12 <strong>Fevereiro</strong> <strong>2024</strong>
Supply Chain Magazine 13 para os clientes, que aumentou o preço. Com tantas incertezas, pensaram que o melhor seria acautelarem-se. “Houve até uma ocasião que suportamos uma quantidade superior de aquisição de stock porque as notícias indicavam que podia haver falha na entrega de cartão. Mas acabou por não se materializar”, conta Rui Ferreira assumindo que, ainda hoje falham alguns produtos por parte dos fornecedores devido a este problema. A nível das embalagens destes produtos de cosmética, muitas marcas sofreram, por exemplo, com a escassez de dispensadores, pois os fabricantes não tinham as matérias-primas necessárias à sua produção. Nestes casos, a reinvenção é fundamental, pois caso as marcas deixem de ter esse produto disponível, o cliente pode optar pelo mesmo produto de uma marca concorrente. Rui Ferreira indica que uma estratégia implementada por algumas empresas, não só para se reinventarem, mas também para irem ao encontro das necessidades dos clientes, é a versão refill (recarga). A nível de sustentabilidade também se apresenta como uma opção mais viável. A posição da Care to Beauty face à sustentabilidade passa por reciclar tudo o que é possível reciclar, e optar por materiais mais amigos do ambiente. “De momento conseguimos reciclar praticamente a totalidade dos nossos consumos, ou seja, o material que vem dos fornecedores”, explica Rui Ferreira. Por sua vez, na expedição, é quase tudo à base de cartão, à exceção do material de acondicionamento que ainda é plástico. “Procuramos é que seja o plástico com características mais sustentáveis possíveis, nomeadamente, de origem reciclada, e não plástico novo”, confirma o responsável de logística. Além disso, também substituíram as fitas adesivas por papel, o que traz vantagens para o processo de reciclagem do cliente que pode colocar tudo diretamente no ecoponto sem necessitar de separar materiais. Isto também é importante porque os clientes estão a ficar cada vez mais exigentes com as marcas relativamente à utilização de plástico e, no momento de optar entre dois produtos idênticos em que um tem uma embalagem sustentável e outro não, já começam a optar pelo que é mais ecológico. Há muitas marcas que estão atentas a esta nova necessidade. “Algumas estão posicionadas para esse cliente mais exigente, como é o caso dos sabonetes em que muitos já preferem o sólido do que o líquido porque é mais sustentável”, indica Rui Ferreira. Em direção ao campeonato europeu No momento em que o cliente necessita de um produto, o que o faz optar pela Care to Beauty em vez de se deslocar a uma loja e adquiri-lo? Ao fazer esta questão, Bruno Gouveia, explica que têm vantagens em comparação com uma loja física tradicional. A primeira é a profundidade de catálogo. “Quando compramos uma marca, compramos as referências todas, e temos espaço para todas no nosso armazém, ou seja, temos sempre stock pronto para enviar”, argumenta. Depois “De momento conseguimos reciclar praticamente a totalidade dos nossos consumos, ou seja, o material que vem dos fornecedores”