOURÉM NÃO PÕE DE LADO ESSA<br />

HIPÓTESE E, “SE FOR BOM PARA AMBas as PARTES”, É MESMO “UMA Forte<br />

POSSIBILIDADE”, ADMITE<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 67


CARLOS<br />

JORGE GONÇALVES<br />

AS NOVAS INSTALAÇÕES VIERAM PERMITIR TRIPLICAR A ÁREA DE<br />

ARMAZENAGEM, QUE atINGE NESTE MOMENTO OS 4.000 M 2 E AS 60 MIL<br />

REFERÊNCIAS. COMO CONSEQUÊNCIA, A FatURAÇÃO CRESCEU A DOIS<br />

DÍGITOS E AGORA A EMPRESA PRETENDE REPETIR DE NOVO O FEITO ESTE ANO<br />

os colaboradores que foram sendo<br />

integrados ao longo de mais<br />

de 20 anos englobam “uma área<br />

administrativa muito especializada,<br />

a parte do armazém, que vem<br />

com a experiência e uma parte da<br />

logística que não é tão especializada”.<br />

Em paralelo, é o call center<br />

que assume o lugar de «cérebro»<br />

no atendimento, com três pessoas<br />

“com mais experiência e conhecimento<br />

técnico, porque ainda há<br />

alguns clientes que querem tirar<br />

uma dúvida, querem ver uma medida,<br />

etc.”, diz, salientando que,<br />

atualmente, o site é onde se efetuam<br />

90% dos pedidos: “A encomenda<br />

é feita no site, onde veem<br />

o preço, o desconto, a soma total<br />

da encomenda e se fazem os cruzamentos<br />

no TecDoc. Isso pelo call<br />

center demoraria muito. Assim, a<br />

encomenda é recebida e nós depois<br />

temos toda a logística da separação,<br />

conferência, embalamento<br />

e por fim despachamos”.<br />

Formação e a falta dela<br />

Este ano a Filourém já organizou<br />

algumas ações de formação junto<br />

de clientes e quer continuar a dinamizar<br />

este tipo de ações com o apoio<br />

dos fornecedores. Onde existe falta<br />

de formação, diz-nos o diretor-geral,<br />

é do lado <strong>das</strong> oficinas, especialmente<br />

no que diz respeito ao eterno<br />

problema <strong>das</strong> constantes devoluções<br />

de encomen<strong>das</strong>: “A formação<br />

é muito importante para todos os<br />

agentes, sejam os nossos clientes, os<br />

parceiros, ou as oficinas, pois basta<br />

que nesta cadeia, em que há três<br />

QUEREMOS CONTINUAR<br />

A FAZER O NOSSO TRABALHO,<br />

À NOSSA DIMENSão<br />

arlos Jorge Gonçalves não foge ao tema<br />

C do momento. A concentração de<br />

empresas que se tem vindo a verificar no setor<br />

não lhe passa ao lado e, a seu ver, não tende a<br />

regredir. Considera que tem “prós e contras. É<br />

óbvio que quando se juntam determinados<br />

players ficam com uma grande capacidade, não<br />

só pela abrangência de stock, como em termos<br />

territoriais, pois fica-se com as carteiras e as<br />

marcas uns dos outros”. No fundo, analisa, “a<br />

consolidação do negócio de peças obriga-nos a<br />

fazer coisas diferentes, mas há clientes que<br />

preferem outro tipo de abordagem, uma<br />

abordagem mais familiar, mais direta e nós<br />

queremos continuar a fazer o nosso trabalho, à<br />

nossa dimensão. É óbvio que ficaríamos<br />

preocupados se, em termos do volume de<br />

faturação, houvesse um decréscimo acentuado,<br />

mas no geral, temos vindo a crescer e estamos a<br />

fazer bem o nosso trabalho”, congratula-se. A<br />

possibilidade de se integrarem num grupo<br />

grande “está em aberto, não dizemos que não.<br />

Isso tem muitas vezes por detrás empresas ou<br />

acionistas estrangeiros, mas, devido à nossa<br />

localização, temos de procurar outros mercados<br />

ou quatro passos, haja um engano,<br />

é certo que o problema vai sobrar<br />

para nós, porque somos o início e o<br />

fim do processo. Começamos por le-<br />

e pensar em coisas diferentes. É uma questão<br />

de se conversar, mas estamos muito satisfeitos<br />

com a nossa estrutura. Este ADN tem 22 anos e<br />

vamos continuar neste sentido, sem fechar<br />

portas a ninguém”. Sobre o advento dos<br />

veículos elétricos, o responsável diz estar<br />

“atento” e revela que a empresa “tem-se vindo a<br />

adaptar”, tendo já o seu portefólio com muitas<br />

gamas para carros elétricos. Na sua opinião,<br />

“haverá sempre peças que se irão vender. Umas<br />

podem descer, outras sobem, outras são<br />

completamente novas e mesmo a<br />

descontinuidade por completo vai demorar<br />

alguns anos. Porque estamos a falar no mínimo<br />

de 10 a 15 anos para haver aquele corte radical<br />

e nunca saberemos se não irá haver alguns<br />

retrocessos ao nível do que são as imposições da<br />

União Europeia”, antecipa. Aos clientes e<br />

fornecedores, deixa a nota de que “sabem com<br />

o que podem contar, com a nossa confiança e a<br />

nossa proximidade. Nós damos a cara e<br />

queremos continuar a estar aqui com<br />

disponibilidade para as deman<strong>das</strong> e sempre<br />

com a proximidade que nos caraterizou com as<br />

boas relações com os nossos clientes”.<br />

var o material, mas quando ele volta<br />

para trás somos o fim e nem sempre<br />

temos que aceitar, mas muitas vezes<br />

aceitamos...”, admite, destacando<br />

a importância que o podcast «Dar<br />

Voz ao Aftermarket by <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong><br />

<strong>Oficinas</strong>” tem tido no debate deste<br />

assunto. “É óbvio que é fruto do negócio,<br />

há enganos, trocas, falhas na<br />

identificação nos websites, mas isso<br />

é uma franja muito pequena dos<br />

motivos que, na realidade, existem<br />

para as devoluções e alguns deles<br />

são difíceis de entender, são difíceis<br />

de encaixar e só provocam per<strong>das</strong>!”,<br />

alerta Carlos Jorge Gonçalves. A seu<br />

ver, as devoluções traduzem-se num<br />

“prejuízo de tempo, de dinheiro, de<br />

espaço e de recursos humanos alocados<br />

a todo esse processo”. A solução,<br />

considera, poderia passar por<br />

“fazer uma concertação e harmonização<br />

<strong>das</strong> condições para as devoluções,<br />

para apertar um bocadinho<br />

a malha, com mais comunicação<br />

entre nós”, acredita. O responsável<br />

da Filourém mostra-se confiante<br />

nos resultados deste ano, depois de<br />

um primeiro trimestre “não tão forte<br />

como o arranque do ano passado”,<br />

mas com uma “curva positiva”.<br />

Esperando um segundo trimestre<br />

ainda mais positivo, Carlos Jorge<br />

Gonçalves conta que “abril e maio<br />

já foram mais fortes e agora gostávamos<br />

de continuar a trabalhar<br />

outra vez para mais dois dígitos de<br />

crescimento, vamos ver”, conclui. l<br />

68 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


provam<br />

Cada bateria<br />

afirma ser a<br />

melhor do<br />

mercado.<br />

As nossas<br />

baterias<br />

provam<br />

isso<br />

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necessário.<br />

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C riando o futuro – o caminho da Exide:<br />

Criando futuro - o caminho da Exide<br />

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Inovação Confiabilidade<br />

Inovação Confiabilidade Sustentabilidade Alta Performance<br />

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Su s tentabilidade<br />

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Entrevista<br />

PAULO SILVA, DIRETOR-GERAL PDAUTO<br />

O SEGREDO DO NEGÓCIO<br />

É SABER COMPRAR BEM<br />

PERTO DE COMPLETAR DUAS DÉCADAS, A PDAUTO ESTÁ PRESTES A ENTRAR NUM NOVO PROJETO.<br />

SEDEADA EM BRAGA, A EMPRESA ADQUIRIU RECENTEMENTE A TURBO PEÇAS, UM IMPORTANTE<br />

RETALHISTA DE PEÇAS DO PORTO. PAULO SILVA, DIRETOR-GERAL DA PDAUTO CONTA-NOS COMO TUDO<br />

COMEÇOU E LEVANTA UM POUCO O VÉU SOBRE O QUE ESTÁ PARA VIR<br />

Depois de uma vida ligado às peças automóveis,<br />

Paulo Silva, fundador e diretor-<br />

-geral da PDauto, decidiu “abraçar o sonho”<br />

da sua vida, em 2005. Foi nesse ano que,<br />

sozinho, abriu o distribuidor de peças de ligeiros,<br />

especialista em mecânica, que hoje ocupa<br />

lugar de destaque no panorama do aftermarket<br />

nacional. “Iniciei sozinho, em 2005, e à medida<br />

que a empresa começou a crescer, comecei a<br />

meter mais funcionários. A Daniela só se juntou<br />

a nós em 2010/ 2011. Neste momento temos<br />

também uma equipa comercial interna que é a<br />

responsável por todos os projetos com oficinas<br />

e montagens e tudo que esteja direcionado para<br />

a venda, esta equipa que faz esse trabalho com<br />

os nossos comerciais e com os clientes, e vai ao<br />

terreno quando é necessário. Eu gosto muito de<br />

organização – apesar de não ser uma pessoa muito<br />

organizada – gosto de delinear e de criar a organização”,<br />

conta-nos Paulo Silva, orgulhoso <strong>das</strong><br />

conquistas da empresa, que nem nos momentos<br />

mais difíceis vacilou: “Temos vindo a crescer!<br />

Por incrível que pareça, mesmo durante a crise<br />

de 2008 até 2012 estivemos em crescimento<br />

constante, porque nessa altura utilizavam-se e<br />

reparavam-se muitos carros usados. Em 2012 foi<br />

quando começamos a colocar vendedores na rua.<br />

As oportunidades foram surgindo e nós fomos<br />

aproveitando e crescendo, sempre de uma forma<br />

sustentada”, diz-nos o diretor-geral da PDauto.<br />

Negócio alavancado<br />

O crescimento seguro levou a que, em 2016, a<br />

PDauto mu<strong>das</strong>se para as atuais instalações, em<br />

Braga, com 2.200 m2 de armazenamento que,<br />

na altura, eram “grandes demais e hoje já são<br />

pequenas”. Ao longo destes anos, foram fazendo<br />

alterações e, com o tempo, esperam-se outras,<br />

para alargar a capacidade de stock da casa: “Já<br />

aumentámos bem as instalações, temos mais um<br />

piso em cima que não existia, que são mais 500<br />

metros, e estamos a negociar outro pavilhão. Estamos<br />

bem organizados, com a estrutura dividida<br />

em cinco equipas e to<strong>das</strong> elas trabalham umas<br />

com as outras”, explica, lembrando que desde<br />

2019 contam também com a loja de Barcelos,<br />

“que está a trabalhar muito bem”. O portefólio<br />

da casa aumentou com a compra da Turbo Peças,<br />

em 2023, que Paulo Silva recorda como “uma<br />

oportunidade que surgiu e que nós soubemos<br />

aproveitar muito bem”. Sobre os projetos futuros<br />

Paulo Silva ainda não abre o jogo, revela apenas<br />

que “Queremos trabalhar mais com os fabricantes<br />

e ter poder de compra, porque chegamos a um<br />

ponto em que a venda está feita e o essencial é<br />

a compra!”. É por isto que o responsável entende<br />

que deve ser a própria empresa a criar a sua<br />

própria “alavanca de ven<strong>das</strong>” focando-se especialmente<br />

na primeira parte do negócio, pois, a<br />

seu ver, “o segredo do negócio é comprar bem!”.<br />

Convém, deste modo, “estar integrado num grupo<br />

grande, para ter acesso às marcas”. Abrir mais<br />

lojas é uma situação que pode estar em cima da<br />

mesa, basta, perante a oportunidade, diz-nos<br />

Paulo Silva, “perceber se vale ou não a pena”. O<br />

nosso entrevistado considera que o mercado do<br />

aftermarket está bastante saturado.<br />

Qualidade e garantia<br />

Atualmente, a PDauto é um fornecedor global,<br />

tem peças e equipamentos, o que lhe permite “fornecer<br />

uma oficina a 100%”, carroçaria incluída. A<br />

oferta não engloba, para já, peças remanufatura<strong>das</strong>,<br />

pois não passa pelos objetivos da empresa,<br />

ainda que, “se o caminho for por aí, nós iremos<br />

lá estar com certeza”, garante. O que o responsável<br />

tem procurado, explica-nos, “é trabalhar com<br />

marcas que nos deem a qualidade e a garantia<br />

necessária para nós podermos vendê-las no mercado”.<br />

A comercialização de ferramentas e equipamentos<br />

veio precisamente da necessidade que<br />

a PDauto registou no contacto com os clientes.<br />

Com uma “boa base de vendedores, decidimos<br />

começar a atuar mais na linha dos equipamentos.<br />

Estamos a trabalhar com a GYS diretamente<br />

e está a ser muito bom. E isso depois já é uma<br />

alavanca para outras. É uma necessidade e estamos<br />

a saber aproveita-la muito bem”, esclarece<br />

Paulo Silva. Na área dos lubrificantes, o destaque<br />

vai para a TotalEnergies, que Paulo Silva acredita<br />

que irá ser “uma marca que vai crescer muito<br />

no nosso grupo. Ainda recentemente fizemos<br />

uma formação só para os vendedores, portanto, é<br />

uma marca em que vamos apostar muito. Existe<br />

também o conceito <strong>das</strong> oficinas TQAS – TotalEnergies<br />

Quartz Auto Service, que já temos duas e<br />

queremos ter mais, porque é uma marca de prestígio”.<br />

Trabalham ainda com a Global Racing Oil,<br />

que o diretor-geral carateriza como “uma marca<br />

de respeito”, bem como com a Valvoline, que considera<br />

“uma marca histórica com a qual nunca<br />

deixamos de trabalhar”, explica.<br />

“Não é o grupo<br />

que faz a diferença”<br />

Paulo Silva considera “completamente natural”<br />

a realidade da concentração dos grupos, “que já<br />

existe em Espanha há muitos anos”. No entanto,<br />

entende que se “uma empresa andar no mercado<br />

com bastante organização e um objetivo, as coisas<br />

fazem-se. Há muita gente que não sabe trabalhar<br />

num grupo. É preciso saber entrar num<br />

grupo e perceber como é que se é retalhista. Se<br />

a empresa tiver focada naquilo que pretende...<br />

70 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


“QUEREMOS TRABALHAR MAIS COM OS FABRICANTES E TER PODER DE<br />

COMPRA, PORQUE CHEGAMOS A UM PONTO EM QUE A VENDA ESTÁ FEITA E O<br />

ESSENCIAL É A COMPRA”, REFERE PAULO SILVA


PAULO SILVA<br />

acho que vai lá, não é o grupo que<br />

faz a diferença”. Da mesma forma, o<br />

responsável também não vê o crescimento<br />

dos veículos elétricos como<br />

uma ameaça: “Existem muitas dúvi<strong>das</strong><br />

relativamente aos veículos<br />

elétricos, as próprias marcas não sabem<br />

para onde é que vão, os governos<br />

também não. Se pender para os<br />

elétricos, temos que procurar o nosso<br />

caminho”. Já sobre as peças «low<br />

cost», Paulo Silva entende que “há<br />

mercado para elas, mas as pessoas<br />

acabam por perceber, com o tempo,<br />

que uma peça mais económica<br />

dura menos tempo e dá mais chatices.<br />

Nós estamos a trabalhar com<br />

marcas de qualidade, mas também<br />

temos que ter segun<strong>das</strong> linhas, apesar<br />

de não gostarmos de as vender.<br />

Uma oficina boa e bem referenciada,<br />

não procura preço. Procura serviço<br />

e qualidade”, defende.<br />

Logística rápida<br />

A PDauto aposta em várias frentes<br />

para conseguir entregar o máximo<br />

de encomen<strong>das</strong> no menor tempo<br />

possível. Assim, contam com transportadoras,<br />

carros próprios e ainda<br />

uma frota de motas, em serviço<br />

externo, para serviços rápidos: “Há<br />

zonas que têm entregas programa<strong>das</strong>,<br />

com duas de manhã e duas de<br />

tarde e depois temos a transportadora.<br />

No centro da cidade, temos<br />

entregas constantes. As motas entram<br />

e saem, estão sempre a andar<br />

o dia todo”. Esta flexibilidade possibilita<br />

à PDauto – em conjunto com<br />

a área geográfica da Turbo Peças –<br />

chegar a “muitas zonas de Trás-Os-<br />

-Montes, onde temos um comercial<br />

a fazer um bom trabalho. Fazemos<br />

muito aqui a zona do Minho, Vila<br />

Verde, Famalicão, Barcelos. Também<br />

fazemos a Trofa, Vila do Conde<br />

e Póvoa do Varzim e vai entrar um<br />

novo vendedor para fazer a zona de<br />

Viana do Castelo”, revela. Os pedidos<br />

são feitos através de call center,<br />

onde estão aloca<strong>das</strong> 10 pessoas (de<br />

um total de 70 funcionários na empresa),<br />

bem como via WhatsApp<br />

ou na plataforma B2B. Paulo Silva<br />

nota que esta é “uma ferramenta<br />

que a nova geração procura e com<br />

a qual se identifica. A geração mais<br />

antiga gosta de ter, mas não utiliza<br />

muito”. A questão da devolução <strong>das</strong><br />

peças «assombra» muitos dos retalhistas<br />

nacionais, que são obrigados<br />

a designar colaboradores apenas<br />

para executar esta tarefa. Paulo Silva<br />

encara o problema com pragmatismo<br />

e não facilita nas regras para<br />

aceitar as devoluções, nomeadamente<br />

com o preenchimento de formulários,<br />

rigor na receção <strong>das</strong> peças<br />

e da integridade <strong>das</strong> caixas, pois,<br />

“se aceitarmos tudo o que o cliente<br />

quer, é uma balda. Nós não queremos<br />

atritos com os clientes, mas<br />

temos de cumprir as regras. Não<br />

havendo erros, há um melhor serviço”,<br />

esclarece. Depois do empurrão<br />

que a inflação trouxe às empresas,<br />

nos anos anteriores, o arranque de<br />

2024 continua no sentido positivo<br />

e Paulo Silva coloca o objetivo na<br />

fasquia dos “12%, 13%, para já, estamos<br />

lá”, conclui. l<br />

PDACADEMIA<br />

É UMA MAIS VALIA<br />

ara fazer face à lacuna da formação que<br />

P se sente na área <strong>das</strong> oficinas, a PDauto<br />

investiu na criação da PDAcademia, um projeto<br />

que tem como objetivo, a formação<br />

profissionalizante na área da mecânica<br />

funcionando como plataforma entre formandos,<br />

oficinas e marcas\fornecedores de especialidade.<br />

São cursos para jovens com idade inferior a 25<br />

anos, que pretendem concluir o 12º ano de<br />

escolaridade. Trata-se de um espaço com 180<br />

m2 dotado com sala de formação e oficina<br />

equipada com dois elevadores, máquinas de<br />

diagnósticos, máquinas de substituição de ATF,<br />

carregamento de A/C, carrinhos de ferramentas,<br />

banca<strong>das</strong> de trabalho e diversas ferramentas e<br />

equipamentos de apoio à atividade. A<br />

PDAcademia tem atualmente a decorrer cursos<br />

de Mecatrónica Automóvel em 2 turmas num<br />

total de 26 alunos. O próximo curso inicia já no<br />

próximo mês de outubro. Esta plataforma de<br />

cooperação permite aproximar alunos do<br />

mercado de trabalho e vice versa para além de<br />

complementar a oferta curricular com formações<br />

técnicas <strong>das</strong> marcas envolvi<strong>das</strong>. Por outro lado<br />

