Criativa Magazine | Abril 2024
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Periodicidade: Mensal • Distribuição Gratuita • Ano IX Nº 114 abril 2024
Democracia
Meio século de
Entrevista Carlos Melo Bento
Entrevista Mário Abrantes
Mensagem da Assembleia Legislativa Regional dos Açores
DR / Abílio Mendes da Silva
CAPA DO SENHOR SANTO CRISTO
OFERECIDA POR SENHORAS
DE SANTA BÁRBARA
EDUARDO FERREIRA
O ÚNICO PRODUTOR
DE RUM DOS AÇORES
GRANDE
04
ENTREVISTA
50 ANOS DO
25 DE ABRIL
DE 1974
RUBRICAS
REPORTAGEM
12
EMPRESÁRIO
EDUARDO FERREIRA:
O ÚNICO PRODUTOR DE RUM
DOS AÇORES
24
26
SAÚDE ÓTICA
COM INSTITUTOPTICO
DESPORTO
PRIMEIRO TRIUNFO DO ANO
PARA RÚBEN RODRIGUES
15
REPORTAGEM
CAPA DO SENHOR SANTO CRISTO
OFERECIDA POR TRÊS SENHORAS
DE SANTA BÁRBARA
28
32
34
EXERCÍCIO FÍSICO
PELA SUA SAÚDE
COM CELSO TAVARES
SAÚDE AUDITIVA
COM AUDIÇÃO PORTUGAL
OLHAR CRIATIVO
“RENASCER”
36
EVENTOS
30
REPORTAGEM
MARCA CHEZ SÓNIA
CONQUISTA PRÉMIO
“CINCO ESTRELAS REGIÕES”
47
48
50
AGENDA
ACONTECEU
HORÓSCOPO
Propriedade:
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Ribeira Grande
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Fotografia: António Bettencourt, Carlos Costa
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ESTATUTO EDITORIAL - CRIATIVA Magazine A Criativa Magazine é uma revista mensal de informação geral que oferece, quer através de textos quer de imagens, a mais ampla cobertura de assuntos,
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poder político e económico; A Criativa Magazine pauta a sua ação em total cumprimento das normas éticas e deontológicas do Jornalismo português; A Criativa Magazine defende o pluralismo de opinião,
respeita as crenças, ideologias políticas e religiosas, diferenças sociais e culturais, sem prejuízo de poder assumir as suas próprias posições; A Criativa Magazine identifica-se, como tal, com os valores da
Democracia; A Criativa Magazine quer contribuir para o desenvolvimento de cidadãos ativos e conscientes, bem como assim para o desenvolvimento da sociedade na qual se insere.
CARLOS MELO BENTO
“O 25 DE ABRIL CHEGOU A TODOS
DE IGUAL FORMA E FEITIO”
“O poder centralizador quase absoluto foi destruído, os partidos foram autorizados e a liberdade
de expressão foi consagrada para todos. As deficiências existentes hoje na sociedade portuguesa
são comuns a todo e qualquer regime democrático”. Carlos Melo Bento, conhecido advogado e
político ligado aos movimentos do MAPA (Movimento para a Autodeterminação do Povo Açoriano)
e da FLA (Frente de Libertação dos Açores) fala das maiores consagrações do 25 de Abril de 1974,
num ano em que se assinalam os 50 Anos da Revolução dos Cravos, momento histórico
em que - admite - gostaria de ver realizado e falado um assunto em particular.
Criativa Magazine - A celebração
dos 50 Anos do 25 de Abril
de 1974 este ano traz consigo -
do que conhece - para a ordem
do dia algumas preocupações
e, também, desafios, a serem
encabeçados, desde logo, pela
Natacha Alexandra Pastor DR e Carlos Costa
ordem política, até para mais
num ano em que já tivemos
dois atos eleitorais, com ‘embaraços’
por detrás dos mesmos?
Carlos Melo Bento - É natural
que isso aconteça em qualquer
Carlos Melo Bento
junho de 1975
Cadeia de Angra
celebração histórica de meio
século. A democracia ocidental
restaurada em 1975, vem funcionando
“tant bien que mal” e
sofre das mesmas deficiências
das suas congêneres mundiais.
Quando a classe política dominante
em Portugal, depois da
Revolução, impõe regras para
a criação e funcionamento dos
partidos, sua única base fundamental
de legitimidade democrática,
isso faz com que o poder
nunca lhes saia das mãos,
que exerce com centralismo antidemocrático
mal disfarçado.
O que mais gostaria de ver falado,
realçado e nunca esquecido,
particulamente neste ano
que assinala os 50 Anos da Revolução
dos Cravos?
A descolonização prócomunista
e o destino das centenas de
milhares de portuguesas que
viviam em África cujos interesses
e vidas foram cobardemente
espezinhados a favor de uma
ideologia em vias de extinção.
Quais os maiores desafios, já
hoje, para manter intocáveis,
alguns - senão todos - princípios
do 25 de Abril? Onde lhe
parece que estão os mais complexos
atropelos dos valores
que tal Revolução nos permitiu
conquistar?
No monopólio partidário do
acesso ao poder que deveria
ser temperado por candidaturas
pessoais, apoiadas por um
número significativo de cidadãos
eleitores.
A recordar as palavras de Marcelo
Rebelo de Sousa no ano
passado, destacou que continuam
por resolver vários desígnios,
nomeadamente “melhor
democracia, mais crescimento,
igualdade, justiça social, educação,
saúde, habitação, solidariedade
social, ambiente,
visão intergeracional, papel da
mulher, desempenho de jovens
e de sectores excluídos ou ignorados.
E há um dado a reter:
“Nunca conseguimos reduzir a
menos de 1,5 milhões de pobres”
nestes 49 anos de liberdade.”
Conforme analisou, na data, o
Presidente da República, bem
se pode verificar que em muitos
domínios o 25 de Abril tarda a
chegar a todos os portugueses
e, repetidamente, parece deixar
para trás sempre os mesmos!?
O 25 de Abril chegou a todos
de igual forma e feitio. O poder
centralizador quase absoluto
foi destruído, os partidos
foram autorizados e a liberdade
de expressão foi consagrada
para todos. As deficiências
existentes hoje na sociedade
portuguesa são comuns a todo
e qualquer regime democrático.
São defeitos estruturais
que escapam à democracia e
à ditadura e só uma evolução
cultural intensa e inteligente os
pode fazer desaparecer ou diminuir.
A natureza humana leva
muito tempo para mudar muito
pouco, e, mesmo assim, só
através de milénios...
Falar destas classes sociais que
se sentem ‘menores’ leva-nos
a falar do crescendo de alguns
partidos políticos, que, tal como
se viu nas eleições do passado
4 criativa magazine - abril 2024 criativa magazine - abril 2024 5
dia 10 de março, estão a conduzir
a nova fase da história política
e governativa do país. O
que mais importa Reter, Realçar
e Não Recusar face às recentes
transformações?
Parecem-me mais tendências
mundiais das democracias
ocidentais, aliás não originais,
haja em conta os hitlers e mussolinis
e quejandos que floriram
por todo o mundo ocidental
após crises democráticas
como as que enfrentamos hoje.
Quando as correntes políticas
essenciais corrigirem os seus
atuais defeitos, essas franjas
populistas com pouca cultura e
sem reais objetivos de interesse
público, desaparecerão, embora
deixando rasto...
Podemos falar que grassa, em
termos sociais, libertagem sob
a forma (disfarçada ou tentativa)
de liberdade?
Não me parece. Acho mais que
se trata de efeitos secundários
de toda e qualquer liberdade
política. A educação é fundamental
e leva gerações a conseguir-se.
Como pessoa da área da Justiça
e do Direito, compreende a
O 25 de Abril
chegou a
todos de igual forma
e feitio. O poder
centralizador quase
absoluto foi destruído,
os partidos foram
autorizados e a
liberdade de expressão
foi consagrada para
todos. As deficiências
existentes hoje na
sociedade portuguesa
são comuns a todo
e qualquer regime
democrático.”
percepção de muitos portugueses
para com uma justiça lenta,
quiçá permeável a pressões
políticas, consoante a tipologia
de casos e personalidades envolvidas,
e como isso faz descredibilizar
todo um sistema
que se quer isento, exemplar,
sem falhas ou lacunas?
A nossa Justiça é das melhores
do Ocidente. O número de casos
resolvidos e bem, por ano, demonstram
que funciona bem e
com a velocidade adequada à boa
realização do ideal de Justiça.
As cadeias estão cheias de
marginais até rebentarem pelas
costuras, são resolvidos anualmente
milhares e milhares de
processos cíveis, alguns de alta
complexidade agora acrescida
com a legislação europeia que
importamos.
Há processos complicados?
Sim. Mas esses existem em
qualquer país democrático e só
são um problema para o jornalismo
na sua missão de quarto
poder. No exercício dele não
tem havido o escrúpulo de não
generalizar erros, antes têm
dado uma imagem injusta da
nossa Justiça a partir de factos
isolados resultantes da
inevitável luta do poder político
que deveria ser o único legítimo
representante do Povo e
que nunca deve ser confundido
com opinião pública.
Consegue alinhar neste desafio
de em 10 palavras soltas descrever
o 25 de Abril de 1974?
Incapacidade. Facciosismo. Democracia.
Luta. Habilidade. Habilidades.
