SCMedia News | Revista | Fevereiro 2024
A revista dos profissionais de logística e supply chain.
A revista dos profissionais de logística e supply chain.
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
30<br />
<strong>Fevereiro</strong> <strong>2024</strong><br />
“Não podemos<br />
deslocalizar áreas<br />
que são estratégicas”<br />
O que se pode esperar daqui para a<br />
frente? Esta é uma pergunta muito difícil<br />
de responder, pois não há evidências<br />
sobre o cessar do conflito no Mar Vermelho,<br />
ou sobre o aumento dos níveis da<br />
água do Panamá. Porém, há aqui possíveis<br />
soluções que podem trazer alguma<br />
esperança.<br />
Raul Magalhães começa por referir que<br />
o Egito fez investimentos para o alargamento<br />
do Canal do Suez e, portanto,<br />
conta com a sua utilização para “o equilíbrio<br />
das suas finanças enquanto país, e<br />
para pagar aos credores que gastaram o<br />
dinheiro para o alargamento”. Assim, deposita<br />
expectativas neste que “é um país<br />
importante no contexto daquela região,<br />
e que, por isso, tem a capacidade de poder<br />
influenciar uma retomada da normalidade<br />
o mais depressa possível”. Além<br />
disto, identifica uma outra questão relacionada<br />
com a China. Os Houthis indicaram<br />
desde logo que não atacariam navios<br />
russos ou chineses. A Rússia, atualmente,<br />
tem pouca expressividade comercial com<br />
outros países, mas o mesmo não se passa<br />
com a China. Segundo o presidente da<br />
APLOG, “a China não tem conseguido<br />
impor-se no transporte marítimo porque<br />
empresas como a MSC ou a Maersk<br />
dominam o mercado, mas agora tem<br />
uma oportunidade de ouro porque vão<br />
conseguir garantir os tempos de trânsito<br />
que eram praticados há dois meses”.<br />
Assim, acredita que não haverá “grandes<br />
disrupções” como se verificou, por exemplo,<br />
no período pós-pandemia.<br />
Por outro lado, há ainda uma outra possibilidade<br />
que reduz os tempos de trânsito,<br />
mas não os custos. Atualmente, os<br />
navios navegam em slow steaming que,<br />
de acordo com Fernando Cruz Gonçalves,<br />
“consiste em navegar abaixo da velocidade<br />
de cruzeiro”. Esta já é uma prática<br />
recorrente no mercado. “Os operadores