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Edição com especial sobre Seguro de Vida, mostrando que o produto está cada vez mais completo, com coberturas para serem utilizadas em vida. Matérias especiais com AgroNational, Wiz Co e Opipari Seguros.

Edição com especial sobre Seguro de Vida, mostrando que o produto está cada vez mais completo, com coberturas para serem utilizadas em vida. Matérias especiais com AgroNational, Wiz Co e Opipari Seguros.

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Mala Direta<br />

Básica<br />

9912281412/2011-SE/SPM<br />

Correcta Editora<br />

MAIO | 2024<br />

Nº 297 • ANO 29<br />

IMPRESSO FECHADO<br />

Pode ser aberto pela ECT<br />

Especial Seguro de Vida<br />

MUITO ALÉM DA<br />

COBERTURA DE MORTE<br />

Seguradoras investem para acoplar aos produto de vida<br />

serviços e coberturas que possam ser utilizadas em vida<br />

AS NOVAS CIRCULARES SUSEP<br />

698 E 699, DE 2024<br />

Objetivo é que elas<br />

promovam um salto para a<br />

modernização e atualização<br />

das regulamentações de vida e<br />

previdência privada<br />

PLANEJAR O FUTURO COM<br />

SEGURO DE VIDA<br />

Apólices de seguro de vida<br />

são modelos versáteis<br />

e indispensáveis para<br />

planejamento sucessório, com<br />

indenização rápida<br />

AgroNational<br />

desenvolve tecnologia para apoiar o seguro e crédito rural<br />

A empresa de serviços vai fornecer e interpretar dados, integrando base climática,<br />

inteligência de campo e informações sócio-ambientais de qualidade para seus clientes


