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Entrevista José Carlos Haas Junior revela sobre a produção de pellets de eucalipto<br />

TECNOLOGIA<br />

PARA PELLETS<br />

EMPRESA MULTINACIONAL<br />

DESENVOLVEU EQUIPAMENTO<br />

PARA PELLETS DE MADEIRA QUE<br />

GARANTE MELHOR RENDIMENTO<br />

PELLET TECHNOLOGY<br />

MULTINATIONAL COMPANY HAS<br />

DEVELOPED WOOD PELLET<br />

PRODUCTION EQUIPMENT THAT<br />

GUARANTEES BETTER YIELDS<br />

ENERGIA<br />

GERAÇÃO DE ENERGIA BATEU<br />

RECORDE EM 2023 E TENDÊNCIA<br />

É SEGUIR EM ALTA<br />

MERCADO<br />

ASSOCIAÇÃO INCENTIVA PRODUÇÃO DE<br />

BIOMASSA FLORESTAL EM GOIÁS


ITECNOLOGIA EXCLUSIVA<br />

PAT EN T E<br />

MTAB


SUMÁRIO<br />

06 | EDITORIAL<br />

Inovação para<br />

biomassa<br />

08 | CARTAS<br />

10 | NOTAS<br />

24 | ENTREVISTA<br />

36 | PRINCIPAL<br />

42 | BIOMASSA<br />

Recorde de geração de<br />

energia<br />

48 | PRODUÇÃO<br />

Biomassa em Goiás<br />

54 | CRESCIMENTO<br />

58 | ARTIGO<br />

64 | AGENDA<br />

66 | OPINIÃO<br />

Gerenciamento de equipes:<br />

como melhorar os resultados<br />

dos times?<br />

04 www.REVISTABIOMAIS.com.br


EDITORIAL<br />

A tecnologia para<br />

peletizadoras Twin Track,<br />

exclusiva da CPM, é o<br />

destaque da capa desta<br />

nova edição da <strong>Biomais</strong>.<br />

INOVAÇÃO PARA<br />

BIOMASSA<br />

A<br />

nova edição da Revista REFERÊNCIA BIOMAIS traz como destaque principal a tecnologia Twim Track, da multinacional de<br />

origem norte-americana CPM. A empresa, que foi pioneira na fabricação de peletizadora, desenvolveu a tecnologia que<br />

garante mais rentabilidade e menor consumo de energia para fabricação de pellets de madeira. Na editoria de Entrevista,<br />

conversamos com o diretor executivo da Haas Madeira, José Carlos Haas Junior. A empresa lançou recentemente o pellet de<br />

eucalipto, após 8 anos de pesquisa sobre a matéria-prima que era considerada inapropriada para produção de pellets. O mercado de<br />

biomassa no Estado de Goiás, e o crescimento do uso da biomassa para geração de energia no Brasil, são temas de outras reportagens<br />

publicadas nesta edição. Ainda temos notícias com informações sobre ações para redução da emissão de carbono, ações de incentivo<br />

para redução no consumo de energia, entre outros demais temas. Desejamos uma leitura proveitosa!<br />

IN THE SEARCH FOR INNOVATION<br />

T<br />

he latest issue of the REFERÊNCIA Madeira Industrial highlights Gaidzinski Máquinas, a company that manufactures finishing equipment<br />

for the housing and decorative woodworking industry. Recognized by its customers as a reliable company committed to presenting<br />

the best solutions, Gaidzinski completes 45 years with its trajectory marked by the incessant search for industrial innovation.<br />

Today, the Company, which is headquartered in the South of the State of Santa Catarina, is present in the four corners of the world. In<br />

the Interview Section, we spoke with Fernando Nunes Gouveia, Coordinator of the Forest Products Laboratory (LPF), who told us about the developments<br />

already presented by the LPF team. The issue also features an article about the Napi Wood Tech technical mission to Germany, the<br />

preparations for the 10th Formóbile, and the projection that the machinery and equipment market is growing. In addition, the issue features<br />

news about the economy, exports, and wood products. Pleasant reading!<br />

EXPEDIENTE<br />

ANO XI - EDIÇÃO 62 - ABRIL 2024<br />

Diretor Comercial/Commercial Director:<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

(fabiomachado@revistabiomais.com.br)<br />

Diretor Executivo/Executive Director:<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

(bartoski@revistabiomais.com.br)<br />

Redação/Writing:<br />

Gisele Rossi<br />

(jornalismo@revistabiomais.com.br)<br />

Dep. de Criação/Graphic Design:<br />

Fabiana Tokarski - Supervisão -<br />

Karla Shimene - Julia Harumi<br />

(criacao@revistareferencia.com.br)<br />

Dep. Comercial/Sales Departament:<br />

Gerson Penkal<br />

(comercial@revistabiomais.com.br) Fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Tradução / Translation: John Wood Moore<br />

Dep. de Assinaturas/Subscription:<br />

(assinatura@revistabiomais.com.br) - 0800 600 2038<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

A REVISTA BIOMAIS é uma publicação da JOTA Editora<br />

Rua Maranhão, 502 - Água Verde - Cep: 80610-000 - Curitiba (PR) - Brasil<br />

Fone/Fax: +55 (41) 3333-1023<br />

www.jotaeditora.com.br<br />

A REVISTA BIOMAIS - é uma publicação bimestral e independente,<br />

dirigida aos produtores e consumidores de energias limpas<br />

e alternativas, produtores de resíduos para geração e cogeração de<br />

energia, instituições de pesquisa, estudantes universitários, órgãos<br />

governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos,<br />

direta e/ou indiretamente ligados ao segmento. A REVISTA BIOMAIS<br />

não se responsabiliza por conceitos emitidos em matérias, artigos,<br />

anúncios ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais de<br />

responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />

armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />

textos, fotos e outras criações intelectuais da REVISTA BIOMAIS são<br />

terminantemente proibídas sem autorização escrita dos titulares dos<br />

direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />

REVISTA BIOMAIS is a bimonthly and independent publication, directed<br />

at clean alternative energy producers and consumers, producers of residues<br />

used for energy generation and cogeneration, research institutions, university<br />

students, governmental agencies, NGO’s, class and other entities, directly and/<br />

or indirectly linked to the Segment. REVISTA BIOMAIS does not hold itself<br />

responsible for concepts contained in materials, articles, ads or columns signed<br />

by others; these are the responsibility of their authors. The use, reproduction,<br />

appropriation, databank storage, in any form or means, of the text, photos<br />

and other intellectual property of REVISTA BIOMAIS are strictly forbidden<br />

without written authorization of the holder of the authorial rights, except for<br />

educational purposes.<br />

06 www.REVISTABIOMAIS.com.br


A Benecke é uma tradicional fabricante de<br />

caldeiras, máquinas para o segmento madeireiro<br />

e sistemas de secagem de grãos direto e indireto.<br />

Ao longo dos nossos 70 anos de mercado e<br />

presença em 21 países, com um parque fabril de<br />

18.500 metros quadrados, a Benecke estabeleceu<br />

uma sólida reputação, atendendo diversos<br />

mercados ao redor do mundo com mais de 5.400<br />

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necessidade da indústria, oferecendo soluções<br />