permite à PDAuto disponibilizar um espaço<br />

devidamente equipado para a formação de<br />

profissionais da área que assim e no mesmo<br />

espaço podem receber formações teóricas e<br />

práticas. “A PDAcademia faz lembrar o futebol, é<br />

como sermos a seleção e não termos o nosso<br />

balneário, a nossa casa. Tive a ideia de criarmos a<br />

Academia para formações onde podemos<br />

promover produtos, marcas, ações e fazer<br />

ven<strong>das</strong>. A Academia permitiu-nos isso, fazemos<br />

imensas formações, agora, por exemplo, está a<br />

decorrer uma com um veículo elétrico, com uma<br />

avaria real. Essas formações têm uma<br />

componente teórica on-line e uma componente<br />

prática que é presencial, e tem sido muito bom”,<br />

diz Paulo Silva, diretor geral da PDauto. Com a<br />

criação da PDAcademia, a PDAuto, dá um passo<br />

importante para o futuro, garantindo a formação<br />

especializada de jovens que serão os seus futuros<br />

clientes<br />

PARA FAZER FACE À LACUNA DA FORMAÇÃO QUE SE SENTE NA ÁREA DAS<br />

OFICINAS, A PDAUTO INVESTIU NA CRIAÇÃO DA PDACADEMIA, UM PROJETO<br />

QUE VISA FORMAR PROFISSIONAIS NA ÁREA DA MECÂNICA, DEDICADO A<br />

JOVENS COM IDADE INFERIOR A 25 ANOS<br />

72 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


NOTÍCIAS // PEÇAS E EQUIPAMENTOS À MEDIDA DE CADA NEGÓCIO<br />

Produto<br />

<strong>Jornal</strong><strong>das</strong><strong>Oficinas</strong>_220mmX145mm copy.pdf 1 18/03/24 10:48<br />

BOSCH MOBILITY AFTERMARKET<br />

LANÇA NOVA<br />

CAMPANHA<br />

A<br />

Bosch Mobiliy Aftermarket lançou uma nova<br />

campanha de comunicação para o programa<br />

Bosch eXchange, com o objetivo de reforçar a<br />

importância da remanufaturação na conservação dos<br />

recursos naturais e na promoção da economia circular.<br />

Os produtos eXchange são fabricados de acordo com os<br />

padrões <strong>das</strong> peças originais e sujeitos a rigorosos testes<br />

funcionais e de qualidade. Este facto assegura a elevada<br />

qualidade e fiabilidade a preços mais baixos. Deste<br />

modo, as oficinas podem promover ofertas atrativas<br />

aos seus clientes para reparações de veículos. Embora o<br />

programa Bosch eXchange seja parcialmente constituído<br />

por produtos remanufacturados em série, para que<br />

seja possível oferecer uma gama abrangente com boa<br />

cobertura de mercado e elevada capacidade de entrega,<br />

a oferta do programa eXchange é complementada por<br />

peças novas. Isto permite à Bosch disponibilizar às oficinas<br />

um programa que é atualizado constantemente e<br />

que cumpre tanto as suas as necessidades como as dos<br />

seus clientes.<br />

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74 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


KIT DE LIMPEZA DO MÓDULO ADBLUE<br />

JALTEst Tools | A Jaltest Tools acaba de lançar um novo kit de limpeza do módulo AdBlue/<br />

DEF (50105219), especialmente concebido para maquinaria agrícola, maquinaria de construção e<br />

equipamentos de movimentação de materiais. Em muitos casos, os problemas relacionados com o<br />

funcionamento do sistema antipoluição não se devem a um componente específico, mas a bloqueios<br />

nas condutas do sistema. Estes inconvenientes não são, evidentemente, exclusivos dos veículos comerciais.<br />

Este novo kit oferece uma série de vantagens essenciais para um funcionamento ótimo do<br />

sistema antipoluição, nomeadamente: Limpeza sem desmontagem, que permite limpar os resíduos<br />

cristalizados de AdBlue/DEF diretamente no módulo de dosagem, na linha de injeção e no próprio<br />

injetor, sem desmontar o sistema; Poupança de tempo e de custos ao assegurar uma manutenção<br />

eficiente e eficaz para evitar tempos de paragem na oficina; Conformidade com a regulamentação em<br />

matéria de emissões, essencial para reduzir o impacto ambiental; e Refratómetro com escala específica<br />

para verificar a percentagem de ureia na solução de AdBlue/DEF.<br />

LANÇA NOVA LINHA LEAN NOX TRAP<br />

Veneporte | A nova gama de produtos desenvolvida pela Veneporte apresenta uma tecnologia<br />

LNT que retém o óxido de azoto (NOx) no interior do sistema. Este sistema de purificação de gases de<br />

escape é um dos mais avançados no mercado, tendo como principal função a significativa redução <strong>das</strong><br />

emissões nocivas produzi<strong>das</strong> pelos motores a diesel. A tecnologia LNT funciona de forma a reter o óxido de<br />

azoto (NOx) no interior do sistema. Quando a capacidade do adsorvente se encontra saturada, o sistema<br />

é regenerado durante um período de operação do motor em modo rico (quente). Durante este processo,<br />

o gás reage para formar azoto (N), água (H2O) e pequenas quantidades de dióxido de carbono (CO2).<br />

“Sempre focada em oferecer novas soluções de controlo de emissões ao mercado, a Veneporte dedica-se<br />

ao desenvolvimento e fornecimento consistente de produtos de alta qualidade que cumprem os requisitos<br />

legais estabelecidos pelas normas UNECE”, afirmou a Veneporte em comunicado. “Este lançamento<br />

reforça o compromisso da Veneporte com a inovação e a sustentabilidade, proporcionando aos nossos<br />

clientes tecnologias de ponta para um futuro mais limpo”, concluiu<br />

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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 75


NOTÍCIAS<br />

PRODUTO<br />

AUMENTA GAMA DE MOTORES<br />

DE ARRANQUE E ALTERNADORES<br />

FÓRMULA XT MAIS SUSTENTÁVEL DO QUE NUNCA<br />

teXtar | A TMD Friction apostou numa nova embalagem sustentável para o produto de limpeza de travões Fórmula XT,<br />

da Textar. A nova embalagem tem uma tampa cinza feita de materiais 100% reciclados. Uma <strong>das</strong> vantagens deste produto, é<br />

que pode ser utilizado de ‘cabeça para baixo’, ou seja, graças ao bico pulverizador de 360 graus é possível virar a embalagem<br />

ao contrário. Isso significa que pode ser usado até mesmo em locais de difícil acesso. A Fórmula XT está disponível em lata<br />

de spray de 500mL. O produto de limpeza de travões é essencial para a limpeza e desengorduramento durante trabalhos de<br />

manutenção e reparação de travões. Embora o produto de limpeza de travões Textar Formula XT custe mais do que outros<br />

produtos no mercado, oferece uma relação custo-benefício excelente devido a uma proporção maior do produto no mesmo<br />

tamanho de lata, contendo mais de 95% de substância de limpeza ativa. Os restantes cinco por cento consistem em gás<br />

comprimido, que atua como propelente.<br />

Febi | Com base numa análise feita ao aftermarket, a febi decidiu aumentar<br />

a sua vasta de gama de motores de arranque e alternadores , que deverá crescer<br />

ainda mais durante os próximos anos. A febi possui atualmente mais de 150<br />

motores de arranque e 200 alternadores, uma gama que cobre mais de 15.000 e<br />

13.500 aplicações de veículos ligeiros e veículos comerciais leves (LCV), respetivamente.<br />

Além disso, a febi também oferece uma extensa seleção de correias,<br />

polias do alternador, polias auxiliares e tensores para complementar a sua gama<br />

de motores de arranque e alternadores, permitindo às oficinas realizar reparações<br />

completas com facilidade. Tal como acontece com to<strong>das</strong> as mais de 70 mil peças<br />

de reposição na sua gama, todos os motores de arranque e alternadores são fabricados<br />

de acordo com “os mais rigorosos padrões de qualidade correspondente<br />

à OE para facilidade na instalação, durabilidade e fiabilidade nos quais oficinas,<br />

distribuidores e, claro, os próprios condutores confiam – dia após dia, quilómetro<br />

após quilómetro”, assegura a febi em comunicado.<br />

CROMAX<br />

NOVA GAMA<br />

DE PRODUTOS PARA O VERÃO<br />

Com a aproximação do verão, chega o aumento da temperatura e humidade, algo que<br />

dificulta a reparação da pintura dos veículos. Com o objetivo de melhorar a aplicação<br />

do verniz em condições de humidade elevada e temperaturas superiores a 35 ºC, a<br />

Cromax propõe a utilização do verniz CC6500 High Performance VOC Clear com o ativador<br />

lento AR7506 High Performance Clearcoat Activator Slow e o aditivo lento AZ9501 High<br />

Performance VOC Agent Slow. “O verniz CC6500 High Performance VOC Clear destaca-se<br />

pela sua grande robustez e excelente aspeto. Trata-se de um verniz muito fácil de aplicar<br />

com duas demãos com uma excelente estabilidade vertical que seca em 15 minutos a uma<br />

temperatura de 60 ºC ou em 30 minutos a 40 ºC, o que for mais adequado para as oficinas,<br />

mesmo quando as condições de calor e humidade são mais eleva<strong>das</strong> graças ao facto de dispor<br />

um ativador e um aditivo lentos”, afirmou Fernando Soares, Mainstream Product Manager<br />

EMEA da Axalta. Fernando Soares acrescentou que este verniz também “contribui para reduzir<br />

o tempo de reparação e aumentar a produtividade graças às suas propriedades especiais”.<br />

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REPARAÇÃO DE PEÇAS<br />

ELETRÓNICAS DE AUTOMÓVEIS<br />

PREÇO ACESSÍVEL E SUSTENTÁVEL<br />

76 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

WWW.RACTRONICOS.PT<br />

4.8


PANOS DE LIMPEZA MEWA:<br />

A AJUDA PERFEITA E SUSTENTÁVEL<br />

Mewa | A Mewa disponibiliza têxteis industriais altamente absorventes com serviço completo:<br />

o pano de limpeza Mewatex e a manta de absorção Multitex. Os têxteis ultra-absorventes são entregues,<br />

na quantidade acordada, diretamente na empresa e, quando chega a altura, são lá recolhidos<br />

pela Mewa que os lava de forma ecológica. Cada pano de limpeza pode ser lavado até 50 vezes<br />

e depois reutilizado. O processo inclui um rigoroso controlo de qualidade em várias fases, já que o<br />

multipremiado conceito de reutilização é rigorosamente estudado do primeiro ao último passo. Os<br />

panos e as mantas depois de terem sido utilizados são simplesmente guardados num contentor de<br />

segurança com fecho hermético. Chama-se SaCon e é disponibilizado pela Mewa, pode ser um ou<br />

vários de acordo com as necessidades específicas de cada empresa. Serve também para transportar<br />

de forma segura e em conformidade com a lei os têxteis usados, considerados mercadorias perigosas<br />

devido aos contaminantes absorvidos. Os panos de primeira qualidade para uma limpeza eficiente de<br />

máquinas e ferramentas estão disponíveis em quatro variantes, consoante a área de aplicação, desde<br />

extra robustos a extra suaves.<br />

TORNA-SE MEMBRO DO GRUPO DRIVER<br />

electro Marques | A Electro Marques, que conta com duas oficinas no concelho de Ourém,<br />

adotou, desde o início deste ano a identificação corporativa do Grupo Driver. Fundada em 1994, como uma<br />

oficina especializada em eletrónica automóvel, e integrada na rede Bosch Car Service, passou, desde 2023,<br />

a fazer parte da emergente rede Driver em Portugal com as suas duas oficinas. A gerência da Electro Marques,<br />

agora dividida entre Rui Marques e a sua filha Inês, tomou no início de 2023 esta decisão histórica:<br />

aderir à rede Driver em Portugal. Esta escolha reforça a aposta da empresa nos serviços de pneus e de mecânica<br />

rápida, um compromisso que será alavancado com a excelente carteira de fornecedores do Grupo<br />

Driver, liderada pela Pirelli, e pelos seus serviços e ferramentas de excelência. O primeiro fruto desta união<br />

surge um ano depois com a adoção da identificação corporativa do Grupo Driver nas oficinas Electro Marques<br />

com cores que contribuem para realçar uma imagem cuidada e que servem como atração para novos<br />

clientes, sempre com a garantia de que os seus veículos receberão uma atenção de máxima qualidade.<br />

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NOTÍCIAS<br />

PRODUTO<br />

LIQUI MOLY ACONSELHA<br />

ADITIVOS NOS NOVOS<br />

TIPOS DE GASÓLEO<br />

Os novos gasóleos B10 e XTL ou HVO oferecem aos clientes<br />

mais opções nos postos de abastecimento. Se no lado interior<br />

da tampa do depósito de combustível se encontrar um<br />

símbolo com a identificação XTL ou B10, o combustível pode ser<br />

abastecido sem qualquer problema. Na prática, as novas variantes<br />

de gasóleo não têm um desempenho inferior ao do gasóleo disponível<br />

até agora. Os ensaios demonstraram isso. Devido à sua natureza<br />

sintética, o XTL e o HVO têm uma qualidade tecnicamente<br />

superior, uma vez que não contêm aromas nem outros subprodutos.<br />

Além disso, são produzidos menos 30% de partículas finas e óxidos<br />

de azoto. Para que o motor tenha a máxima longevidade possível,<br />

a Liqui Moly recomenda, ao abastecer os novos tipos de gasóleo,<br />

aditivos que limpem e cuidem do sistema como, por exemplo, o produto<br />

de limpeza do sistema do motor Diesel. Sobretudo porque os<br />

novos tipos de gasóleo não possuem as mesmas propriedades lubrificantes<br />

que o combustível convencional para autoignição. Os aditivos<br />

para gasóleo da Liqui Moly podem ser utilizados sem problemas<br />

em B10 e XTL.<br />

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C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K


SIMPLIFICA REPARAÇÕES DE VERÃO<br />

Spies Hecker | Com o objetivo de melhorar a aplicação do verniz em condições de elevada humidade e de<br />

temperaturas superiores a 35º C, a Spies Hecker apresenta o endurecedor lento Permasolid VHS Race 3472 e o aditivo<br />

lento Permasolid Race 9072 para serem utilizados com o verniz Permasolid HS Race 8700. Este verniz permite<br />

reduzir os tempos de reparação e o consumo de energia <strong>das</strong> oficinas graças ao seu processo de secagem flexível<br />

e rápido: 30 minutos a 40 ºC ou 15 minutos a 60 ºC. Além disso, também pode ser seco com infra vermelhos.<br />

Trata-se de um verniz muito versátil que permite uma aplicação fácil e segura com duas cama<strong>das</strong> com uma breve<br />

evaporação intermédia que é adequado para todo o tipo de reparações desde danos pequenos até uma pintura<br />

completa, oferecendo sempre um acabamento de alto brilho. Por outro lado, graças à sua tecnologia avançada,<br />

pode ser polido e montado novamente depois de ser seco na cabina e arrefecido durante um curto período de<br />

tempo. “A combinação do verniz Permasolid HS Race 8700 com o endurecedor lento Permasolid VHS Race 3472<br />

e o aditivo lento Permasolid Race 9072 oferece uma vantagem significativa para as oficinas nos meses de verão”,<br />

afirmou Fernando Soares, Mainstream Product Manager EMEA.<br />

BRILHA NOS GERMAN INNOVATION<br />

AWARDS 2024<br />

Osram | A Osram foi distinguida nas categorias “Excelência em Business to Business: Tecnologias<br />

Automóvel” e “Excelência em Business to Consumer: Iluminação” nos prémios German Innovation<br />

Awards 2024. Os prémios de inovação alemães são atribuídos todos os anos a produtos, projetos e<br />

realizações pioneiras que impulsionam o progresso sustentável e inovador nas respetivas indústrias.<br />

Reconhecem as empresas que enriquecem a vida de vários grupos-alvo através <strong>das</strong> suas inovações.<br />

A Osram Truckstar LED H7 foi nomeada vencedora na categoria “Excelência em Business to Business:<br />