EDITORIAL<br />

A vida mais<br />

completa<br />

Oseguro de vida há muito tempo deixou de ser aquele<br />

produto com cobertura apenas para a morte do titular.<br />

Ele se modernizou e, aos poucos, a sociedade começou a<br />

perder o medo de falar sobre a finitude do ser humano e a necessidade<br />

de planejar o futuro.<br />

Como instrumento de educação financeira, o seguro de<br />

vida é uma excelente ferramenta, pois sua indenização independe<br />

da formalização de inventário.<br />

Ele também é a garantia de que as famílias terão um valor<br />

para tentar reconstruir a vida após uma grande perda. É quase<br />

um carinho e uma prova de afeto de quem parte.<br />

Porém, o melhor argumento de vendas para os mais céticos<br />

são os serviços de assistência e coberturas que hoje orbitam<br />

no seguro de vida.<br />

Para os profissionais liberais, pode existir a cobertura majorada<br />

para as partes do corpo que ele desejar. As coberturas que<br />

ocupam o posto de queridinha dos consumidores é a de doenças<br />

graves e o serviço de telemedicina. Mas tem muitas outras coberturas<br />

para serem usadas enquanto o consumidor está “vivinho da<br />

silva”, como nutricionista, suporte para esportes, auxílio funeral,<br />

incapacidade temporária, entre outras.<br />

Apesar do seguro de vida não avançar na sua participação<br />

de mercado, ele continua sendo a grande aposta das seguradoras<br />

para atingir, por aqui, a mesma participação de países mais<br />

desenvolvidos.<br />

MAIO • 2024 • Nº 297 • ANO 29<br />

EXPEDIENTE<br />

Diretora de Redação:<br />

Kelly Lubiato - MTB 25933<br />

klubiato@revistaapolice.com.br<br />

Diretora de Negócios:<br />

Graciane Pereira<br />

graciane@revistaapolice.com.br<br />

Redação:<br />

Nicole Fraga - MTB 92836<br />

nicole@revistaapolice.com.br<br />

Colaborador:<br />

André Felipe de Lima<br />

Diagramação e Arte:<br />

Enza Lofrano<br />

Tiragem:<br />

12.000 exemplares<br />

Circulação:<br />

Nacional<br />

Periodicidade:<br />

Mensal<br />

Os artigos assinados são de<br />

responsabilidade exclusiva de<br />

seus autores, não representando,<br />

necessariamente, a opinião desta revista.<br />

Esta revista é uma<br />

publicação independente<br />

da Correcta Editora Ltda e<br />

de público dirigido<br />

Boa leitura<br />

Diretora de Redação<br />

CORRECTA EDITORA LTDA<br />

Administração, Redação e Publicidade:<br />

Avenida Ibirapuera, 2033 - cjto 183<br />

Edifício Edel Trade Center<br />

04029-901 São Paulo/SP<br />

CNPJ: 00689066/0001-30<br />

Mande suas dúvidas,<br />

críticas e sugestões para<br />

redacao@revistaapolice.com.br


CONTEÚDO<br />

www.revistaapolice.com.br<br />

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linkedin.com/apolice<br />

instagram.com/revista_apolice<br />

ESPECIAL SEGURO DE VIDA<br />

CIRCULARES<br />

O mercado de seguros<br />

trabalha para que as<br />

novas circulares susep<br />

698 e 699, de 2024,<br />

promovam um decisivo<br />

salto para modernização<br />

e atualização das<br />

regulamentações<br />

>> PÁG. 16<br />

COMERCIALIZAÇÃO<br />

Seguro de vida busca<br />

ocupar um lugar de<br />

destaque no mercado,<br />

investindo em novas<br />

coberturas que podem<br />

ser utilizadas pelo título<br />

ainda em vida.<br />

>> PÁG. 10<br />

PLANEJAMENTO<br />

SUCESSÓRIO<br />

A indenização do<br />

seguro de vida<br />

chega aos herdeiros<br />

mais rapidamente<br />

que o resultado de<br />

um inventário, que<br />

geralmente leva anos<br />

para ser concluído<br />

>> PÁG. 20<br />

ÍNDICE<br />

05 painel<br />

06 gente<br />

08 seguro e crédito agrícola<br />

AgroNational faz parceria com Cyan<br />

Agroanalytics para formatar uma plataforma<br />

integrada para rastrear todo o processo de<br />

gerenciamento de risco e crédito agrícola<br />

ESPECIAL SEGURO DE VIDA<br />

15 wiz co<br />

Wiz co e grupo omni oferecem produtos com<br />

preços populares, dentro da carteira minha<br />

família finsol<br />

EVENTOS<br />

22 agenda institucional<br />

Cnseg apresenta 2ª edição da agenda<br />

institucional para deputados, senadores e<br />

representantes do poder executivo<br />

24 premiação<br />

Os premiados na campanha da bradesco<br />

seguros participam de uma vivência única que<br />

envolve lazer, cultura e esportes<br />

26 congrecor<br />

Congresso foi promovido para ampliar o olhar<br />

do corretor de seguros sobre o seu próprio<br />

negócio<br />

30 comemoração<br />

Opipari seguros comemora 35 anos investindo<br />

no crescimento profissional dos corretores<br />

parceiros<br />

Os artigos assinados são de<br />

responsabilidade exclusiva de seus autores,<br />

não representando, necessariamente, a<br />

opinião desta revista.<br />

4


PAINEL<br />

qualificação<br />

Escola lança 2º Concurso de Artigos<br />

Acadêmicos em Seguros<br />

Está aberto o período<br />

de inscrição para o II Concurso<br />

ENS de Artigos Acadêmicos em<br />

Seguros. Organizado pela ENS<br />

(Escola de Negócios e Seguros),<br />

a iniciativa tem como objetivo<br />

promover o conhecimento e a educação no setor<br />

de seguros em todo o Brasil, incentivando pesquisadores<br />

a contribuir com ideias inovadoras e insights valiosos.<br />

Com abrangência nacional e aberto a pesquisadores<br />

vinculados ou não a programas de pós-graduação,<br />

o concurso aceita trabalhos de cunho teórico e estudos<br />

de caso ou bibliográficos, desde que sejam totalmente<br />

inéditos, ou seja, não publicados em revistas científicas<br />

ou livros.<br />

As três categorias são: - Regulação do Mercado:<br />

Prêmio “Marco Antonio Rossi”; - Direito de Seguro e Resseguro:<br />

Prêmio “Henrique Brandão”; - Tecnologia e Inovação:<br />

Prêmio “Mario Petrelli”.<br />

Os interessados podem submeter trabalhos até<br />

31 de agosto e, assim, concorrer à premiação de até<br />

R$ 20 mil, reservada para o primeiro colocado de cada<br />

categoria.<br />

patrocínio<br />

Futebol Sulamericano recebe apoio<br />

A Mapfre e Conmebol (Confederação Sul-Americana<br />

de Futebol) anunciaram o acordo de patrocínio<br />

em que a seguradora estará presente na maior competição<br />

de clubes do continente. O acordo, que começa em<br />

maio de 2024 e se estende até dezembro de 2026, inclui<br />

o patrocínio da Conmebol<br />

Libertadores, e consiste em<br />

ativações e promoções da<br />

marca em todas as partidas<br />

da competição em todos os<br />

países em que o torneio é<br />

realizado.<br />

“Na Mapfre, trabalhamos para cuidar do que é<br />

importante para nossos milhões de clientes, e na América<br />

Latina poucas coisas importam mais do que o futebol,<br />

um esporte que promove valores como esforço, trabalho<br />

em equipe, igualdade, inclusão, autoestima e respeito.<br />

É por isso que decidimos dar este passo de patrocinar<br />

a competição de clubes da Conmebol para ajudar a<br />

promover o esporte em um continente unido por uma<br />

paixão”, disse Antonio Huertas, presidente da Mapfre.<br />

“Queremos estar ao lado dos fãs e oferecer experiências<br />

valiosas e únicas, construindo uma conexão emocional<br />

com o público a longo prazo”, acrescentou.<br />

estatística<br />

Mercado de seguros inicia 2024 com crescimento de 17,3%<br />

A Superintendência de Seguros<br />

Privados (Susep) divulgou o seu<br />

relatório Síntese Mensal, com dados<br />

do setor de seguros referentes ao mês<br />

de fevereiro de 2024. Segundo o documento,<br />

a arrecadação do setor supervisionado<br />

no primeiro bimestre do<br />

ano foi de R$ 68,29 bilhões, representando<br />

uma alta de 17,3% em relação ao mesmo período<br />

de 2023.<br />

De acordo com o relatório, os valores que retornaram<br />

à sociedade somaram um total de R$ 38,99 bilhões até<br />

o segundo mês do ano, dos quais, R$18,19 bilhões apenas<br />

em fevereiro.<br />

Confira outros dados que tiveram destaque na<br />

nova edição do relatório Síntese Mensal, todos referentes<br />

ao período de fevereiro de 2024.<br />

Os segmentos de seguros de<br />

danos e pessoas, excluindo-se o VGBL,<br />

tiveram uma arrecadação de R$ 32,14<br />

bilhões, alta de 12,7% frente ao mesmo<br />

período do ano anterior, quando a arrecadação<br />

foi de R$ 28,5 bilhões.<br />

Já os seguros de danos apresentaram<br />

alta de 10,7% na arrecadação de<br />

prêmios. Na linha de negócios do seguro auto, os prêmios<br />

atingiram R$ 8,81 bilhões, valor 4,6% superior ao do primeiro<br />

bimestre do ano passado.<br />

A edição informa ainda que os seguros de pessoas<br />

tiveram alta de 23,1%, em comparação ao mesmo período<br />

de 2023. Destaque nos produtos de seguros de pessoas<br />

durante o período, o VGBL atingiu o montante acumulado<br />

de R$29,03 bilhões, valor que representa um crescimento<br />

de 25,5% em relação ao mesmo período de 2023.<br />

5


gente<br />

NOVIDADE EM PRODUTOS<br />

A Youse apresentou<br />

a chegada de Nikolaus<br />

Maack para ocupar a posição<br />

de superintendente de<br />

Produtos. Com mais de 18<br />

anos de experiência na liderança<br />

de negócios digitais e<br />

inovação no segmento de<br />

seguros e serviços, Maack chega para fortalecer a<br />

estratégia de crescimento e inovação da insurtech.<br />

O executivo é pós-graduado pela Escola de<br />

Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo<br />

(ECA/USP) em Comunicação e Marketing, com<br />

uma complementação em Inteligência de Mercado<br />

pela FIA.<br />

“Estou entusiasmado em aplicar minha experiência<br />

em favor da Youse, trazendo soluções e<br />

inovações que alinhem ainda mais nossos produtos<br />

às necessidades dos nossos clientes, dos nossos parceiros<br />

e dos acionistas”, afirma Maack.<br />

COMERCIAL PARA SÃO PAULO<br />

Para apoiar sua expansão<br />

geográfica, a HDI<br />

Global Seguros anunciou a<br />

nomeação de Ricardo Valencia<br />

como gerente Comercial<br />

para a nova filial de<br />

São Paulo.<br />

Valencia tem mais de<br />

três décadas de experiência no setor de seguros e,<br />

como gerente Comercial para a nova filial de São<br />

Paulo, se reportará diretamente a Ronaldo Barreto,<br />

responsável pela área comercial da HDI Global no<br />

Brasil.<br />

“Com sua vasta experiência e conhecimento<br />

do setor de seguros, Ricardo contribuirá para a<br />

expansão do volume de negócios e resultados no<br />

estado de São Paulo, bem como no relacionamento<br />

com os corretores”, diz Barreto.<br />

PRIMEIRO ESCALÃO<br />

UM NOME PARA O SUL<br />

A Howden anunciou<br />

a contratação de João Loures<br />

como líder da área comercial<br />

e de atendimento<br />

na região Sul do País. O profissional<br />

será responsável<br />

pelas táticas comerciais da<br />

empresa localmente, pelo<br />

gerenciamento de oportunidades<br />

e pelo crescimento dos negócios, seja a<br />

curto e longo prazo.<br />

Com quase três décadas de experiência na<br />

área de seguros industriais (médios e grandes riscos)<br />

e na elaboração de soluções para projetos de infraestrutura,<br />

Loures trabalhou com as maiores empresas<br />

dos estados do Paraná e de Santa Catarina, com foco<br />

em relacionamento e desenvolvimento de negócios.<br />

“É uma grande satisfação integrar a equipe<br />

da Howden, que tem um papel relevante no mercado<br />

de riscos de alta complexidade. Além disso, é<br />

uma empresa bem próxima dos seus clientes, sendo<br />

capaz de trazer soluções adequadas e alinhadas<br />

às necessidades de cada parceiro”, comenta Loures.<br />

A Seguros SURA nomeou<br />

Rodrigo Fujita como<br />

seu novo vice-presidente.<br />

Com uma trajetória de 10<br />

anos na empresa, Fujita<br />

ocupou cargos como gerente<br />

Técnico de Automóvel<br />

e diretor de Capacidades<br />

e Portfólio, acumulando experiência em áreas<br />

como seguros, resseguros e atuarial. Ele é responsável<br />

pela liderança do time técnico e de marketing<br />

e pelo desenvolvimento de estratégias que visam a<br />

fidelização e crescimento no mercado brasileiro.<br />

Para o executivo, é fundamental manter<br />

uma relação próxima com corretores e parceiros<br />

para proteger os clientes e melhorar os resultados<br />

da companhia, que em 2023 foram os melhores<br />

no Brasil. “Somos uma seguradora que privilegia as<br />

relações de longo prazo, sendo assim, sempre buscamos<br />

a fidelização de nossos clientes, canais de<br />

distribuição, parceiros e colaboradores. O mercado<br />

brasileiro é estratégico para a SURA em seu processo<br />

de crescimento e diversificação na América Latina.<br />

Seguiremos investindo no mercado brasileiro<br />

para potencializar nossos negócios”, afirma.<br />

6


O AGRO ESTÁ EM ALTA<br />

A unidade de Agronegócios<br />

da seguradora<br />

FF Seguros está sob nova<br />

liderança. O engenheiro<br />

agrônomo Guilherme Frezzarin,<br />

que ocupava o cargo<br />

de superintendente de<br />

Agronegócios, assumiu a<br />

liderança executiva da área e se prepara para desenvolver<br />

novas estratégias com o objetivo de ampliar<br />

o atendimento aos clientes e a dispersão dos<br />

produtos em diferentes regiões brasileiras.<br />

“Agradeço a confiança do CEO Bruno Camargo<br />

e dos diretores da empresa no meu trabalho e<br />

por acreditarem no ramo de seguros para o agro. O<br />

agro é um setor dinâmico e desafiador, que requer<br />

profundo conhecimento da jornada de cada cliente.<br />

Vamos inovar cada vez mais, com transformação<br />

digital e novas estratégias para melhorar as áreas de<br />

subscrições, sinistros e comerciais da seguradora”,<br />

afirma Frezzarin.<br />

GRANDES PERDAS<br />

O Grupo Apisul<br />

comuniou o falecimento<br />

de seu vice-presidente,<br />

Sérgio Casagrande. Em<br />

mais de 36 anos dedicados<br />

à empresa, sendo<br />

uma pessoa referência<br />

no setor de Transportes,<br />

Casagrande iniciou sua<br />

trajetória na Apisul em 1988, como gerente Comercial<br />

em Porto Alegre/RS, atuando desde 2001<br />

como sócio e vice-presidente executivo do Grupo<br />

em São Paulo.<br />

Já a Galcorr lamentou o falecimento de<br />

Bruno Sousa, superintendente de Property & Casualty<br />

da empresa. Engenheiro Civil, Bruno construiu<br />

uma brilhante carreira no mercado de seguros<br />

por mais de 15 anos. Na Galcorr, atuou por 13<br />

anos com muita dedicação e competência. Iniciou<br />

sua trajetória como técnico de seguros e chegou<br />

a superintendente de P&C. Talentoso e generoso,<br />

era querido por todos os colegas e não media esforços<br />

para explicar, ensinar e compartilhar seu<br />

conhecimento.<br />

NOVO CEO<br />

O Grupo BMG contratou Marcelo Picanço<br />

para assumir como CEO na vertical de Seguros. Ele<br />

chega com a missão de transformar para o desenvolvimento<br />

dos negócios e significativo crescimento<br />

de resultados.<br />

“Nós estamos muito<br />

entusiasmados em anunciar<br />

o Marcelo Picanço<br />

como líder em Seguros,<br />

por toda sua história de visão<br />

estratégica e entregas<br />

consistentes. Há enorme<br />

campo para avançarmos,<br />

pois apenas 22% dos nossos<br />

10 milhões de clientes dispõem conosco de<br />

instrumentos de proteção. O seguro precisa estar<br />

mais presente na vida dos brasileiros”, diz Felix Cardamone,<br />

diretor-presidente do BMG.<br />

A BMG Seguridade é a holding criada em<br />

2022 para concentrar os negócios de seguros de<br />

varejo do Grupo.<br />

DIRETORA DE PRODUTOS<br />

A Seguradora ALM<br />

anunciou a contratação de<br />

Tacylla Mussana como coordenadora<br />

de produtos. Ela<br />

chega para assumir novos<br />

desafios na carreira, depois<br />

de passagens por empresas<br />

como Itaú e Banco Bmg.<br />

“É uma excelente<br />

oportunidade de colocar em prática todo conhecimento<br />

adquirido no decorrer da minha vivência, no<br />

ambiente corporativo. É preciso desenvolver uma<br />

estratégia para elaborar produtos que atendam as<br />

necessidades dos segurados, estabelecendo os objetivos<br />

de inovar e ampliar as coberturas voltadas<br />

para os seguros de pessoas. Acompanhar todas as<br />

fases do desenvolvimento do trabalho, é essencial<br />

para contribuir com o mercado”, afirma a executiva.<br />

7


SEGURO E CRÉDITO AGRÍCOLA<br />

AGRONATIONAL<br />

Tecnologia aplicada ao<br />

gerenciamento de riscos agrícolas<br />

AGRONATIONAL, UMA EMPRESA DE SERVIÇOS E INTELIGÊNCIA DE CAMPO, FAZ UMA<br />

PARCERIA COM CYAN AGROANALYTICS, PARA FORMATAR PLATAFORMA INTEGRADA QUE<br />

RASTREIA TODO O PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS AGRÍCOLAS<br />