Soares. Europa. Deslumbramento.
Dívidas.
MÁRIO ABRANTES
50 ANOS DEPOIS - 25 DE ABRIL, SEMPRE!
O que falta cumprir para honrar todo o suor e
a persistência de quem enfrentou a Revolução
dos Cravos!? “Que a busca do cumprimento dos
grandes objetivos traçados e consagrados na
Lei Portuguesa Fundamental, a Constituição
da República nascida da Revolução, fosse
a orientação efetivamente prioritária e
determinada tanto dos governos do país, como
dos governos das suas regiões autónomas e das
suas autarquias locais.” Uma vontade expressa
por Mário Abrantes nas vésperas da grande
comemoração da Revolução dos Cravos.
Natacha Alexandra Pastor DR
Criativa Magazine - 50 Anos do
25 de Abril de 1974. São ainda
muitos os desafios que se colocam
ao país para honrar as
conquistas da Revolução dos
Cravos?
Mário Abrantes - Muitos desafios
foram concretizados, especialmente
no âmbito da descolonização
e da Paz, com o fim da
guerra colonial, mas também no
âmbito da Democracia Representativa
e do respeito e usufruto das
liberdades fundamentais dos cidadãos
(eleições livres, liberdade
de expressão e de constituição
de partidos, sindicatos e associações
da mais diversa natureza) e
igualmente, ainda, com a instauração
das Autonomias Regionais
dos Açores e da Madeira, bem
como do Poder Local Democrático.
Mas os avanços que se perfilavam
no desenrolar da revolução,
nomeadamente no âmbito da Democracia
Económica (com o controlo
público dos setores estratégicos
para o desenvolvimento e o
fomento do nosso setor produtivo
e com a justa distribuição da
riqueza), da Democracia Social
(com a erradicação da pobreza e
com a implantação da igualdade
de oportunidades a todos os níveis
e o acesso igualitário e digno
dos cidadãos à habitação e
aos serviços públicos essenciais,
educação, saúde ou segurança e
proteção social) e da Democracia
Cultural (com o investimento
público adequado à difusão e
fruição culturais aos mais diversos
níveis sociais e geográficos),
foram sendo retardados e distorcidos,
principalmente desde a
nossa adesão à moeda única europeia
e às políticas neoliberais
impostas pelos diretórios dirigentes
de Bruxelas.
Na comemoração desta data,
o que mais lhe aprazaria de ver
acontecer para elevar todo o esforço,
suor e bravura dos Homens
que lideraram a Revolução?
Que a busca do cumprimento
dos grandes objetivos traçados
e consagrados na Lei Portuguesa
Fundamental, a Constituição da
República nascida da Revolução,
fosse a orientação efetivamente
prioritária e determinada tanto
dos governos do país, como dos
governos das suas regiões autónomas
e das suas autarquias locais.
Que aqueles que em nome
dos portugueses e para o seu
serviço concorreram e foram por
eles eleitos para os diferentes
cargos públicos instituídos por
Abril, tivessem hoje e amanhã,
tal como tiveram os corajosos
militares revolucionários há 50
anos, assim como todos aqueles
que se empenharam no combate
à ditadura fascista durante os
48 anos que ela durou, o elevado
desapego pelos seus interesses,
conveniências e benefícios pes-
6 criativa magazine - abril 2024
criativa magazine - abril 2024 7
soais enquanto indigitados para
o exercício das suas funções políticas,
colocando sempre em primeiro
lugar a procura do bem-estar
geral da comunidade.
Numa altura em que sucedem
transformações muito particulares
no panorama governativo nacional,
há preocupações acrescidas
para o presente e para o
futuro!
Sem dúvida. Com os ganhos
eleitorais agora adquiridos pelas
direitas no seu conjunto (da
menos à mais extrema), tanto a
nível nacional como regional, juntando-se
a estes a orientação já
existente da União Europeia, avizinha-se
no horizonte um fluxo
unidirecional, engrossado e conjugado
de políticas neoliberais e
de reforço do domínio dos poderes
económicos sobre os poderes
políticos (que, é bom lembrar, a
Constituição da República nascida
da Revolução contraria) de
muito mau augúrio para a resolução
dos problemas mais candentes
que preocupam e afetam com
gravidade hoje as nossas comunidades
e famílias.
Sempre que as direitas reforçam
as suas posições políticas e institucionais,
procuram rapidamente
o entendimento suficiente entre
si, para lá das inevitáveis disputas
laterais visando garantir vantagens
e mordomias de poder,
para assegurar a estabilidade das
suas posições, enquanto, paralelamente,
enfiam de imediato na
gaveta as principais questões sociais
que lhes enchiam a boca em
tempo de campanha eleitoral.
Assim, se no mundo do trabalho
os salários quebram face à inflação,
eles tenderão, se não houver
resistência suficiente, a quebrar
mais ainda e o já indigno número
de pobres que trabalham irá
aumentar ainda mais. O investimento
público, beneficiando os
interesses privados, tenderá a
diminuir com maior rapidez, prejudicando
claramente serviços
públicos de primeira linha como a
saúde, a educação ou a proteção
e segurança social. A nódoa das
desigualdades que ainda marca
negativamente a nossa sociedade,
tenderá a alastrar, e os setores
produtivos e as pequenas e
médias empresas continuarão a
perder peso e vitalidade face aos
interesses financeiros do grande
capital e dos grandes grupos económicos.
A habitação enquanto
direito constitucional continuará
inacessível a muitos em benefício
dos interesses especulativos
no setor.
Às gerações mais novas, particularmente
para os que estão
bastante alheados dos interesses
políticos e que o demonstram
não exercendo o seu direito
e dever de voto, que palavra
deixa?
Nestas últimas eleições, por responsabilidade
remota da falta de
resposta aos problemas reais das
pessoas e também da juventude
por parte dos sucessivos governos
dos últimos anos, dominados
ora pelo PSD, com ou sem
CDS, ou pelo PS, com o aparecimento
de um escape contestatário
da direita mais radical gerado
no PSD, muitos jovens resolveram
deixar de lado o seu habitual
alheamento e desinteresse
pelo voto e foram às urnas votar
na ideia do contra tudo e contra
todos. O certo é que estes jovens
não conheceram o país estranho
que era Portugal antes do 25 de
Abril, onde a extrema-direita fascista
controlava ditatorialmente o
poder.
Mas hoje não somos esse país
estranho, por mais que a CUF ou
Champalimaud (que já eram servidos
por Salazar) e outros novos
grupos económicos apoiantes da
extrema direita, ambicionem voltar
a ser. Adquirimos em 25 de
Abril de 1974 uma característica
genética revolucionária, democrática
e livre que se manteve e
persiste ao fim de 50 anos, apesar
de agora gravemente mutilada.
Os novos pretensos salvadores
da pátria integrados com a
restante direita irão ter de enfrentar
certamente a resistência e a
luta populares em várias outras
frentes que não só as eleitorais
e, garantidamente, muitos dos
mais jovens e menos jovens que,
votando neles, julgaram ter descoberto
o remédio para as suas
inquietações, precariedade, insegurança
e defraudadas expetativas
de um futuro mais promissor,
acabarão por integrar essa luta
ao lado dos que nunca a abandonaram
nem no tempo desse estranho
país, que felizmente não
conheceram, governado por fascistas.
50 ANOS DEPOIS - 25 DE ABRIL,
SEMPRE!
MENSAGEM ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES
NOS 50 ANOS DO 25 DE ABRIL
Assinalamos este ano o 50.º aniversário
da Revolução do 25 de Abril de
1974. Meio século do golpe militar,
que em boa hora pôs fim a mais de
quatro décadas de um regime político
autoritário, antiparlamentarista e antipartidário
instaurado no país, abrindo
finalmente as portas à Liberdade e
ao renascimento da Democracia.
A Revolução dos Cravos, como é
também conhecida, deu um novo fôlego
a todos os portugueses que puderam,
no mesmo dia do ano seguinte,
exercer o seu pleno direito ao voto
para eleger a Assembleia Constituinte
que viria dez meses mais tarde a
aprovar a Constituição da República
Portuguesa que hoje vigora.
Consagrando direitos, liberdades e
garantias, a Lei Fundamental abriu
também uma nova página aos açorianos
reconhecendo a tão almejada
Autonomia Regional dos arquipélagos
dos Açores e da Madeira, consubstanciada
mais tarde no Estatuto
Político-Administrativo de cada
região, criando órgãos de governo
próprio capazes de satisfazer as necessidades
e os anseios das suas
populações.
A par da Liberdade conquistada naquela
madrugada de Abril, outros valores
se alcançaram, desde logo, o
acesso à educação, à saúde, à justiça
e ao emprego abrindo-se uma nova
era de progresso social e económico
que proporcionou melhores condições
de vida aos portugueses.
Em cinquenta anos de democracia
muito se fez e há ainda muito por
fazer em todas as áreas da nossa
sociedade, que “pula e avança”, dia
após dia, e que grita nos dias de hoje
por um esforço conjunto de todos em
prol do bem-estar dos nossos concidadãos.
O desafio é grande para quem nos representa,
mas a responsabilidade é
de todos cabendo a cada um de nós
a árdua tarefa de proteger a manter
os valores conquistados pela geração
dos nossos pais e avós, e defendendo
a democracia pela qual tantos
lutaram.
