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Florestal_258Web

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PRÊMIO REFERÊNCIA<br />

Confira a cobertura completa da festa de premiação do setor de base florestal<br />

SOLUÇÃO VERSÁTIL<br />

TRAILER LEVA MOBILIDADE,<br />

CONECTIVIDADE , SEGURANÇA E AFIAÇÃO<br />

DE ALTA PERFORMANCE PARA O CAMPO<br />

VERSATILE SOLUTION<br />

TRAILER LEADS MOBILITY, CONNECTIVITY, SAFETY<br />

AND HIGH-PERFORMANCE SHARPENING IN THE FIELD


SUMÁRIO<br />

DEZEMBRO 2023<br />

48<br />

ONDE VOCÊ<br />

ESTIVER<br />

06 Editorial<br />

08 Cartas<br />

10 Bastidores<br />

12 Notas<br />

32 Coluna CIPEM<br />

34 Frases<br />

36 Entrevista<br />

46 Coluna<br />

48 Principal<br />

54 Base <strong>Florestal</strong><br />

62 Prêmio REFERÊNCIA<br />

72 Plantas Daninhas<br />

76 Evento<br />

80 Integração<br />

88 Pesquisa<br />

94 Agenda<br />

96 Espaço Aberto<br />

62<br />

72<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

07 BKT<br />

09 Bruno<br />

21 Carrocerias Bachiega<br />

83 D’Antonio Equipamentos<br />

29 Denis Cimaf<br />

02 Dinagro<br />

17 DRV Ferramentas<br />

39 Engeforest<br />

100 Envimat<br />

05 Envu<br />

93 Feldermann<br />

25 Fex<br />

95 Fratex<br />

57 H Fort<br />

43 Hennings<br />

19 Ihara<br />

45 J de Souza<br />

75 Lignum Forest<br />

31 Lion Equipamentos<br />

61 Mill Indústrias<br />

59 Richetti<br />

27 Rocha Facas<br />

87 Rodotrem<br />

11 Rotary-Ax<br />

37 Rotor Equipamentos<br />

47 Sergomel<br />

98 Sparta Brasil<br />

23 Sumitomo<br />

15 SuperTek/Nokia Tires<br />

41 Tecmater<br />

33 Unibrás<br />

85 Unidas Locação<br />

91 Valfer Ferramentas<br />

35 Vantec<br />

04 www.referenciaflorestal.com.br


Floresta<br />

Juntos,<br />

construímos um legado.<br />

Agora,<br />

vamos construir o futuro.<br />

Somos Envu, uma nova empresa<br />

com 50 anos de experiência<br />

Envu é uma nova visão para uma empresa com meio século de história no segmento<br />

de saúde ambiental, que detém um sólido portfólio de produtos comprovados e<br />

reconhecidos.<br />

Em cada uma de suas linhas de negócio, a Envu concentra seu trabalho na química e<br />

além, colaborando com os clientes para criar soluções que funcionarão hoje e no<br />

futuro.<br />

Saiba mais sobre as inovações em Florestas em<br />

www.br.envu.com<br />

Envu ®


EDITORIAL<br />

Sempre avante<br />

Assim como a vida, o tempo passa e os momentos é que no final merecem<br />

ser lembrados. Atentos ao momento e com a visão de sempre estarmos<br />

atualizados ao que o mercado nos instiga, a novidade deste final de ano é o<br />

lançamento do podcast REFERÊNCIA. Tudo para eternizar os ótimos momentos<br />

por meio de um bate-papo descontraído com entrevistados seletamente<br />

escolhidos, que vão nos contar suas histórias e cases de sucesso dentro de<br />

suas empresas. Aproveitamos para agradecer a cada um dos nossos leitores.<br />

São na verdade, o principal motivo de nosso trabalho e maior combustível<br />

para continuar a nossa busca incessante por informação e conteúdo<br />

atualizado do setor de base florestal. No próximo ano celebraremos 25 anos<br />

da nossa publicação, e sabemos que só estamos aqui devido a cada um de<br />

vocês. Nessa edição o Leitor irá conhecer o novo trailer da DRV, que leva produtividade,<br />

segurança e conectividade para o campo, a cobertura completa<br />

do Prêmio REFERÊNCIA 2023, informações sobre o crescimento da silvicultura<br />

no país, a importância dos sistemas integrados de produção na redução de<br />

GEE (gases do efeito estufa) e uma entrevista exclusiva com Hernon Ferreira,<br />

gerente florestal da Eucatex, que fala sobre produtividade e atividades no<br />

campo. E viva mais um ano!<br />

ONWARD AND EVER ONWARD<br />

Just like life, time passes, and in the end, so do the moments that deserve<br />

to be remembered. Attentive to the moment and with the vision of always being<br />

up-to-date with what the market tells us, the news at this end of the year is<br />

the launch of the REFERÊNCIA podcast. All to immortalize the significant moments<br />

through a relaxed chat with selectively chosen interviewees, who will<br />

tell us their stories and successes within their companies. We would like to take<br />

this opportunity to thank each and every one of our readers. You are, in fact,<br />

the main reason for our work and the fuel to continue our relentless search for<br />

information and up-to-date content on the Forest-based Sector. Next year, we<br />

will celebrate 25 years of our publication, and we know that we are only here<br />

because of each and every one of you. In this issue, the reader will get to know<br />

the new DRV trailer, which brings productivity, safety, and connectivity to the<br />

field, complete coverage of the 2023 REFERÊNCIA Award, information on the<br />

growth of forestry in the Country, the importance of integrated production<br />

systems in reducing GHG (greenhouse gases) and an exclusive interview with<br />

Hernon Ferreira, Eucatex’s Forestry Manager, who talks about productivity<br />

and activities in the field. And here’s to another year!<br />

2<br />

Entrevista com<br />

Hernon Ferreira,<br />

gerente florestal<br />

da Eucatex<br />

1<br />

Na capa dessa edição<br />

o trailer área de<br />

vivência e afiação,<br />

mais novo lançamento<br />

da DRV Ferramentas<br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

Ano XXV • Nº258• Dezembro 2023<br />

PRÊMIO REFERÊNCIA<br />

Impactos das pragas florestais<br />

Confira a cobertura completa da festa de premiação do setor de base florestal<br />

SOLUÇÃO VERSÁTIL<br />

TRAILER LEVA MOBILIDADE,<br />

CONECTIVIDADE , SEGURANÇA E AFIAÇÃO<br />

DE ALTA PERFORMANCE PARA O CAMPO<br />

VERSATILE SOLUTION<br />

TRAILER LEADS MOBILITY, CONNECTIVITY, SAFETY<br />

AND HIGH-PERFORMANCE SHARPENING IN THE FIELD<br />

3<br />

EXPEDIENTE<br />

ANO XXV - EDIÇÃO 258 - DEZEMBRO 2023<br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

Vinicius Santos<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Colunista<br />

Cipem<br />

Gabriel Dalla Costa Berger<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski - Supervisão<br />

Crislaine Briatori Ferreira<br />

Sofia Carlesso<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Midias Sociais / Social Media<br />

Cainan Lucas<br />

Tradução / Translation<br />

John Wood Moore<br />

Depto. Comercial / Sales Departament<br />

Gerson Penkal - Carlos Felde<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Representante Comercial<br />

Dash7 Comunicação - Joseane Cristina<br />

Knop<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

0800 600 2038<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

Periodicidade Advertising<br />

GARANTIDA GARANTEED<br />

Veículo filiado a:<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />

dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />

instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />

ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />

ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />

Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />

matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />

de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />

armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />

textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />

terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />

direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />

directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />

lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />

agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />

to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />

responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />

signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />

themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />

under any form or means of the texts, photographs and other intellectual<br />

property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited<br />

without the written authorization of the holders of the authorial rights.<br />

06 www.referenciaflorestal.com.br


CARTAS<br />

ENTREVISTA<br />

Mauren Lazzaretti e a importância das políticas públicas para florestas no Mato Grosso<br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

Capa da Edição 257 da<br />

Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />

mês de novembro de 2023<br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

Ano XXV • Nº257 • Novembro 2023<br />

CRESCIMENTO FORTE<br />

HERBICIDA PRÉ-EMERGENTE POTENCIALIZA<br />

REGENERAÇÃO FLORESTAL<br />

STRONG GROWTH<br />

PRE-EMERGENT HERBICIDE<br />

ENHANCES FOREST REGENERATION<br />

PRINCIPAL<br />

Por Glauco Ribeiro, São Paulo (SP)<br />

Belo trabalho da Envu com esse novo produto. A recuperação florestal abrirá<br />

muitas portas para a economia no país.<br />

ENTREVISTA<br />

Foto: divulgação<br />

Por Maria Clara Assunção, Contagem (MG)<br />

Parabéns pelo trabalho, secretária. Esse tipo de profissional que<br />

precisamos no poder público, alguém comprometido com o bem-estar<br />

e desenvolvimento das pessoas.<br />

LEGISLAÇÃO<br />

Por Mauro Andrade, Lages (SC)<br />

Isso sim é algo positivo para o país. Esse tipo de política trará muitos<br />

benefícios a todos.<br />

Foto: divulgacão<br />

ACOMPANHE A COBERTURA DO PRÊMIO REFERÊNCIA 2023 EM NOSSAS REDES SOCIAIS<br />

CURTA NOSSAS PÁGINAS<br />

E INSCREVA-SE NO NOSSO<br />

CANAL NO YOUTUBE<br />

08 www.referenciaflorestal.com.br<br />

Revista Referência <strong>Florestal</strong><br />

@referenciaflorestal<br />

@revistareferencia9702<br />

E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />

enviados também para redação<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Mande sua opinião sobre a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.


SOLUÇÕES DE EXCELÊNCIA<br />

PARA TODOS OS DESAFIOS!<br />

Descubra a versatilidade em nossas soluções!<br />

Estamos preparados para processar qualquer tipo de biomassa, seja<br />

eucalipto, pinus, casca, galhadas, toco, bambu, acácia ou nativa.<br />

Nossos equipamentos são projetados para se adaptar às suas necesindependente<br />

do tipo de Biomassa.<br />

Encontre a solução perfeita para impulsionar o seu negócio.<br />

+55 (49) 3541-3100<br />

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BASTIDORES<br />

Revista<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

EVENTO<br />

Ainda durante o Seminário de Silvicultura<br />

em Canela (RS), o diretor comercial da<br />

REFERÊNCIA FLORESTAL, Fábio Machado (à<br />

esq.), recebeu a visita do diretor geral da Log<br />

Max & Quadco Brasil, Rodrigo Contesini.<br />

SEMINÁRIO<br />

O diretor comercial da REFERÊNCIA<br />

FLORESTAL, Fábio Machado (à dir.),<br />

conversou com o diretor da Polli Fertilizantes,<br />

Luiz Osni Miranda, durante o Seminário de<br />

Silvicultura em Canela (RS).<br />

INDÚSTRIA FORTE<br />

ALTA<br />

O Brasil registrou alta da produção industrial na passagem<br />

de setembro para outubro de 2023. De acordo com<br />

a Sondagem Industrial, da CNI (Confederação Nacional<br />

da Indústria), o indicador de evolução da produção<br />

da indústria ficou em 50,9 pontos, acima da margem<br />

de corte. Valores abaixo de 50 pontos indicam queda<br />

e acima mostram aumento da produção. A média do<br />

indicador para os meses de outubro é de 51,6 pontos.<br />

Foram entrevistadas 1.640 empresas entre 1 e 13 de novembro<br />

de 2023. A alta da produção foi restrita às grandes<br />

empresas, com indicador de 52,3 pontos. O índice<br />

de evolução da produção das pequenas empresas é de<br />

49,8 pontos. O dado mostra estabilidade por estar perto<br />

da linha de corte de 50 pontos. Nas médias empresas,<br />

o indicador aponta queda, ao ficar em 49,1 pontos na<br />

passagem de setembro para outubro de 2023.<br />

DEZEMBRO 2023<br />

PANTANAL EM CHAMAS<br />

O fogo consome o Pantanal e não há previsão de trégua.<br />

Apenas na primeira metade de novembro deste<br />

ano, foram registrados 3.098 focos de incêndio no<br />

bioma, um recorde histórico para o mês desde 2002,<br />

quando foram contabilizados 2.328 focos. Em relação<br />

ao mesmo período de 2022, o aumento de queimadas<br />

ultrapassa 1.400%, conforme monitoramento do<br />

Programa Queimadas, do INPE (Instituto Nacional<br />

de Pesquisas Espaciais). O tempo seco e a onda de<br />

calor favorecem o grande número de incêndios, que<br />

destroem a vegetação e a fauna. O fogo chegou a<br />

invadir a rodovia Transpantaneira. As chamas foram<br />

controladas pelas equipes de brigadistas e não alcançaram<br />

as casas.<br />

BAIXA<br />

10 www.referenciaflorestal.com.br


otaryax<br />

rotaryaxoficial<br />

até papai noel já sabe, o sabre número 1,<br />

você encontra na rotary-ax.<br />

em qualquer época do ano, o material de corte com<br />

alta resistência rotary-ax é sempre a melhor escolha!<br />

agradecemos a parceria e confiança<br />

em nós depositada durante esse ano.<br />

Que 2024 seja um ano repleto de<br />

alegrias e novas realizações.


NOTAS<br />

Valorização da qualidade<br />

A BKT Tires foi premiada pelo DLG Test Center Technology and Farm Inputs, o instituto de ensaio<br />

independente alemão, com o selo de qualidade DLG-APPROVED em razão da compactação do<br />

solo reduzida, menos consumo de combustível, capacidades de autolimpeza e utilizador, que foram<br />

verificados nos pneus da linha: AGRIMAX V-FLECTO. A BKT, fabricante multinacional líder de pneus<br />

off-highway, recebe assim este prestigiado prêmio que reconhece a capacidade do AGRIMAX V-FLECTO<br />

de responder aos exigentes requisitos em tecnologia e desempenho dos tratores de grande cilindrada.<br />

Em particular, os dois pneus AGRIMAX V-FLECTO nos tamanhos VF 650/65 R42 e VF 540/65 R30<br />

alcançaram excelentes resultados nos módulos de ensaio do DLG "proteção de recursos" e "facilidade<br />

de utilização", ambos realizados no terreno.<br />

Segundo Lucia Salmaso, diretora-gerente da BKT Europa, o compromisso com a pesquisa e o desenvolvimento<br />

de soluções de ponta é evidenciado pelo desempenho superlativo dos pneus AGRIMAX<br />

V-FLECTO, que representam a expressão mais avançada do mercado. “A redução dos custos operacionais<br />

e o impacto positivo no ambiente são o resultado da tecnologia que atende às necessidades presentes<br />

e futuras da agricultura moderna. Continuaremos a fazer o nosso melhor para garantir que os<br />

nossos pneus sejam sinônimo de excelência e de um valor acrescentado sem paralelo para os clientes<br />

em todo o mundo”, indicou Lucia.<br />

Foto: divulgação<br />

12 www.referenciaflorestal.com.br


Financiamento que restaura<br />

Foto: divulgação<br />

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) lançou o Arco de Restauração na Amazônia,<br />

uma iniciativa construída em parceria com o MMA (Ministério do Meio Ambiente de Mudança do Clima). O<br />

anúncio foi realizado na COP-28 - XXVIII Conferência da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre Mudanças<br />

Climáticas -, que aconteceu em Dubai, nos EAU (Emirados Árabes Unidos). Como primeira ação, foi anunciada a<br />

abertura do edital Restaura Amazônia, que destinará R$ 450 milhões do Fundo Amazônia a projetos de restauração<br />

ecológica de grandes áreas desmatadas ou degradadas. “Evitar o desmatamento não responde mais à crise<br />

climática. Precisamos ter mais ambição. A Amazônia responde por mais ou menos 1oC (grau Celsius) no aquecimento,<br />

e a criação de um cinturão de proteção é urgente. Vamos fazer reflorestamento, para a floresta se regenerar.<br />

É a resposta mais barata e mais rápida para a crise climática, porque sequestra carbono e armazena carbono”,<br />

explicou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.<br />

Como primeiro marco da iniciativa, aderente ao PLANAVEG (Plano Nacional de Recuperação da Vegetação<br />

Nativa), política pública coordenada pelo MMA, o edital Restaura Amazônia estará aberto a conjugar recursos<br />

de países, empresas e governos para a agenda da restauração ecológica. A chamada pública Restaura Amazônia<br />

irá selecionar três organizações com experiência e capacidade para atuar como parceiros gestores da iniciativa<br />

nos territórios. Para garantir a cobertura da Amazônia Legal, cada parceiro gestor será responsável por uma das<br />

três macrorregiões estabelecidas: Estados do Acre, Amazonas e Rondônia; Mato Grosso e Tocantins; e Pará e<br />

Maranhão.<br />

Serão apoiados projetos de restauração ecológica voltados a UC (Unidades de Conservação), Terras Indígenas<br />

e territórios de povos e comunidades tradicionais, áreas públicas não destinadas e APPs (Áreas de Preservação<br />

Permanente) e de RL (Reserva Legal) de assentamentos ou pequenas propriedades.<br />

Dezembro 2023<br />

13


NOTAS<br />

Foto: Simpósio Catarinense/divulgação/Assessoria Parlamentar<br />

Conhecimento compartilhado<br />

O campus II da FURB (Universidade Regional de Blumenau), recebeu nos dias 30 de novembro e 1 de dezembro, a<br />

XVII edição do Simpósio <strong>Florestal</strong> Catarinense. O evento é realizado pela FURB junto com a ACEF (Associação Catarinense<br />

de Engenheiros Florestais). A ACR (Associação Catarinense de Empresas Florestais) foi uma das apoiadoras desta edição.<br />

O presidente da ACR, Jose Mario Ferreira e o diretor-executivo, Mauro Murara Jr. participaram de importantes debates<br />

no encontro. Junto com representantes das associações de base florestal do Rio Grande do Sul e do Paraná, trataram dos<br />

desafios e da importância econômica e social do gênero pinus na região sul.<br />

Para o diretor-executivo da ACR, Mauro Murara Jr., um dos pontos altos do evento foi envolver representantes das<br />

esferas legislativas estaduais dos três Estados da região sul. “Estavam reunidos; o deputado estadual do Paraná, Artagão<br />

Jr., que compõe o Bloco da Madeira do Paraná; Rafael Ferreira, assessor do deputado Carlos Burigo, do Rio Grande do<br />

Sul; e o deputado José Milton Scheffer, presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Silvicultura na Assembleia Legislativa<br />

de Santa Catarina. O resultado disso é que teremos três lideranças atuando simultaneamente nas três assembleias<br />

legislativas do sul. Será muito importante para alinhar as nossas demandas, que são comuns aos três Estados. A representatividade<br />

política em nível federal também se fortalece”, explica Mauro.<br />

O presidente da ACR, Jose Mario Ferreira, parabenizou a organização pela qualidade dos debates. “Foi um evento de<br />

alto nível e que conseguiu reunir atores importantes do setor privado, do legislativo, político, governamental e acadêmico<br />

dos três Estados do sul do Brasil. Falamos da importância econômica e social do pinus para o país e para a região. Discutimos<br />

as principais ações e desafios das frentes parlamentares de cada Estado, com a presença dos representantes destas<br />

frentes nos três Estados do sul”, destacou Jose Mario.<br />

Para o presidente da ACR, ainda há muito trabalho pela frente. “Ficou evidente que precisamos melhorar a nossa<br />

representatividade nas diversas instituições públicas, que nos afetam, além de focar na comunicação do setor com a<br />

sociedade e com os principais stakeholders. Este é um papel importantíssimo das nossas associações e das nossas frentes<br />

parlamentares,” concluiu o presidente.<br />

14 www.referenciaflorestal.com.br


Lages (SC)<br />

Rod BR 282, nº 2600 - São Paulo<br />

Telefone: (49) 9119-2420<br />

Telêmaco Borba (PR)<br />

Rod. Marginal Oeste, 1400 – Rod. Papel<br />

Telefone: (42) 9105-2655<br />

Curitiba (PR)<br />

Rua Carlos de Laet, 2397 - Boqueirão<br />

Telefone: (41) 99105-1023


NOTAS<br />

Novidade off-road<br />

A Scania, anunciou a introdução do novo trem de força para a linha de caminhões mais pesados, voltados ao segmento<br />

off-road, que operam sob condições operacionais extremas como na mineração e transporte de cana-de-açúcar.<br />

Os novos veículos completam o portfólio da linha Super lançada pela empresa no Brasil no final de 2022. O novo modelo<br />

chegou ao mercado alinhado aos padrões Proconve P8/Euro 6 com o maior torque do mercado para motores de 13 litros.<br />

“A Scania adota o princípio da melhoria contínua e um sistema modular de produtos. Por isso, em um primeiro momento,<br />

preparamos nosso sistema industrial para atender aplicações rodoviárias e agora avançamos para as operações mais pesadas<br />

e fora de estrada”, destaca Paulo Moraes, Vice-Presidente de Vendas e Marketing da Scania para a América Latina.<br />