A<br />

verificação da área segurada e/<br />

ou risco in loco, com apoio de<br />

tecnologia de ponta e com uma<br />

equipe altamente qualificada aumenta<br />

muito a qualidade do gerenciamento<br />

de risco agrícola, antes da aceitação do<br />

risco e a precificação, durante o desenvolvimento<br />

e até mesmo em caso de regulação<br />

e liquidação de sinistro/perdas<br />

agrícolas.<br />

A AgroNational fez uma fusão com a Cyan Agroanalytics,<br />

uma empresa de tecnologia climática, focada em algumas verticais.<br />

A união traz uma nova vertical focada em seguros gerais,<br />

crédito agrícola e regulação e liquidação de sinistros e perdas<br />

agrícolas. A ideia é fornecer e interpretar dados para as empresas,<br />

integrando base climática, inteligência de campo e informações<br />

sócio-ambientais de qualidade.<br />

A nova formação apresenta uma empresa robusta, que<br />

conta com mais de 80 colaboradores internos e uma equipe com<br />

mais de 110 especialistas de campo, que realizam o atendimento<br />

8


in loco em todo o território nacional. Igor Domingues Amarolli,<br />

CEO da AgroNational, destaca que a empresa possui grande expertise<br />

em todas as culturas seguráveis, pecuária, aves e florestas.<br />

“Por conta deste conhecimento, é possível realizar um assessoramento<br />

remoto para nossos clientes, sejam eles seguradoras,<br />

bancos, financeiras, trading agronegócio e área jurídica”.<br />

Na análise prévia do risco e/ou área segurável, a AgroNational<br />

tem a capacidade de integrar as informações produtivas<br />

juntamente com as condições climáticas e fazendo toada a análise<br />

para fins de precificação e aceitação do risco. É um trabalho<br />

minucioso, que envolve muito conhecimento técnico. Em caso<br />

de prejuízo, a AgroNational faz o levantamento de todos os pontos<br />

importantes para a liquidação/regulação, demonstrando as<br />

perdas e suas causas.<br />

Para isso ela utiliza informações de sua base de dados, que<br />

agora estão incluídas em uma plataforma integrada pela Cyan<br />

Agroanalytics e que está disponível para os clientes no ambiente<br />

online, em tempo real, para que todos os envolvidos no processo<br />

de análise e decisão, saibam exatamente qual é o status do<br />

negócio.<br />

O entendimento e o gerenciamento do risco agrícola são<br />

feitos sobre área segurada, área dada em garantia propriamente<br />

dita. É preciso entender sobre todo histórico da área, por isso é<br />

feito um estudo para entendimento climático, histórico de uso do<br />

solo, sensoriamento remoto, tanto para trás, quanto no desenvolvimento<br />

da cultura, e para frente. “Há um movimento forte de entendimento<br />

de questões de ESG, mas precisamos integrar dados<br />

climáticos e inteligência agronômica para melhorar a tomada de<br />

decisão. Até então, não existia nenhuma empresa para fazer este<br />

estudo completo e integrado, como é feito agora pela AgroNational”,<br />

enfatiza Amarolli.<br />

“Nosso objetivo é que toda a plataforma, de forma integrada,<br />

desde a subscrição, o entendimento do risco, aonde podemos<br />

ir e aonde podemos chegar, esteja à disposição dos clientes. Depois<br />

do risco aceito, é feito o monitoramento integrado, com tecnologia,<br />

imagens de satélite, portfolios, espacialização de riscos e, quando<br />

da possibilidade de ocorrer prejuízo, é feito todo o mapeamento do<br />

local para a tomada de decisão antecipada ou quando o prejuízo é<br />

identificado, a análise de todos os dados integrados, faz com que a<br />

quantificação do prejuízo seja mais ágil e segura possível. “, explica<br />

o CEO.<br />

A carteira de clientes contempla 35% das seguradoras que<br />

atuam com seguro rural no mercado brasileiro, bancos, trading de<br />

agronegócio e suporte à área jurídica. Em 2022, a empresa suportou<br />

mais de 20 mil avaliações em um único ano. A expertise da AgroNational<br />

está em mais de 35 culturas, entre Florestas, Aves, Pecuária,<br />

HF, Cana de açúcar, Café e 100% focado no entendimento agronômico<br />

associado ao gerenciamento de risco agrícola.<br />

O QUE O MERCADO PRECISA<br />

As preocupações em relação aos riscos agrícolas são muitas.<br />

Hoje, as questões ESG vêm ganhando cada vez mais importância,<br />

e ainda existe o risco financeiro, que é baseado no score do CPF/<br />

CNPJ. O risco efetivo sobre o histórico da<br />

área é preciso ser levado em conta para<br />

qualquer tomada de decisão, e isso requer<br />

equipe capacitada para identificar<br />

e analisar os problemas.<br />

Por isso, é preciso entender o que<br />

irá acontecer diante da produção. Uma<br />

trading que compra soja, por exemplo,<br />

precisa saber qual é a capacidade de<br />

produção da área em garantia. Existe o<br />

movimento sobre imagens de satélites,<br />

monitoramento remoto, os riscos climáticos.<br />

E o desafio está no cruzamento destas<br />

informações para um entendimento<br />

completo, consequentemente parametrização<br />

dos dados coletados e melhor<br />

previsibilidade.<br />

Amarolli, que há 18 anos atua<br />

como engenheiro agrônomo na análise<br />

destas informações, conta que o Brasil<br />

ainda não possui uma agência reguladora<br />

certificada para a parametrização dos dados<br />

coletados em campo, o que poderia<br />

contribuir para a formação de um histórico<br />

das áreas seguradas/financiadas. Isso<br />

também facilitaria os acordos de arbitragem<br />

quando houvesse qualquer tipo de<br />

embate entre as partes envolvidas nas<br />

operações de seguro e crédito.<br />

“Nosso foco é ter autonomia sobre<br />

o entendimento de dados para que possamos<br />

ter massa crítica para interpretar<br />

todos estes negócios e principalmente<br />

certificar. Para ter mais área segurada, é<br />

preciso ter mais subvenção, para o crédito<br />

agricola, é preciso mais capacidade, no<br />

entanto é necessário mais apoio por parte<br />

das empresas de que estas tecnologias<br />

podem ser aplicadas para o setor”, avalia<br />

Amarolli.<br />

A tecnologia vai avançar muito<br />

nos próximos cinco anos. A operação<br />

humana sempre vai existir, mas cada vez<br />

mais suportada pela inteligência artificial.<br />

“Sem dúvida precisamos criar e validar<br />

modelos de inteligência artificial que tenham<br />

assertividade e segurança”, pontua<br />

o executivo. Para ele, a interação humana<br />

não deixará de existir, mas ela estará cada<br />

vez mais direcionada à análise dos dados<br />

e à efetiva criação de parâmetros que<br />

possam tornar os processos ainda mais<br />

rápidos e confiáveis.<br />

9


ESPECIAL SEGURO DE VIDA<br />

COMERCIALIZAÇÃO<br />

Pense e<br />

O<br />

poeta português Fernando Pessoa<br />

escrevia com devotado amor<br />

sobre a importância da vida. Em<br />

uma de suas belíssimas e incomparáveis<br />

poesias, assim ele compôs: “Uma vida<br />

que é vivida; e outra vida que é pensada;<br />

e a única vida que temos, é essa que é dividida;<br />

entre a verdadeira e a errada; qual,<br />

porém, é a verdadeira; e qual errada, ninguém<br />

nos saberá explicar; e vivemos de<br />

maneira que a vida que a gente tem é a<br />

que tem que pensar”. Sim, o poeta ensina:<br />

a vida que temos precisa, essencialmente<br />

nos dias atuais marcados por uma<br />

profunda reflexão do que nos acometeu<br />

entre 2020 e 2022 por conta da pandemia<br />

de covid-19, ser sempre pensada e<br />

protegida. Pensar a vida é ter, antes de<br />

tudo, e isso nossos pais e avós sempre<br />

nos ensinaram, a certeza absoluta de que<br />

temos somente uma. Talvez essa breve<br />

digressão, com a indispensável ajuda da<br />

poesia do Pessoa, ajude-nos a compreender<br />

em que mundo vive-se após o abalo<br />

global dos últimos anos. Todos, individualmente<br />

em cada ser, sentimos que não<br />

somos mais os mesmos e que a vida está<br />

em primeiro plano. O setor de seguros,<br />

por exemplo, segue essa premissa, e isso<br />

em qualquer mercado, sejam eles os mais<br />

maduros do hemisfério norte ou mesmo<br />

os que se situam, como o nosso, abaixo<br />

da linha do Equador, mas que ainda<br />

buscam decifrar para os consumidores o<br />

quão importante é uma proteção, sobretudo<br />

aquela regida pelo seguro de vida.<br />

Em linhas gerais, o setor de seguros<br />

no Brasil vai bem, obrigado. No ano<br />

passado, após a profunda depressão com<br />

a pandemia, o setor cresceu 9%, em relação<br />

a 2022, e superou R$380 bilhões<br />

O SEGURO DE VIDA (PRINCIPALMENTE<br />

O INDIVIDUAL) VEM RECUPERANDO SUA<br />

IMPORTÂNCIA NO CENÁRIO DA PROTEÇÃO<br />

FINANCEIRA DO BRASILEIRO. NÚMEROS E<br />

PERCENTUAIS DE ENTIDADES COMO SUSEP<br />

E FENAPREVI RESPALDAM ESSA TENDÊNCIA,<br />

PORÉM AINDA HÁ MUITO A SER FEITO PARA<br />

QUE A CARTEIRA SEJA INCORPORADA PELO<br />

CONSUMIDOR DE FORMA MAIS AMPLA<br />

André Felipe de Lima<br />

10


em arrecadação, conforme dados do relatório<br />

Síntese Mensal, de dezembro de<br />

2023, organizado pela Superintendência<br />

de Seguros Privados (Susep). É, sem dúvida,<br />

uma área tradicionalmente resiliente,<br />

mas pode ir muito além do que hoje<br />

se apresenta em números e percentuais,<br />

principalmente uma importante carteira<br />

de seu vastíssimo leque de ofertas de<br />

proteção: o seguro de vida.<br />

Até o advento da pandemia, o seguro<br />

de vida, e aí se destaca o individual e<br />

não o coletivo, não conquistara o consumidor<br />

brasileiro, como ocorre com outros<br />

tipos de seguros, principalmente o de automóveis,<br />

que permanece ascendente e<br />

sempre no topo das estatísticas do setor.<br />

O processo de maior interesse do<br />

brasileiro pelo seguro de vida parece ser<br />

ainda lento por esbarrar na pouca afinidade<br />

do consumidor com o seguro. Mesmo<br />

assim, entre 2002 e 2022, ano em que a<br />

covid-19 ainda se mostrava inclemente, a<br />

linha de negócios de seguro de seguros<br />

de vida só ficava atrás da linha de auto<br />

em volumes de prêmios diretos. E assim<br />

permanece até o começo deste ano. Mas<br />

a diferença percentual de uma carteira<br />

para a outra é crescente. Dados da Susep<br />

mostram que, em 2002, o segmento de<br />

auto detinha 34% do volume de prêmios<br />

enquanto o de vida tinha 30%. Havia, de<br />

certa forma, algum equilíbrio até os primeiros<br />

anos da primeira década do século.<br />

Em 2009, essa diferença entre as duas<br />

carteiras aumentou (37% contra 17%).<br />

Em 2016, ainda mais (32% contra 13%) e<br />

manteve-se estável até 2022 (30% e 16%,<br />

respectivamente).<br />

Em meio a essa jornada que envolve<br />

seguradores, corretores e consumidores,<br />

o que se tem de boa notícia consta<br />

nos relatórios mensais do mercado supervisionado<br />

pela Susep. Neles, entre janeiro<br />

de 2023 e fevereiro de 2024, o seguro de<br />

vida registrou crescimento de 18,2% na<br />

arrecadação em relação ao mesmo período<br />

do ano anterior. Em cifras, foram arrecadados<br />

pela carteira R$ 5,26 bilhões.<br />

No painel de inteligência do mercado<br />

de seguros mantido pela mesma<br />

autarquia, o acumulado em prêmios no<br />

período foi de R$ 35,6 bilhões, com um<br />

11


ESPECIAL SEGURO DE VIDA<br />

COMERCIALIZAÇÃO<br />

CARLOS EDUARDO GONDIM,<br />

da FenaPrevi<br />

crescimento real de 13,27% e nominal de<br />

8,25%, comparando-se com igual período<br />

de 2022/23. Na partilha da pizza da<br />

carteira em prêmios por ramo, cabem<br />

ao seguro de vida coletivo R$ 18,2 bilhões<br />

e ao seguro de vida individual R$<br />

17,4 bi. Mas há ainda muito a ser feito no<br />

segmento de vida, e isso é consenso no<br />

mercado.<br />

A prova está na participação do<br />

seguro de vida no produto interno bruto<br />

(PIB) que é de somente 0,6%, ou seja,<br />

muito abaixo do que ocorre em mercados<br />

mais amadurecidos. No ranking de<br />

2022 da Organização para a Cooperação<br />

e Desenvolvimento Econômico (OCDE),<br />

que contempla 53 países, essa realidade<br />

fica ainda mais evidente ao mostrar o<br />

Brasil em 41º lugar em volume de prêmios<br />

de seguros de vida.<br />

Diretor-estatutário da FenaPrevi,<br />

Carlos Eduardo Gondim reconhece<br />

que o seguro de propriedades, como o<br />

de automóvel, permanece mais vivo no<br />

imaginário do brasileiro quando se fala<br />

em proteção financeira e que organizá-<br />

-la ainda se apresenta como desafio para<br />

os consumidores em geral. “Muita gente<br />

não conhece ainda, de forma adequada<br />

ou suficiente, o que é o seguro de vida<br />

e que tipo de proteção ele pode trazer.<br />

Muitas pessoas acabam associando o seguro<br />

de vida só com a cobertura de morte.<br />

Mas o seguro de vida hoje em dia tem<br />

uma série de coberturas, seja para doenças<br />

graves, para internação, para incapacidade temporária, proteção<br />

de renda”, enumera Gondim.<br />

Ele aponta um segundo aspecto que precisa ser desmistificado<br />

junto ao consumidor, que ainda acredita ser o seguro de vida algo<br />

“difícil” e “caro”. Segundo Gondim, as coberturas que cercam a carteira<br />

de vida são relevantes para a natureza das pessoas e recomenda<br />

ao mercado que aborde o tema com simplicidade. “O seguro de vida<br />

é mais ofertado do que demandado. Se você não sabe direito o que<br />

é, você não vai bater na porta de alguém para pedir o que você não<br />

sabe, o que você não conhece”, resume o representante da FenaPrevi.<br />

O esforço em explicar a importância do seguro de vida deve<br />

estar no topo de prioridades da indústria securitária. Uma pesquisa<br />

recente da Bradesco Seguros, em parceria com a agência de comunicação<br />

e relações públicas Edelman, indicou que entre os brasileiros<br />

que têm interesse em seguros, quase 70% têm ou consideram<br />

adquirir um seguro de automóvel, um produto de curto prazo, enquanto<br />

parcelas menores pensam o mesmo sobre seguros de vida,<br />

saúde e previdência — cerca de 41%, 40% e 15%, respectivamente.<br />

Como assinala o superintendente executivo da Bradesco Vida<br />

e Previdência, Alessandro Malavazi, além dessa tendência, o estudo<br />

também mostrou falta de compreensão sobre as assistências não tradicionais<br />

oferecidas. Reembolso de despesas médico-hospitalares e<br />

pagamentos de diárias por afastamento do trabalho estão entre os<br />

benefícios de menor conhecimento (39% e 30% respectivamente),<br />

enquanto coberturas tradicionais, como morte natural/acidental e<br />

invalidez, são as mais populares (91% e 79% respectivamente). “Na<br />

Bradesco Vida e Previdência temos trabalhado para ampliar o conhecimento<br />

sobre o seguro de vida, disseminando informações que<br />

desmistificam o produto e reforcem seus benefícios, especialmente a<br />

tranquilidade e proteção financeira, sucessão patrimonial e empresarial<br />

que poderá proporcionar diante de imprevistos”, salienta Malavazi.<br />

Diretora de produtos de seguro de vida da Icatu, Luciana<br />

Bastos demonstra otimismo com a carteira e assinala que o seguro<br />

de vida vem crescendo proporcionalmente mais que o seguro auto,<br />

com tendência de taxa de crescimento quase cinco vezes maior. “No<br />

consolidado dos meses de janeiro e fevereiro deste ano, o seguro de<br />

vida registrou um crescimento de 18%, totalizando R$12,7 bilhões<br />

em prêmios emitidos, enquanto o de automóvel cresceu 4%, atingindo<br />

R$8,8 bilhões”, frisa a executiva.<br />

Desde a pandemia, aponta Luciana, a Icatu registrou aumento<br />

acima dos dois dígitos anualmente na carteira de vida. No último<br />

ano, inclusive, a Icatu bateu recorde de R$ 4,2 bilhões em prêmios retidos,<br />

evolução de 21% em relação a 2022, resultado acima do mercado,<br />

cujo aumento foi de 9,5% no mesmo período. “Entre as modalidades<br />

do segmento, o Vida Individual teve destaque, com 90%<br />

de crescimento. Já o Icatu Vida PME, modalidade em grupo voltada<br />

para pequenas e médias empresas, teve 27% de aumento no mesmo<br />

período”, destaca Luciana, ponderando, contudo, que o mercado<br />

ainda tem muito a avançar, visto que apenas 15% da população<br />

brasileira têm alguma cobertura de seguro de vida. “Mas seguimos<br />

otimistas com esses resultados recentes. Eles mostram que, apesar<br />

da penetração ainda ser baixa, os esforços em educação financeira<br />

têm nos ajudado a evoluir ano a ano”, revela, com otimismo.<br />

12


Para Carlos Alberto de Figueiredo Trindade Filho, CEO da<br />

Alba Seguradora, a morte em larga escala provocada pela pandemia<br />

trouxe um entendimento de como seria um amanhã com a nossa<br />

ausência. “Houve um movimento de conscientização. Mas esse movimento<br />

vai perdendo força quando você entra no dia a dia e aquele<br />

episódio se afasta de você. O grande aspecto para mudar esse comportamento<br />

e essa percepção do consumidor é a educação financeira<br />

ampliada, com o seguro de vida inserido na cultura brasileira e<br />

junto ao consumidor brasileiro”, analisa Trindade.<br />

No dia 17 de abril, a Confederação Nacional das Seguradoras<br />

(CNseg) apresentou a Agenda Institucional do Setor de Seguros<br />

2024, destacando as principais pautas e projetos de interesse do setor<br />

junto aos Poderes Legislativo e Executivo (leia na página ). No<br />

documento, a entidade alerta para a necessidade de o setor ampliar<br />

a comunicação com o consumidor e a área pública sobre a importância<br />

do seguro para a sociedade e economia do país. O fomento<br />

do seguro de vida está entre os itens prioritários da agenda. “Vários<br />

desses itens estão muito ligados aos seguros de vida. Por exemplo,<br />

o Universal Life [seguro universal] é um deles. É uma agenda propositiva<br />

para que possamos trazer mais alternativas para destravar,<br />

potencializar o crescimento do setor”, diz.<br />

AGREGANDO VALOR<br />

As seguradoras estão buscando alternativas para a disseminação<br />

da carteira, agregando coberturas de outras áreas para os<br />

produtos de vida, possibilitando a utilização do produto em vida<br />

e ampliando os pontos de contato com o mercado. “Todo o nosso<br />

portfólio do segmento é pensado e orientado de acordo com o que<br />

identificamos que é melhor para o cliente final, não só em termos<br />

de proposta de valor desses produtos, mas especialmente de autonomia<br />

e de experiência de uso. Temos um portfólio com opções<br />

para as mais diversas fases da vida do cliente. Para isso, além das coberturas<br />

