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Revista Dr Plinio 311

fevereiro de 2024

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Eco fidelíssimo da Igreja<br />

Flávio Lourenço<br />

Às vezes é uma coisinha qualquer<br />

que passa. Quando chegar a hora, no<br />

Céu, nós vamos receber isso magnificamente<br />

multiplicado! Nem calculamos,<br />

mas vamos receber cada um<br />

desses prêmios – se eu pudesse me<br />

exprimir dessa maneira – à la Céu.<br />

Será um grau a mais na visão beatífica<br />

e na felicidade, vendo a Deus face<br />

a face. Mas, ao mesmo tempo, será<br />

eterno. Um sacrificiozinho de um<br />

momento, um gesto de um instante,<br />

os nossos Anjos registram, Nossa Senhora<br />

oferece a Nosso Senhor Jesus<br />

Cristo e nos valerão um gáudio pela<br />

eternidade das eternidades, eterníssimas!<br />

Se pudéssemos ouvir o eco no<br />

qual se simbolizaria este pequeno<br />

grau a mais de felicidade, ficaríamos<br />

inundados de gáudio. De tal forma<br />

no Céu, meticulosamente, tudo é pesado<br />

no conspecto da infinita seriedade<br />

de Deus.<br />

De outro lado, a misericórdia<br />

d’Ele se derrama insondavelmente<br />

sobre os homens, de maneira a<br />

cobri-los e lhes dar muito mais do<br />

que tinham merecido. Esse “muito<br />

mais”, Nosso Senhor o disse naquela<br />

frase que eu gosto de repetir<br />

porque acho incomparável:<br />

“Serei Eu mesmo<br />

a vossa recompensa demasiadamente<br />

grande” (cf.<br />

Gn 15, 1).<br />

Essa recompensa não é<br />

só para as coisas enormes,<br />

é também para as pequenas.<br />

As pequenas coisas ficarão<br />

cheias, túmidas de<br />

recompensa, quando chegar<br />

a hora de recebermos<br />

a coroa preparada para cada<br />

um de nós desde toda a<br />

eternidade.<br />

Os últimos momentos<br />

do mundo<br />

A enferma - Museu Nacional de Arte da Catalunha, Barcelona<br />

mos, nem pensamos, são, a esse título,<br />

muitas vezes os mais amados por<br />

Nossa Senhora.<br />

Poderá haver alguém que, durante<br />

esta conferência, esteja um pouco<br />

indisposto, com vontade de ir embora;<br />

um outro não consegue ver bem o<br />

expositor porque tem pessoas na sua<br />

frente; a um outro lhe assalta o sono,<br />

muitas vezes involuntário, orgânico.<br />

Nenhum deles pensa no prêmio que<br />

irá ter no Céu, mas pensa em permanecer<br />

até o fim. Ninguém sabe e nem<br />

pensa no mérito. Mas isto, que é tão<br />

pouco – às vezes pode ser muito – tudo<br />

isto está escrito no Livro da Vida.<br />

E quando vier o dia do prêmio, tudo<br />

será contado, ponto por ponto, meticulosamente.<br />

Nós nos espantaremos diante das<br />

coisas que fizemos sem ter uma noção<br />

concreta de seu valor, de que era<br />

um ato de virtude, mas apenas o realizamos<br />

levados pela noção difusa<br />

de que aquilo era bom e conforme<br />

a Nossa Senhora e, portanto, resultou<br />

na glorificação d’Ela e no esmagamento<br />

da Revolução. Por essa<br />

simples ideia difusa, nós já seremos<br />

enormemente premiados.<br />

No Céu há brisas, há misericórdias,<br />

há deleites. A<br />

alegria da alma que entra no Céu é<br />

algo inenarrável!<br />

Como, a meu ver, certos fatos culminantes<br />

só se podem conhecer, por<br />

assim dizer, filmando em câmara<br />

lenta, eu tratarei dos últimos acontecimentos<br />

da humanidade numa ordem<br />

histórica, baseando-me em comentários<br />

de autores como São Tomás<br />

de Aquino e Cornélio a Lápide.<br />

Por ocasião do fim do mundo restarão<br />

os últimos homens fiéis que não<br />

morrerão e irão se incorporar diretamente<br />

à corte celeste. Quando começarem<br />

os castigos e o extermínio<br />

do mundo, esses homens estarão no<br />

auge da aflição. Um auge tal que, ao<br />

que parece – tirando as dores de Nossa<br />

Senhora, não comparáveis com nada<br />

e, bem entendido, as de Nosso Senhor<br />

Jesus Cristo –, excetuando essas<br />

dores, ninguém sofreu tanto, nem sofrerá<br />

até o fim do mundo, quanto esses<br />

justos que até lá viverão.<br />

Depois da ressureição dos mortos,<br />

a Jerusalém Celeste se apresentará<br />

ao conhecimento dos homens<br />

que estiverem na Terra, já então<br />

dos fiéis sobreviventes e dos<br />

ressuscitados.<br />

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