A ampliação do portfólio Super reafirma o compromisso da Scania com soluções de transporte que entregam maior<br />

eficiência energética, proporcionando ao cliente economia de combustível e maior disponibilidade do veículo, além do<br />

conforto para o operador. “Ocupamos uma posição de destaque em operações tipicamente pesadas e fora de estrada,<br />

tais como mineração e transporte de cana-de-açúcar. Com a chegada da linha Super para o segmento, vamos trazer um<br />

novo patamar de economia operacional para o transportador, o que nos dará condição de manter a liderança de mercado<br />

nestas aplicações”, complementa Paulo.<br />

Fotos: divulgação Scania<br />

16 www.referenciaflorestal.com.br


Trailer Área de Vivência e Afiação DRV –<br />

Solução eficaz para operações no campo!<br />

MOBILIDADE<br />

Acompanhar sua operação<br />

onde ela estiver.<br />

Acoplado em uma caminhonete, o<br />

Trailer DRV pode ser levado em áreas<br />

de difícil acesso e dar suporte com<br />

toda sua tecnologia.<br />

CONECTIVIDADE<br />

Equipado com a tecnologia via<br />

satélite Starlink, o Trailer DRV<br />

proporciona internet banda larga,<br />

mesmo nas regiões mais remotas<br />

do mundo.<br />

SEGURANÇA<br />

Que tal acompanhar a sua operação<br />

de casa ou do escritório?<br />

O Trailer DRV é equipado com duas<br />

câmeras 360°, que lhe dá em tempo<br />

real, um panorama de toda sua<br />

operação.<br />

BEM-ESTAR<br />

Cuidado é a palavra que define o nosso trailer.<br />

Pensando no Bem-estar dos operadores, o Trailer<br />

DRV foi projetado para levar conforto para quem está<br />

na operação, como: banheiro, micro-ondas, frigobar,<br />

bebedouro, mesa para refeição e ar condicionado.<br />

AFIAÇÃO DE<br />

ALTA PERFORMANCE<br />

E para completar o conjunto de soluções, quem embarca<br />

no Trailer DRV é a Máquina Afiadora Flex, levando uma<br />

afiação de alta qualidade no local da operação.<br />

SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS


NOTAS<br />

Carbono em foco<br />

A ABAF (Associação Baiana das Empresas de Base <strong>Florestal</strong>) iniciou a compensação do carbono da feira Constru Nordeste<br />

2023, realizada em setembro no Centro de Convenções de Salvador (BA) com o apoio da FIEB (Federação das Indústrias<br />

da Bahia), do SINDUSCON (Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia) e do Sebrae. Além do apoio ao evento,<br />

de levar informações sobre o setor da madeira na Bahia, a ABAF também intermediou a vinda de uma importante empresa<br />

que utiliza madeira na construção civil (TimBau Estruturas) e está fazendo a compensação ambiental do evento.<br />

A compensação ambiental<br />

se dá por meio do<br />

cálculo de carbono emitido<br />

pelo evento e do plantio de<br />

mudas nativas para sequestrar<br />

a quantidade correspondente<br />

dessas emissões. “Esta<br />

é uma estratégia poderosa<br />

para preservar o meio<br />

ambiente e combater as mudanças<br />

climáticas. Ao adotar<br />

essa abordagem, empresas,<br />

governos e indivíduos demonstram<br />

um compromisso<br />

real com a sustentabilidade,<br />

contribuindo para a construção<br />

de um futuro mais equilibrado<br />

e saudável”, aponta<br />

Mariana Lisbôa, presidente<br />

da ABAF. A primeira parte<br />

dessa compensação aconteceu<br />

com o plantio simbólico<br />

das 500 mudas (entre arbóreas,<br />

frutíferas e melíferas)<br />

doadas para a Secretaria do<br />

Meio Ambiente da Prefeitura<br />

Municipal de Santo Amaro<br />

(BA). As demais 1.163 mudas<br />

indicadas pelo relatório do<br />

cálculo de carbono, deverão<br />

ser plantadas em Salvador.<br />

O plantio em Santo Amaro<br />

fez parte da comemoração<br />

do: Dia Mundial do Rio; e<br />

contou com a participação<br />

da Secretária do Meio Ambiente<br />

Ana Lícia Marins, de<br />

estudantes da rede pública,<br />

representantes de diversas<br />

secretarias da Prefeitura, da<br />

Caetá Ambiental, da Bracell e<br />

da ABAF.<br />

Fotos: ABAF<br />

18 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

Celebração<br />

A Reflore/MS (Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas) reuniu sua equipe<br />

e parceiros para uma comemoração dupla que marcou os 18 anos de sua relevante atuação na região. O evento contou com<br />

um jantar de confraternização que reuniu membros da equipe, colaboradores e parceiros estratégicos. Foi um momento importante<br />

pra ressaltar os momentos positivos vividos ao longo de 2023 e organizar as estratégias para um promissor 2024.<br />

Durante o jantar, a Reflore (MS) prestou homenagens a indivíduos que desempenharam papéis fundamentais ao longo da<br />

jornada de 18 anos. Esses homenageados foram reconhecidos por suas contribuições significativas para o setor florestal<br />

no Estado. Além do jantar, durante a manhã, a equipe Reflore (MS) dedicou-se a planejar o futuro. Com o compromisso<br />

renovado, a diretoria reempossada debateu os planos e estratégias para o ano de 2024 junto de parceiros importantes. O<br />

encontro foi marcado por debates construtivos, em que ideias e visões foram compartilhadas visando um crescimento para<br />

o setor florestal em Mato Grosso do Sul. Segundo Junior Ramires, presidente da associação, a Reflore (MS) expressa profunda<br />

gratidão a cada indivíduo que desempenhou um papel crucial nesta história de desenvolvimento regional. “Enquanto<br />

celebramos os 18 anos de realizações, olhamos para frente com determinação. Que a parceria e o comprometimento continuem<br />

a crescer, construindo um legado duradouro em prol do setor e do país”, aponta Junior.<br />

Fotos: Reflore MS<br />

20 www.referenciaflorestal.com.br


Agradecemos a todos os nossos<br />

parceiros e amigos que estiveram<br />

ao nosso lado neste ano.<br />

Que 2024 seja repleto de novas<br />

conquistas e realizações.<br />

Desejamos a todos um<br />

Feliz Natal e próspero<br />

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NOTAS<br />

Novos engenheiros<br />

Foto: divulgação<br />

A ABAF (Associação Baiana das Empresas de Base<br />

<strong>Florestal</strong>) participou no final de novembro, da reunião<br />

com representantes do IF Baiano (Instituto Federal de<br />

Educação, Ciência e Tecnologia Baiano) e do setor florestal,<br />

especialmente aqueles com atuação no extremo sul<br />

da Bahia, como a ASPEX (Associação dos Produtores de<br />

Eucalipto do Extremo Sul da Bahia), a Suzano e a Veracel.<br />

Na pauta, a apresentação do projeto político pedagógico<br />

do curso superior em engenharia florestal, com o objetivo<br />

de adequar o projeto e o perfil do futuro profissional às<br />

demandas do setor. O reitor Aécio José Araújo dos Passos<br />

Duarte informou que o IF Baiano tem uma história sólida<br />

com o Curso Técnico em Floresta no campus de Teixeira de<br />

Freitas. “Além disso, temos uma excelente estrutura física,<br />

professores engenheiros florestais, agrônomos e demais<br />

profissionais de outras áreas com mestrado e doutorado<br />

que atuarão nos novos cursos. Aliado a isso, existe uma<br />

demanda grande para verticalizar o ensino de floresta<br />

no sul da Bahia e por isso, estamos criando o curso de<br />

Engenharia <strong>Florestal</strong>. Essa reunião busca atender a nossa<br />

necessidade de adequação formativa. Precisamos que a<br />

sociedade nos informe quais profissionais o mercado está<br />

buscando para que nossa Instituição consiga trilhar o melhor<br />

caminho e possamos seguir juntos”, destacou Aécio.<br />

O diretor executivo da ABAF, Wilson Andrade, lembrou<br />

que a associação vem acompanhando e apoiando o<br />

trabalho do Senai - que tem oferecido alto nível de educação<br />

e capacitação profissional para vários segmentos<br />

econômicos - e das instituições de ensino superior que<br />

formam engenheiros florestais na Bahia UESB (Universidade<br />

Estadual do Sudoeste da Bahia), em Vitória da Conquista;<br />

UFRB (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia),<br />

em Cruz das Almas; UFSB (Universidade Federal do Sul da<br />

Bahia), em Itabuna e Faculdade Pitágoras, em Teixeira de<br />

Freitas, além da UFBA, que tem um Laboratório de Madeiras.<br />

“Nos interessa contribuir com o IF Baiano e voltar articular<br />

com as outras instituições que formam engenheiros<br />

florestais. Estamos lançando o Plano Bahia <strong>Florestal</strong> 2033,<br />

cujo objetivo principal é a atração de novos investimentos<br />

para ampliar e fortalecer a cadeia produtiva de florestas<br />

plantadas no Estado e, com isso, vai também crescer a<br />

demanda de novos e mais qualificados profissionais para<br />

o setor. Também vamos intensificar o que já temos feito<br />

para o uso múltiplo da madeira e estimular ainda mais a<br />

ILPF (Integração Lavoura, Pecuária e Floresta), a diversificação<br />

e a sustentabilidade das atividades rurais com a<br />

inclusão dos pequenos e médios produtores e processadores<br />

de madeira no estado da Bahia”, explica Wilson.<br />

22 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

Manejo em debate<br />

O SFB (Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro) promoveu a oficina Manejo <strong>Florestal</strong> Comunitário Familiar na Amazônia: Caminhos<br />

para Bioeconomia Inclusiva. O encontro aconteceu no Ministério do Meio Ambiente e Mudança de Clima e teve como<br />

objetivo ampliar conhecimentos por meio de consultas a especialistas e comunitários para levantar demandas e subsidiar<br />

ações do SFB.<br />

O diretor de Fomento <strong>Florestal</strong> do SFB, André Aquino, destacou o papel das comunidades tradicionais na bioeconomia.<br />

“As comunidades locais são protagonistas dessas ações, então, como preconizado pela quinta fase do PPCDAM (Plano de<br />

Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal), a retomada de um programa de apoio ao manejo<br />

florestal comunitário e familiar é uma parte importante da economia e da agregação de valor com distribuição de renda da<br />

floresta”, defendeu André.<br />

O SFB apresentou as ações para bioeconomia junto a parceiros, tais como o levantamento de iniciativas de manejo<br />

florestal comunitário e implementação de sistema de informação, a sistematização de documentos técnicos, a definição<br />

de critérios de seleção de áreas estratégicas para fomentar, o levantamento e análise de fundos e créditos para o manejo<br />

florestal comunitário, entre outros.<br />

Durante a manhã, foram debatidos Créditos e Fundos Não Reembolsáveis para o manejo florestal. Arthur Bragança, do<br />

Banco Mundial, destacou que a instituição quer oferecer créditos mais baratos em condições melhores para que a aplicação<br />

de recursos chegue à ponta. “Além do apoio financeiro para acesso ao mercado de bioeconomia, também queremos levar<br />

infraestrutura, conectividade digital para as pequenas comunidades”, ressaltou Arthur.<br />

Fotos: Divulgação e Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima<br />

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NOTAS<br />

Fotos: Marcelo Seabra e Marco Santos / Ag. Pará<br />

Pará fazendo história<br />

O PEAA (Plano Estadual Amazônia Agora) é uma das principais ações que norteiam as políticas ambientais do Estado.<br />

Nele, acontecem ações de comando e controle, de regularização ambiental e de recuperação da vegetação. Foram obtidos<br />

resultados importantes, sobretudo na redução do desmatamento, que é fruto desse trabalho que estamos realizando desde<br />

2019. “Isso faz parte de uma estratégia maior do Estado, na qual tem destaque a Política Estadual de Mudanças Climáticas<br />

e os nossos esforços para promover a transição para uma economia de baixo carbono”, ressalta Mauro O’de Almeida, titular<br />

da Semas (Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade). Um dos objetivos centrais do PEAA é levar o Pará à neutralidade<br />

climática na área de uso da terra e florestas antes de 2036.<br />

A implementação da FECD (Força Estadual de Combate ao Desmatamento) em operações de fiscalização de combate<br />

ao desmatamento ilegal no Pará é considerada pela Semas como fundamental para os resultados. As Operações: Amazônia<br />

Viva; e Curupira; com mais de 75 ações, são exemplos da atuação assertiva do plano.<br />

Em 2023, o Governo do Estado ampliou ações de regularização fundiária, ambiental e sanitária por meio do cadastro<br />

direcionado a agricultores familiares, ribeirinhos, extrativistas, e demais povos e comunidades tradicionais, como forma<br />

de garantir direitos aos agricultores, apoiando a produção e estimulando a conservação ambiental. Foram mais de 150 mil<br />

cadastros analisados de 2019 a 2023 e mais de 63 mil validados. Atualmente, 65 municípios são habilitados para a análise<br />

e validação do CAR (Cadastro Ambiental rural) , superando a meta estabelecida no PEAA, que previa a habilitação de 36<br />

municípios até janeiro de 2023.<br />

Neste ano, o governador Helder Barbalho lançou o Cadastro Ambiental Rural Automatizado – CAR 2.0, uma iniciativa<br />

inédita no país que alia tecnologia e inovação no processo de cadastro e regularização de propriedades rurais, e ainda, o<br />

MIT (Módulo de Inteligência Territorial), plataforma de monitoramento dos compromissos assumidos no Plano Estadual<br />

Amazônia Agora, e uma nova versão do Selo Verde, que passa a contar com um mapa em alta resolução para aprimorar a<br />

gestão territorial.<br />

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NOTAS<br />

União pela preservação<br />

Os Estados da Amazônia Legal lançaram um Plano de Cooperação Regional para Prevenção e Controle do Desmatamento<br />

e Queimadas. Com previsão de investimento total de R$ 250 milhões, o anúncio foi feito durante a COP 28, que ocorreu<br />

em Dubai, nos EAU (Emirados Árabes Unidos).<br />

O plano integrado foi elaborado por meio da Câmara Técnica de Meio Ambiente do CAL (Consórcio Interestadual da<br />

Amazônia Legal). O objetivo é ordenar a atuação ambiental entre os Estados, em especial na defesa das divisas. É o que<br />

destaca o secretário de Estado do Meio Ambiente do Amazonas, Eduardo Taveira. “O projeto vai ser tocado pelo FUNBIO<br />

(Fundo Brasileiro para a Biodiversidade) e, para o financiamento, a gente apresentou o projeto ao Fundo Verde do Clima<br />

(Green Climate Fund). A gente está aguardando essa resposta, mas o projeto está elegível, do ponto de vista dos requisitos<br />

e, caso aprovado em 2024, a gente começa a implementação dessas infraestruturas e desse trabalho em conjunto”,<br />

ressaltou Eduardo. Segundo ele, a proposta é que o projeto resulte em maior eficiência e menor custo das operações, com<br />

relação a uma atuação autônoma de cada Estado. A iniciativa deve se somar a outros mecanismos em implementação pelo<br />

Governo do Amazonas para ampliar as ações de combate ao desmatamento e às queimadas ilegais em 2024. “Já temos<br />

um projeto que está sendo submetido ao Fundo Amazônia, junto ao Corpo de Bombeiros, para captar R$ 45 milhões para<br />

a estruturação de brigadas e aquisições especializadas no combate a queimadas ilegais. Essa união entre os Estado será de<br />

extrema relevância para que a gente consiga manter as reduções que tivemos neste ano, de mais de 60% do desmatamento<br />

e 8% das queimadas”, afirmou o secretário.<br />

Foto: Marcos Vicentti/Secom<br />

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NOTAS<br />

Mata atlântica preservada<br />

O Paraná segue se destacando no controle ao desmatamento da Mata Atlântica. Um relatório divulgado pela Fundação<br />

SOS Mata Atlântica em parceria com a Arcplan e o MapBiomas revela que o Estado reduziu em 64% a supressão vegetal<br />

entre janeiro e agosto deste ano no comparativo com o mesmo período do ano passado. Passou de 2.763 ha (hectares)<br />

para 992 ha desflorestados. O índice é o segundo melhor do país, atrás apenas de Santa Catarina (66%), e superior à média<br />

nacional (59%).<br />

O estudo também aponta que o total de eventos relacionados ao desmatamento reduziu de 933 para 441, assim com a<br />

área média desmatada, de 3 ha para 2,2 ha. O desempenho corrobora os números divulgados em julho pelo mesmo grupo<br />

de pesquisadores do bioma nacional. Na ocasião, o Paraná apresentou queda de 54% nos primeiros cinco meses de 2023,<br />

novamente no mesmo intervalo de tempo em 2022. O desmatamento também já tinha diminuído 42% entre 2021 e 2022<br />

no Paraná.<br />

Para Everton Souza, diretor-presidente do IAT (Instituto Água e Terra), a redução está diretamente ligada à política de<br />

meio ambiente implementada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior a partir de 2019. Segundo ele, as ações estão<br />

direcionadas para fiscalização, repressão, educação e incentivo ao uso da tecnologia como aliada à técnica e experiência<br />

dos profissionais do IAT. “É resultado de um trabalho muito sério. O Paraná fez do combate ao desmatamento ilegal uma<br />

obsessão, se tornou ainda mais vigilante, e assim conseguimos salvar muitas florestas. Essa redução reforça que o planejamento<br />

implementado pelo governador Ratinho Junior está surtindo o efeito desejado”, destacou. “Mas não estamos<br />

completamente satisfeitos. Queremos e vamos melhorar ainda mais esses números. Aqui no Paraná a tolerância com o<br />

desmatamento é zero”, afirmou Everton.<br />

O diretor-presidente do órgão ambiental lembrou que o combate ao desmatamento se tornou muito mais intenso<br />

nos últimos anos no Paraná e é realizado diariamente por cerca de 600 pessoas em todo o Estado. De 2018 até a primeira<br />

quinzena de novembro de 2023 foram expedidos 16.282 AIA (Autos de Infração Ambiental), com multas que somam R$ 362<br />

milhões. Desse montante, 3.319 AIA e R$ 102,7 milhões em multas são deste ano. “Há uma fiscalização intensa, 24h (horas)<br />

por dia, via satélite. Quem teimar em andar fora de lei, será descoberto”, alertou Everton.<br />

Foto: divulgação<br />

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COLUNA<br />

Do Brasil para<br />

o mundo<br />

Mato Grosso destaca potencial<br />

florestal brasileiro em Fórum<br />

mundial na China<br />

Por: Ednei Blasius - Presidente do CIPEM<br />

Participar do<br />

Fórum Global foi<br />

uma oportunidade<br />

de divulgar<br />

internacionalmente o<br />

potencial da indústria<br />

florestal matogrossense<br />

e brasileira<br />

C<br />

onvidados para representar o Brasil no GLSTF (Fórum Global<br />

sobre Madeira Legal e Sustentável) 2023 em Macau, uma delegação<br />

de dez empresários mato-grossenses, associados ao<br />

CIPEM (Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de<br />

Madeira do estado de Mato Grosso) demonstrou o potencial<br />

florestal brasileiro aos 37 países presentes no GLSTF. O evento, realizado no<br />

Centro Internacional de Convenções Galaxy, em Macau, nos dias 21 e 22 de<br />

novembro, reuniu no país asiático 700 empresários durante os dois dias do<br />

Fórum.<br />

A comitiva empresarial do CIPEM teve a grata satisfação de integrar neste<br />

ano do GLSTF, onde demonstramos o potencial florestal de Mato Grosso e seu<br />

modelo de produção sustentável, que hoje é referência para o mundo. Cadeia<br />

de custódia, rastreabilidade e planos de manejo florestal norteiam as práticas<br />

de produção sustentável da indústria madeireira de Mato Grosso. Destaquei<br />

durante a nossa apresentação que, ao adquirir um produto florestal de Mato<br />

Grosso, os compradores internacionais têm a garantia de estar contribuindo<br />

com as metas de sustentabilidade de seu país, com a regulação climática e a<br />

neutralização de carbono. Também acrescentei que Mato Grosso tem potencial<br />

para expandir a área total de manejo florestal dos atuais 4,7 milhões de ha<br />