mais comuns do mercado, como invalidez, doenças graves<br />

e diárias de incapacidade temporária e internação hospitalar, também<br />

contemplamos diversas assistências que beneficiem o segurado<br />

em vida, que vão desde um seguro-viagem ou uma telemedicina<br />

até uma assistência natalidade, para mães e bebês”, explica Luciana<br />

Bastos, da Icatu.<br />

Na Bradesco Vida e Previdência a investida segue a mesma<br />

toada empreendedora. No radar da companhia, a inclusão de coberturas<br />

para serem utilizadas em vida, permite ampliar a oferta<br />

de tranquilidade e proteção aos clientes. “Nesse sentido, o seguro<br />

de vida se torna um aliado do planejamento financeiro familiar,<br />

especialmente para trabalhadores autônomos, temporários<br />

e prestadores de serviços”, enfatiza o superintendente executivo<br />

Alessandro Malavazi, que complementa: “Com a demanda por<br />

produtos personalizáveis, a companhia passou a oferecer soluções<br />

customizáveis no lugar das apólices pré-formatadas. Nesse sentido,<br />

destacamos o Seguro Vida Viva, um produto que permite ao<br />

cliente combinar entre 19 coberturas e 20 assistências, de acordo<br />

com seus objetivos e momento de vida. Vale mencionar que o Vida<br />

Viva recebeu a medalha de prata no prêmio Global Innovation in<br />

Insurance 2022, concedido pela EFMA/Accenture, que reconhece<br />

ALESSANDRO MALAVAZI,<br />

da Bradesco<br />

os produtos mais inovadores do mercado<br />

segurador no mundo.”<br />

Os produtos realmente estão cada<br />

vez mais versáteis, mas, como alertam entidades<br />

do setor e especialistas de mercado,<br />

a comunicação sobre o produto “vida”<br />

ainda representa um gargalo entre o setor<br />

securitário e o consumidor final.<br />

Para Gondim, a comunicação está<br />

“melhorando”, mas ainda necessita de<br />

um aprimoramento. A solução para esse<br />

desafio estaria, sugere ele, na simplicidade,<br />

ou seja, levar ao cliente um conhecimento<br />

de maneira simples e palpável: “Se<br />

pegarmos, por exemplo, nossos dados<br />

da FenaPrevi no seguro de vida individual,<br />

nos últimos 12 meses, em termos de<br />

prêmio, cresceu 23%. Está acontecendo.<br />

Mas sempre tem a oportunidade de poder<br />

acelerar [o crescimento da carteira].<br />

Se pegarmos o primeiro bimestre deste<br />

ano, comparado com o primeiro bimestre<br />

do ano passado em individual, houve um<br />

aumento de prêmios de 32%.”<br />

O fato é que a lacuna para o seguro<br />

individual existe. O percentual da população<br />

adulta no país coberta por seguro de<br />

vida não chega a 20%. Pouco mais da metade<br />

está coberta por apólices coletivas<br />

das empresas em que trabalham.<br />

“As pessoas até acham que têm a<br />

proteção do seguro de vida e que estão suficientemente<br />

cobertas [pelos seguros coletivos<br />

oferecidos pelas empresas]. Legal,<br />

e acho isso muito bom, super importante.<br />

13


ESPECIAL SEGURO DE VIDA<br />

COMERCIALIZAÇÃO<br />

LUCIANA BASTOS,<br />

da Icatu<br />

Temos que defender que todas as empresas<br />

tragam a proteção do seguro de vida<br />

para os seus funcionários, seus colaboradores.<br />

Mas quando você faz um seguro de<br />

vida coletivo, quem escolhe as coberturas?<br />

Quem escolhe o valor do capital segurado<br />

da empresa? Esse valor pode ser suficiente?<br />

As coberturas podem ser suficientes<br />

ou não para as demandas individuais de<br />

cada uma das pessoas”, pondera Gondim.<br />

“O fato de se ter uma cobertura de seguro<br />

de vida na empresa não necessariamente<br />

significa que não existe nenhum potencial,<br />

uma oportunidade também de uma<br />

contratação individual. Temos procurado<br />

falar cada vez mais para as pessoas”, acrescenta<br />

o representante da FenaPrevi.<br />

BETO TRINDADE,<br />

da Alba<br />

SEGURO DE VIDA UNIVERSAL, SINÔNIMO DE ‘INCLUSÃO’?<br />

Apólice entrou em contato com a Susep para obter informações<br />

sobre o cronograma de implantação do seguro universal.<br />

Como informa a assessoria de imprensa da autarquia, a regulamentação<br />

do seguro de vida universal consta no plano de regulação<br />

2023/24 e encontra-se em processo de discussão interna<br />

e elaboração dos normativos. “Há previsão que em breve sejam<br />

disponibilizadas a revisão da Resolução CNSP e a Circular Susep<br />

para consulta pública a fim de que os interessados possam contribuir<br />

com o aprimoramento das normas”, ressalta a nota enviada<br />

à Apólice.<br />

“O [seguro] universal é importante e sobre ele temos discutido<br />

bastante com os reguladores e o governo. Temos uma grande<br />

expectativa de que possamos, de maneira muito rápida, superar<br />

questões tributárias e regulatórias para trazer o Universal Life como<br />

mais uma alternativa de produto com diferentes tipos de soluções e<br />

com isso atender uma quantidade maior de pessoas aqui, no Brasil.<br />

Não é só trazê-lo, mas trazê-lo de uma forma que seja sustentável e<br />

atrativo. Não adianta trazer um produto que vai ser caro e com isso<br />

não vou conseguir levá-lo às pessoas”, alerta Gondim.<br />

Para Beto Trindade, o seguro de vida universal representa<br />

uma construção de patrimônio financeiro. Ele lembra, entretanto,<br />

que a essência do modelo que tanto sucesso faz no mercado americano,<br />

já existe no Brasil. “Se a pessoa conjugar o VGBL com o seguro<br />

de vida, ela alcança os mesmos componentes de um seguro de vida<br />

universal. Já há um trabalho bastante extenso e uma perspectiva de<br />

que este ano a Susep libere o produto seguro de vida universal para<br />

que ele possa ser comercializado no Brasil. Deve realmente facilitar<br />

o entendimento das pessoas e ajudar na educação financeira pelas<br />

características do próprio produto. Ele leva a esse entendimento e<br />

esse aprendizado”, resume o CEO da Alba.<br />

Malavazi reforça a tese de Trindade: “Com modalidades resgatáveis<br />

e personalizáveis, os seguros de vida no Brasil hoje oferecem<br />

benefícios similares ao seguro de vida universal. Um dos grandes<br />

diferenciais do vida universal é a manutenção do pagamento que,<br />

mesmo interrompido, não implica no cancelamento da cobertura<br />

do segurado. Esse pode ser um atrativo para muitos brasileiros que<br />

enfrentam a instabilidade financeira.”<br />

O executivo da Bradesco Vida e Previdência aponta outra<br />

característica que torna o produto interessante: “É a acumulação<br />

de capital, tendo em vista que 31% da população poupa ou guarda<br />

dinheiro como a principal ação de planejamento financeiro, de<br />

acordo com uma pesquisa recente da FenaPrevi. O seguro de vida<br />

universal vem sendo debatido no país há alguns anos, com perspectivas<br />

positivas por parte dos players do setor. Evoluímos bastante,<br />

mas, pela característica ‘híbrida’, ao oferecer capital de risco<br />

e capital acumulado em um único produto, a tributação dessa modalidade<br />

ainda é um tema em discussão é crucial para avançarmos.”<br />

De fato, a conotação inclusiva está concentrada no seguro<br />

de vida universal. E também é fato que todo cidadão tem necessidade<br />

de uma proteção financeira. Aí reside a “alma” do seguro de<br />

vida, ou seja, chegar a todos sem distinção. O setor, de “a” a “z”, precisa<br />

