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RBS Magazine ED 58

• 2024 - A Solidificação do Mercado GD Solar Brasileiro Números e Oportunidades • Entrevista com Guto Silva, secretário do Planejamento do Estado do Paraná • Entrevista com Priscila Marzullo, Managing Director da AXIAL • Entrevista com Eduardo José Bragança Lopes • Os maiores desafios de vender no agronegócio • A indústria como estratégia de desenvolvimento • Retrospectiva Eventos do Grupo FRG

• 2024 - A Solidificação do Mercado GD Solar Brasileiro Números e Oportunidades • Entrevista com Guto Silva, secretário do Planejamento do Estado do Paraná • Entrevista com Priscila Marzullo, Managing Director da AXIAL • Entrevista com Eduardo José Bragança Lopes • Os maiores desafios de vender no agronegócio • A indústria como estratégia de desenvolvimento • Retrospectiva Eventos do Grupo FRG

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ENTREVISTA EXCLUSIVA COM GUTO SILVA

- Secretário de Planejamento do Governo do Paraná

Vol. 07 - Nº 58 - MAR/ABR 2024

www.revistabrasilsolar.com

Região frase Sul de desponta chamada na

liderança de energias renováveis

ISSN 2526-7167



Editorial

Olá, Leitores da RBS Magazine.

Estamos indo para o quarto mês do ano de 2024 e a 58ª Edição da RBS

Magazine está com diversas entrevistas, artigos e novidades ao integrador que

quer se manter informado sobre o mercado solar.

A geração centralizada alcança 13 GW de usinas instaladas, prioritariamente

em Minas Gerais, Bahia e outros estados do Nordeste, aproveitando o alto fator

de capacidade das localidades, onde o dia solar é mais uniforme e a irradiação

superior. Em relação a geração distribuída, a energia solar alcança 28,1 GW,

onde São Paulo ocupa o posto de estado com maior potência instalada, seguida

de Minas Gerais com o maior número de UCs que aproveitam o benefício da

energia solar, seguidos de Rio Grande do Sul e Paraná. Até o fechamento desse

editorial, o Brasil soma a expressiva marca de 41,2 GW instalados e em operação,

gerando economia e empregos, bilhões na economia e fortificando a matriz

energética renovável que é referência para o mundo inteiro.

Nesta edição, a RBS Magazine tem uma entrevista exclusiva com o Secretário

do Planejamento do Governo do Paraná, Guto Silva, onde destaca os números

da geração renovável do estado e as oportunidades que as energias renováveis

têm trazido a todos que desejam investir nesse setor.

Já na Entrevista do Editor desta edição, vou conversar com o sócio fundador

do grupo de indústrias INOX-PAR, que também é diretor da indústria Brasil

pela Associação Brasileira de Geração Distribuída e um exemplo de ser humano,

Eduardo Bragança, onde fala sobre o setor e ações que promove para o bem da

sociedade.

Também apresentamos a entrevista com o presidente da FIEP, Edson Vasconcelos,

onde ele apresenta como a indústria tem um papel estratégico para o

desenvolvimento do país e, também, um artigo com o SEBRAE-PR apresentando

as diversas iniciativas voltadas ao desenvolvimento de soluções inovadoras, a

partir da cooperação em um ecossistema empreendedor.

Apresentamos a estruturação do Laboratório para Pesquisas de Biogás e

Biometano da TECPAR, onde é um forte avanço para aqueles que trabalham no

aproveitamento de resíduos, tanto de matéria orgânica vegetal ou animal, voltados

a serem usadas como fonte de energia limpa.

Também nesta edição, temos pautas voltadas a sistemas híbridos, DPS,

agrosolar e afins. Todos os temas pertinentes para as empresas do setor solar

se manterem atualizadas e verem as melhores oportunidades para novos negócios.

Então, aproveitem de forma plena a 58ª edição da RBS Magazine, onde traz

um material de alta qualidade e voltado aos empresários do setor de energia.

Que todos tenham uma boa leitura e até mais!

Tiago Cassol Severo – Editor RBS Magazine

Expediente

Curitiba - PR – Brasil

www.revistabrasilsolar.com

EDIÇÃO

FRG Mídia Brasil Ltda.

CHEFE DE EDIÇÃO

Tiago Cassol Severo

JORNALISTA RESPONSÁVEL

Stephanie Romero

DIREÇÃO COMERCIAL

Tiago Fraga

COMERCIAL

Claudio Fraga, Luan Ignacio Dias

e Klidma Bastos

COMITÊ EDITORIAL

Colaboradores da edição

DISTRIBUIÇÃO

Carlos Alberto Castilhos

REDES SOCIAIS

Nicole Fraga

EDIÇÃO DE ARTE

Vórus Design e Web

www.vorusdesign.com.br

CAPA

Carolina Corral Blanco

APOIO

ABGD / TECPAR / WBA - Associação Mundial

de Bioenergia Solar / Instituto BESC / CBCN

/ Portal Brasileiro de Energia Solar / NEEAL

- Núcleo de Estudo em Energia Alternativa /

ABEAMA

DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA

Empresas do setor de energia solar

fotovoltaica, geração distribuída e energias

renováveis, sustentabilidade, câmaras

e federações de comércio e indústria,

universidades, assinantes, centros de

pesquisas, além de ser distribuído em grande

quantidade nas principais feiras e eventos do

setor de energia solar, energias renováveis,

construção sustentável e meio ambiente.

TIRAGEM: 5.000 exemplares

VERSÕES: Impressa / eletrônica

PUBLICAÇÃO: Bimestral

CONTATO: +55 (41) 3225.6693 - (41) 3222.6661

E-MAIL: contato@grupofrg.com.br

COLUNISTAS/COLABORADORES

Guto Silva, Priscila Marzullo, Eduardo J. B.

Lopes, Carlos Andriolli, Edson Vasconcelos

índice

04

10

16

20

26

36

42

2024 - A Solidificação do Mercado GD Solar

Brasileiro Números e Oportunidades

Entrevista com Guto Silva, secretário do

Planejamento do Estado do Paraná

Entrevista com Priscila Marzullo, Managing

Director da AXIAL

Entrevista com Eduardo José Bragança Lopes

Os maiores desafios de vender no agronegócio

A indústria como estratégia de desenvolvimento

Retrospectiva Eventos do Grupo FRG

A Revista RBS é uma publicação do

Para reprodução parcial ou completa das

informações da RBS Magazine - Revista Brasil Solar

é obrigatório a citação da fonte.

Os artigos e matérias assinados por colunistas e

ou colaboradores, não correspondem a opinião

da RBS Magazine - Revista Brasil Solar, sendo

de inteira responsabilidade do autor.

RBS Magazine 3


Artigo do Editor

2024 - A Solidificação do

Mercado GD Solar Brasileiro

Números e Oportunidades

Por: Tiago Cassol Severo, Professor da Universidade de Caxias

do Sul e Diretor Executivo da CGP Engenharia & Consultoria

RESUMO

Para o mercado de Geração Distribuída Solar (GD-Solar), os anos de vigência da RN 482 foram de crescimento exponencial, onde o número

de instalações, a potência instalada e o número de empresas e profissionais atuantes no setor aumentaram de forma significativa.

Com a Lei 14.300 e os atrasos da ANEEL em definir pontos importantes da nova legislação fizeram o ano de 2023 conturbado, tanto para

investidores, empresas e concessionárias de energia o que resultou em um resfriamento aparente do setor solar. Mesmo assim, o ano de

2024 tende a ser um ano de solidificação do mercado com a maior compreensão da legislação, entrada de novas tecnologias e oportunidades

e a maior qualificação do setor como um todo. Assim, este artigo tem a missão de trazer algumas análises dos números da GD Solar

e tendências de mercado com o objetivo de orientar como empresas podem se preparar e organizar para o ano vigente.

O QUE NOS DIZ OS NÚMEROS

DO MERCADO SOLAR

As perspectivas brasileiras para

o setor solar são otimistas e há a

previsão de sólidos incrementos na

instalação de sistemas fotovoltaicos,

tanto em nível de geração distribuída

(GD) como em geração centralizada

(GC) até 2030, o que mudará fortemente

a geração de energia elétrica

no país. O Brasil possui mais de 93

milhões de unidades consumidoras

(UC) e apenas um pouco mais de 2,4

milhões dessas UCs possuem energia

solar em seus telhados, o que mostra

um forte mercado disponível para a

GD.

Além disso, as previsões para os

próximos anos são da inclusão de,

pelo menos, mais 132 GW solares na

GC, onde resultarão em bilhões em

investimentos e uma forte necessidade

de recursos humanos para esta

empreitada. Na Figura 01 é apresentada

a distribuição da potência solar

instalada tanto no modelo GD, como

no modelo GC no Brasil.

Figura 01. Potência Solar GC e GD

no Brasil até fevereiro de 2024.

Referência: ANEEL, 2024.

A atual bandeira do Governo Federal

é de transição energética onde

poderá promover novos projetos de

lei voltados ao setor de energia renovável

ou nichos específicos da sociedade,

como optantes do Minha

Casa, Minha Vida ou ações específicas

aos produtores rurais, onde o

setor de energia aguarda tais opções

de forma ansiosa. Somado a isso, se

a economia começar a apresentar

sinais de retomada sustentável, a

escolha pela energia solar e usinas

de investimento serão consideradas

um atrativo de curto prazo e de boa

rentabilidade. Um ponto que reforça

essa reflexão são as taxas de juros

que tem apresentado redução

consistente até a submissão deste

artigo, onde as previsões do Banco

Central estimam uma taxa de juros

de 9,0% até o final de 2024, o que faria

o financiamento solar voltar a ter

força nos projetos GDs de todas as

categorias.

As faturas de energia elétrica irão

sofrer reajustes em 2024 por diversos

fatores, como inflação, ajustes na

carga tributária e afins, o que irá reforçar

a ideia que investir em energia

solar sempre será um bom negócio.

Problemas na liberação dos projetos

GD Solar com as concessionárias

4

RBS Magazine


TECNOLOGIAS PARA

ATENDER CADA

NECESSIDADE

Nascida na Alemanha

Líder de Produção

A AE Solar TIER 1 concentra-se na fabricação de

módulos fotovoltaicos com excelente qualidade e alta

tecnologia. A empresa é uma das marcas líderes e

premiadas do mercado de energias renováveis,

oferecendo soluções em tecnologia fotovoltaica desde

2003.

Contamos com uma rede global de marketing e vendas

para proporcionar aos nossos clientes o acesso à

energia limpa e promover seus valores fundamentais:

ESTABILIDADE, DURABILIDADE e CONFIABILIDADE.

Série Aurora eleita “2023 Top Performer” pelo PVEL (PV Evolution Labs)

A Empresa foi fundada pelo Dr. Alexander Maier e seus

irmãos em Königsbrunn na Alemanha. Em seus 20 anos de

existência, a AE Solar tem continuado a avançar na

tecnologia e inovação, alcançando diversos marcos

memoráveis.

NOSSO PROPÓSITO

NOSSA MISSÃO É PROMOVER A TRANSIÇÃO ENERGÉTICA

PARA QUE TODA UNIDADE DE ENERGIA CONSUMIDA NO

MUNDO VENHA DE UMA FONTE RENOVÁVEL.

NOSSA VISÃO É PROGREDIR COMO REFERÊNCIA GLOBAL

EM SOLUÇÕES DE ENERGIA FOTOVOLTAICA, POR MEIO DE

PRODUTOS DE ALTA TECNOLOGIA E QUALIDADE.

ATENDER OS NOSSOS CLIENTES POR MEIO DE PRODUTOS

DE ALTA QUALIDADE, EFICIÊNCIA E CUSTO-BENEFÍCIO.

AURORA

ALTA DURABILIDADE

PRODUÇÃO DE ENERGIA

CONFIABILIDADE

mete r

menos degradação, mais potência

335W - 670W

Até 21.31% de eficiência

575W- 690W

Até 22.28% de eficiência

É hora de salvar o mundo!

Apresentação

AESOLAR Brasil

SAIBA MAIS

LISTA DE

PRODUTOS

Aplicativo

móvel AE Solar

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ORIGINALIDADE

DO PAINEL SOLAR

COM O CHIP NFC

RBS Magazine 5


Artigo do Editor

serão menores, mas não tendem a

desaparecer assim tão cedo, especialmente

enquanto o tema fluxo reverso

não ganhar uma total e consistente

regulação da ANEEL. Diversos

estados têm conduzido melhor a situação

de rejeição dos projetos solares

pelas concessionárias e, na maioria

deles, GD Solar na microgeração não

tem causado problemas maiores.

Mesmo assim, esse tema ainda irá

precisar ser debatido para que haja

limites na reprovação de projetos pelas

concessionárias e estar atento a

esse ponto será crucial as empresas

solares.

As indústrias chinesas continuam

entregando módulos solares

com preços competitivos ao mercado

mundial e os valores não tendem

a ter fortes oscilações. Entretanto,

há estimativas de uma demanda

mundial crescente na energia solar

o que poderá elevar os preços dos

equipamentos até o final de 2024.

Olhando mais ao mercado brasileiro,

as distribuidoras de kits solares

apresentam estoques cheios e valores

competitivos, mas há uma necessidade

de atenção com o quesito

ex-tarifário e possíveis variações

cambiais que poderão trazer alguns

reajustes nos equipamentos durante

o ano.

