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SCMedia News | Revista | Fevereiro 2024

A revista dos profissionais de logística e supply chain.

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Supply Chain Magazine 53<br />

cas concretas para o desenvolvimento da<br />

ferroviária, daí também a nossa grande<br />

aposta. Para França, investimos já em<br />

oito locomotivas, muito parecidas com<br />

esta, que estamos aqui a ver hoje, que<br />

vamos receber na segunda metade de<br />

2025 e, portanto, estamos a tratar todo o<br />

processo de estruturação para que, assim<br />

que recebamos as locomotivas, nós<br />

possamos ter capacidade de iniciar os<br />

primeiros comboios no lado francês.<br />

Tocou num ponto importante: o<br />

desafio da bitola ibérica. Porque, ao<br />

lançar-se em França, existe ainda esta<br />

questão das dimensões dos carris.<br />

Sim, o investimento que nós fizemos<br />

em locomotivas, estas oito novas, são de<br />

bitola europeia, que vão permitir circular<br />

em todo o corredor mediterrâneo do<br />

lado espanhol e em toda a rede ferroviária<br />

em França. No corredor de Irun, nós<br />

vamos ter capacidade de fazer a interligação<br />

por trocas na fronteira, transferindo<br />

a carga de um comboio para<br />

o outro, como hoje já se faz de forma<br />

muito natural. Também hoje, apesar de<br />

termos a mesma bitola, é muito regular<br />

nas nossas operações internacionais<br />

não chegarmos à fronteira e trocarmos<br />

tração, portanto, hoje muitos dos nossos<br />

comboios, a locomotiva que começa em<br />

Portugal não é a mesma que tem continuidade<br />

em Espanha e vice-versa.<br />

Temos é de tentar tirar o maior partido<br />

dos dois tipos de redes e que os<br />

investimentos tragam sempre maior<br />

competitividade ao transporte e não o<br />

contrário, que não comece a segregá-lo<br />

e, no fundo, a condicionar. As oito locomotivas<br />

vão-nos trazer uma frota mais<br />

flexível, com locomotivas UIC, locomotivas<br />

ibéricas.<br />

Sobre agora a estratégia de <strong>2024</strong>,<br />

quer avançar já alguns investimentos<br />

ou algumas áreas a explorar um pouco<br />

mais?<br />

Em <strong>2024</strong> temos 22 novas locomotivas<br />

a entrar na nossa frota, portanto, temos<br />

estas 16 e temos seis unidades adicionais<br />

diesel que receberemos no final do ano,<br />

no final do terceiro/quarto trimestre.<br />

Temos uma grande aposta de crescimento<br />

no mercado espanhol, sobretudo,<br />

porque infelizmente no mercado<br />

português há pouca capacidade para<br />

fazer muito mais com o dilatar das obras<br />

ferroviárias e, portanto, teremos de ser<br />

pacientes, mas o mercado espanhol<br />

trouxe-nos uma grande aposta e, aquilo<br />

que vamos tentar é focar o crescimento<br />

ao ritmo que temos tido, portanto, crescimento<br />

a dois dígitos no mercado de<br />

Espanha e apostar muito na capacidade<br />

de interligação nas linhas internacionais.<br />

Aí, dependendo de quando é que temos<br />

o corredor norte aberto, quando é que<br />

temos o corredor sul em condições de<br />

operar e penso que este ano ainda vai<br />

ser um desafio termos um crescimento<br />

grande do lado português nesse aspeto.<br />

Mas criando uma boa base em Espanha,<br />

eu penso que estaremos também<br />

muito melhor preparados para serviços<br />

internacionais entre Portugal e Espanha.<br />

Tal como falou, Espanha acaba por<br />

ser um mercado mais natural por<br />

causa da estratégia de fomento da<br />

ferrovia face à estratégia portuguesa,<br />

não é?<br />

Sim. Portugal não tem uma estratégia<br />

para fomentar o transporte [ferroviário]<br />

de mercadorias. Portugal tem uma estratégia<br />

concreta de melhoria significativa<br />

da infraestrutura ferroviária.<br />

Aí sim, está em implementação, e há<br />

que reconhecer todo esse mérito. Mas<br />

não temos uma estratégia para a mobilidade<br />

ferroviária de mercadorias. Espanha<br />

tem uma grande estratégia, bem

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