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SCMedia News | Revista | Fevereiro 2024

A revista dos profissionais de logística e supply chain.

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Supply Chain Magazine 51<br />

lamento da taxa para <strong>2024</strong>, tal como foi<br />

incorporado redução de 30% de portagens<br />

para <strong>2024</strong> na rodovia. Infelizmente,<br />

para a rodovia seguiu para a frente essa<br />

redução de 30%, mas para a ferrovia foi<br />

rejeitado o não aumento de 23%. Foi<br />

votado contra por dois partidos e manteve-se<br />

o aumento.<br />

Acabamos por ter aqui uma política de<br />

carbonização, quando o objetivo era descarbonizar<br />

a mobilidade. Estamos a agir<br />

no sentido contrário.<br />

E relativamente ao terminal do<br />

Lousado, em que estado se encontra,<br />

quando é que pretendem que esteja<br />

concluído e as vantagens competitivas<br />

que irá trazer?<br />

Lousado vem dar resposta a uma necessidade<br />

crescente de procura que nós<br />

estávamos a assistir antes do período de<br />

Covid. A ferrovia viveu anos de desenvolvimento<br />

entre 2018 e 2020, e a zona norte,<br />

sobretudo a zona onde está Lousado,<br />

é uma das zonas com maior dimensão<br />

industrial e exportadora do país, e a capacidade<br />

existente já era limitada.<br />

O que Lousado trará é capacidade a<br />

nível de intermodalidade, rodovia-ferrovia,<br />

para podermos servir muito melhor<br />

aquela região ao nível de comboios, seja<br />

a nível da conexão para os portos, e aqui<br />

temos de falar de Sines, Leixões, Lisboa, e<br />

dos outros portos nacionais, porque mesmo<br />

Leixões, que está introduzido dentro<br />

da malha urbana, conseguir escoar a sua<br />

carga e poder ter um ponto satélite onde<br />

a carga possa transitar para o camião e<br />

fazer as suas entregas, evitando a passagem<br />

da malha urbana, que também é<br />

uma grande vantagem, mas é, todavia,<br />

um projeto muito desafiante.<br />

Trata-se de um terminal de grande<br />

dimensão, inserido numa localização<br />

desafiante, e do ponto de vista ambiental<br />

tem sido um processo bastante<br />

desafiante, com pontos que nós temos<br />

vindo a tentar ultrapassar a cada etapa.<br />

Também ao nível da conexão com a rede<br />

ferroviária fomos tendo bastantes desafios,<br />

é um trabalho de longa duração que<br />

se tem vindo a fazer com a IP, mas que<br />

infelizmente não anda aos ritmos que<br />

nós queríamos. Nós, em Portugal, ainda<br />

demoramos muito tempo nestas etapas<br />

até começarmos a conseguir concretizar<br />

a obra, mas mantemo-nos convictos da<br />

sua realização, esperemos que durante<br />

este ano possamos ter as condições para<br />

iniciar a obra. Envolve muitos processos<br />

de autorização, de permissão, de avaliação...<br />

são processos muito complexos e<br />

muito demorados.<br />

Outro dos planos para 2025 é o início<br />

de operações em França. O que pode<br />

avançar sobre esta estratégia?<br />

O nosso processo, desde 2016, caminhou<br />

por um objetivo de internacionalização<br />

da nossa atividade. O mercado<br />

mais natural era uma implementação<br />

com maior dimensão no mercado ibérico,<br />

portanto foi o primeiro passo, e em<br />

2018 iniciámos em Espanha. Este reforço<br />

de frota interoperável veio trazer-nos<br />

uma posição ibérica de maior relevo.<br />

A rede ibérica, é importante dizer-se,<br />

tem uma grande conectividade muito<br />

assente na bitola ibérica e, portanto, nós<br />

“Acabamos por ter<br />

aqui uma política de<br />

carbonização, quando<br />

o objetivo era descarbonizar<br />

a mobilidade.<br />

Estamos a agir<br />

no sentido contrário”

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