Olhando os números da GD Solar,

disponibilizados pela ANEEL, é

possível ter uma ótima avaliação de

como foi o comportamento das instalações

desde 2012, mas também

fazer uma comparação dos mesmos

dados limitando-os para os últimos

30 dias em que oferecem uma

noção do mercado de forma mais

instrutiva. Avaliando os dados fornecidos,

sempre é prudente fazer

análises de longo prazo e compará-

-las com as de curto prazo, inclusive

regionalizando os dados para estados

ou cidades. Na Figura 02 é apresentada

a comparação da potência

solar brasileira para dois períodos

divididas por CLASSES e GRUPO DE

TENSÃO.

Nessa análise é possível observar

que projetos solares residenciais

e no Grupo B sempre foram o motor

do setor solar brasileiro e esse reflexo

se mantém e é reforçado pelos

Figura 02. Distribuição percentual da potência instalada para (a) CLASSE e (b) GRU-

PO DE TENSÃO. * os dados dos últimos 30 dias refletem do dia 27 de janeiro até 27 de fevereiro de 2024.

últimos 30 dias. Então, uma empresa

solar precisa ter uma equipe comercial

preparada a atender este perfil

de cliente, apresentando projetos em

que o sistema solar possa se adaptar

a diferentes tipos de telhados ou

oportunizando expansões futuras

em que o aumento de cargo é uma

consequência mediante a compra

de novos eletrodomésticos, veículos

elétricos oriundo, muitas vezes, da

própria economia de energia elétrica

proporcionada.

Além disso, serviços de pós-venda

que possam permitir uma recorrência

para a empresa que vai além

da lavagem dos módulos, mas o

oferecimento de seguro do sistema

solar, revisão da fatura de energia

elétrica, inserção de novas UCs consumidoras,

implementar sistemas

com baterias ou de carregamento

veicular, propostas de investimentos

em usinas por assinatura e até outros

serviços que se encaixem no escopo

da empresa.

Referência: ANEEL, 2024.

Aumentar o pós-venda que resulte

em recorrência é uma ação

imprescindível para as empresas solares

já que o cliente satisfeito sempre

quer fazer uma nova compra

ou indicar a empresa para seus familiares

e amigos. Entretanto, essa

diversificação de portfólio deve ser

analisada com cuidado para que

não traga problemas de gestão da

empresa. Assim, sempre avalie com

cuidado a implementação de novos

serviços ou parcerias, além de

sempre capacitar a equipe de projetos

e comercial para implementar

ou oferecer novos serviços ou

tecnologias.

Agora analisando os dados da

ANEEL pelo número de instalações e

não pela potência instalada, é possível

ter outras informações relevantes

para as empresas solares. Na Figura

03, os dados referentes a MODALI-

DADE de instalação são apresentados

para os dois mesmos cenários,

desde 2012 e nos últimos 30 dias.

6

RBS Magazine


Artigo do Editor

Figura 03. Número de instalações brasileiras por MODALIDADE (a) desde 2012 e

(b) nos últimos 30 dias.

* os dados dos últimos 30 dias refletem do dia 27 de janeiro até 27 de fevereiro de 2024.

(a)

Referência: ANEEL, 2024.

(b)

Essa abertura poderá afastar possíveis

adeptos da geração distribuída,

mas não da energia solar e não será

impeditivo para o setor, podendo inclusive

abrir novas portas para as empresas

preparadas e que compreendam

o conceito de autoprodução ou

dispostas a criar boas parcerias com

empresas comercializadoras de energia

no mercado livre.

CONCLUSÕES

Os dados refletem que Geração

na própria UC é predominante, mas

aqui merece uma reflexão um pouco

diferente do leitor. Olhando os dados

do Autoconsumo remoto, é possível

observar que a cada um interessado

nessa modalidade trazem, em média,

mais duas UCs beneficiárias para serem

incluídas no negócio. Serviços de

monitoramento ou análise de faturas

de energia para que o cliente possa

acompanhar a sua economia pode

entrar no portfólio da empresa e gerar

recorrência.

Além disso, é possível para as

empresas solares analisarem em

seus bancos de dados que os clientes

no modelo de Geração na própria

UC, e que possuam uma quantidade

considerável de créditos acumulados

na geradora, possam migrar

para o Autoconsumo remoto com

a inserção de UCs beneficiárias por

intermédio de uma nova homologação

junto à concessionária. Se há

essa possibilidade, é possível ver

um mercado interessante para as

empresas solares captarem mais recursos

com um cliente que, muitas

vezes é descartado, mediante a um

serviço especializado que poderá

oportunizar conhecer novos clientes

que vão de familiares ou filiais de

empresas.

Esses dados ainda informam algumas

tendências importantes que

servem de alerta para as empresas do

setor solar. O modelo Múltiplas UC,

conhecidas como EMUC, não teve

uma forte adesão como muitos previam

em anos anteriores. Isso pode

ser justificado pela forte dificuldade

técnica implantada pela ANEEL para

este modelo, o que faz essa proposta

trazer mais problemas e frustrações

do que recursos ou a necessidade das

empresas solares em contratarem

serviços especializados para a esta

implementação.

Entretanto, olhando para o modelo

de Geração compartilhada onde

são agrupados, de forma resumida,

as cooperativas, os consórcios ou as

associações, o número tem chamado

a atenção. Isso justificado por cada

usina nesse modelo tem captado em

média 39 UCs beneficiárias, onde

além da construção da usina solar, os

serviços de monitoramento, as propostas

de investimos, o agrofotovoltaico

e a manutenção dessas usinas

podem ser mais uma fonte de recursos

para a empresa solar.

Acompanhando outros pontos

do setor GD Solar, é interessante

lembrar que 2024 é o ano em que

a parcela da TUSD Fio B passa para

30%, ao invés dos 15% aplicados em

2023. Todas os sistemas solares homologados

junto à concessionária

desde 2023 irão sofrer esse aumento

da TUSD Fio B até quando em 2029,

todas estarão sujeitas ao Encontro

de Contas que devera, algum dia,

ser disponibilizado pela ANEEL para

a sociedade. Alertar o cliente desse

ponto é importante para evitar

surpresas e frustrações desnecessárias

que podem macular a imagem

da empresa.

Um ponto final para ser apresentado

é a abertura do Mercado Livre

para todas as UCs no Grupo A, onde

gerou um alvoroço no setor solar no

ano de 2023. Usando os dados da

ANEEL, já apresentados nas figuras

anteriores desse artigo, é possível observar

que o Grupo A não é o público

principal da GD Solar. Mesmo quando

ocorram vendas, e elas sejam de

um valor agregado muito interessante,

elas não são comuns para a maioria

das empresas solares brasileiras.

Este artigo trouxe uma análise

dos números da ANEEL e as tendências

para as empresas que trabalham,

principalmente, com a GD Solar. Aumentar

o portfólio, investir em recorrência

e capacitar as equipes de

trabalho não são clichês neste jovem

mercado brasileiro. Há muito o que

fazer, aprender e apresentar o que

gerará novas oportunidades e poderão

ser bem rentáveis economicamente

para as empresas.

Estar atento às novas tecnologias

ou novos modelos de negócios irão

ajudar a alcançar a captar mais recursos

ou gerar uma recorrência para a

empresa. Entretanto, isso somente

será possível com estudo e preparação

contínua sobre os temas do setor.

As oscilações do mercado irão

ocorrer, entretanto estar atuante no

que tange, em especial, a clareza das

normas, necessita um esforço contínuo

de todo o setor solar e poderão

mitigar problemas que ocorreram em

2023.

Para concluir, o mercado GD Solar

em 2024, tende a ter uma caminhada

com uma visão mais ampla

da trajetória, principalmente, para

aquelas empresas que estiverem preocupadas

em se qualificar resultando

em perturbações de menor amplitude

e obstáculos mais tranquilos de

contornar.

REFERÊNCIA

Dados do Setor de Geração Distribuída,

disponível em:

https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiY-

2VmMmUwN2QtYWFiOS00ZDE3LWI3ND-

MtZDk0NGI4MGU2NTkxIiwidCI6IjQwZDZ-

mOWI4LWVjYTctNDZhMi05MmQ0LWVhN-

GU5YzAxNzBlMSIsImMiOjR9 – visitado no

dia 27 de fevereiro de 2024.

RBS Magazine 7


ERA N

O "Porta-Aviões" Integrado parte,

a Tongwei lidera a Era do Tipo N

Empresa é líder em vendas no setor de células

A Tongwei possui vantagens

da integração a montante e

a jusante e cresceu rapidamente

como uma "potência

emergente em módulos",

subindo do final da lista dos

dez primeiros em 2022 para

o quinto lugar. Em comparação

com 2022, a taxa de

crescimento das vendas da

Tongwei em 2023 é tão alta

como 262%. Além disso, a

empresa tem sido a número

um no setor de células por 7

anos consecutivos.

Seguindo a tendência do mercado,

a era do tipo N está chegando.

Atualmente, as interações da tecnologia

de células estão impulsionando

toda a cadeia da indústria para reduzir

custos e aumentar a eficiência. Até

2022, a PERC dominava o mercado, e

em termos de tecnologia, basicamente

alcançou o limite da "adição". A rota

de tecnologia N tornou-se um caminho

necessário para continuar aumentando

a eficiência, dessa forma, considerando

todo o ciclo de vida, o uso de

módulos N ajudará as centrais fotovoltaicas

a obterem retornos mais altos

nos próximos 25 anos.

A rota de tecnologia N foi validada

pelo mercado, pois de acordo com

dados da InfoLink Consulting, a participação

de mercado dos módulos N atingiu

25% -30% em 2023, um aumento

de mais de 17-22 pontos percentuais

em comparação com o ano anterior. Já

possui vantagens de custo no sistema

LCOE e acelerará a substituição das células

PERC.

Em resposta à era N, a Tongwei

adotou uma estratégia de "diversificação"

na escolha da rota de tecnologia,

com envolvimento em tecnologias

líderes como TOPCon, HJT, IBC, perovskita

/ empilhamento de silício.

Fabricação “inteligente” de produtos

eficientes, pioneira na era do

tipo N

No que diz respeito à tecnologia, a

Tongwei desenvolveu a primeira linha

piloto de células 210 PECVD Poly da indústria,

sendo pioneira na adoção da

tecnologia PECVD na indústria. Atualmente,

mais de 50% da capacidade da

indústria utiliza essa tecnologia, tornando-se

uma pioneira e exploradora

no desenvolvimento tecnológico da

indústria. Com o apoio dos materiais

produzidos e da tecnologia desenvolvida

pela própria Tongwei, a eficiência

de conversão da produção em massa

de células produzidas com a tecnologia

TNC da Tongwei já ultrapassou 26,7%.

Tomando como exemplo o produto

Topcon G12R desenvolvido e produzido

pela própria emoresa, a potência

já ultrapassou 625 W, aproveitando

totalmente as vantagens de processo

e eficiência da Tongwei, resultando

em uma redução de 2,01% no custo do

BOS em comparação com os módulos

do tipo M10, e uma redução de 1,19%

no LCOE. Com o uso dos módulos

G12R-48, é possível aumentar a capacidade

de instalação em telhados residenciais

em 3,5%, resultando em uma

produção adicional de energia elétrica

de 18.900 kWh ao longo de um ciclo de

vida de 30 anos (com uma capacidade

instalada de 13,65 kW). Já para os

módulos G12-66, adequados para centrais

elétricas em telhados industriais,

comerciais e no solo, em comparação

com os módulos do tipo M10, houve

uma redução de 8,73% na área de ocupação

da terra, resultando em

uma produção adicional de

energia elétrica de 6.730.000

kWh ao longo de um ciclo de

vida de 30 anos.

Quanto aos produtos

HJT, graças aos avanços na estrutura

de pelúcia da célula,

passivação CVD e tecnologia

de metalização e à otimização

do design ótico e elétrico

dos módulos empilhados, foi

comprovado pelo teste da

TÜV SÜD, um órgão de certificação

de renome, que os

módulos THC da Tongwei, com dimensões

padrão de 2384*1303 mm, alcançaram

uma potência frontal do módulo

de 755,03 W, com uma eficiência

de conversão de módulo de 24,31%,

marcando a sexta vez em que quebrou

o recorde de potência e eficiência do

módulo.

Com Vantagens de Liderança Global,

liderando a Era do Tipo N

Com suas vantagens de ser líder

global nos setores de materiais de silício

e células, a Tongwei se dedica à

produção verticalmente integrada,

usando materiais desenvolvidos e produzidos

internamente, carregando genes

da Tongwei, para garantir a qualidade

controlada em todo o processo,

desde matérias-primas até produtos

acabados.

Com o crescimento da procura global

por energia limpa, a Tongwei está

avançando ativamente com a expansão

da capacidade de produção. Até o final

de 2023, a Tongwei já possuía uma capacidade

de produção de módulos de

63 GW. 2024 é um ponto-chave para

a próxima rodada de transformação da

indústria global de energia nova. Diante

das novas oportunidades de desenvolvimento,

a Tongwei continuará a

buscar produtos de alta qualidade que

se adaptem à era de neutralidade de

carbono, partindo de vários aspectos,

como qualidade, eficiência, tecnologia

e inovação.

8

RBS Magazine


Cuiabá receberá

fórum focado exclusivamente

na geração própria de energia

24ª edição do Fórum GD - Centro-Oeste acontecerá

em junho e escolheu a capital de Mato Grosso por seu

grande potencial no setor

Cuiabá, Mato Grosso, 2024 - Nos

dias 26 e 27 de junho de 2024,Cuiabá,

a capital do Mato Grosso, sediará

a 24ª edição do Fórum Regional de

Geração Distribuída da Região Centro-Oeste

(Fórum GD Centro-Oeste).

O evento reunirá os principais

players da cadeia produtiva do setor

de Geração Distribuída com

Fontes Renováveis na região, com

foco em explorar oportunidades de

negócios, discutir barreiras regulatórias,

impedimentos jurídicos, tecnologias

inovadoras, financiamento,

capacitação e perspectivas de

crescimento.