O legado de Abril jamais poderá cair
no esquecimento sob pena de um
possível retrocesso. Nesse sentido,
urge sensibilizar as camadas mais
jovens para a importância das concretizações
pós-revolução, por forma
8 criativa magazine - abril 2024
criativa magazine - abril 2024 9
50
25 abril
1974
2024
de
a garantirmos o futuro da democracia
portuguesa.
As comemorações que agora assinalamos
constituem uma excelente
oportunidade para alertar e transmitir
aos nossos jovens a grande missão
que têm nas mãos de perpetuar
os feitos democráticos até agora alcançados.
É sob esse desígnio que a Assembleia
Legislativa da Região Autónoma dos
Açores se associa às comemorações
dos 50 anos da Revolução do 25 de
O legado
de Abril
jamais poderá cair
no esquecimento sob
pena de um possível
retrocesso.”
Abril, através da organização de um
vasto leque de atividades lúdico-pedagógicas,
a começar já este mês,
direcionadas aos estudantes do ensino
básico e secundário, dando-lhes
a conhecer testemunhos de vida nos
tempos da ditadura permitindo-lhes
aprofundar os seus conhecimentos
sobre a história do país antes da Revolução
e a refletir sobre os grandes
passos que o país deu desde então.
O Presidente da ALRAA, Luís Garcia
Assembleia Legislativa
da Região Autónoma dos Açores
Sede: Rua Marcelino Lima, 9901-858 Horta
AUTONOMIA
EM
MARCHA...
Telef.: 292 207 600 | www.alra.pt
10 criativa magazine - abril 2024 criativa magazine - abril 2024
11
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EDUARDO FERREIRA
“QUERO COLOCAR
OS AÇORES COMO
O MAIOR PRODUTOR
DE CANA DE AÇÚCAR
DE PORTUGAL”
A cana de açúcar já teve
grande expressão nos
Açores. A cultura viria a
desaparecer e foi introduzida
a título de experiência pelo
empresário Eduardo Ferreira
há cerca de 20 anos. O bom
desenvolvimento da sua
plantação inicial fez com
investisse de forma mais
vincada, aumentando a
capacidade de produção, o
que lhe permitiu criar um
rum – Antília Rum – que é
tão somente, à data atual,
um dos produtos com maior
expressão lucrativa da
Fábrica de Licores “A Mulher
de Capote”.
Natacha Alexandra Pastor DR e Carlos Costa
A vontade de aprender, estudar
e diversificar a oferta comercial
da empresa corre nas veias de
Eduardo Ferreira. Ao longo dos
anos de dedicação total ao negócio,
o empresário procura
acumular mais-valias para a
sua unidade fabril. São horas e
horas a descobrir e a redescobrir
novas formas de inovar. O
resultado desse investimento –
muitas vezes pessoal – vê-se
na panóplia de licores produzidos
na fábrica da ilha de São
Miguel, cuja exportação para os
mercados nacional e internacional
é bastante notória.
Um dos produtos mais promissores
é, atualmente, o Antília
Rum, uma bebida que tem
um alto nível de aceitação, por
exemplo, nos Estados Unidos
da América, e que figura como
um dos best sellers da empresa.
Só no último mês partiu
de São Miguel um agrupado
de três contentores contendo
Rum, com destino ao continente
português, Europa e EUA.
A experiência da plantação da
cana de açúcar, processo que
iniciou há cerca de 20 anos, revelou,
como de resto a generalidade
dos produtos plantados
nos Açores de origem 100%
biológica, que não só tem capacidade
de se desenvolver/
crescer de forma relativamente
fácil, como também culmina
num produto de aroma especial.
A cana de açúcar não foi
exceção!, refere o empresário
Eduardo Ferreira. Perante tão
boa aceitação do produto no
estrangeiro, o empresário está
numa ‘missão’ para colocar os
Açores como o maior produtor
de Cana de Açúcar de Portugal,
desafiando-se a ultrapassar,
inclusivamente, a ilha da Madeira,
conforme nos transmitiu.
“Notei efetivamente que o rum
produzido por nós assumia-se
mais aromático do que muitos
outros. Nem tudo foi fácil. Por
exemplo, a Martinica, a Guadalupe,
a Madeira e as Canárias
têm um clima mais estável do
que os Açores, e isso levou-me
... sinto-me
desvalorizado,
bem como
as demais pessoas
que trabalham neste
setor, porque a
Região continua
sem ter um apoio
direto aos agricultores
à produção da
cana de açúcar.”
a pensar numa estratégia capaz
de garantir que a produção não
fosse afetada por ventos fortes,
e acabei por desenhar uma
estrutura – que se pode ver ao
descer a Lagoa do Fogo – capaz
de sustentar as canas, de
modo a que não se destruam.
Tudo isso pensei e construí,
investido que era possível fabricar
um rum de excelência a
partir dos Açores. Porém, sinto-
-me desvalorizado, bem como
as demais pessoas que trabalham
neste setor, porque a Região
continua sem ter um apoio
direto aos agricultores à produção
da cana de açúcar. O apoio
existente é 16 vezes inferior ao
que existe na Madeira. Todas
as regiões ultraperiféricas da
União Europeia têm apoios nesta
grandeza, exceto os Açores.
Temos tentado, de forma muito
insistente, fazer ver as autoridades
regionais e os seus responsáveis
governativos para
a injustiça, mas sem efeito. Eu
destaco que a produção de um
produto como este, o Rum, é de
elevado valor acrescentado, o
que, após comercializado e exportado,
deixa na Região muito
dinheiro em impostos.
Existe procura, temos condições
climatéricas para a produção
de cana de açúcar, falta-nos
ter o apoio à agricultura
que os outros têm. E repare que
12 criativa magazine - abril 2024 criativa magazine - abril 2024
13
CAPA DO SENHOR SANTO CRISTO OFERECIDA
POR TRÊS SENHORAS DE SANTA BÁRBARA
Carlos Costa e Santuário Senhor Santo Cristo/Pedro Monteiro
isto é uma vantagem para os
Açores, para a nossa população,
nós temos de diversificar
a nossa produção e criar postos
de trabalho e riqueza para
as empresas e para as pessoas.
A cana de açúcar permite
também ser utilizada para a
produção de mel que tanto é
utilizado na nossa doçaria regional,
em vez de importarmos
mel de cana, não faz qualquer
sentido.”
Eduardo Ferreira termina o seu
discurso recordando que a produção
da cana de açúcar traz
consigo uma outra mais-valia,
segundo explica o empresário,
nada se perde, tudo se aproveita,
como é o caso do mosto
(um subproduto da produção
do Rum) que é de elevado valor
proteico, e que serve, por exemplo,
para alimentação de gado
bovino e assim fazendo valori-
zar o leite pago pela Indústria.
Eduardo Ferreira faz questão
de o entregar de forma gratuita
a alguns lavradores para que
possam alimentar as suas manadas.
A terminar, o empresário deixa
ficar o registo de uma das suas
próximas apostas com relação,
ainda, ao rum.
“Estamos em condições de, em
breve, e fruto dos muitos anos
de experiência nesta produção,
poder lançar um produto
ainda mais especial, um Rum
envelhecido. Fruto de alguns
lotes muito limitados que temos
guardado em barricas da
família ao longo de anos. Será
chamado o Rum Velho Antília,
mas, pelas provas que temos
feito, podemos afirmar, sem
modéstia, que será o melhor
de Portugal. À semelhança do
que já existe para os produtos
Açorianos, com a “Marca Açores”,
seria importante ser criado
um selo de qualidade, que
permitisse diferenciar produtos
de excelência que se produzem
nos Açores.”
Trata-se de uma capa em tom
vermelho, em veludo, bordada a
fio de ouro com aplicações.
Constam “motivos vegetalistas
tais como os cachos de uva, folhas
de videira, espigas de trigoelementos
muito ligados ao Cristianismo
e à liturgia eucarística”,
refere a nota da apresentação da
Capa com que o Ecce Homo sairá
neste ano de 2024, e que foi
apresentada pela Irmã Jaqueline
Mendes, a superiora da comunidade
das irmãs Contemplativas
da Congregação de Nossa Senhora
da caridade do Bom Pastor
que se encontra desde 2022 a residir
no Convento da Esperança.
A capa tem ainda inscritas as letras
Alfa e Omega, a primeira e a
última letra do alfabeto grego, que
A capa que irá vestir a Imagem do Senhor Santo Cristo dos
Milagres, este ano, na festa de 2024, será a capa 39, a última
a chegar ao Convento, já este mês de abril. Foi oferecida por
Rita Sofia Rebelo Pavão, a sua mãe Teresa e pela Tia-avó,
Helena Batista, todas naturais da freguesia de Santa Bárbara,
de Ponta Delgada.
significam o princípio e o fim de
todas as coisas, inscrições que
se fazem no círio pascal, no ínicio
da Vigília, quando se benze o lume
novo e nele se acende o Círio.
As festividades do Senhor Santo
Cristo dos Milagres decorrem entre
os dias 1 e 9 de maio, e as celebrações
serão presididas pelo
bispo de Stockton D. Myron Cotta,
descendente de açorianos, avançou
em conferência o cónego Manuel
Carlos Alves. No decorrer da
antevisão das maiores festas religiosas
de São Miguel, foi ainda
indicado que a eucaristia matinal
de domingo, que decorre na igreja
paroquial de São José, será orientada
em inglês, permitindo a emigrantes
e turistas terem acesso
ao conteúdo litúrgico.