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eficiência energética e confiabilidade de um<br />

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da indústria, garantindo mais qualidade no<br />

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Projetos customizados de acordo com a sua<br />

necessidade, garantindo qualidade e<br />

principalmente a confiabilidade em quem<br />

carrega 70 anos de experiência no mercado.


CARTAS<br />

PRINCIPAL<br />

Muito bacana a reportagem sobre a Andritz. Uma empresa com atuação global que vê<br />

oportunidade no nosso Brasil.<br />

Antônio Fontana – Farroupilha (RS)<br />

Foto: divulgação<br />

BIOMASSA<br />

Importante estabelecer parcerias com unidades de pesquisa, como a da reportagem que cita a Embrapa e Arefloresta,<br />

para podermos conhecer melhor nossos produtos e reduzir riscos.<br />

Teodoro Fanceli – Campo Grande (MS)<br />

ENTREVISTA<br />

A transição energética é uma pauta mundial e é bom ver que a geração de energia eólica<br />

também tem crescido no Brasil.<br />

Gláucia Blum – Campos de Goytacazes (RJ)<br />

ECONOMIA<br />

Espero que o mercado livre de energia contribua efetivamente para redução da conta.<br />

Os valores andam muito altos.<br />

Idalina Camargo – São Paulo (SP)<br />

Foto: divulgação<br />

www.revistabiomais.com.br<br />

na<br />

mí<br />

energia<br />

biomassa<br />

dia informação<br />

@revistabiomais<br />

/revistabiomais<br />

Publicações Técnicas da JOTA EDITORA<br />

08 www.REVISTABIOMAIS.com.br


NOTAS<br />

SENAI NA AMAZÔNIA<br />

A construção de um instituto multi institucional no Brasil, para o desenvolvimento de soluções voltadas<br />

à transição energética e à biodiversidade a partir das riquezas da Amazônia, foi discutida no Senado,<br />

em Brasília (DF). O Imeb (Instituto da Margem Equatorial Brasileira), como foi batizado o futuro complexo,<br />

será implantado no Estado do Amapá pelo Instituto SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial)<br />

de inovação em energias renováveis, sediado no Rio Grande do Norte e principal referência do SENAI no<br />

Brasil para pesquisa, desenvolvimento e inovação em energia eólica, solar e sustentabilidade, incluindo<br />

novas tecnologias em hidrogênio e combustíveis avançados. O Imeb “deverá adotar um modelo de operação<br />

multi institucional, agregando universidades, institutos de pesquisa, institutos de inovação do SENAI<br />

e empresas que tenham interesse no investimento e no resultado voltados à sociedade, a partir da riqueza<br />

amazônica”, explica o diretor do SENAI-RN e do<br />

ISI-ER, Rodrigo Mello. “Certamente ali nascerá<br />

um instituto que impactará muito positivamente<br />

o meio ambiente, para uma transição<br />

energética justa, respeitando a biodiversidade<br />

do Brasil”, garante Rodrigo.<br />

Foto: SENAI (RN)<br />

Foto: divulgação<br />

10 www.REVISTABIOMAIS.com.br


A ComBer possui uma linha completa<br />

de automatizadores e fornalhas a cavaco<br />

para melhorar ainda mais o rendimento de<br />

seu secador de cereais. A empresa trabalha<br />

com atendimentos personalizados a partir<br />

das necessidades dos clientes.<br />

É uma empresa de Rio Verde-GO, pioneira e<br />

líder nacional em seu segmento, que há mais<br />

de 10 anos fornece soluções em secagem de<br />

grãos para todo o Brasil.<br />

Os automatizadores ComBer CBI e LBI ganham destaque pela sua eficiência.<br />

Confira alguns benefícios:<br />

• Redução da mão de obra e seus passivos;<br />

• Estabilidade da temperatura de secagem<br />

e aumento da produtividade do secador;<br />

• Melhoria na qualidade do grão seco;<br />

• Redução dos gastos com manutenção<br />

de fornalhas.<br />

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(64) 3018-2522


NOTAS<br />

USINA TERMELÉTRICA NO PARANÁ DEVE<br />

CONTINUAR OPERANDO<br />

O governo federal está em busca de alternativas para a manutenção da UTE (usina termelétrica) de Figueira.<br />

Localizada no norte do Paraná, a unidade foi desativada pela Copel (Companhia Paranaense de Energia), que<br />

devolveu a concessão à União. Segundo o deputado estadual Luiz Claudio Romanelli (PSD), o MME (Ministério de<br />

Minas e Energia) pretende que a usina, instalada na década de 1960, continue operando. O parlamentar esteve<br />

em Brasília (DF) para participar de uma audiência com o secretário nacional de energia elétrica, Gentil Nogueira<br />

de Sá Júnior. “O secretário foi muito propositivo e pretende que a usina continue operando”, afirmou Romanelli.<br />

“Encontramos um ambiente de resolução no governo federal e saímos da reunião esperançosos da manutenção<br />

do funcionamento da termelétrica de Figueira”, emendou o deputado. Ainda segundo ele, a viabilidade do uso<br />

do carvão como combustível da usina depende da aprovação pelo senado do projeto de lei número 11.247/2018,<br />

que já passou pela câmara dos deputados. Isso porque um dos artigos da lei prevê a extensão do prazo para o<br />

fornecimento da energia gerada por usinas movidas a carvão até 2050. A medida atende as térmicas de Candiota<br />