Tecnologias Automóvel”. É a primeira lâmpada LED H7 da Osram aprovada para veículos de 24V, tanto<br />

para luz de farol de máximos como médios. Com um brilho de até 230% em comparação com o valor<br />

mínimo legal e uma temperatura de cor de até 6000 Kelvin, estabelece novos padrões para LEDs<br />

retrofit para aplicações em veículos pesados. O seu encandeamento para os outros condutores da<br />

estrada é até 50% abaixo dos valores máximos permitidos.<br />

Hutchinson.pdf 1 17/06/2024 14:39<br />

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CORREIAS<br />

SISTEMA<br />

CONFIE NO ESPECIALISTA DE EQUIPAMENTO ORIGINAL DEPARA<br />

SOLUÇÕES DE DISTRIBUIÇÃO AUTO E SISTEMAS ANTI-VIBRAÇÃO PARA O AFTERMARKET<br />

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Entrevista<br />

HUGO DE FIGUEIREDO<br />

DIRETOR-GERAL DAVASA AUTOMOCIÓN SUCURSAL EM PORTUGAL<br />

NESTA EMPRESA<br />

QUEREMOS SEMPRE MAIS


CRIADA EM 1971, A DAVASA AUTOMOCIÓN É UM DISTRIBUIDOR DE PEÇAS ESPANHOL<br />

QUE PERTENCE HOJE AO GRUPO SAG – SWISS AUTOMOTIVE GROUP. DESDE 2004 QUE ESTÁ<br />

PRESENTE EM PORTUGAL, COM A DAVASA AUTOMOCIÓN SUCURSAL, E TEM CONSEGUIDO<br />

REGISTAR UMA EVOLUÇÃO CONTÍNUA E SUSTENTADA. HUGO DE FIGUEIREDO ASSUMIU<br />

OS COMANDOS DA EMPRESA EM PORTUGAL A MEIO DE 2020 E, APESAR DE TER ENFRENTADO<br />

TEMPOS DIFÍCEIS, DIZ-NOS QUE OS ÚLTIMOS QUATRO ANOS FORAM POSITIVOS,<br />

GARANTINDO QUE MANTÉM A AMBIÇÃO DE FAZER MAIS E MELHOR<br />

A<br />

empresa de distribuição de peças tem<br />

três delegações em Portugal – Lisboa<br />

(Prior Velho), Porto (Maia) e Coimbra –<br />

e conta com uma estrutura de 30 colaboradores.<br />

Neste momento conseguem cobrir todo o território<br />

de Portugal Continental, tendo apenas<br />

clientes pontuais nas ilhas, onde já chegaram a<br />

ter um comercial. Desde 1 de julho de 2020, em<br />

plena pandemia, que Hugo de Figueiredo aceitou<br />

o desafio de «pôr mãos à obra» na Davasa<br />

Automoción Sucursal em Portugal enquanto<br />

diretor-geral e o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> foi tentar<br />

perceber qual o balanço que o responsável faz<br />

sobre estes anos: “Temos vindo sempre a crescer<br />

e a impulsionar cada vez mais o nome da Davasa<br />

em Portugal, mesmo com to<strong>das</strong> as dificuldades<br />

que condicionaram o mercado e que, de alguma<br />

forma, ainda hoje se refletem. Posso resumir estes<br />

quatro anos como positivos, porém com um<br />

sabor sempre amargo, pois nesta casa queremos<br />

sempre mais”, declara, revelando desde logo a<br />

ambição que o carateriza.<br />

Garantia ibérica<br />

A Davasa chegou a Portugal em 2003 e é uma<br />

extensão da Davasa Automoción, nascida em<br />

Espanha no início dos anos 70. No país vizinho<br />

tem 30 delegações e totaliza, na Península<br />

Ibérica, 35 mil metros quadrados de armazenamento<br />

e mais de 140 mil referências em stock.<br />

Em Portugal, a Davasa dinamiza o conceito oficinal<br />

CGA Car Service, tendo, à data, 14 oficinas.<br />

Hugo de Figueiredo nota que têm “sentido alguma<br />

resistência por parte de algumas oficinas<br />

em juntar-se a um conceito oficinal, seja o nosso<br />

ou qualquer outro que está presente no mercado”,<br />

mas continua a acreditar que “no futuro<br />

fará diferença pertencer a um conceito como o<br />

CGA Car Service. A nossa meta é agregar cada<br />

vez mais oficinas e vale o esforço financeiro do<br />

investimento inicial, embora a quota não seja,<br />

no nosso caso, muito alta”. Segundo o diretor-<br />

-geral, “o CGA Car Service é um conceito que<br />

permite o acesso a formação de qualidade. É<br />

uma grande mais valia e crucial para o futuro de<br />

qualquer oficina”, oferecendo ainda “uma garantia<br />

ibérica, que dá segurança e uma visibilidade<br />

em grande escala. É uma rede diferenciada e que<br />

está em crescimento”, analisa.<br />

Aposta na marca QWP<br />

O leque de produtos “é vasto” e as linhas de<br />

produto são constantemente reforça<strong>das</strong>, “para<br />

satisfazer as necessidades dos nossos clientes,<br />

estamos sempre a procurar novas soluções para<br />

chegar a esse objetivo”. A Davasa trabalha com<br />

“to<strong>das</strong> as marcas premium e as marcas tradicionais<br />

do aftermarket” e as novidades do portefólio<br />

chegam, sobretudo, na marca própria QWP,<br />

que pertence ao grupo SAG, que é o detentor<br />

maioritário da Davasa Automoción e que lhes<br />

interessa potenciar. Bastante “consolidada em<br />

diversos mercados como a Hungria, Itália, Suíça<br />

e Áustria”, a QWP apresenta-se como uma<br />

marca “de qualidade, a um preço acessível” e<br />

dispõe, neste momento, de produtos na “travagem<br />

(pastilhas e discos), motores de arranque,<br />

alternadores, amortecedores, baterias e conversores”,<br />

revela. As peças remanufatura<strong>das</strong> sempre<br />

fizeram parte da oferta da Davasa Automoción,<br />

em referências como “bombas injetoras no Diesel<br />

e, na parte elétrica, motores de arranque e injetores”.<br />

Hugo de Figueiredo considera que esta<br />

área de negócio tem vindo a crescer e “é uma<br />

tendência de futuro”, motivo que tem levado<br />

muitas empresas a apostar na remanufaturação<br />

desses produtos, “como por exemplo a Bosch,<br />

com o programa Bosch eXchange que garante<br />

reparações profissionais e económicas com soluções<br />

de alta qualidade e a mesma garantia de desempenho<br />

de peças novas. Devido às reparações<br />

de veículos com os produtos Bosch eXchange e<br />

ao retorno de peças velhas que lhe está associado,<br />

a Davasa Automoción, em conjunto com as<br />

oficinas parceiras, têm vindo a dar um importante<br />

contributo para a economia circular. Em<br />

paralelo com a comercialização de peças, a empresa<br />

disponibiliza também ferramentas e equipamentos,<br />

como sejam elevadores, alinhadores<br />

de direção, máquinas de diagnóstico, máquinas<br />

de ar condicionado, entre muitos outros equipamentos<br />

que têm em catálogo.<br />

Encomen<strong>das</strong> online e ao balcão<br />

A plataforma B2B da Davasa “tem evoluído<br />

de forma positiva”, com a empresa dedicada a<br />

aplicar melhorias, para trazer “mais facilidade<br />

aos clientes”. O responsável revela que a página<br />

online regista “um grande número de entra<strong>das</strong>,<br />

numa percentagem bastante elevada na zona de<br />

Lisboa e Centro, que usa muito mais a plataforma<br />

do que a zona Norte. No Porto ainda existe<br />

aquele mais tradicional contacto telefónico com<br />

o balcão. Felizmente, a nossa equipa lá é bastante<br />

boa e não me importa nada que assim seja,<br />

porque se nota que funciona bem assim. Na zona<br />

centro, cerca de 70% <strong>das</strong> encomen<strong>das</strong> já chegam<br />

via plataforma B2B”. As ven<strong>das</strong> ao balcão,<br />

muito por conta da localização, acontecem mais<br />

em Lisboa, ao passo que “no Porto são menos,<br />

porque a loja está numa zona industrial, menos<br />

A DAVASA AUTOMOCIÓN SUCURSAL EM PORTUGAL TEM TRÊS<br />

DELEGAÇÕES EM PORTUGAL – LISBOA (PRIOR VELHO), PORTO (MAIA)<br />

E COIMBRA – E CONTA COM UMA ESTRUTURA DE 30 COLABORADORES.<br />

CONSEGUE COBRIR todo O TERRITÓRIO DE PORTUGAL CONTINENTAL,<br />

TENDO APENAS CLIENTES PONTUAIS NAS ILHAS<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 81


