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Fevereiro 2024
Fortalecer o ecossistema
Falando sobre a digitalização da cadeia
de abastecimento, não esconde que
ainda há um caminho a percorrer, mas
vão sendo dados passos importantes:
“fechámos 2023 com três novos negócios
em três transitários, precisamente
porque as empresas começam a perceber
que têm que dar o passo, caso
contrário ficam para trás, começam
a perder negócios e oportunidades,
precisamente porque não têm capacidade
de resposta. Por outro lado, com a
chegada de gente nova ao setor, são os
próprios jovens que exigem ter ferramentas
adequadas, que respondam e
estejam disponíveis 24/7, online e comunicando
com os portais dos clientes
para, por exemplo, partilhar processos
com os agentes com os quais trabalham
no destino final.”
A visão da tecnológica portuguesa
passa, pois, por também olhar para fora
e ver como é que pode ajudar os seus
clientes a potenciar o negócio através
do envolvimento digital de todos os
seus parceiros. Um caminho que a Devlop
tem vindo a fazer paulatinamente
com os transitários, com as transportadoras
e também com os operadores
logísticos e que “vai continuar, pois
muitas já perceberam que é um fator
crítico para o desenvolvimento dos seus
negócios”. Hugo Fonseca exemplifica
com um caso concreto na área transporte
aéreo: “tive uma reunião com uma
companhia aérea com quem vamos
trabalhar para promover a digitalização
e trazer mais transitários para bordo. Há
diretrizes internacionais para aumentar
a digitalização das cartas de porte, um
trabalho que já tínhamos feito isso com
a Lufthansa, com a SATA e com a TAP no
passado. É fundamental desmaterializar!
Com os processos manuais todos perdem:
perde o transitário, perde a companhia
aérea, perde o ground handler…
todo o ecossistema sai penalizado”.
Acrescentar valor
à economia
A turbulência em que as cadeias de
abastecimento e os transportes têm andado
envolvidos também veio reforçar a
importância da digitalização e da visibilidade
da informação em tempo real. O
facto de os navios se desviarem das suas
rotas habituais, devido aos conflitos no
Mar Vermelho, significou um aumento
no preço dos fretes, mas não só. O
número um da Devlop lembra que estes
eventos “só vêm reforçar a necessidade
de ferramentas que reagem automaticamente
a essas alterações, com ferramentas
também ágeis”.
Oportunidades são muitas, o know-how
existe, capacidade para novos desenvolvimentos
também e, por isso, Hugo
Duarte da Fonseca espera continuar a
ganhar clientes de referência em Portugal,
mas também além-fronteiras, “seja
nos PALOP, seja em Espanha, por exemplo,
fruto da nossa network”, mas não só.
“Também queremos conseguir desenvolver
tecnologia que possa ser exportada
e traga valor para a economia portuguesa”,
aliás, o que é também um dos
objetivos do Projeto Nexus em que estão
envolvidos desde a primeira hora.