(RS) e Figueira (PR), que têm contratos em vigor somente até 2028. A Copel, por sua vez, sustenta que a devolução<br />

da concessão faz parte da estratégia de descarbonização das operações da companhia, que já havia sido<br />

anunciada em 2023, e também segue diretrizes do setor energético nacional para mitigar emissões de gases que<br />

provocam o efeito estufa, para atender os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), da ONU.<br />

Foto: Prefeitura de Figueira (PR)<br />

12 www.REVISTABIOMAIS.com.br


NOTAS<br />

USO DE ETANOL ALAVANCA ENERGIA LIMPA<br />

Ter atenção com o uso de energia limpa, a fim de reduzir os efeitos do aquecimento global e a<br />

poluição, é mais do que fundamental. Por isso, o Sistema Fiems (Federação das Indústrias do Estado de<br />

Mato Grosso do Sul) está apostando no etanol, biocombustível mais limpo do mundo, para abastecer<br />

sua frota de veículos flex, e garantir uma redução de 207 toneladas de carbono emitidas por ano na<br />

atmosfera, equivalente a 35,44% do consumo (em 2023). A medida, além de proteger o meio ambiente,<br />

também irá contribuir para o desenvolvimento da indústria no Estado, como aponta o chefe de<br />

gabinete da presidência da Fiems, Robson Del Casale. “A transição considera pontos bem importantes,<br />

afinal, parte deste etanol é produzido no Estado, gerando emprego e fortalecendo a indústria”.<br />

Complementando a fala, o presidente do conselho da Biosul (Associação dos Produtores de Bioenergia<br />

do Mato Grosso do Sul), Amaury Pekelman, afirmou que esse compromisso valoriza a produção local,<br />

podendo ser um importante agente de sustentabilidade e substituição dos combustíveis fósseis.<br />

Foto: divulgação<br />

14 www.REVISTABIOMAIS.com.br


Empresa pertencente ao Grupo Gaboardi, especializada na fabricação de<br />

máquinas e equipamentos para produção de biomassa (pellet) e ração<br />

animal desde 1968, atendendo também demandas e necessidades no reparo<br />

e fabricação de peças de reposição do setor.<br />

www.gell.ind.br<br />

BR116-KM 180 | São Cristóvão do Sul - SC<br />

Fone: +55 (49) 3253-1100<br />

Fone: +55 (49) 9 9927-5926<br />

E-mail: comercial.gell@gaboardi.com.br


NOTAS<br />

PESQUISA E INOVAÇÃO EM BIOMASSA<br />

Para incentivar a área de ciência e pesquisa no ramo das indústrias de energia, a ISI Biomassa (Instituto<br />

Senai de Inovação em Biomassa) sediou recentemente, em Três Lagoas (MS), a CT&I (Conferência<br />

Livre de Ciência, Tecnologia e Informação), onde foram feitos importantes debates sobre o papel<br />

das empresas no futuro da geração de energia sustentável no país. O evento foi realizado como um<br />

preparatório para a V Conferência Nacional, a ser sediada em Brasília entre os dias 4 e 6 de junho deste<br />

ano, com o tema: CT&I para um Brasil Justo, Sustentável e Desenvolvido. Dando jus a esta temática, o<br />

diretor da ISI Biomassa, João Gabriel Marini, afirmou no evento que a geração de energia a partir de<br />

resíduos agroflorestais tem um potencial que vai além da energia, e esse potencial pode ser estudado<br />

pelas empresas. “Temos estudado muitas tecnologias de descarbonização da indústria e recebendo<br />

investimentos muito grandes para encontrar o aproveitamento das biomassas geradas na produção”,<br />

explica Marini. Diversas empresas e importantes representantes de órgãos governamentais do Mato<br />

Grosso do Sul também compareceram ao evento, e destacaram as importantes frentes que a indústria<br />

deve tomar para a produção, inovação e consumo de ciência no país.<br />

Foto: divulgação<br />

16 www.REVISTABIOMAIS.com.br


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NOTAS<br />

ENERGIA EM EDIFÍCIOS<br />

Buscar alternativas sustentáveis ao consumo e geração de energia é uma das principais pautas na<br />

gestão de cidades, visto que, cada vez mais, casas dão lugares a prédios e edifícios, que utilizam muito<br />

mais energia. O setor de edificações é responsável por 50% do consumo de energia elétrica no Brasil,<br />

segundo dados do MME (Ministério de Minas e Energia), e, tendo isso em mente, o Procel (Programa<br />

Nacional de Conservação de Energia Elétrica) oferece o Selo Procel Edifica, que incentiva e atesta o uso<br />

de práticas e tecnologias que melhoram a eficiência energética sustentável, tanto para a etapa de projeção<br />

e construção, como para a etapa de operação e manutenção do edifício. A edificação deve atender<br />

às regulamentações do Procel, que estabelece normas de sistemas eficientes de iluminação, climatização,<br />

isolamento térmico, monitoramento do consumo de energia, dentre outros aspectos. A utilização<br />

sustentável de energia é essencial, e incentivos como este impulsionam ainda mais sua prática: No<br />

último ano, 26 selos Procel Edifica foram concedidos no país, o maior desde o período pré-pandêmico.<br />

Foto: Emanoel Caldeira<br />

18 www.REVISTABIOMAIS.com.br


NOTAS<br />

INVESTIMENTOS NA REDE<br />

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) realizou no final de março, na B3 (bolsa<br />

de valores brasileira), em São Paulo (SP), um leilão para definir as empresas responsáveis<br />

pela construção e manutenção de 6,4 mil km (quilômetros) de linhas de transmissão em 14<br />

Estados. A previsão é que sejam investidos R$ 18,2 bilhões em 69 empreendimentos, com a<br />

geração de 34,9 mil empregos diretos. Os Estados com obras previstas no leilão são Alagoas,<br />

Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio<br />

de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. Segundo a Aneel, dos<br />

15 lotes propostos, seis têm investimento previsto superior a R$ 1 bilhão. O prazo para operação<br />

comercial dos empreendimentos varia de 36 a 72 meses, para concessões por 30 anos,<br />

contados a partir da celebração dos contratos. Foram concedidos à iniciativa privada 15 lotes<br />

de linhas de transmissão em 14 Estados. As obras visam à expansão da rede básica, além de<br />

ampliar as margens para conexão de novos empreendimentos de geração de energia.<br />