Tiago Fraga, CEO do Grupo FRG

Mídias & Eventos, empresa organizadora

do Fórum, explica que o evento

visa reforçar a importância da GD

para a redução da conta de energia

elétrica, bem como seu benefício na

transição energética a partir de fontes

renováveis. Ele explica que o Brasil

é um país de dimensões continentais

e a ideia do evento é trabalhar

em regiões porque cada uma tem as

suas aptidões para este tipo de geração

de energia.

“O evento tem uma representatividade

em Cuiabá, nos dias 26 e 27 de

junho. Ele torna a capital brasileira de

Mato Grosso, na capital da Geração

Distribuída de energia com fontes renováveis

que é uma tecla que a gente

gosta de bater muito, sendo o Brasil

um país de dimensões continentais,

nós trabalhamos por regiões porque

cada região tem as suas aptidões”

pontua Fraga.

O potencial da região Centro-Oeste

para a GD

Com uma potência instalada de

28 GW em todo o país, a região Centro-Oeste

destaca-se com uma contribuição

significativa de 4,4 GW. Segundo

dados da Agência Nacional de

Energia Elétrica (ANEEL), Mato Grosso

lidera o ranking regional, gerando

1,74 GW, seguido por Goiás com 1,26

GW e Mato Grosso do Sul com 1,09

GW. O Distrito Federal, por sua vez,

apresenta uma capacidade instalada

mais modesta, totalizando 384,985

kW.

Cuiabá, uma das cidades com

grande potencial para a geração distribuída

no Brasil, foi escolhida como

sede deste importante evento. A

capital mato-grossense conta atualmente

com 24 mil unidades consumidoras

conectadas, além de gerar

sozinha 279.397 kW de energia distribuída.

Como será o evento

O Fórum GD Centro-Oeste oferecerá

um ambiente único para networking,

troca de conhecimentos e

discussão de estratégias para impulsionar

ainda mais o desenvolvimento

do setor na região, segundo Fraga.

Dessa forma, empresários, investidores,

representantes governamentais,

acadêmicos e demais interessados

estão convidados a participar do

evento que promete ser um marco

no avanço da geração distribuída no

Centro-Oeste brasileiro.

Ele abordará mais de 20 painéis,

com temáticas variadas, porém envolvendo

o setor de geração distribuída.

Suporte comercial, jurídico e

de inovação estarão entre os temas

incluídos na programação. Dividido

em dois dias, o evento terá dois auditórios

e permitirá que o participante

assista a palestra que mais lhe interessar.

As inscrições para o Fórum GD

estão abertas e podem ser realizadas

através do site oficial do evento

www.forumgdcentrooeste.com.br.

Sobre o Fórum GD Centro-Oeste

O Fórum Regional de Geração

Distribuída da Região Centro-Oeste

é um evento anual que reúne os

principais atores do setor de Geração

Distribuída com Fontes Renováveis

na região, visando discutir oportunidades,

desafios e tendências do mercado.

A 24ª edição do evento será realizada

em Cuiabá, Mato Grosso, nos

dias 26 e 27 de junho de 2024.

Para mais informações,

entre em contato:

COMERCIAL:

contato@grupofrg.com.br

(41) 32256693

IMPRENSA:

Stephanie Romero

220 Relações Públicas

(65) 99974-7094

RBS Magazine 9


Entrevista

Entrevista com

Guto Silva, secretário

do Planejamento do

Estado do Paraná

"O Paraná é o 4º estado brasileiro em produção de biogás, com 742.000

metros cúbicos por dia e 198 plantas de biogás, das quais

136 são de origem agropecuária."

O Paraná palco da 23ª edição do Fórum GD SUL, destaca-se como um dos principais motores da Geração Distribuída

(GD) na região Sul do Brasil. De acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de 2024, o

estado figura como o 4º maior em capacidade instalada de energia solar, com 2.627,3 MW, representando 9,4% do

total nacional.

Entre 2022 e 2023, a capacidade da GD também experimentou um crescimento expressivo de 38,8%, evidenciando

um dos maiores avanços do país, conforme apontado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica

(CCEE). Esse crescimento, por sua vez, tem sido apontado como resultado direto dos esforços do Governo do Estado

em incentivar a produção fotovoltaica, especialmente entre pequenas e médias propriedades agrícolas, por meio do

programa RenovaPR. Ao todo, mais de 7,5 mil produtores rurais já estão sendo beneficiados.

Guto Silva, secretário do Planejamento do Estado do Paraná, destaca que embora o estado tenha impressionantes

98% da capacidade instalada da Geração Centralizada devido a Itaipu, o Governo do Paraná entende que deve

acelerar o processo de produção renovável por outras matrizes, como a energia solar e biogás, onde o estado também

conta com um potencial elevado para este tipo de produção.

RBS Magazine - Como o Governo do

Estado do Paraná está vendo a transição

energética, em especial, a mudança

do uso de combustíveis fósseis

para recursos renováveis no abastecimento

veicular?

GUTO SILVA - A transição energética

é assunto primordial para o Estado,

mesmo o Paraná tendo impressionantes

98% da Capacidade Instalada

da Geração Centralizada voltadas à

produção de energias renováveis, segundo

dados da CCEE, em boa parte

responsabilidade da Usina Hidrelétrica

de Itaipu.

Para ir além, o Governo do Paraná

entende que deve acelerar o processo

de produção renovável por outras

matrizes, como a energia solar que,

através do Programa Paraná Energia

Rural Renovável (RenovaPR), em 30

meses de operação, chega a cerca de

7,5 mil produtores rurais que desejam

investir na geração própria de energia

em suas propriedades, o que inclui

projetos de energia solar e que teve,

recentemente, seu escopo ampliado

para o biogás.

A área de biogás e biometano, aliás,

tem sido estratégica para o Paraná,

visto que que as características

agropecuárias e agroindustriais

do Estado, o adequado saneamento

e tratamento dos resíduos gerados

e a força da indústria dão ao Paraná

liderança no potencial produtivo

dessas energias.

O Paraná é o 4º estado brasileiro em

produção de biogás, com 742.000 metros

cúbicos por dia e 198 plantas de

biogás, das quais 136 são de origem

agropecuária. É o segundo estado com

maior número de plantas instaladas.

O potencial aponta para uma produção

de mais de 2 milhões de metros

cúbicos por dia de biometano.

O Estado está na vanguarda das políticas

públicas de incentivo ao biogás

e já tem uma Política Estadual do

Biogás e Biometano aprovada em lei.

O Paraná também oferece uma série

de incentivos ao segmento, como a

isenção de ICMS para operações com

máquinas, equipamentos, aparelhos e

componentes para a geração de energia

elétrica a partir do biogás, a concessão

de crédito presumido de 12%

sobre o valor das aquisições internas

de biogás e biometano e a redução

da base de cálculo nas saídas internas

com biogás e biometano.

Em fevereiro deste ano, o Governo

do Paraná também assinou um pacto

com entidades federais e municipais,

além do setor privado, para ampliar

a implantação do biogás e biometano

no meio rural, estabelecendo como

principal estratégia o fortalecimento

do RenovaPR e do Banco do Agricultor.

Este ecossistema facilita o acesso

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RBS Magazine


Entrevista

"O Governo do Paraná estimula a produção fotovoltaica no Estado,

que ocupa o 4 º lugar na Geração Distribuída em energia solar..."

a linhas de financiamento e equalização

de taxas de juros que incentivam

a geração e uso de energia renovável

no meio rural.

O documento também prevê um

uso mais extenso do biometano para

substituir, com menos impacto ambiental,

os combustíveis automotivos

tradicionais e também a lenha

e o GLP.

Ainda no campo da bioenergia, neste

mês de março, a Companhia Paranaense

de Gás (Compagas) - empresa

que atende 98,5% do total de usuários

de gás natural do Paraná – finalizou

sua segunda chamada pública para

aquisição de biometano. As propostas,

somadas, podem ultrapassar o

potencial diário de 320 mil m³ de gás

natural renovável para o Paraná. Esse

volume é muito próximo da atual produção

nacional, que está em cerca de

400 mil m³/dia, e confirma a acertada

estratégia da Companhia em investir

na inserção do combustível renovável

em sua matriz de suprimento para expandir

sua atuação no Estado.

O Paraná também tem dado outros

passos importantes para diversificar

sua matriz energética e estimular a

produção de biofertilizantes ao preparar-se

para, no futuro, colocar em

atividade a produção de hidrogênio

renovável (H2) no Estado.

Os benefícios da produção de H2 são:

nova energia limpa, com redução na

emissão de gases poluentes, dinamismo

na estocagem e transporte e ampliação

da disponibilidade energética,

além de servir como base para fertilizantes

mais sustentáveis, com pegada

renovável.

Entre as iniciativas colocadas em pé

pelo Governo do Estado, através da

Secretaria do Planejamento, e que

visam atingir esses objetivos, esteve

o Plano de Hidrogênio do Paraná,

contratado em agosto de 2023 junto à

Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas

Econômicas).

O plano, que engloba sete entregas,

vem mapeando o cenário do H2 no

Estado e objetiva desenvolver medidas

voltadas ao licenciamento, financiamento

e desoneração da cadeia.

Em fevereiro, a Copel produziu, em

fase de testes, as primeiras moléculas

de hidrogênio renovável a partir

de uma estrutura montada na sede

da empresa, em Curitiba. A iniciativa

é fruto de um projeto desenvolvido

no programa de inovação

aberta Copel Volt, que selecionou

cinco startups para criar soluções que

atendam os principais desafios da

Companhia no cenário de transição

energética.

A startup selecionada para trabalhar

nesta frente é a Solenium, de origem

colombiana, que desenvolve tecnologias

e propõe soluções acessíveis para

geração, monitoramento e controle

energético.

RBS Magazine - Qual a visão do Governo

do Paraná frente ao aumento

de usinas renováveis, em especial, das

usinas solares onde o estado já é o 4º

que mais investe na geração solar distribuída?

O Governo do Paraná estimula a produção

fotovoltaica no Estado, que

ocupa o 4º lugar na Geração Distribuída

em energia solar, segundo

dados da Aneel/Absolar 2024, com

2.591,2 MW de Potência Instalada,

o que representa 9,4% do total

nacional.

Segundo dados da CCEE, a capacidade

da Geração Distribuída - baseada

nos dados de capacidade instalada

da Aneel para as usinas fotovoltaicas

(UFV), e que possuem a modalidade

do empreendimento como Micro e

Mini Geração Distribuída (MMGD) –

teve crescimento no Paraná, de 2022

para 2023, de 38,8%, um dos maiores

crescimentos do país.

Esse investimento paranaense tem

dado resultado e é estimulado, pelo

Governo do Estado, principalmente

junto a pequenas e médias propriedades

agrícolas através do RenovaPR,

que já alcança 7,5 mil produtores rurais.

Em fevereiro, o Governo do Estado

também anunciou um investimento

de R$ 14,6 milhões para a instalação

de seis parques solares no Estado a

partir de 2024. A ideia é que a energia

fotovoltaica que será gerada nessas

usinas seja abatida do consumo

de todas as 412 unidades do Instituto

de Desenvolvimento Rural do Paraná

(IDR-Paraná) presentes nos municípios

paranaenses.

A ideia é trabalhar com o conceito

de fazendas solares, usando espaços

que são patrimônio do Estado, como

colégios agrícolas e outras áreas, e

implantar usinas solares para abastecer

o consumo do próprio Estado.

São investimentos que se pagam

em poucos anos e permitem que o

Governo do Estado se torne 100%

sustentável, gerando sua própria

energia para economizar dinheiro público,

além de ser exemplo de práticas

sustentáveis.

RBS Magazine: Existem investimentos

ou perspectivas de investimento

na ampliação das linhas de transmissão,

em especial em linhas de média

tensão que são voltadas a usinas solares

de maior porte na geração distribuída?

Melhorar a rede de distribuição de

energia em todas as regiões do Estado

é um dos objetivos do plano de investimentos

para 2024 anunciado em

março pela Companhia Paranaense

de Energia (Copel), com valor recorde

de R$ 2,1 bilhões, o maior para um

ano.

O plano prevê a construção de 18

novas subestações – 10 de 138 mil

volts e 8 delas em 34,5 mil volts -, 12

linhas de alta tensão - para conectar

subestações e reforçar a redundância

da rede -, ampliação e modernização

de outras 80 subestações

(divididas entre unidades de 138

RBS Magazine 11


Entrevista

mil volts, 69 mil volts e de 34,5 mil

volts).

Com isso vai ser colocada mais velocidade

no Paraná Trifásico, que é

o maior programa de rede trifásica

da América Latina, que vai chegar a

20 mil km neste ano, o que equivale

à distância de Curitiba a Tóquio, no

Japão.

RBS Magazine: As estimativas de

consumo de longo prazo produzidas

pelos órgãos técnicos competentes

passam por processo de revisão. As

tendências consolidadas têm como

horizonte o ano de 2025. Nesse sentido,

o ONS, a CCEE e a EPE preveem

que no quinquênio 2021-2025 a

demanda brasileira crescerá à taxa

média anual de 3,5%. De que forma

o Estado tem se preparado para

esse crescimento na demanda de

energia?

O Produto Interno Bruto (PIB) do

Paraná cresceu o dobro da média

nacional em 2023, de acordo com os

dados do Instituto Paranaense de Desenvolvimento

Econômico e Social

(Ipardes) divulgados em 25 de março.

A economia paranaense cresceu 5,8%

ao longo do ano, enquanto a brasileira

teve alta de 2,9%, segundo o Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística

(IBGE).