(hectares) para 6 milhões de ha.<br />

Participar do Fórum Global foi uma oportunidade de divulgar internacionalmente<br />

o potencial da indústria florestal mato-grossense e brasileira. O<br />

setor mantém produção ecologicamente correta, sustentável e renovável, extraindo<br />

a matéria-prima de planos de manejos florestais sustentáveis, sistema<br />

que envolve rigoroso controle da colheita arbórea, permitindo que as florestas<br />

continuem conservadas.<br />

Entre os países inscritos no fórum internacional participaram Indonésia,<br />

Malásia, Congo, Suíça e França, todos da área de comércio internacional de<br />

madeira. O objetivo do Fórum Global sobre Madeira Legal e Sustentável é aumentar<br />

o networking, a colaboração e o intercâmbio de negócios entre toda<br />

a cadeia de produção do setor florestal. Com isso, promover a gestão das florestas<br />

naturais, criar redes de abastecimento de produtos de madeira legal e<br />

sustentável e facilitar o uso consciente de produtos florestais em um ambiente<br />

de negócios estável, transparente e previsível. Desta forma, contribuir para a<br />

sustentabilidade, desenvolvimento e mitigação das alterações climáticas.<br />

Como parte do Programa LSSC (Cadeia de Fornecimento Legal e Sustentável)<br />

e devido ao forte interesse entre os atores da indústria madeireira global,<br />

a ITTO (Organização Internacional de Madeiras Tropicais) e o IPIM (Instituto de<br />

Promoção do Comércio e do Investimento de Macau) celebraram acordo de<br />

colaboração para co-sediar o Fórum Global sobre Madeira Legal e Sustentável<br />

para acelerar o desenvolvimento de cadeias de fornecimento de produtos de<br />

madeira legais e sustentáveis.<br />

https://cipem.org.br<br />

Foto: divulgação CIPEM<br />

32 www.referenciaflorestal.com.br


FRASES<br />

Foto: divulgação<br />

“O objetivo do Plano é a atração<br />

de novos investimentos para<br />

ampliar e fortalecer a cadeia<br />

produtiva de florestas plantadas<br />

no Estado, para que a Bahia<br />

atenda plenamente sua própria<br />

demanda de madeira. Com isso,<br />

poderemos atender a crescente<br />

necessidade por produtos<br />

de madeira, gerando ainda,<br />

principalmente no interior,<br />

mais empregos qualificados,<br />

capacitações, tecnologia,<br />

renda, impostos e contribuições<br />

ambientais de elevada<br />

significância”<br />

Mariana Lisboa, presidente da ABAF (Associação<br />

Baiana das Empresas de Base <strong>Florestal</strong>) durante o<br />

Bahia e-Agro 2023<br />

Gostaria de destacar a<br />

importância do associativismo.<br />

Como diz o ditado: a união faz<br />

a força! E nos momentos como<br />

os atuais, a nossa associação<br />

tem um papel muito importante.<br />

Temos troca de conhecimento,<br />

cooperação e principalmente<br />

a solução de conflitos e<br />

conquistas de objetivos comuns,<br />

a um custo extremamente<br />

baixo e sem exposição de cada<br />

associado”<br />

Jose Mario Ferreira, presidente da ACR<br />

(Associação Catarinense de Empresas<br />

Florestais), sobre os 48 integrantes da<br />

instituição<br />

“Mato Grosso tem<br />

potencial para conciliar<br />

o desenvolvimento<br />

econômico e a<br />

conservação ambiental<br />

por meio da produção<br />

florestal sustentável”<br />

Ednei Blasius, presidente do CIPEM (Centro das<br />

Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira<br />

do Estado de Mato Grosso), durante o Fórum<br />

Global sobre Madeira Legal e Sustentável<br />

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PICADOR FLORESTAL BRUTUS 1020<br />