Foto: divulgação<br />

20 www.REVISTABIOMAIS.com.br


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ITECNOLOGIA EXCLUSIVA<br />

PAT EN T E<br />

MTAB


ENTREVISTA<br />

Foto: divulgação<br />

ENTREVISTA<br />

JOSÉ CARLOS<br />

HAAS JUNIOR<br />

Formação: Engenharia de Produção na Unisc (Universidade Federal de<br />

Santa Cruz do Sul); MBA em Gestão Empresarial pela FGV (Fundação<br />

Getúlio Vargas); pós em Economia Circular em TU Delft - Technology,<br />

Policy and Management, na Holanda, entre outros.<br />

Education: Production Engineering at the Federal University of Santa<br />

Cruz do Sul (Unisc); MBA in Business Management from the Getúlio Vargas<br />

Foundation (FGV); and postgraduate studies in Circular Economy and<br />

Technology, Policy, and Management at the Delft University of Technology -<br />

in the Netherlands, among others.<br />

Cargo: Diretor executivo da Haas Madeira / Coordenador do Comitê de<br />

Paletes e Embalagens da Abimci (Associação Brasileira da Indústria de<br />

Madeira Processada Mecanicamente).<br />

Function: Executive Director of Haas Madeira and Coordinator of the Pallets<br />

and Packaging Committee of the Brazilian Association of the Mechanically<br />

Processed Wood Industry (Abimci).<br />

PELLETS DE<br />

EUCALIPTO<br />

EUCALYPTUS PELLETS<br />

C<br />

om mais de 50 anos de atividade no mercado,<br />

a Haas Madeira é uma empresa familiar sediada<br />

em Venâncio Aires (RS), especialista em paletes.<br />

Recentemente, a empresa começou a produzir<br />

pellets de eucalipto, após 8 anos de pesquisas. A empresa<br />

transpôs barreiras, pesquisou as propriedades do eucalipto,<br />

desenvolveu o produto e colocou no mercado. Em entrevista<br />

para a Revista REFERÊNCIA BIOMAIS, o diretor executivo José<br />

Carlos Haas Junior, que também é coordenador do Comitê<br />

de Paletes e Embalagens da Abimci (Associação Brasileira da<br />

Indústria de Madeira Processada Mecanicamente) conta sua<br />

trajetória na empresa e como foi o processo para desenvolver<br />

os pellets de eucalipto, aproveitando resíduos produzidos na<br />

própria empresa, além de abordar a importância do comitê<br />

para padronização dos produtos.<br />

W<br />

ith over 50 years in the market, Haas Madeira<br />

is a family-owned company located in Venâncio<br />

Aires (RS), specializing in the manufacture<br />

of pallets. After eight years of research, the<br />

Company began producing eucalyptus pellets. The Company<br />

overcame obstacles, researched the properties of eucalyptus,<br />

developed the product, and brought it to market. In an<br />

interview with REFERÊNCIA <strong>Biomais</strong>, José Carlos Haas Junior,<br />