Quando há um crescimento econômico

muito robusto, como ocorre

no Paraná, é natural que tenha também

um aumento de consumo de

energia. Isso pode ser visto no ano de

2023, que segundo o Banco Central,

foi a maior entre todos os estados,

alcançando 7,8%, o que refletiu em

um aumento no consumo de energia

de 10%.

De 2019 ao começo de 2024, o montante

de investimentos da Copel já

totaliza R$ 12,7 bilhões e o investimento

em instalações e modernizações

de subestações e linhas significa,

também, maior capacidade

de fornecimento de energia, especialmente

em grandes centros urbanos,

onde há uma demanda maior

por energia.

Essas subestações e linhas funcionam

como reforço umas das outras. Isso

significa que, se uma unidade apresenta

um problema, uma das outras

poderá ser usada para evitar um desligamento

e garantir o fornecimento de

energia à população.

Além de toda estratégia voltada às

bioenergias, energia fotovoltaica e ao

hidrogênio renovável, o Paraná também

tem números robustos quanto

à geração de energia por meio das

Pequenas Centrais Hidrelétricas

(PCHs). O Estado é o sexto do País

em empreendimentos, com 40 projetos

em operação, responsáveis por

gerar uma potência outorgada total

de 496,28 Megawatts (MW), segundo

dados da Associação Brasileira de

PCHs e CGHs (Abrapch). De acordo

com o Instituto Água e Terra (IAT),

essa potência é suficiente para atender

as cidades de Londrina e Maringá,

juntas.

"O Produto Interno

Bruto (PIB) do

Paraná cresceu o

dobro da média

nacional em 2023,

de acordo com os

dados do Instituto

Paranaense de

Desenvolvimento

Econômico e Social

(Ipardes)..."

Há, ainda, 12 outros empreendimentos

em andamento – cinco usinas em

construção e sete em processo de tramitação

de licenciamento. Já em relação

às Centrais Geradoras Hidrelétricas

(CGHs), o Paraná é o quarto do

ranking nacional, com 71 projetos em

operação e 92,46 MW de potência outorgada.

As licenças de funcionamento para

empreendimentos energéticos são

emitidas pelo IAT, processo que se

intensificou a partir de 2019, com o

início da gestão do governador Carlos

Massa Ratinho Junior e uma política

baseada na desburocratização, mas

sem diminuir os cuidados com riscos

ambientais.

Desde então, o número de licenças

concedidas para a execução

desses empreendimentos aumentou

em quase dez vezes, passando

de 12 entre 2003 e 2016 para 112,

além de 26 renovações. Apenas neste

recorte de pouco mais de quatro

anos, os investimentos em PCHs e

CGHs no Estado somaram R$ 1,3

bilhão.

Além do grande potencial, o Paraná

detém toda a cadeia produtiva para

a construção desses empreendimentos,

que geram energia limpa e sustentável.

São investimentos que não

dependem diretamente dos recursos

públicos, mas geram muito emprego

e renda e são estratégicos para o aquecimento

da economia.

RBS Magazine: O consumo industrial

responde por 40% da demanda de

eletricidade no Paraná. A necessidade

de energia por parte da indústria

tem crescido, contudo, em menor ritmo

do que as demais classes de consumo.

Quais são os diferenciais que

o estado do Paraná em relação a sua

tarifa pode apresentar para que seja

competitivo e haja maior atração de

novas indústrias, em relação a outras

regiões?

O Paraná trabalha muito bem a questão

da infraestrutura, olhando ela

como um todo, do acesso à energia,

a trabalhadores, conexões com cadeias

produtivas e rodovias para escoamento.

Estamos transformando o

Estado em um hub logístico, é o que

o governador Ratinho Junior sempre

defende. Temos o maior pacote de

concessões da América Latina, vamos

implementar a Nova Ferroeste,

com 1,5 mil quilômetros de ferrovias,

e a Copel está fazendo o maior ciclo

de investimentos da história para dar

conta dessa demanda.

Todo esse movimento trouxe ao Paraná

mais de R$ 200 bilhões em investimentos

privados nos últimos

anos, o que é um número muito impressionante.

O Estado está com a

menor taxa de desocupação da história

recente, os municípios estão crescendo

e a industrialização também

está em bom ritmo. O nosso grande

diferencial é ter esse planejamento

12

RBS Magazine


integrado, favorecendo o ambiente

de negócios.

RBS Magazine: Em Mato Grosso, por

meio do Projeto de Lei Complementar

18/2021, o Governo não pode cobrar

o ICMS sobre a Tarifa de Utilização

do Sistema de Distribuição da rede

de energia (TUSD) pelos consumidores

que utilizem usinas de energia

solar, até o ano de 2027, em projetos

aprovados até o final de 2023. Atualmente,

o usuário paga 17% de ICMS

sobre o uso da rede de distribuição,

ou seja, a energia não consumida na

hora é tributada pelo governo do estado.

Salvo se o consumidor não usar

a rede e armazenar a energia produzida

em baterias. Existe alguma possibilidade

dessa medida ser aplicada

no Paraná?

A alteração tributária recente mais

significativa voltada à produção

de energia solar no Paraná refere-

-se à remoção da restrição temporal

da isenção do Imposto sobre

Circulação de Mercadorias e Serviços

(ICMS), sobre a energia elétrica

compensada na micro e minigeração

distribuída, com benefício limitado

a unidades geradoras de até

1MW.

Este é o teor de um convênio cuja minuta

do decreto já fora enviada à Casa

Civil para publicação, passo exigido

para que seja internalizado e passe a

valer.

Relembrando: em 2018, o Paraná havia

aderido ao convênio ICMS 16/2015,

estabelecendo um período de validade

do benefício de apenas 48 meses (4

anos). Em dezembro do ano passado,

o Convênio 187/23 eliminou a restrição

temporal no Estado. Com a mudança,

o benefício irá se tornar válido

por tempo indeterminado. A isenção é

destinada principalmente a unidades

consumidoras que instalam pequenas

gerações locais, como painéis solares

residenciais.

No fim de 2023, dois outros decretos

alteraram regras de aplicação e

cobrança do ICMS, porém com foco

na indústria de biogás e biometano e

também nos taxistas.

O mais abrangente é o Decreto Estadual

4.446/2023, que estabelece o

regramento no Paraná em relação a

três convênios

do Conselho

Nacional de Política

Fazendária

(Confaz) dos

quais o Estado

teve a adesão

aprovada.

Um deles autoriza

o Estado a

conceder isenção

do Imposto

sobre ICMS em

operações com

máquinas, equipamentos,

aparelhos e componentes

para a geração de energia elétrica a

partir do biogás. Outro permite conceder

crédito presumido de 12% sobre

o valor das aquisições internas

de biogás e biometano, enquanto o

terceiro autoriza a redução de base de

cálculo do ICMS nas saídas internas

com biogás e biometano, o que resulta

na aplicação do percentual de 12%

sobre o valor da operação.

Já o Decreto Estadual 4.445/2023 alterou

dispositivos em vigor até 30 de

abril de 2024 para tornar mais específica

a regra sobre a isenção sobre o

ICMS para a compra de carros novos

por taxistas para veículos movidos a

combustíveis de origem renovável.

A medida alinha ainda o regramento

estadual ao federal sobre a isenção do

Imposto de Produtos Industrializados

(IPI).

RBS Magazine: A Nova Lei do Gás,

sancionada em abril de 2021, modificou

o arcabouço jurídico e regulatório

com o intuito de promover concorrência.

Existe um planejamento para

maior utilização de gás natural no

Estado?

A indústria do gás canalizado é composta

pelas atividades de exploração e

produção, transporte e distribuição.

A Nova Lei do Gás (Lei 14.134/2021)

se aplica majoritariamente ao setor de

transporte, cuja regulação é federal.

No que tange à utilização do gás natural,

cabe destacar que sua ampliação

está ligada diretamente ao aumento

da demanda e do consumo e da disponibilidade

da infraestrutura. A distribuição

do gás canalizado em âmbito

estadual é de competência da Compagas,

concessionária responsável pelo

Entrevista

serviço no Paraná. A Companhia é

uma empresa privada, que tem como

acionista majoritária a Companhia

Paranaense de Energia – Copel, com

51% das ações, a Mitsui Gás e Energia

do Brasil, com 24,5%, e a Commit

Gás, com 24,5%.

A atuação da Compagas é pautada

pelo Plano Estadual do Gás e pelo que

determina o novo contrato de concessão

firmado com o Governo do Paraná

pelo período de 30 anos, a contar de

julho de 2024 a julho de 2054. O novo

contrato prevê investimentos e ações

que visam ampliar a utilização do gás

natural e o atendimento a um número

cada vez maior de paranaenses, com

eficiência, segurança, competitividade

e inovação. Os investimentos da nova

concessão serão divididos em ciclos

de cinco anos.

O novo período de concessão, que

se inicia em julho de 2024 prevê investimentos

mínimos de mais de R$

2,5 bilhões que serão utilizados para

expandir sua atuação e atender as

10 mesorregiões do Estado, a iniciar

pelas Regiões Norte e Sul do Paraná.

Ao longo dos 30 anos da nova concessão

é previsto um crescimento de

mais de 120% da rede canalizada de

distribuição, com a implantação de

mais de 1.000 quilômetros de novos

gasodutos, a ligação de mais de

60 mil novos usuários e um volume

de mais de 40 bilhões de metros cúbicos

de gás distribuídos até 2054. A

Companhia também direcionará recursos

para a área tecnológica e para

a inserção do biometano na matriz

de suprimento, com o foco de também

entregar energia renovável e reforçar

o compromisso com as metas

de sustentabilidade.

RBS Magazine 13


TECNOLOGIA

Tecpar inicia estruturação de

laboratório para pesquisas de

biogás e biometano

A medida visa desenvolver o segmento no estado do Paraná

O

Instituto de Tecnologia

do Paraná (Tecpar) está

em processo de estruturação

de um novo laboratório,

voltado à pesquisa

de biogás e biometano. Para isso, adquiriu

um equipamento que realiza

análises automáticas do potencial de

cada insumo na geração de energia

renovável.

Nesta primeira etapa, a intenção

é validar metodologias com testes

no aparelho, que irá realizar análise

do potencial de geração de metano

de biomassas diversas destinadas à

produção de biogás por meio do processo

de digestão anaeróbia, explica

o coordenador do projeto Bill Costa,

químico, com mestrado e doutorado

em engenharia de materiais.

"Após a aquisição do equipamento

e sua montagem em laboratório,

iniciamos alguns testes experimentais

com resíduos de alimentos para

melhor conhecimento da operacionalização

do instrumento e de manipulação

das amostras de biomassa.

Essas atividades têm por objetivo a

elaboração de um procedimento operacional

padrão e posteriormente a

validação da metodologia", destaca.

A intenção do Tecpar é, após

operacionalização do laboratório – o

que deve acontecer até o fim do ano

–, realizar pesquisa aplicada, ou seja,

atuar junto a indústrias e outros interessados

que busquem a produção

de biogás a partir da biomassa, com

a oferta de novas soluções tecnológicas.

"Como instituto de ciência e tecnologia,

o Tecpar busca resolver problemas

dos mais variados segmentos

da sociedade. Com o novo laboratório,

poderemos apoiar indústrias que

queiram gerar sua própria energia

com as soluções laboratoriais e com

nossa equipe especializada", salienta

o diretor-presidente do Tecpar, Celso

Kloss.

PLANO DE GOVERNO – A implantação

do Laboratório de Pesquisa

de Biogás e Biometano no

Tecpar está em linha com as metas

definidas pelo Governo do Estado

ao instituto. O Tecpar tem como objetivo,

até 2026, ampliar o portfólio

de serviços com ensaios laboratoriais

inéditos na área da saúde e do

meio ambiente. Com isso, o instituto

ofertará novos serviços e agregará

valor às soluções disponibilizadas à

sociedade.

META DE BIOMETANO – O Governo

do Paraná assinou neste ano

um pacto com outras entidades federais

e municipais, além do setor

privado, para ampliar a implantação

do biogás e biometano no meio rural.

O documento foi assinado durante

o Show Rural Coopavel 2024 e estabelece

como principal estratégia o

fortalecimento do Programa Paraná

Energia Rural Renovável (Renova-

PR). O documento também prevê

um uso mais extenso do biometano

para substituir, com menos impacto

ambiental, os combustíveis automotivos

tradicionais e também a lenha

e o GLP.

A biomassa é toda a matéria orgânica

vegetal ou animal usada como

fonte de energia limpa, como no caso

o biogás e o biometano, biocombustíveis

produzidos a partir desses materiais

orgânicos. Já a digestão anaeróbia

é um processo de degradação da

matéria orgânica por microrganismos

para a produção de energia.

14

RBS Magazine

Tecpar inicia estruturação de um novo laboratório, voltado à pesquisa de biogás e biometano,

que será coordenado por Bill Costa, químico, com mestrado e doutorado em engenharia de materiais.

Crédito: Hedeson Alves/Tecpar



Entrevista

Entrevista com

Priscila Marzullo,

managing director

da AXIAL

"A empresa tem escritórios em 6 países:

Espanha, Brasil, Japão, Estados Unidos, México e França"

À frente de uma das maiores empresas de equipamentos voltados para energia solar, está Priscila Marzullo, Managing

Director da AXIAL. Ela é uma das poucas mulheres no comando das multinacionais, e contou em uma breve

entrevista sobre a história da empresa e projetos futuros.

RBS Magazine: Nos conte sobre a história

da empresa, desde a sua fundação,

até os dias atuais e a expansão

global!