14
criativa magazine - abril 2024
criativa magazine - abril 2024 15
INICIATIVA PRIVADA INOVADORA
NOVO CENTRO FUNERÁRIO SÃO LÁZARO
O negócio da família Ferreira, iniciado em 1959 pela mão de José Jacinto Ferreira, segue na
3ª geração, agora sob a gestão de Roberto Ferreira e José António, depois de ter passado pela
liderança dos pais, Carlos Jacinto Ferreira e Maria Papoula Raimundo Ferreira. Na passagem
dos bem consolidados 65 anos de vida e de atividade ininterrupta, a Agência Funerária Ferreira
inicia um novo ciclo, assente na oferta de novos serviços, inovadores, porém mantendo sempre
os mesmos princípios de tradição, seriedade e respeito.
Natacha Alexandra Pastor DR
A Funerária Ferreira tem passado
de geração em geração. Segue na
3ª geração da família Ferreira, e
tem vindo a procurar uma evolução
natural, assente sempre em nobres
valores.
Roberto Ferreira, neto do homem
que em 1959 iniciou atividade empresarial,
recorda alguns momentos
importantes da história da empresa.
“O meu avô José Jacinto Ferreira,
nascido na freguesia dos Ginetes,
iniciou a sua atividade de agente
de funerais, em Ponta Delgada, na
Rua de Lisboa, em 1959.
Em 1962, a Agência Funerária muda
a sua localização para a Rua Doutor
João Francisco de Sousa, onde
se manteve até 2016. Destaque,
ainda, para o ano de 1968, altura
em que é constituída a sociedade
Ferreira e Filhos Lda., onde passam
a fazer parte o meu pai, Carlos Jacinto
Ferreira, e os meus tios Manuel
Jacinto Ferreira, João Jacinto
Ferreira e Maria Clotilde Ferreira
Cabral. Já em 1981, o meu pai, Carlos
Jacinto Ferreira, e a minha mãe,
Maria Papoula Raimundo Ferreira,
passam a ser os sócios maioritários.”
Decorria já o ano de 2002,
quando José António e Roberto
Ferreira, a 3ª geração da família,
passam a fazer parte do negócio,
sendo hoje os seus representantes.
16 criativa magazine - abril 2024 criativa magazine - abril 2024
17
A ascenção da atividade acaba por
levar a uma nova mudança de espaço,
em 2017, quando é inaugurada
a nova sede da Agência Funerária
Ferreira, local que hoje mereceu
um investimento ainda superior.
Um passado repleto de muita história,
visível em inúmeros detalhes
quando se abrem as portas
do edifício sede, mas 65 anos depois
é preciso atualizar e apresentar
mais serviços aos clientes, razão
pela qual a empresa decidiu
investir num centro funerário, que
oferece escritórios, com gabinetes
de atendimento privados; sala de
exposição de arte fúnebre; museu
cronológico da funerária; sala de
tanatopraxia com câmara de frio;
sala de velório; armazém; zona de
lavagem de viaturas e um parque
de estacionamento.
A recente inauguração do centro
funerário São Lázaro permite aos
clientes usufruírem de um espaço
modernizado, porém muito acolhedor
e sereno, e, em simultâneo,
adiciona detalhes tecnológicos de
ponta, diferenciando-se por completo
de tudo quanto está disponível,
no presente, em São Miguel
e nos Açores. A sala principal é,
assim, “climatizada, insonorizada
e conta com um sistema de renovação
de ar, mas também a partir
de agora é possível realizar as cerimónias
fúnebres via digital, com
imagem e som, complementando
uma necessidade que as famílias
possam vir a ter, possibilitando a
transmissão e a partilha da cerimónia
para a restante família e
amigos”, explica o empresário Roberto
Ferreira.
Paralelamente a esta nova oferta,
refere ainda o empresário, é também
possível que as cerimónias
fúnebres possam ser acompanhadas
com música, um pormenor
que eleve o momento e que represente
o respeito pela vida do ente
que parte. Roberto Ferreira explica
que estes pormenores foram pensados
para responder às inúmeras
situações que ocorrem hoje na
nossa sociedade, recordando que
há muitas diferenças nos desejos
daqueles que partem e que em vida
deixam registada e bem expressa a
sua vontade.
18 criativa magazine - abril 2024
criativa magazine - março 2024 19
megafone
ANTÓNIO NEVES
José F. Andrade
Azorean Metal
É uma das figuras
de sempre, da cena
Heavy Metal dos
Açores. António
Neves, guitarrista e
membro fundador
dos In Peccatum,
recorda como tudo
começou, passados
cerca de 26 anos.
Num ápice, passaram-se cerca de
26 anos, desde a formação de In
Peccatum. Lembras-te do primeiro
ensaio e do primeiro concerto?
Incrível como já se passaram 26
anos, desde o início da nossa formação…
mas sim, lembro-me perfeitamente
do nosso primeiro ensaio por
variadas razões. Em primeiro lugar
porque quando começamos a banda,
não tínhamos propriamente definido
que género dentro do Heavy Metal
seria o nosso, apenas sabíamos
que queríamos tocar Metal e aliás,
esta “indefinição” está bem presente
na nossa primeira demo tape, “In
Beauty”. Isto então para dizer que no
nosso primeiro ensaio não sabíamos
bem o que fazer e então optamos por
tocar ou pelo menos tentar tocar a
“Alma Mater” dos Moonspell. O Gouveia
nem tinha ainda um baixo seu,
estava a tocar com um emprestado
pelo Miguel dos Dark Emotions, banda
nossa conterrânea da Fajã de Baixo,
e o Almeida, que na altura começou
na bateria, nunca tinha sequer
tocado bateria na vida e lembramo-
-nos perfeitamente dele sentado em
frente à nossa bateria Lazer, de cor
vermelha e comprada na saudosa
Discoteca Vasco, a perguntar qual
braço passava por cima dos pratos
de choque. O certo é que no final do
ensaio conseguimos tocar a música
na sua plenitude, o que nos deixou
com perspetivas de que a partir
daquele momento, a coisa só podia
melhorar. O certo é que 26 anos depois
continuamos a fazer aquilo que
gostamos e nunca paramos.
Quanto ao primeiro concerto, este foi
também inesquecível, isto porque a
nossa estreia acaba por acontecer
num dos mais emblemáticos palcos
da ilha, o Coliseu Micaelense, por
ocasião do concurso Novas Ondas
’98. Tínhamos apenas 8 meses como
banda, 3 ou 4 temas originais, e lá fomos
nós pisar um palco com aquela
dimensão. Outros dois factos engraçados…
em primeiro lugar, por cima
da bateria havia um placard com o
logotipo do Novas Ondas e o Almeida
estava preocupadíssimo… “epá, e
se aquilo cai por cima de mim quando
estiver a tocar?” e não é que caiu mesmo?
Felizmente não era pesado e não
fez vítimas. Em segundo lugar, no final
da primeira música o Gouveia deu
um salto e acabou por cair de costas
no palco, situação que na altura nem
reparei, e depois no fim da atuação
quando nos fomos juntar ao público
para assistir ao resto das atuações,
havia pessoal a ir ter com ele a comentar
que era grande louco, que se
tinha atirado para o chão… mal sabendo
eles que tinha sido um “acidente”.
As tuas influências mantêm-se
ou foram-se alterando com a
evolução?
A influência base mantém-se sempre.
A minha banda favorita são os
Iron Maiden. Apesar de In Peccatum
musicalmente não ter ligação direta
ao som deles, as harmonias de guitarras
e as progressões musicais que
os caracterizam acabam por se fazer
notar em algumas partes das nossas
músicas. Mais dentro do gótico,
os Paradise Lost, Type O Negative ou
Moonspell acabam por ser as minhas
referências. Por fim, Pink Floyd também
é grande influência. Não só pelo
facto de o David Gilmour ser um dos
meus guitarristas favoritos, como a
música deles ter uma componente,
para mim, muito próxima da melancolia
do Doom Metal. Vão também
aparecendo bandas novas ou outras
mais antigas que vou descobrindo e
que vão também moldando aquilo
que me influencia enquanto guitarrista
ou quando se está na sala de ensaios
a criar música nova. Acaba por
ser sempre um processo evolutivo.
Como é que vês a nova geração
de músicos ligados ao Heavy
Metal?
Destaco sobretudo o muito talento,
auxiliado pelas muitas ferramentas
que as novas tecnologias permitem.
Ainda sou do tempo em que para
aprender uma música ou se tirava de
ouvido, gastando as cassetes do tanto
rebobinar, ou tinha-se de comprar
as revistas da especialidade para se
ter acesso às tablaturas. Presentemente,
basta ir ao Youtube e seguir
um tutorial. Além disso, esta nova geração
tem a facilidade de gravar e disponibilizar
o seu som, como nós não
tivemos. Tudo isto contribui para que
a evolução seja melhor e mais rápida
e isto nota-se nas novas bandas que
vão aparecendo.
E no que respeita ao público, daquilo
que observas do palco?
Dos últimos concertos que demos,
destaco a interação e o à-vontade
que presentemente o pessoal que
está a assistir tem com as bandas.