pensar nisso.<br />

14


ESPECIAL SEGURO DE VIDA<br />

WIZ<br />

Omni1 passa a oferecer, em balcões,<br />

seguro de vida acessível<br />

WIZ CO E GRUPO<br />

OMNI OFERECEM<br />

PRODUTOS<br />

COM PREÇOS<br />

POPULARES,<br />

DENTRO DA<br />

CARTEIRA MINHA<br />

FAMÍLIA FINSOL<br />

A<br />

Omni1, joint venture entre a Wiz Co (B3: WIZC3) e Grupo<br />

Omni, disponibiliza aos seus clientes de balcão o seguro<br />

de vida Minha Família Finsol. O produto, com tíquetes<br />

acessíveis que variam entre R$ 14,06 e R$ 29,46 ao mês, é oferecido<br />

no momento da solicitação de crédito na Finsol, operação de microcrédito<br />

do ecossistema Omni.<br />

Ao trazer o produto para o seu balcão, a Omni1 oferece aos<br />

seus clientes um produto já consolidado no mercado e ajuda a ampliar<br />

seu alcance para mais regiões do Brasil. O Minha Família Finsol<br />

tem como público-alvo principalmente pequenos e micro empreendedores<br />

e visa fazer a diferença na vida de uma família quando a pessoa<br />

provedora vem a faltar. Com indenizações que vão de R$ 8 mil a<br />

R$ 24 mil em caso de morte natural ou acidental do segurado, todos<br />

os pacotes incluem assistências em caso de acionamento do seguro.<br />

Além da indenização, a família do segurado tem o direito a<br />

um auxílio funeral para reembolso de despesas de até R$ 3 mil e<br />

o pagamento de um auxílio cesta básica<br />

de R$ 205 por mês, por meio de cartão<br />

alimentação, durante 12 meses. Enquanto<br />

o seguro estiver ativo, os contratantes<br />

ainda participam de sorteios mensais de<br />

títulos de capitalização de R$ 5 mil.<br />

“O Minha Família Finsol é um<br />

produto completo porque traz a possibilidade<br />

de que nossos clientes assegurem<br />

suas famílias ao garantir um<br />

sepultamento digno, auxílio na sobrevida<br />

dos negócios após a morte do<br />

gestor e auxílio na segurança alimentar<br />

neste momento tão difícil.” comenta<br />

Paulo César da Silva, diretor executivo<br />

da Omni1.<br />

15


ESPECIAL SEGURO DE VIDA<br />

CIRCULARES<br />

‘Além do horizonte,<br />

EXISTE UM LUGAR’<br />

PODE-SE AFIRMAR SEM PESTANEJAR QUE O MERCADO<br />

DE SEGUROS, NO MESMO E ESPERANÇOSO COMPASSO<br />

PROPOSTO PELA FAMOSA LETRA COMPOSTA POR ERASMO<br />

CARLOS E ROBERTO CARLOS, ACOMPANHA, E SOBRETUDO<br />

TORCE, PARA QUE AS NOVAS CIRCULARES SUSEP 698<br />

E 699, DE 2024, PROMOVAM UM DECISIVO SALTO PARA<br />

MODERNIZAÇÃO E ATUALIZAÇÃO DAS REGULAMENTAÇÕES<br />

RELACIONADAS AOS PLANOS DE PREVIDÊNCIA PRIVADA<br />

ABERTA E AOS SEGUROS DE PESSOAS, RESPECTIVAMENTE<br />

André Felipe de Lima<br />

Lançadas no dia 15 de abril, pela<br />

Superintendência de Seguros<br />

Privados (Susep), as circulares da<br />

autarquia 698/2024 e 699/2024 dispõem<br />

sobre as regras e critérios complementares<br />

de funcionamento e de operação da<br />

cobertura por sobrevivência oferecida<br />

em planos de previdência complementar<br />

aberta e em planos de seguro de pessoas,<br />

respectivamente. Ambas complementam<br />

dispositivos de duas resolução tam-<br />

bém recentemente aprovadas pelo Conselho Nacional de Seguros<br />

Privados (CNSP), a 463/2024 e a 464/2024, que fixaram o novo marco<br />

regulatório sobre a matéria.<br />

“Ambas as circulares representam um esforço conjunto da Susep<br />

para consolidar e modernizar as normas anteriores, alinhando-se<br />

com novas leis e resoluções aprovadas pelo CNSP. Estas regulamentações<br />

são um passo significativo em direção a um mercado mais<br />

moderno e flexível, oferecendo opções mais claras e diversificadas<br />

para os participantes dos planos de previdência e seguro”, enfatiza<br />

o presidente do Clube Vida em Grupo do Rio de Janeiro (CVG-RJ),<br />

Edson Calheiros, à revista Apólice, que ouviu outros especialistas do<br />

16


que abordam a cobertura por sobrevivência<br />

oferecida em planos de previdência<br />

complementar aberta e em planos de<br />

seguro de pessoas, promovendo, ainda,<br />

ampla revisão dos normativos que tratam<br />

o assunto e garantindo uma adequação<br />

da regulamentação infralegal às<br />

Leis nº 14.652/2023, nº 14.754/2023 e nº<br />

14.803/2023.<br />

“Essas circulares oferecem mais liberdade<br />

para os segurados e participantes<br />

dos planos. Por exemplo, eles agora<br />

podem optar por uma renda vitalícia, fazer<br />

contribuições adicionais no início do<br />

plano e criar planos exclusivamente familiares.<br />

Isso mostra uma adaptação dos<br />

produtos de seguro e previdência para<br />

atender às necessidades diversificadas<br />

dos consumidores. Ao reunir e cancelar<br />

normas anteriores, as circulares visam<br />

descomplicar o ambiente regulatório.<br />

Isso facilita para as seguradoras e para os<br />

participantes entenderem e seguirem as<br />

regras. Elas também procuram proteger<br />

os investimentos e incentivar a poupança<br />

para a aposentadoria, evitando estratégias<br />

que possam burlar a tributação. Isso<br />

promove maior segurança e estabilidade<br />

financeira para o futuro dos participantes”,<br />

pondera Calheiros.<br />

O superintendente executivo da<br />

Bradesco Vida e Previdência, Rafael Barroso<br />

destaca alguns pontos das duas novas<br />

circulares da Susep que, segundo ele, poderão<br />

impactar positivamente na gestão<br />

mercado para abordar os principais aspectos das novas regras. Dentre<br />

elas, destacam-se: a inclusão da definição do conceito de “ciclo<br />

de renda”; a previsão da opção de o segurado contratar renda vitalícia<br />

nos planos indicados nas resoluções; a inclusão da faculdade<br />

do participante fazer aportes, no período inicial de adesão a plano<br />

com cláusula de Opt Out e o tratamento da nova pertinência temática<br />

trazida pelo Fundo ou Plano Exclusivo Familiar relativamente à<br />

resolução do VGBL.<br />

Além de revogar seis circulares, cujos conteúdos foram ajustados<br />

e incorporados às duas novas circulares (698 e 699 de 2024),<br />

a publicação das duas circulares consolida os normativos da Susep<br />

EDSON CALHEIROS,<br />

do CVG-RJ<br />

17


ESPECIAL SEGURO DE VIDA<br />

CIRCULARES<br />

RAFAEL BARROSO,<br />

da Bradesco<br />

das reservas financeiras das pessoas que<br />

contratarão um plano de previdência privada<br />

adaptado às novas possibilidades.<br />

“O primeiro diz respeito à forma de receber<br />

o benefício. Foi estabelecido na nova<br />

resolução o conceito de “ciclo de rendas”,<br />

pelo qual será possível o participante<br />

definir a programação do recebimento<br />

de rendas com diferentes períodos e<br />

modalidades. Ou seja, poderá optar, por<br />

exemplo, por acessar parte do saldo acumulado<br />

em renda mensal por um determinado<br />

período, e a outra parte, de maneira<br />

vitalícia. Essa flexibilidade refletirá<br />

em uma melhor adaptação na forma de<br />

cada pessoa usufruir a reserva financeira<br />

de acordo com suas necessidades e momento<br />

de vida”, avalia Barroso.<br />

O outro ponto de impacto positivo,<br />

explica o executivo, refere-se à<br />

possibilidade de desvinculação entre o<br />

momento de contratação do plano e do<br />

momento da aquisição da renda. “Desta<br />

maneira, a forma de usufruir o recurso<br />

passa a ser uma decisão a ser tomada<br />

no futuro e, com isso, as seguradoras<br />

também terão a oportunidade de ofertar<br />

condições técnicas mais vantajosas<br />

e condizentes com o cenário econômico<br />

do momento de recebimento do<br />

montante acumulado, devido a uma<br />

maior previsibilidade financeira”, enfatiza<br />

Barroso.<br />

Para o executivo da Bradesco,<br />

além disso, há a mudança ligada à adesão<br />

na previdência complementar que, antes desta circular, dependia<br />

da solicitação do colaborador para ser efetivada. “Agora, a partir<br />

dos novos planos que estão sendo constituídos, o sistema funcionará<br />

no esquema de Opt Out, ou seja, nele, a empresa pode incluir<br />

o empregado de forma automática no plano, cabendo a este último,<br />

caso queira, solicitar o seu cancelamento. Experiências internacionais<br />

mostram que essa simples atualização contribui para uma<br />

maior porcentagem de adesão. Quanto à resolução VGBL, que trata<br />

do Fundo ou Plano Exclusivo Familiar, a Bradesco Vida e Previdência<br />

ainda analisa as movimentações do mercado para que possa compreender<br />

qual será, de fato, o seu impacto”, antecipa Barroso.<br />

Advogada especialista na área cível consultiva e contenciosa<br />

estratégica (judicial e administrativa), com ênfase, inclusive, em direito<br />

securitário, Glaucia Rispoli Rocha esclarece, inicialmente, que<br />

a cobertura por sobrevivência, oferecida em planos de previdência<br />

complementar aberta e em planos de seguro de pessoas, é uma característica<br />

fundamental para proporcionar segurança financeira ao<br />

segurado em vida. Essa cobertura, explica a especialista, tem como<br />

objetivo principal garantir benefícios ao segurado durante seu período<br />

de aposentadoria ou, em casos específicos, de sobrevivência<br />

em situações adversas, dependendo das condições estabelecidas no<br />

contrato do seguro ou plano de previdência.<br />

“Tais inovações, em especial, a inclusão de definições claras<br />

no contrato, como o ‘ciclo de renda’, e a introdução de novas opções,<br />

como a possibilidade de contratar renda vitalícia, demonstram um<br />

esforço para atender às necessidades variadas dos segurados e garantir<br />

uma experiência mais satisfatória. Além disso, as mudanças<br />

relacionadas à faculdade de realizar aportes e ao tratamento do<br />

Fundo ou Plano Exclusivo Familiar refletem uma abordagem mais<br />

abrangente e inclusiva, que reconhece a diversidade de perfis e objetivos<br />

dos participantes dos planos de previdência complementar e<br />

seguros de pessoas. Portanto, no geral, essas circulares representam<br />

um passo importante na evolução do mercado de seguros, promovendo<br />

maior segurança e bem-estar financeiro para os segurados”,<br />

avalia Glaucia.<br />

A advogada detalha a inclusão da definição do conceito de<br />

“ciclo de renda”: “Se refere ao período em que o segurado começa a<br />

receber os pagamentos periódicos decorrentes da cobertura por sobrevivência.<br />

Isso traz clareza sobre o momento em que os benefícios<br />

começam a ser pagos, proporcionando uma melhor compreensão<br />

aos segurados e garantindo transparência no processo.”<br />

Para Glaucia, outra inovação promovida pelas circulares 698 e<br />

694 de 2024 é a inclusão da opção de contratar renda vitalícia oferecendo<br />

aos segurados uma alternativa importante para garantir uma<br />

fonte de renda vitalícia após o término do “ciclo de renda”. “Isso proporciona<br />