PRISCILA MARZULLO: A Axial

Brasil é o braço nacional da renomada

Axial Structural, que tem sede em Valência,

na Espanha e é referência global

em projetos e fabricação de estrutura

de fixação de módulos fotovoltaicos.

No Brasil, a operação teve início em

2022, embora a empresa global exista

desde 2008. Desde então,rapidamente

se estabeleceu como uma força a ser

reconhecida no mercado brasileiro.

Hoje contamos com um escritório em

São Paulo e uma fábrica localizada na

Bahia. A nossa história, combinada

com a experiência de mais de 60 anos

do Grupo Alonso, respeitado conglomerado

europeu ao qual fazemos parte,

traz robustez financeira e expertise

multisetorial para a empresa e seus

clientes.

RBS Magazine: Quais países têm sede

da Axial?

A empresa tem escritórios em 6 países:

Espanha, Brasil, Japão, Estados

Unidos, México e França. Além dos

escritórios, a presença global da Axial

é representada por projetos em mais

de 40 países.

RBS Magazine: Quais os diferenciais

e tecnologias empregadas nos produtos

da Axial?

O diferencial da nossa tecnologia é a

valorização da engenharia em cada

projeto. O Axial Tracker 1V Twin,

por exemplo, foi desenvolvido com

tecnologia homocinética, e é pioneiro

ao trazer essa inovação ao setor,

garantindo o melhor desempenho

possível. Graças a essa tecnologia de

transmissão de movimento, alcançamos

níveis superiores de tolerâncias

de declividade, reduzindo significativamente

os trabalhos civis.

Além disso, sua montagem é rápida

e simples, e a necessidade de manutenção

é mínima, devido ao design

inovador e ao menor número

de peças.

"O diferencial da nossa tecnologia é

a valorização da engenharia em cada

projeto..."

E não para por aí! Cada projeto é estudado

de forma a atender todas as

regiões de vento do país. Para isso, a

empresa conta com uma equipe de

engenharia qualificada e multidisciplinar

que se dedica a garantir a máxima

segurança e que faz toda a diferença

no projeto final. Veja a seguir:

• Com um par de amortecedores

em todas as extremidades

do rastreador, totalizando 8 em

cada Axial Tracker 1V Twin, esses

sistemas de amortecimento

garantem uma solução mais estável,

aliviando os impactos da

movimentação global.

• O Axial Tracker 1V Twin conta

com um tubo mais robusto, nas

dimensões de 120mm x 120mm,

na intenção de aumentar a rigidez

da estrutura. Essa solução,

em conjunto com os amortecedores,

evita que a estrutura entre

em ressonância e em colapso.

• Todas as Correias Ômegas possuem

um suporte interno que

contribui para a distribuição

das forças exercidas ao longo

da peça, principalmente aliviando

a pressão nos parafusos

do perfil U, que são responsáveis

pela fixação das Correias

Ômegas ao tubo do tracker, e,

também, elimina a possibilidade

de abertura dessa peça evitando

possível movimentação e

preservando a integridade dos

módulos.

Essas são apenas algumas das razões

que garantem que o Axial Tracker

1VTwin seja a Escolha Inteligente

para cada projeto fotovoltaico.

16

RBS Magazine


RBS Magazine 17


SUSTENTABILIDADE

Hypontech lança novo

microinversor solar HMS 1.6-2K

para tornar a energia limpa mais acessível

O equipamento deve se tornar líder em vendas no segmento

A

Hypontech anunciou o lançamento

de seu novo microinversor

solar, o HMS

1.6-2K, que é inteligente,

pequeno e acessível, projetado

para tornar a energia limpa mais

acessível para proprietários de residências

e empresas.

The HMS 1.6-2K is equipped with

a number of advantages that make it

ideal for residential and commercial

solar applications. These features include:

Capacitando Casa/C&I com Facilidade

O HMS 1.6-2K possui plug-and-

-play que, com um simples plug-in na

tomada, fornece eletricidade adicional

à rede doméstica/C&I sem esforço.

Suas capacidades excepcionais incluem

uma corrente de entrada máxima de

até 15A, tornando-o compatível com

os principais módulos fotovoltaicos de

alta potência.

Eficiência econômica

Cada microinversor HMS 1.6-2K

pode ser conectado em até quatro

módulos solares, reduzindo significativamente

os custos de instalação, além

disso, possui 4 canais de entrada independentes,

eficiência MPPT em nível

de componente de até 99,9%, baixa

tensão inicial de 16 V, maximizando,

dessa forma, o uso de luz fraca e gerando

energia mesmo em tempo nublado

e chuvoso em ambiente com temperatura

máxima de 50 O C e ainda operação

em plena carga. Isso se traduz em

uma maior eficiência geral de geração

de eletricidade para o sistema fotovoltaico,

contribuindo para a economia de

energia e conservação ambiental.

Segurança e confiabilidade em

primeiro lugar

O HMS 1.6-2K opera com tensão

inferior a 60 V CC, eliminando riscos de

incêndio e choque elétrico em sua raiz,

ele é o guardião final da segurança da

sua central elétrica, e como tem encapsulamento

total com proteção IP67,

ele se torna à prova d'água e de poeira,

quando brevemente imerso em água,

ainda pode operar normalmente, sem

medo de vento, chuva, neve e geada;

Com a sua tecnologia avançada, alinha-se

perfeitamente ao conceito de

eletrodomésticos sustentáveis ​e ecológicos,

o HMS 1.6-2K é mais do que apenas

um produto, é uma declaração do

seu compromisso com um futuro mais

limpo e verde.

Sobre Hypontech

A Hypontech é uma empresa líder

em inovação técnica, especializada em

inversores fotovoltaicos distribuídos e

soluções inteligentes de gerenciamento

de energia. Como fornecedor de

soluções abrangentes, estamos comprometidos

com o conceito de P&D de

“qualidade em nosso DNA”, rompendo

continuamente as barreiras técnicas

da indústria e garantindo mais de 100

patentes e direitos autorais.

O nosso diversificado portfólio de

produtos varia de 600W a 80kW, certificados

através de testes rigorosos

por entidades como a TÜV, garantindo

cobertura abrangente em inversores

de rede residenciais e comerciais, sistemas

de armazenamento de energia,

microinversores e soluções inteligentes

de gerenciamento de energia. Com

uma presença global que abrange mais

de 70 países em todos os continentes,

temos sido consistentemente homenageados

como 'EUPD TOP BRAND IN-

VERTER' por três anos consecutivos.

Energizando o Futuro, somos

HYPONTECH.

Para mais informações,

você pode entrar em contato:

info@hypon.com

18

RBS Magazine


PRO

3-6KP

SINGLE PHASE 2MPPTS

Eficiência máxima: 98,1%

Sobrecarga máxima DC: 150%

Tensão inicial mais baixa: 40V

Função AFCI opcional

Sistema de monitoramento

24h opcional

RBS Magazine 19


Entrevista do Editor

Nessa edição da Entrevista do Editor, Tiago Cassol recebe um

grande empreendedor do setor de energia e um ser humano

incrível, Eduardo José Bragança Lopes. Ele é bacharel

em direito, com formação administrativa em gestão de

negócios e marketing, além de ser sócio fundador do grupo

das indústrias INOX-PAR. Também é diretor da indústria

Brasil pela Associação Brasileira de Geração Distribuída e

fortemente ativo em diversos setores da indústria.

Além disso, é idealizador do projeto social Iluminando

Famílias e Quilowatt do Bem, onde leva muito mais que

energia para as escolas e crianças, e sim uma verdadeira

luta pela sociedade e contra as drogas. Também é autor de

livros e uma pessoa voltada a fazer uma sociedade melhor.

Conheça mais Eduardo Bragança como profissional de

sucesso e suas ações que há anos colabora para uma

sociedade mais humana e fraterna. Boa leitura.

CASSOL - Eduardo Bragança, primeiro

gostaria de dizer que é um prazer e

felicidade ter esse bate-papo contigo

na Entrevista do Editor da RBS Magazine

dessa edição. Assim, gostaria

de começar com uma pergunta mais

direta sobre o mercado de energia

solar. Qual é a sua percepção do que

podemos esperar desse ano depois

desses primeiros meses de 2024?

BRAGANÇA - A percepção é de que

nós teríamos dificuldades por conta

de uma gestão federal, que tem um

olhar diferente da gestão anterior em

relação ao segmento solar. Mas contudo,

nós estamos sentindo no dia a

dia de que a necessidade de termos

outras fontes de energia, como a

solar, se fazem necessário. Por esse

motivo, a pujança que existe no nosso

país de extensão continental é

tomada a frente, às vezes, de ações

governamentais, como a redução dos

incentivos fiscais para aqueles produtos

que chegam no Brasil que compõe

o kit do segmento solar. Então, tem

alguns produtos hoje que estão com

redução dos incentivos onde isso poderia

ter um efeito de diminuição de

consumo e, no entanto, a gente está

vendo nesses primeiros meses que o

mercado continua em ascensão. Talvez

se estivesse com todos os incentivos

estaria com um volume maior

ainda do que nós estamos vendo, então

a expectativa tem sido boa embora

a gente está sentindo toda essa dificuldade

por conta das autoridades

que estão à frente da gestão pública

federal.

CASSOL - Como sabemos, você tem

uma bela história de empreendedorismo

com a fundação da INOX-PAR

e a participação de diversas ações

no setor industrial como de energia,

em especial, diretor da indústria da

ABGD. Sabemos que a INOX-PAR nasceu

para ser um mercado de fixadores

e componentes de aço inoxidável,

em 1984, uma época em que a energia

solar não tinha um mercado significativo

no Brasil. Qual foi o momento

em que vocês viram a necessidade de

atender esse setor e como vocês se

prepararam para atender o mercado

solar com qualidade?

Primeiro, que a Inox-Par realmente

nasceu em 1984 não se ouvia falar

muito em energia solar. Eu ouvia falar

em aquecimento solar, então tinha

os aquecedores e tinha já algumas

companhias que trabalhavam com

isso, mas em um outro conceito. Até

porque naquela época eu cheguei a

ver placas fixadas com arame, e então,

era um padrão de qualidade sem

normas técnicas e as coisas andavam

por uma necessidade pontual. Não

era um mercado divulgado, apoiado,

incentivado. Assim, nos últimos 10

anos, ao final de 2014 para começo

de 2015, nós tivemos um convite mais

pontual por conta de um player que

era líder de mercado para estar tropicalizando

peças que hora eles importavam

da Alemanha. Naquela ocasião,

era a K2 e a INOX-PAR teve esse

desafio de tropicalizar os produtos e

nós o fizemos com bastante comprometimento.

Eu diria do começo ao

fim e suprindo todas as necessidades,

tudo que se diz respeito a ancoragens

a fixações, nós desenvolvemos e nós

fomos atrás disso oportunamente. Tivemos

uma aproximação de algumas

associações, como ABSOLAR e a própria

ABGD, até que surgiram convites

e nós sentimos à vontade para colaborar

mais com a pasta da indústria,

porque a nossa história é em cima da

indústria. A gente também passou a

contribuir com a ABGD na pasta da

indústria a nível Brasil e, hoje, temos

essa troca de experiências e trazemos

para o mundo da energia solar

os diversos tipos e opções de ancoragens

e fixações para todos os tipos.

Eu diria hoje que começamos com

as soluções de telhado, solo e agora

também das fachadas e fixadores e,

também, para os flutuadores que estão

chegando no nosso país. Então,

é só aprendizado e como estamos

em um País maravilhoso de extensão

continental, temos muito trabalho.

Eu vejo isso como uma oportunidade

onde nós somos muito, mas muito

gratos, a aqueles que confiam e trabalham

com a Inox-Par seja eles nossos

clientes, fornecedores, amigos e

colaboradores. Só gratidão.

CASSOL - Quais novidades ou oportunidades

que a INOX-PAR irá trazer

nesse ano e nos próximos anos, em

especial, para o setor solar? O que

podemos esperar de novidades da

sua empresa?

As novidades sempre estão acontecendo

cotidianamente, porque os

20

RBS Magazine


produtos da linha solar evoluem. As

placas antes tinham determinados

tamanhos, determinadas capacidades

e hoje, você vê os produtos evoluindo

com maior capacidade, tamanhos

diferentes, módulos bifaciais.

Enfim, eles evoluem e se destacam

no que se diz respeito ao custo-benefício

daquele investimento que você

está fazendo, os fixadores também

acompanham, porque quando se fala

das fachadas sustentáveis os revestimentos

e o BIPV, trazem a opção para

satisfazer a arquitetura. No que se diz

respeito a estética e mudança de conceitos

e padrões que a gente já está

acostumado de um jeito. Você vê que

o pessoal lá do hemisfério norte, já a

frente e isso traz um combo, um conjunto

de situações e de produtos que

tem que ser o melhor. Sendo assim,

nós desenvolvemos todo o sistema

de ancoragem e fixações para poder

compor junto com a caixilharia e a engenharia

metálica em conjunto com a

engenharia civil para contemplar as

novas edificações, principalmente, as

verticais. Também os retrofits daqueles

que desejam melhorar a sua edificação,

onde nós percebemos também

que as administrações públicas

dos municípios têm observado isso e

tem contemplado também uma contrapartida

por uma redução do IPTU

daquelas edificações que buscam

fontes sustentáveis, como no caso a

energia solar. Tenho o exemplo aqui

da nossa cidade de Guarulhos que

pode chegar até 6% uma redução de

IPTU, uma vez que você faça alguma

captação limpa e sustentável, tal

como também o reaproveitamento

da água da chuva e outros mais. Então,

tudo isso vai de encontro ao que

a Inox-Par faz cotidianamente, ou

seja, melhorar cada vez mais o sistema

e a sua aplicabilidade. Assim, não

poderia deixar de falar também que a

grande novidade são esses flutuadores

onde nós temos algumas opções

de empresas que estão trazendo esses

produtos com construções diferenciadas

na sua matéria-prima, na

sua forma de fazer esse flutuador. Os

fixadores da Inox-Par tem sido uma

excelente opção e ficamos muito felizes

com isso, porque trabalhamos

bastante com esse foco além de outras

novidades que trabalhamos na

linha do agronegócio, petróleo e gás.