Há uns anos o pessoal tinha algum
“medo” de se chegar à frente ou cantar
com a banda. Presentemente
acho o pessoal mais desinibido. Chega-se
à frente, canta os refrões, bate
palmas… Depois dos concertos vêm
ter connosco para darem os parabéns
pela atuação ou comentar sobre
aspetos das músicas ou pedir conselhos
técnicos sobre instrumentos.
Sinceramente nesse aspeto houve
uma grande evolução e melhoria.
Planos para 2024?
O grande projeto que temos em mãos
há já uns anos continua a ser a edição
do nosso álbum. Andamos a trabalhar
nele há já anos e temos praticamente
75% do material gravado. Falta gravar
a voz em 6 dos 8 temas que irão fazer
parte da edição e teclados em 5 outros.
Está tudo no bom caminho, mas
lá está, as logísticas da vida de “adulto”
nem sempre permitem que as coisas
corram à velocidade que gostaríamos.
Tirando a edição do álbum, no dia 10
de abril demos um concerto em formato
acústico, algo que fazemos uma
segunda vez, após a primeira experiência
nesse formato em 2006 ao vivo
na RDP-Açores. Como é algo que sai
muito da nossa zona de conforto, vai
ser novamente um grande desafio
para nós. Depois desse, vamos lá ver
se surgem mais oportunidades para
aparecermos ao vivo.
20 criativa magazine - abril 2024 criativa magazine - abril 2024
21
CAGARROS
VÃO ‘SERVIR’ DE
BIOINDICADOR
DO LIXO MARINHO
NO ATLÂNTICO NORDESTE
DR
urbanas durante os seus primeiros
voos desde o ninho até ao
mar. Este impacto visual provoca
a sua desorientação e eventual
queda, necessitando de ser resgatadas
através de campanhas
públicas de conservação, como
a Campanha ‘SOS Cagarro’ nos
Açores. Apesar dos esforços implementados
nestas campanhas,
nem todos os juvenis sobrevivem,
e são esses os animais utilizados
na recolha de dados para este estudo.
Nos Açores, numa parceria
com a Direção Regional de Políticas
Marítimas (DRPM) e a equipa
de vigilantes da natureza dos Serviços
de Ambiente e Alterações
Climáticas, do Governo Regional
do Açores, os investigadores do
grupo do lixo marinho do Instituto
OKEANOS, da Universidade dos
Açores, têm vindo a recolher, desde
2015, os cadáveres de cagarros
juvenis para posterior análise
dos conteúdos estomacais. O estudo
inclui uma análise espacial
graças aos dados de cagarros recolhidos
nas Canárias por investigadores
do Museu Nacional de
Ciências Naturais (MNCN-CSIC),
e do Grupo de Ornitologia e História
Natural das ilhas Canárias
(GOHNIC). “Os juvenis vítimas
da poluição luminosa oferecem
uma amostra não invasiva, facilmente
acessível, o que os torna
cientificamente úteis, a longo
prazo, para programas de monitorização
do lixo marinho, implementadas
pelos Governos destas
Regiões Autónomas de Portugal
e de Espanha, no quadro das políticas
europeias, nomeadamente
da Diretiva Quadro Estratégia Marinha”,
explica Christopher Pham,
do Instituto OKEANOS, supervisor
do estudo e investigador responsável
pela equipa que estuda os
impactos do lixo marinho no bom
estado ambiental do oceano.
De acordo com um estudo publicado na revista “Environment International”, o
cagarro (Calonectris borealis), uma ave marinha que nidifica em Portugal e em
Espanha, foi selecionado como espécie-chave para ser utilizada como bioindicador
do lixo marinho no Atlântico Norte.
Um bioindicador é uma espécie
que dá informação sobre o estado
ambiental respeitante a um
contaminante de origem humana,
neste caso, pequenos fragmentos
de plástico que flutuam
nos oceanos, geralmente resultado
da degradação de objetos de
maior tamanho.
Especificamente, o estudo descobriu
que mais de 90% dos juvenis
desta espécie de cagarro,
quando abandonam o ninho, já
contém partículas plásticas nos
seus estômagos; este é um dos
valores mais altos encontrados,
quando comparado com outras
espécies de cagarros em outras
regiões. O facto destes juvenis
conterem plásticos nos estômagos,
mesmo antes de se alimentarem
por si próprios, indica que
os plásticos são ingeridos durante
o processo de alimentação
pelos progenitores, durante o seu
crescimento no ninho.
O estudo teve como objetivo fazer
uma avaliação detalhada sobre a
possibilidade de os cagarros serem
utilizados como bioindicador
na monitorização de fragmentos
de plástico flutuantes no oceano.
Após mais de 1100 necropsias
de cagarros juvenis (cujas causas
de morte foram naturais ou
acidentais), estudo-se a ingestão
de plástico e definiram-se os parâmetros
essenciais para a determinação
deste bioindicador. Considerou-se,
ainda, a classe etária
das aves amostradas, a metodologia
de amostragem e um valor
limite para o número de partículas
de plástico. Os valores acima
do limiar estabelecido indicarão
a necessidade de controlar e mitigar
este contaminante no ambiente,
relacionando-o com a degradação
do meio marinho. Isto
permitirá fornecer informações
fiáveis para apoiar a ação política
regional, nacional e internacional
em áreas do Atlântico Norte, que
atualmente não dispõem de uma
espécie indicadora eficaz sobre
o estado da contaminação por
plástico particulado no ambiente
marinho. A equipa envolvida
neste estudo reforça que não foi
utilizada nenhuma prática invasiva
para a recolha dos dados. Os
juvenis de cagarro são afetados
por poluição luminosa em zonas
22 criativa magazine - abril 2024
criativa magazine - janeiro 2024
23
criativaDESIGN
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2013 | Diesel - 90 Cv | 132.262 KM
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SAÚDE ÓTICA
UM PROBLEMA DE VISÃO, NAS CRIANÇAS, PODE
PASSAR DESPERCEBIDO MUITO FACILMENTE.
Para garantir que
qualquer dificuldade
seja identificada
precocemente
e tratada
adequadamente,
é recomendado
realizar consultas
de optometria aos 6
meses, aos 2 anos e
aos 4 anos.
Artigo elaborado com suporte em:
INSTITUTOPTICO
www.institutoptico.pt
Um problema de visão, nas crianças,
pode passar despercebido
muito facilmente. Para garantir
que qualquer dificuldade seja
identificada precocemente e tratada
adequadamente, é recomendado
realizar consultas de
optometria aos 6 meses, aos 2
anos e aos 4 anos.
Sinais e comportamentos de
alerta:
Quando a criança sente a necessidade
de aproximar em demasia
os objetos;
Apresentação das pálpebras
descaídas, num ou em ambos os
olhos;
Esfregar, frequentemente os
olhos em situações diversas;
Olhos com coloração vermelha;
Pupilas brancas;
Sensibilidade excessiva à luz;
Dificuldades de aprendizagem.
Alterações Oftalmológicas mais
frequentes na infância:
Estrabismo – Ambliopia – Astigmatismo
– Hipermetropia – Miopia
Agende uma consulta para o seu
pequenino no Institutoptico mais
perto de si!
24 criativa magazine - abril 2024 criativa magazine - abril 2024
25
CAMPEONATO DOS AÇORES DE RALIS DE 2024
XXVI ALÉM MAR RALI TAC
PRIMEIRO TRIUNFO DO ANO PARA
RÚBEN RODRIGUES
O campeão em título, Rúben Rodrigues, acompanhado pelo navegador amarantino
António Costa, ao volante do Skoda Fabia RS Rally2 da Auto Açoreana Racing,
venceu o XXVI Além Mar Rali TAC, a primeira prova do
Campeonato dos Açores de Ralis de 2024.
A nova temporada de automobilismo
no Açores iniciou-se com a disputa
do Além Mar Rali TAC na ilha Terceira.
O calendário do Campeonato dos
Açores de Ralis de 2024 foi profundamente
alterado em relação ao ano
de 2023. O Azores Rallye que normalmente
era o primeiro evento da época
passou para último. Desta forma,
houve necessidade de reformular
a calendarização das provas, o que
obrigou a não dividir o campeonato
pelas fases de terra e de asfalto.
Assim, o Terceira Automóvel Clube
Renato Carvalho
António Bettencourt
voltou a abrir a temporada, segue-
-se o Rali Ilha Azul no Faial, em pisos
de terra, depois será a vez do Grupo
Desportivo Comercial colocar na
estrada o Além Mar Rali, no mesmo
tipo de estrada. Após uma pausa superior
a um mês, as equipas rumam
até Santa Maria para a realização do
rali da ilha do Sol como é habitual em
vias de asfalto. Em Setembro, a caravana
regressa à ilha Terceira para
mais uma edição do Rali Ilha Lilás.
Passado aproximadamente um mês,
os correntes visitam a ilha do Pico
para disputarem o Picowines Rali. O
campeonato termina com mais uma
edição do Azores Rallye marcado
para 15 e 16 Novembro.
Os candidatos à vitória voltaram a ser
os mesmos do último rali da época
passada. O campeão em título, Rúben
Rodrigues, trocou o Skoda Fabia
R5 Evo pelo mais recente modelo da
Skoda, o Fabia RS Rally2, estreado no
primeiro rali do Campeonato de Portugal
de Ralis, o Rali Serras de Fafe.