HUGO<br />

DE FIGUEIREDO<br />

A DAVasa TRABALHA COM as PRINCIPAIS MARCAS PREMIUM DO<br />

AFTERMARKET. as NOVIDADES DO PORTEFÓLIO CHEGAM, SOBRETUDO,<br />

NA MARCA PRÓPRIA QWP, QUE PERTENCE AO GRUPO SAG - SWISS<br />

autOMOTIVE GROUP, QUE É O DETENTOR MAIORITÁRIO DA DAVasa<br />

autOMOCIÓN E QUE LHES INTERESSA POTENCIAR<br />

acessível”. O contacto com os clientes<br />

é algo que a Davasa Automoción<br />

Sucursal em Portugal tem em<br />

atenção. Já chegou a levar clientes<br />

à Motortec e tem sempre em vista a<br />

realização de formações, quer seja<br />

através do grupo CGA, como com<br />

algumas marcas, como a Motul ou<br />

a Hella, ações que são, por hábito<br />

realiza<strong>das</strong> em salas de hotel.<br />

queremos aumentar o volume de<br />

ven<strong>das</strong> e de clientes”, sublinha.<br />

Aos clientes, relembra que a Davasa<br />

quer, “cada vez, mais ser a solução<br />

que as oficinas e os retalhistas<br />

necessitam, juntamente com os<br />

nossos fornecedores e com to<strong>das</strong><br />

as marcas com quem trabalhamos.<br />

A nossa missão é simples, ser um<br />

apoio constante ao crescimento<br />

dos nossos clientes e estarmos em<br />

constante adaptação e atualização<br />

do mercado. Para este ano, além do<br />

foco na marca QWP, “queremos es-<br />

tar presentes na expoMECÂNICA.<br />

Já não estamos lá há muito tempo<br />

e é importante estar, pois muitos<br />

dos nossos clientes visitam a feira<br />

e é uma oportunidade para darmos<br />

um foco maior à nossa marca própria”,<br />

finaliza. l<br />

“O maior desafio é sempre<br />

ter o que o mercado pede”<br />

Questionado sobre o que considera<br />

serem os maiores desafios, que a<br />

empresa pode vir a enfrentar, Hugo<br />

de Figueiredo sente que “o mercado<br />

está cada vez mais competitivo<br />

e mais exigente. O mercado não<br />

estica e aqui em Portugal já é tão<br />

pequeno que temos de estar atentos<br />

às tendências e acompanhá-las.<br />

Estamos conscientes de onde é que<br />

temos de melhorar, por exemplo,<br />

enfrentámos algumas falhas de stock,<br />

que temos vindo a solucionar. O<br />

maior desafio é, e sempre será, ter<br />

o que o mercado pede”. Em relação<br />

às expetativas, a meta para este ano<br />

é “um crescimento de mais de dez<br />

por cento face a 2023. É ambicioso,<br />

mas estamos no caminho positivo;<br />

no entanto, não estamos totalmente<br />

satisfeitos e vamos avançar com novas<br />

estratégias para superar aquilo<br />

que foi traçado para este ano, pois<br />

as INOVAÇÕES TERÃO DE SER FEITAS<br />

PELOS DISTRIBUIDORES<br />

diretor-geral da Davasa é da opinião<br />

O que a concentração do negócio da<br />

distribuição de peças auto continua a ser a<br />

tendência para o futuro. No seu entender,<br />

“veremos cada vez mais distribuidores e<br />

retalhistas a serem adquiridos por grandes<br />

grupos internacionais”, situação que deixa a<br />

Davasa numa posição mais confortável, pois<br />

pertencendo já ao grupo de compras<br />

internacionais, SAG - Swiss Automotive Group,<br />

“o que poderá acontecer é termos mais<br />

presença da Davasa no grupo SAG e também<br />

em Portugal”. Os pequenos distribuidores,<br />

assim, deverão continuar a fundir-se, e,<br />

acredita, “em vez de três ou quatro mega<br />

distribuidores, poderemos ter grandes grupos<br />

a controlar o mercado. A tendência é essa, é o<br />

que se tem assistido”, analisa, concluindo que<br />

o mercado, “principalmente em Portugal, da<br />

experiência que tenho, está cada vez mais<br />

concorrencial e há maior força entre esses<br />

grupos para poderem dinamizar as suas linhas<br />

de produtos junto dos clientes e com preços<br />

ainda mais competitivos. E falamos até de<br />

marcas próprias. O desafio para vender será<br />

ainda maior e as inovações terão de ser feitas<br />

pelos distribuidores”, afirma.<br />

As peças para veículos elétricos é uma<br />

área que tem vindo a crescer, mas Hugo<br />

de Figueiredo duvida que “a tal quota de<br />

ocupação do mercado de que se fala seja<br />

já num futuro próximo. Penso que será um<br />

processo evolutivo, mas da mesma forma que<br />

as outras peças se tornaram de alta rotação,<br />

com a evolução dos automóveis, novas<br />

peças de alta rotação vão surgir na parte dos<br />

elétricos. É uma sucessão natural que algumas<br />

peças vão perdendo o seu consumo, mas<br />

temos ainda um longo período de tempo até<br />

isso acontecer, principalmente se olharmos<br />

para o parque que temos atualmente”. O<br />

nosso entrevistado nota que o poder de<br />

compra dos clientes tem vindo a diminuir<br />

e afirma que isso influencia as decisões dos<br />

clientes na escolha de marcas mais baratas.<br />

“A oficina vai-se adaptando e tem de ter uma<br />

oferta adequada à sua clientela. No entanto,<br />

temos que ter, obviamente, oferta tanto para<br />

low-cost como para premium, porque há<br />

sempre um cliente que gosta de material com<br />

mais qualidade e está disposto a pagar, pelo<br />

que temos que estar posicionados e ter as<br />

duas gamas”, explica. Na Davasa, privilegiam<br />

“as marcas premium, mas também dispomos<br />

da nossa marca própria QWP com uma gama<br />

diversificada de produtos. É uma marca já<br />

muito experimentada, em muitos mercados,<br />

com uma qualidade muito boa. É exclusiva<br />

do grupo e tem um catálogo bastante vasto,<br />

onde se destacam os produtos de travagem<br />

(pastilhas e discos), motores de arranque,<br />

alternadores, amortecedores e conversores”,<br />

revela Hugo de Figueiredo.<br />

82 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


Entrevista<br />

RICARDO ALMEIDA, DIRETOR COMERCIAL DA VICAUTO<br />

VAMOS DUPLICAR<br />

A NOSSA CAPACIDADE<br />

DE ARMAZENAGEM!<br />

INTEGRADA DESDE 2017 NO GRUPO DE RETALHO ESPANHOL ADR, A VICAUTO É UM DISTRIBUIDOR<br />

DE PEÇAS DE PESADOS, EM VISEU, QUE TEM VINDO A CRESCER A DOIS DÍGITOS NOS ÚLTIMOS ANOS.<br />

PARA AUMENTAR O STOCK, QUE ASCENDE ATUALMENTE A 20.000 PEÇAS, ESTÁ JÁ PREVISTA A<br />

COLOCAÇÃO DE UM SEGUNDO PISO NAS INSTALAÇÕES E RICARDO ALMEIDA, DIRETOR COMERCIAL DA<br />

EMPRESA, GARANTE QUE VÃO CONTINUAR A TRABALHAR PARA MANTER O SUCESSO GRANJEADO<br />

AO LONGO DE MAIS DE TRÊS DÉCADAS<br />

Há já vários anos que o crescimento da Vicauto<br />

não passa despercebido no aftermarket<br />

de veículos pesados, com a<br />

evolução positiva a ser notória especialmente<br />

desde que a empresa entrou no grupo de retalho<br />

espanhol ADR, em 2017. Ricardo Almeida, diretor<br />

comercial da empresa, explica-nos que os<br />

bons resultados advêm, sobretudo, “da mudança<br />

de instalações e do facto de termos entrado<br />

no grupo. Tivemos acesso a melhores condições,<br />

porque já trabalhávamos com a grande maioria<br />

<strong>das</strong> marcas que estão no grupo”. Localizada na<br />

Zona Empresarial do Campo, em Viseu, a Vicauto<br />

está nestas instalações há cerca de oito anos e<br />

não tem, para já, objetivos de abrir outras lojas.<br />

Possui mil metros quadrados de área coberta,<br />

onde repousam, em média 20.000 referências<br />

em stock, para cobrir todo o distrito Viseu,<br />

Guarda, Castelo Branco, Bragança, assim como<br />

Aveiro e Vila Real. “É na direção do interior, não<br />

tanto para o litoral”, diz-nos Ricardo Almeida,<br />

que conta que também trabalham com “exportação,<br />

principalmente para os países africanos”.<br />

No armazém, é possível encontrar as mesmas<br />

peças “em várias marcas. Temos uma primeira<br />

marca, uma segunda linha e depois uma linha<br />

económica ou marca própria”, no intuito de assegurar<br />

escolha ao cliente. Esta estratégia está a<br />

fazer com que o espaço de armazenamento precise<br />

de ser aumentado e a Vicauto já tem planos<br />

para duplicar a capacidade, com a construção de<br />

um segundo piso, a breve trecho. O portefólio é<br />

constituído por “to<strong>das</strong> as marcas premium do<br />

mercado, os principais fabricantes de primeiro<br />

equipamento. Essa é a linha que tomámos há<br />

alguns anos e que continuamos a seguir. A entrada<br />

no grupo permitiu-nos também aceder à<br />

marca própria ADR e estamos, cada vez mais,<br />

a introduzir também essas linhas em famílias<br />

como a travagem, a suspensão e a direção, como<br />

alternativa às marcas premium”, revela o diretor<br />

comercial, que ressalva que “o nosso tipo de<br />

cliente e o nosso foco são as marcas de primeiro<br />

equipamento. Nos pesados é uma coisa que se<br />

nota muito, o nosso tipo de cliente assim o exige.<br />

Como é óbvio, nem todos os clientes estão dispostos<br />

a pagar o preço e aí temos a marca própria<br />

em alguns produtos, que é uma boa alternativa,<br />

mas a nossa preferência continua a ser sempre<br />

premium”. A empresa não comercializa ferramentas,<br />

nem equipamentos, mas disponibiliza<br />

“por obrigação e imposição do fabricante” peças<br />

reconstruí<strong>das</strong>, nomeadamente “a gama dos<br />

calipers, <strong>das</strong> pinças de travão, alguns turbos, as<br />

embraiagens em Sachs e Valeo”. O responsável<br />

considera que “o que torna tudo difícil é a gestão<br />

de cascos. É difícil de fazer, além do peso que os<br />

cascos têm também, no final do ano, no inventário.<br />

É um imobilizado que está parado”, refere.<br />

Logística de entrega<br />

Para entregar as peças aos clientes do concelho,<br />

a Vicauto conta com viaturas próprias, às quais<br />

se juntam as transportadoras, que fazem o restante<br />

serviço de forma bidiária, de manhã para a<br />

tarde e de tarde para a manhã seguinte. Ricardo<br />

Almeida é da opinião que os clientes da empresa<br />

ainda “não estão preparados” para utilizar uma<br />

plataforma B2B, razão pela qual a Vicauto ainda<br />

não apostou nesta solução para receber os pedidos<br />

de peças. Estes são, então, realizados diretamente<br />

através do call center, onde trabalham<br />

três pessoas, juntamente com outras três que<br />

estão ao balcão. O diretor comercial explica que,<br />

geralmente, as oficinas de pesados “têm duas<br />

ou três pessoas e se o mecânico está a identificar<br />

o problema do camião, não tem disponibilidade<br />

para procurar a referência da peça numa<br />

plataforma B2B. E confiam em nós, porque se<br />

for uma peça mais complexa, é mais difícil para<br />

eles. Mesmo nós, às vezes, que temos to<strong>das</strong> as<br />

ferramentas para o fazer através dos programas,<br />

temos dificuldade e precisamos de ver as caraterísticas<br />

do veículo”. Esta forma de trabalhar<br />

permite encomendar as peças necessárias de<br />

forma correta e reduz significativamente as devoluções,<br />

por comparação, por exemplo, com o<br />

que acontece nas peças de ligeiros. “Temos algumas<br />

devoluções, mas está controlado e também<br />

tentamos minimizar o erro. Mas nos ligeiros,<br />

às vezes, ouvimos falar de situações de clientes<br />

que pedem as peças mesmo sem lá estar o carro<br />

e depois dizem que afinal não foi preciso e a<br />

encomenda volta para trás”. Trabalham na Vicauto<br />

12 funcionários, entre balcão, call center,<br />

pessoal de armazém e administrativos. Neste<br />

momento, segundo Ricardo Almeida, são suficientes<br />

para suprir as necessidades da empresa<br />

em termos de serviço.<br />

84 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


RICARDO ALMEIDA<br />

CAMPANhAS frequentes<br />

Todos os meses, a Vicauto destaca<br />

uma marca nas redes sociais e<br />

na imprensa, numa estratégia de<br />

marketing que o diretor comercial<br />

confirma que tem dado bons resultados:<br />

“Inicialmente, o principal<br />

objetivo era dar a conhecer as marcas<br />

com que trabalhávamos, para<br />

que, através dos meios de comunicação<br />

da especialidade e <strong>das</strong> redes<br />

sociais, conseguissem associar uma<br />

determinada marca à Vicauto. E<br />

temos associado as campanhas a<br />

algumas marcas, o que já fez com<br />

que tenhamos recebido algum feedback<br />

de clientes que não conhecemos,<br />

mas viram ou leram, após<br />

uma pesquisa de uma marca, uma<br />

notícia da Vicauto”, esclarece. A par<br />

destas campanhas, a Vicauto aposta<br />

também na realização de ações<br />

de formação, tendo a última sido<br />

com a marca Liqui Moly, “com um<br />

bom feedback. As pessoas gostam<br />

e participam”. Para o futuro, Ricardo<br />

Almeida adianta que já existem<br />

coisas pensa<strong>das</strong> e em agenda, que<br />

ainda não pretende revelar.<br />

Continuar a crescer<br />

Depois de vários anos na senda positiva,<br />

a Vicauto não quer outra coisa<br />

senão continuar a fazer bem feito<br />

o trabalho que está a desenvolver<br />

junto dos clientes, que se tem revelado<br />

uma receita de sucesso. Nestes<br />

primeiros quatro meses começaram<br />

“a crescer mais do que o que<br />

tínhamos fechado o ano anterior”<br />

e 2024 tem mesmo tido um início<br />

de ano “bastante positivo”, analisa,<br />

sem esconder que a meta é mesmo<br />

“crescer a dois dígitos, em linha<br />

com os anos anteriores”, sublinha.<br />

O grande projeto é agora a ampliação<br />

<strong>das</strong> instalações, “estamos quase<br />

a ficar sem espaço e o nosso maior<br />

objetivo é fazer um segundo piso,<br />

para aumentar o stock”, reitera. Aos<br />

clientes e fornecedores, Ricardo Almeida<br />

assegura que irão “continuar<br />

com a mesma dedicação e a mesma<br />

vontade de servir os clientes”. O responsável<br />

destaca o “Serviço 24 horas,<br />

que muitos clientes usam, pois<br />

num sábado à tarde, num domingo,<br />

ou num feriado temos sempre alguém<br />

disponível. Nós abrimos aos<br />

sábados de manhã, como a grande<br />

maioria <strong>das</strong> empresas, mas durante<br />

a tarde, temos o telemóvel disponível<br />

e oferecemos esse serviço, o<br />

cliente telefona e vem aqui buscar.<br />

Já aconteceu termos um cliente a<br />

um domingo que estava para sair<br />

e deu conta que o pneumático da<br />

cabine estava furado. E ele não queria<br />

fazer a viagem, porque poderia<br />

rebentar. Veio aqui, nós tínhamos o<br />

pneumático, ele mudou no próprio<br />

domingo e, ao final do dia, pôde<br />

arrancar sem problema nenhum. E<br />

é essa a mensagem que queremos<br />

passar, que temos um compromisso<br />

com o cliente. Queremos manter<br />

essa proximidade do cliente, com<br />

as marcas que ele já conhece, o que<br />

também é importante. Habitualmente<br />

dizemos que somos o fornecedor<br />

global de marcas de primeiro<br />

equipamento”, finaliza. l<br />

O MERCADO DOS PESADOS CONTINUA<br />

A SER MUITO COMPETITIVO<br />

icardo Almeida olha para o negócio do<br />

R aftermarket de pesados em Portugal<br />

como um mercado “maduro”, em que todos os<br />

players “já têm bastantes anos”, mas que<br />

continua a crescer, “por aquilo que temos visto<br />

na Revista TOP 100”. A seu ver, “o mercado dos<br />

pesados continua a ser muito competitivo, com<br />

tendência, por aquilo que eu vou falando com<br />

os distribuidores, para crescer. Estamos todos na<br />

mesma linha”, afirma. O diretor comercial da<br />

Vicauto não nota “que o fenómeno da<br />

concentração e da consolidação do negócio da<br />

distribuição esteja a acontecer nos pesados. Não<br />

há empresas a comprar outras, mas há a<br />

iberização, e o grupo AD está muito ativo. Pelo<br />

menos em Espanha sei que tem estado a<br />

adquirir algumas empresas também nos<br />

pesados, para conseguir ganhar quota de<br />

mercado e presença”. No rescaldo da pandemia<br />

e do primeiro sobressalto com o início da guerra<br />

na Ucrânia, houve aumentos nos custos <strong>das</strong><br />

peças que estão, gradualmente, a estabilizar.<br />

“Acho que depois do aumento geral em to<strong>das</strong><br />

as famílias de peças, os preços estabilizaram e<br />

não houve os aumentos que tínhamos tido. Este<br />

ano, porém, já houve alguns aumentos, devido<br />

à situação do Mar Vermelho, com a guerra a<br />

obrigar os barcos a dar uma volta maior e a<br />

demorar cerca mais uma ou duas semanas. As<br />

falhas de material, na fase da pandemia, foram<br />

muitas, contudo, “agora não temos notado<br />

tanto, se calhar também porque fomos<br />

reforçando o stock, mas nessa altura tivemos<br />

rutura de material, sim. Fomos apanhados de<br />

surpresa, embora nunca tenhamos estado sem<br />

conseguir fornecer ao cliente, porque,<br />

felizmente, temos várias alternativas a que<br />

conseguimos recorrer para o satisfazer”, diz. O<br />

nosso interlocutor considera que a idade média<br />

do parque de veículos pesados, que ronda os<br />

14/15 anos, pode ser benéfica, a curto prazo,<br />

mas, “daqui a um tempo, a renovação do parque<br />

tem que ser feita. Se, a curto prazo, há mais<br />

reparações de motor, já a médio e longo<br />

prazo...”, comenta, introspetivamente. Ricardo<br />

Almeida explica que o valor <strong>das</strong> peças terá<br />

alterações, “pois, se hoje um filtro para um<br />

camião com 10 anos custa 10 euros, se formos<br />

para um camião novo o mesmo tipo de filtro<br />

tem que valer 15 euros ou mais. Também é<br />

importante que haja a renovação porque as<br />

peças serão mais caras ou com um valor<br />

acrescentado”. Relativamente às oficinas, o<br />

diretor comercial da Vicauto observa que estão<br />

bem equipa<strong>das</strong> a nível de equipamentos, “e têm<br />

muito trabalho”, só lhes falta, à semelhança do<br />

que acontece nos ligeiros, “recursos humanos,<br />

falta de mão de obra especializada. Mas todos<br />

estão a perceber que têm de estar atualizados e<br />

que precisam de máquinas de diagnóstico”.<br />

Também por comparação com os ligeiros, em<br />

que a cadeia dos canais de distribuição continua<br />

a existir com todos os intervenientes, no caso<br />

dos pesados, a Vicauto trabalha diretamente<br />

com o fabricante “e depois vendemos<br />

diretamente ao consumidor final, seja a oficina,<br />

o frotista, ou até aquele cliente que só tem um<br />

ou dois camiões. Vendemos muito pouco para a<br />

revenda, até porque acabamos quase todos por<br />

ser importadores, neste momento. Quando<br />

começámos, há muitos anos, era muito difícil<br />

conseguir ter algumas marcas diretamente,<br />

mas neste momento é muito fácil”, conclui.<br />

A ENTRADA NO GRUPO ADR PERMITIU ACEDER À MARCA PRÓPRIA ADR,<br />

QUE DISPÕE DE DIVERSAS LINHAS DE PRODUTO COMO A TRAVAGEM,<br />

A SUSPENSÃO E A DIREÇÃO, COMO ALTERNATIVA ÀS MARCAS PREMIUM<br />

86 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


TRABALHAMOS PARA PESSOAS,<br />

NÃO PARA NÚMEROS!<br />

A OFICINA COIMBRA CAR STATION TEM VINDO A CONSEGUIR UM CRESCIMENTO<br />

CADA VEZ MAIS CONSOLIDADO, COM UMA EQUIPA PREPARADA PARA QUALQUER DESAFIO<br />

E COM CLIENTES QUE PROCURAM PELOS SEUS SERVIÇOS, VINDOS ATÉ DA REGIÃO DO ALGARVE.<br />

PARA FICARMOS A CONHECER EM DETALHE O PERCURSO DA EMPRESA ATÉ AQUI,<br />

ESTIVEMOS À CONVERSA COM O FUNDADOR, ROMEO FERNANDES


Oficina<br />

do Mês<br />

COIMBRA CAR STATION<br />

Em 2020, um período marcado por<br />

incertezas e desafios devido à pandemia<br />

de Covid-19, Romeo Fernandes<br />

decidiu encarar a altura<br />

como uma oportunidade de negócio<br />

e abriu a sua primeira oficina,<br />

a Coimbra Car Station, em Coimbra. Enquanto<br />

muitos achavam que poderia ser uma decisão arriscada,<br />

para o responsável, era o momento certo<br />

para aplicar em prática todo o conhecimento e experiência<br />

que tinha adquirido ao longo dos anos.<br />

“Trabalho em oficinas desde que nasci, primeiro<br />

com os meus pais, depois entrei para a Norauto,<br />

passei por uma outra oficina a seguir, e onde depois<br />

consegui alavancar todo o meu conhecimento<br />

e experiência foi na Mi<strong>das</strong>”, recorda Romeo<br />

Fernandes. Nos anos que se seguiram, a empresa<br />

não só demonstrou o seu potencial e profissionalismo<br />

junto dos clientes, como ainda prosperou.<br />

Atualmente, possui todos os recursos necessários<br />

para movimentar o negócio, com uma equipa de<br />

sete colaboradores preparados para a chegada<br />

de qualquer veículo que seja “mais desafiante”, e<br />

um leque variado de serviços e equipamentos. “O<br />

que mais gosto nesta atividade é a envolvência e o<br />

desafio que cada carro proporciona. Nós vivemos<br />

com os problemas dos clientes, e nada me deixa<br />

mais satisfeito do que saber que conseguimos arranjar<br />

sempre uma solução”<br />

Comunidade de <strong>Oficinas</strong><br />

Coimbra, conhecida por ser uma cidade histórica<br />

e culturalmente rica, apresenta uma menor<br />

escala de habitantes em comparação com outras<br />

cidades, o que permite uma maior proximidade<br />

com a comunidade local. É a pensar nisso que<br />

Romeo Fernandes, sugeriu a importância de ser<br />

criado uma comunidade de oficinas. “Tenho<br />

gosto em apoiar outras oficinas, mas nem sempre<br />

recebo o mesmo em troca. Quando alguém<br />

de outra oficina se dirige a mim para pedir ajuda<br />

em algo, como em casos de avarias mais difíceis,<br />

por exemplo, faço questão de ajudar sem hesitar.<br />

Nunca digo não às pessoas. Mas quando é o reverso<br />

da medalha nem sempre é assim”, explica.<br />

“Por isso, considero que seria importante abrir<br />

uma comunidade de oficinas, porque os clientes<br />

de uns são os clientes de outros”, acrescenta.<br />

Nos dias que correm, com os encargos familiares<br />

cada vez maiores, os clientes “acabam por nos<br />

trocar por um cêntimo”, sendo que muitas <strong>das</strong><br />

vezes “não está relacionado com o mau trabalho<br />

de uma oficina”, refere convicto. “Se houvesse<br />

uma maior entreajuda nas oficinas, tudo seria<br />

melhor. Porque temos sempre a ganhar quando<br />

servimos bem o cliente”, enfatiza. “Tenho um<br />

cliente que faz questão de vir do Algarve especificamente<br />

para fazer revisões connosco. Ele<br />

passou por aqui um dia durante uma viagem,<br />

conseguimos resolver o problema que ele tinha<br />

no carro e, desde então, opta sempre por vir cá”.<br />

Crescimento ascendente<br />

A cada mês, a oficina tem sentido um gradual<br />

e consistente crescimento em termos de faturação<br />

e rendimento. Parte dessa conquista advém<br />

do compromisso com o cliente, ao entregar um<br />

serviço de qualidade e com um atendimento<br />

que prima pela simpatia e transparência. Para<br />

melhor atender às necessidades dos clientes, a<br />

COIMBRA CAR STATION<br />

Gerente<br />

Romeo Fernandes<br />

Morada<br />

Av. da Guarda Inglesa, 3040-193 Coimbra<br />

Telefone<br />

239.445.231<br />

Email<br />

geral@coimbracarstation.pt<br />

Site<br />

www.coimbracarstation.pt<br />

oficina encontra-se equipada com uma ampla<br />

variedade de equipamentos e serviços. Qualquer<br />

cliente que se desloque à Coimbra Car Station,<br />

poderá usufruir de trabalhos ao nível da manutenção<br />

e reparação. Dispõe de três elevadores na<br />

parte mecânica e dois elevadores na parte dos<br />

pneus. “O nosso grosso é a manutenção e algumas<br />

reparações de motor, que só fazemos quando<br />

os clientes nos pedem muito, porque este<br />

serviço necessita de outro tipo de espaço. Hoje<br />

em dia, não sei se a reparação de motores permite<br />

dar uma grande rentabilidade à oficina”,<br />

comenta. “Nós trabalhamos para pessoas, não<br />

para números. E, nesse sentido, temos algumas<br />

perspetivas para revitalizar ainda mais o negócio,<br />

de dentro para fora. No entanto, ainda não<br />

podemos revelar”, esclarece.<br />

Parcerias fortes<br />

Indispensável tem sido a parceria com a Mondegopeças<br />

que, desde 2021, tem demonstrado ser<br />

um fornecedor muito importante para a Coimbra<br />

Car Station. “É fácil trabalhar com a Mondegopeças,<br />

porque tentam sempre arranjar uma<br />

solução para que as coisas aconteçam”, conta.<br />

Mais recentemente, entre meados de outubro e<br />

novembro de 2023, a Coimbra Car Station passou<br />

a integrar o conceito de rede Nexus Auto, em<br />

que uma <strong>das</strong> principais vantagens destaca<strong>das</strong> foi<br />

o seu know-how. “Eles têm plataformas que nos<br />

permitem orientar dentro da parte da manutenção<br />

dos automóveis. Por exemplo, a trabalhar<br />

com determinados tipos de óleos e ajuda na resolução<br />

de avarias mais difíceis de diagnosticar.<br />

É algo que praticamente todos os grupos têm,<br />

mas era exatamente isto que eu procurava”, afirma.<br />

“Já estive noutros grupos em que tinham<br />

algo semelhante, mas não ofereciam outro tipo<br />

de serviços que achei que eram necessários, por<br />

isso é que também saí. Como conhecia a Mondegopeças<br />

há mais tempo, conseguimos conciliar<br />

as duas coisas, entre ter um grupo e um fornecedor<br />

que nos oferecesse soluções para as nossas<br />

necessidades”, finaliza. l<br />

A Cada MÊS, A COIMBRA CAR STATION TEM SENTIDO UM GRADUAL<br />

E CONSISTENTE CRESCIMENTO EM TERMOS DE FATURAÇÃO.<br />

PartE DESSA CONQUISTA ADVÉM DO COMPROMISSO COM O CLIENTE,<br />

ao ENTREGAR UM SERVIÇO DE QUALIDADE E COM UM atENDIMENTO<br />

QUE PRIMA PELA SIMPatia E TRANSPARÊNCIA<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 89


NOTÍCIAS // PEÇAS E EQUIPAMENTOS À MEDIDA DE CADA NEGÓCIO<br />

produto<br />

PASTILHAS DE TRAVÃO DELPHI<br />

DESTACAM-SE<br />

EM VÁRIOS TESTES<br />

As pastilhas de travagem da Delphi obtiveram<br />

um excelente resultado em relação aos produtos<br />

de equipamento original e marcas premium<br />

em rigorosos testes de desempenho e responsabilidade<br />

ambiental realizados por um organismo<br />

independente em Mojácar. De acordo com os testes,<br />

as pastilhas de travagem Delphi atenderam e muitas<br />

vezes superaram os altos padrões de qualidade<br />

estabelecidos nos testes, destacan do-se dos demais<br />

concorrentes. “Estes resultados são uma prova da<br />

qualidade e confiabilidade dos sistemas de travagem<br />

da Delphi e consolidam a sua reputação como líderes<br />

de mercado em tecnologias de travagem de automóveis”,<br />

afirmou a Delphi em comunicado. Para a realização<br />

destes testes foram selecionados quatro veículos<br />

Mercedes Classe A nos quais foram montados<br />

discos e pastilhas de travagem de primeira qualidade<br />

de seis marcas de ponta, como a Delphi, com as suas<br />

pastilhas orgânicas sem amianto e com baixo teor de<br />

metal, e os principais equipamentos originais de fábrica.<br />

No teste de poeira, as pastilhas orgânicas sem<br />

amianto (NAO) da Delphi demonstraram desempenho<br />

superior, deixando para trás outras grandes<br />

marcas e equipamentos originais.<br />

NOVA LÂMPADA LED PARA CAPOT<br />

Philips | A nova lâmpada LED para capot Philips Xperion 6100, proporciona um maior nível de brilho e flexibilidade.<br />

Esta luz de trabalho profissional, foi concebida para iluminar uma grande área e oferecer versatilidade com<br />

o seu suporte telescópico e sistema de dobragem. “Tudo isto faz com que a nossa nova lâmpada para capot Philips<br />

seja a ferramenta de trabalho mais potente, duradoura e eficiente”, afirmou a empresa. A luz LED para capot Philips<br />