CASSOL - Eduardo, além de um profissional

de primeira, você também

é um ser humano fantástico. Você

tem diversas ações sociais, livros escritos

e palestras motivacionais que

impressionam muita gente. Falando

em suas ações sociais, queria que

você nos contasse mais sobre o projeto

QuiloWattdoBem. Qual a missão

desse projeto, de onde vem a ideia e

como podemos fazer para conhecer

melhor essa excelente ação social?

Onde vem tamanha motivação e qual

mensagem você deixa aos nossos leitores

para que eles possam também

ser tornar lideranças locais contra as

barbáries que, em especial as crianças,

passam em nosso mundo?

Obrigado por essas palavras. Isso aí

só nos fortalece e nos incentiva e nos

compromete mais. Porque é um momento

que você sente no coração, na

alma, como é bom fazer o bem. Eu

sempre digo que quem mais recebe

é quem faz. Então, eu só tenho gratidão.

A gente já faz esse trabalho há

26 anos, aproximadamente. Mas, eu

digo que o trabalho não precisa ter

um título. Você pode ser uma pessoa

melhor a cada dia. Isso também é um

trabalho, particularmente, se você

respeita as pessoas que está com

você, a todo tempo, tendo um olhar

para aquele que precisa. Também de

se olhar no espelho, que a gente também

precisa de ajuda. Então, é uma

troca a todo momento. Então, a gente

tem que ter humildade. Resiliência

a todo momento. Eu, quando tive encontro

com o Ricardo da TV Solar, ele

trouxe essa grande ideia do Pila Watt

do Bem. Eu fiquei impressionado e falei

“Nossa, é muito bom, isso dá para

ajudar muita gente, vou te ajudar!''

Nesse momento, a gente resolveu

unir o trabalho que já acontecia aqui

na Inox-Par, denominado Iluminando

Famílias, um trabalho que traz o título

de sustentabilidade humana, que é

essa organização não governamental

que a gente faz ao longo desses anos.

Assim, nós nos unimos.

Então, se a pessoa que

tiver interesse entrar lá

no Pila Watt do Bem,

você vai conhecer um

pouco mais o mecanismo

de você doar aquilo

que você gera se você

tem uma captação de

energia solar. A partir de

1 kWh você pode doar.

Entrevista do Editor

Assim, esse trabalho vai somando essas

doações para depois contemplar

uma instituição que tenha uma gestão

honesta, competente, que nós

iremos visitar e que as pessoas vão

indicar. Então, de repente, vou contribuir,

mas eu vou indicar aqui um

asilo, perto da minha casa, porque

eu acho que é um trabalho honesto.

Então, nós iremos até lá para ver se

realmente merece essa doação. Essa

doação pode vir por crédito, que a

gente vai levar junto à concessionária,

ou pelo projeto, propriamente

dito, ou seja, todo o sistema funcionando.

Ali nós iremos doar todo o

sistema de ancoragem e fixações. Um

outro parceiro vai doar a placa, o outro

vai doar o cabo, o outro vai doar

a mão de obra, o outro vai doar o seguro,

e assim a gente vai contemplar

essas instituições. Entregamos, no final

de 2003, uma creche e orfanato,

630 crianças, aproximadamente. Foi

um sucesso, tinha uma conta próxima

de R$10 mil, onde nós conseguimos

zerar. E se o equipamento durar

os 25 anos? Minimamente 25 anos

sem pagar energia, isso vai ajudar

muito a instituição a proporcionar

outro tipo de ajuda com essa verba,

alimentação, medicação, enfim, educação.

E agora vamos entregar para o

asilo Adolfo Bezerra de Menezes, no

bairro da Penha, no qual eu participei

muito, já ajudei muito nesta casa, e

eles têm um trabalho muito honesto.

Lá é a velhice desamparada, então

são aqueles que são desamparados

pela família e esse trabalho acolhe. E

nós iremos fazer a doação da energia

pelo QuiloWatt do Bem com o projeto

Iluminando Famílias. Se você não

conhece, meu amigo, eu te convido

para conhecer. Se você já tem um

trabalho, continue, mas faça alguma

coisa. Se não for com o nosso, eu

sempre digo que esse trabalho não

é nosso, é de todos. A partir do momento

que você adota, esse trabalho

é seu também.

RBS Magazine 21


REFERÊNCIA

INVT busca liderança no Brasil.

A empresa conta com portifólio

vasto no segmento de energia

A energia solar é a chave para um futuro limpo e sustentável. A INVT Solar

lidera essa transformação com soluções inovadoras em tecnologia solar!

empresa é pioneira

em pesquisa, desenvolvimento,

pro-

A

dução e venda de

inversores solares

e outros produtos, além de garantir

eficiência e confiabilidade

nas aplicações residenciais e comerciais.

Ela também, oferece soluções

de monitoramento e

armazenamento de energia,

aumentando a eficiência e sustentabilidade,

pois na visão da

empresa, é possível um futuro

energético acessível e descentralizado,

no qual cada consumidor

pode gerar sua própria

energia.

Steven Zhao, Diretor da

INVT Solar Brasil, reforça o compromisso

em atender ao mercado

brasileiro com vendas,

marketing e suporte técnico de

qualidade, “Nós temos uma

equipe local para atender ao

mercado brasileiro e estamos

muito animados para fazer um

bom trabalho, junto aos distribuidores

confiáveis e nos quais

estabelecemos parcerias de longo

prazo. Participar de eventos

como o Fórum GD, por exemplo,

é essencial para conexões e parcerias”.

Com o sucesso em mercados

globais como Índia e

Austrália, a INVT Solar se sente

preparada para ser líder no

mercado brasileiro. A vasta

expertise e confiabilidade dos

produtos da marca já estão

estabelecendo negócios estáveis

e parcerias duradouras no

Brasil.

22

RBS Magazine


RBS Magazine 23


APRIMORAMENTO

EMBRASTEC | DPSs

para inversores

Com o crescimento do mercado de energia fotovoltaica, as empresas têm

investido bastante para inovar e aprimorar os seus produtos.

Existem algumas especulações afirmando

que, quando houver proteção acoplada

ao inversor, não há necessidade

de utilizar DPS (Dispositivos de Proteção

Contra Surtos) externos, mas e

agora, o que faço para garantir a segurança do

meu inversor?

A resposta é, você deve usar DPS externo,

como os fornecidos pela EMBRASTEC para garantir

proteção completa ao seu sistema fotovoltaico.

Apenas as proteções fornecidas por inversores

atendem às normas básicas de segurança,

como ABNT NBR 16690:2019 [1] e ABNT

NBR 5419:2015 [2].

Outro fator importante, além de utilizar

os DPSs da EMBRASTEC, sua instalação precisa

ter aterramento e equipotencialização dos elementos

que podem conduzir corrente elétrica,

como os metálicos, assim garantimos que o

surto seja dissipado de forma correta e segura.

Quais os benefícios de usar os DPSs da

EMBRASTEC para proteger meus inversores?

As maiores marcas de inversores não

abrangem em suas garantias problemas provenientes

de descargas atmosféricas. Ao usar os

DPSs para proteger seus inversores, você evita

gastos com manutenção. Além disso, ao deixar

a produção de energia fotovoltaica parada de

1 a 2 meses (tempo de manutenção de um inversor)

você tem prejuízos significativos.

A EMBRASTEC oferece como solução contra

surtos elétricos as String Boxes CC e String

Boxes CA, o DPS solar e o Combiner Box. A EM-

BRASTEC conta com o atendimento consultivo

personalizado e de forma gratuita para indicar

a melhor solução para proteção de seu sistema

fotovoltaico.

Garanta a proteção de SFV com quem é

referência no mercado, compre EMBRASTEC.

24

RBS Magazine


RBS Magazine 25


Artigo

Os maiores

desafios de

vender no

AGRONEGÓCIO

Por: Carlos Andriolli, conhecido como o "Rei do Agro." é um especialista em soluções de energia e financiamentos

para o agronegócio, no qual atua como Coordenador de Vendas há oito anos. Email: carlos_andriolli@yahoo.com.br

O

famoso slogan “AGRO É

TECH, É POP, É TUDO”

não é por acaso, pois o

Agronegócio é essencial

para o Brasil, isso é inegável.

Além disso, o país possui condições

climáticas e recursos naturais

favoráveis para a produção agrícola

em larga escala, o que o torna um

dos principais players no mercado

global de alimentos.

De acordo com o IBGE (fonte: fevereiro

2024), 24,8% do PIB brasileiro

de 2023 veio do agronegócio, 30%

dos empregos gerados são desse setor

e 52% da exportação brasileira foi

do por meio do agro. Tudo isso e muito

mais! O Brasil é o maior produtor

global de soja, açúcar, café e suco de

laranja. O agronegócio brasileiro é a

nossa grande vocação.

Será que podemos afirmar o

quão imaturos são os vendedores de

Energia Solar em relação aos que comercializam

sementes, fertilizantes,

máquinas agrícolas ou camionetes?

Calma que é só uma provocação minha,

já que todos estes que citei, nasceram

para o agronegócio, e sim, sabem

a linguagem nativa deste cliente

e todos os seus desafios, mas você

sabe como atuar nesse segmento fornecendo

Energia Solar?

Primeiramente é necessário conhecer

duas importantes vertentes:

• Perfil do cliente

• Soluções em Energia Solar Híbridas

ou Offgrid

Pode parecer óbvio, mas vamos

conhecer um pouco mais sobre este

cliente.

O produtor rural ou agricultor

tem algumas particularidades interessantes

em todos os cantos do país,

já que eles possuem alto grau de conhecimento

técnico e estão longe de

serem ignorantes em tecnologia!

O cliente desconfiado em relação

às novas soluções, adquire energia

solar muitas vezes por indicação,

no qual a confiança com o vendedor

faz a diferença. Juntamente com sua

linguagem e dialeto particular, este

cliente necessita de uma abordagem

para criar conexão diferenciada. Com

isso, o atendimento personalizado e

in-loco torna-se obrigatório para então,

permitir a conexão e segurança

na solução ofertada.

Pois bem, muitas empresas integradoras

de Energia Solar tiveram

seu crescimento da seguinte forma:

Iniciaram no residencial em pequenos

projetos, depois se estruturaram

e foram inserindo projetos maiores

atendendo Comércio e Indústrias. Tiveram

uma estrutura de engenharia,

instalação e pós-venda e começaram

a buscar Grandes Usinas Fotovoltaicas.

Notou que não se pensou no

Agronegócio? E é exatamente este

o cliente que tem a maior deficiência

energética, começando pela baixa

Qualidade da Energia Fornecida

pela Concessionária, e as Grandes

distâncias de Rede Complementar

até a fazenda fazem com que seu

crescimento produtivo fique limitado.

Observem que sua demanda

energética é altíssima e sua necessidade

o torna como o principal cliente

em relação à viabilidade para inserir

Energia Solar.

E VOCÊ, INTEGRADOR DE

ENERGIA SOLAR, VAI APROVEITAR

ESTA OPORTUNIDADE?

26

RBS Magazine



SISTEMA

Definição das cargas

para sistemas híbridos

As dúvidas começam não na parte técnica do sistema, mas na parte comercial:

como tratar desse tema? Como e quando oferecer?

Já foi possível,

pela fatura de

energia, analisar

similaridades

no tamanho

do sistema

fotovoltaico pelo

histórico de

consumo...

É

corriqueiro na vida do integrador

ser questionado sobre

sistemas híbridos com bateria,

muitas vezes até mesmo antes

de começar a negociação do sistema

on-grid, já que este que por sua vez é

muito mais popular no mercado, tanto

pelo custo quanto pelo benefício.

Antes de tudo, precisamos entender

que se em um sistema fotovoltaico

on-grid sem baterias não poderíamos

tratar a venda como uma receita

de bolo, agora teremos a certeza que

um sistema fotovoltaico on-grid com

baterias nada tem disso.

Naturalmente, há um custo diferente

para implementação desse sistema.

Especialmente para o inversor

e para as baterias. Já podemos fazer

aqui talvez a mais importante observação:

quanto maior for a potência e

a autonomia de backup, maior será

o custo. Da mesma forma, quanto

maior for o sistema de armazenamento

de energia, maior será o custo.

orçamento de um sistema fotovoltaico

híbrido: as cargas de backup. Serão

elas que resultam na potência e

na energia adequada para cada cliente

e justamente por isso, temos que

cada cliente terá suas particularidades

e o sistema para atender às suas

necessidades.

Já foi possível, pela fatura de

energia, analisar similaridades no

tamanho do sistema fotovoltaico

pelo histórico de consumo. Ocorre

agora que, dois clientes podem ter

exatamente o mesmo histórico de

consumo e possuírem sistemas completamente

diferentes para poder suportar

as suas cargas de backup.

Figura 1 – Bateria de lítio PHB à esquerda e bateria

de chumbo ácido à direita, qual é melhor?

Dessa afirmação, conseguimos

extrair o ponto mais importante do

Figura 2 - Histórico de consumo utilizado no

dimensionamento de sistemas fotovoltaicos.