Outra novidade foi a troca de navegador,
assim o experiente co-piloto
ta R5, a 23,5 segundos do líder.
Na manhã de sábado foram realizadas
quatro provas de classificação e
Rúben Rodrigues venceu todas, o que
fez aumentar para 35,1 segundos o
avanço sobre Luís Miguel Rego. No
terceiro lugar continuava Bruno Amaral
a 2m16,1 do comandante.
No primeiro troço da tarde, Luís Miguel
Rego foi mais rápido 0,1 segundos
do que Rúben Rodrigues. Todavia,
o piloto do Skoda Fabia preto
venceu as restantes três provas de
classificação e terminou o rali com
54,3 segundos de avanço sobre o piloto
do Team Além Mar. A supremacia
do piloto da Auto Açoreana Racing foi
mais do que evidente já que ganhou
nove dos dez troços previstos, além
de que comandou do princípio ao fim.
À partida, Luís Miguel Rego sabia que
CAMPEONATO DOS AÇORES DE RALIS 2024
tinha pela frente uma árdua tarefa, a
diferença de equipamento é notória e
reflete-se nos tempos averbados.
O último lugar do pódio voltou a ser
ocupado por Bruno Amaral. Rodou
neste patamar do início até ao final
do rali.
Na categoria reservada aos Veículos
de 2 Rodas Motrizes, o triunfo coube
ao regressado Rafael Botelho navegado
por Rui Raimundo, num Peugeot
208 Rally4, que conquistaram o
quarto posto da classificação geral.
Na quinta posição ficou a equipa da
ilha do Faial, Filipe Marques e Edgar
Silva em Peugeot 208 R2, que foram
os primeiros classificados do Troféu
de Ralis de Asfalto dos Açores.
A próxima prova é o Rali Ilha Azul, na
ilha do Faial, marcado para os dias 24
e 25 de Maio de 2024.
P PILOTO 1 2 3 4 5 6 7 PTS
1º Rúben Rodrigues 28 28
2º Luís Miguel Rego 22 22
3º Bruno Amaral 18 18
4º Rafael Botelho 14 14
5º Filipe Tavares 12 12
6º André Simas 10 10
7º Fábio André Silva 8 8
8º Emanuel Garcia 6 6
9º Décio Gonçalves 4 4
10º Paulo Silva 2 2
1 Além Mar Rali TAC 2 Rali Ilha Azul - Cidade Mar 3 Além Mar Rali 4 Explore Santa
Maria Rally 5 Além Mar Rali Ilha Lilás 6 Picowines Rali 7 Azores Rallye
amarantino António Costa ocupou o
lugar deixado vago por Estevão Rodrigues.
O Team Além Mar manteve
a mesma estrutura já vista na época
transacta, ou seja Luís Miguel Rego
continua ao volante do Skoda Fabia
R5 Evo e Bruno Amaral participa novamente
com o Ford Fiesta R5. De
salientar a falta da equipa da Play Racing
e do habitual piloto madeirense
Filipe Pires. Por curiosidade, de referir,
que nenhum piloto participou com o
carismático Mitsubishi Lancer.
A equipa técnica do Terceira Automóvel
Clube montou um rali com dez
provas de classificação divididas por
cinco troços diferentes. A novidade
foi que a partida, a chegada e os dois
primeiros troços foram realizados na
cidade da Praia da Vitória.
Marcada para a noite de sexta-feira,
a primeira prova de classificação
demonstrou o que poderia ser o rali.
Rúben Rodrigues foi o mais rápido
com uma vantagem de quase seis
segundos sobre o seu principal opositor,
Luís Miguel Rego acompanhado
por José Janela no Skoda Fabia R5
Evo, do Team Além Mar. Na segunda
passagem, o piloto da Auto Açoreana
Racing voltou a vencer e a diferença
para Luís Miguel Rego passou
para 10 segundos. A terceira posição
era ocupada pela segunda equipa do
Team Além Mar constituída por Bruno
Amaral e Paulo Silva, no Ford Fies-
26 criativa magazine - abril 2024
criativa magazine - abril 2024
27
EXERCÍCIO FÍSICO
pela sua SAÚDE
CELSO TAVARES - TÉCNICO ESPECIALISTA
EM EXERCÍCIO FÍSICO
#saidosofá
CRIANÇAS E JOVENS EM AÇÃO!
Carlos Costa
O complexo desportivo do Lajedo
foi palco da 16.ª edição do
International Football Tournament
- Azores U11, iniciativa organizada
pelo Clube União Micaelense.
Perto de quatro mil passaram
pelo recinto, que contou nesta
edição com a presença de 32
equipas, 13 das quais da ilha de
São Miguel, duas da Madeira,
sete do continente português,
três dos Estados Unidos da América,
duas da Austrália e uma das
Bermudas, do Canadá, de Cabo
Verde, de Malta e de Itália.
Foram cerca de 650 os jovens
atletas inscritos neste torneio
que merece aplausos pela excelente
organização e ambiente
festivo que resultou nos momentos
de intervalo das provas.
É de registar como o Desporto,
e no caso o futebol, agrega bastantes
crianças e jovens, fazendo
destacar que o exercício físico
pode e deve ser incremetado
desde muito cedo.
Deixamos o registo positivo e a
vontade de que outras iniciativas
do género possam decorrer
nos Açores, quiçá podem ser um
chamariz para que mais crianças
se ‘aventurem’ numa prática
desportiva, cujos benefícios são
mais do que muitos.
28
criativa magazine - abril 2024
criativa magazine - abril 2024 29
MARCA CHEZ SÓNIA CONQUISTA
PRÉMIO “CINCO ESTRELAS REGIÕES”
DR
Obteve o Prémio Cinco Estrelas
Regiões - Açores - na categoria
de Private Chef com um nível de
satisfação global de 90%. A Chef
Sónia Melo explica a metodologia
da atribuição desta distinção e o
seu compromisso para proporcionar
aos seus clientes as melhores
experiências.
“O Prémio Cinco Estrelas Regiões
é muito mais do que uma simples
distinção. É um selo de qualidade
baseado numa metodologia rigorosa,
que avalia produtos, serviços
e marcas em Portugal durante
todo o ano. E o melhor de tudo?
Os consumidores também têm
voz ativa neste processo. Após
meses de avaliação minuciosa,
nada menos que 454.000 consumidores,
contribuíram para avaliar
1.036 marcas em todo o país
e a nossa marca CHEZ SÓNIA foi
Selecionada como uma das 128
vencedoras regionais por 2035
consumidores! Isto coloca-nos
num grupo seleto de marcas que
são reconhecidas pela excelência
e pelo alto nível de satisfação que
proporcionamos aos consumidores,
elevando desta forma o Arquipélago
dos Açores!
Este é um grande feito que certamente
destaca a excelência
do nosso trabalho, o empenho
e o nível de satisfação dos nossos
clientes. Este reconhecimento
não só reforça a qualidade do
nosso serviço, como também irá
ter um impacto significativo e
positivo na minha vida profissional.
Irá impulsionar a reputação e
credibilidade da nossa marca no
mercado, atraindo mais clientes e
aumentando a nossa visibilidade
fora da região.
Para preservar a qualidade que
nos levou à distinção, é essencial
continuar a aprimorar as nossas
competências e manter os padrões
de excelência e exigência
dos nossos clientes. Priorizamos
uma comunicação transparente,
uma comunicação clara e
aberta para garantir que as suas
expectativas sejam atendidas e
que qualquer problema seja resolvido
rapidamente. No final de
cada serviço, saímos de coração
cheio e como se fossemos todos
da mesma família. Iremos continuar
a solicitar o feedback dos
nossos clientes para entender o
grau de satisfação e onde poderá
haver oportunidades de melhoria,
pois irá ajudar a manter um alto
padrão de satisfação do cliente.
Vamos manter-nos atualizados
com as tendências culinárias,
técnicas de cozinha e novos ingredientes
para desta forma expandir
os nosso conhecimentos
e competências.
Inovação e experiência irão andar
de mãos dadas. Vamos explorar
novas combinações de sabores,
técnicas de preparação e apresentação
para manter o nosso
serviço jovem e exclusivo para
quem o procura.
Comprometemo-nos com os ingredientes
locais, frescos, sazonais
e de alta qualidade. Isto não
apenas melhora o sabor dos pratos,
mas também demonstra o
nosso compromisso com a excelência
e requinte”.
com:
Carlos Melo Bento
ADVOGADO
É válido, no nosso país, para todos os crimes,
independentemente da sua natureza e/ou
gravidade, a prescrição dos mesmos?
Quanto a prazos, quais são eles?
Há dois tipos de prescrição que
não têm exceções em qualquer
tipo de processo, existem sempre:
a.- A do processo em si, antes
de ser julgado, e
b.- A prescrição da pena aplicada
após o julgamento do
processo.
Agora, a prescrição pode suspender-se
por várias razões que acabam
por dar o mesmo resultado
de uma exceção, como é o caso
da contumácia, durante a qual os
prazos não correm.
A contumácia dá-se quando o arguido
desaparece e o juiz declara
essa situação que lhe suspende
uma série de direitos. E também
se extingue a pena com a morte
do arguido, amnistia, perdão genérico,
e indulto.
Os prazos são muitos e variados.