segurança financeira em longo prazo e ajuda a proteger os<br />

segurados contra a possibilidade de esgotar seus recursos durante a<br />

aposentadoria”, observa a especialista, exaltando ainda a faculdade<br />

de o participante fazer aportes no período inicial de adesão ao plano<br />

com cláusula de Opt Out. “Essa faculdade permite que os participantes<br />

dos planos tenham maior flexibilidade e controle sobre suas contribuições,<br />

possibilitando a realização de aportes adicionais durante<br />

o período inicial de adesão. Isso pode ser especialmente vantajoso<br />

18


para aqueles que desejam aumentar sua reserva financeira e potencializar<br />

os benefícios futuros do plano”, assinala Glaucia, reforçando,<br />

ainda, a importância do Fundo ou Plano Exclusivo Familiar como<br />

oportunidade de planejar e proteger o futuro financeiro de seus<br />

entes queridos de maneira mais eficaz, alinhado com os objetivos<br />

familiares de longo prazo.<br />

HÁ LACUNAS?<br />

Embora as duas circulares 698 e 699, de 2024, representem<br />

um passo significativo na simplificação da regulação do seguro de<br />

pessoas no mercado brasileiro, a advogada Glaucia diz sempre haver<br />

espaço para aprimoramentos e é importante reconhecer que<br />

algumas lacunas regulatórias ainda podem ser identificadas: “Uma<br />

sugestão, nesse sentido, seria uma análise contínua das práticas e<br />

necessidades do mercado, com o objetivo de identificar possíveis<br />

áreas de melhoria na regulação. Isso poderia incluir aprimoramentos<br />

na proteção ao consumidor, como a padronização de cláusulas<br />

contratuais, e o estímulo à inovação na criação de produtos mais<br />

adequados às demandas dos segurados, como seguros adaptados<br />

a novos modelos de trabalho e estilo de vida. Além disso, a<br />

simplificação dos processos regulatórios e a redução de burocracias<br />

excessivas também poderiam ser consideradas para facilitar<br />

a introdução de novos produtos e a entrada de novos players no<br />

mercado, promovendo assim um maior benefício para os consumidores.”<br />

Para Edson Calheiros, com a tecnologia avançando a passos<br />

largos, a regulamentação precisa acompanhá-la. Isso inclui, diz ele,<br />

cuidar da privacidade dos dados, usar ética nos algoritmos que definem<br />

preços e coberturas e garantir a segurança digital: “Caminhamos<br />

para a personalização, mas pode ser necessário ajustar ainda<br />

mais as regras para apoiar produtos que atendam perfeitamente<br />

a grupos específicos como idosos, jovens profissionais ou famílias<br />

com demandas complexas.”<br />

GLAUCIA RISPOLI ROCHA,<br />

Advogada<br />

OLHAR PARA O CLIENTE<br />

Rafael Barroso, da Bradesco Vida e Previdência, antevê que as<br />

mudanças contribuirão para um aumento na contratação de planos<br />

de previdência privada com o decorrer do tempo e antecipa que a<br />

seguradora intensificará ainda mais sua estratégia de comunicação,<br />

especialmente por meio de seus corretores parceiros, para ressaltar<br />

todas as vantagens que tais reformulações regulatórias trarão aos<br />

seus clientes. “O consumidor, de um modo geral, passa a ter acesso<br />

a um maior poder de decisão e flexibilidade em seus planos de<br />

previdência privada. Outra vantagem é que a regulação, ao permitir<br />

maior flexibilidade, potencialmente reduz risco de precificação em<br />

diversos ciclos de renda, o que tende a levar a melhores condições<br />

para o consumidor final”, destaca Barroso.<br />

Para a advogada Glaucia Rispoli, as duas novas circulares beneficiam<br />

o consumidor final de várias maneiras. Primeiro, ele terá<br />

uma compreensão mais clara dos termos do contrato e dos benefícios<br />

oferecidos, o que o ajudará a tomar decisões mais informadas.<br />

Além disso, a transparência aumentada proporciona maior confiança<br />

no mercado segurador, reduzindo o risco de conflitos e aumentando<br />

a satisfação do cliente. “A simplificação<br />

dos procedimentos também pode<br />

resultar em uma experiência mais rápida<br />

e conveniente para o consumidor ao adquirir<br />

e gerenciar seu seguro. Isso significa<br />

menos burocracia e menos barreiras<br />

para acessar a proteção financeira necessária”,<br />

conclui.<br />

Edson Calheiros, do CVG-RJ, entende<br />

ser crucial continuar aprimorando<br />

a clareza das condições dos seguros e<br />

investir na educação financeira para que<br />

as pessoas façam escolhas bem-informadas<br />

sobre produtos e consigam entender<br />

as regras e os manuais. “Como sugestões<br />

para aprimoramento regulatório penso<br />

em diretrizes claras para a integração de<br />

novas tecnologias, focando em proteger<br />

e respeitar os dados dos consumidores.<br />

Manter conversas frequentes entre reguladores,<br />

seguradoras, consumidores e<br />

especialistas em tecnologia para se antecipar<br />

às tendências e ajustar a regulamentação<br />

de forma proativa. Considero<br />

de suma importância criar um sistema<br />

para revisar e atualizar as normas regularmente,<br />

garantindo que continuem<br />

relevantes e eficazes para atenderem<br />

as demandas futuras”, sugere Calheiros,<br />

para quem é fundamental que o setor<br />

invista em programas que aumentem<br />

a compreensão financeira e regulatória<br />

dos consumidores, ajudando-os a entender<br />

melhor os produtos e tomar decisões<br />

mais conscientes.<br />

19


ESPECIAL SEGURO DE VIDA<br />

PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO<br />

APÓLICES DE VIDA SÃO<br />

MODELOS VERSÁTEIS E<br />

INDISPENSÁVEIS PARA<br />

UM PLANEJAMENTO<br />

SUCESSÓRIO. A INDENIZAÇÃO<br />

QUE OFERECEM CHEGA<br />

AOS HERDEIROS MAIS<br />

RAPIDAMENTE QUE<br />

O RESULTADO DE UM<br />

INVENTÁRIO, QUE<br />

GERALMENTE LEVA ANOS PARA<br />

SER CONCLUÍDO<br />

André Felipe de Lima<br />

Herdeiros<br />

seguros<br />

O<br />

aumento de impostos<br />

sobre doações e heranças<br />

contido no texto da<br />

reforma tributária sobre o consumo,<br />

aprovada e promulgada pelo Congresso<br />

Nacional no ano passado, ainda preocupa<br />

os brasileiros. As regras divergem, entretanto,<br />

de um estado para o outro. Em<br />

meio à intensa discussão sobre o tema, o<br />

seguro de vida emerge como um modelo<br />

satisfatório de planejamento sucessório<br />

de bens por ser, entre outras vantagens,<br />

isento de Imposto de Renda. Afinal, o<br />

planejamento sucessório é indispensável<br />

para se ter uma organização do patrimônio<br />

em vida e após a vida do indivíduo<br />

titular de bens e direitos.<br />

O seguro VGBL, por exemplo, pode ser utilizado para adiantamento<br />

de herança e planejamento financeiro. “Quando se fala de<br />

seguro de vida de uma maneira mais ampla, acho que há vários fatores<br />

que têm de ser levados em consideração. O aspecto tributário<br />

nunca deve ser o único ou o principal na tomada de decisão. O seguro<br />

de vida e a previdência têm que fazer parte de um planejamento<br />

financeiro mais amplo das pessoas. Eles podem, inclusive, contribuir<br />

no processo de planejamento sucessório”, reconhece o diretor-estatutário<br />

da FenaPrevi, Carlos Eduardo Gondim.<br />

20


Ele observa que o seguro de vida pode ser utilizado como um<br />

planejamento, passo a passo, para que o segurado deixe recursos<br />

suficientes aos familiares durante o processo de herança. “Quando<br />

falamos de um processo de herança, temos todos os custos associados<br />

à herança e aos pagamentos de impostos. E é preciso fazer<br />

primeiro esses pagamentos para depois ter acesso a esses bens”, assinala<br />

Gondim.<br />

Em síntese, o seguro de vida não contempla despesas adicionais<br />

e é isento de tributação. Após a morte do segurado, o dinheiro<br />

é diretamente transferido aos beneficiários, garantindo o pagamento<br />

do valor acordado independentemente do tempo de vigência do<br />

contrato. Esse fator é um diferencial inegável porque não será preciso<br />

que os beneficiários aguardem a finalização de um processo de<br />

inventário, que geralmente leva anos para ser concluído.<br />

Cerca, também, o seguro de vida a não incidência de Imposto<br />

de Renda em caso de morte do segurado, como garante o artigo<br />

6º, inciso XIII da Lei n.º 7.713/88. Aspecto também a ser destacado<br />

é a impenhorabilidade do seguro de vida em razão de processos<br />

judiciais, além de o capital estipulado não estar sujeito às dívidas<br />

do segurado e não ser considerado herança, conforme frisa o art.<br />

794 do Código Civil: “No seguro de vida ou de acidentes pessoais<br />

para o caso de morte, o capital estipulado não está sujeito às dívidas<br />

do segurado, nem se considera herança para todos os efeitos<br />

de direito.”<br />

O CEO da Alba Seguradora, Carlos Alberto de Figueiredo<br />

Trindade Filho, reforça que o seguro de vida é a garantia de um patrimônio<br />

após um falecimento. “Só que ele não está em nosso poder.<br />

Pagamos uma pequena parcela todo mês para que esse patrimônio<br />

exista em algum lugar, que no caso é na seguradora, e que<br />

no caso do falecimento, a família possa imediatamente acessar<br />

esse patrimônio que vai garantir a sua continuidade. Ele [o seguro<br />

de vida] faz todo o sentido no planejamento sucessório”, explica o<br />

executivo. “Todo mundo compra seguro de vida. E, intuitivamente,<br />

pensa: se não estiver aqui, para que serve esse seguro que comprou?<br />

Não estará aqui, mas a família está e receberá a indenização.<br />

Ele pode ser planejado com base em determinados aspectos. Por<br />

exemplo: tenho um patrimônio. Sei que se eu falecer, minha família,<br />

para acessar esse patrimônio, vai gastar 4%, 8% ou até 10%,<br />

dependendo do estado em que ela viva. Ela [a família herdeira] vai<br />

ter um custo grande para acessar esse patrimônio, com inventário,<br />

com advogado, com impostos. Por isso, faço um seguro de vida<br />

que cubra esse montante, que vai precisar ser gasto pela minha<br />

família para que ela acesse o patrimônio no meu falecimento. Isso<br />

já é planejado, calculado nesse sentido”, exemplifica Trindade<br />

Para o executivo da Alba, o seguro de vida sempre traz com<br />

ele um conceito sucessório. “Às vezes é para pagar. Se eu estiver ausente,<br />

pagar a educação dos meus filhos até que completem uma<br />

faculdade com 22 anos, por exemplo. Faço um seguro de vida que<br />

garanta esse recurso. Isso é planejamento sucessório. É quando<br />

pensamos nos nossos bens sendo transferidos para a nossa família,<br />

na nossa ausência”, diz Trindade.<br />

A diretora de produtos de seguro de vida da Icatu, Luciana<br />

Bastos, exalta a importância do seguro de vida para o planejamento<br />

sucessório. “Por ser um produto de<br />

proteção financeira, um dos benefícios<br />

do seguro de vida é que ele não faz parte<br />

da herança e não entra no inventário.<br />

É uma estratégia recomendada para ajudar<br />

os clientes a protegerem seus patrimônios<br />

e garantirem que seus familiares<br />

estejam amparados após sua partida,<br />

evitando a burocracia e os custos associados<br />

ao inventário, além de otimizar a<br />

gestão de recursos e reduzir os impactos<br />

fiscais”, afirma a executiva.<br />

Segundo Gondim, já existem empresas<br />

nas quais o seguro de vida também<br />

vem sendo usado como uma forma<br />

de um planejamento sucessório que não<br />

obrigue os sócios da companhia a se tornarem<br />

sócios dos herdeiros, que receberão<br />

uma indenização equivalente à participação<br />

do sócio falecido na empresa.<br />

“Esse é outro exemplo de como o seguro<br />

de vida pode ajudar nessa questão do<br />

planejamento sucessório”, endossa o representante<br />

da FenaPrevi.<br />

Existem diversas formas de fazer a<br />

gestão do patrimônio adquirido, e, apesar<br />

de ainda pouco conhecido, o seguro de<br />

vida é uma ferramenta que proporciona<br />

um ótimo custo-benefício, destaca o superintendente<br />

executivo da Bradesco Vida e<br />

Previdência, Alessandro Malavazi. “Por não<br />

estar atrelado a um inventário, o seguro<br />

possui liquidez imediata, permitindo que<br />

os beneficiários recebam os valores pré-<br />

-estipulados pelo contratante em até 30<br />

dias após a comunicação do seu falecimento.<br />

Além disso, ele é isento de Imposto<br />

de Renda e do Imposto de Transmissão<br />

Causa Mortis e Doação [ITCMD, tributo<br />

relacionado a heranças]”, explica Malavazi.<br />

Dessa forma, acrescenta o executivo<br />

da Bradesco Vida e Previdência, o<br />

seguro pode evitar conflitos familiares,<br />

processos judiciais e que parte do patrimônio<br />

seja comprometida com os custos<br />

do próprio inventário, entre outras garantias<br />

jurídicas e financeiras. “Outro diferencial<br />

do seguro de vida no planejamento<br />

sucessório é a indicação do beneficiário,<br />

que é livre, podendo ser cônjuges, filhos,<br />

familiares, amigos ou qualquer pessoa escolhida<br />

pelo segurado, e até mesmo instituições<br />

de caridade”, finaliza.<br />

21


EVENTO<br />

AGENDA INSTITUCIONAL<br />

Diálogo para avançar nas demandas do<br />

setor de seguros<br />

CNSEG APRESENTA 2ª EDIÇÃO<br />

DA AGENDA INSTITUCIONAL<br />

PARA DEPUTADOS, SENADORES<br />

E REPRESENTANTES DO PODER<br />

EXECUTIVO. OBJETIVO É TER VOZ NAS<br />

DECISÕES QUE AFETAM DIRETAMENTE<br />

O MERCADO DE SEGUROS<br />

A<br />

Confederação Nacional das<br />

Seguradoras (CNseg) em abril<br />

a segunda edição da Agenda<br />

Institucional do Mercado de Seguros, um<br />

documento que destaca pontos a serem<br />

trabalhados com os Poderes Executivo,<br />

Legislativo e Judiciário. A cerimônia, realizada<br />

em Brasília, serviu para aproximar<br />

e chamar a atenção dos poderes constituídos<br />

para o seguro como instrumento<br />

de apoio à sociedade na ocorrência de<br />

eventos inesperados.<br />

Em sua apresentação, Dyogo Oliveira,<br />

presidente da CNseg, destacou<br />

alguns pontos importantes da Agenda,<br />

ressaltando que as mudanças climáticas<br />

já mostram suas consequências, como as<br />

perdas do seguro rural, que chegaram a<br />

R$ 85 bilhões em 2023. “Estamos trabalhando,<br />

junto com o Poder Legislativo, na<br />

criação de um seguro social para catástrofes,<br />

com o objetivo de atender as pessoas<br />

que mais necessitam de cobertura”. Este<br />

tema está em fase de audiência pública,<br />

com proposta já apresentada pela CNseg.<br />

Oliveira também citou os projetos<br />

de infraestrutura que também necessitam<br />

de proteção, porque a reconstrução<br />

é um problema por conta da falta de recursos<br />

públicos. Em outro tema relevante<br />

para o setor, a saúde, um dos problemas<br />

é o envelhecimento da população e o<br />

encarecimento dos atendimentos. Neste<br />

caso, o mercado pode trabalhar para<br />

complementar o atendimento prestado<br />

pelo SUS.<br />

Executivos do mercado e políticos no lançamento da Agenda Institucional<br />

A agenda traz várias iniciativas positivas que colocam o setor<br />

de seguros como um auxílio para a sociedade na gestão de recursos<br />

para o seu desenvolvimento. Oliveira apontou que a cobertura de<br />

seguro ainda é pequena, citando o seguro rural que tem apenas 6%<br />

da área coberta, seguro residencial com menos de 15% e o seguro<br />

automóvel, com menos de 30%.<br />

“A agenda legislativa da CNseg do ano passado foi importante<br />

para aproximar uma das principais discussões do mercado de<br />

seguros: a reforma tributária. O setor participou e, através da CNseg,<br />

conseguimos aprofundar as discussões, com a participação de todos<br />

e ajudando o legislativo a entrar em acordo com o executivo.<br />

Estamos vigilantes para não permitir nenhum retrocesso, nada que<br />

venha prejudicar o setor. É o famoso ganha-ganha, e é bom para<br />

todos”, refletiu o senador Rodrigo Cunha (Podemos/AL), que representou<br />

o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, no evento.<br />

Entre os projetos que já tramitam no Congresso Nacional, um<br />

que é muito caro ao setor é o PLP 101, que regulamenta as associações<br />

de proteção veicular. “Esta lei assegura que estas entidades participem<br />

do setor dentro das mesmas regras das seguradoras, com a<br />

mesma legislação tributária e reservas constituídas, representando<br />

uma concorrência justa e respeitando o consumidor”, complementou.<br />

O senador Rodrigo Cunha adiantou que o PL 29/2017, que<br />

trata dos contratos de seguro, deve ser aprovado o quanto antes<br />

para que não haja insegurança jurídica. “Isso é ruim para todo mundo<br />

inclusive para os investidores”.<br />

A primeira edição da Agenda Institucional do Mercado de<br />

Seguros foi lançada em 2023. Segundo os executivos do setor, sua<br />

apresentação apresentou reflexos ao longo do ano e aproximou o<br />

setor do Poder Público, ampliando a comunicação e a sensibilização<br />

em relação às demandas do setor.<br />

Os principais pontos da Agenda são:<br />

Adequação dos editais, aperfeiçoamento da Lei de Licitações<br />

e Seguro Garantia - o Brasil tem pela frente uma série de<br />

obras e concessões públicas, na área de infraestrutura. São programas<br />

habitacionais, portos, ferrovias e aeroportos, saneamento<br />

22


ásico, telecomunicações,<br />

energia e gás. Nesse cenário,<br />

propostas sobre estes<br />

temas traz a CNseg como<br />

parceira estratégica para<br />

o desenvolvimento do<br />

mercado, por assegurar o<br />

cumprimento de obrigações<br />

contratuais estipuladas<br />

editais, por exemplo,<br />

entre outras atualizações<br />

normativas para empreendimentos<br />

diversos.<br />

Seguro como instrumento<br />

de promoção da<br />

Dyogo Oliveira, da CNseg<br />

sustentabilidade - a CNseg<br />

tem buscado parcerias de<br />

órgãos públicos e organizações privadas para criar produtos inovadores<br />

capazes de ajudar no enfrentamento das tragédias – cada vez<br />

mais graves – provocadas pelas mudanças climáticas. Entre os projetos<br />

para mitigar riscos climáticos está a proposta em diálogo com<br />

entes federativos para o Seguro Social contra Catástrofes.<br />

Novo marco legal dos seguros - o Senado voltou a discutir,<br />

em 2023, o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 29 de 2017. Trata-se de<br />