CHIPEADOR FORESTAL / MOBILE CHIPPER<br />

de história<br />

BRUTUS 1020R BRUTUS 1020T<br />

BRUTUS 1020E<br />

Altura máxima<br />

de passagem<br />

1000mm<br />

Maximum wood<br />

passage height<br />

1000mm<br />

Largura máxima<br />

de passagem<br />

1020mm<br />

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1020mm<br />

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de 80°<br />

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Painel de comando<br />

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Controle remoto<br />

Remote control<br />

A Estrutura BRUTUS 1020 é fabricada em aço estrutural A36,<br />

montada sobre chassi monobloco tandem de 2 eixos, chassi rodoviário de<br />

3 eixos ou chassi com esteiras de aço controlado por controle remoto. O<br />

sistema elétrico conta com controle automático de carga, controle remoto<br />

com 10 funções, display com alarmes e dados do motor Scania.<br />

The BRUTUS 1020 Structure is made of A36 structural steel,<br />

mounted on a 2-axle tandem monoblock chassis, 3-axle road chassis or<br />

chassis with steel tracks controlled by remote control. The electrical<br />

system has automatic load control, remote control with 10 functions,<br />

display with alarms and Scania engine data.<br />

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ENTREVISTA<br />

Foto: divulgação<br />

Produtividade<br />

EM FOCO<br />

Focus on productivity<br />

ENTREVISTA<br />

O<br />

s desafios de qualquer empresa estão ligados<br />

a produzir mais com menores custos e na<br />

silvicultura não é diferente. Para tratar de um<br />

assunto tão importante, a Revista REFERÊN-<br />

CIA FLORESTAL convidou Hernon Ferreira, diretor florestal da<br />

Eucatex, responsável por uma equipe de mais de 300 colaboradores,<br />

que dedicam todos seus esforços em produzir mais e<br />

melhor para alimentar a indústria de produtos de madeira.<br />

Hernon<br />

Ferreira<br />

T<br />

he challenges of any company are linked to<br />

producing more at lower costs, and forestry is no<br />

different. To deal with such an important subject,<br />

REFERÊNCIA <strong>Florestal</strong> invited Hernon Ferreira, Eucatex’s<br />

Director of Forestry, responsible for a team<br />

of more than 300 employees, who dedicate all their efforts to<br />

producing more and better to feed the forest products industry.<br />

ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />

Graduado em engenharia florestal pela UFLA (Universidade<br />

Federal de Lavras), e tem MBS em administração de empresas<br />

pela UFU (Universidade Federal de Uberlândia), gestão<br />

empresarial pela PUC-Campinas (Pontifícia Universidade<br />

Católica), gerenciamento de projetos pela FGV (Fundação<br />

Getúlio Vargas) e finanças na UFSCar (Universidade Federal<br />

de São Carlos). Está na Eucatex desde 2004 e atua no cargo<br />

de Gerente <strong>Florestal</strong> há 10 anos.<br />

Bachelor’s Degree in Forestry Engineering from the Federal<br />

University of Lavras (Ufla) and a Master’s in Business Administration<br />

from the Federal University of Uberlândia (UFU),<br />

Business Management from the Pontifical Catholic University<br />

(PUC-Campinas), Project Management from the Fundação<br />

Getúlio Vargas (FGV) and Finance from the Federal University<br />

of São Carlos (UFSCar). He has been with Eucatex since 2004<br />

and has been working as Forest Manager for ten years.<br />

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ENTREVISTA<br />

>> Como surgiu o interesse pelo segmento florestal?<br />

Sou do interior, filho de produtor rural. Meu pai tinha um<br />

sítio no sul de Minas Gerais e desde pequeno o interesse<br />

em tudo que envolvia plantar e colher foi se aflorando.<br />

Quando fiquei um pouco maior, me mudei para uma cidade<br />

de pouco mais de 3 mil habitantes para poder fazer<br />

o ensino fundamental e o ensino médio. Depois fui para<br />

Lavras (MG), onde me esforcei para entrar no curso de<br />

agronomia, mas não consegui. No ano seguinte tentei o<br />

vestibular para engenharia florestal, passei e, consequentemente,<br />

me formei. Eram áreas mais próximas do que<br />

imaginava e isso me ajudou muito, pois já tinha o conhecimento<br />

que a vivência com o trabalho me deu.<br />

>> Como foi sua caminhada profissional?<br />

Logo que me formei fui atrás de oportunidades de emprego,<br />

para Belo Horizonte (MG), onde consegui uma vaga<br />

em uma mineradora que tinha uma área de produção<br />

florestal no norte de Minas Gerais, praticamente na divisa<br />

com a Bahia, para a produção de carvão que alimentava<br />

caldeiras. Isso era no começo de 1990. Fiquei nessa<br />

empresa por 4 anos quando surgiu a oportunidade de<br />

então trabalhar com produção de pinus, que passava por<br />

beneficiamento para atender o mercado moveleiro. Já<br />

no começo dos anos 2000, trabalhei também com venda<br />

de defensivos agrícolas para o mercado de silvicultura e<br />

a penúltima empresa que estive antes da Eucatex me levou<br />

novamente para o campo, no cuidado de plantações<br />

e produção de madeira. Minha chegada na Eucatex foi<br />

em 2004, após passar por um processo seletivo bastante<br />

concorrido, com mais de 20 profissionais de alto gabarito,<br />

aliado ao meu conhecimento e minha experiência, me<br />

alavancaram a conquistar a vaga. Entrei como coordenador<br />

na área florestal, passei pelo cargo de gerente geral e<br />

em 2013 surgiu a oportunidade da promoção para o cargo<br />

de gerente florestal, no qual estou há quase 10 anos, tendo<br />

já 19 de casa.<br />

>> Como os melhoramentos genéticos melhoraram a<br />

produtividade para o segmento de produtos de madeira?<br />

Tudo que temos no Brasil relacionado ao melhoramento<br />

genético é fruto de muita pesquisa, da universidade, das<br />

empresas dos institutos de pesquisa trabalhando em<br />

parceria para o desenvolvimento do setor como um todo.<br />

Esse melhoramento apresentou mudas que são mais<br />

resistentes a variações do clima, a pragas florestais, que<br />

sofrem menos com déficit de nutrientes ou outros fatores<br />

que outrora afetariam drasticamente os resultados dos<br />

plantios. Temos pesquisadores visitando outros países,<br />

buscando conhecimento de experiências diferentes das<br />

nossas, mudas e sementes que ainda não testamos,<br />

tudo isso para atingir um nível de produtividade cada vez<br />

maior. É importante salientar que mesmo que tenhamos<br />

transformado completamente a experiência de plantio<br />

How did you become interested in the forestry segment?<br />

I am from the countryside, the son of a farmer. My<br />

father had a farm in the south of Minas Gerais, and<br />

since I was little, I have been interested in everything<br />

that involved planting and harvesting. When I got a little<br />

older, I moved to a town of just over three thousand<br />

people so I could attend elementary and high school.<br />

Then I went to Lavras (MG), where I tried to get into the<br />

Agronomy course but couldn’t. The following year, I tried<br />

the entrance exam for Forestry Engineering, passed,<br />

and, consequently, graduated. They were areas closer to<br />

Agronomy than I imagined, and that helped me a lot because<br />

I already had the knowledge that the experience<br />

with the work gave me.<br />

What was your professional path?<br />

As soon as I graduated, I went looking for job opportunities<br />

in Belo Horizonte (MG), where I got a job in a mining<br />

company that had a forest production area in the north<br />

of Minas Gerais, practically on the border with Bahia,<br />

for producing charcoal for feeding the boilers. That<br />

was in the early 1990s. I remained with this company<br />

for four years when the opportunity arose to work with<br />

pine production, which processed wood for the furniture<br />

market. In the early 2000s, I also worked with the sale of<br />

pesticides for the forestry market and the penultimate<br />

company I was in before Eucatex took me back to the<br />

field, taking care of plantations and timber production.<br />

My arrival at Eucatex was in 2004, after going through<br />

a very competitive selection process with more than 20<br />

high-level professionals. Combined with my knowledge<br />

and experience, it leveraged me to win the vacancy. I<br />

started as a Coordinator in the Forestry Area and later<br />

held the position of General Manager. In 2013, the opportunity<br />

arose for promotion to the position of Director<br />

of Forestry, which I have held for almost ten years,<br />

having already been at Eucatex for 19 years.<br />

How have genetic improvements improved productivity<br />

for the forest products segment?<br />

Everything we have in Brazil related to genetic improvement<br />

is the result of a lot of research by universities,<br />

companies, and research institutes working in partnership<br />

for the development of the Sector as a whole.<br />

These improvements presented seedlings that are more<br />

resistant to climate variations and forest pests, which<br />

suffer less from a nutrient deficit or other factors that<br />

would once drastically affect the results of plantations.<br />

We have scientists visiting other countries, seeking<br />

knowledge of experiences different from ours, seedlings<br />

and seeds that we have not yet tested, all this to achieve<br />

an increasingly higher level of productivity. It is essential<br />

to point out that even if we have entirely transformed<br />

the planting experience that existed a few years ago, no<br />

38 www.referenciaflorestal.com.br


ENTREVISTA<br />

que havia há alguns anos, ninguém está acomodado ou<br />

100% satisfeito com o que é feito atualmente, a busca<br />

por 1% de melhoria pode fazer ainda mais diferença para<br />

uma empresa e para a economia como um todo. Mas<br />

claro, temos muito que galgar ainda, a silvicultura é muito<br />

pequena em relação ao agro e a pecuária, temos investimentos<br />

menores e menos espaço para trabalhar, mas os<br />

resultados são vistos e admirados por todos.<br />

>> A Eucatex é autossuficiente em madeira?<br />

Estamos quase lá. Fizemos um plano focado nisso, adquirimos<br />

uma nova fábrica em 2020, saindo de duas para<br />

três plantas industriais, o que gerou um pequeno déficit<br />

em relação a produção própria, mas isso nos ajudou a<br />

realinhar os caminhos para que o mais rápido possível<br />

possamos alcançar esse patamar. Conseguimos, por meio<br />

do arrendamento de terras, sanar o déficit e a partir de<br />

2024 toda a madeira consumida pela Eucatex será também<br />

produzida pela empresa, o que é algo como 42 mil<br />

ha (hectares) a partir do próximo ano.<br />

>> O quanto o gerenciamento de pessoas influencia o<br />

desempenho no campo?<br />

Esse é o grande segredo de uma empresa e de um bom<br />

gestor. Gerir é o que garante resultados positivos. Além da<br />

qualificação de cada profissional, desenvolver uma sinergia<br />

entre cada um deles é algo que considero muito importante<br />

dentro da operação. Gosto de falar que três coisas<br />

fazem muita diferença: atrair, reter e motivar. Temos<br />

que gerar e administrar esses três momentos para que a<br />

equipe trabalhe bem o tempo todo e possa entregar bons<br />

resultados. Garantir essa motivação, esse engajamento<br />

muda totalmente o resultado final do processo. Equipes<br />

altamente preparadas, qualificadas, treinadas, motivadas,<br />

engajadas e que vestem a camisa realmente da empresa<br />

one is accommodated or 100% satisfied with what is currently<br />

done. The search for a 1% improvement can make<br />

even more difference for a company and the economy<br />

as a whole. But, of course, we still have a long way to<br />

go. Forestry is very small compared to agriculture and<br />

livestock; we have smaller investments and less space to<br />

work, but the results are seen and admired by all.<br />

Is Eucatex self-sufficient in timber?<br />

We are almost there. We made a plan focused on this.<br />

We acquired a new factory in 2020, going from two to<br />

three industrial plants, which generated a small deficit in<br />

relation to our production, but this helped us to realign<br />

the paths so that we can reach this level as soon as<br />

possible. We managed, through land leasing, to remedy<br />

the deficit, and from 2024, all the timber consumed by<br />

Eucatex will also be produced by the Company, which is<br />

something like 42 thousand ha starting next year.<br />

How much does People Management influence performance<br />

in the field?<br />

This is the great secret of a company and a good manager.<br />

Managing is what guarantees positive results. In<br />

addition to the qualification of each professional, developing<br />

a synergy between each one of them is something<br />

that I consider very much within the operation. I like to<br />

say that three things make a lot of difference: attract,<br />

retain, and motivate. We have to generate and manage<br />

these three aspects so that the team works well<br />

all the time and can deliver good results. Ensuring this<br />

motivation, this engagement totally changes the final<br />

result of the process. Highly prepared, qualified, trained,<br />

motivated, and engaged teams that wear the Company’s<br />

uniform to achieve the target is what we have<br />

achieved here, and this is a collective work of a series of<br />

Equipes altamente preparadas, qualificadas, treinadas,<br />

motivadas, engajadas e que vestem a camisa realmente da<br />

empresa para atingir o alvo é o que temos conseguido aqui<br />

e isso é um trabalho coletivo, de uma série de profissionais<br />

que fortalecem os processos da empresa<br />

40 www.referenciaflorestal.com.br


PAPAI NOEL JÁ GARANTIU SUA<br />

BOTA FLORESTAL!<br />

Agradecemos a todos os nossos parceiros<br />

que estiveram conosco este ano.<br />

Que o ano de 2024 seja ainda mais repleto<br />

de novas conquistas e realizações.<br />

Tecmater.com.br<br />

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ENTREVISTA<br />

para atingir o alvo é o que temos conseguido aqui e isso<br />

é um trabalho coletivo, de uma série de profissionais,<br />

que fortalecem os processos da empresa. A capacitação<br />

dos funcionários é muito importante, por isso tentamos<br />

enviar o maior número possível de representantes para<br />

eventos, simpósios, cursos e outras oportunidades para<br />

que a qualificação melhore. Além disso, cada profissional<br />

que participa dos eventos deve trazer conhecimento para<br />

dentro da empresa, pois isso fortalece toda a equipe.<br />

>> Quais as diferenças para uma operação no começo da<br />

sua carreira para os dias atuais?<br />

Era tudo muito mais manual na época. Não tínhamos<br />

equipamentos adequados para a atividade e a mecanização<br />

era quase inexistente. Hoje é tudo diferente. A<br />

automação, mecanização, inteligência artificial, captação<br />

e análise de dados é algo que nem se sonhava há 30 anos.<br />

Temos maior número de informações, captação via drones<br />

e satélites, análise de qualidade de solo, informações<br />

de clima atualizadas continuamente. É um mundo novo.<br />

Um exemplo, que estava discutindo momentos antes de<br />

fazer essa entrevista é a forma de plantio. Antes era tudo<br />

feito manualmente, com transporte de mudas complicado<br />

e a discussão que tive era de mudas em embalagens à<br />

base de celulose, que podem ser plantadas diretamente<br />

e serão decompostas diretamente no solo. Isso ninguém<br />

pensava e logo teremos isso aqui.<br />

>> Qual a importância do manejo de pragas no processo<br />

de produção florestal?<br />

O segredo do manejo de pragas é somente monitoramento.<br />

É preciso ter uma equipe treinada ou um terceiro<br />

treinado, com capacidade para fazer monitoramento. É<br />

importante dizer, que temos praticamente 100% das pragas<br />

já catalogadas e isso facilita muito a atividade. Essa<br />

quantidade de informação facilita, consideravelmente,<br />

a supressão de pragas. Daí temos atividade direta para<br />

evitar o dano econômico e garantir a produtividade da<br />

área. Valorizar novamente a parceria que temos com as<br />

universidades e centros de pesquisa, que trazem essas<br />

informações para o setor privado. Eles trazem dados, soluções<br />

naturais ou químicas para que a indústria como um<br />

todo possa continuar crescendo.<br />

>> Qual a importância do plantio no chamado mosaico<br />

gênico?<br />

Pode-se plantar em uma grande área, porém não se pode<br />

plantar o mesmo material genético em toda a área. Esse<br />

plantio variado gera uma proteção natural para o plantio.<br />

Caso algo influencie um dos clones, não afetará todo o<br />

plantio. A finalidade do mosaico é trazer uma diversidade<br />

de materiais genéticos semelhantes, mas diferentes. Não<br />

é uma prática nova, mas ainda é essencial na silvicultura<br />

de grande escala.<br />

professionals who strengthen the Company’s processes.<br />

Employee training is very important, so we try to send as<br />

many representatives as possible to events, symposiums,<br />

courses, and other opportunities so that employee qualification<br />

is improved. In addition, each professional who<br />

participates in such events must share the new knowledge<br />

with others in the Company, as this strengthens the<br />

entire team.<br />

What are the differences between an operation at the<br />

beginning of your career and the present day?<br />

It was all much more manual at the time. We didn’t have<br />

adequate equipment for the activity, and mechanization<br />

was almost non-existent. Today, everything is different.<br />

Automation, mechanization, artificial intelligence, and<br />

data capture and analysis are things that were not even<br />

dreamed of 30 years ago. We have better information<br />

captured via drones and satellites, soil quality analysis,<br />

and continuously updated weather information. It is a<br />

new world. An example, which I was discussing moments<br />

before doing this interview, is the way of planting.<br />

Before, everything was done manually, with complicated<br />

transportation of seedlings. Recently, I had discussions<br />

about seedlings in cellulose-based packaging, which can<br />

be planted directly, and the packaging will decompose<br />

directly into the soil. Nobody thought of that, and soon,<br />

we will use this here.<br />

What is the importance of pest management in the<br />

forest production process?<br />

The secret to pest management is just monitoring. It is<br />

necessary to have a trained team or a trained third party<br />

with the capacity to do the monitoring. It is important to<br />

say that we have practically 100% of the pests already<br />

cataloged, and this makes the activity much easier. This<br />

amount of information considerably facilitates the suppression<br />

of pests. So, we can undertake direct activities<br />

to avoid economic damage and ensure the productivity<br />

of the area. It values the partnership we have with<br />

universities and research centers, which provide this<br />

information to the Private Sector. They provide data and<br />

natural or chemical solutions so that the industry as a<br />

whole can continue to grow.<br />

What is the importance of planting in the so-called<br />

gene mosaic?<br />

You can plant in a large area, but you can’t grow the<br />

same genetic material in the whole area. This varied<br />

planting generates a natural protection for the planting.<br />

If something influences one of the clones, it won’t affect<br />

the entire planting. The purpose of the mosaic is to bring<br />

back a diversity of similar but different genetic materials.<br />

It’s not a new practice, but still, it is essential in largescale<br />

forestry.<br />

42 www.referenciaflorestal.com.br


Grupo<br />

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ENTREVISTA<br />

>> Dentro do florestal, quais setores recebem mais investimentos?<br />

Normalmente quando é feito o planejamento anual, que<br />

por sinal estamos aprovando agora o de 2024, é preciso<br />

dividir por áreas e cada área de acordo com as demandas<br />

que ela apresenta. E temos necessidades, apenas na silvicultura,<br />

muito variadas como: investimentos em pesquisa,<br />

desenvolvimento, proteção dos viveiros, da cultura, colheita,<br />

transporte de madeira, arrendamento, construção<br />

e manutenção de estradas. Fazendo essa análise, diria<br />

que as áreas que recebem maiores investimentos são as<br />

de silvicultura, colheita e transporte.<br />

>> Quais os maiores desafios dentro da silvicultura?<br />

O maior desafio é a questão da mão de obra, seja na sua<br />

qualificação ou mesmo a gestão de pessoas. Cada vez<br />

mais há necessidade de profissionais qualificados, que<br />

atendam demandas mais difíceis e exigentes. E para isso<br />

é preciso atrair, reter e motivar cada profissional. E além<br />

disso, estar pronto para as adversidades. Existe uma série<br />

de situações inesperadas que a silvicultura pode encarar<br />

e por isso um profissional que saiba como resolver de maneira<br />

rápida e prática uma situação da melhor maneira é<br />

aquele que toda empresa deseja.<br />

>> Qual seu maior objetivo dentro da Eucatex?<br />

Meu maior objetivo, e acredito que esteja alcançando<br />

isso, é a estruturação do setor e a criação de um sistema<br />

florestal que funciona continuamente com a maior eficiência<br />

sem sofrer com a saída de um ou outro funcionário.<br />

É garantir que tudo gire da melhor maneira. Não pretendo<br />

sair, longe disso, estou muito feliz aqui, mas sei que um<br />

dia vou sair e por isso quero deixar o florestal da Eucatex,<br />

com seus mais de 300 funcionários, na melhor situação<br />

possível, para que o futuro seja ainda melhor do que o<br />

nosso presente.<br />

Within the Forestry Sector, which segments receive the<br />

most investments?<br />

Normally, when the annual planning is done, which, by<br />

the way, is now being approved for 2024, it is necessary<br />

to divide it into areas, and each area should be divided<br />

according to the demands it represents. We have needs<br />

unique to forestry, which are very varied, such as investments<br />

in research, development, protection of nurseries,<br />

culture, harvesting, timber transportation, leasing,<br />

and construction and maintenance of roads. Doing this<br />

analysis, I would say that the areas that receive the most<br />

significant investments are forestry, harvesting, and<br />

transportation.<br />

What are the biggest challenges within forestry?<br />

The biggest challenge is the labor issue, whether in<br />

employee qualification or even in People Management.<br />

There is an increasing need for qualified professionals<br />

to meet more challenging demands. And for that, it is<br />

necessary to attract, retain, and motivate each professional.<br />

And beyond that, be ready for adversity. There are<br />

numerous unexpected situations that forestry can face,<br />

and that is why a professional who knows how to solve<br />

a situation in the best way, quickly and practically, is the<br />

one that every company wants.<br />

What is your biggest goal within Eucatex?<br />

My primary goal, and I believe I am achieving this, is the<br />

structuring of the segment and the creation of a forestry<br />

system that works continuously with greater efficiency<br />

without suffering from the departure of one or another<br />

employee. It’s making sure everything turns out in the<br />

best way. I don’t intend to leave, far from it. I’m very happy<br />

here, but I know that one day I will leave, and that’s<br />

why I want to leave Eucatex’s forestry operations, with its<br />

more than 300 employees, in the best possible situation<br />

so that the future is even better than our present.<br />

Hoje o maior desafio é a questão da mão de obra, seja na<br />

sua qualificação ou mesmo a gestão de pessoas. Cada<br />

vez mais há necessidade de profissionais qualificados,<br />

que atendam demandas mais difíceis e exigentes<br />

44 www.referenciaflorestal.com.br


extremo<br />

Construídas em chapas extremamente grossas de aço<br />

certificado ASTM A572 grau 50 e aço martensítico temperado e<br />

revenido certificados, com dureza de 450 HB e limite de<br />

escoamento de aproximadamente 1200 MPa;<br />

A série SR conta com pinos e buchas maiores, com mais área<br />

de contato, e parte destes pinos produzidos em aço SAE 4140<br />

temperados por indução;<br />

Projetadas para movimentação de toras maiores que 6m ou<br />

árvores inteiras em operações extremamente severas durante<br />

24 h/dia, 365 dias por ano.<br />

I<br />

nova<br />

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O mesmo equipamento pode ser acoplado em tratores<br />

agrícolas (frontal ou sistema de levante hidráulico),<br />

escavadeiras, pás carregadeiras e retroescavadeiras.<br />

*Equipamento com patente requerida<br />

REBAIXA TOCOS, TRITURA<br />

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PESADA COM ARBUSTOS.


COLUNA<br />

Uso do EPI no manejo<br />

de árvores: cinco<br />

estratégias para superar<br />

desafios comuns<br />

Gabriel Dalla Costa Berger<br />

Engenheiro <strong>Florestal</strong> e Segurança do Trabalho<br />

Ms. em Manejo <strong>Florestal</strong><br />

gabrielberger.com.br<br />

gabriel@gabrielberger.com.br<br />

Foto: divulgação<br />

Programas de treinamento, equipamentos de qualidade e políticas de pausas regulares<br />

estão entre as melhores estratégias para superar as barreiras no uso regular dos EPIs<br />