Xperion 6100 oferece até 2.400 lúmenes de luz, ajudando todos os profissionais a detetar até os mais pequenos<br />

detalhes. Um botão rotativo permite regular ou aumentar a luminosidade até ao nível ideal para a tarefa. “A nossa<br />

nova lâmpada LED para capot da Philips tem dois ganchos telescópicos integrados e extensíveis, um em cada extremidade,<br />

que podem rodar 360°. Os ganchos têm aberturas mais largas e são revestidos com borracha macia para<br />

uma fixação fácil ao capot do veículo sem riscar a pintura”, explicou. Com um comprimento total que varia entre<br />

1,10 e 2,08 metros, a lâmpada LED para capot Philips Xperion 6100 pode ser utilizada numa variedade de locais.<br />

CONQUISTA MERCADO DO BANGLADESH<br />

Grupo Alves Bandeira | O mês de maio marca o lançamento oficial da<br />

marca Matrax Lubricants, no Bangladesh, e o início de uma parceria de sucesso do Grupo<br />

Alves Bandeira com o Padma Group, um dos principais grupos económicos do país. No<br />

âmbito da estratégia de internacionalização do Grupo Alves Bandeira, a marca Matrax<br />

tem sido uma grande impulsionadora do crescimento do grupo económico português<br />

em todo o mundo, tendo vindo a conquistar cada vez mais mercados nos últimos anos.<br />

Um dos segredos para este crescimento constante em termos de volume de ven<strong>das</strong> e<br />

faturação, tem por base o constante investimento no desenvolvimento e lançamento de<br />

novos produtos de marca própria para o segmento automóvel, nomeadamente a Matrax<br />

Tyres (pneus), a Matrax Energy (baterias) e Matrax Additives (aditivos), associado ao facto<br />

do Grupo Alves Bandeira privilegiar a distribuição exclusiva e a “criação de relações de<br />

duradouras com os seus parceiros”, refere em comunicado.<br />

90 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


NOVA GAMA DE AMORTECEDORES<br />

Magneti Marelli | A nova gama de amortecedores da Magneti Marelli Parts & Services, é<br />

constituída por 20 referências e um kit de proteção. O lançamento é composto por 20 referências de<br />

amortecedores que atendem a todos os requisitos relacionados com o desempenho e segurança. A<br />

nova gama está dividida por 12 amortecedores dianteiros e 8 traseiros. Entre as aplicações abrangi<strong>das</strong><br />

destacam-se o Renault Megane IV, o Dacia Sandero II e o Peugeot 508. Além dos amortecedores, o<br />

lançamento traz uma referência de kit de proteção de amortecedores com cobertura para Renault<br />

Megane III. A Magneti Marelli produz mais de 25 milhões de amortecedores todos os anos nas suas 6<br />

fábricas. As referências já estão disponíveis nos armazéns da marca.<br />

Toda a informação sobre a<br />

mudança de óleo com LIQUI MOLY<br />

está disponível aqui:<br />

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LANÇA TAPETE<br />

DE CHÃO DE PAPEL<br />

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Car Repair System, empresa focada no setor automóvel desde<br />

a fabricação e distribuição de produtos para a reparação e<br />

manutenção de carroçarias, acaba de lançar um novo Tapete<br />

de Chão de Papel para o carro Este novo Tapete de Chão de Papel é<br />

uma solução eficaz para manter o interior do veículo limpo e protegido.<br />

Protege o carro contra manchas, pó e sujidade. Compacto e<br />

fácil de armazenar, é a escolha ideal para quem procura praticidade<br />

e limpeza. Com dimensões de 50 cm por 38 cm e um peso leve de 70<br />

g/m², este tapete é fácil de instalar e remover, e está disponível em<br />

embalagens de 250 unidades.<br />

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de óleo?<br />

Vamos a isso!<br />

Um desejo, uma marca: encontrar o óleo de motor certo<br />

não requer magia. Com a marca de lubrificantes mais<br />

popular da Alemanha, os parceiros da LIQUI MOLY<br />

oferecem a melhor qualidade fabricada na Alemanha e<br />

sabem exatamente o que o seu veículo precisa.<br />

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Ausgabe 15/2024<br />

Issue 15/2024<br />

Ausgabe Issue 8/2024 8/2024<br />

Issue Ausgabe 4/2024 4/2024<br />

Issue Ausgabe 4/2024 4/2024<br />

Issue 9/2024<br />

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NOTÍCIAS<br />

PRODUTO<br />

RUMOU A MADRID<br />

PARA FORMAÇÃO EXCLUSIVA<br />

Servidiesel | A Servidiesel, empresa especialista em sistemas<br />

diesel e turbos, esteve recentemente no Centro de Formação da Delphi<br />

Espanha, com sede em Madrid, para formar a sua equipa diesel, nos<br />

mais recentes sistemas Common Rail Delphi A formação exclusiva para a<br />

equipa Servidiesel, teve como suporte tecnológico, o mais recente Banco<br />

de diagnóstico e afinação da Hartridge, o CRI-Pro. Foram três dias muito<br />

intensos de formação ao mais alto nível, que mostraram como o diesel<br />

ainda tem muitíssima inovação, em motores para viaturas ligeiras,<br />

comerciais ligeiras, pesa<strong>das</strong>, e off-road como tratores ou veículos industriais<br />

e de engenharia. Em breve, a Servidiesel terá o CRI-Pro ao serviço<br />

dos seus clientes, conseguindo desta forma manter-se no mais elevado<br />

patamar tecnológico, e, conseguindo servir de forma mais rápida e a<br />

preços acessíveis, os mais variados ramos do sector automóvel.<br />

BOLAS APRESENTA<br />

NOVIDADES METABO PARA 2024<br />

As mais recentes novidades da Bolas foram anuncia<strong>das</strong> durante um webinar, com<br />

destaque especial para o seu novo folheto “Especial Metabo”, que estará disponível<br />

até ao final deste ano. Em 2024, a Bolas vai estar ≠a celebrar 100 anos de história da<br />

marca Metabo, e as comemorações já arrancaram com o lançamento de algumas novidades<br />

que vieram enriquecer ainda mais a sua oferta. O novo folheto “Especial Metabo” para 2024<br />

é especialmente dedicado à marca e vai estar disponível até dia 31 de dezembro de 2024. A<br />

marca Metabo é especializada no fabrico de ferramentas elétricas e produtos relacionados,<br />

conhecidos pela sua alta qualidade e durabilidade tanto para uso industrial quanto doméstico.<br />

No entanto, destaca-se principalmente pela sua linha de ferramentas profissionais de<br />

excelência. As principais novidades para este novo catálogo são as novas rebarbadoras sem<br />

escovas de 2.000 W; nova linha de aspiradores com e sem fio; novas serras de esquadrias<br />

com e sem fio e outras máquinas para áreas da madeira e do metal.<br />

REFORÇA EQUIPA COMERCIAL<br />

Denso AM Iberia | Ángel Rodriguez juntou-se à equipa<br />

comercial da Denso AM Iberia, no cargo de Area Sales Manager Aftermarket,<br />

no passado dia 6 de maio, onde será responsável pelo desenvolvimento<br />

e consolidação dos clientes IAM da Denso na zona norte e<br />

centro da Península Ibérica. A experiência comercial de Ángel Rodriguez<br />

no setor de pós-venda é extensa. Durante 27 anos, Ángel fez parte da<br />

estrutura Federal Mogul – DRiV, desenvolvendo as suas competências<br />

no norte de Espanha. O objetivo da Denso é continuar a apostar na<br />

proximidade e no serviço ao cliente, proporcionando sempre os mais<br />

elevados padrões de qualidade OEM em todos os nossos produtos pós-<br />

-venda. E para isso conta agora com Ángel para o desenvolvimento de<br />

to<strong>das</strong> as suas iniciativas comerciais. Ángel reportará a Miguel Portolés<br />

como Country&Sales Director AM Iberia. “Na Denso estamos convencidos<br />

de que o valor profissional que Ángel proporcionará nas suas áreas<br />

geográficas de referência servirá para fortalecer tanto a Denso como a<br />

sua distribuição e as suas redes de oficinas IAM com o valor e a oferta dos<br />

nossos produtos pós-venda”, avançou a Denso em comunicado.<br />

LEVOU CLIENTES ÀS 24H PORTIMÃO<br />

Champion | A marca de lubrificantes Champion levou um grupo de clientes portugueses ao Autódromo Internacional do Algarve<br />

para assistirem às 24H Portimão, que se realizou no fim de semana de 11 e 12 de maio. Foi uma jornada repleta de ação e emoções, e<br />

uma oportunidade única para descobrir como funciona o desempenho de uma equipa de elite de competição automóvel. A Champion<br />

é patrocinadora da equipa Redant que disputa o campeonato de resistência 24H Series by Hankook na Classe Porsche 992. Atualmente<br />

a equipa constituída por três pilotos encontra-se nos lugares do pódio e conta com o apoio da Champion no desenvolvimento dos lubrificantes<br />

utilizados em cada corrida. Os clientes convidados pela Champion tiveram oportunidade de disfrutar momentos de convívio no<br />

VIP Creventic Hospitality, uma pit tour e uma visita à box da equipa em pleno decorrer da corrida, conhecendo assim ao vivo o intenso<br />

trabalho desenvolvido pelos técnicos, engenheiros e mecânicos durante as 24 horas de duração da prova. Uma combinação perfeita de<br />

velocidade, estratégia e trabalho de equipa que tem permitido alcançar excelentes resultados nas provas já disputa<strong>das</strong>, como foi o caso<br />

<strong>das</strong> 24H Portimão, que ganhou com superioridade.<br />

92 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


Uma marca da Continental.<br />

LIMPE<br />

COMO UM<br />

PRO<br />

NOVO<br />

ATE Brake Cleaner PRO<br />

LANÇA NOVO WEBSITE<br />

Placa Distrigo Stellantis &yOU | Para celebrar o terceiro aniversário <strong>das</strong> instalações<br />

em Famões, a Placa Distrigo Stellantis &You transitou pra o digital, com um novo website institucional.<br />

O modelo Distrigo arrancou há sete anos com a Stellantis. A placa Stellatins &You, na altura<br />

PSA Retail, tem hoje o armazém principal em Famões e dois armazéns de apoio, secundários, um no<br />

Porto e outro no Algarve, em Faro. Com a abertura do armazém principal, a Placa Distrigo Stellantis<br />

&You veio consolidar o seu posicionamento como fornecedor 360º na distribuição de peças automóveis,<br />

apresentando várias soluções de sustentabilidade, não só através da proposta de peças usa<strong>das</strong> (B-Parts)<br />

como também da linha de produtos reconstruídos e recondicionados SUTAINera. Para dar uma maior visibilidade<br />

aos seus produtos e serviços, a Placa Distrigo Stellantis &You decidiu lançar um novo website<br />

institucional com toda a sua oferta disponível para os seus clientes. Mais informações no site https://<br />

distrigo.stellantisandyouportugal.pt/<br />

O limpa travões de<br />

profissionais para profissionais<br />

ANUNCIA RESULTADO HISTÓRICO DE 2023<br />

Leasys Portugal | A Leasys Portugal, especialista em soluções de aluguer operacional<br />

multimarca, registou em 2023, o melhor resultado de sempre em Portugal, no Inquérito Anual de Satisfação<br />

do Cliente. Esta é uma ferramenta determinante para avaliar o trabalho diário desenvolvido<br />

junto dos clientes, que tem como missão servir, e que no ano que há pouco findou, se traduziu numa<br />

taxa de recomendação de nada menos do que 80%. “Um marco para a empresa e para todos os seus<br />

trabalhadores que, dia após dia, dão o melhor de si para colocar o cliente no topo <strong>das</strong> suas prioridades,<br />

em linha com a missão da Leasys, de oferecer a melhor experiência do setor”, afirmou a empresa em<br />

comunicado. “O progresso histórico efetuado pela Leasys, neste domínio, nos últimos anos, é bem ilustrado<br />

pela taxa de recomendação de 80%, não havendo índice maior de satisfação para qualquer marca,<br />

do que ser amplamente recomendada”, continuou. Quanto aos principais fatores que justificaram o<br />

grau de satisfação agora alcançado e suportam o índice de recomendação dos serviços prestados pela<br />

Leasys, encontram-se a eficácia na gestão de contas; cotações e rapidez na aprovação dos processos; o<br />

processo de encomenda e entrega do veículo; a oferta de produtos e serviços; as soluções destina<strong>das</strong><br />

ao utilizador final (como sejam a manutenção e a assistência); o processo de restituição da viatura; a<br />

comunicação e relatórios; e a solução de remarketing.<br />

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PRÓ proteção – anti sujeira.<br />

O novo ATE Brake Cleaner PRO facilita a remoção de<br />

contaminação extrema causada por óleos, graxas,<br />

resinas e silicones, em discos de travão, peças de<br />

embraiagem e transmissão, bem como em ferramentas.<br />

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Dica<br />

NOTÍCIAS<br />

PRODUTO<br />

A ORIGEM DAS FALHAS NAS BATERIAS<br />

DOS CARROS ELÉTRICOS E COMO EVITÁ-LAS<br />

Ainda hoje, a bateria de arranque mantém-se como a principal<br />

fonte de avarias nas estra<strong>das</strong>, independentemente do tipo de<br />

veículo. De facto, de acordo com a ADAC, 43% <strong>das</strong> avarias atuais<br />

são atribuí<strong>das</strong> a problemas na bateria. Mas porque falham tão<br />

frequentemente as baterias de 12V nos carros elétricos? Os<br />

especialistas da VARTA esclarecem alguns dos principais motivos e<br />

como evitá-los.<br />

Vida útil <strong>das</strong> baterias de 12V nos carros elétricos<br />

As falhas nas baterias de 12V dos carros elétricos são frequentemente<br />

ocasiona<strong>das</strong> pelo facto de, após aproximadamente quatro ou cinco<br />

anos de utilização, essas baterias chegarem ao final do seu ciclo de<br />

vida útil. Nesse momento, torna-se crucial substituí-las para assegurar<br />

o correto funcionamento do veículo.<br />

Desenvolvimento da estratégia de carregamento<br />

Nadine Dehnert, líder de Engenharia de Design da Clarios, destaca<br />

que em alguns sistemas de fabricantes de veículos elétricos, a estratégia<br />

de carregamento da bateria de 12V ainda não está completamente<br />

desenvolvida. Isso pode resultar em descargas profun<strong>das</strong>,<br />

pois a bateria de arranque requer mais energia do que está disponível,<br />

levando a falhas. Situações como o veículo ficar sem energia<br />

por períodos prolongados ou a bateria de 12V não ser recarregada<br />

adequadamente durante o ciclo de condução podem agravar ainda<br />

mais essa situação.<br />

Impacto <strong>das</strong> atualizações do sistema<br />

Para além disso, as atualizações regulares do sistema nos veículos<br />

elétricos constituem outro obstáculo. Estas consomem energia proveniente<br />

do circuito de 12V e, em muitos veículos, ativam repetidamente<br />

a bateria de tração durante este processo. Se a bateria não for<br />

suficientemente recarregada para compensar este consumo, podem<br />

ocorrer falhas que impedem o arranque do veículo, especialmente se<br />

esta situação se repetir ao longo do tempo.<br />

Cuidados essenciais<br />

Assim, é crucial cuidar adequadamente da bateria para prolongar a<br />

sua vida útil e evitar falhas imprevistas. Isso implica fazer verificações<br />

periódicas e seguir as recomendações do fabricante em relação ao seu<br />

uso e manutenção. Durante o verão, é aconselhável estacionar o veículo<br />

em locais sombreados ou em garagens para evitar o superaquecimento<br />

da bateria, o que pode acelerar o seu desgaste. Além disso, é<br />

importante evitar deixar o veículo parado por longos períodos sem<br />

uso, garantindo assim uma carga adequada da bateria de 12V.<br />

Publireportagem<br />

ARNOTT<br />

ADICIONA NOVOS<br />

PRODUTOS AO PORTFÓLIO<br />

A<br />

Arnott anunciou novos lançamentos para complementar a sua<br />

oferta no segmento de suspensão. Um dos lançamentos são os<br />

amortecedores eletrónicos, que vieram substituir diretamente os<br />

amortecedores originais, mantendo as funcionalidades do seu antecessor.<br />

Com uma tecnologia E-Ride, estes amortecedores eletrónicos são<br />

rigorosamente testados para resistir a temperaturas extremas, condições<br />

de estrada e ciclos de compressão. Os amortecedores eletrónicos<br />

da Arnott são 100% novos, projetados e fabricados nos EUA. Todos os<br />

amortecedores eletrónicos são pré-montados para uma fácil montagem<br />

e possuem manuais de instalação detalhados. O amortecedor é preenchido<br />

com fluido magnetoreológico, que é um óleo de hidrocarboneto<br />

sintético que contém partículas de ferro facilmente magnetiza<strong>das</strong>. As<br />

duas bobinas eletromagnéticas dentro do amortecedor alteram instantaneamente<br />

as ligações entre as partículas de ferro magnetiza<strong>das</strong>, alterando<br />

a viscosidade e a rigidez da suspensão quando liga<strong>das</strong>.<br />

APOSTA NA EXIGÊNCIA DO MERCADO<br />

mikfil | A Costa, Nunes & Costa, Lda. vem reforçar a aposta na qualidade e exigência dos seus produtos,<br />

assim como, na contínua expansão da sua gama de filtros MIKFIL. Com uma ampla gama de produtos,<br />

incluindo filtros de óleo, ar, combustível e hidráulicos, a MIKFIL destaca-se por oferecer soluções que garantem<br />

máxima eficiência e proteção para motores e sistemas de todos os tipos de veículos e equipamentos.<br />

Utilizar filtros MIKFIL é sinónimo de economia. Com uma vida útil prolongada e uma eficiência<br />

superior, ajudam a reduzir os custos de manutenção e consumo de combustível. Além disso, os processos<br />

de fabrico dos filtros MIKFIL são alinhados com práticas sustentáveis, minimizando o impacto ambiental<br />

e promovendo a responsabilidade ecológica. A MIKFIL entende as necessidades específicas de diferentes<br />

segmentos. Por isso, os seus filtros são projetados para atender a uma vasta gama de aplicações, desde veículos<br />

ligeiros até aos pesados, além de máquinas industriais e agrícolas de exigência superior e continua.<br />

Não importa o desafio, a MIKFIL tem a solução ideal para garantir o melhor desempenho.