Na reunião comercial, comprovada

a necessidade de um sistema

fotovoltaico híbrido com baterias, é

28

RBS Magazine


A melhor distribuidora para

todos os tipos de projetos

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RBS Magazine 29


importante sanar as seguintes perguntas:

1. Qual a tensão das cargas de backup?

2. Quais são os aparelhos elétricos

que entrarão para o backup

do sistema híbrido?

3. Qual a potência de backup?

4. Por quanto tempo se deseja ter

aquela potência de backup?

5. Qual a frequência dos eventos

de falta de energia?

Figura 3 - Bateria de chumbo ácido com profundidade de descarga de 20% possui vida útil de 1000 ciclos.

6. Em média, qual a duração da

falta de energia?

7. Qual o melhor local para colocar

o inversor e as baterias em

segurança?

Respondidas às perguntas, devemos

ainda olhar para o QGBT do

cliente, se haverá a necessidade em

se separar circuitos para atender a

determinadas cargas, por exemplo:

um circuito que atenda toda a cozinha,

pode ser separado para dividir

as tomadas em que estão ligadas geladeiras

e freezers para serem colocadas

no backup.

A partir das perguntas 2, 3 e 4 temos

potência e energia do sistema híbrido.

As perguntas 5 e 6 servem para

confrontar a expectativa do cliente

com o que ocorre de fato de faltas

de energia e estipular orçamentos

alternativos, de menor custo, pois,

na negociação, ele poderá exigir um

tempo de backup superior ao tempo

de falta de energia e se decepcionar

com o valor de investimento. Assim,

podemos criar um meio termo, que

satisfaça os momentos de atuação do

backup e ao mesmo tempo, possuam

uma atratividade maior.

Figura 4 - Comportamento de Ciclos x Estado de Vida (SOH)

da bateria de lítio considerando DoD de 90%.

A questão aqui é que a maioria

dos clientes são leigos e vão tentar

puxar o maior tempo de backup possível.

Mesmo que isso se dissocie da

realidade, o cliente faz isso pois não

tem noções de grandezas e nem do

impacto financeiro que esse superdimensionamento

causará. Cabe ao

integrador dominar o assunto e apresentar

o conteúdo de maneira amigável

ao cliente. O uso de termos kW,

kWp, kWh, V, A, mm² não apresenta

nenhum significado para o consumidor

se ele não entende a sua economia

e, agora, o seu tempo de backup.

Na mesma reunião, é importante

conversar com o cliente sobre quais

serão as cargas de backup de fato e,

além disso, que ele compreenda que

aquele orçamento está sendo feito

para aquele tempo e para aquele

conjunto de cargas. Qualquer modificação,

seja na potência ou no tempo,

acarretará seja em um sistema maior

ou em um tempo menor do backup.

Aqui vale o destaque da descarga

máxima de baterias de chumbo

ácido. De inegável atratividade, a

tecnologia apresenta severo impacto

na vida útil mediante descargas superiores

a 60% de sua capacidade total

de armazenamento, podendo atingir

maiores descargas em cenários de

backup onde o uso da bateria fica relacionado

apenas às faltas da rede.

Neste ponto, destacamos que um

cliente que sofra com faltas diárias,

com duração considerável, sofrerá

maior impacto do que um cliente

com poucas faltas mensais de menor

duração. Por isso, deve-se ter muita

atenção, pois, se o cliente pode comprar

o sistema com essas baterias e

começar a usar muito mais do que foi

estimado, seja em potência ou energia

e em menos de um ano, acabará

tendo que trocar todo o banco de baterias

pelo fim da vida útil precoce do

equipamento.

Na PHB, trabalhamos com inversores

híbridos monofásicos e bancos

de 48V, portanto, o banco mínimo é

de 4 baterias de 12V de chumbo ácido

ou alternativamente, uma bateria

única de lítio íon que já possui em

seus terminais a tensão necessária.

Esses bancos podem ser estendidos

em um total de até 16 baterias de

chumbo ácido (4 paralelos de séries

de 4 baterias) ou 6 baterias em paralelo

de lítio íon de maneira a estender

a máxima quantidade de energia disponível.

Na engenharia, todas as escolhas

são um cobertor curto. Por um lado

você tem o preço melhor, por outro,

30

RBS Magazine


siderando o tempo de backup menor,

cerca de 2 horas.

Figura 5 - As baterias PHB de lítio podem ser fixadas na parede

para otimizar a utilização do espaço disponível.

o equipamento tem uma vida útil menor.

Justamente por isso, mesmo que

a quantidade de energia esteja disponível

em apenas um banco composto

por 4 baterias, deve-se estudar a possibilidade

de se adicionar um segundo

banco visando maior durabilidade

dele como um todo.

Já na bateria de lítio, pela figura

4, vemos o local no qual a tecnologia

mais brilha: na durabilidade. Na hora

do orçamento, pode não ficar tão visível,

porém, na primeira troca das

baterias de chumbo ácido, podemos

já ter um cenário onde teria sido melhor

ter começado o sistema já com

lítio, minimizando futuros custos extras.

A pergunta 7 tem grande importância

pois o volume de equipamentos

é maior, se comparado aos

sistemas ongrid, justamente pela

presença das baterias. Assim, conseguimos

prever um local seguro e até

propor adequações para o cliente

para instalação em ambiente próprio

para o novo sistema, evitando maiores

problemas na hora da instalação,

de 2 metros do inversor.

Na PHB disponibilizamos o inversor

híbrido PHB3548-ES, que possui

3500W de potência e tensão da porta

backup de 127V e os inversores PHB-

3648-ES e PHB6048-ES nas potências

de 3600W e 6000W respectivamente,

ambos operando em 220V. Por isso,

com a pergunta 1, podemos direcionar

o orçamento para o equipamento

correto, pois se as cargas de backup

forem unicamente 127V, podemos

satisfazer ao cliente sem uso de transformador,

com o PHB3548-ES. No

caso de haver equipamentos nos dois

níveis de tensão, recomendamos inversor

híbrido da linha 220V com uso

de autotransformador, que também

disponibilizamos junto ao kit.

Para concluir, demonstramos

na prática, um exemplo, no qual (A)

houve entendimento e aplicação

dos conceitos do artigo e (B) houve

entendimento e aplicação do artigo,

porém ainda assim, maior liberdade

na escolha das cargas para o backup.

Para o caso A, empregamos 6 horas

de backup totalizando energia de

4,08kWh e para o caso B, 10 horas, resultando

24,3kWh. O primeiro caso,

sendo proposto uma única bateria de

lítio e o segundo caso, sendo necessário,

pelo menos cinco baterias de

lítio. Pode-se trabalhar também, no

caso B, apenas com uma bateria, con-

Essa análise torna-se extremamente

relevante quando compreendemos

que a carga e o comportamento

do cliente são dinâmicos e

não estáticos. O mesmo cliente A,

se não compreender os conceitos citados,

seja na hora da venda ou do

pós-venda, pode submeter o sistema

a uma carga muito mais pesada em

comparação ao que foi orçado, trazendo

o cenário muito mais próximo

de B, mas com a quantidade de baterias

(apenas uma) do caso A.

Se bem trabalhado, o cliente

pode cometer pequenos desvios em

relação ao sistema que comprou,

um computador a mais pelo tempo

necessário para salvar documentos

abertos, por exemplo, não tem potencial

de comprometer o tempo

esperado do backup. Os problemas

acontecem quando o cliente não está

ciente dos benefícios e limitações do

que comprou, isso representa uma

diferença substancial na lista de materiais

e no custo para implementação

de sistemas híbridos, e a seleção

de cargas acaba por definir o fechamento

de negócio. Especialmente

posto que em primeiro momento o

cliente é levado a extravagâncias infundadas,

a condução da negociação

pautada pelo conhecimento técnico

do mercado rende frutos positivos

e a especulação sem conhecimento

leva o cliente a ficar com pé atrás,

desconfiado.

Vale ainda destacar que a PHB

possui sistema nobreak solar exclusivo,

que possibilita a criação do sistema

de backup para clientes que já

possuam sistema on-grid em operação,

reaproveitando o inversor e os

módulos já instalados e criando uma

rede separada para alimentação de

cargas prioritárias em evento de falta

de energia da rede da concessionária.

Na nossa plataforma de vendas

disponibilizamos tabela para facilitar

a definição do banco de baterias

e possuímos equipe de engenheiros

para analisar as melhores soluções

para atender aos diferentes casos.

Vale ainda lembrar que para sistemas

de grande porte, possuímos o contêiner

de energia.

RBS Magazine 31


FUTURO

Hopewind fecha 2023

com 150GW de remessas

em produtos

Empresa investe em pesquisa e desenvolvimento

para se manter na liderança

A

Hopewind é uma renomada

fornecedora de

soluções inovadoras e

sustentáveis de energia

limpa que, com escritórios ao redor

do mundo, acumulou mais

de 150GW de remessas em produtos,

no final de 2023. Esta conquista

é reflexo de seu alto nível

de desempenho, da satisfação

dos clientes e do seu reconhecimento

na indústria.

Desde sua fundação em 2007,

a Hopewind avançou rumo a liderança

no segmento de energia

renovável, especializando-se em

pesquisa e desenvolvimento e

na fabricação e comercialização

de tecnologia de ponta para

conversão e controle de energia.

Seu portfólio inclui energia fotovoltaica,

energia eólica, sistema

de armazenamento de energia,

SVG e produtos de hidrogênio.

Essas soluções de alta tecnologia,

foram utilizadas em inúmeros

projetos, incluindo a usina fotovoltaica

de 200MW no China Huaneng

Group; a usina de 100MW

em Hunutlu na Turquia; o projeto

de armazenamento eólico de

1GW no Inner Mongolia Energy

Investment Group e o mais recente

sistema de hidrogênio IGBT de

7.0MW da PetroChina.

O sucesso da Hopewind é o

resultado de sua equipe altamente

qualificada formada por engenheiros

e doutores. Sua expertise

em P&D permite que a empresa

permaneça como pioneira nos

avanços tecnológicos no setor

de energia. Um exemplo disso

é o marco atingido em junho de

2023, com impressionantes 560

patentes obtidas.

Para garantir suporte rápido

e eficiente aos clientes em todo o

mundo, a Hopewind estabeleceu

uma rede abrangente de vendas

e serviços em diversos países.

A empresa busca continuamente

novas parcerias estratégicas

e colaborações para expandir

sua presença internacional e impulsionar

a adoção de soluções

de energia limpa em diversos

setores e regiões.

Como facilitadora da ampla

propagação de soluções em

energia limpa, a Hopewind desempenha

um papel vital na

redução das emissões de carbono,

na atenuação das mudanças

climáticas e na promoção

de um futuro mais sustentável

para todos.

32

RBS Magazine


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RBS Magazine 33


ECONOMIA VERDE

Edeltec une no portfólio

ENERGIA SOLAR E

MOBILIDADE ELÉTRICA

Criada com o objetivo de transformar o mercado de suprimentos de

informática por meio de inovações disruptivas, a Edeltec conquistou

rapidamente uma posição de destaque no setor

Em 2018, a Edeltec expandiu

as atividades para o mercado

fotovoltaico, adotando uma

abordagem fundamentada

em pesquisa tecnológica rigorosa

e uma metodologia de atendimento

ao cliente altamente eficiente.

Essa transição permitiu também

alcançar reconhecimento no segmento

solar.

A Edeltec vem marcando presença

como uma líder de inovação

e sustentabilidade no Brasil. Desde

2019, a empresa expandiu significativamente

sua gama de produtos

e serviços, incorporando a mais recente

tecnologia em energia solar

e mobilidade elétrica.

A trajetória de crescimento

da Edeltec é notável. Segundo a

pesquisa da Greener, a empresa

saltou do 24º lugar em 2022 para

10º lugar em 2024, na lembrança

dos integradores de todo o Brasil.

Este avanço evidencia não apenas

o aprimoramento qualitativo em

seus produtos e serviços, mas também

o crescente reconhecimento

e confiança no mercado fotovoltaico

nacional.

A empresa fortaleceu sua posição

por meio de parcerias estratégicas

com líderes globais em

tecnologia fotovoltaica, como BYD,

Deye, Hoymiles, Osda, Resun, Saj,

Sine, Solis, Sunova e Jinko-módulo,

proporcionando aos clientes

acesso aos produtos de ponta e

serviços técnicos especializados

oferecidos por uma equipe de engenheiros

altamente qualificados.

O diferencial está no acompanhamento

completo oferecido aos

integradores, desde a elaboração

de orçamentos até o pós-venda. A

empresa conta com infraestrutura

logística eficiente, incluindo frota

própria e dois Centros de Distribuição

estrategicamente localizados,

garantindo rapidez e eficiência na

montagem e entrega dos produtos.

O compromisso da Edeltec

com a sustentabilidade e com a

economia verde permeia todas as

suas operações. A empresa promove

ativamente a transição para

energias renováveis e uma mobilidade

mais limpa, através de seu

portfólio diversificado que inclui

desde geradores solares até soluções

de mobilidade elétrica, como

patinetes e bicicletas elétricas.

MOTO ELETRICA HAWK

A Edeltec, através de inovações

constantes e foco na sustentabilidade,

responde aos desafios

contemporâneos e lidera o caminho

para um futuro energético

mais limpo e verde.

A empresa se destaca por

sua ascensão meteórica no

mercado brasileiro, demonstrando

a qualidade e confiabilidade

de suas soluções em energia

fotovoltaica e mobilidade

urbana.

E também, ampliou o portfólio

ao investir em mobilidade elétrica

com a WeHawk, reforçando o compromisso

com a sustentabilidade

ambiental.

A Edeltec não fornece apenas

soluções tecnológicas

avançadas, mas também lidera

a transição para um futuro

mais sustentável.