O<br />

uso adequado de EPI (Equipamentos de Proteção<br />

Individual) além de obrigatório pela norma regulamentadora<br />

NR06, é fundamental para a segurança<br />

e bem-estar dos profissionais do manejo de árvores.<br />

No entanto, os desafios no uso do EPI são uma<br />

realidade para muitos trabalhadores, tanto para os operadores da<br />

máquina, quanto para os responsáveis pelas equipe de manejo.<br />

Nesse contexto, abordamos cinco estratégias possíveis para<br />

superar essas barreiras, garantindo a conformidade da atividade e<br />

promovendo um ambiente de trabalho mais seguro.<br />

1. Resistência à mudança:<br />

Um dos desafios mais comuns é a resistência à mudança. Operadores<br />

de motosserra que não possuem o hábito de utilizar o kit<br />

completo de EPIs (capacete, óculos de proteção, protetor facial,<br />

protetor auricular, roupas de proteção anticorte, calçados de proteção,<br />

perneiras e luvas) podem encontrar dificuldades ao adotar<br />

novas práticas, especialmente se não perceberem imediatamente<br />

os seus benefícios.<br />

Implementar programas de conscientização, que destaquem<br />

os benefícios do uso do EPI, incluindo estudos de caso de acidentes<br />

evitados e a implementação de uma cultura que valorize a<br />

segurança pessoal e coletiva é uma ótima estratégia. A educação<br />

contínua sobre os riscos e os resultados positivos do uso do EPI<br />

pode ajudar a superar essa resistência.<br />

2. Percepção de desconforto e restrições de movimento:<br />

Alguns profissionais sentem-se desconfortáveis e com restrições<br />

de movimento ao utilizar determinados tipos de EPI, como<br />

luvas e roupas de proteção. Isso pode levar à resistência ao uso<br />

regular desses equipamentos por achar que essa prática prejudica<br />

a agilidade do trabalho.<br />

Investir em EPI de alta qualidade e com foco na ergonomia é<br />

sempre a melhor estratégia, pois dessa forma eles se sentirão mais<br />

confortáveis e seguros para realizar suas tarefas com eficiência.<br />

3. Falta de conhecimento e informação:<br />

A falta de treinamento adequado sobre o uso correto do EPI<br />

pode ser um obstáculo significativo. Se os profissionais não compreenderem<br />

os riscos associados ao não usar os EPIs específicos<br />

ou a maneira correta de utilizar tais equipamentos, o uso regular<br />

será comprometido.<br />

Uma estratégia imprescindível nesse caso, é a implementação<br />

de programas de treinamento robustos que incluam informações<br />

técnicas sobre a escolha, ajuste e manutenção adequada do EPI.<br />

Além disso, promover demonstrações práticas da eficiência dos<br />

EPIs, como os testes da roupa de proteção, por exemplo, podem<br />

garantir que os profissionais se sintam seguros e confortáveis para<br />

utilizar os equipamentos de proteção.<br />

4. Desafios Climáticos:<br />

Ambientes climáticos adversos podem tornar o uso do EPI desconfortável,<br />

especialmente em condições de calor intenso.<br />

Buscar EPI específico para tais condições climáticas, como roupas<br />

respiráveis, por exemplo, além de implementar políticas que<br />

permitam pausas regulares para que os profissionais possam se<br />

refrescar, é uma ótima estratégia para garantir a segurança e o uso<br />

regular dos EPIs.<br />

5. Custos Associados ao EPI:<br />

Os custos associados à compra e manutenção de EPI podem<br />

ser percebidos como uma barreira, especialmente para pequenas<br />

empresas. Esse desafio pode levar a escolhas mais econômicas e<br />

menos seguras ou à falta de renovação dos equipamentos.<br />

Realizar análises de custo-benefício para demonstrar que os<br />

benefícios em termos de segurança superam os custos pode ser<br />

uma boa estratégia. Além disso, incentivar a manutenção e cuidados<br />

no armazenamento dos EPIs podem aumentar a sua vida útil e<br />

prolongar o tempo para renovação dos equipamentos.<br />

Superar os desafios comuns no uso do EPI no manejo de árvores<br />

requer uma abordagem abrangente sobre aspectos culturais,<br />

de treinamento, conforto e custos. Ao implementar estratégias específicas<br />

para cada desafio, os profissionais e as empresas podem<br />

garantir uma conformidade efetiva da atividade e promover uma<br />

cultura de segurança sólida, priorizando a saúde e o bem-estar de<br />

todos os envolvidos, sem perder a produtividade no trabalho.<br />

Foto: divulgação<br />

46 www.referenciaflorestal.com.br


Equipamentos desenvolvidos com foco em<br />

performance e tecnologia para o melhor<br />

aproveitamento na utilização dos<br />

recursos e processos.<br />

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PRINCIPAL<br />

ONDE VOCÊ<br />

ESTIVER<br />

Empresa desenvolve trailer<br />

dedicado a levar mobilidade,<br />

conectividade e eficiência à<br />

operação na floresta<br />

Fotos: Fabiano Mendes<br />

Wherever you are<br />

A company develops a trailer dedicated<br />

to providing mobility, connectivity, and<br />

efficiency to the forestry operation<br />

48 www.referenciaflorestal.com.br


Dezembro 2023 49


PRINCIPAL<br />

O<br />

trabalho no campo é pesado, intenso e não<br />

pode parar. As demandas são contínuas e ter o<br />

máximo de apoio em meio à operação florestal<br />

é essencial para gerar segurança aos operadores.<br />

Ter a possibilidade de solucionar qualquer<br />

demanda sem longos deslocamentos ou depender de entregas<br />

aperfeiçoa o trabalho e gera maiores receitas. A DRV, fabricante<br />

de facas e serras industriais, tem como grande lançamento um<br />

trailer completo que leva toda a qualidade dos produtos e serviços<br />

da empresa, além de uma série de outros benefícios, para seus<br />

clientes onde quer que eles estejam.<br />

Com mais de 10 anos de história, a DRV se estabeleceu como<br />

uma das grandes marcas de facas e ferramentas para corte. Focada<br />

em levar o melhor em custo beneficio para seus clientes,<br />

a empresa está sempre atenta para ouvir as demandas de seus<br />

parceiros e o desenvolvimento do trailer partiu justamente desse<br />

cuidado no atendimento, como explica Diego Ricardo Vieira,<br />

diretor da DRV. “Viajamos muito e percebemos que as estruturas<br />

oferecidas para os operadores no campo, muitas vezes, eram<br />

bastante precárias, e isso nos chamou atenção para trazer uma<br />

solução para essa situação”, relata Diego. O diretor comenta que<br />

a afiação no campo proporciona maior eficiência e agilidade,<br />

pois elimina deslocamento, o que uniu o útil ao necessário. “O<br />

trailer Área de Vivência e Afiação DRV surge como uma solução<br />

completa para melhorar a qualidade do trabalho dos operadores,<br />

T<br />

he work in the field is complex, intense, and<br />

cannot stop. The demands are continuous, and<br />

having the maximum support amid the forestry<br />

operation is essential to generating safety for<br />

operators. Having the possibility to solve any<br />

demand without long commutes or depending on deliveries<br />

improves the work and generates higher revenues. DRV, a manufacturer<br />

of industrial knives and saw blades, has launched a<br />

great new item, the complete facility trailer, that provides the<br />

quality of the Company’s products and services, in addition to<br />

a series of other benefits, to its customers wherever they are.<br />

With more than ten years of history, DRV has established<br />

itself as one of the providers of well-renowned brands of saw<br />

blades and other cutting tools. Focused on providing a better<br />

cost-benefit to its customers, the Company is always attentive<br />

to listening to the demands of its partners, and the development<br />

of the trailer started precisely from this care in service, as<br />

explained by Diego Ricardo Vieira, a DRV Director. “We traveled<br />

a lot and realized that the structures offered to operators in the<br />

field were often quite precarious, and this drew our attention<br />

to provide a solution to this situation,” says Vieira. The Director<br />

comments that sharpening in the field provides greater efficiency<br />

and agility, as it eliminates displacement, which combines<br />

usefulness with necessity. “The DRV Living and Sharpening Area<br />

trailer emerges as a complete solution to improve the quality of<br />

50 www.referenciaflorestal.com.br


O trailer Área de Vivência<br />

e Afiação DRV surge como<br />

uma solução completa para<br />

melhorar a qualidade do<br />

trabalho dos operadores,<br />

trazendo facilidade na<br />

afiação das facas e<br />

mais sustentabilidade<br />

e segurança para o<br />

trabalhador, que é uma<br />

pauta muito importante<br />

para a DRV<br />

Diego Ricardo Vieira,<br />

diretor da DRV<br />

trazendo facilidade na afiação das facas e mais sustentabilidade e<br />

segurança para o trabalhador, que é uma pauta muito importante<br />

para a DRV”, complementa Diego.<br />

O trailer Área de Vivência e Afiação DRV é um dos projetos<br />

mais ousados e inovadores da empresa. Ele tem como maior<br />

diferencial o aumento da performance no trabalho no campo,<br />

pois deixa tudo mais próximo e acessível para o time que está na<br />

operação. “Fornecemos facas de primeira linha para operação<br />

de biomassa, mas o trailer não está preso a apenas um tipo de<br />

operação. Ele pode ser personalizado, por exemplo, para ter<br />

um equipamento de afiação de corrente de sabre, atendendo o<br />

processo de colheita florestal, tendo na versatilidade um de seus<br />

maiores diferenciais”, aponta Diego.<br />

CONHEÇA O TRAILER<br />

Com mais de 5m (metros) de comprimento, 2,4m de largura e<br />

2,4m de altura, o trailer da DRV é um espaço confortável, personalizável<br />

e completamente estruturado para atender as demandas<br />

do campo. O principal item de série do trailer é a máquina<br />

Afiadora Flex, que realiza o trabalho de afiação com a excelência<br />

que a DRV já garante a todos os clientes, mas agora, ao lado da<br />

operação. O equipamento funciona através de energia elétrica que<br />

é produzida por um gerador a diesel de 10KVA (quilovolt Ampére).<br />

Por não ser focado apenas em produtividade, o trailer traz<br />

muito conforto e uma estrutura que melhora a qualidade do período<br />

que o trabalhador está em campo. O trailer conta com uma<br />

copa equipada com micro-ondas, frigobar e bebedouro. O suprimento<br />

de água é fornecido por duas caixas d’água previamente<br />

instaladas no equipamento. Um ar condicionado de 9.000 BTUs<br />

é outro item de fábrica do trailer, escolhido para atender melhor<br />

the operators’ work, providing ease in sharpening knives and<br />

more sustainability and safety for the worker, which is a critical<br />

agenda for DRV,” adds Vieira.<br />

The DRV Living and Sharpening Area trailer is one of the<br />

Company’s boldest and most innovative projects. Its most significant<br />

differential is the increase in performance in the field,<br />

as it brings everything closer and more accessible to the team<br />

that is in the field. “We supply top-of-the-line blades and knives<br />

for the biomass operation, but the trailer is not tied to just one<br />

type of operation. It can be customized, for example, to have<br />

chain saw sharpening equipment, serving the forest harvesting<br />

process, with versatility as one of its greatest differentials,”<br />

points out Vieira.<br />

CHECK OUT THE TRAILER<br />

More than five meters in length, 2.4 meters in width, and<br />

2.4 meters in height, the DRV trailer is a comfortable, customizable,<br />

and wholly structured space to meet the demands of the<br />

field. The main standard item of the trailer is the Flex Sharpening<br />

machine, which performs the sharpening work with the<br />

excellence that DRV already guarantees to all customers, but<br />

now, alongside the operation. The equipment works through<br />

electrical energy that is produced by a ten kVa diesel generator.<br />

By not only focusing on productivity, the trailer provides<br />

comfort and a structure that improves the quality of the period<br />

that the worker is in the field. The trailer is pantry-equipped with<br />

a microwave, mini refrigerator, and water cooler. The water<br />

supply is provided by two water tanks previously installed in<br />

the equipment. A nine thousand BTU air conditioner is another<br />

trailer factory-installed item chosen best to serve operations in<br />

Dezembro 2023<br />

51


PRINCIPAL<br />

Quando visitamos os clientes<br />

o que temos ouvido é que o<br />

trailer é a solução que eles<br />

buscavam e não tinham para o<br />

serviço florestal<br />

Liliane Cordeiro, diretora da DRV<br />

em operações nas áreas mais quentes do país. Toda a estrutura<br />

interna é personalizável pelo cliente, a fim de garantir uma experiência<br />

totalmente diferente do habitual na operação florestal.<br />

Conectividade e tecnologia também foram levadas em conta<br />

durante a idealização e realização do novo equipamento da DRV.<br />

O trailer foi projetado para dar suporte a sistema de internet via<br />

satélite, que diminui distâncias e facilita a comunicação em áreas<br />

mais afastadas, onde não há conexão à internet por meios tradicionais.<br />

O equipamento também conta com sistema de câmeras 360°<br />

(graus), que dão maior segurança para quem adquirir o trailer.<br />

A estrutura externa é revestida em ACM (Aluminium Composite<br />

Material) branco nas laterais e o teto, revestido em aço<br />

galvanizado, também é finalizado na cor branca. O cliente que<br />

adquirir um trailer da DRV pode personalizar interior e exterior<br />

com sua logomarca ou outras imagens de sua preferência.<br />

RECEPÇÃO CALOROSA<br />

Liliane Cordeiro, Diretora da DRV, comenta que a recepção<br />

do trailer pelo público tem sido a melhor possível, superando as<br />

expectativas e trazendo um sentimento de dever cumprido para a<br />

equipe da DRV. “Quando visitamos os clientes o que temos ouvido<br />

é que o trailer é a solução que eles buscavam e não tinham para<br />

o serviço florestal”, celebra Liliane. A diretora lembra que o trailer<br />

foi lançado em agosto, na Expoforest 2023, e desde então já foram<br />

entregues 5 unidades e mais 3 estão em produção.<br />

Um desses clientes é o Grupo Comelli, que, segundo o relato<br />

de Lucas Comelli, diretor da empresa, o trailer se tornou uma<br />

ferramenta multiuso nas operações, principalmente nas mais<br />

isoladas, podendo usá-lo para área de vivência, com internet e<br />

com o gerador acoplado ao uso de afiadeira e também outros<br />

equipamentos elétricos. “Com ele temos acesso a uma base<br />

de apoio para operação onde literalmente anda junto com as<br />

máquinas o que possibilita economia em deslocamentos desnecessários”,<br />

ressalta Lucas.<br />

O Grupo Comelli utiliza equipamentos da DRV desde 2021 e<br />

em 2023 a parceria foi consolidada por meio da compra dos dentes<br />

de feller e do trailer. Isso foi pavimentado através do bom atendithe<br />

hottest areas of the Country. The entire internal structure<br />

is customizable by the customer in order to guarantee a totally<br />

different experience from the usual in the forestry operation.<br />

Connectivity and technology were also taken into account<br />

during the design and manufacture of the new DRV equipment.<br />

The trailer is designed to support a satellite internet system,<br />

which shortens distances and facilitates communication in more<br />

remote areas where there is no internet connection by traditional<br />

means. The equipment also has a 360° camera system, which<br />

provides greater security for those who purchase the trailer.<br />

The external structure is clad in white Aluminium Composite<br />

Material (ACM) on the sides, and the roof is clad in galvanized<br />

steel, also finished in white. Customers who purchase a trailer<br />

from DRV can customize the interior and exterior with their logo<br />

or other images of their choice.<br />

WARM WELCOME<br />

Liliane Cordeiro, a DRV Director, comments that the public’s<br />

reception of the trailer could not have been better, exceeding<br />

expectations and leading to a sense of accomplishment by the<br />

DRV team. “When we visit customers, what we have heard is<br />

that the trailer is the solution they were looking for and did not<br />

have for the forest service,” celebrates Cordeiro. The Director<br />

recalls that the trailer was launched in August at Expoforest<br />

2023, and since then, five units have been delivered, and three<br />

more are in production.<br />

One of these customers is the Comelli Group, which, according<br />

to the report of Lucas Comelli, Company Director, the<br />

trailer has become a multipurpose tool in operations, especially<br />

in the most isolated ones, being able to use it for living areas,<br />

with internet and with the generator coupled to the use of a<br />

sharpener and other electrical equipment. “With it, we have<br />

access to a support base for operation where it literally travels<br />

together with the machines, which allows savings in unnecessary<br />

travel,” notes Comelli,<br />

The Comelli Group has been using DRV equipment since<br />

2021, and in 2023, the partnership was consolidated through<br />

52 www.referenciaflorestal.com.br


mento, que segundo Lucas sempre supriu demandas, apresentou<br />

produtos de qualidade e subiu a régua do que era oferecido no<br />

mercado. “A aquisição do trailer marca esse fortalecimento da<br />

parceria das empresas. A DRV fez um trabalho esplêndido, que<br />

nos surpreendeu no resultado final, na riqueza de detalhes e<br />

apresentação da nossa marca”, complementa Lucas.<br />

Celso Mello Correia, diretor da Madeplant, empresa do Mato<br />

Grosso do Sul, referência no mercado de biomassa, exalta a parceria<br />

com a DRV, que começou em 2017, colocando a fabricante<br />

de facas como um dos melhores parceiros que a empresa tem,<br />

por isso o trailer foi apresentado e rapidamente agregado ao rol<br />

de equipamentos da Madeplant. “O trailer se tornou fundamental<br />

em nossa operação, dando agilidade nas afiações de facas e com<br />

isso nos trouxe uma melhor eficiência nas trocas das mesmas,<br />

fora a informação em tempo real da operação, com a internet<br />

dentro do processo”, valoriza Celso.<br />

A parceria de longa data facilitou muito a compra, tanto que<br />

Celso brinca com a negociação e escolhas das características do<br />

trailer. “Praticamente quem nos escolheu foi o Diego. Reconhecemos<br />

a qualidade dos produtos que ele fornece, o atendimento<br />

sempre pronto da DRV e quando Diego me ligou falando do trailer<br />

não tive dúvidas em ter o novo equipamento da DRV na nossa<br />

operação”, conclui Celso.<br />

Com o trailer temos acesso a uma<br />

base de apoio para operação onde<br />

literalmente anda junto com as<br />

máquinas o que possibilita economia<br />

em deslocamentos desnecessários<br />

Lucas Comelli,<br />

diretor do Grupo Comelli<br />

O trailer se tornou fundamental em<br />

nossa operação, dando agilidade nas<br />

afiações de facas e com isso nos<br />

trouxe uma melhor eficiência nas<br />

trocas das mesmas, fora a informação<br />

em tempo real da operação, com a<br />

internet dentro do processo<br />

Celso Mello Correia,<br />

diretor da Madeplant<br />

the purchase of feller teeth and the trailer. This was a result<br />

of good service, which, according to Comelli, DRV always met<br />

demands, presented quality products, and raised the bar of<br />

what was offered in the market. “The acquisition of the trailer<br />

marks this strengthening of the partnership between the<br />

companies. DRV did a splendid job, which surprised us in the<br />

final result, in the richness of details and presentation of our<br />

brand,” adds Comelli.<br />

Celso Mello Correia, Director of Madeplant, a company from<br />

Mato Grosso do Sul, a reference in the biomass market praises<br />

the partnership with DRV, which began in 2017, making the<br />

blade manufacturer one of the best partners the Company has,<br />

so the trailer when presented was quickly added to Madeplant’s<br />

list of equipment. “The trailer has become fundamental in our<br />

operation, providing agility in the sharpening of blades, and<br />

with that, it has brought us improved efficiency in their replacement,<br />

in addition to the real-time information of the operation,<br />

with the internet included within the process,” values Correia.<br />

The long-standing partnership made the purchase much<br />

easier, so much so that Correia jokes about the negotiation and<br />

choices of the trailer’s features. “Practically, the one who chose<br />

us was Diego Vieira. We recognize the quality of the products<br />

DRV provides, and DRV has always provided prompt service,<br />

so when Diego called me telling me about the trailer, I had no<br />

doubts about having the new DRV equipment in our operation,”<br />

concludes Correia.<br />

Dezembro 2023<br />

53


BASE FLORESTAL<br />

<strong>Florestal</strong><br />

MAIS FORTE<br />

Fotos: divulgação<br />

54 www.referenciaflorestal.com.br


Valor de produção da silvicultura e da<br />

extração vegetal cresce 11,9% e atinge<br />

recorde de R$ 33,7 bilhões em 2022<br />

O<br />

valor da produção florestal atingiu o recorde<br />

de R$ 33,7 bilhões, com alta de 11,9%<br />

e produção em 4.884 municípios. O valor<br />

da produção da silvicultura continua superando<br />

o da extração vegetal, o que ocorre<br />

desde o ano 1998. A silvicultura manteve a trajetória de<br />

crescimento dos últimos anos ao atingir o valor de R$ 27,4<br />

bilhões, alta de 14,9% em relação ao alcançado em 2021<br />

(R$ 23,9 bilhões).<br />

Já a extração vegetal se manteve praticamente estável,<br />

com variação de 0,2% em relação ao ano anterior, quando<br />

havia crescido 31,5%. O valor de produção alcançado em<br />

2022 foi de R$ 6,2 bilhões. Os dados são da PEVS (Produção<br />

da Extração Vegetal e da Silvicultura) 2022, divulgada<br />

pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).<br />

Segundo Carlos Alfredo Guedes, gerente de agricultura<br />

do IBGE, os números são muito positivos e dão prosseguimento<br />

ao que já vem acontecendo em anos anteriores.<br />

“A extração vegetal teve um crescimento muito grande<br />

em 2021, atingindo a marca de 31,6%. Em 2022, com essa<br />

base de comparação bem alta, ficou praticamente estável,<br />

variando 0,2%. Já a silvicultura manteve um movimento de<br />

crescimento que se iniciou lá em 2020”, analisa Carlos.<br />

Ele explica que a tendência de, a cada ano, a participação<br />

da silvicultura crescer no valor de produção do setor e<br />

a do extrativismo vegetal cair, continua. O que não significa<br />

que a atividade esteja diminuindo e, sim, que o valor dos<br />

produtos da silvicultura está crescendo. “Em uma análise<br />

regional, o destaque no sudeste é a plantação de eucalipto,<br />

no sul predomina o pinus, no nordeste sobressai o<br />

extrativismo madeireiro e o grupo dos alimentícios e ceras,<br />

no norte, o extrativismo madeireiro e o açaí, e no centro-<br />

-oeste, a plantação de eucalipto e extrativismo madeireiro”,<br />

pontua Carlos.<br />

Em 2022, houve acréscimo de 0,1% nas áreas de florestas<br />

plantadas no país, ou mais 8,1 mil ha (hectares).<br />

A área total da silvicultura é de 9,5 milhões de ha, dos<br />

quais, 7,3 milhões, ou 77,3% são de eucalipto, usado<br />

predominantemente na indústria de celulose. Juntos,<br />

eucalipto e pinus foram responsáveis pela cobertura de<br />

96,0% das áreas cultivadas com florestas plantadas para<br />

fins comerciais no país. Somente as regiões sudeste (0,4%)<br />

e centro-oeste (5,5%) apresentaram crescimento em 2022.<br />

A região sul, que representa 32,4% das áreas de florestas<br />

plantadas com pinus e eucalipto no país, apresentou uma<br />

redução de 1,1%.<br />

Dezembro 2023<br />

55


BASE FLORESTAL<br />

De acordo com dados da SECEX (Secretaria de Comércio<br />

Exterior), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria,<br />

Comércio e Serviços, a celulose ocupou o 11º lugar no ranking<br />

das exportações totais do país em 2022 (2,5%), com<br />

19,8 milhões de toneladas exportados, que geraram US$<br />

8,4 bilhões, um aumento de 24,6%. O setor da madeira em<br />

tora para papel e celulose permanece com tendência de<br />

alta, atingindo o valor de R$ 9,0 bilhões, crescimento de<br />

25,5% no valor da produção, após o crescimento de 24,4%<br />

registrado em 2021. “O Brasil é o maior exportador mundial<br />

de celulose e a produção de madeira em tora para papel<br />

e celulose foi recorde em 2022, atingindo 99,7 milhões<br />

de m3 (metros cúbicos). O segundo maior volume da série<br />

havia ocorrido em 2018, quando a produção alcançou 92,7<br />

milhões de m3”, destaca Carlos.<br />

A participação dos produtos madeireiros chegou a<br />

96,0% do valor da produção florestal. O conjunto dos produtos<br />

madeireiros com origem em áreas plantadas para<br />

fins comerciais registrou aumento de 15,5% no valor da<br />

produção, enquanto naqueles decorrentes da extração<br />

vegetal houve redução de 0,8%. “Esses resultados ratificam<br />

a tendência de crescimento dos produtos madeireiros<br />

oriundos da silvicultura e registra-se uma estabilidade nos<br />

da extração desde 2021”, completa Carlos.<br />

Entre os produtos madeireiros da silvicultura, houve<br />

registro de crescimento do valor da produção em todos os<br />

grupos, sendo mais acentuado na lenha, que aumentou<br />

33,4%. O valor da produção da madeira destinada à fabricação<br />

de papel e celulose cresceu 25,5%; o carvão vegetal,<br />