Resumindo:
Prescrição dos processos antes
do julgamento:
1.- 15 anos para os crimes
com pena máxima superior a
10 anos de prisão.
2.- 10 anos quando a pena
máxima for entre 5 e 10 anos.
3.- 5 anos para penas entre 1
ano e 5 anos.
4.- 2 anos para os restantes
casos.
Prescrição das penas, depois
de decretadas em julgamento
final:
1.- 20 anos se forem penas
superiores a 10 anos de prisão.
2.- 15 anos se forem penas
iguais ou superiores a 5 anos
de prisão.
3.- 10 anos se forem penas
iguais ou superiores a 2 anos
de prisão.
4.- 4 anos nos casos restantes.
Mas há muitas exceções a estas
regras que só caso a caso
podem ser examinadas.
NOTE BEM: estes pequenos conselhos não dispensam a consulta a um advogado. Pois, cada caso é um caso e, para se
dar um conselho, é preciso saber muitos detalhes que não cabem nas perguntas que me são feitas.
30 criativa magazine - abril 2024 criativa magazine - abril 2024
31
SAÚDE AUDITIVA
confie em quem lhe
dá assistência!
Faça como a
Alexandra
Lencastre
Quais são as causas de perda de audição?
Existem muitas causas diferentes de perda auditiva.
Algumas são provocadas pelo mundo que nos
rodeia: maquinaria barulhenta, música alta, tiros,
explosões, rugido de motos e aviões, etc.
Algumas outras causam podem vir de ‘dentro de
nós’, incluindo a perda auditiva causada pelos efeitos
colaterais de medicação ou infeções no ouvido.
Porém, as causas mais comuns de perda auditiva
têm que ver com o envelhecimento normal.
Faça um rastreio auditivo e saiba como está a sua
saúde auditiva.
A perda de audição pode afetar
os seus relacionamentos?
Os sintomas de perda auditiva podem ser mal interpretados
pelos seus colegas de trabalho e entes
queridos. Quando você não responde imediatamente
ao que eles estão dizendo, eles podem pensar
que você não está prestando atenção ou que
não está apenas interessado no seu ponto de vista.
Os eventos sociais tornam-se menos agradáveis
quando se vive com perda auditiva. Pode ser difícil
entender o que está sendo dito quando há muito
ruído em segundo plano.
1 em 6 adultos possuem algum grau
de perda auditiva!
Imagine estar a jantar num restaurante movimentado.
No fundo, existe barulho de pratos, cadeiras
arrastadas, pessoas falando e rindo. Você está esforçando-se
para acompanhar o que está acontecendo
na sua mesa, e o esforço de fazer isso está
começando a fazer-se sentir mais e mais cansado.
Eventualmente, você começa a fingir que pode ouvir.
Acena com a cabeça, parece interessado e ri
com a multidão, mesmo que não tenha entendido
as brincadeiras.
Começa a sentir-se deixado de fora. Quando sai
do restaurante tem uma dor de cabeça palpitante,
desapontamento e não pretende repetir a experiência
tão cedo. Pense sobre essas situações diárias e
sobre como elas o afetam, faça um rastreio auditivo
gratuito e previna estas situações.
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*Chamada para rede fixa nacional
**Chamada para rede móvel nacional
**
*
OLHAR CRIATIVO
DESAFIO MENSAL COM O TEMA:
“RENASCER”
2º Lugar - “Survivor”
Sissa Madruga
1º Lugar - “É preciso morrer para nascer de novo”
Nelson Raposo
ESTAS PÁGINAS SÃO DEDICADAS AO OLHAR DOS ENTUSIASTAS QUE, COM A ASSOCIAÇÃO
DE FOTÓGRAFOS AMADORES DOS AÇORES, PROMOVEM DE FORMA APAIXONADA A
FOTOGRAFIA E A ARTE DE FOTOGRAFAR NOS AÇORES, DESDE 2007.”
Coordenação: Paulino Pavão
Edição:
3º Lugar - “O renascer do Ser”
José Maria Sousa
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478.º ANIVERSÁRIO DA CIDADE
DE PONTA DELGADA
CMPD
O município de Ponta Delgada atribuiu, no seu 478.º aniversário, 28 distinções.
Destaque para a atribuição da mais alta distinção honorífica municipal, este ano
entregue a Carlos César e a Manuel Arruda.
Para além destas, foram atribuídas a Medalha de Ouro; Diploma de Cidadão
Honorário; Medalha de Mérito e o Diploma de Reconhecimento a personalidades,
em vida e a título póstumo, e empresas e instituições que, “com o seu
contributo de valor incontornável, elevaram e elevam Ponta Delgada a elevados
índices de excelência na região.”
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EVENTOS
INAUGURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO
“A WORK IN PROGRESS, 1973 - 2023”,
DE ALFREDO CUNHA
José Maria Sousa
Alfredo Cunha expõe pela primeira vez nos Açores a convite da
AFAA - Associação de Fotógrafos Amadores dos Açores, numa
parceria com a Leica Porto e com o Arquipélago – Centro de
Artes Contemporâneas.
Nesta retrospetiva, o autor apresenta 50 anos de fotografias,
com temas que vão desde o Portugal profundo ao atual, de
África ao Médio Oriente, dos grupos militares às manifestações,
e dos retratos ao quotidiano. Um conjunto de momentos
que nos tocam os sentidos e que encerram muitas histórias.
A exposição, com a curadoria de Paulo Silveira, está patente nas
caves do Arquipélago, na Ribeira Grande, até 12 de maio.
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ALDEIA DA PÁSCOA
EM PONTA DELGADA
CMPD
Ponta Delgada recriou um ambiente festivo pascal
especialmente dedicado aos mais pequenos. Tratou-
-se da Aldeia da Páscoa recriada pela Rede Municipal
de ATL, com figuras de grandes dimensões alusivas à
Páscoa, e que foi possível de admirar no Jardim Padre
Sena Freitas.
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41
EXPOSIÇÃO DAS CAMÉLIAS
ALCANÇA 20ª EDIÇÃO
CM Povoação
A celebrar 20 anos, a exposição de Camélias, que
anualmente ocorre na freguesia das Furnas, este ano
contou com mais de duas dezenas de variedades
desta espécie floral.
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EXPOSIÇÃO COLETIVA DE
PINTURA “PRIMAVERA”
NO MUSEU MUNICIPAL
CMRG
O Museu Municipal da Ribeira Grande acolhe a exposição
coletiva de pintura “Primavera”, que surgiu na sequência
de um projeto artístico que decorre desde novembro
de 2023 e que terá continuidade até junho de 2024.
Esta primeira mostra de trabalhos conta com a participação
de oito artistas e estará patente até ao dia 21 de junho,
no Museu Municipal.
“DUETO DE
HISTÓRIAS”
NA LAGOA
CM Lagoa
O projeto “Sábado em Família” da
Biblioteca Municipal Tomaz Borba
Vieira, na Lagoa, acolheu uma sessão
intitulada “Dueto de Histórias”, que
contou com a participação de Alda
Casqueira e Rosa Cardoso, destinada
a um público infantil.
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III EDIÇÃO DO “POVOAÇÃO TRAIL”
Ricardo Costa / CM Povoação
O espanhol Agustín Luján Maldonado, da Team HG AML Sport, foi
o grande vencedor do Ultra, etapa inserida na 3ª edição do “Povoação
Trail”. Em 2º lugar ficou Luís Duarte, da ADN Mértola, e em 3º Énio
Dino Freitas Castro, do Clube Desportivo Recreativo Porto Moniz. No
pódio feminino ficou Gemma Arenas Alcazar, da Team HG AML Sport,
em primeiro lugar; Inês Marques, da Salomon Caravela Portugal, em
segundo; e Célia Neto, do Olímpico Vienense, em terceiro. Já na prova
do Trail Longo os vencedores foram Tiago Nobre Vieira, do Furfor Running
Project; Bruno Nunes, dos Marienses Runners; e Eugénio Medeiros,
do Clube Desportivo de Vila Franca.
Agenda sujeita a eventuais alterações.
“NORDESTE MOTORES - RAMPA DA
TRONQUEIRA - RALLY SPRINT”
JUNTO AOS SERVIÇOS FLORESTAIS DO
NORDESTE
CONCERTO COM “OS QUATRO E MEIA”
COLISEU MICAELENSE
14 A
19 e
20
ABRIL
partir das 13h30
ABRIL
21h00
CONCERTO PELA “SINFONIETTA DE
PONTA DELGADA”
TEATRO MICAELENSE
20
ABRIL
21h30
FESTA DA FLOR
RIBEIRA GRANDE
26 a
28
ABRIL
CONCERTO COM KATIA GUERREIRO
COLISEU MICAELENSE
ABRIL
27 21h00
EXPOSIÇÃO COLETIVA “PRIMAVERA”
MUSEU MUNICIPAL DA RIBEIRA GRANDE
até
21
JUNHO
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ENCONTROS DE PARTICIPAÇÃO
PÚBLICA DO OP DE PONTA DELGADA
JÁ COMEÇARAM
Os encontros de participação pública
da 8.ª edição do Orçamento Participativo
de Ponta Delgada decorrem de 4 a
30 de abril, promovendo uma vez mais a
democracia participativa e a verdadeira
cidadania.