uma revisão do marco regulatório do setor segurador, regido atualmente<br />

pelo Código Civil. A matéria foi objeto de um rico e intenso<br />

debate entre governo federal e parlamento.<br />

Seguro Rural - este é um dos setores mais fortes da economia<br />

nacional. Ano após ano, o agronegócio impulsiona o Seguro<br />

Rural, aumentando sua participação como ferramenta de proteção<br />

financeira e mitigação de riscos para o produtor, especialmente em<br />

razão das mudanças climáticas que têm ocorrido. Entre outros temas<br />

apresentados no documento sobre o assunto, a CNseg apoia a<br />

criação de um fundo de estabilização.<br />

Seguro Habitacional - o setor segurador é um dos mais importantes<br />

agentes mantenedores da ordem social brasileira, por<br />

ofertar produtos que garantem a quitação das dívidas de seus clientes<br />

em casos de morte, invalidez, ou até desemprego, oferecendo<br />

ao credor a segurança de que a inadimplência será evitada. A Confederação<br />

apoia a regulamentação do Seguro Habitacional do Sistema<br />

Financeiro de Habitação (SH/SFH) para benefício de milhares de<br />

mutuários que aguardam resolução sobre imóveis que se encontravam<br />

em situação de risco.<br />

Regulamentação no setor de veículos – o setor propõe parceria<br />

com os poderes Legislativos e Executivos estaduais contribuindo com<br />

conhecimento técnico especializado na formulação de legislações e<br />

regulamentações. Destaque para aprimoramento da Lei do Desmonte<br />

e vistoria cautelar, além de propostas que visam regulamentar a<br />

atuação das associações de proteção veicular no mercado de seguros.<br />

Ambiente regulatório e promoção da expertise do setor -<br />

apoia estudos para revisão dos editais e requisitos dos seguros,<br />

propiciando condições viáveis para aceitação, atendimento e<br />

subscrição dos riscos por parte do mercado segurador. Em 2024,<br />

Senador Rodrigo Cunha (Podemos/AL)<br />

para estruturar melhor esse trabalho,<br />

desenvolveremos parcerias com os respectivos<br />

órgãos e entidades de ensino,<br />

como a Escola Nacional de Administração<br />

Púbica (ENAP), para a construção de<br />

um curso ou treinamento sobre o mercado<br />

segurador, ou, ainda, a formatação<br />

de um ambiente voltado às discussões<br />

sobre aprimoramentos possíveis na utilização<br />

dos instrumentos existentes no<br />

setor segurador.<br />

Open Insurance – é um projeto<br />

que veio na esteira do Open Finance,<br />

lançado em 2020 pelo Banco Central do<br />

Brasil. O arcabouço regulatório do Open<br />

Insurance é baseado naquele do Open<br />

Finance, embora o “negócio de seguros”<br />

seja completamente diferente do “negócio<br />

de bancos”, ainda que estes sejam um<br />

importante canal de distribuição de alguns<br />

produtos oferecidos pelas empresas<br />

de seguros, capitalização e previdência<br />

complementar aberta.<br />

Proteção de dados e Inteligência<br />

Artificial - no mercado de seguros, o uso<br />

da Inteligência Artificial não é novo. Ela<br />

pode ser utilizada para prevenção e regulação<br />

de sinistros, modelos de precificação,<br />

avaliação de riscos, análise de perfil,<br />

emissão de apólice, pagamento de indenizações,<br />

por exemplo. Outra aplicação<br />

da IA é na detecção de atividades fraudulentas.<br />

A CNseg apoia a regulamentação<br />

proposta pelo Congresso Nacional com<br />

sugestão de alteração em alguns pontos<br />

do texto.<br />

23


EVENTO<br />

PREMIAÇÃO<br />

Todos querem ser reconhecidos como<br />

TALENTO DE SEGUROS<br />

MUITO MAIS DO QUE UMA VIAGEM,<br />

OS PREMIADOS NA CAMPANHA DA<br />

BRADESCO SEGUROS PARTICIPAM<br />

DE UMA VIVÊNCIA ÚNICA QUE<br />

ENVOLVE LAZER, CULTURA,<br />

ESPORTES E UM TROFÉU ESPECIAL<br />

Não é apenas sobre ser premiado<br />

em uma campanha de vendas. É<br />

sobre ser reconhecido pelo seu<br />

esforço, seja como corretor de seguros,<br />

assessoria ou colaborador. Angela Fernandes<br />

iniciou sua carreira profissional<br />

na Bradesco Saúde, como estagiária, aos<br />

vinte anos. Depois de rodar por diversas<br />

áreas (técnica, comercial), faturamento,<br />

movimentação, reavaliação de apólice e,<br />

quando tinha aprendido tudo, fui para a<br />

área comercial. Após alguns anos como<br />

corretora, Angela finalmente atingiu seu<br />

objetivo de ser premiada. “Aqui é uma<br />

oportunidade de rever os amigos, muitos<br />

que entraram comigo. Como funcionária,<br />

eu não consegui chegar até aqui mas, estar<br />

como corretora, tem um sabor especial”,<br />

comemorou a Superintendente de<br />

Placemant e Implantação da Gallagher.<br />

Este é o espírito que permeia todo<br />

o evento. Durante o ano inteiro, corretores<br />

de seguros que distribuem os produtos<br />

do Grupo Bradesco Seguros participam<br />

de uma corrida pelo troféu Talento<br />

de Seguros. Para chegar na frente, os profissionais<br />

recebem o apoio da equipe comercial,<br />

que identifica as melhores oportunidades<br />

de negócios.<br />

A seguradora tem muito para<br />

comemorar. Em 2023 ela registrou faturamento<br />

de R$ 106,6 bilhões, o que representa<br />

expansão de 11,8% em relação<br />

a 2022. O lucro líquido atingiu R$ 8,9 bilhões,<br />

registrando aumento de 32,2% na<br />

comparação anual. Um fator importante<br />

para que estes números fossem obtidos foi a OV - Organização de<br />

Vendas, que passou por uma reestruturação e foi separada por áreas<br />

de atuação.<br />

Em 2024, foram premiados 140 profissionais, corretores de<br />

seguros e comerciais da seguradora. O Hotel Transamérica, na Ilha<br />

de Comandatuba, recebeu 650 convidados que, durante 4 dias participaram<br />

de experiências culturais, esportivas e gastronômicas, além<br />

da grande premiação, que este ano teve como tema: Juntos na mesma<br />

sintonia. Receber o troféu Talento de Seguros é o maior reconhecimento<br />

do esforço e do comprometimento de todos em atender<br />

bem o cliente final, preocupando-se<br />

com a sua<br />

proteção.<br />

A Bradesco Vida<br />

e Previdência participou<br />

pela segunda vez de<br />

forma independente da<br />

Talento de Seguros. José<br />

Pires, diretor comercial<br />

da seguradora, contou a<br />

experiência de alocar os<br />

corretores parceiros em<br />

grupos com perfil similar<br />

para que eles pudessem<br />

concorrer em pé de<br />

igualdade. “Conectamos<br />

o grupo com equipes<br />

internas dedicadas ao<br />

JOSÉ PIRES, diretor comercial de vida e<br />

previdência privada<br />

24


apoio, olhando o rendimento,<br />

produção etc.”<br />

Como desafio,<br />

Pires citou a nova configuração<br />

da empresa,<br />

que antes produzia<br />

predominantemente<br />

com corretores da rede.<br />

“Saímos de 1900 corretores<br />

de mercado em<br />

2022 para quase 5000<br />

em 2023, para o atendimento<br />

do público. Temos<br />

uma fatia enorme<br />

de corretores que tem<br />

FLAVIO BITTER, diretor comercial de Saúde a confiança do cliente,<br />

que é corretor de patrimônio<br />

ou de saúde, mas que não vendia Vida e Previdência. Estamos<br />

investindo para dar cobertura total aos clientes”, reforçou o<br />

executivo<br />

Flavio Bitter, diretor gerente da Bradesco Saúde, explica que<br />

a disputa para a Talento de Seguros também é dividida por regiões,<br />

além do nível de faturamento. Ao longo de toda a campanha os corretores<br />

podem consultar seus resultados parciais no Portal de Negócios<br />

da Bradesco Seguros, buscando também a orientação para<br />

manter-se competitivo.<br />

“A Talento de Seguros é uma campanha acessível, que contempla<br />

desde o pequeno corretor até as assessorias. O corretor atua<br />

dentro de um grupo de iguais. Todos os que operam com as seguradoras<br />

do Grupo Bradesco participam da campanha”, pontuou Leonardo<br />

Pereira de Freitas, diretor comercial da Bradesco Auto/RE.<br />

O modelo comercial do Grupo Bradesco Seguros foi alterado<br />

em 2023, segregando os departamentos de distribuição por cada<br />

companhia. As estruturas<br />

dedicadas ficam na<br />

região em que o corretor<br />

atua, justamente para<br />

aproximar este relacionamento.<br />

Além disso,<br />

todos os corretores podem<br />

receber treinamento<br />

para ele ou para sua<br />

equipe, presencial ou<br />

online, sempre com o<br />

apoio da Universeg.<br />

MUITAS<br />

EXPERIÊNCIAS<br />

As noites do<br />

evento são reservadas<br />

para as cerimônias de<br />

entrega dos troféus. Sim,<br />

cerimônias, porque elas<br />

IVAN GONTIJO, presidente do Grupo<br />

Bradesco Seguros<br />

LEONARDO PEREIRA DE FREITAS,<br />

diretor comercial de Auto/RE<br />

acontecem em duas etapas. Mas, além<br />

disso, os convidados têm muitas atividades<br />

à sua disposição.<br />

Cada região do País é representada<br />

por uma equipe, que recebe os corretores<br />

de sua localidade e os de fora também.<br />

Há espaço para o bem-estar, com massagens<br />

e esoterismo, para quem curte.<br />

Entretanto, outro ponto alto da festa<br />

são os esportes, sempre apoiados por<br />

ícones de cada modalidade. Os tenistas<br />

puderam trocar bolas com Flavio Saretta.<br />

No futebol, Formiga e Denilson foram as<br />

estrelas. Na areia, Jaqueline e Murilo, do<br />

vôlei, deram suporte aos atletas. Um auxílio<br />

luxuoso para os atletas que disputaram<br />

os torneios das modalidades.<br />

25


EVENTOS<br />

Seguradoras apresentam estratégias de expansão de negócios<br />

Fernando Soares, CEO da Suhai, destacou a missão<br />

da seguradora de alcançar grupos que tradicionalmente<br />

têm menos acesso a seguros. “Estamos comprometidos<br />

em oferecer produtos que atendam às necessidades de<br />

clientes que ainda não possuem cobertura”, afirmou. Ele<br />

salientou a importância de adaptar e expandir serviços<br />

para cobrir mais brasileiros, especialmente aqueles em<br />

regiões menos assistidas, como o interior do país e áreas<br />

periféricas de grandes cidades.<br />

Fernando Soares e Ricardo Montenegro<br />

SIMPLO 2024 debate os desafios da odontologia suplementar<br />

O 19º SIMPLO (Simpósio de Planos<br />

Odontológicos), organizado pela SINOG (Associação<br />

Brasileira de Planos Odontológicos), destacou<br />

os desafios enfrentados pela odontologia<br />

suplementar, reunindo cerca de 400 representantes<br />

e profissionais. O evento, que teve como<br />

tema “Estratégia e competitividade: Desafios<br />

para promover avanços positivos na gestão das<br />

operadoras, qualidade do atendimento odontológico<br />

e garantia de acesso cada vez mais<br />

amplo aos serviços de saúde bucal”, abordou<br />

temas como combate a fraudes, regulação, modelo<br />

de remuneração e novas tecnologias.<br />

Na abertura, o presidente da SINOG, dr.<br />

Roberto Cury, ressaltou o crescimento do setor<br />

e a necessidade de estratégias inovadoras para<br />

enfrentar os desafios de gestão. “A odontologia<br />

suplementar vem crescendo muito nos últimos<br />

anos. Atualmente, são aproximadamente<br />

80 mil dentistas dedicados a encantar mais de 32 milhões<br />

de vidas em todo o Brasil”. O evento contou com palestras<br />

e painéis sobre diversos temas, incluindo o cenário atual<br />

do país e seus reflexos na saúde suplementar, a importância<br />

da comunicação efetiva para o setor, governança, experiência<br />

do cliente e tendências tecnológicas.<br />

26


Há vinte anos reunindo histórias de corretores de seguros<br />

A UCS – União dos Corretores de Seguros – completou<br />

duas décadas de atividades. Como seu próprio nome<br />

diz, a entidade une os corretores de seguros para debater<br />

temas de interesse da categoria em fóruns e eventos,<br />

como o tradicional Trocando Ideias e o Trocando Negócios.<br />

Augusto Esteves, presidente da UCS, destaca o trabalho<br />

de todos que contribuíram com esta história que<br />

completa duas décadas. “Chegamos a 20 anos de mãos dadas<br />

entre nós, corretores de seguros, o mercado, mantendo<br />

parceria especialmente com as seguradoras e demais<br />

entidades representativas da categoria, como o Sincor-SP.<br />

Estamos juntos com uma única finalidade: o bem comum<br />

de todos os profissionais do setor e, automaticamente, da<br />

sociedade brasileira”, afirma.<br />

Oportunidades de negócios rentáveis no seguro de vida<br />

Recebidos pelo mentor Álvaro Fonseca e<br />

diretoria do CCS-SP, o diretor Comercial da BVP,<br />

José Pires, juntamente com os colaboradores da<br />

BVP, Anderson F. Mundim Martins, Alex Queiroz<br />

e Luciano Santos, apresentaram novidades do<br />

portfólio e comentaram o bom desempenho<br />

da empresa.No seguro de vida individual, algumas<br />

das novidades da BVP são a substituição da<br />

carência morte por subscrição, o seguro Vida<br />