Executive Director, who is also the Coordinator of the Pallets<br />

and Packaging Committee of the Brazilian Association of<br />

the Mechanically Processed Wood Industry (Abimci), tells<br />

us about his career at the Company and how the process of<br />

developing eucalyptus pellets using waste produced in-house<br />

came about, as well as the importance of the Committee in<br />

standardizing products.<br />

24 www.REVISTABIOMAIS.com.br


PELETIZAÇÃO<br />

DE EUCALIPTO<br />

E MADEIRA<br />

DURA<br />

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ENTREVISTA<br />

A sua experiência como executivo empresarial ajudou<br />

a te alçar ao cargo de coordenador do Comitê de Paletes e<br />

Embalagens da Abimci?<br />

A Haas Madeiras é uma empresa familiar que recentemente<br />

fez 50 anos. Quando nasci, a empresa já existia e sempre<br />

acompanhei meu pai na sua trajetória profissional. Em 2007,<br />

comecei a trabalhar na empresa. Conciliei meus estudos<br />

com os compromissos profissionais, trabalhei em diferentes<br />

setores para conhecer o negócio e dar continuidade. A Haas<br />

faz paletes de madeira desde o início dos anos 1980. Vivi<br />

essa trajetória, as várias etapas do palete no Brasil, a criação<br />

da primeira associação, depois veio a Anapem (Associação<br />

Nacional dos Produtores de Paletes e Embalagens de Madeira).<br />

As associações nacionais sempre tiveram alguma dificuldade<br />

para desempenhar seu papel e faz alguns anos que trabalhamos<br />

com a Abimci. E enquanto fazia esse trabalho na Abimci,<br />

chegou um momento de repensar o que a Anapem fazia e veio<br />

a sugestão de abrir um comitê dentro da Abimci, compartilhar<br />

a mesma estrutura, o que acabou sendo mais representativo<br />

pela força que a associação tem.<br />

Quais os desafios do trabalho do Comitê dentro da<br />

Abimci?<br />

No comitê, os desafios geram oportunidades. O Brasil é um<br />

país continental, que depende muito da logística e o palete<br />

está diretamente relacionado a isso e ao armazenamento.<br />

A grande questão é que no palete, assim como em outras<br />

frentes, o Brasil não é muito bom de formalização e padronização,<br />

não costuma seguir normas, o que faz o setor ser, de certa<br />

forma, precário, bastante informal, sem um regramento explícito<br />

para operação. O nosso grande desafio é criar uma norma<br />

nacional, que está em desenvolvimento e será o ponto base<br />

para, a partir daí, trabalharmos a padronização. Ter uma regulamentação<br />

para que se alinhe o discurso entre o consumidor de<br />

palete, o transportador, o armazenador, o fabricante de palete,<br />

o fabricante da madeira serrada, para que todos falem a mesma<br />

língua e com isso traga ganhos para toda sociedade. Desde<br />

ganhos econômicos de produtividade, de competitividade, de<br />

segurança, um ganho real para todos.<br />

Did your experience as a business manager help you<br />

become the Coordinator of Abimci’s Pallets and Packaging<br />

Committee?<br />

Haas Madeiras is a family business that recently celebrated<br />

50 years in operation. When I was born, the Company<br />

already existed, and I followed my father in his professional<br />

career. I started working for the Company in 2007. I combined<br />

my studies with my professional commitments and<br />

worked in different areas to get to know the Company and<br />

keep it going. Haas has been manufacturing wooden pallets<br />

since the early 1980s. I have seen this evolution, the different<br />

stages of the pallet in Brazil, the creation of the first association,<br />

and later the creation of the National Association<br />

of Producers of Wooden Pallets and Packaging (Anapem).<br />

National associations have always had some difficulties<br />

in performing their role, and we have been working with<br />

Abimci for a few years now. While I was doing this work with<br />

Abimci, the time came to rethink what Anapem was doing,<br />

and the suggestion came to open a committee within Abimci<br />

to share the same structure, which ended up being more<br />

representative given the strength of Abimci.<br />

What are the challenges in the work of the Abimci<br />

Pallets and Packaging Committee?<br />

At the Committee, challenges create opportunities.<br />

Brazil is a continental country that relies heavily on logistics,<br />

and pallets are directly related to this as well as to storage.<br />

The big problem is that in the Pallet Sector, as in other areas,<br />

Brazil is not very good at formalization and standardization;<br />

it does not usually follow norms, which means that<br />

the Sector is somewhat precarious and quite informal, with<br />

no explicit rules of operation. Our big challenge is to create<br />

a national standard, which is under development and will<br />

be the base from which we can work on standardization.<br />

A standard is needed to align the discourse between the<br />

pallet consumer, the transporter, the warehouser, the pallet<br />

manufacturer, and the sawmill so that everyone is speaking<br />

the same language, bringing benefits to society as a whole,<br />

from economic gains in productivity, competitiveness, and<br />

safety to real benefits for everyone.<br />

Temos a cadeia total e na produção da madeira se gera<br />

biomassa, cavaco e serragem. Optamos por entrar no mercado<br />

de pellet de madeira para ter mais segurança na nossa operação<br />

26 www.REVISTABIOMAIS.com.br


A AFIAÇÃO CHEGOU<br />

EM UM OUTRO NÍVEL!<br />

Nova Afiadora de facas Energy:<br />

alta performance com um<br />

simples toque na tela.<br />

Máquina totalmente automática<br />

com sistema de comando CNC,<br />

SIEMENS TOUCH SCREEN, e<br />

com o novo Sistema de<br />

separação de resíduos, que<br />

garante uma afiação livre de<br />

resíduos ferrosos.<br />

SIEMENS TOUCH SCREEN<br />

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Fone: +55 47 3520-2500<br />

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CPM, o seu parceiro em produtividade,<br />