O Orçamento Participativo de Ponta Delgada
é uma iniciativa com cariz deliberativo,
que se desenvolve através de um processo
democrático que permite a qualquer
pessoa, com idade igual ou superior a 16
anos, apresentar propostas, debater, priorizar
e votar nos projetos que pretenda ver
concretizados no concelho, pelo município.
JOVENS DAS FILARMÓNICAS
DO NORDESTE EM FORMAÇÃO
A Banda da Zona Militar dos Açores esteve no
Nordeste nas férias letivas da Páscoa para um
workshop de música com 50 jovens das três filarmónicas
deste concelho.
O workshop é promovido pelo município do
Nordeste, contando com a colaboração da Escola
Básica e Secundária do Nordeste.
Assim, os jovens músicos das filarmónicas estiveram
a aperfeiçoar e a adquirir outros conhecimentos
com músicos profissionais, havendo no
último dia do workshop, como já é habitual, um
concerto de encerramento aberto ao público.
ZONA NOTE DA BAÍA DE STA. CRUZ VAI SER
REQUALIFICADA
A zona norte da Baía de Santa Cruz vai ser,
brevemente, requalificada. Com a conclusão e
inauguração da 2.º fase de intervenção na zona
sul da Avenida do Mar, onde o foco foi a criação
de estruturas e condições para a sua utilização
como zona balnear, a edilidade pretende agora
dar início à valorização da zona norte. Nesse
âmbito, foram apresentados 4 projetos para
esta requalificação, sendo que, o projeto vencedor
é da autoria do arquiteto Luís Miguel Inglês
dos Anjos, que assenta na transformação
destes terrenos em Parque Urbano.
Esta proposta resulta do concurso realizado
em parceria entre a edilidade lagoense e
a Secção Regional dos Açores da Ordem dos
Arquitetos, para prestação de assessoria
técnica na organização e realização de um
procedimento de seleção prévia.
SOFIA RIBEIRO EM REUNIÃO
COM ESCOLAS
A Secretária Regional da Educação, Cultura
e Desporto, Sofia Ribeiro, anunciou que
vai iniciar uma ronda de reuniões com cada
conselho pedagógico das unidades orgânicas
da Região, para aferir “o grau de burocracia
considerada desnecessária”.
A titular da pasta da Educação explica que
muitas dessas dinâmicas estão relacionadas
com “práticas de há longa data”,
sendo “consideradas como necessárias
por indicação centralizada” não havendo,
no entanto, “normativos que o definam”.
Para Sofia Ribeiro, é necessário “fazer-se
um trabalho de proximidade com cada
Unidade Orgânica”, para que se possa
“aferir que procedimentos são percecionados
como mais burocráticos e qual o
nível da responsabilidade da sua definição”
para que possam ser determinados
“procedimentos mais eficazes”.
GOVERNO DOS AÇORES ASSOCIOU-SE
À INICIATIVA “HORA DO PLANETA”
O Governo Regional dos Açores participou
na iniciativa “Hora do Planeta”, um evento
global que se realiza anualmente, que apela
a que se desliguem por uma hora as luzes
em todos os ser serviços e monumentos
públicos e em todas as casas particulares.
A Presidência do Governo dos Açores associou-se
à ação, desligando, na referida
hora, a iluminação dos palácios da Conceição
e de Sant’Ana, em Ponta Delgada, e dos
Capitães-Generais, em Angra do Heroísmo.
INAUGURAÇÃO DO PROJETO “CRESCER
SAUDÁVEL E FELIZ” NO PICO DA PEDRA
O presidente da Câmara Municipal da Ribeira
Grande, Alexandre Gaudêncio, inaugurou o
projeto vencedor da vertente concelhia do Orçamento
Participativo Jovem, na freguesia do
Pico da Pedra.
O projeto “Crescer Saudável e Feliz”, proposto
por Margarida Medeiros, Diana Alves e André
Couto, teve como propósito dotar a freguesia de
espaços equipados com estruturas dedicadas
ao lazer e à atividade física para crianças e jovens
de diferentes faixas etárias.
WORKSHOP DE CESTARIA EM VIMES
A Câmara Municipal de Lagoa organizou
um workshop de cestaria em vimes, com
o artesão Alcídio Andrade. A iniciativa tem
como intuito dotar os formandos do conhecimento
de técnicas de entrelaçados
usadas nos trabalhos de vime e do ciclo
vegetativo e característico desta fibra vegetal.
Trata-se de uma arte que recorre a
saberes antigos e técnicas transmitidas
de geração em geração.
O formador do workshop, Alcídio Andrade
é natural de Água de Pau, tendo aprendido
a arte de cestaria com o pai, João
Andrade, ambos residentes em Água de
Pau, e tem vindo não só a ministrar diversas
formações, na ilha, e por todo o
arquipélago dos Açores, mas também
a participar em diversas feiras de artesanato
no arquipélago, no continente e
no estrangeiro. Os seus trabalhos destacam-se
por executar peças tradicionais
e contemporâneas.
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ASTRÓLOGO
LUÍS MONIZ
rikinho-astro@hotmail.com
www.meiodoceu-com-sapo-pt.webnode.pt
SIGNO DO MÊS
CARNEIRO 21/03 A 20/04
Amor: a vida afetiva atravessa um período de franco
crescimento sentimental e tudo indica que vai querer
evidenciar o seu lado bastante apaixonado.
Trabalho: é a altura propícia para pôr em prática um
plano, que lhe traga benefícios económicos no futuro.
Espera-se que alcance os seus objetivos.
BALANÇA 23/09 A 22/10
Amor: rasgam-se novos horizontes realmente positivos.
Trata-se de uma etapa de renascimento em que tem
excelentes condições para renovar a sua vida.
Trabalho: preveem-se mudanças súbitas e inesperadas,
mas que fazem parte do seu percurso natural. Há a
possibilidade de promoções na área económica.
TOURO 21/04 A 20/05
Amor: a conjuntura proporciona-lhe a harmonia e a
tranquilidade necessárias para conseguir experienciar
momentos românticos no conforto do seu lar.
Trabalho: a ocasião é oportuna para evoluir em termos
laborais. Nesta perspetiva, supere os eventuais
obstáculos que possam surgir e siga em frente.
ESCORPIÃO 23/10 A 21/11
Amor: o seu relacionamento afetivo revela intensidade.
Está a experienciar uma longa temporada repleta de
sentimentos profundos e de fortes paixões.
Trabalho: avizinham-se transformações que lhe vão dar
uma sensação de alívio. No entanto, desempenhe todas
as suas funções com retidão e dedicação.
GÉMEOS 21/05 A 20/06
Amor: procure concentrar a sua atenção em assuntos
pessoais que lhe deem prazer, de maneira a poder
relaxar e estabelecer uma boa harmonia interior.
Trabalho: o aprofundamento intelectual, sobretudo
dirigido para a expansão do conhecimento, pode trazer-
-lhe a oportunidade de progredir na carreira.
SAGITÁRIO 22/11 A 21/12
Amor: possivelmente está a entrar numa vibração de
transição, que lhe vai trazer benesses. Todavia, aceite as
propostas da vida com muito otimismo.
Trabalho: surgem desafios inspiradores de modo que
renasce a esperança de concretizar os sonhos. Porém,
sinta a sua luz interna e aumente a sua fé.
CARANGUEJO 21/06 A 22/07
Amor: provavelmente acha difícil controlar as suas
emoções, mas mesmo assim mantenha uma atitude
serena e tente agir de forma bastante consciente.
Trabalho: durante esta fase marcada por alguns
acontecimentos imprevisíveis, siga a sua poderosa
intuição e seja prudente em questões financeiras.
CAPRICÓRNIO 22/12 A 19/01
Amor: vislumbra-se a necessidade de alterar
radicalmente o seu destino, de modo que vai mudar
tudo o que tem a ver com as rotinas do seu dia-a-dia.
Trabalho: alguns sinais do Universo indicam o seu
propósito de vida. Neste contexto, descubra as suas
aspirações sem medo de perder a estabilidade.
LEÃO 23/07 A 22/08
Amor: sente que há uma grande cumplicidade entre
ambos os membros do casal. Aproveite esta excelente
energia para consolidar a sua relação amorosa.
Trabalho: chegou ao fim um ciclo conturbado e começa
uma época auspiciosa. Contudo, cabe a si tomar
iniciativas compatíveis com os seus interesses.
AQUÁRIO 20/01 A 18/02
Amor: as suas intenções definem os segredos
escondidos entre os seus pensamentos, mas use a sua
perspicácia e encontre os seus valores Espirituais.
Trabalho: finalmente começa a sentir uma nova
vitalidade, que lhe dá a impressão de que a vida ganha
um ritmo mais de acordo com as suas exigências.
VIRGEM 23/08 A 22/09
Amor: a sua postura demasiado crítica e exigente pode
provocar problemas no ambiente familiar ou social.
Neste sentido, altere o seu comportamento.
Trabalho: deve fortalecer os laços de amizade com
alguém que lhe ajude a materializar as suas ideias. Os
contactos estão particularmente protegidos.
PEIXES 19/02 A 20/03
Amor: acredite no seu potencial e coloque em ação todas
as suas habilidades inatas. Por outro lado, avance e
nunca duvide dos seus dotes artísticos.
Trabalho: execute uma gestão sensata do seu património
e afaste despesas e investimentos arriscados. Agora é
tempo de preparar um futuro próspero.
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