6,8%; e a madeira em tora para outras finalidades 5,6%.<br />

A extração vegetal, que registrava retração na série<br />

histórica dos últimos anos, apresentou aumento no valor<br />

gerado em 2019 (6,9%), 2020 (6,3%), 2021 (31,5%), com<br />

a base de comparação relativamente alta, em 2022 o aumento<br />

foi de apenas 0,2%. Enquanto os produtos madeireiros<br />

respondem pela quase totalidade do valor da produção<br />

da silvicultura (96,0%), na extração vegetal esse grupo<br />

representa 63,1%, seguido pelos alimentícios (30,4%),<br />

ceras (4,4%), oleaginosos (1,5%) e outros (0,6%).<br />

De acordo com dados da SECEX<br />

(Secretaria de Comércio Exterior),<br />

do Ministério do Desenvolvimento,<br />

Indústria, Comércio e Serviços,<br />

a celulose ocupou o 11 lugar no<br />

ranking das exportações totais<br />

do país em 2022 (2,5%), com 19,8<br />

milhões de toneladas exportados<br />

56 www.referenciaflorestal.com.br


BASE FLORESTAL<br />

MAIS VIGOR<br />

Minas Gerais continua com o maior valor da produção<br />

da silvicultura, que cresceu 2,6%, chegando a R$ 7,5 bilhões<br />

em 2022, ou 27,3% do total da silvicultura. O Estado<br />

é o maior produtor de carvão vegetal, com 87,7% do volume<br />

nacional. O Paraná vem em segundo em valor de produção<br />

de florestas plantadas, R$ 4,8 bilhões. É o terceiro<br />

maior produtor de madeira em tora para papel e celulose,<br />

sendo responsável por 16,3% da produção nacional. A produção<br />

cresceu 3,0%, alcançando 16,2 milhões de m3, e o<br />

valor da produção subiu 2,4%, chegando a R$1,7 bilhão. A<br />

madeira em tora para outras finalidades também foi destaque,<br />

atingindo 20,9 milhões de m3, redução de 4,9%, o que<br />

representa 35,7% do total nacional, mantendo-se como o<br />

maior produtor do país.<br />

Em área plantada, Minas Gerais segue registrando a<br />

maior área coberta com espécies florestais plantadas do<br />

país, com 2,1 milhões de ha, o que representou um crescimento<br />

de 0,3% em relação ao ano anterior, sendo sua quase<br />

totalidade ocupada por eucalipto. São Paulo detém a<br />

segunda maior área de florestas plantadas, com 1,2 milhão<br />

de ha, dos quais 80,8% são plantios de eucalipto. Merece<br />

destaque o crescimento da área plantada no Mato Grosso<br />

do Sul, que atingiu 1,2 milhão de ha, um crescimento de<br />

13,2%, a quase totalidade com eucalipto.<br />

Entre os 10 municípios com as maiores áreas de florestas<br />

plantadas do Brasil, cinco estão em Mato Grosso do<br />

Sul; três em Minas Gerais; um no Rio Grande do Sul; e um<br />

na Bahia. Quatro municípios sul-mato-grossenses ocupam<br />

as primeiras posições de área plantada no país, sendo<br />

destaques Três Lagoas e Ribas do Rio Pardo, que apresentaram<br />

as maiores áreas de florestas plantadas, com 264,2<br />

mil ha e 251,3 mil ha, respectivamente. João Pinheiro é a<br />

municipalidade com maior área plantada com florestas em<br />

Minas Gerais, sendo toda a área coberta com eucalipto. Na<br />

Bahia, o destaque é Caravelas, enquanto no Rio Grande do<br />

Sul, Encruzilhada do Sul, em que as áreas praticamente são<br />

divididas entre eucalipto e pinus.<br />

PARANÁ NA PONTA<br />

Com uma quantidade estimada de 13,9 milhões de<br />

m3, o que corresponde a 26,3% do total nacional, o Paraná<br />

também foi destaque na produção de lenha com origem<br />

em florestas plantadas. O Rio Grande do Sul foi o segundo<br />

maior produtor de lenha, alcançando 11,5 milhões de m3,<br />

21,8% do total nacional. A região sul responde por 63,2%<br />

da produção nacional de lenha.<br />

General Carneiro (PR) assumiu a liderança do ranking<br />

de valor da produção da silvicultura, alcançando um total<br />

de R$ 625,8 milhões em 2022, com destaque para o crescimento<br />

de 10,2% na quantidade de madeira em tora para<br />

papel e celulose e de 35,3% no total do valor da produção.<br />

A madeira em tora para outras finalidades cresceu 8,8%<br />

e, consequentemente, aumentou o valor de produção em<br />

30,6%. Telêmaco Borba (PR) é o segundo município no<br />

ranking de valor de produção na silvicultura com R$ 524,5<br />

milhões, foi destaque na produção de lenha, com 584,7 mil<br />

m3, gerando R$ 27,4 milhões, com crescimento de 667,4%.<br />

João Pinheiro (MG), líder do ranking em 2021, foi o<br />

terceiro município com maior valor da produção da silvicultura,<br />

gerando R$ 497,5 milhões e constituindo destaque<br />

nacional na produção de carvão, com 437,8 mil toneladas,<br />

58 www.referenciaflorestal.com.br


R I C H E T T I<br />

MADEIRAS E<br />

BIOMASSA<br />

Reflorestamento<br />

Producao ˜ de Biomassa<br />

Lavoura<br />

Serraria<br />

Rodovia Rst 126, SN - Km 18 e Meio | Guabiju (RS)<br />

(54) 99930-8636 | (54) 99624-8608


BASE FLORESTAL<br />

apesar da redução de 7,8% em termos de volume, na<br />

comparação com o ano anterior. Outro município que se<br />

destacou no setor da silvicultura foi Encruzilhada do Sul<br />

(RS), obtendo o quarto maior valor de produção, com R$<br />

395,0 milhões.<br />

EXTRAÇÃO VEGETAL CRESCE<br />

Em 2022, o valor da produção obtido por meio da extração<br />

vegetal apresentou incremento de 0,2%, totalizando<br />

R$ 6,2 bilhões. Dos grupos de produtos que compõem a<br />

exploração extrativista na pesquisa, foi registrada diminuição<br />

no valor da produção nos grupos madeireiros (0,8%),<br />

ceras (6,8%), fibras (3,4%) e nó de pinho (28,8%).<br />

O grupo dos produtos<br />

madeireiros, que teve a<br />

maior participação no valor<br />

da produção do extrativismo<br />

(63,1%), registrou uma<br />

pequena redução de 0,8%<br />

frente ao ano anterior, depois<br />

de um aumento expressivo de<br />

37,9%, em 2021<br />

O grupo dos produtos madeireiros, que teve a maior<br />

participação no valor da produção do extrativismo (63,1%),<br />

registrou uma pequena redução de 0,8% frente ao ano<br />

anterior, depois de um aumento expressivo de 37,9%, em<br />

2021. Portanto, retornando à tendência dos últimos anos,<br />

em que a exploração extrativista de madeira vinha perdendo<br />

espaço no país, sendo gradativamente substituída pela<br />

originada em florestas cultivadas. Em 2022, observaram-se<br />

variações positivas no valor da produção do carvão vegetal<br />

(11,0) e na lenha (14,4%), e redução no valor da produção<br />

da madeira em tora (5,7%), esse grupo de produtos<br />

registrou um total de R$ 3,9 bilhões, 0,8% menor quando<br />

comparado com 2021.<br />

Os Estados de Mato Grosso e do Pará responderam<br />

por 71,4% da quantidade total extraída de madeira em<br />

tora, representando 83,4% do valor de produção desse<br />

produto. O Pará que voltou a ultrapassar o Mato Grosso<br />

como maior produtor, alcançou 4,7 milhões de m3 com<br />

um aumento de 22,7% na extração de madeira em tora. O<br />

carvão vegetal extrativo tem como maior produtor o Pará,<br />

que apresentou crescimento de 88,2%, atingindo 139,4 mil<br />

toneladas, o que representou 29,9% do total nacional.<br />

60 www.referenciaflorestal.com.br


PRÊMIO REFERÊNCIA<br />

A grande festa do setor florestal celebrou<br />

empresas, pessoas e apresentou o novo produto da<br />

Revista REFERÊNCIA para o ano de 2024<br />

Fotos: Emanuel Caldeira<br />

62 www.referenciaflorestal.com.br


Avigésima primeira edição do Prêmio REFE-<br />

RÊNCIA contemplou, mais uma vez, as dez<br />

empresas que se destacaram no segmento de<br />

base florestal. O evento realizado no Restaurante<br />

Porta Romana é organizado pela JOTA<br />

Editora, responsável pela publicação das revistas: REFE-<br />

RÊNCIA FLORESTAL, REFERÊNCIA INDUSTRIAL, REFERÊNCIA<br />

CELULOSE&PAPEL, REFERÊNCIA PRODUTOS DE MADEIRA E<br />

REFERÊNCIA BIOMAIS. A premiação é uma das grandes tradições<br />

do segmento e tem atraído cada vez mais interesse<br />

do público em relação às empresas vencedoras.<br />

A seleção dos vencedores é feita de forma muito criteriosa,<br />

que tem os mais altos padrões de avaliação, desde o<br />

recebimento das indicações recebidas através de leitores,<br />

clientes, parceiros e passando pela análise interna dos<br />

membros da organização. O objetivo do prêmio é valorizar<br />

quem melhor trabalhou para o fortalecimento e crescimento<br />

da indústria de base florestal no ano. O Prêmio REFE-<br />

RÊNCIA é um reconhecimento dado para a empresa, associação<br />

ou personalidade, que através de seu trabalho, fortaleceu<br />

durante todo o ano um dos mais representativos e<br />

crescentes setores da economia nacional. A edição 2023 da<br />

premiação contou com o apoio da ABIMCI (Associação Brasileira<br />

da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente)<br />

e os patrocínios de: ACIMDERJ (Associação do Comércio<br />

e Indústria de Madeiras e Derivados do Estado do Rio de<br />

Janeiro), AIMEX (Associação das Indústrias Exportadoras de<br />

Madeira do Estado do Pará), CIPEM (Centro das Indústrias<br />

Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato<br />

Grosso), DRV Ferramentas, EFFISA, Formóbile, Himev, Montana<br />

Química, MSM Química e Vale do Tibagi.<br />

Esse é nosso objetivo: honrar<br />

quem fez o setor florestal<br />

melhor, cujo desenvolvimento<br />

se tornou o foco do nosso<br />

trabalho há mais de duas<br />

décadas. Foi uma festa<br />

especial em que pudemos<br />

rever amigos, fortalecer<br />

parcerias e celebrar a<br />

indústria de base florestal<br />

madeireira<br />

Fábio Machado, diretor<br />

comercial da JOTA Editora<br />

Fábio Machado, diretor comercial da JOTA Editora, celebrou<br />

a edição do prêmio e a valorização que cada uma das<br />

empresas expressou durante a premiação. “Esse é nosso<br />

objetivo: honrar quem fez o setor florestal melhor, cujo desenvolvimento<br />

se tornou o foco do nosso trabalho há mais<br />

de duas décadas. Foi uma festa especial em que pudemos<br />

rever amigos, fortalecer parcerias e celebrar a indústria de<br />

base florestal madeireira”, valorizou Fábio.<br />

Dezembro 2023<br />

63


PRÊMIO REFERÊNCIA<br />

PODCAST REFERÊNCIA<br />

A abertura do evento marcou o lançamento do mais<br />

novo produto da REFERÊNCIA para o seu público: o Podcast<br />

REFERÊNCIA. A partir de 2024, além das cinco publicações<br />

escritas, dos vídeos, eventos e das mídias sociais, quem<br />

acompanha a REFERÊNCIA terá uma nova experiência perceptiva.<br />

O podcast contará com uma série de convidados,<br />

que com suas experiências e conhecimento, elucidarão<br />

uma série de temas e claro, contarão suas histórias de vida<br />

e carreira. O podcast estará disponível em vídeo no youtube<br />

e também em plataformas de áudio, como Spotify e<br />

outros.<br />

No episódio especial de lançamento, o tema foi carbono<br />

neutro e os convidados foram: Damaris Padilha,<br />

doutora em engenharia florestal, na área de planejamento<br />

ambiental e sistemas de informações geográfica, além de<br />

sócia fundadora da Neutraliza, uma startup catarinense que<br />

desenvolve soluções de neutralização de carbono para empresas;<br />

Gleisson Tagliari, vice-presidente do CIPEM (Centro<br />

das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado<br />

de Mato Grosso) e que trabalha com manejo florestal<br />

sustentável há 30 anos; e Junior Santos, gerente comercial<br />

de biomassas da INPASA Brasil, empresa que lidera a produção<br />

de etanol de milho na América Latina e conta com<br />

unidades no Brasil e no Paraguai.<br />

Damaris Padilha explicou que mais do que nunca é<br />

necessário entender e quantificar as emissões de cada<br />

empresa ou nação para poder, assim, direcionar o que será<br />

feito para gerar as compensações. “Precisamos entender<br />

quais os setores emitem carbono para atingirmos metas,<br />

não apenas de neutralização, mas buscar também a redução<br />

nas emissões simultaneamente, otimizando as metas<br />

que temos”, alertou Damaris. A especialista destacou a<br />

importância do Projeto de Lei 412/2021, que estrutura e regulamenta<br />

o mercado de carbono nacional. “É importante<br />

entender que essa lei trará uma série de benefícios e guiará<br />

o caminho para a estruturação do mercado de créditos de<br />

carbono, que caso entre em vigor em 2024 levará ainda<br />

mais 3 anos para que entre em funcionamento”, explicou<br />

Damaris<br />

Gleisson Tagliari foi bastante enfático ao valorizar as<br />

ações de manejo sustentável para o mercado de carbono<br />

e a redução das emissões. “O manejo mantém a floresta<br />

em pé, garantindo uma retirada de carbono contínua e<br />

64 www.referenciaflorestal.com.br


por meio da retirada das árvores já adultas, estimulamos<br />

o crescimento das menores, acelerando, ainda mais, a<br />

retirada de carbono da atmosfera”, apontou Gleisson. O<br />

vice-presidente do CIPEM destacou a parceria da entidade<br />

com o governo estadual e como as ações das mais de 400<br />

empresas que estão sob o guarda-chuva do CIPEM têm contribuído<br />

para a aceleração da neutralização do carbono no<br />

Mato Grosso. “A meta do Brasil é a diminuição de 50% das<br />

emissões até 2050. Esse plano é ambicioso e o Brasil pretende<br />

alcançar essa meta até 2035. O CIPEM é reconhecido<br />

pelos órgãos institucionais nacionais e internacionais para<br />

alcançar esses objetivos, além de se destacar como um dos<br />

principais parceiros do poder público para que possamos<br />

chegar lá”, complementou Gleisson.<br />

Junior Santos valorizou a importância das energias renováveis<br />

na diminuição na emissão de carbono e como o<br />

trabalho realizado pela INPASA traz benefícios econômicos,<br />

sociais e ambientais. “A INPASA tem um compromisso com<br />

a redução do carbono emitido e temos tomado ações através<br />

dessa nossa missão de trabalhar por um futuro melhor,<br />

com muito desenvolvimento, não apenas para a empresa,<br />

mas para a comunidade ao redor”, apontou Junior. O gerente<br />

comercial comentou que a INPASA tem utilizado uma<br />

grande variação de resíduos de industriais vegetais para alimentar<br />

sua produção, fortalecendo, assim, o viés ecológico<br />

da empresa. “Resíduos de serragem, de materiais madeireiros<br />

e até mesmo sementes de açaí, que vêm do Pará, tem<br />

se tornado energia em nossas caldeiras e fonte de renda<br />

para quem fornece esses materiais”, contemplou Junior.<br />

Conheça os vencedores<br />

SINCOL S/A<br />

No ano em que completa 80 anos, a Sincol foi agraciada<br />

com o Prêmio REFERÊNCIA. A empresa cresceu juntamente<br />

com a cidade de Caçador (SC). É hoje uma das principais fabricantes<br />

de portas do país e continua o excelente trabalho<br />

iniciado pelos avós dos atuais gestores, como valorizou Márcia<br />

Cristina Balvedi, diretora comercial da Sincol. “Estamos na<br />

terceira geração da família à frente da empresa, honrando o legado<br />

iniciado há oito décadas e fechamos o ano com chave de<br />

ouro com essa homenagem da Revista REFERÊNCIA”, valorizou<br />

Márcia.<br />

Paulo Pupo entregando o Prêmio REFERÊNCIA a<br />

Márcia Balvedi, da Sincol<br />

Dezembro 2023<br />

65


PRÊMIO REFERÊNCIA<br />

ST MADEIRAS LTDA<br />

O manejo florestal é mais que um trabalho para a ST Madeiras,<br />

é uma verdadeira missão. Moacir Willinghöfer, diretor<br />

da empresa, engrandeceu o trabalho dos colaboradores, parceiros<br />

e de todos os demais, que contribuíram na caminhada da<br />

empresa. “Sou assinante da Revista REFERÊNCIA há mais de 20<br />

anos. Sempre sonhei em ganhar esse prêmio e hoje chegou a<br />

minha vez de estar aqui. Por isso agradeço muito a Revista RE-<br />

FERÊNCIA pela oportunidade, à minha esposa que é meu porto<br />

seguro, ao CIPEM pelo trabalho que faz no Estado e ao nosso<br />

sindicato, que nos ajuda na caminhada do manejo”, celebrou<br />

Moacir.<br />

Gleisson Omar Tagliari entregando o Prêmio REFERÊNCIA a<br />

Moacir Luís Willinghöfer, da ST Madeiras<br />

UNIVERSIDADE DO PAPEL<br />

Transformar papel em arte é a missão de Enrique Rodriguez,<br />

idealizador e fundador da Universidade do Papel. O chileno,<br />

que mora há 25 anos no Brasil, é formado em arquitetura<br />

e desenho industrial. Desde 2015, realiza o trabalho de formar<br />

artistas, gerando renda e criando oportunidades de desenvolvimento<br />

aos participantes. “O papel é minha matéria-prima e<br />

através da Universidade do Papel pude conhecer mais dos processos<br />

das indústrias de celulose e entender tudo que envolve<br />

o que faço. Acredito que a transpiração supera a inspiração e<br />

que o bom trabalho que temos feito foi o que nos trouxe ao<br />

lugar que chegamos”, enalteceu Enrique.<br />

Valéria Brizola entregando o Prêmio REFERÊNCIA a<br />

Enrique Rodriguez, da Universidade do Papel<br />

MADEIRAS VENTURI LTDA<br />

Qualidade de produtos, responsabilidade ambiental e a<br />

valorização dos clientes são os motores, que impulsionam o<br />

trabalho da Venturi. A empresa catarinense se destaca no fornecimento<br />

de madeira serrada do mais alto padrão e fez fortes<br />

investimentos em logística, para garantir o melhor atendimento<br />

em cada venda, como destacou Mario Sergio Lima, diretor<br />

da MSM Química, fornecedor que representou a Venturi no<br />

evento. “Corroboro com tudo, que foi dito sobre a Venturi por<br />

nosso apresentador no discurso de apresentação da empresa.<br />

A Venturi é excelente no que faz e tem ótimo relacionamento<br />

com seus clientes e fornecedores, que é meu caso, um dos<br />

segredos do sucesso nesses 70 anos que a empresa está ativa”,<br />

exaltou Mario Sergio.<br />

André da Costa Franco, da Aimex entregando o Prêmio REFERÊNCIA a<br />

Mario Sergio, da MSM Química, representando a Madeiras Venturi<br />

66 www.referenciaflorestal.com.br


MADEIRAS ZORTEA<br />

São quase 30 anos manejando, processando e comercializando<br />

madeira de árvores nativas para o Brasil e para o mundo.<br />

O trabalho iniciado por Marino Zortea foi muito valorizado pelo<br />

sucessor Cleber Fábio Zortea, sócio da Madeiras Zortea. “Aqui<br />

hoje falo em nome da Madeiras Zortea e, principalmente, em<br />

nome do meu pai, que é o idealizador de tudo isso. Agradeço<br />

aos nossos colaboradores, parceiros e clientes, que ajudaram a<br />

construir essa história”, discursou Cleber, em tom de gratidão,<br />

enaltecendo a bonita caminhada de superação e de sucesso da<br />

empresa.<br />

Valdinei Bento dos Santos entregando o Prêmio REFERÊNCIA a<br />

Cleber Fábio Zortea e Vanessa Rodrigues Zortea, da Madeiras Zortea<br />

CENIBRA – CELULOSE NIPO-BRASILEIRA<br />

A Cenibra completou meio século de história com investimentos<br />

em tecnologia e programas sociais de alto impacto na<br />

sociedade. E por representar tão bem o segmento de papel e<br />

celulose foi uma das vencedoras do Prêmio REFERÊNCIA 2023.<br />

O gerente de colheita florestal da Cenibra, Renato Coura, agradeceu<br />

a premiação. “Este prêmio nos motiva ainda mais a seguir<br />

em frente, cada vez mais pensando na sustentabilidade da<br />

empresa e no bem do planeta. Gratidão aos organizadores do<br />

Prêmio e parabenizo os demais agraciados”, disse Renato Coura.<br />

Lais Malinovski Janacievicz entregando o Prêmio REFERÊNCIA<br />

a Renato Coura, da Cenibra<br />

DALLEGRAVE FLORESTAL<br />

A Dallegrave <strong>Florestal</strong> completou 100 anos em 2023 com<br />

uma história importante de fortalecimento e desenvolvimento<br />

da silvicultura no Paraná, em especial na cidade de Irati (PR),<br />

onde está localizada. O diretor, Marcos Dallegrave Góes, destacou<br />

que o DNA da preservação faz parte da empresa. “Nossa<br />

empresa, iniciada pelo meu bisavó, fez a trajetória desde a<br />

exploração das florestas nativas para o ciclo hoje de florestas<br />

renováveis. Somos a prova viva de que há possibilidade de trabalhar<br />

com preservação e parte econômica”, salientou Marcos<br />

Dallegrave Góes.<br />

Pedro Bartoski Jr entregando o Prêmio REFERÊNCIA a Marcos Dallegrave<br />

Góes e Bruno Samensari Dallegrave Góes, da Dallegrave <strong>Florestal</strong><br />

Dezembro 2023<br />

67


PRÊMIO REFERÊNCIA<br />

BIOMASSA GIACOMELLI & FILHOS<br />

Atuando desde 2021, a Biomassa Giacomelli & Filhos teve<br />

reconhecido seu trabalho que impulsiona o setor de energias<br />

renováveis do Mato Grosso através da produção de biomassa<br />

de mata nativa. O diretor Weslley Giacomelli destacou a trajetória<br />

iniciada por seu pai em 1983, em Vera (MT). “A partir das<br />

demandas das empresas de etanol nós desenvolvemos a biomassa<br />

de supressão. Hoje geramos vapor, energia, renda e emprego<br />

usando o resíduo que antes a gente queimava e gerava<br />

gás carbônico no ambiente. A sustentabilidade desse negócio é<br />

muito importante”, discursou Weslley Giacomelli.<br />

Diego Vieira entregando o Prêmio REFERÊNCIA a Weslley<br />

Giacomelli e Andiara Giacomelli, da Biomassa Giacomelli & Filhos<br />

NEREU RODRIGUES<br />

Com 20 anos de história e planejando conquistar mais espaço<br />

no mercado de biomassa, a Nereu Rodrigues recebeu o<br />

prêmio pelo investimento na segunda planta de pellets inaugurada<br />

recentemente. O diretor geral, Sérgio Roni Rodrigues, destacou<br />

o crescimento da empresa. “A Nereu Rodrigues começou<br />

em Correia Pinto (SC), com 40 empregados e agora estamos<br />

com 250 colaboradores diretos. Recentemente, inauguramos a<br />

segunda planta de pellet que usa todo resíduo da indústria de<br />

compensados na produção de biomassa. Gratidão à Revista RE-<br />

FERÊNCIA pela indicação”, agradeceu Sérgio Rodrigues.<br />

Gerson Penkal entregando o Prêmio REFERÊNCIA a<br />

Sérgio Roni Rodrigues, da NEREU Rodrigues<br />

RIACHO FLORESTAL<br />

Fundada na década de 1960, a Riacho <strong>Florestal</strong> construiu<br />

forte reputação com atuação no corte, transporte, e preparação<br />

do solo, além disso, se destaca, também, na venda de pellets<br />

e biomassa, no interior de São Paulo. Pelos investimentos<br />

feitos em maquinários e na sua equipe, a empresa foi uma das<br />

vencedoras. O diretor Tiago Francisco Giorgetti Costa, enalteceu<br />

o caráter familiar da empresa. “Tenho grande satisfação em<br />

representar a terceira geração da família, uma característica do<br />

mercado florestal onde famílias se empenham para realizar um<br />

trabalho profissional, respeitoso e de confiança. À Revista REFE-<br />

RÊNCIA nosso respeito e agradecimento”, destacou Tiago.<br />

Rosilda Ribeiro entregando o Prêmio REFERÊNCIA a Tiago Francisco<br />

Giorgetti Costa e Joaquim Sidnei Giorgetti Costa, da Riacho <strong>Florestal</strong><br />

68 www.referenciaflorestal.com.br


Click Prêmio REFERÊNCIA 2023<br />

Pedro Bartoski Jr., da JOTA Editora<br />

e Carla Bartoski<br />

Fábio Machado, da JOTA Editora,<br />

Francisleine Machado e Fernanda Machado<br />

Felipe Antoniolli da Sindusmad, Valdinei Bento<br />

dos Santos e Felliphe Marinho, do Cipem<br />

Marcelo Santana<br />

Crislaine Briatori, da JOTA Editora<br />

Neusa Biazussi Willinghöfer e Moacir Luís<br />

Willinghöfer, da ST Madeiras<br />

Renan César Terras Rodrigues e Sérgio Roni<br />

Rodrigues, da NEREU Rodrigues<br />

Valéria Brizola, da ForMóbile e Luís Carlos<br />

Mario Sergio, da MSM Química<br />

Vagner Vinci, da Effisa<br />

Júnior Santos, da INPASA<br />

Silvia Luiza Nunes Tagliari e Gleisson Omar<br />

Tagliari, do Cipem<br />

Renato Coura, da Cenibra<br />

Denilson Gonçalves Padilha e<br />

Damaris Padilha<br />

Tiago Francisco Giorgetti Costa e Joaquim<br />

Sidnei Giorgetti Costa, da Riacho <strong>Florestal</strong><br />

Dezembro 2023<br />

69


PRÊMIO REFERÊNCIA<br />

Fabiana Tokarski, da JOTA Editora<br />

Carla Bartoski e Camile Bartoski<br />

Carlos Felde e Gerson Penkal, da JOTA Editora<br />

Rodrigo Vandressen e Daniel Cyrillo,<br />

da Tecmater<br />

Cleber Fábio Zortea e Vanessa Rodrigues<br />

Zortea, da Madeiras Zortea<br />

Enrique Rodriguez, da Universidade<br />

do Papel<br />

Dozelí Salton Cunha e Luiz Paulo da Cunha,<br />

da Andritz<br />

Márcia Balvedi, da Sincol e Marcos Eduardo<br />

Balvedi<br />

Walter Souza, da Oregon tools<br />

Andiara Giacomelli e Wesley Giacomelli, da<br />

Biomassa Giacomelli & Filhos<br />

Fábio Meyer, da Fabio Meyer Consults<br />

Catherine Hernandorena<br />

Perla Oliveira e Anderson Oliveira Lesleane Rezende Valdinei e Vilma do Rocio Colaço, do Cipem<br />

70 www.referenciaflorestal.com.br


Dario Machado<br />

Bruno Samensari Dallegrave Góes e Marcos<br />

Dallegrave Góes, da Dallegrave <strong>Florestal</strong><br />

Zainara Eliane Pereira e Luís Henrique,<br />

da Rotary-Ax<br />

Diego Vieira e Liliane Cordeiro, da DRV<br />

Valdemar Vieira e Rodrigo Fernando Lopes<br />

Ezidio Felipe e Gilberto de Souza, da<br />

Felipe Diesel<br />

Lais Malinovski Janacievicz e Daiana Mendes,<br />

da Vale do Tibagi<br />

Selma Jacinto, convidada da Himev<br />

Paulo Pupo, da Abimci<br />

Joel Rosa e Wesley Baticini da Gell<br />

Sabrina Koeche e André da Costa Franco,<br />

da Aimex<br />

Rosilda Ribeiro e Márcio Molleta, da Himev<br />

Renata Strapasson e Hiran Gallo<br />

Cainan Araújo, da JOTA Editora<br />

Crislaine Briatori e Vinicius Santos, da<br />

JOTA Editora<br />

Dezembro 2023<br />

71


PLANTAS DANINHAS<br />

PLANTIO DE EUCALIPTO EM ILPF, ONDE FOI UTILIZADO<br />

HERBICIDA PRÉ-EMERGENTE NAS DUAS ENTRELINHAS<br />

- À ESQUERDA E À DIREITA - SEM A UTILIZAÇÃO DE<br />

HERBICIDAS<br />

Manejo e controle de plantas daninhas nas<br />

CULTURAS FLORESTAIS<br />

Por<br />

Tiago Abreu Maia - Consultor <strong>Florestal</strong> I Engenheiro <strong>Florestal</strong> e MSc Proteção de Plantas<br />

Pedro Francio Filho - Consultor <strong>Florestal</strong> I Engenheiro Agrônomo<br />