reduzindo custos com operação!<br />

Vida útil<br />

prolongada<br />

Otimização no controle de processo<br />

Expressiva redução de custos<br />

Otimização no<br />

controle de processo<br />

Rolos Lubrificados a Óleo<br />

Vida útil prolongada<br />

dos rolamentos;<br />

Menor custo com<br />

manutenção;<br />

Maior disponibilidade<br />

de equipamento;<br />

Redução expressiva no<br />

consumo de lubrificante;<br />

Temperatura nos rolos<br />

135 o C<br />

Temperatura média dos rolos<br />

Redução de temperatura<br />

35°C<br />

de redução de<br />

temperatura<br />

135 o C<br />


PRINCIPAL<br />

QUALIDADE<br />

EM PELLETS<br />

EMPRESA PIONEIRA<br />

NA FABRICAÇÃO<br />

DE PELETIZADORA<br />

CONTINUA INOVANDO<br />

COM A TECNOLOGIA<br />

TWIN TRACK<br />

FOTOS DIVULGAÇÃO<br />

36 www.REVISTABIOMAIS.com.br


REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

37


PRINCIPAL<br />

D<br />

e origem norte-americana, a CPM iniciou<br />

sua história como fabricante de prensas manuais<br />

voltadas para o mercado de vinhos, e<br />

hoje, desenvolve equipamento para pellets<br />

de madeira e outras aplicações do mercado que garante<br />

melhor rendimento com tecnologias inovadoras no<br />

setor. Presente no Brasil, com uma unidade para atender<br />

a América do Sul, a empresa é reconhecida pelos<br />

produtos que atendem as demandas de todas as aplicações<br />

possíveis da indústria de processamento com<br />

máquinas resistentes e confiáveis. Com sede em Waterloo,<br />

Iowa - EUA (Estados Unidos da América), a CPM<br />

projeta e fabrica uma ampla variedade de peletizadoras,<br />

equipamentos de processamento de sementes<br />

oleaginosas, extrusoras de dupla rosca e equipamentos<br />

térmicos em escala industrial.<br />

Pioneira na fabricação de equipamentos e com<br />

mais de 80 anos de mercado, a CPM foi responsável<br />

pela fabricação da primeira peletizadora comercial do<br />

mundo, em 1931 e desde então, vem liderando projetos<br />

e fabricando peletizadoras de qualidade mundial<br />

com os menores custos operacionais e o maior valor<br />

agregado a longo prazo. Para a área de pellets de madeira,<br />

um dos diferenciais da empresa é o Twin Track,<br />

um equipamento da linha Pellet Mill que apresenta<br />

uma tecnologia que transforma o processo de produção,<br />

garantindo redução no consumo de energia,<br />

qualidade do pellet e aumento da capacidade da peletizadora.<br />

QUALITY IN<br />

PELLETS<br />

PIONEERING PELLET MILL<br />

MANUFACTURER CONTINUES<br />

TO INNOVATE WITH TWIN<br />

TRACK TECHNOLOGY<br />

O<br />

f North American origin, CPM began its<br />

history as a manufacturer of manual presses<br />

aimed at the wine market, and today,<br />

it develops equipment for wood pellets<br />

and other market applications, guaranteeing better performance<br />

with innovative technologies in the industry.<br />

Present in Brazil, with a unit to serve South America, the<br />

Company is recognized for products that meet the demands<br />

of all possible applications in the processing industry<br />

with resistant and reliable machines. Headquartered<br />

in Waterloo, Iowa, CPM designs and manufactures<br />

a wide range of pellet mills, oilseed processing equipment,<br />

twin-screw extruders, and thermal equipment on<br />

an industrial scale.<br />

A pioneer in equipment manufacturing with more<br />

than 80 years in the marketplace, CPM was responsible<br />

for building the world’s first commercial pellet mill<br />

A Twin Track melhora a<br />

alimentação ao longo<br />

da largura da matriz, os<br />

pellets são distribuídos<br />

50% à esquerda e à direita,<br />

o que proporciona melhor<br />

distribuição, promovendo um<br />

desgaste mais uniforme<br />

Evandro Magnus, diretor da CPM<br />

na América do Sul<br />

38<br />

www.REVISTABIOMAIS.com.br


BIOMASSA<br />

RECORDE DE<br />

GERAÇÃO<br />

DE ENERGIA<br />

EM 2023, A FONTE<br />

RENOVÁVEL E LIMPA<br />

CONTRIBUIU COM 3.218 MW<br />

MÉDIOS, COM DESTAQUE<br />

PARA O BAGAÇO DA<br />

CANA-DE-AÇÚCAR<br />

FOTOS DIVULGAÇÃO<br />

42 www.REVISTABIOMAIS.com.br


REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

43


BIOMASSA<br />

A<br />

geração de energia a partir da biomassa<br />

bateu o recorde de contribuição ao SIN<br />

(Sistema Interligado Nacional) em 2023.<br />

Foram 3.218 MWm (megawatts médios),<br />

o que significou 4,6% de toda a demanda de energia<br />

consumida no ano passado. As informações são da<br />

CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica),<br />

vinculada ao MME (Ministério de Minas e Energia). O<br />

SIN é o sistema hidrotérmico para produção e transmissão<br />

de energia elétrica, coordenado e controlado<br />

pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico).<br />

“Estamos atuando em várias frentes, para seguir como<br />

referência de energia limpa em todo o mundo. Em<br />

2023, 93,6% da nossa eletricidade foi gerada a partir<br />

de fontes renováveis, o que reforça o Brasil como<br />

liderança mundial na transição energética”, destacou o<br />

ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.<br />

O recorde anterior foi registrado no ano de 2020,<br />

quando a geração média das usinas de biomassa<br />

ficou em 3.140 MWm. Em 2023, houve acréscimo na<br />

capacidade instalada de biomassa de 223 MW e, para<br />

2024, o incremento esperado é de 1.155 MW, o que representará<br />

o maior valor da série histórica. Em 2023, a<br />

contribuição da biomassa à geração de energia variou<br />

de 3,2% a 4,9% ao longo dos meses.<br />

EMPREENDIMENTOS DE BIOMASSA<br />

Conforme o levantamento, são 637 empreendimentos<br />

movidos a biomassa espalhados por todo o<br />

Brasil. A maioria deles (422) utiliza bagaço de cana-<br />

-de-açúcar, com uma potência total de 12.410 MW. O<br />

material é obtido após o esmagamento da cana para<br />

obtenção de álcool, como o etanol combustível e as<br />

bebidas alcóolicas, ou para a fabricação de açúcar.<br />

Sendo a cana-de-açúcar um componente importante<br />

para a geração de energia em duas etapas, tanto no<br />

transporte, quanto na geração de energia.<br />

Os resíduos florestais são o combustível de 76<br />

usinas, que geram 820 MW. A lenha, material utilizado<br />

na queima em termelétricas, que pode ter origem<br />

em florestas nativas ou de reflorestamento, move 13<br />

empreendimentos, contribuindo com uma potência<br />

de 263 MW. O biogás contribui com uma potência de<br />

201 MW.<br />

44 www.REVISTABIOMAIS.com.br


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PROJETO<br />

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PELLETS<br />

Sistemas de processamento<br />

completos para secagem de<br />

biomassa destinado para<br />

produção de pellets<br />

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BIOMASSA<br />

EM GOIÁS<br />

ASSOCIAÇÃO BUSCA<br />

ESTIMULAR PRODUÇÃO<br />

DE BIOMASSA DE<br />

MADEIRA NO ESTADO<br />

DO CENTRO-OESTE PARA<br />