REALIZA OPEN DAY<br />

NAS INSTALAÇÕES DE VILA NOVA GAIA<br />

Reta | A Reta recebeu, pelo terceiro ano consecutivo, os seus Clientes e Parceiros num Open Day<br />

nas suas instalações de Vila Nova de Gaia. Mais de 60 pessoas, representando empresas dos setores<br />

dos transportes de mercadorias, transportes de passageiros, distribuição capilar, bem como fornecedores<br />

de tratores, camiões, carrinhas e autocarros, compareceram ao evento para um final de tarde de<br />

convívio e petiscos, em ambiente descontraído. Este ano, para além do cariz de networking que é a<br />

marca forte deste evento, a Reta apostou também na exposição de viaturas da sua frota de Aluguer e<br />

de um camião 100% elétrico. Esta viatura, que veio diretamente de Madrid para o Open Day da Reta,<br />

possibilitou experiências de condução aos participantes. Outra novidade deste ano foi a atribuição de<br />

prémios-surpresa aos Clientes no contexto do evento. Silvestre Carvalho, Diretor de Desenvolvimento<br />

e Edgar Damião, Gestor <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> da Reta, salientam o empenho da marca em estar a par do estado<br />

da arte na indústria, preparando-se continuamente para responder às exigências dita<strong>das</strong> pelas novas<br />

tendências. Em Setembro, será a vez do Carregado receber mais um Open Day da Reta.<br />

CELEBRA 100 ANOS DA MARCA BENDIX<br />

TMD Friction | A TMD Friction, especialista mundial em soluções de travagem há mais de 140<br />

anos no mercado do aftermarket, está a comemorar o 100º aniversário da sua marca Bendix. Agora fabricada<br />

e distribuída pela TMD Friction em 17 países, a Bendix oferece produtos de travagem de alta qualidade<br />

no mercado de reposição para todos os requisitos do parque automóvel. A marca foi fundada em<br />

1924 por Vincent Bendix, com o objetivo de fornecer pastilhas de travão para a General Motors. Para além<br />

de ser a primeira empresa a comerciá-las, mais tarde, tornou-se também na primeira empresa a vender<br />

kits de pastilhas de travão. Atualmente, o portfólio de produtos Bendix inclui pastilhas de travão, discos<br />

de travagem, sensores ABS, kits de pastilhas de travão, indicadores de desgaste e travões de tambor que<br />

cobrem 98% do parque automóvel europeu. Hoje, a TMD Friction vende produtos Bendix para automóveis<br />

de passageiros e veículos comerciais ligeiros em 17 países na Europa, no Oriente Médio e África, com a<br />

expansão mais recente a ocorrer na Polónia no início deste ano.<br />

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Entrevista<br />

NA SINNEK,<br />

CONSIDERAMOS<br />

A FORMAÇÃO<br />

COMO PARTE DO<br />

NOSSO ADN<br />

A SINNEK É O RESULTADO DO<br />

CONHECIMENTO E DA VISÃO DE<br />

FUTURO DA EQUIPA DE PROFISSIONAIS<br />

DA BERNARDO ECENARRO S.A., QUE<br />

COM ESTA MARCA CONFIRMA A SUA<br />

FORTE APOSTA NA INOVAÇÃO, E QUE<br />

LHE PERMITIU TORNAR-SE NUM DOS<br />

PRINCIPAIS ACTORES DO SETOR DA<br />

REPINTURA A NÍVEL EUROPEU.<br />

EM ENTREVISTA AO JO, IKER<br />

ECENARRO, RESPONSÁVEL<br />

DA SINNEK EM PORTUGAL,<br />

EXPLICA A ESTRATÉGIA<br />

DA MARCA PARA O NOSSO<br />

PAÍS


IKER ECENARRO, RESPONSÁVEL DA SINNEK EM PORTUGAL<br />

Comprometida com a qualidade, a tecnologia<br />

e a cor, a SINNEK é uma marca premium<br />

de especialistas para especialistas<br />

que procuram garantia e qualidade a um preço<br />

competitivo, o que lhes permite poupar custos e<br />

melhorar a sua rentabilidade, mantendo sempre<br />

um acabamento de alta qualidade nos trabalhos<br />

de repintura. A marca trabalha continuamente<br />

na procura <strong>das</strong> soluções mais eficazes para ajudar<br />

os seus clientes a obter a maior produtividade<br />

nos seus processos de repintura automóvel.<br />

Possui um sistema de pintura aquosa de duas<br />

cama<strong>das</strong> de altíssimo rendimento e grande capacidade<br />

de mistura. O seu excelente poder de<br />

cobertura e colorimetria facilitam a poupança<br />

no consumo de produto, ao mesmo tempo que<br />

permite obter uma elevada qualidade no acabamento<br />

final. Além disso, está especialmente<br />

concebido para otimizar os tempos de aplicação<br />

e secagem dos diferentes processos de reparação,<br />

permitindo uma importante poupança<br />

energética. A oferta de produtos completa-se<br />

com uma gama de aparelhos, vernizes, primários,<br />

massas, e spray´s, que garantem um acabamento<br />

perfeito do veículo, um excelente brilho,<br />

aspeto e durabilidade. Todo o projeto foi desenvolvido<br />

e fabricado integralmente nos laboratórios<br />

de I&D da sede de Bernardo Ecenarro S.A.,<br />

assim como no laboratório de colorimetria em<br />

Itália, composto por uma equipa de mais de 14<br />

profissionais altamente qualificados e com experiência<br />

comprovada no setor da colorimetria<br />

automóvel, e criado exclusivamente para prestar<br />

serviço a esta nova marca.<br />

Qual a mais recente novidade lançada<br />

no mercado?<br />

A SINNEK trabalha numa procura constante de<br />

soluções de elevada eficiência, sustentabilidade,<br />

inovação e excelência no mundo da carroçaria.<br />

O mais recente resultado deste trabalho são<br />

produtos revolucionários como o verniz cerâmico<br />

Plus CC/1800 e o spray aparelho SPF/UV.<br />

O verniz cerâmico Plus CC/1800 foi concebido<br />

para oferecer uma velocidade excecional de endurecimento<br />

e secagem ao ar, bem como uma<br />

dureza superficial diferenciada. Isto permite<br />

uma maior eficiência na reparação, permitindo<br />

que o veículo seja manuseado e polido apenas<br />

60 minutos após a aplicação, sem necessidade<br />

de aquecimento na cabina. Esta inovação não<br />

só reduz significativamente os custos de energia<br />

na oficina, como também aumenta a rentabilidade<br />

de cada reparação, proporcionando<br />

um desempenho superior ao de outros vernizes<br />

existentes no mercado. Também introduzimos<br />

recentemente o aparelho SPF/UV em formato<br />

spray, concebido para aumentar a eficiência dos<br />

processos de reparação pontual. A sua cura rápida<br />

por lâmpada UV e temperatura ambiente<br />

não só reduz os custos de energia, como também<br />

contribui para a sustentabilidade e respeito pelo<br />

ambiente devido às suas emissões mínimas de<br />

solventes para a atmosfera.<br />

Como descreve as soluções de gestão<br />

de cor digital que a SINNEK oferece às<br />

oficinas de colisão?<br />

A colorimetria é essencial no mundo <strong>das</strong> oficinas,<br />

e a SINNEK oferece soluções digitais de<br />

alto desempenho para as oficinas. Tirou partido<br />

<strong>das</strong> últimas tecnologias para integrar um conjunto<br />

de ferramentas no seu sistema de repintura<br />

de duas cama<strong>das</strong>, concebido para facilitar a<br />

obtenção de uma excelente colorimetria de uma<br />

forma simples e intuitiva. Por um lado, dispõe<br />

de um poderoso software de gestão da cor. Uma<br />

ferramenta concebida por e para o profissional,<br />

que lhe permitirá melhorar os processos de trabalho<br />

na oficina, bem como ajudá-lo na gestão e<br />

controlo do seu negócio. Através de um interface<br />

fácil de utilizar, oferece acesso remoto a uma<br />

<strong>das</strong> mais extensas bases de dados de fórmulas<br />

de cor do mercado, garantindo a reprodução de<br />

qualquer variante existente. Por outro lado, está<br />

equipado com um espectrofotómetro de última<br />

geração. Uma ferramenta de alta qualidade e<br />

fácil de utilizar, especialmente concebida para<br />

facilitar a leitura da cor. A sua perfeita integração<br />

com o software de cor permite o acesso<br />

imediato a praticamente to<strong>das</strong> as fórmulas existentes<br />

no mercado, tornando a identificação da<br />

cor num processo rápido e intuitivo. Por fim, o<br />

laboratório de cor 24 horas, situado em Itália,<br />

oferece uma plataforma de apoio contínuo para<br />

a introdução de variantes de cor e a resolução de<br />

questões relaciona<strong>das</strong> com a cor. Um recurso de<br />

apoio essencial para os profissionais <strong>das</strong> oficinas<br />

com uma resposta rápida e eficaz.<br />

Que tipo de formação oferecem aos<br />

vossos clientes?<br />

Na SINNEK, consideramos a formação como<br />

parte do nosso ADN. Concentramos grande<br />

parte dos nossos esforços no desenvolvimento<br />

de uma estratégia de formação baseada no<br />

apoio e acompanhamento do profissional, o que<br />

está a permitir à marca posicionar-se como uma<br />

referência de formação no setor da carroçaria e<br />

pintura. Uma oferta formativa completa que se<br />

adapta às necessidades do utilizador em cada<br />

momento, e que tem como objetivo ajudar a aumentar<br />

a produtividade e a rentabilidade da oficina<br />

de carroçaria e pintura. Para tal, dispomos<br />

de um avançado centro de formação de 500 m2,<br />

equipado com a mais recente tecnologia, onde<br />

o utilizador poderá obter a melhor solução técnica<br />

para as suas necessidades. Oferecemos ao<br />

utilizador dos nossos produtos um vasto leque<br />

de formações basea<strong>das</strong> no apoio e acompanhamento<br />

do profissional de repintura, tanto presenciais<br />

como digitais. A formação presencial<br />

tem sido tradicionalmente um elemento diferencial<br />

para os clientes da SINNEK. Uma formação<br />

prática e próxima, em que o profissional<br />

pode ver em primeira mão a qualidade do produto,<br />

o seu funcionamento e os seus resultados<br />

é, sem dúvida, uma mais-valia. Quanto à formação<br />

digital, temos a SINNEK ACADEMY, uma<br />

COMPROMETIDA COM A QUALIDADE, A TECNOLOGIA E A COR, A SINNEK<br />

É UM PRODUTO PREMIUM DE ESPECIALISTAS PARA ESPECIALISTAS<br />

QUE PROCURAM GARANTIA E QUALIDADE A UM PREÇO COMPETITIVO<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 97


IKER ECENARRO<br />

A SINNEK TRABALHA CONTINUAMENTE NA PROCURA DAS SOLUÇÕES<br />

MAIS EFICAZES PARA AJUDAR OS SEUS CLIENTES A OBTER A MAIOR<br />

PRODUTIVIDADE NOS PROCESSOS DE REPINTURA AUTOMÓVEL<br />

plataforma de formação online que<br />

tem como objetivo acompanhar e<br />

ajudar o pintor profissional. Nesta<br />

plataforma, o utilizador pode encontrar<br />

artigos com tutoriais práticos,<br />

conselhos técnicos de reparação,<br />

bem como técnicas e dicas que<br />

visam aumentar a eficiência do seu<br />

trabalho. Dispomos ainda da aplicação<br />

SINNEK APP, que oferece<br />

conteúdos de formação de elevado<br />

valor para melhorar a rentabilidade<br />

e a produtividade da oficina.<br />

O objetivo da aplicação SINNEK<br />

é oferecer todo o conhecimento<br />

e know-how da equipa técnica e<br />

comercial de forma clara e direta,<br />

num tom agradável e didático, bem<br />

como acompanhar os profissionais<br />

da oficina no seu dia a dia, mostrando<br />

soluções que visam facilitar<br />

o seu trabalho.<br />

Que meios colocam à disposição<br />

<strong>das</strong> oficinas para lhes dar apoio<br />

técnico?<br />

A SINNEK dispõe de uma equipa<br />

técnica e comercial altamente<br />

formada e próxima, empenhada<br />

em dar soluções rápi<strong>das</strong> e eficazes<br />

a qualquer desafio ou dúvida que<br />

possa surgir no dia a dia dos nossos<br />

clientes. Acreditamos firmemente<br />

no acompanhamento e na assistência<br />

aos utilizadores para os ajudar<br />

a obter o máximo rendimento dos<br />

nossos produtos.<br />

O que a SINNEK tem feito em<br />

relação a soluções mais sustentáveis<br />

para as oficinas de repintura?<br />

Na SINNEK estamos a trabalhar<br />

na procura de soluções eficientes<br />

que ofereçam maior sustentabilidade.<br />

Com produtos que reduzem<br />

o consumo de energia nas cabinas,<br />

minimizam as emissões de COV e<br />

eliminam a necessidade de calor na<br />

aplicação, promovemos a sustentabilidade<br />

e o cuidado com o ambiente,<br />

ao mesmo tempo que optimizamos<br />

os custos operacionais.<br />

Estes avanços representam um<br />

compromisso firme com um futuro<br />

mais limpo e mais eficiente.<br />

A escassez de mão de obra continua<br />

a ser um problema, o que deve<br />

ser feito para atrair os jovens para<br />

as oficinas de repintura?<br />

Estamos a assistir a uma transformação<br />

significativa no trabalho <strong>das</strong><br />

oficinas. Esta mudança afasta-se<br />

<strong>das</strong> práticas tradicionais do setor,<br />

graças à adoção de ferramentas<br />

digitais inovadoras. Atualmente,<br />

AS FERRAMENTAS DIGITAIS TÊM UM<br />

GRANDE POTENCIAL PARA ACRESCENTAR<br />

VALOR AO NEGÓCIO<br />

ker Ecenarro considera que o<br />

I envelhecimento do parque automóvel,<br />

com uma idade média de 14 anos, está a dar<br />

origem a uma nova dinâmica nas reparações.<br />

“Estamos num momento de clara<br />

transformação. O sector da repintura<br />

automóvel, cada vez mais influenciado pelas<br />

companhias de seguros, está a criar um novo<br />

cenário em que as oficinas devem adaptar-se e<br />

renovar-se. Já não é suficiente oferecer<br />

produtos de qualidade para fazer um bom<br />

trabalho; agora é crucial ter soluções<br />

económicas que garantam a sustentabilidade<br />

do negócio. A qualidade é importante, mas a<br />

rentabilidade é essencial para o sucesso a longo<br />

prazo”, refere. Para este responsável “A<br />

digitalização é, simultaneamente, o presente e<br />

o futuro do setor automóvel. Neste ambiente<br />

em rápida evolução, é essencial para qualquer<br />

organização tomar medi<strong>das</strong> e adaptar-se<br />

continuamente. As ferramentas digitais não só<br />

são indispensáveis para a gestão eficiente <strong>das</strong><br />

oficinas, como também têm um grande<br />

potencial para acrescentar valor. A inovação<br />

tecnológica significa que o processo de<br />

reparação da pintura dos veículos se torna mais<br />

rápido, mais fácil e mais económico.”<br />

o processo de pintura é realizado<br />

de forma rápida e eficaz, graças<br />

a sistemas digitais avançados e<br />

a ferramentas especializa<strong>das</strong> de<br />

correspondência de cores. Estas<br />

ferramentas digitais não só são<br />

essenciais para melhorar a produtividade,<br />

como também são especialmente<br />

atrativas para a Geração<br />

Z, que revela uma inclinação<br />

natural para a tecnologia e uma<br />

maior consciência ambiental. Para<br />

atrair e reter talentos para o setor,<br />

é necessário dar destaque a este<br />

cenário digital e propor percursos<br />

profissionais ambiciosos. As novas<br />

gerações têm de ver o nosso setor<br />

como atrativo e alinhado com os<br />

seus valores e interesses.<br />

Quais são os maiores desafios<br />

que o setor enfrenta e quais<br />

são as melhores formas de os<br />

ultrapassar?<br />

Para garantir a sustentabilidade<br />

<strong>das</strong> oficinas, a assistência pós-<br />

-venda é um pilar fundamental na<br />

indústria automóvel. Dar apoio e<br />

orientação constantes em termos<br />

de processos e organização é uma<br />

estratégia essencial nestes tempos<br />

de constante mudança. Esta perspetiva<br />

parece ser a direção que o<br />

setor irá seguir no futuro próximo.<br />

O fator humano será o elemento<br />

distintivo que posicionará as marcas<br />

no mercado. l<br />

98 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


Empresa<br />

JO VISITA CESVIMAP, LABORATÓRIO DE INOVAÇÃO DA MAPFRE<br />

TESTE “COLETE<br />

À PROVA DE VIDA”<br />

O JORNAL DAS OFICINAS, ESTEVE EM ÁVILA, NO CESVIMAP, PARA ASSISTIR A UMA SUCESSÃO DE<br />

TESTES/EXERCÍCIOS QUE ESTÃO A SER DESENVOLVIDOS PELA EMPRESA. PARA ALÉM DE UM CRASH<br />

TEST AO VIVO, ENTRE UMA MOTA E UM AUTOMÓVEL, TIVEMOS A POSSIBILIDADE DE PERCEBER DE<br />

PERTO O SEU COMPROMISSO COM A SUSTENTABILIDADE E ECONOMIA CIRCULAR DAS PEÇAS<br />

100 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


Durante dois dias, o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> esteve em terras Espanholas,<br />

mais especificamente em Ávila, a conhecer ‘os cantos’ à casa do<br />

CESVIMAP. Em 2023, a MAPFRE reutilizou cerca de 3.567 tonela<strong>das</strong><br />

de resíduos a nível global, dos quais 92%, 3.200 tonela<strong>das</strong>, passaram<br />

por processos de valorização. A empresa Espanhola, recuperou o<br />

ano passado, através do CESVIrecambios, um total de 46.339 peças para<br />

reutilização após o tratamento de 1.887 veículos acidentados em Espanha.<br />

Este centro tecnológico global é especializado em reparação e reciclagem<br />

de veículos, entre outros serviços, e é referência em como descartar veículos<br />

de forma sustentável, prolongando a vida útil <strong>das</strong> peças, facilitando<br />

o reaproveitamento de matérias-primas, como plástico, vidro, reduzindo<br />

assim o consumo de energia. Desde o seu lançamento, há mais de 40<br />

anos, que o centro também realiza testes de colisão em baixa velocidade<br />

com mais de 800 veículos, incluindo carros, vans, motociclos e scooters<br />

elétricas, para avaliar os seus danos e identificar métodos de recuperação<br />

sustentáveis.<br />

Foi com base neste conhecimento, que a Fundación MAPFRE, realizou<br />

um crash test, a 40km/h, entre uma mota e um automóvel, que demonstram<br />

os resultados da investigação e revelam o impacto que um acidente,<br />

real, desta dimensão pode ter na vida humana. Para combater os aterrorizantes<br />