Fotos: Francio Soluções Florestais<br />

Atualmente, as plantas daninhas representam<br />

nos cultivos florestais, a principal razão de<br />

redução de produtividade podendo chegar<br />

em perdas de até 50%, ou mesmo, em alguns<br />

casos, superar outras possíveis perdas por<br />

aspectos fitossanitários como pragas e doenças. As plantas<br />

daninhas, quando não manejadas de maneira sustentável,<br />

podem ocasionar prejuízos em todas as etapas do ciclo florestal,<br />

a partir da implantação, manutenção e até mesmo<br />

durante o processo de colheita.<br />

As plantas daninhas interferem nos processos produtivos<br />

das florestas de forma direta, competindo com a cultura<br />

florestal principalmente por recursos como água, nutrientes<br />

e luz. Nesta competição, as daninhas têm imensa vantagem,<br />

pois possuem maior eficiência no uso da água, contribuindo,<br />

desta forma, para um rápido desenvolvimento inicial, além<br />

de apresentar uma excelente produção e dispersão de propágulos.<br />

Pode-se citar, por exemplo, que uma única planta<br />

daninha de serralha (Sonchus oleraceus) pode produzir até<br />

400.000 sementes durante um ciclo. O momento mais crítico<br />

da competição (PTPI) se dá no desenvolvimento inicial das<br />

mudas até em torno de 6 meses para o eucalipto, e de 1 ano<br />

para plantios de pinus. No caso em que as plantas da cultura<br />

florestal passam por severa competição durante o PTPI, o<br />

que se observa no campo é que a floresta não recupera o<br />

seu vigor produtivo, comprometendo o desenvolvimento e<br />

a produtividade em todo ciclo.<br />

A matocompetição também acarreta danos indiretos nos<br />

plantios florestais, como, por exemplo, dificultar as operações<br />

manuais como o controle de formigas cortadeiras, aumento<br />

do risco e gravidade de incêndios florestais, além do fato de<br />

algumas plantas serem hospedeiras de pragas e doenças,<br />

como o besouro amarelo, praga-chave do eucalipto, que<br />

utiliza as raízes das gramíneas como hospedeiras em parte<br />

do ciclo de vida.<br />

Os sistemas de controle das plantas daninhas nas culturas<br />

florestais requerem ações integradas com a utilização dos<br />

diferentes métodos de controle que podem ser de caráter<br />

72 www.referenciaflorestal.com.br


preventivo, mecânico, cultural, químico e biológico. O custo<br />

para o manejo da matocompetição nestes cultivos, podem<br />

variar de 25% a 66% do custo total de implantação de uma floresta.<br />

Estes custos irão depender sobremaneira do bioma, do<br />

histórico de cultivo, do regime pluviométrico da área dentre<br />

outros fatores. Os maiores desembolsos estão concentrados<br />

nos primeiros anos de plantio, pois geralmente o cultivo florestal<br />

ainda não fechou o dossel e, portanto, ainda permite a<br />

entrada de luminosidade contribuindo para a germinação do<br />

banco de sementes de plantas daninhas presentes no solo.<br />

As principais estratégias do Manejo Integrado de Plantas<br />

Daninhas nas culturas florestais:<br />

1. Controle Preventivo: plantio de mudas sadias livre de<br />

daninhas no substrato, limpeza prévia de máquinas e equipamentos<br />

e utilização de água de irrigação livre de propágulos;<br />

2. Controle Mecânico: operações de roçadas em área<br />

total e entrelinha, capinas de coroamento manual e mecanizadas,<br />

rolo faca, link, dentre outros;<br />

3. Controle Cultural: plantio em menores espaçamentos<br />

com maior densidade de plantas, plantio de espécies<br />

com melhores arranques iniciais e uma adubação de base<br />

equilibrada;<br />

4. Controle Químico: pulverizações de herbicidas pré-emergentes<br />

e pós-emergentes, posicionados em jato dirigido<br />

ou em área total, de forma que a eficácia da aplicação está<br />

diretamente ligada à tecnologia de aplicação e às condições<br />

climáticas;<br />

5. Controle Biológico: utilização de micro-organismos<br />

vivos como bactérias e fungos visando o controle da matocompetição.<br />

PLANTIO DE EUCALIPTO LIVRE DE<br />

PLANTAS DANINHAS, COM ÓTIMO<br />

ARRANQUE E HOMOGENEIDADE<br />

EXEMPLO DE PLANTIO DE PINUS<br />

SEM MATOCOMPETIÇÃO<br />

A grande maioria dos cultivos florestais no país, empregam<br />

o controle químico como a única estratégia de controle<br />

e, a este cenário, o agravamento dado pela utilização do<br />

glifosato como única molécula de herbicida em todas as intervenções<br />

de forma contínua ao longo dos ciclos. Tal decisão<br />

contribui para o surgimento de vários casos de resistências<br />

de plantas daninhas nos cultivos, como o que já ocorre com<br />

o capim-amargoso, buva, caruru, azevém, dentre outras daninhas.<br />

Portanto, a utilização dos controles de forma integrada,<br />

buscando a otimização de cada método e a alternância de<br />

moléculas herbicidas, é crucial para a obtenção de florestas<br />

sadias e livres de matocompetição.<br />

Os cuidados com as plantas daninhas devem ser observados<br />

mesmo antes dos plantios, de forma que a implantação<br />

da cultura exija que o talhão esteja totalmente livre das<br />

plantas infestantes. Para tanto, é necessário que se realize<br />

intervenções mecânicas como roçadas ou rolo-faca, e na sequência,<br />

aplicações em área total de herbicidas dessecantes.<br />

Os principais parâmetros observados para escolha correta<br />

dos herbicidas no momento da dessecação devem ser o tipo<br />

de planta daninha predominante na área e ainda, apresentar<br />

baixo efeito residual para cultura principal.<br />

Após a dessecação, o manejo deve se dar através do<br />

controle mecânico com o limpa-trilho e os conjuntos de<br />

grades presentes no implemento subsolador, utilizado durante<br />

o preparo do solo. Na sequência do preparo do solo e<br />

antes do plantio, é necessário entrar com controle químico<br />

utilizando herbicidas pré-emergentes posicionados na linha<br />

de plantio ou em área total. Neste momento, os fatores que<br />

determinam a escolha assertiva das moléculas herbicidas<br />

são: o amplo espectro de controle, a longevidade do efeito<br />

Dezembro 2023<br />

73


PLANTAS DANINHAS<br />

residual, baixo impacto ambiental, e principalmente, a seletividade<br />

para a cultura a ser plantada.<br />

As reentradas com a utilização de herbicidas pré-emergentes<br />

e pós-emergentes seletivos, devem ser utilizados<br />

mesmo após o plantio das mudas na área, com o intuito<br />

de assegurar que a cultura florestal esteja sempre livre de<br />

competição principalmente próximo às mudas nos primeiros<br />

meses de plantio.<br />

A quantidade de plantas por hectare e o arranjo do<br />

espaçamento de plantio contribuem ou dificultam de forma<br />

significativa o manejo da matocompetição na área. Estes<br />

fatores são determinantes para garantir uma maior vantagem<br />

competitiva da cultura principal e substancialmente influenciam<br />

no tempo e na intensidade do sombreamento das<br />

linhas e entrelinhas do plantio. Os espaçamentos que mais<br />

contribuem para o manejo das plantas daninhas são aqueles<br />

com menores distâncias nas entrelinhas, como, por exemplo,<br />

nos arranjos de 3m (metros) x 3m; 3m x 2,5m ou 3m x 2m.<br />

Durante o período de manutenção das florestas, o monitoramento<br />

das áreas é o fator direcionador para tomada<br />

de decisão para possíveis reentradas de controle das plantas<br />

daninhas. A partir desta fase do plantio as operações de<br />

controle químico demandam que estas sejam realizadas<br />

em jato dirigido, direcionando a aplicação apenas para as<br />

plantas infestantes, evitando, desta forma, possíveis derivas<br />

nas plantas do cultivo florestal. Caso o controle seja realizado<br />

de forma manual, poderão ser utilizados os pulverizadores<br />

EXEMPLO DE PLANTIO EM SISTEMAS DE<br />

INTEGRAÇÃO COM AS PLANTAS SEMPRE<br />

NO LIMPO NAS LINHAS DE PLANTIO<br />

de bombas costais e a barra protegida conceição caso a área<br />

permita mecanização.<br />

As principais etapas de controle das plantas daninhas<br />

nas culturas florestais estão descritas abaixo:<br />

• Limpeza de área com roçadas ou rolo-faca;<br />

• Dessecação em área total;<br />

• Controle mecânico com limpa-trilho e grade no preparo<br />

do solo;<br />

• Aplicação de herbicidas pré-emergentes no pré-plantio<br />

(monta);<br />

• Uma a duas aplicações de herbicidas pré-emergentes<br />

no pós-plantio (remonta e trimonta);<br />

• Capina manual na linha de plantio ou controle químico<br />

com jato dirigido entre plantas;<br />

• Aplicação de herbicidas pré-emergente e pós-emergente<br />

na entrelinha com a barra protegida (conceição);<br />

• Aplicações de herbicidas de manutenção em área total<br />

com pulverizadores adaptados com pontas de longo alcance<br />

(boomget).<br />

COMPARAÇÃO ONDE FOI REALIZADO O MANEJO<br />

DE HERBIDAS PRÉ E PÓS-EMERGENTES COM<br />

UMA ÁREA ONDE NÃO FOI REALIZADA A<br />

PULVERIZAÇÃO NA ENTRELINHA<br />

O manejo integrado de plantas daninhas em áreas de<br />

cultivos florestais depende de vários fatores citados neste<br />

artigo, como a espécie ou clone, bioma, histórico de cultivo<br />

da área, topografia, pluviosidade, idade do plantio dentre<br />

outros fatores. Portanto, um diagnóstico adequado das<br />

limitações atuais do sistema de produção é determinante<br />

para auxiliar na escolha das estratégias ideais de controle em<br />

cada propriedade, possibilitando ao silvicultor, a obtenção<br />

da máxima produtividade florestal, com menores perdas por<br />

matocompetição e menores custos operacionais.<br />

74 www.referenciaflorestal.com.br


EVENTO<br />

EXPOSUL<br />

FLORESTAL<br />

xx<br />

2023<br />

Fotos: REFERÊNCIA/divulgação<br />

76 www.referenciaflorestal.com.br


R<br />

ealizada entre os dias 5 e 7 de dezembro, a<br />

feira ExpoSul <strong>Florestal</strong> - Feira e Exposição de<br />

Máquinas Florestais -, que reuniu mais de mil visitantes,<br />

apresentou máquinas e equipamentos<br />

destinados às operações florestais. “Finalizamos<br />

esta primeira edição muito agradecidos pela parceria de nossos<br />

expositores. Tivemos o privilégio de contar com alguns<br />

deles desde as primeiras edições da Codornada <strong>Florestal</strong>. Então,<br />

entregamos este evento satisfeitos e com muitos aprendizados”,<br />

avaliou Fabio Calomeno, idealizador e realizador do<br />

evento.<br />

SEMINÁRIO<br />

Além da feira de máquina e equipamentos, os participantes<br />

puderam acompanhar, no período da manhã, palestras<br />

técnicas, com temas atuais vinculados ao setor de base florestal.<br />

A inovação no setor florestal fez parte da primeira palestra<br />

do Seminário com o tema Inovação e conceito de biorrefinaria<br />

florestal. Nela o pesquisador da Embrapa Florestas,<br />

Washington Magalhães, falou sobre a importância da academia<br />

caminhar junto com o mercado, no sentido de prover soluções<br />

reais e de valor agregado. “O conceito de biorefinaria<br />

é isso. Como, por exemplo, tratar a biomassa em diferentes<br />

escalas - na indústria e nas serrarias - de tal forma que estes<br />

players tragam questões importantes como economia circular<br />

e demais aspectos do ESG para dentro de suas operações<br />

com inovação e métodos que sejam economicamente viáveis<br />

para cada realidade”, compartilhou.<br />

O segundo palestrante, Gustavo Seleme, consultor jurídico<br />

na área de meio ambiente da Fiesc (Federação das Indústrias<br />

do Estado de Santa Catarina), apresentou ao público<br />

alguns aspectos jurídicos que têm interferido diretamente na<br />

produtividade do setor, especialmente na região sul do país.<br />

“Dependemos de uma mudança no pacto federativo para<br />

que o nosso setor possa trabalhar sem insegurança jurídica.<br />

Temos legislação e códigos ambientais bem elaborados,<br />

mas tratamos da mesma forma regiões, biomas e realidades<br />

completamente diferentes. O setor florestal aqui na região<br />

é cheio de bons exemplos, temos um mercado vibrante,<br />

empresas referências, mas infelizmente somos vistos pelo<br />

cliente final como parte de um segmento estigmatizado pelas<br />

ilegalidades e malfeitos. É hora de usarmos as certificações<br />

florestais a nosso favor, pensarmos em uma grande campanha,<br />

como o agro já faz a bastante tempo e hoje colhe os<br />

frutos”, defendeu.<br />

No segundo dia de palestras, os presentes ouviram especialistas<br />

da área a respeito da cultura de uso da madeira e<br />

oportunidades de mercado. Em sua fala, o professor da UFPR<br />

(Universidade Federal do Paraná), Renato Robert, defendeu<br />

que ainda temos que vencer alguns aspectos culturais.<br />

“Profissionais engenheiros e principalmente arquitetos que<br />

trabalham com madeira no Brasil acabam ganhando uma<br />

aura de exóticos, cults, quando na verdade deveria ser o<br />

contrário. Você vê a cada dia um lançamento de revestimentos<br />

que imitam madeira e cada vez menos construções com<br />

madeira. Claro que é um desafio sobretudo econômico, pelo<br />

próprio custo do insumo, mas se trabalharmos uma mudança<br />

de cultura, formando gente capacitada para trabalhar com o<br />

material, e reinventarmos processos com pesquisa e inovação<br />

seremos capazes de promover mudança real e aumentar<br />

nosso próprio mercado interno.”<br />

Na mesma direção de oportunizar o crescimento do mercado,<br />

o diretor de novos negócios da Lacan <strong>Florestal</strong>, Cassiano<br />

Schneider, apresentou o trabalho realizado pela empresa<br />

no sul do país e as oportunidades para o produtor florestal.<br />

Segundo ele, os fundos de investimentos florestais são a forma<br />

encontrada pela empresa para aumentar a sua presença<br />

Dezembro 2023<br />

77


EVENTO<br />

no sul do país por meio da parceria rural, arrendamento e<br />

até mesmo aquisição.<br />

O evento foi encerrado na quinta-feira, com um painel<br />

que abordou os segmentos de madeira serrada, compensado,<br />

embalagens, papeis e celulose. Nele, o diretor da Global<br />

Prime, Leonardo de Zorzi, falou sobre a situação e as oportunidades<br />

para a madeira serrada. “Admito que hoje nosso<br />

foco é praticamente 100% em exportação. Tudo favorece o<br />

mercado externo, depois que você consegue se estruturar<br />

para atendê-lo. Mas temos tudo o que é necessário para ser<br />

atrativo, se formos capazes de unir o segmento em torno de<br />

uma visão e legislação de bom senso, que respeite as particularidades<br />

de cada região e não seja puramente restritiva<br />

e punitiva, com essa visão pejorativa que se consolidou aqui<br />

quando se fala de madeireira.”<br />

Já os segmentos de celulose, papel e embalagens foram<br />

tratados pelo market intelligence & business development<br />

da Klabin, Pedro Tobita. Em sua fala, ele apresentou os dados<br />

de crescimento do mercado de celulose e fluff no mundo,<br />

que foram diretamente impactados por alguns drives como<br />

a busca por embalagens mais sustentáveis, a posição privilegiada<br />

e com alta produtividade florestal e novas fábricas com<br />

tecnologia significativamente melhor que as anteriores. Ele<br />

também destacou as oportunidades para as embalagens sack<br />

kraft no mercado mundial. “A Europa e China são apontadas<br />

com os maiores crescimentos esperados principalmente devido<br />

a substituição de soluções plásticas”, destacou Pedro.<br />

Quem encerrou o painel foi o diretor comercial e exportação<br />

do Grupo Sudati, Fabiano Sangali, que trouxe um overview<br />

das exportações no segmento de compensado de pinus<br />

e de folhosas nos últimos anos. Ele também destacou em<br />

sua explanação os impactos que o mercado tem sentido com<br />

as barreiras impostas pelas Lei Antidesmatamento Europeia<br />

(EUDR), os aspectos das certificações (FSC e PEFC), as auditorias<br />

que estão sendo realizadas nas fábricas.<br />

XVI CODORNADA FLORESTAL<br />

O tradicional jantar, que reuniu mais de mil pessoas, foi o<br />

fechamento ideal para a semana. Focado no aspecto social, o<br />

objetivo da noite era o levantamento de fundos para compra<br />

de brinquedos para crianças carentes da região. “Esse é o<br />

encontro que nós temos para nos unir, ajudar as crianças e<br />

encerrar o ano com o coração aquecido e cheio de esperança<br />

para um ano melhor”, comentou o organizador.<br />

O Leilão do Bem continua ativo e quem<br />

quiser ainda pode dar lances nos produtos<br />

para ajudar as crianças da região<br />

de Curitibanos (SC). Acesso o site no QR<br />

Code e saiba como participar.<br />

2024<br />

Para o próximo ano, os eventos mudarão de cidade, para<br />

poder proporcionar uma experiência ainda melhor para<br />

quem visitar a ExpoSul <strong>Florestal</strong> e participar da Codornada<br />

<strong>Florestal</strong>. “No nosso processo de evolução, a feira e o jantar<br />