ATENDER A DEMANDA<br />

FOTOS DIVULGAÇÃO<br />

BIOMASS IN THE<br />

STATE OF GOIÁS<br />

ASSOCIATION SEEKS TO<br />

STIMULATE WOOD BIOMASS<br />

PRODUCTION IN MIDWESTERN<br />

STATE TO MEET DEMAND<br />

48 www.REVISTABIOMAIS.com.br


A<br />

busca por fontes de energia renovável tem crescido<br />

e estimulado ações para reduzir as emissões<br />

de GEE (gases de efeito estufa) e aproveitar todo<br />

resíduo possível para geração de energia. O<br />

Estado de Goiás não tem tradição na silvicultura, mas é um<br />

importante produtor agroindustrial, cujas indústrias, em sua<br />

grande maioria, se utilizam da biomassa para geração de<br />

energia.<br />

Com a corrida para aumentar a geração de energia renovável,<br />

várias frentes estão sendo organizadas. O governo<br />

de Goiás anunciou que está com dois projetos de destaque<br />

na área de energia neste ano de 2024, que são os programas<br />

T<br />

he search for renewable energy sources has increased,<br />

stimulating actions to reduce greenhouse gas emissions<br />

(GHG) and use all possible wastes to generate<br />

energy. The State of Goiás does not have a forestry<br />

tradition, but it is an important agro-industrial producer, and<br />

most companies in the State use biomass to generate energy.<br />

Several fronts are being organized in the race to increase<br />

renewable energy production. The Government of Goiás<br />

has announced that it has two outstanding energy projects<br />

for 2024: the Energy Efficiency and the Energy Matrix<br />

Programs, under the responsibility of the General Secretariat<br />

of Government (SGG) through the Sub-Secretariat of Energy,<br />

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

49


CRESCIMENTO<br />

GERAÇÃO DISTRIBUÍDA<br />

BATE RECORDE NO<br />

BRASIL<br />

FOTOS DIVULGAÇÃO<br />

54 www.REVISTABIOMAIS.com.br


POTÊNCIA INSTALADA<br />

CHEGOU A 28 GW, O<br />

QUE COMPROVA O<br />

AVANÇO CRESCENTE<br />

DO PAÍS NA GERAÇÃO<br />

DISTRIBUÍDA DE ENERGIA<br />

LIMPA E SUSTENTÁVEL<br />

A<br />

geração de energia limpa e sustentável é<br />

uma marca do Brasil e continua avançando.<br />

No último mês de março a GD (geração<br />

distribuída) de energia bateu novo recorde<br />

e alcançou 28 GW (gigawatts) de potência instalada, resultante<br />

de micro e minigerações distribuídas de energia<br />

solar. Em 2023, o país registrou 7,4 GW de acréscimo<br />

na capacidade instalada, segundo a Aneel (Agência Nacional<br />

de Energia Elétrica). Os dados da agência levam<br />

em consideração os sistemas próprios de produção de<br />

energia nas residências e empresas. Conforme dados da<br />

ABGD (Associação Brasileira de Geração Distribuída), a<br />

potência de 28 GW equivale à produção de duas usinas<br />

hidrelétricas de Itaipu.<br />

Este número representa um marco para o cenário<br />

energético e a tendência é aumentar ainda mais, visto<br />

que a instalação de usinas próprias vem crescendo<br />

entre consumidores individuais e entre empresas que<br />

constroem fazendas solares, fornecendo energia mais<br />

barata ao consumidor final. Os números comprovam o<br />

crescimento e a popularização da GD no país. Atualmente,<br />

dos 5.570 municípios do Brasil, 5.547 possuem<br />

instalação de geração distribuída e a quantidade de<br />

sistemas instalados é de 2.466.416, que no conjunto<br />

geraram 28 GW de potência no último mês de março.<br />

São dados que destacam a adoção de fontes de energia<br />

limpa, promovendo a sustentabilidade ambiental.<br />

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

55


ARTIGO<br />

ESTOQUE DE CARBONO<br />

E DE BIOMASSA<br />

EM VEGETAÇÃO COM<br />

DIFERENTES ESTÁGIOS DE<br />

REGENERAÇÃO E ALTERAÇÕES<br />

ANTRÓPICAS EM ÁREA URBANA<br />

FOTOS DIVULGAÇÃO<br />

58 www.REVISTABIOMAIS.com.br


YURI ROMMEL VIEIRA ARAÚJO<br />

UFPB (Universidade Federal da Paraíba)<br />

ZHAYNE CHRISTINA GONÇALVES MOREIRA<br />

UFPB (Universidade Federal da Paraíba)<br />

ARINALDO INÁCIO DAS NEVES<br />

Secretaria Municipal do Meio Ambiente de João Pessoa (PB)<br />

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

59


ARTIGO<br />

RESUMO<br />

O<br />

estudo teve como objetivo quantificar<br />

o estoque de carbono e biomassa em<br />

vegetação com diferentes estágios de<br />

regeneração e alterações antrópicas em<br />

área urbana. Para a obtenção dos resultados foi realizado<br />

o inventário florestal de seis áreas com diferentes<br />

características fitofisionômicas, grau de antropização e<br />

estágio de regeneração. Para a quantificação de estoque<br />

de carbono e biomassa foram utilizadas equações<br />

alóctones adaptadas para floresta estacional semidecidual.<br />

Das seis áreas, duas foram classificadas como<br />

estágio médio de regeneração, uma em estágio médio<br />

inicial e três em estágio inicial. O estoque de biomassa<br />

abaixo do solo encontrado variou entre 28,66 t/ha e<br />

0,12 t/ha e acima do solo entre 155,75 t/ha e 0,67 t/<br />

ha, dependendo do estágio de regeneração e grau de<br />

antropização. O estoque de carbono total variou entre<br />

88,51 tC/ha e 0,38 tC/ha, conforme a fitofisionomia da<br />

área. A vegetação em estágio médio inicial apresentou<br />

maior média de biomassa arbórea e carbono estocado<br />

em comparação aos demais estágios de regeneração.<br />

O fuste apresentou o maior estoque médio de carbono,<br />

seguida pelos galhos e raízes. Com os resultados, foi<br />

possível concluir que as áreas que apresentaram vegetação<br />

com características mais próximas dos remanescentes<br />

florestais, apresentam maior capacidade de<br />

estoque de biomassa e carbono. As áreas em estágio<br />

médio inicial absorvem maior quantidade de carbono<br />

e biomassa por hectares, e em estágio inicial, pouca<br />

capacidade. À medida que um remanescente florestal<br />

passa por um processo de antropização e de degradação,<br />

reduz sua função de sequestrar e estocar.<br />

60 www.REVISTABIOMAIS.com.br


INTRODUÇÃO<br />

O aumento da concentração de CO2 (gás carbônico)<br />

na atmosfera, a partir da Revolução Industrial, seus<br />

respectivos efeitos sobre a população e o ambiente<br />

vêm se tornando cada vez mais relevante e preocupante,<br />

sendo um desafio para a sociedade mitigá-los<br />

(Freitas Júnior, 2017). O acréscimo entre 1ºC e 3ºC<br />

(graus Celsius) na temperatura média global, acima dos<br />

valores registrados na década de 1990, poderá beneficiar<br />

algumas regiões do planeta, no entanto, trará custos<br />

econômicos e sociais em outras partes (IPCC, 2019).<br />

Uma das ações antrópicas que contribuem para<br />

a emissão de CO2 na atmosfera são as alterações da<br />

cobertura vegetal, mais especificamente o desmatamento<br />

e as queimadas, onde as mudanças provocadas<br />

pela fragmentação florestal e redução de áreas nativas,<br />

resultam na perda de funções ecológicas, incluindo<br />

a produção de oxigênio, estoque e captura de CO2<br />

(Dantas et al., 2017).