números mortais, cerca de 299 pessoas faleceram em 2023 em<br />

motociclos, mais 19% do que em 2022, segundo dados da DGT- Direção<br />

Geral dos Transportes, a Fundación MAPFRE, apresentou, sob o olhar<br />

atento do JO, um colete airbag, da marca Aspar Air, com um sistema de<br />

segurança que representa um grande avanço na segurança passiva do<br />

condutor e passageiro do motociclo. Nesta situação de teste, ambos os<br />

manequins estavam equipados com colete airbag Aspar Air, o condutor<br />

com o modelo 0,5 (270 euros) e o passageiro com o 1,0 (425 euros), que<br />

funcionaram com um sistema de acionamento mecânico com cabo, o que<br />

permitiu, no momento em que existiu o embate e que o motociclo caiu, a<br />

fita que unia o motociclista ao colete, desprendeu-se, e acionou uma mola<br />

que movimentou a agulha de disparo, perfurando o cartucho de gás, que<br />

por sua vez, encheu o airbag em menos de 200 milissegundos (menos que<br />

um piscar de olhos). Este mecanismo permitiu aos motociclistas protegeram<br />

o tórax, costas, cóccix, pescoço e nuca. O que num acidente real<br />

poderá ser determinante.<br />

Segundo as conclusões do relatório de ‘Ergonomia e sensações na utilização<br />

de airbags para motociclistas’, que contou com a participação<br />

de 83 condutores, 6 em cada 10 que utilizaram o colete airbag nas suas<br />

viagens, revelaram uma maior sensação de segurança (66%), principalmente<br />

para maiores de 50 anos (70%) e utilizadores de megascooters<br />

(86%), motociclos com maior cilindrada. l<br />

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Entrevista<br />

JOSÉ ENRIQUE, DIRETOR-GERAL RS CONTRERAS<br />

O FUTURO<br />

RESERVA-NOS<br />

GRANDES<br />

INVESTIMENTOS!<br />

APRESENTA-SE COMO O DISTRIBUIDOR DE PNEUS MAIS ANTIGO<br />

DE PORTUGAL COM UMA HISTÓRIA DE MAIS DE 70 ANOS DE<br />

EXPERIÊNCIA NO SEGMENTO DOS PNEUS. TEM ATUALMENTE<br />

5.000 M2 DE ARMAZÉM, MAIS DE 70.000 PNEUS EM STOCK E<br />

27 FUNCIONÁRIOS. JOSÉ ENRIQUE, RESPONSÁVEL MÁXIMO DA<br />

EMPRESA, FALOU COM O JORNAL DAS OFICINAS E EXPLICOU-<br />

NOS O QUE FAZ DESTA UMA DAS MELHORES EM PORTUGAL A<br />

TRABALHAR PNEUS


A<br />

RS Contreras, fundada em 1946, assume-se<br />

como o distribuidor de pneus<br />

mais antigo de Portugal, epíteto do<br />

qual se orgulha. Com mais de 70 anos de experiência<br />

no serviço ao cliente é, inevitavelmente,<br />

uma referência no setor da distribuição e tem<br />

vindo a trabalhar com os principais fabricantes<br />

de pneus. Hoje, oferece uma gama multimarca<br />

muito completa e, para além de ser especialista<br />

em marcas premium e de altas prestações<br />

(UHP), distribui, de forma exclusiva, as marcas<br />

Nexen, Tristar e Firemax. Para além do portefólio<br />

diversificado, a capacidade logística permite<br />

oferecer as melhores soluções aos clientes. José<br />

Enrique, explicou-nos como a RS Contreras<br />

está a enfrentar os novos tempos vividos pelo<br />

segmento dos pneus e como conseguiu crescer<br />

a dois dígitos nos últimos anos: “Muita coisa<br />

tem mudado no negócio dos pneus desde há uns<br />

anos. Percebemos que o fabricante quer apenas<br />

fabricar e tem estado a delegar o espaço que habitualmente<br />

ocupava ao distribuidor.”<br />

em bom português<br />

Espanhol de naturalidade, José Enrique fala<br />

sempre connosco em muito bom português e<br />

com bastante conhecimento da realidade lusa,<br />

revelando-nos que a localização da empresa, em<br />

Queluz de Baixo, no centro do eixo Lisboa/Sintra/<br />

Cascais, é uma grande vantagem porque permite<br />

uma proximidade junto dos clientes. “Atualmente<br />

temos uma área disponível de 5.000 m2 com<br />

perspetivas de, no futuro, possuirmos ainda mais<br />

espaço. Se fôssemos para uma localização mais periférica<br />

de Lisboa, poderíamos encontrar soluções<br />

com mais metros, mas teríamos de sacrificar esta<br />

proximidade. Temo-nos mantido aqui e é aqui<br />

que queremos ficar”, sublinha. “Quando começamos<br />

o projeto multimarca na empresa em 2006,<br />

na altura com uma marca premium com 70 ou 80<br />

referências, conseguiríamos cobrir quase 90% do<br />

mercado, hoje em dia temos em armazém mais de<br />

7.000 referências e estamos a crescer. O que isto<br />

significa é que o negócio tem uma enorme complexidade,<br />

o que obriga a ter capacidade logística<br />

e por outro lado capacidade financeira para poder<br />

suportar este stock”, considera.<br />

importância da logística<br />

José Enrique considera que a logística é um aspeto<br />

fulcral do negócio, e aponta como principais desafios<br />

a capacidade e gestão dos armazéns, os<br />

custos operacionais e a formação e retenção dos<br />

colaboradores. Em relação ao serviço de entregas,<br />

destaca a eficiência e satisfação dos clientes como<br />

dois pontos importantes. Explica que na área de<br />

Lisboa, têm distribuição própria com 7 viaturas,<br />

o que permite fazer 4 entregas diárias. “Com este<br />

nível de serviço marcamos a diferença. Também<br />

abrimos ao sábado, com distribuição própria nesse<br />

dia. O serviço de recolha nas nossas instalações<br />

“Take Away” é muito valorizado e uma mais valia.<br />

A nossa localização permite a recolha de qualquer<br />

cliente da área de Lisboa em 10/15 minutos”. Destaca<br />

também a cobertura com entregas bi-diárias<br />

no Algarve, zona centro e norte litoral.<br />

O diretor geral afirma que a digitalização tem sido<br />

primordial no crescimento da RS Contreras. “A<br />

primeira versão da nossa página web para o B2B<br />

foi em 2009, sempre acreditamos na importância<br />

da digitalização. Hoje em dia os pedidos são 100%<br />

online, assim como as devoluções e as reclamações.<br />

Por outro lado, a digitalização permite aumentar a<br />

eficiência operacional, e facilita o contato com os<br />

clientes, melhorando a experiência da compra.”<br />

Portefólio completo e diversificado<br />

Na RS Contreras, defende-se que para se ser competitivo,<br />

é necessário propor um portefólio muito<br />

completo. “No segmento Premium trabalhamos<br />

to<strong>das</strong> as marcas e no Quality, a nossa marca bandeira<br />

é a Nexen, uma marca produzida na Europa<br />

que tem uma grande dinâmica. Atualmente equipa<br />

carros de origem, como Porsche, BMW, Mercedes<br />

e Audi entre outras. Distribuímos também<br />

marcas de grande notoriedade como Hankook,<br />

Yokohama, Firestone e BF Goodrich (4x4). No<br />

segmento Budget promovemos a marca Tristar,<br />

que comercializamos em exclusivo para o mercado<br />

português. Ainda no segmento Budget, destaco<br />

marcas Kormoran, produzida pela Michelin, e a<br />

Mabor, da Continental, ambas produzi<strong>das</strong> na Europa.”<br />

Na opinião de José Enrique, a empresa tem<br />

“um portefólio de marcas que cobrem to<strong>das</strong> as<br />

necessidades do mercado e sempre que trabalhamos<br />

estas marcas, fazemo-lo com profundidade<br />

de gama, com muitas referências.” O diretor-geral<br />

considera que é precisamente nesta complexidade<br />

que está o sucesso do negócio, investindo ano após<br />

ano no aumento de stock.<br />

Rentabilidade é o grande desafio<br />

José Enrique entende que o principal desafio do<br />

setor é a rentabilidade “Neste mercado tão agressivo,<br />

fazer uma boa gestão de pricing é fundamental”,<br />

sublinha. Quanto ao ano de 2024, a RS Contreras<br />

está otimista com o crescimento, e salienta<br />

o bom desempenho do primeiro quadrimestre em<br />

unidades e valor.<br />

Em relação ao futuro, aponta a conquista de quota<br />

de mercado dos distribuidores como uma oportunidade<br />

no mercado atual. Por outro lado, destaca<br />

a saturação do número de operadores nacionais e<br />

estrangeiros, que em muitas ocasiões não contribuem<br />

para acrescentar valor ao mercado Português,<br />

limitando-se a sustentar as suas ven<strong>das</strong> no<br />

fator preço, com um modelo de negócio sem sustentabilidade<br />

a longo prazo.<br />

Outro aspeto importante que refere é a Gestão de<br />

Recursos Humanos, salientando que manter as<br />

equipas motiva<strong>das</strong> e reter o talento, são os principais<br />

desafios <strong>das</strong> empresas na atualidade, o que<br />

afeta a eficiência <strong>das</strong> organizações e a satisfação<br />

dos colaboradores. Finalmente, José Enrique falou-nos<br />

sobre o tema B2C. “Penso que o B2C é<br />

mais um canal e considero-o pouco representativo<br />

no nosso país. Contudo, no futuro isto pode<br />

mudar, até porque os hábitos <strong>das</strong> pessoas mudam.<br />

Encaro-o mais como uma oportunidade e não tanto<br />

como uma ameaça”, conclui. l<br />

A RS CONTRERAS, FUNDADA EM 1946, ASSUME-SE COMO O DISTRIBUIDOR<br />

DE PNEUS MAIS ANTIGO DE PORTUGAL, EPÍTETO DO QUAL SE ORGULHA.<br />

TEM ATUALMENTE 5.000 M2 DE ARMAZÉM, MAIS DE 70.000 PNEUS EM<br />

stocK E 27 FUNCIONÁRIOS<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 103


NOTÍCIAS // PNEUS E EQUIPAMENTOS À MEDIDA DE CADA NEGÓCIO<br />

Pneus<br />

VIP_0066_24_AN REVISTA DOS PNEUS PORTUGAL_JUN_11,5x14,5.pdf 1 21/05/2024 11:30<br />

PIRELLI SCORPION<br />

“BRILHAM” NO RALI<br />

DE PORTUGAL<br />

Pneus Pirelli Scorpion / Os novos pneus Scorpion da Pirelli não<br />

passaram despercebidos no exigente teste do Rali de Portugal,<br />

com Sebastien Ogier, piloto da Toyota, numa competição<br />

cheia de emoções e com diversas alterações na classificação Ott<br />

Tanak, que venceu o Super Sunday, e Thierry Neuville, que levou a<br />

melhor na Power Stage, terminaram na segunda e terceira posição<br />

respetivamente. “Entre as principais características de um rali que,<br />

em alguns aspetos, foi atípico, foi o facto de o piso da estrada estar<br />

muitas vezes escorregadio durante a manhã, especialmente para os<br />

primeiros carros, devido ao orvalho, com menos terra do que o habitual,<br />

o que colocou vários desafios no que diz respeito à aderência”,<br />

explicou a Pirelli em comunicado. “Nestas condições, o composto<br />

macio Scorpion KX WRC SB, foi, sem surpresas, o principal, tendo<br />

sido de longe a escolha preferida dos pilotos de Rally, que só optaram<br />

pelo duro na tarde de sexta-feira, para a segunda passagem daquele<br />

que foi o dia mais exigente de todo o rali”, acrescentou. Terenzio Testoni,<br />

responsável pelas atividades de rali da Pirelli, afirmou: “Estamos<br />

muito satisfeitos com os novos pneus, especialmente os macios,<br />

que provaram ser adequados para as superfícies molha<strong>das</strong> e frias encontra<strong>das</strong><br />

pela manhã, bem como para as condições de piso seco à<br />

tarde, quando foram usados em combinação com o composto duro”.<br />

PUB<br />

VENCEM 24 HORAS DE LE MANS 2024<br />

MICHELIN e FERRARI | O Ferrari nº 50 pilotado por Miguel Molina, Antonio Fuoco e Nicklas<br />

Nielsen saiu vitorioso nas 24 Horas de Le Mans de 2024 com os pneus da Michelin. A prova contou com<br />

a participação de 23 Hypercars, alinhados por nove fabricantes diferentes. Com estes números, a prova<br />

cumpriu os prognósticos, e ofereceu aos 329 mil adeptos várias surpresas durante o circuito, uma <strong>das</strong><br />

corri<strong>das</strong> mais renhi<strong>das</strong> e intensas na sua história.<br />

A vitória saiu ao Ferrari nº 50, de Fuoco/Molina/Nielsen, mas Cadillac, Porsche e Toyota também lideraram<br />

em diferentes momentos. Os pilotos que terminaram no pódio ficaram separados por apenas 36<br />

segundos, depois de 311 voltas e 4237 quilómetros percorridos. Na segunda e terceira posições ficaram<br />

a Toyota nº 7 (+14 segundos) e o Ferrari nº 51 (+36 segundos), assegurando o vigésimo quinto pódio<br />

completo para as equipas Michelin no Circuito de La Sarthe. A marca francesa também aumentou o seu<br />

recorde de imbatibilidade na corrida, até às 27 vitórias consecutivas.