Inteira (modalidade Whole Life), o aceite digital<br />

e o card de acompanhamento de propostas de<br />

seguros, que serão colocados à disposição dos<br />

corretores. No vida coletivo, além da redução de<br />

taxas, a inédita “pessoa chave” serve, segundo<br />

Queiroz, para sócios de empresas que desejam<br />

comprar a parte de outros sócios.<br />

Novo escritório no Rio de Janeiro<br />

A Latin Re inaugurou um novo escritório na cidade<br />

do Rio de Janeiro, para abrigar 28 colaboradores. São<br />

51 profissionais atuando também em Brasília e São Paulo,<br />

para fazer o seu atendimento diferenciado. “O Rio de Janeiro,<br />

apesar de ter sido esvaziado em muitas atividades,<br />

ainda é o berço do resseguro. Queremos ser o celeiro de<br />

novos talentos para o mercado carioca e temos muito<br />

que crescer por aqui”, disse Maria Eduarda Bonfim, na<br />

inauguração.<br />

Felipe Aragão e Maria Eduarda Bomfim<br />

27


EVENTO<br />

CONGRECOR<br />

3º Congrecor dá destaque para a<br />

importância do corretor de seguros<br />

CONGRESSO FOI PROMOVIDO PARA AMPLIAR O OLHAR DO CORRETOR DE SEGUROS SOBRE O SEU<br />

PRÓPRIO NEGÓCIO, CONTRIBUINDO PARA A TOMADA DE DECISÕES DESTE PROFISSIONAL<br />

Nicole Fraga<br />

Aconteceu entre os dias 24 e 26<br />

de abril o 3º Congrecor (Congresso<br />

Regional Centro-Oeste,<br />

Minas Gerais e Espírito Santo dos Corretores<br />

de Seguros), no Royal Tulip Alvorada,<br />

em Brasília (DF). Com o tema “Corretor<br />

de Seguros: Operacional, Tático ou<br />

Estratégico?”, o evento foi promovido<br />

pelos Sincors das regiões e contou com<br />

apoio institucional da Fenacor (Federação<br />

Nacional dos Corretores de Seguros),<br />

ENS (Escola de Negócios e Seguros) e<br />

Ibracor (Instituto Brasileiro de Autorregulação<br />

do Mercado de Corretagem de<br />

Seguros).<br />

O objetivo do Congresso foi ampliar o olhar do corretor de<br />

seguros sobre o seu próprio negócio, contribuindo para a tomada de<br />

decisões envolvendo gestão, estratégia e operação. Grandes empresas<br />

do mercado estiveram presentes no evento para apresentarem<br />

soluções inovadoras e exclusivas para o aprimoramento do seu principal<br />

canal de distribuição de seguros, colocando o corretor como<br />

protagonista do mercado.<br />

Uma das seguradoras que estiveram presentes no 3º Congrecor<br />

foi a AXA no Brasil. Karine Brandão, vice-presidente Comercial e<br />

Marketing da companhia, afirmou que o evento é uma ótima oportunidade<br />

para entender as demandas dos corretores da região. “O<br />

corretor está cada vez mais se profissionalizando, buscando ferramentas<br />

que ajudem na gestão da carteira. Isso faz com que ele atenda<br />

o cliente de forma mais ágil e personalizada, e acreditamos que<br />

estamos desenvolvendo soluções que apóiem os nossos parceiros<br />

28


Airton Renato de Almeida Filho, diretor da Susep; Lucas Vergilio, presidente da<br />

ENS; Dyogo Oliveira, presidente da CNseg; Jackson Prata, presidente do Sincor/DF;<br />

Armando Vergilio, presidente da Fenacor; e Paulo Octavio, ex-senador e empresário<br />

neste sentido”. A executiva reforçou que tecnologia e inovação são<br />

os pilares para o crescimento do segmento.<br />

Rivaldo Leite, CEO da vertical de Seguros da Porto, disse que<br />

o corretor estará sempre em posição de destaque quando o assunto<br />

é a distribuição de seguros. “Apesar de a tecnologia ter avançado<br />

bastante, principalmente com o uso da Inteligência Artificial, não<br />

importa que surjam novos canais, pois somente o corretor é capaz<br />

de oferecer uma consultoria para o consumidor. Este profissional é<br />

altamente qualificado, com grande capacidade de atendimento, e<br />

oferecemos apoio tecnológico e comercial, treinamentos e portfólio<br />

diversificado. O papel do corretor de seguros no dia a dia com o<br />

cliente é fundamental para a expansão do setor”.<br />

A Alba Seguradora também esteve presente no evento. Solon<br />

Barreto, vice-presidente Comercial da empresa, afirmou que em<br />

35 anos de mercado surgiram diversas ameaças contra os corretores,<br />

mas a categoria sempre será prestigiada pelo segurado. “O canal<br />

corretor tem um pilar muito forte, que é o relacionamento com<br />

o consumidor. O cliente no geral é leigo, muito por causa da falta de<br />

conhecimento sobre o mercado. Devemos tornar a nossa comunicação<br />

mais simples para aproximar os brasileiros do seguro. As seguradoras<br />

precisam estar atentas a isto, inserindo os corretores no digital<br />

e desenvolvendo soluções para que eles entrem neste novo mundo”.<br />

Alexandre Papandrea, CEO da Segna Consultoria em Seguros,<br />

ressaltou que é de extrema importância o corretor de seguros buscar<br />

conhecimento e qualificação para se destacar no setor. “Atualmente,<br />

as seguradoras oferecem cada vez mais cursos e treinamentos, além<br />

de trazerem inovações tecnológicas para os seus parceiros. Sem tecnologia<br />

o corretor fica enfraquecido, e ao acompanhar a evolução<br />

digital novas oportunidades de negócios vão surgir”.<br />

O diretor Comercial e Corretores da Mapfre, Raphael Bauer, disse<br />

que, diferente dos outros canais de distribuição, o corretor de seguros<br />

tem a capacidade de oferecer uma consultoria completa e personalizada<br />

para o segurado. “Somente o corretor consegue entender as necessidades<br />

do cliente, construindo uma proposta de valor de acordo com<br />

o que o consumidor precisa. Atuamos para ajudar nossos parceiros não<br />

só com formação, mas também damos suporte em produtos mais específicos,<br />

como o Seguro de Vida, Responsabilidade Civil, Agronegócio<br />

e diversos outros ramos. O corretor pode<br />

utilizar toda a tecnologia que disponibilizamos<br />

ao seu favor, encontrando a melhor<br />

forma de apoiar o consumidor”.<br />

A Allianz Seguros também marcou<br />

presença no 3º Congrecor. David Beatham,<br />

diretor executivo de Automóvel e<br />

Massificados da companhia, afirmou que<br />

a seguradora tem investido em tecnologia<br />

nos últimos anos para simplificar produtos,<br />

processos, atendimento e pós-venda.<br />

“Temos focado em trazer melhorias operacionais.<br />

Recentemente lançamos o novo<br />

processo 100% digital de sinistro em Auto,<br />

trazendo mais agilidade, facilidade e flexibilidade,<br />

tanto para os clientes quanto<br />

para os corretores”. Alexandro Barbosa, diretor<br />

regional Minas Gerais e Centro Oeste<br />

da empresa, complementa afirmando que<br />

o cross-sell é fundamental para o corretor<br />

expandir sua carteira. “Estamos trabalhando<br />

fortemente no programa AlliadoZ para<br />

que os nossos parceiros possam potencializar<br />

seus negócios”.<br />

José Pires, diretor Comercial da Bradesco<br />

Vida e Previdência, reforçou que o<br />

Grupo Bradesco Seguros conta com uma<br />

equipe dedicada para apoiar os corretores<br />

em todo o processo de venda. “Muitas<br />

vezes os corretores estão focados apenas<br />

em um ramo, o que abre brecha para que<br />

um concorrente venda para o cliente uma<br />

apólice que ainda não tinha sido oferecida.<br />

Estar presente no 3º Congrecor nos deu a<br />

oportunidade de informar nossos parceiros<br />

sobre a nova grade de produtos da empresa,<br />

que são altamente customizados e contam<br />

com benefícios que podem ser usados<br />

em vida. Queremos proporcionar aos corretores<br />

uma jornada mais leve e intuitiva.<br />

O coordenador Comercial e Corretores<br />

da Maxpar, empresa do Grupo<br />

Autoglass, deu dicas de como os corretores<br />

podem se destacar em meio à concorrência.<br />

“O corretor deve atuar como<br />

um consultor financeiro para o cliente,<br />

trazendo tecnologia para dentro da corretora<br />

e ofertando assistências que agreguem<br />

valor à apólice, e desejamos ser<br />

parceiros deste profissional para fomentar<br />

negócios e qualificação, para que ele<br />

tenha propriedade no momento da venda<br />

e passe segurança para o segurado”.<br />

29


COMEMORAÇÃO<br />

OPIPARI<br />

35 anos de apoio ao corretor de seguros<br />

ASSESSORIA OPIPARI SEGUROS<br />

COMEMORA ANIVERSÁRIO<br />

INVESTINDO NO CRESCIMENTO<br />

PROFISSIONAL DOS CORRETORES<br />

PARCEIROS<br />

Kelly Lubiato<br />

Se nos idos dos difíceis anos 80 o<br />

engenheiro mecânico Helio Opipari<br />

Junior tivesse conseguido<br />

um estágio em uma indústria, a história<br />

poderia ser completamente diferente.<br />

Entretanto, quis o destino que ele fosse<br />

chamado para compor a equipe de uma<br />

nova empresa do Grupo SulAmérica, a<br />

Perfecta, uma prestadora de serviços de<br />

inspeção de riscos e serviços de Engenharia<br />

para a holding.<br />

Muitas coisas mudaram deste período<br />

até hoje. Helinho, como é conhecido<br />

no mercado, comemora agora 35<br />

anos da Opipari Seguros, uma assessoria<br />

que ele fundou em 1989, como subsidiária<br />

paulista da Senra Associados. Num<br />

tempo em que os avanços tecnológicos<br />

se limitavam a um computador e um link<br />

direto com as seguradoras para a consulta<br />

de documentos e cálculo de seguro<br />

automóvel.<br />

A aceleração digital mudou tudo e<br />

hoje as assessorias ocupam um lugar de<br />

destaque na distribuição dos produtos<br />

de seguros. Se no começo elas atuavam<br />

principalmente com serviços operacionais<br />

para os corretores de seguros, agora<br />

elas são responsáveis pela transformação<br />

do canal de vendas, proporcionando aos<br />

profissionais condições comerciais para<br />

que eles possam oferecer as melhores<br />

opções para os consumidores.<br />

A Opipari Seguros atende mais de<br />

dois mil corretores, nas carteiras de automóvel,<br />

seguros massificados e saúde, em<br />

seus dois escritórios, nas cidades de São<br />

Paulo e Guarulhos. “Nós passamos por<br />

momentos nos quais é possível observar<br />

a resiliência dos corretores. As assessorias<br />

foram ocupando um vazio deixado<br />

pelas seguradoras, porque elas<br />

imaginavam uma transformação<br />

digital muito além da<br />

capacidade dos pequenos<br />

corretores”, comenta Helio<br />

Opipari Junior.<br />

Cabe à assessoria<br />

ajudar o corretor a entender<br />

o mercado de seguros.<br />

“Nosso papel é de fomentador<br />

de novos negócios para os<br />

corretores de seguros, colaborando<br />

para que ele possa escolher entre as várias seguradoras. Nosso papel<br />

é preparar as vendas, ao trabalharmos com várias seguradoras e<br />

vários produtos temos uma visão mais abrangente do mercado e de<br />

diferenciais de produtos”, afirma Opipari.<br />

A grande vantagem das assessorias é conseguir enxergar as<br />

nuances do mercado, porque a seguradora consegue ver o corretor<br />

de forma limitada, dentro da sua carteira. “Conseguimos levantar assuntos<br />

mais assertivos para os corretores porque temos uma visão<br />

mais completa da sua atuação, que inclui diferentes produtos de várias<br />

seguradoras”, explica o executivo.<br />

Um dos grandes desafios da Opipari Seguros, assim como de<br />

outras assessorias do mercado, é fazer com que os corretores entendam<br />

a importância da diversificação da carteira. “A grande missão,<br />

e uma cobrança das seguradoras parceiras, é fazer crescer outras<br />

carteiras”.<br />

Na Opipari, os números são bastante significativos: com uma<br />

arrecadação em prêmios na casa dos R$ 330 milhões em 2023, o objetivo<br />

é chegar até R$ 500 milhões em 2026. Parece muito, mas é importante<br />

lembrar que as taxas de 2023 foram impressionantes, com<br />

crescimento de 30% em automóvel, 38% em ramos elementares e<br />

massificados, 16%, em saúde e 25% em seguro de vida. As seguradoras<br />

parceiras são Allianz, ALLSeg, Bradesco, HDI, Excelsior, Ituran,<br />

MAG, Mapfre, Suhai e Tokio Marine, para seguros auto e RE. Já em<br />

saúde são: Amil, Bradesco, Hapvida, Qualicorp, SulAmerica, Unimed,<br />

Omint e Porto Saúde.<br />

O modelo de assessoria é o melhor para atuação do corretor<br />

de seguros que deseja estar em um grupo. Ao se associar à Opipari,<br />

por exemplo, o corretor mantém a sua identidade, fazendo o cadastro<br />

direto da seguradora e criando o seu relacionamento comercial.<br />

Como apoio, ele recebe da assessoria apoio comercial e ferramentas<br />

de marketing digital. “Ao entrar, ele já recebe um domínio, um site,<br />

caixas de email, sem custo algum. Para os que querem mais ferramentas,<br />

há um desconto considerável para atuar no mundo digital”,<br />

adianta Helinho.<br />

“Nós temos uma grande responsabilidade com os corretores<br />

de seguros, de atualizá-los e mantê-los capacitados, mostrando as<br />

novas oportunidades e colocando eles no mundo digital”, finaliza.<br />

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