Os locais com uma<br />

cobertura vegetal<br />

em estágio médio<br />

ou inicial/médio<br />

apresentaram os<br />

maiores resultados de<br />

estoque de carbono<br />

e de biomassa por<br />

hectare, cumprindo<br />

com a sua função<br />

ecológica<br />

por um processo antrópico e degradatório, perdendo<br />

suas características naturais, a função ecossistêmica de<br />

sequestro de carbono e acúmulo de biomassa se reduz.<br />

A estrutura vegetal que absorve maior quantidade<br />

de carbono foi o fuste. A quantidade de carbono<br />

estocado total médio por indivíduos foram maiores nas<br />

áreas A5 e A6, tratando-se de locais antropizados.<br />

Uma estratégia que o município de João Pessoa<br />

tem para contribuir com a redução do aquecimento e<br />

sequestro dos GEE (gases de efeito estufa) é mediante<br />

a criação de parques e UC de áreas que apresentem<br />

cobertura florestal nativa e realizando o reflorestamento<br />

de áreas degradadas.<br />

Para acessar esse conteúdo na<br />

íntegra acesse o QRcode ao lado:<br />

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

63


AGENDA<br />

MAIO 2024<br />

DESTAQUE<br />

CIBIO 2024 – CONGRESSO INTERNACIONAL<br />

DE BIOMASSA<br />

Data: 29 e 30<br />

Local: FIEP – Curitiba (PR)<br />

Informações:<br />

https://www.congressobiomassa.com/site/<br />

CBENS - CONGRESSO BRASILEIRO DE<br />

ENERGIA SOLAR<br />

Data: 27 a 30<br />

Local: Natal (RN)<br />

Informações:<br />

https://www.abens.org.br/evento.php?evento=3<br />

JUNHO 2024<br />

HYDROGEN AMÉRICAS<br />

Data: 11 a 12<br />

Local: Washington D.C., EUA (Estados Unidos da América)<br />

Informações:<br />

https://www.hydrogen-americas-summit.com/<br />

EUBCE – EUROPEAN BIOMASS<br />

CONFERENCE & EXHIBITION<br />

Data: 24 a 27<br />

Local: Marselha (França)<br />

Informações: https://www.eubce.com/<br />

BIOTECH FAIR E<br />

CONGRESSO<br />

DE BIOENERGIA+<br />

Data: 4 a 6 de junho de 2024<br />

Local: Porto Alegre (RS)<br />

Informações:<br />

https://congressodebioenergia.com.br/<br />

O Congresso Internacional de Bioenergia<br />

acontece juntamente com BIOTECHFAIR - Feira<br />

Internacional de Tecnologia em Bioenergia e<br />

Biocombustíveis -, ocupando mais de 10 mil m2<br />

(metros quadrados) do Centro de Eventos da<br />

Fiergs (Federação das Indústrias do Estado do<br />

Rio Grande do Sul), em Porto Alegre (RS). O evento<br />

é consolidado como um importante fórum de<br />

discussões sobre energias renováveis do Brasil e<br />

América Latina.<br />

64 www.REVISTABIOMAIS.com.br


VEM AÍ!<br />

02 DE DEZEMBRO - CURITIBA (PR)<br />

PATROCINADORES:<br />

ASSOCIAÇÃO DO COMÉRCIO E INDÚSTRIA DE<br />

MADEIRAS E DERIVADOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO<br />

SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS<br />

envimat<br />

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revistareferencia.com.br<br />

comercial@revistareferencia.com.br


OPINIÃO<br />

Foto: divulgação<br />

GERENCIAMENTO DE<br />

EQUIPES: COMO MELHORAR<br />

OS RESULTADOS DOS TIMES?<br />

À<br />

medida que os modelos de locais de trabalho<br />

evoluem, também se aperfeiçoam os termos e<br />

práticas utilizados pelas empresas. Nos últimos<br />

anos, o trabalho híbrido disparou. A missão dos<br />

líderes e esforço de gestão mais dinâmica dos times para<br />

potencializar os resultados vem se tornando cada vez mais<br />

desafiadores.<br />

As organizações estão começando a entender que uma<br />

equipe de sucesso não é apenas o resultado de compartilhar<br />

um espaço físico ou de indivíduos trabalhando isoladamente<br />

de forma eficiente. Para proteger e reter os melhores<br />

talentos, a implementação de práticas ágeis está se tornando<br />

rotina em todas as áreas.<br />

Com a crescente demanda por flexibilidade, transparência<br />

e engajamento entre os funcionários, o gerenciamento<br />

de trabalho colaborativo tornou- se uma prática essencial<br />

para o sucesso das organizações.<br />

A gestão colaborativa do trabalho, também conhecido<br />

como CWM (Collaborative Work Management), é a prática<br />

de gerenciar uma equipe de maneira a promover a comunicação<br />

e o trabalho em colaboração. É uma abordagem que<br />

enfatiza a importância de trabalhar em conjunto – mesmo<br />

que os membros da equipe estejam em locais separados<br />

usando dispositivos diferentes – para um objetivo comum,<br />

em vez de trabalhar em silos ou abordagens individualistas.<br />

O gerenciamento de trabalho colaborativo envolve a<br />

criação de um ambiente em que todos da equipe possam<br />

compartilhar ideias, recursos e feedbacks e trabalhar juntos<br />

para atingir um bom desempenho coletivo dentro de uma<br />

empresa. No entanto, sendo um conceito da era digital, não<br />

se manifestou por meio de materiais como papel e canetas.<br />

O CWM surgiu pelo domínio de plataforma de softwares.<br />

O gerenciamento eficaz do trabalho colaborativo requer<br />

uma compreensão clara da dinâmica da equipe, pontos fortes<br />

e fracos individuais e a capacidade de criar uma cultura<br />

de confiança e respeito. Essa abordagem também requer o<br />

uso de ferramentas e tecnologias que permitam que todos<br />

se comuniquem e colaborem de forma eficaz, independentemente<br />

de sua localização ou fuso horário. As principais<br />

características do gerenciamento de trabalho colaborativo<br />

passsam por: comunicação aberta e transparente, colaboração<br />

e trabalho em equipe, compartilhamento de recursos,<br />

tecnologia colaborativa, flexibilidade e adaptabilidade.<br />

Com tantas características construtivas disponíveis, já<br />

é de se imaginar a infinidade de benefícios que CWM pode<br />

trazer. Em primeiro lugar, incentiva o trabalho em equipe e a<br />

comunicação, cruciais para o sucesso de qualquer organização.<br />

Quando as pessoas trabalham juntas, elas podem<br />

compartilhar ideias, debater e resolver problemas com mais<br />

eficiência. Isso, por sua vez, leva ao aumento da produtividade<br />

e a melhores resultados.<br />

Em segundo lugar, essa gestão promove a responsabilidade<br />

e a transparência. Quando os colaboradores trabalham<br />

de forma colaborativa, é mais provável que eles assumam<br />

suas tarefas e responsabilidades. Em terceiro lugar, a gestão<br />

do trabalho colaborativo pode melhorar o envolvimento dos<br />

funcionários e a satisfação no trabalho. Os resultados de um<br />

estudo de Stanford mostraram que sentir que você faz parte<br />

de uma equipe de pessoas trabalhando em uma tarefa,<br />

torna as pessoas mais motivadas ao enfrentar desafios.<br />

E como último e possivelmente um dos maiores benefícios,<br />

o CWM aumenta a produtividade da equipe. Com uma<br />

gestão mais eficiente, as equipes podem trabalhar de forma<br />

mais produtiva, otimizando o tempo e cumprindo os prazos,<br />

e atingindo os resultados estabelecidos.<br />

C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

Por Hermínio Gonçalves<br />

CEO da SoftExpert Brasil<br />

Foto: divulgação<br />

66 www.REVISTABIOMAIS.com.br


A FACA<br />

GIGANTE<br />

DO AGRO<br />

SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS

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