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Entrevista<br />

VÍTOR MAGANO, COUNTRY MANAGER DA TIRESUR<br />

OS OBJETIVOS A QUE<br />

NOS PROPUSEMOS<br />

SÃO BASTANTE AMBICIOSOS!<br />

O GRUPO AM TIRESUR, COM SEDE EM GRANADA, É UM DOS PRINCIPAIS DISTRIBUIDORES<br />

DE PNEUS NA PENÍNSULA IBÉRICA, COM UM EXTENSO CATÁLOGO E UM STOCK DE MAIS<br />

DE UM MILHÃO PNEUS. EM PORTUGAL, PASSOU NO ÚLTIMO ANO POR UMA FASE DE AJUSTES<br />

INTERNOS, O QUE SE REFLETIU NA CONFIANÇA DO MERCADO NA EMPRESA. EM ENTREVISTA<br />

AO JO, VÍTOR MAGANO, COUNTRY MANAGER DA TIRESUR, EXPLICA COMO VAI FORTALECER<br />

A RELAÇÃO COM OS CLIENTES E VOLTAR A CRESCER NA ORDEM DOS DOIS DÍGITOS<br />

A<br />

AM Tiresur, fechou o ano de 2023, superando<br />

as previsões iniciais e atingindo<br />

um volume de negócios global de 172<br />

milhões de euros. Para alcançar estes valores<br />

contou com o valioso contributo da Tiresur Portugal<br />

que teve um desempenho acima <strong>das</strong> expetativas.<br />

Esta taxa de crescimento deveu-se essencialmente<br />

a uma estratégia de continuidade<br />

dos processos que têm sido implementados nos<br />

últimos anos, e também nas marcas que representa,<br />

que permitem, não só fidelizar os clientes<br />

habituais, mas também angariar novos clientes.<br />

Marcos Fernández foi recentemente nomeado<br />

Diretor Geral Ibérico da AM Tiresur. O que vai<br />

mudar na estratégia da empresa com esta<br />

nomeação?<br />

Como todos sabemos, Marcos Fernández é uma<br />

pessoa com um vasto percurso no mundo dos<br />

pneus, com muita experiência na liderança de<br />

equipas, e que tem um profundo conhecimento<br />

dos mercados espanhol e português, uma vez que<br />

ocupou durante muitos anos o cargo de Diretor<br />

Geral para a Europa do Sul na Cooper. Assim, a<br />

chegada de Marcos Fernández à Tiresur reforça<br />

ainda mais os nossos pilares estratégicos e permite<br />

que a nossa empresa ganhe impulso nesta<br />

nova etapa de crescimento. Todo este know-how<br />

é o que a Tiresur pode aproveitar para alcançar<br />

níveis de crescimento ainda maiores.<br />

Com a entrada em funcionamento do novo<br />

armazém de Burgos, qual a área total de armazenagem<br />

da Tiresur na Península Ibérica?<br />

Com a entrada em funcionamento do armazém<br />

de Burgos (para já é apenas a primeira fase), a<br />

Tiresur passa a ter 45.000 metros quadrados estrategicamente<br />

localizados na Península Ibérica.<br />

Em termos de pneus, estamos a falar de quase um<br />

milhão de pneus em stock, para podermos servir<br />

cada vez melhor os nossos clientes. Estamos convictos<br />

de que, a curto prazo, o mercado português<br />

também beneficiará deste novo centro logístico,<br />

uma vez que vamos passar a ter possibilidade de<br />

aceder a um leque de marcas e medi<strong>das</strong> significativamente<br />

maior e mais abrangente.<br />

Considera a Tiresur uma empresa digitalizada?<br />

Nos últimos anos temos vindo a melhorar muito<br />

o nosso nível de digitalização, e atualmente estamos<br />

num patamar bastante razoável a esse nível,<br />

por isso, podemos dizer que sim, a Tiresur é uma<br />

empresa digitalizada. Mas como no que diz respeito<br />

a este tema, estão sempre a surgir novidades<br />

e novas aplicações que podemos implementar,<br />

estamos com alguns projetos em fase final<br />

de desenvolvimento, cuja aplicação, dentro em<br />

breve, nos aportará benefícios de vária ordem.<br />

Como tem evoluído a vossa plataforma B2B<br />

A Tiresur Portugal apresentou um novo B2B<br />

ao mercado no início do mês de fevereiro deste<br />

ano, no seguimento do que já havia acontecido<br />

em Espanha. Esta nova plataforma é muito mais<br />

rápida, intuitiva e apresenta novas funcionalidades<br />

que não estavam disponíveis no anterior<br />

B2B. Neste momento, em Espanha já estamos a<br />

desenvolver um novo upgrade ao novo B2B, que<br />

estará disponível em breve, e que ficará também<br />

disponível para os clientes de Portugal.<br />

Como é constituído o portfólio da Tiresur?<br />

A nossa oferta ao mercado, pode ser dividida<br />

em dois grandes grupos: As marcas que são representa<strong>das</strong><br />

por nós no mercado nacional, <strong>das</strong><br />

A TIRESUR TEM VINDO A ALARGAR A GAMA DE PNEUS ELÉTRICOS EM STOCK.<br />

NESTE MOMENTO, JÁ TEM PNEUS PARA VE NAS SUAS MARCAS OVATION<br />

E AUSTONE, E ALGUMAS REFERÊNCIAS NAS MARCAS PREMIUM, COM<br />

DESTAQUE PARA A DISPONIBILIDADE EM TODA A GAMA PIRELLI P ZERO E<br />

106 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


VÍTOR MAGANO<br />

A PRINCIPAL APOSTA DA TIRESUR TEM SIDO PRIVILEGIAR A RELAÇÃO COM<br />

OS CLIENTES, TENTANDO ESTAR O MAIS PRÓXIMO POSSÍVEL E TER COM<br />

ELES UMA RELAÇÃO SIMPLES E PROFISSIONAL. PARA ISSO, DISPÕE DE UMA<br />

EQUIPA TOTALMENTE DEDICADA ÀS NECESSIDADES DE CADA CLIENTE<br />

quais fazem parte Giti, GT Radial,<br />

Triangle, Austone, Ovation<br />

e Sunfull, a MRL no segmento<br />

de agro-industriais, e também<br />

a Uniroyal (do grupo Continental)<br />

no segmento de camião; e as<br />

marcas gerais do mercado, onde<br />

temos oferta em ligeiros e pesados<br />

da Continental, Pirelli, Michelin,<br />

Goodyear, Bridgestone, Firestone e<br />

Yokohama. Com este leque de marcas,<br />

conseguimos uma solução para<br />

to<strong>das</strong> as solicitações do mercado.<br />

Relativamente às marcas exclusivas,<br />

sempre promovemos a sua<br />

comercialização de modo que estas<br />

representam um peso significativo<br />

no volume de negócios da empresa,<br />

tanto em unidades como em faturação.<br />

A estratégia para aumentar<br />

as suas ven<strong>das</strong> passa em primeiro<br />

lugar, por uma aposta clara da empresa<br />

na continuidade <strong>das</strong> marcas<br />

que trabalha. É por isso que desenvolvemos<br />

as marcas GT Radial há<br />

mais de 25 anos e a marca Ovation<br />

há mais de 13 anos. O mercado<br />

reconhece-nos essa estabilidade, e<br />

isso permite a um cliente recomendar<br />

as nossas marcas, pois sabe<br />

que amanhã as continuará a ter<br />

disponíveis para comprar. Outro<br />

ponto fundamental, é que se trata<br />

de marcas com qualidade reconhecida<br />

pelo mercado. Com estes dois<br />

trunfos, temos desenvolvido mecânicas<br />

de fidelização de clientes, que<br />

nos têm permitido um crescimento<br />

sustentado ao longo dos anos.<br />

Qual a importância <strong>das</strong> marcas<br />

exclusivas Triangle, GT Radial e<br />

Giti, para o futuro da Tiresur?<br />

Eu diria que estas 3 marcas são estratégicas<br />

para a empresa. Por várias<br />

razões. Para começar, são as 3<br />

marcas em que assenta o conceito<br />

da nossa rede de oficinas Center’s<br />

Auto. No caso da Triangle, porque<br />

a Tiresur comercializa toda a gama<br />

que a marca disponibiliza, desde os<br />

pneus de automóvel, aos pesados<br />

para camiões e aos pneus de OTR<br />

para engenharia civil. A marca GT<br />

Radial porque tem sido ao longo<br />

de mais de 25 anos a marca quality<br />

que a Tiresur comercializa, oferecendo<br />

ao mercado uma proposta<br />

de excelente relação qualidade /<br />

preço, e que o mercado reconhece<br />

como tal. Em relação à Giti, é<br />

uma marca que nos vai elevar a<br />

um outro nível. Tanto em termos<br />

de qualidade de produto – é uma<br />

marca que tem equipamento de<br />

origem em várias marcas de carros<br />

do grupo VW, como em termos de<br />

imagem no mercado. A Giti está<br />

intimamente ligada à competição,<br />

tanto de automóveis como de camiões.<br />

Toda esta tecnologia transportada<br />

para a construção dos<br />

pneus Giti, dá-nos garantias de um<br />

produto de grande qualidade.<br />

Como funciona a logística de<br />

entrega de encomen<strong>das</strong> nos<br />

clientes? Quantas entregas<br />

fazem por dia?<br />

Dependendo da zona onde se vão<br />

efetuar as entregas, estas podem<br />

ser diárias ou bi-diárias. Nas zonas<br />

do Algarve, grande Lisboa, Santarém,<br />

Leiria, e na zona do grande<br />

Porto, até Braga (algumas localidades),<br />

temos entregas bi-diárias.<br />

Nas restantes zonas do continente<br />

as entregas são diárias. Para a ilha<br />

da Madeira, temos 2 saí<strong>das</strong> por<br />

semana, e para o arquipélago dos<br />

Açores, uma saída semanal.<br />

A Tiresur possui a rede de <strong>Oficinas</strong><br />

Center´s Auto. Como tem sido<br />

o desenvolvimento desta rede?<br />

A nossa rede Center’s Auto tem vindo<br />

a crescer ao longo dos últimos<br />

anos. Como em todos os projetos<br />

do género, também o projeto da<br />

nossa rede passou por várias etapas<br />

de maturidade. Se no início,<br />

para criar o conceito de rede com<br />

abrangência nacional, o importante<br />

era conseguir angariar oficinas<br />

para o projeto, hoje damos mais<br />

relevância à qualidade que cada<br />

oficina nos pode aportar à imagem<br />

da rede. Obviamente que continua<br />

a ser importante conseguir garantir<br />

uma cobertura nacional com a nossa<br />

imagem, mas o foco está cada vez<br />

mais na qualidade, e não na quan-<br />

tidade. Atualmente, a rede Center’s<br />

Auto é composta por mais de 150<br />

oficinas na Península Ibérica, com<br />

um total de 42 oficinas no nosso<br />

país. Este ano, 6 oficinas já se juntaram<br />

à nossa rede, o que é um bom<br />

sinal da confiança que o mercado<br />

tem na empresa, na equipa Tiresur<br />

e na estratégia atual. O sócio responsável<br />

pela gestão da rede declarou<br />

que pretende atingir 50 oficinas<br />

na nossa rede até ao final de 2024.<br />

Como estão a conseguir fidelizar<br />

os clientes?<br />

A Tiresur tem conseguido crescer no<br />

número de clientes a comprar. Esse<br />

é o um dos melhores indicadores da<br />

fidelização dos clientes. Para o conseguir,<br />

lança campanhas de forma<br />

regular, tentando abranger os vários<br />

segmentos do mercado. Estas campanhas<br />

podem ser tanto campanhas<br />

sell in, para a oficina nossa cliente,<br />

como sell out, destina<strong>das</strong> ao consumidor<br />

final. Também organizamos<br />

uma viagem anual de incentivo,<br />

mas apenas destinada a premiar a<br />

fidelização dos nossos parceiros da<br />

rede Center’s Auto.<br />

Quais os maiores desafios que<br />

a Tiresur está a enfrentar na<br />

atualidade?<br />

Na segunda metade do ano de 2023<br />

e início de 2024, a Tiresur passou<br />

por uma fase de ajustes internos, o<br />

108 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


que se refletiu na confiança do mercado<br />

na empresa. Para 2024, para<br />

além de ter de crescer em relação aos<br />

volumes de 2023, uma <strong>das</strong> grandes<br />

apostas da empresa é continuar a<br />

aumentar o número de clientes e<br />

manter a confiança do mercado.<br />

Felizmente, estamos a superar to<strong>das</strong><br />

as expectativas e os indicadores<br />

que temos até ao final de maio são<br />

muito encorajadores. Além disso,<br />

estamos a aproveitar este ambiente<br />

de crescimento para promover uma<br />

série de procedimentos internos,<br />

que nos permitem melhorar significativamente<br />

o nosso desempenho, e<br />

temos também outra série de projetos<br />

de melhoria qualitativa em preparação,<br />

que estamos a desenvolver<br />

com vista à sua implementação no<br />

decurso deste ano.<br />

Quais as expetativas da Tiresur<br />

para 2024?<br />

Conforme referimos atrás, o projeto<br />

para 2024 passa por melhorar<br />

os resultados de 2023, em vários<br />

indicadores chave, como são o número<br />

de unidades vendi<strong>das</strong>, o volume<br />

de faturação, a margem bruta,<br />

entre outros indicadores financeiros<br />

e operacionais. E colocámos a<br />

fasquia bastante elevada, pois os<br />

objetivos a que nos propusemos<br />

são bastante ambiciosos, com um<br />

crescimento pretendido na ordem<br />

dos dois dígitos. l<br />

HAVERÁ CADA VEZ MAIS UMA FIDELIZAÇÃO<br />

DAS CASAS DE PNEUS ÀS REDES DE RETALHO<br />

mercado português ainda é muito<br />

O tradicional, com a grande fatia da venda<br />

de pneus a ser feita pelas casas tradicionais dos<br />

especialistas de pneus, que de acordo com os<br />

últimos dados, ainda representam mais de 75%<br />

do total <strong>das</strong> ven<strong>das</strong>. No entanto este paradigma<br />

tem vindo a alterar-se, um pouco à semelhança<br />

do que já acontece noutros países europeus,<br />

onde as ven<strong>das</strong> dos especialistas de pneus já não<br />

representam sequer 50% do total <strong>das</strong> ven<strong>das</strong>.<br />

Com estes dados, é fácil entender que é uma<br />

questão de (pouco) tempo até que o mesmo se<br />

passe no nosso mercado, e a prova disso mesmo<br />

são o crescente interesse <strong>das</strong> oficinas de<br />

mecânica e os concessionários automóveis<br />

também montarem pneus. Na Tiresur estamos<br />

atentos a estas alterações e temos claramente<br />

identificada esta alteração como um ponto onde<br />

ainda temos um caminho longo a percorrer, por<br />

isso estamos a criar condições para podermos<br />

estar à altura deste desafio.<br />

Os pneus para veículos elétricos podem<br />

representar uma boa oportunidade de negócio<br />

para as oficinas. O número de viaturas elétricas<br />

não para de aumentar, e com isso, vem a<br />

consequente maior procura por esse tipo de<br />

pneus. E como estamos a falar de viaturas<br />

com mais peso devido às baterias, e com uma<br />

capacidade de aceleração instantânea, estes<br />

pneus poderão ter um desgaste mais rápido, e<br />

isso pode beneficiar aqueles que se dediquem à<br />

venda deste tipo de produto.<br />

Embora o custo médio dos pneus continue<br />

a aumentar, nós na Tiresur continuamos<br />

empenhados em absorver algum deste efeito<br />

para proteger os preços que oferecemos<br />

aos nossos clientes. Em 2024 assistiremos a<br />

um período de instabilidade generalizada<br />

dos preços, devido não só ao aumento <strong>das</strong><br />

matérias-primas, mas essencialmente ao<br />

aumento do custo dos fretes marítimos, no<br />

entanto estamos empenhados em manter o<br />

nível de competitividade e garantir as melhores<br />

condições para os nossos clientes.<br />

De acordo com os dados de mercado, verifica-se<br />

uma tendência dos utilizadores pelas marcas<br />

budget, que têm vindo a ganhar maior peso<br />

no volume total <strong>das</strong> ven<strong>das</strong>. Esta tendência<br />

de mercado também está relacionada com a<br />

estratégia seguida por todos os fabricantes<br />

Premium, mas a subida dos preços seguramente<br />

irá acentuar essa tendência. O esmagamento<br />

<strong>das</strong> margens é a questão que acredito todos<br />

os players do mercado gostariam de ver<br />

respondida. Não há dúvida que a redução <strong>das</strong><br />

margens é um problema que afeta a todos;<br />

mais a uns, menos a outros, mas afeta a todos.<br />

Acredito que a solução para este problema teria<br />

que envolver todos os agentes do mercado, e<br />

poderia passar pela definição de regras, onde<br />

determinados parâmetros fossem balizados, e<br />

claro, respeitados por todos.<br />

Eu creio que a médio prazo iremos assistir<br />

a algumas alterações tanto na forma de<br />

comercializar pneus, como no próprio produto<br />

em si. Os novos canais de venda vão continuar<br />

a ganhar cada vez mais peso no volume total<br />

de ven<strong>das</strong> de pneus. Haverá cada vez mais<br />

uma fidelização <strong>das</strong> casas de pneus às redes de<br />

retalho. Estes são processos que se iniciaram<br />

há algum tempo e vão continuar a acelerar. Os<br />

players da distribuição vão ter um papel cada<br />

vez mais importante na comercialização de<br />

pneus, porque acredito que os fabricantes irão<br />

continuar a reduzir as suas estruturas. A nível do<br />

produto em si, iremos assistir a uma cada vez<br />

maior preocupação ambiental. Os consumidores<br />

estão cada vez mais atentos e mais exigentes.<br />

Acredito que num futuro próximo os pneus<br />

terão “ingredientes” bem diferentes dos de<br />

hoje. Só para termos uma ideia, já hoje existem<br />

pneus fabricados com materiais derivados da<br />

reciclagem de garrafas de plástico.<br />

A verdade é que o pneu é efetivamente<br />

muito importante, senão o elemento mais<br />

importante da segurança de um veículo. Seria<br />

importante que todos os agentes do setor,<br />

desde fabricantes, passando pelos distribuidores<br />

e responsáveis de cada oficina, fizessem esse<br />

trabalho de sensibilização do consumidor<br />

final. Para um vulgar consumidor, pode não<br />

ser muito fácil de entender que na construção<br />

de um pneu está envolvida mais tecnologia<br />

do que no fabrico de um automóvel. Mas a<br />

realidade é mesmo esta. E deve partir de todos<br />

nós que lidamos com pneus diariamente a<br />

responsabilidade de passar esta mensagem,<br />

dando ao produto que vendemos a importância<br />

e o valor que ele tem.<br />

A TIRESUR TEM A PREOCUPAÇÃO DE INOVAR CONTINUAMENTE.<br />

NESTE MOMENTO TEM ALGUNS PROJETOS EM DESENVOLVIMENTO<br />

QUE VISAM MELHORAR A OPERAÇÃO E QUE SERÃO TANTO A NÍVEL<br />

LOGÍSTICO COMO A NÍVEL DA RELAÇÃO COM O CLIENTE NO DIA-A-DIA<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I Julho 2024 109


NOTÍCIAS // PNEUS E EQUIPAMENTOS À MEDIDA DE CADA NEGÓCIO<br />

Pneus<br />

CONTINENTAL<br />

QUER PRODUZIR APENAS<br />

PNEUS NEUTROS EM CO 2<br />

Desde o início de 2024 que a Continental tem conseguido produzir pneus neutros<br />

em termos de CO 2 na sua fábrica de pneus em Lousado, Portugal. O fabricante<br />

de pneus deu assim um passo importante na direção ao seu objetivo<br />

de produção completamente neutra em CO 2 . Este objetivo só é possível graças à geração<br />

de vapor através de uma caldeira inovadora, que funciona inteiramente com<br />

eletricidade. A Continental utiliza energia solar proveniente de painéis fotovoltaicos<br />

e eletricidade renovável da rede elétrica para a geração de vapor. Anteriormente,<br />

o gás natural era utilizado como única fonte de energia para a geração de vapor na<br />

fábrica de pneus de Lousado. Na indústria de pneus, grande parte da energia consumida<br />

é utilizada para gerar vapor, necessário para dar forma aos pneus, no processo<br />

conhecido como vulcanização. A energia térmica transforma a borracha bruta em<br />

borracha flexível e elástica. Com uma capacidade de produção anual de 18 milhões<br />

de pneus, a fábrica de Lousado é uma mega fábrica. Até 2040, o mais tardar, a Continental<br />

pretende mudar completamente to<strong>das</strong> as fábricas de pneus para processos<br />

de produção neutros em CO 2 .<br />

TERMINA COM CHAVE DE OURO<br />

The Tire Cologne 2024 | A principal feira internacional dedicada à indústria<br />

dos pneus, The Tire Cologne, destacou-se este ano pelo forte crescimento no<br />

número de expositores e visitantes, com vários painéis focados na sustentabilidade.<br />

Este ano, o evento recebeu 430 expositores de 35 países e cerca de 14.400 participantes<br />

de 109 países. A feira internacional dedicada à indústria dos pneus provou,<br />

mais uma vez, ser uma grande oportunidade para reunir vários players do mercado<br />

de forma a trocarem ideias e apresentar algumas <strong>das</strong> inovações que estão a moldar<br />

o futuro. A edição deste ano demonstrou estar focada no tema da sustentabilidade<br />

através do uso responsável dos recursos. Temas como a conservação de recursos ou<br />

a reciclagem, desempenharam um papel decisivo para muitas inovações presentes<br />

nos expositores. Uma prova de que a indústria dos pneus dificilmente poderá ser<br />

concebida sem a economia circular. Na área da Economia Circular, estiveram presentes<br />

cerca de 50 empresas dedica<strong>das</strong> à recauchutagem, com painéis de discussão<br />

temáticos que vieram complementar o programa com abordagens inovadoras. Com<br />

uma oferta abrangente e a sua orientação internacional, a feira apresentou claramente<br />

o caminho para uma mobilidade mais segura e sustentável para a sociedade.<br />

A feira volta a realizar-se daqui a dois anos, de 9 a 11 de junho de 2026.<br />

JUNTAS POR MAIS TRÊS ANOS<br />

Hankook e UEFA | A Hankook vai prolongar o seu compromisso de sucesso<br />

com a UEFA Europa League por mais três anos, até ao final da época 2026/27.<br />

Através do patrocínio da UEFA Conference League, a Laufenn, segunda marca da<br />

Hankook, pretende continuar a fortalecer a sua imagem de marca como fornecedor<br />

do segmento Quality. Com o início do novo ciclo de patrocínio de três anos, a temporada<br />

da UEFA Europa League passará de uma fase de grupos de 32 equipas para uma<br />

fase da liga com 36 equipas. Isto significa que mais quatro equipas terão a oportunidade<br />

de participar nesta prestigiada competição. Com o novo formato, cada equipa<br />

enfrentará oito adversários diferentes num total de oito jogos, sendo quatro em casa<br />

e quatro fora. Ou seja, fãs de futebol, clientes e parceiros de Hankook e Laufenn<br />

poderão acompanhar as parti<strong>das</strong> de um total de 72 times. Na fase do campeonato,<br />

cada golo, cada ponto e posição na tabela contam, produzindo duelos de primeira<br />

classe desde o primeiro dia. O conceito da nova temporada é complementado por<br />

diferentes direitos de patrocínio e atividades que a Hankook Tire garantiu para as<br />

competições da UEFA Europa League e da UEFA Conference League.<br />

CELEBRAM PARCERIA<br />

Bridgestone e Altaroda | A Bridgestone Europe e a Altaroda uniram-se para fechar uma parceria que visa<br />

equipar e formar oficinas clientes do fabricante de pneus. O objetivo desta parceria é o de garantir que as empresas clientes<br />

da Bridgestone possuem os equipamentos e o know-how necessários para a realização de todo o tipo de intervenções ao<br />

nível dos serviços de pneus. Como resultado desta parceria, a Altaroda já equipou 10 centros de uma operadora de transportes<br />

públicos, sendo que, para este cliente específico, a Bridgestone garante o fornecimento de pneus e a Altaroda assegura o<br />

fornecimento, formação e assistência técnica de todo o equipamento oficinal e consumíveis associados, por um período de<br />

3 anos. A Altaroda é uma empresa com mais de 16 anos de atividade, que se dedica à comercialização de equipamentos oficinais<br />

e consumíveis para pneus, sendo já uma referência no mercado português. Representante exclusivo para Portugal <strong>das</strong><br />

marcas Mondolfo Ferro, Tech, Mak, Alutec, Rial e ATS entre outras, teve em 2023 mais de 2.5 milhões de volume de negócios.<br />

110 Junho I Julho 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


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