34

RBS Magazine


RBS Magazine 35


Artigo

A indústria como estratégia

de desenvolvimento

Por: Edson Vasconcelos – presidente do

Sistema Federação das Indústrias do Estado

do Paraná - FIEP

Qualquer região ou país desenvolvido

teve, em algum

momento de sua história, a

indústria como o principal

motor de seu crescimento econômico,

tecnológico e social. Pela constante

necessidade de aprimorar seus

produtos e processos produtivos, a

indústria é uma grande indutora da

inovação e do aperfeiçoamento profissional

de seus trabalhadores, que

têm salários superiores aos de outros

segmentos.

Uma renda que, novamente pelas

características de sua atividade,

a indústria obtém não somente no

território em que está instalada, mas

busca em diferentes mercados, vendendo

seus produtos para outras partes

do país e para o exterior. Tudo isso

cria um ciclo de geração de riquezas

– incluindo tributos – que impulsiona

o desenvolvimento daquela região.

Para se ter uma ideia do poder

multiplicador da indústria, estudos

da Confederação Nacional da Indústria

(CNI) apontam que, a cada R$ 1

investido na indústria de transformação,

são gerados R$ 2,70 na economia

como um todo. Um valor bastante

superior ao que é gerado com investimentos

em outros setores: na agricultura,

R$ 1 gera R$ 1,72, enquanto

no comércio e serviços, R$ 1,48. Além

disso, a indústria de transformação

brasileira é responsável por 62,4% do

investimento empresarial em pesquisa

e desenvolvimento.

36

RBS Magazine


Artigo

No Brasil, em esfera federal, o

lançamento da Nova Indústria Brasil

(NIB), conjunto de metas e programas

para impulsionar o setor industrial

nacional, é um primeiro passo importante

para colocar o assunto em pauta...

Fazer com que a indústria

desenvolva plenamente seu potencial

é, portanto, uma ação

estratégica para o Brasil e para

o Paraná. Em nosso Estado, já

temos uma indústria dinâmica e

diversificada. Um setor que responde

por 26,1% do PIB paranaense

e é, atualmente, o quarto

principal parque fabril do Brasil,

atrás apenas de São Paulo, Rio

de Janeiro e Minas Gerais. Mas

tanto a indústria nacional quanto

a estadual tem potencial para

crescer muito mais.

Para que isso ocorra, é preciso

criar um ambiente de negócios

adequado, buscando soluções

efetivas para uma série

de desafios que, hoje, impactam

negativamente na competitividade

de nossa indústria. É

preciso solucionar os entraves

causados por questões como

infraestrutura e logística, geração

e fornecimento de energia,

burocracia e regulação, qualificação

e disponibilidade de mão-

-de-obra, acesso ao crédito, inovação

e sustentabilidade, entre

outras.

A atual diretoria da Federação

das Indústrias do Estado

do Paraná (Fiep) tem defendido

desde o início de sua gestão, em

outubro do ano passado, que

isso se faz com a formulação de

uma política industrial efetiva e

eficiente. Um movimento que

vem se intensificando inclusive

em países desenvolvidos, em

um processo de reindustrialização

impulsionado por disputas

tecnológicas e geopolíticas, desafios

climáticos e o rearranjo

de cadeias produtivas globais

após a pandemia.

No Brasil, em esfera federal,

o lançamento da Nova Indústria

Brasil (NIB), conjunto de metas

e programas para impulsionar o

setor industrial nacional, é um

primeiro passo importante para

colocar o assunto em pauta. Porém,

os esforços ainda são muito

tímidos perto do que se vê em

escala internacional. Enquanto

a NIB prevê aportes de R$ 300

bilhões até 2026, países como

os Estados Unidos anunciaram

pacotes de até o equivalente a

R$ 1,6 trilhão ao ano para reforçar

setores estratégicos de sua

indústria.

Além de ampliar os investimentos

e estruturar de maneira

mais efetiva as ações federais

voltadas para o desenvolvimento

da indústria, entendemos

que estados e municípios também

têm papel decisivo nesse

processo. Por isso, a Fiep colocou

como seu objetivo prioritário

ser um instrumento para a

construção de uma verdadeira

política industrial para o Paraná.

Queremos envolver diferentes

atores públicos e privados que

possam contribuir para que o

Estado tenha um plano e ações

concretas que o transformem

no melhor lugar para a atividade

industrial no país.

Além de todas as articulações

que já vêm sendo feitas

nesse sentido, neste dia 15 de

março, começando por Cascavel,

na região Oeste do Paraná,

a Fiep realiza o primeiro de uma

série de seis eventos de lançamento

dos Fóruns Permanentes

Regionais da Indústria. O grande

objetivo dos Fóruns é envolver

toda a comunidade e a opinião

pública qualificada em torno

do tema indústria, mostrando

o grande potencial que o setor

tem para dinamizar o desenvolvimento

dos municípios e das

diferentes regiões do Estado.

O debate inicial nesses seis

eventos servirá como provocação

para que as lideranças

apontem quais são as prioridades

para o desenvolvimento

industrial de suas respectivas

regiões. Um trabalho que

terá continuidade ao longo do

ano, com a realização de oficinas

temáticas em que serão

aprofundadas as necessidades

regionais em diferentes áreas.

Todo o conteúdo coletado nesses

encontros servirá de subsídio

para que a Fiep formule

propostas concretas para uma

política industrial eficiente para

o Paraná.

Nesse movimento, temos

a parceria fundamental de entidades

ligadas ao setor produtivo,

como a Federação das

Associações Comerciais e Empresariais

do Paraná (Faciap) e o

Sebrae/PR, além de Associações

de Municípios e Agências Regionais

de Desenvolvimento. O governo

estadual – por meio das

secretarias do Planejamento, da

Indústria, Comércio e Serviços

e do Trabalho, Qualificação e

Renda – também se prontificou

a apoiar essa iniciativa.

Com tudo isso, a Fiep espera

contribuir, efetivamente,

para que a indústria, pelo

impacto econômico, tecnológico

e social que gera, seja

colocada no centro da estratégia

de desenvolvimento do

Paraná e sirva de exemplo para

o Brasil.

RBS Magazine 37


INOVAÇÃO & TECNOLOGIA

Jornada de inovação aberta vai

aproximar grandes empresas e startups

para gerar soluções e negócios

Iniciativa conecta empresas de vários portes com instituições para o

desenvolvimento de soluções inovadoras, através da cooperação no ecossistema

Por: ASN Paraná

Dentro do Smart City Expo Curitiba 2024, foi realizado

em março deste ano, o lançamento do

Link de Curitiba e Região Metropolitana (RMC).

Trata-se de uma jornada de inovação aberta,

que envolve grandes empresas localizadas em

Curitiba e na RMC com startups, pequenos negócios e

instituições de ensino com o objetivo de sanar as “dores”

apresentadas pelas organizações e, como consequência,

desenvolver todo o ecossistema de inovação.

O diretor-técnico do Sebrae/PR, César Rissete, afirmou

que o Link reforça a conexão entre os ecossistemas

de inovação e salientou o papel da instituição no projeto.

“Os negócios não conhecem limites territoriais. O Sebrae

vai implantar a metodologia; assim, conduzimos o

processo, fazendo a conexão das pequenas empresas, que

são o nosso público principal, startups, empresas tecnológicas,

com os ativos tecnológicos e as grandes empresas.

O nosso trabalho é fornecer a metodologia e facilitar a

conexão”, explicou Rissete.

Dario Paixão, presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento,

detalhou sobre o funcionamento do Link

de Curitiba e Região Metropolitana.

“O Link conecta as grandes empresas da indústria

brasileira situadas na Região

Metropolitana de

Curitiba para conexões

de negócios e emissão de

notas fiscais. Tudo isso

significa mais contratos,

produtos e serviços entre

as startups e as grandes

empresas das cidades”,

comentou Paixão.

Entre elas, estão a

Bosch, a Klabin, a Ademicon

e a CNH Industrial.

Dário antecipou que, em

junho, durante a Connect

Week, haverá um encontro

entre essas grandes

empresas e as startups,

com o objetivo de prospectar

negócios.

Diretor-técnico do Sebrae/PR, César Rissete, CEO da Fira Barcelona, Richard Zapatero, o vice-prefeito de Curitiba,

Eduardo Pimentel, presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento, Dario Paixão, com representantes dos ecossistemas

de inovação de Curitiba e RMC, durante lançamento do Link. Fotos: Inove.

Para o vice-prefeito

de Curitiba, Eduardo Pimentel,

por se tratar de

38

RBS Magazine


The 1P Tracker by Soltec

soltec.com

PATENT PENDING

RBS Magazine 39


Ela discute o papel de Pinhais e da Unifap no sistema

de inovação da RMC e suas expectativas para o funcionamento

do Link, um projeto ou iniciativa específica

mencionada no contexto. Salete expressa otimismo, destacando

que nenhum ecossistema cresce sozinho e enfatiza

a importância da união com outros ecossistemas da

Região Metropolitana e com o Vale do Pinhão para fortalecer

o sistema regional

de inovação.

Na parte da tarde, foram realizadas apresentações sobre iniciativas do Link.

uma região metropolitana, é necessário trabalhar em

conjunto com os municípios vizinhos.

“Pitch invertido”

“Penso que as universidades

desempenham

um papel essencial ao

disseminar conhecimento

nas empresas. Atualmente,

o conhecimento é o

principal fator de produção,

superando a terra, o

capital e o trabalho. Possuímos

um recurso imaterial

valioso que deve ser

compartilhado para contribuir

e auxiliar no desenvolvimento

dos recursos

humanos das empresas.

Além disso, as empresas

são vitais para fornecer

suporte ao nosso trabalho,

complementando

esse ciclo de conhecimento”,

discorreu Salette.

“Isso é o Poder Público criando ambiente para o investimento

privado acontecer. É preciso fomentar para

que investimentos e a geração de emprego aconteçam”,

disse Pimentel.

Ele também mencionou o lançamento do projeto Fábrica

de Ideias, um hub de tecnologia que vai reunir empresas,

startups e espaços de cultura e lazer, lançado pelo

Governo do Paraná e pela Prefeitura de Curitiba.

Representantes dos ecossistemas de inovação envolvidos

no projeto, do Vale do Pinhão, Araucária, Pinhais,

Colombo, São José dos Pinhais e Fazenda Rio Grande,

ainda participaram, nesta quinta-feira, de um encontro

com as instituições de ensino, de ciência e tecnologia, e

com fundos de investimento para debater iniciativas que

podem ser realizadas através do Link.

Universidade e inovação

Salette Silveira Azevedo, correitora acadêmica do

Centro Universitário Unifap e conselheira do Centro Municipal

de Desenvolvimento e Inovação de Pinhais, enfatiza

que nenhum ecossistema consegue crescer sozinho.

Ela também ressalta o papel da universidade para conectar

talentos e projetos com grandes indústrias de Curitiba

e da Região Metropolitana.

Edgar Meante integra o comitê gestor do Ecossistema

de São José dos Pinhais. Ele enfatiza a importância de

conectar diferentes atores dos ecossistemas e dá destaque

para este novo método de “pitch invertido”, quando

as empresas apresentam suas “dores” para que as micro

e pequenas empresas gerem soluções. Em um esquema

de pitch tido como normal, são as startups que apresentam

os serviços para as empresas.

“É como se você estivesse observando o comprador

demonstrando interesse no produto. Assim, a venda não

se baseia em tentativas de descobrir as necessidades do

cliente; em vez disso, você desenvolve o produto especificamente

para atender às demandas do consumidor final.

Frequentemente, ocorre que as empresas possuem soluções

semelhantes ao que é solicitado e competem entre

si para adaptar e aprimorar essas soluções conforme o

pedido”, resumiu.

Meante cita exemplos de “dores” que startups podem

ajudar a resolver, como digitalização de processos

manuais nas empresas, melhorias na segurança para

acesso às instalações empresariais e a automatização de

processos internos, como o de compras.

Espaço do Sebrae

O Sebrae/PR mantém um estande no evento, oferecendo

palestras sobre inovação, compras públicas,

crédito para inovação, entre outros tópicos ligados ao

ambiente de negócios. Além disso, o estande apresenta

atividades interativas para os visitantes, dispõe de uma

equipe de atendimento ao cliente e conta com a presença

de unidades do Sebrae de outros estados, incluindo

Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina.

40

RBS Magazine


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RBS Magazine 43


CALENDÁRIO DE

EVENTOS

2024

17/18

ABR

23˚ FÓRUM GD SUL

CURITIBA - PR

25/26

SET

SMART ENERGY

CURITIBA - PR

26/27

JUN

24˚FÓRUM GD CENTRO-OESTE

CUIABÁ - MT

02/03

OUT

2˚FÓRUM GC

SÃO PAULO - SP

17/18

JUL

CIBIO CONGRESSO

CURITIBA - PR

30/31

OUT

9˚ CBGD/EXPOGD

BELO HORIZONTE - MG

07/08

AGO

25˚FÓRUM GD NORDESTE

RECIFE - PE

30/31

OUT

4˚FÓRUM HIDROGENIO

BELO HORIZONTE - MG

21/22

AGO

ENERGY STORAGE BRASIL

SÃO PAULO - SP

20/21

NOV

FÓRUM CARBONO NEUTRO

A DEFINIR

11/12

SET

26˚FÓRUM GD NORTE E FÓRUM

AMAZÔNIA SUSTENTAVEL

MANAUS - AM

27/28

NOV

FÓRUM MOVE

BRASÍLIA - DF

19/20

SET

6˚ SOLAR EXPERIENCE

VITÓRIA - ES

04/05

DEZ

7˚SOLAR EXPERIENCE

PORTO ALEGRE - RS

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