de confraternização seguirão para Lages (SC), com o objetivo<br />

de atrair um público maior e gerar um evento memorável<br />

para cada um dos participantes”, conclui Fabio.<br />

78 www.referenciaflorestal.com.br


Registros Exposul <strong>Florestal</strong> 2023<br />

Dezembro 2023<br />

79


INTEGRAÇÃO<br />

SISTEMA QUE<br />

PROTEGE<br />

80 www.referenciaflorestal.com.br


Fotos: divulgação<br />

Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-<br />

Floresta mitigam emissão de gases de<br />

efeito estufa no bioma Amazônia<br />

Dezembro 2023<br />

81


INTEGRAÇÃO<br />

Aatividade pecuária com uso de sistemas<br />

de ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta),<br />

em diferentes combinações, tem<br />

um balanço positivo nas emissões de GEE<br />

(gases de efeito estufa) no bioma Amazônia.<br />

Essa é a conclusão de um estudo realizado no<br />

maior experimento de ILPF do país, localizado na EM-<br />

BRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária)<br />

Agrossilvipastoril, no Mato Grosso.<br />

A pesquisa mensurou e comparou dados de pastagem<br />

solteira de Brachiaria brizantha cv. Marandu; ILP<br />

(integração lavoura-pecuária), com 2 anos de cultivo<br />

de soja na safra e milho com braquiária na segunda<br />

safra, seguido por 2 anos de pecuária; IPF (integração<br />

pecuária-floresta) com renques triplos de eucalipto a<br />

cada 30m (metros); e ILPF, com a mesma rotação da ILP,<br />

porém com linhas simples de eucalipto a cada 37m.<br />

Os resultados mostraram que o balanço líquido de<br />

carbono equivalente no fim de 4 anos foi negativo em<br />

todos os sistemas, ou seja, houve um sequestro maior<br />

do que as emissões. O maior saldo foi o do sistema IPF,<br />

com 51,3 Ton/C02eq/ha (toneladas de carbono equivalente<br />

por hectare), seguido pela ILPF, com 39,5. A ILP<br />

teve saldo positivo de 18,8 ton/CO2eq/ha e até mesmo<br />

a pecuária em sistema convencional sequestrou mais<br />

carbono do que emitiu, com 26,8 ton/CO2eq/ha ao longo<br />

de 4 anos.<br />

A pesquisa usou como referência de comparação<br />

uma área de pastagem degradada, de forma a simular o<br />

que aconteceria se ela fosse recuperada com um desses<br />

sistemas produtivos.<br />

Alyce Monteiro, doutoranda no CENA/USP (Centro<br />

de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de<br />

São Paulo) e primeira autora do trabalho, explica que o<br />

82 www.referenciaflorestal.com.br


objetivo do projeto é propor sistemas mais sustentáveis<br />

para o Brasil, por isso foram usados como referência de<br />

comparação uma pastagem degradada. “Sistemas sustentáveis<br />

são aqueles que conseguimos produzir bem,<br />

com neutralização de emissões de gases. É isso que<br />

chamamos de intensificação, é sair de um local com<br />

baixa produção animal e de forragem para uma maior<br />

produtividade, com aumento da qualidade do solo”,<br />

compara Alyce.<br />

Bruno Pedreira, atualmente na Universidade do<br />

Tennessee, mas na época do estudo pesquisador da<br />

EMBRAPA Agrossilvipastoril e coorientador de Alyce<br />

Monteiro, destaca o fato de que mesmo a pecuária<br />

solteira, quando bem manejada, se mostrou eficiente<br />

no balanço de carbono equivalente. Para ele, isso indica<br />

como é possível melhorar a sustentabilidade da atividade<br />

no Brasil. “Fazer a pecuária de uma maneira bem<br />

feita representa a possibilidade de vender uma carne<br />

com balanço positivo de carbono. São sistemas que vão<br />

elevar a perspectiva ambiental da pecuária para o futuro.<br />

O Brasil é o país que tem potencial para fazer isso<br />

como nenhum outro”, defende Bruno.<br />

Sistemas sustentáveis são aqueles<br />

que conseguimos produzir bem,<br />

com neutralização de emissões de<br />

gases. É isso que chamamos de<br />

intensificação, é sair de um local com<br />

baixa produção animal e de forragem<br />

para uma maior produtividade, com<br />

aumento da qualidade do solo<br />

Alyce Monteiro, doutoranda no<br />

CENA/USP e primeira autora do<br />

trabalho<br />

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Dezembro 2023<br />

83


INTEGRAÇÃO<br />

PEGADA DE CARBONO<br />

Além de mensurar o carbono equivalente emitido<br />

por hectare em cada sistema, o estudo utilizou unidades<br />

de medida de pegada de carbono, como CO2eq<br />

por quilograma de carcaça (carne) e por quilograma de<br />

proteína de consumo humano (percentual de proteínas<br />

presentes nos grãos e na carne). A madeira produzida<br />

não foi contabilizada nos cálculos de pegada de carbono,<br />

uma vez que o corte final ainda não foi feito.<br />

O sistema ILP foi o que teve maior emissão de GEE<br />

por quilograma (kg) de carcaça produzida. O número foi<br />

7% maior do que a ILPF, 32% maior do que a IPF e 42%<br />

maior do que a pecuária solteira. Quando expressado<br />

o balanço líquido de emissões pelo volume de carcaça,<br />

todos os sistemas tiveram números negativos, ou seja,<br />

sequestraram carbono para cada quilograma de carne<br />

produzido. Os sistemas com árvores tiveram um balanço<br />

negativo maior do que a ILP e a pecuária.<br />

O IPF foi o que teve o maior balanço líquido negativo<br />

quando expressado em kg CO2eq/kg de proteína de<br />

consumo humano, ou seja, foi o que mais sequestrou<br />

carbono por quilograma de proteína de alimentação<br />

humana. Foram 69,32 kg CO2eq estocados a cada kg de<br />

proteína digerida pelo homem por meio da carne e dos<br />

Fazer a pecuária de uma maneira<br />

bem feita representa a possibilidade<br />

de vender uma carne com balanço<br />

positivo de carbono. São sistemas<br />

que vão elevar a perspectiva<br />

ambiental da pecuária para o futuro.<br />

O Brasil é o país que tem potencial<br />

para fazer isso como nenhum outro<br />

Bruno Pedreira, ex-pesquisador<br />

da EMBRAPA Agrossilvipastoril e<br />

coorientador de Alyce Monteiro<br />

84 www.referenciaflorestal.com.br


grãos produzidos. Esse resultado foi duas vezes maior<br />

do que a pecuária, 5,2 vezes maior do que a ILPF e 11,4<br />

vezes maior do que a ILP. Entretanto, os sistemas ILP e<br />

ILPF foram os que tiveram maior produção de proteína<br />

de consumo humano por hectare, com 3.010 kg/ha,<br />

contra 755 kg/ha da pecuária e da IPF.<br />

O estudo avaliou ainda o percentual da contribuição<br />

de cada GEE nos sistemas. O metano é sempre o<br />

gás de maior impacto, chegando a 85% das emissões na<br />

pecuária solteira e na IPF, 68,6% na ILPF e 66,1 na ILP.<br />

PASSO A PASSO DA PESQUISA<br />

A coleta de dados da pesquisa ocorreu no experimento<br />

de ILPF com foco na produção de carne, grãos<br />

e madeira da EMBRAPA Agrossilvipastoril entre 2015 e<br />

2018, porém também foram usadas como referências<br />

informações coletadas nesse mesmo experimento ao<br />

longo de mais de 10 anos. Para se chegar aos números<br />

foi necessário mensurar dados de produtividade dos<br />

animais e da lavoura, sobre crescimento das árvores,<br />

insumos utilizados, acúmulo de carbono no solo em<br />

todos os sistemas, estimativa das emissões de óxido<br />

nitroso, emissão de metano entérico pelos animais e<br />

consumo de combustível e energia para a produção.<br />

Para a mensuração das emissões de metano<br />

entérico, por exemplo, foi utilizado o equipamento<br />

GreenFeed, que mede o metano expelido pelo animal<br />

enquanto este se alimenta em um cocho. Dados da literatura<br />

foram usados para fazer as devidas conversões e<br />

extrapolações. “Trabalhamos com 3 anos de dados da<br />

EMBRAPA Agrossilvipastoril. Foi muito difícil, pois é um<br />

banco de dados muito grande. Tivemos que relacionar<br />

vários fatores de emissão. Isso tudo exige muito cuidado<br />

quando se trabalha com modelagem para não haver<br />

qualquer erro nos resultados”, afirma a pesquisadora<br />

Alyce Monteiro.<br />

O pesquisador da EMBRAPA Agrossilvipastoril, Ciro<br />

Magalhães, é um dos responsáveis pela condução do<br />

experimento e também coautor do trabalho. Ele destaca<br />

o papel dessa plataforma experimental de larga escala<br />

e longa duração. “Trabalhos dessa magnitude são<br />

sempre desafiadores, pois envolvem a busca contínua<br />

por recursos e também a interlocução constante com<br />

toda a equipe envolvida. Todas as ações são planejadas<br />

em conjunto, de modo a otimizar esforços para garantir<br />

a obtenção de dados confiáveis, que vão embasar todas<br />

as conclusões que serão feitas posteriormente. Esse<br />

tipo de trabalho é de longo prazo e, para a obtenção de<br />

resultados, são necessários muitos anos de pesquisa”,<br />

explica Ciro.<br />

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INTEGRAÇÃO<br />

O pesquisador ressalta ainda a importância de se<br />

obter esse tipo de respostas científicas na região de<br />

transição entre os biomas Cerrado e Amazônia, uma<br />

região de grande interesse no que diz respeito à sustentabilidade<br />

da produção agropecuária. “É possível elevar<br />

a produção de alimentos, fibras e energia por meio da<br />

conversão de áreas degradadas no bioma em sistemas<br />

integrados de produção. Ou seja, não há necessidade<br />

de abertura de novas áreas, mas sim fazer com que as<br />

áreas já abertas sejam utilizadas de forma mais eficiente”,<br />

sugere Ciro.<br />

APOIO A POLÍTICAS PÚBLICAS<br />

Para os pesquisadores envolvidos nesse trabalho,<br />

os resultados ajudam a embasar políticas públicas que<br />

visam à transição para a agropecuária de baixo carbono,<br />

como o Plano ABC+, já implementado pelo governo<br />

brasileiro. O pesquisador da EMBRAPA Agrossilvipastoril<br />

lembra que adotar sistemas de integração, sejam eles<br />

lavoura-pecuária, pecuária-floresta ou ILPF, demanda<br />

mais esforços de todos os envolvidos. “Como são sistemas<br />

mais complexos, os sistemas ILPF exigem ações de<br />

capacitação de mão-de-obra, financiamento a partir de<br />

linhas de crédito diferenciadas, estudos de mercado e<br />

investimento em infraestrutura”, observa Ciro.<br />

Já Alyce Monteiro lembra que mesmo a pecuária<br />

solteira pode ser um vetor de redução de emissões<br />

de GEE, se houver um bom manejo de pastagem e<br />

dos animais. “Talvez seja preciso rever o que pode ser<br />

fomentado pensando em auxiliar o produtor também<br />

nos sistemas de pecuária tradicional. Sabendo que eles<br />

podem ser altamente produtivos, se bem trabalhados,<br />

com fertilidade do solo corrigida, suplementação animal<br />

e uso das boas práticas agropecuárias, podemos<br />

reconsiderar nossas políticas no sentido de impulsionar<br />

também nossos sistemas com base na pastagem”, ressalta<br />

Alyce.<br />

BALANÇO DAS EMISSÕES DE GEE<br />

O setor agropecuário emite três gases causadores<br />

de efeito estufa principais, o CO2 (gás carbônico), N20<br />

(óxido nitroso) e o CHA4 (metano). As emissões de óxido<br />

Foto: Embrapa<br />

86 www.referenciaflorestal.com.br


nitroso estão mais ligadas ao uso de adubação nitrogenada<br />

na agricultura, decomposição de restos culturais e excretas<br />

dos animais. Já a emissão de metano entérico ocorre na<br />

pecuária por meio do processo de ruminação dos bovinos<br />

e pela emissão do esterco. O CO2 é emitido pela decomposição<br />

de matéria orgânica e uso de energia e combustíveis<br />

fósseis, como o diesel do maquinário agrícola.<br />

Ao mesmo tempo, sistemas produtivos sequestram<br />

carbono em forma de matéria orgânica no solo, em biomassa<br />

das forrageiras e culturas agrícolas e em madeira<br />

das árvores. Também são contabilizadas as emissões evitadas<br />

pelo uso de palhada no plantio direto ao invés de<br />

adubar com ureia.<br />

Para chegar ao balanço de emissões de um sistema,<br />

os três gases são convertidos em equivalente de carbono<br />

(CO2eqv). A conversão é feita com base no potencial de<br />

dano de cada gás para o efeito estufa, sendo um para CO2,<br />

28 para metano e 265 para o óxido nitroso. Isso significa<br />

que uma tonelada de metano emitido é igual a 28 toneladas<br />

de CO2eqv. O balanço líquido de emissões de um sistema<br />

é feito a partir da subtração do total de emissões pelo<br />

total de CO2eqv sequestrado e cuja emissão foi evitada.<br />

Como são sistemas mais complexos,<br />

os sistemas ILPF exigem ações<br />

de capacitação de mão-de-obra,<br />

financiamento a partir de linhas<br />

de crédito diferenciadas, estudos<br />

de mercado e investimento em<br />

infraestrutura<br />

Ciro Magalhães, pesquisador<br />

da EMBRAPA Agrossilvipastoril<br />

e coautor do trabalho<br />

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Dezembro 2023<br />

87


PESQUISA<br />

88 www.referenciaflorestal.com.br


IMPACTOS DAS PRAGAS<br />

FLORESTAIS NA QUALIDADE DA<br />

MADEIRA DE SILVICULTURA:<br />

REVISÃO DE LITERATURA<br />

Fotos: REFERÊNCIA, Forest and Kim Starr<br />

e divulgação<br />

PAULO HENRIQUE DOS SANTOS<br />

SILVARES, VANIELE BENTO DOS<br />

SANTOS, GABRIELA FONTES<br />

MAYRINCK CUPERTINO, NAUAN<br />

RIBEIRO CIRILO, DJEISON CESAR<br />

BATISTA, JUAREZ BENIGNO<br />

PAES, FERNANDA DALFIÔR<br />

MAFFIOLETTI, ÉRICA PATRÍCIA<br />

PINTO QUEIROZ, BRUNO<br />

DUARTE LOURENÇO DE ARAÚJO,<br />

GRAZIELA BAPTISTA VIDAURRE<br />

UFES (UNIVERSIDADE FEDERAL DO<br />

ESPÍRITO SANTO)<br />

Dezembro 2023<br />

89


PESQUISA<br />

RESUMO<br />

A<br />

s pragas florestais representam um grande<br />

desafio para a silvicultura brasileira<br />

e mundial, especialmente em relação à<br />

eucaliptocultura, uma monocultura amplamente<br />

utilizada em diversos setores.<br />

Na silvicultura, muitos organismos merecem atenção,<br />

mas os insetos são os que mais se destacam e possuem<br />

maior relevância nesse contexto, uma vez que atuam<br />

diretamente na taxa fotossintética da planta, por meio<br />

do desfolhamento e comprometendo a qualidade da<br />

madeira, resultando em prejuízos econômicos. Para garantir<br />

o sucesso do manejo florestal, é crucial conhecer<br />

as pragas que podem afetar as florestas e como elas influenciam<br />

na qualidade da madeira. Entre as pragas que<br />

merecem destaque para recomendações de controle,<br />

as formigas cortadeiras e o gorgulho-do-eucalipto apresentam<br />

relevância por representar um potencial impacto<br />

na eucaliptocultura brasileira. Torna-se fundamental<br />

compreender a relação entre as pragas e a qualidade<br />

da madeira e por isso o objetivo do presente trabalho<br />

foi compreender a importância e o estado da arte dos<br />

danos e impactos causados pelas pragas florestais nas<br />

propriedades e na qualidade da madeira de silvicultura,<br />

com enfoque nas espécies de eucalipto.<br />

90 www.referenciaflorestal.com.br


INTRODUÇÃO<br />

As florestas são ecossistemas complexos que abrigam<br />

uma grande diversidade de espécies animais e vegetais,<br />

e fornecem diversos serviços ambientais essenciais<br />

para a sociedade. No entanto, esses ecossistemas<br />

naturais enfrentam uma série de problemas naturais<br />

que podem afetar sua saúde e capacidade de fornecer<br />

esses serviços. A classe insecta, que compreende os<br />

insetos, é um dos principais problemas naturais que<br />

afetam a produtividade da floresta (Schneider, Comte<br />

e Rebetez, 2021). Isso ocorre porque muitas espécies<br />

de insetos são consideradas pragas florestais, causando<br />

danos às árvores e reduzindo sua capacidade de produção<br />

(Guégan et al., 2023). A produção florestal é uma<br />

importante atividade econômica em muitas regiões do<br />

mundo, fornecendo madeira, celulose, papel, carvão<br />

vegetal, produtos químicos e outros produtos para a<br />

indústria.<br />

A monocultura é uma das principais práticas de<br />

produção florestal, que é considerada uma atividade<br />

agrícola em que uma única espécie de planta é cultivada<br />

em grande escala (Huuskonen et al., 2021). Nas<br />

O manejo integrado de pragas<br />

é uma estratégia comum usada<br />

na silvicultura para minimizar<br />

os impactos das pragas nas<br />

florestas, garantindo um melhor<br />

desenvolvimento das árvores e,<br />

consequentemente, uma madeira<br />

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Dezembro 2023<br />

91


PESQUISA<br />

florestas, a monocultura geralmente envolve a plantação<br />

de uma única espécie de árvore, como o eucalipto,<br />

em grandes áreas (Casas-Pinilla et al., 2022; Formaglio<br />

et al., 2023). Embora a monocultura possa aumentar a<br />

eficiência e a produtividade da produção, ela também<br />

pode levar a uma série de problemas ambientais, uma<br />

vez que pode intensificar a vulnerabilidade das florestas<br />

a patógenos e pragas (Poeydebat et al., 2021). Quando<br />

uma praga encontra uma fonte de alimento abundante,<br />

como uma plantação inteira de uma única espécie de<br />

árvore, ela pode se reproduzir rapidamente e causar<br />

danos significativos. Além disso, a ausência de espécies<br />

diferentes pode prejudicar a capacidade das plantas de<br />

resistir a pragas e patógenos, já que não há outras plantas<br />

ao redor que possam oferecer proteção natural ou<br />

estimular mecanismos de defesa (Yahya et al., 2022).<br />

Insetos desfolhadores, como o popularmente conhecido<br />

cai-cai-de-pintas-brancas (Lampetis nigerrima),<br />

podem causar danos significativos nas florestas de<br />

monocultura. Esses insetos se alimentam das folhas<br />

das árvores, reduzindo a capacidade destas de realizar<br />

a fotossíntese e, consequentemente, diminuindo o<br />

Portanto, o objetivo deste<br />

trabalho foi compreender a<br />

importância e o estado da arte<br />

dos danos e impactos causados<br />

pelas pragas florestais nas<br />

propriedades e na qualidade da<br />

madeira<br />

92 www.referenciaflorestal.com.br


crescimento e a produção (Nadai, 2005). O impacto do<br />

desfolhamento causado por pragas florestais pode ter<br />

consequências significativas na qualidade da madeira.<br />

Fatos como esse fazem com que cada vez mais a comunidade<br />

acadêmica e industrial, principalmente do setor<br />

florestal, invista em pesquisas silviculturais, que visam<br />

solucionar essa problemática.<br />

A silvicultura, que é a prática de gerenciamento<br />

de florestas, pode influenciar o equilíbrio entre pragas<br />

e patógenos. Uma das principais preocupações da<br />

silvicultura é o manejo de pragas que afetam a saúde<br />

das árvores e reduzem a produção florestal. O manejo<br />

integrado de pragas é uma estratégia comum usada na<br />

silvicultura para minimizar os impactos das pragas nas<br />

florestas, garantindo um melhor desenvolvimento das<br />

árvores e, consequentemente, uma madeira de melhor<br />

qualidade (Lemes et al., 2021). Isso envolve o uso de<br />

várias táticas de manejo, incluindo a seleção de espécies<br />

de árvores resistentes a pragas, ao controle biológico,<br />

ao uso de produtos químicos e à monitorização regular<br />

das pragas para detectar e controlar infestações.<br />

Para garantir o sucesso desses tratos silviculturais,<br />

é essencial conhecer as pragas e patógenos que podem<br />

afetar as florestas e consequentemente a qualidade da<br />

madeira. Como os insetos são os agentes naturais mais<br />

relevantes nesse contexto, esta revisão bibliográfica<br />

abordará as espécies consideradas pragas, que alteram<br />

as propriedades da madeira, e que são mais reportadas<br />

no setor florestal, com enfoque na eucaliptocultura brasileira,<br />

mas também em outras monoculturas. Portanto,<br />

o objetivo deste trabalho foi compreender a importância<br />

e o estado da arte dos danos e impactos causados<br />

pelas pragas florestais nas propriedades e na qualidade<br />

da madeira.<br />

Essa é uma versão parcial<br />

desse artigo, o material<br />

completo pode ser<br />

acessado pelo QR Code:<br />

Desde 2015, trazendo inovação e<br />

desenvolvimento de soluções<br />

personalizadas, para as mais diversas<br />

necessidades do mercado.<br />

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Dezembro 2023<br />

93


AGENDA<br />

AGENDA 2024<br />

PPGF (Programa de Preparação de<br />

Gestores Florestais)<br />

Data: 15 a 21<br />

Local: Piracicaba (SP)<br />

Informações: https://www.ipef.br/ppgf/<br />

Forst Live<br />

Data: 12 a 14<br />

Local: Offenburg (Alemanha)<br />

Informações: https://www.forst-live.de/en<br />

KWF Tagung<br />

Data: 19 a 22<br />

Local: Schwarzenborn (Alemanha)<br />

Informações:<br />

https://kwf-tagung.net/english/<br />

JANEIRO<br />

2024<br />

ABRIL<br />

2024<br />

JUNHO<br />

2024<br />

JUN<br />

2024<br />

KWF TAGUNG<br />

A KWF Tagung é uma grande feira alemã que une a<br />

exposição de máquinas e equipamentos e a demonstração<br />

da operação em campo. A mais moderna<br />

tecnologia florestal testada na KWF é mostrada em<br />

ação ao vivo e cadeias de trabalho completas são demonstradas<br />

em operação real. Haverá informações<br />

sobre vários métodos de trabalho novos e comprovados.<br />

Os tópicos se concentrarão no uso de tecnologia<br />

ambientalmente compatível, produção de madeira<br />

energética, cadeias logísticas e proteção florestal.<br />

OUT<br />

2024<br />

VI CBCTEM<br />

O VI CBCTEM (Congresso Brasileiro de Ciência e<br />

Tecnologia da Madeira) visa a divulgação e o estímulo da<br />

produção científica, a congregação e a aproximação entre<br />

pessoas e instituições, e a reflexões sobre os destinos<br />

da Ciência e Tecnologia da Madeira Brasileira. O evento<br />

foi concebido para acadêmicos de graduação, de pósgraduação,<br />

professores, pesquisadores, profissionais e<br />

demais interessados que estudam, investigam e atuam na<br />

área da Ciência e Tecnologia da Madeira.<br />

Imagem: reprodução Imagem: reprodução<br />

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AGENDA 2024<br />

Facas para triturador florestal<br />

JULHO<br />

2024<br />

Dentes - Teeth para Feller<br />

Lâminas Para Picador florestal<br />

Mangueiras e conexões para baixa,<br />

média, alta e super alta pressão<br />

Demo Forest<br />

Data: 30 e 31<br />

Local: Bertrix (Bélgica)<br />

Informações:<br />

https://www.demoforest.be/en/<br />

Forjaria usinagem conserto de cilindros<br />

brunimento<br />

hidráulicos<br />

Serviço de soldas,<br />

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SETEMBRO<br />

2024<br />

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Avenida Nestor de Moura Jardim,<br />

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(51) 3480 – 2532 | (51) 3491 – 7498<br />

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Lignum<br />

Data: 17 a 19<br />

Local: Curitiba (PR)<br />

Informações:<br />

https://lignumlatinamerica.com/<br />

OUTUBRO<br />

2024<br />

ASSINE AS PRINCIPAIS<br />

REVISTAS DO SETOR<br />

E FIQUE POR DENTRO<br />

DAS NOVIDADES!<br />

INFORMAÇÃO<br />

A ALMA DO NEGÓCIO!<br />

VI CBCTEM<br />

Data: 16 a 18<br />

Local: Pelotas (RS)<br />

Informações: https://www.cbctem.com.br/<br />

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Dezembro 2023<br />

95


ESPAÇO ABERTO<br />

Foto: divulgação<br />

Tudo<br />

INTERLIGADO<br />

Por Sylvio Herbst,<br />

formado em engenharia de<br />

telecomunicações e pós-graduado em<br />

marketing, cofundador e diretor comercial<br />

de marketing na 5F Soluções<br />

O futuro da comunicação<br />

empresarial está no poder<br />

do cloud calling<br />

N<br />

os últimos anos, temos testemunhado um avanço<br />

tecnológico sem precedentes, que tem impactado<br />

significativamente a forma como as empresas<br />

operam e se comunicam. Uma das inovações que<br />

ganhou destaque nesse cenário é o cloud calling,<br />

uma solução baseada em nuvem que revoluciona a comunicação<br />

empresarial.<br />

Uma das principais vantagens do cloud calling é a sua natureza<br />

baseada em nuvem, o que significa que as comunicações não<br />

estão mais limitadas por hardware e infraestrutura local. Com<br />

ele as empresas podem se beneficiar de um acesso flexível e escalável<br />

às comunicações, permitindo que os funcionários façam<br />

chamadas e se conectem de qualquer lugar, a qualquer hora. Isso<br />

é especialmente valioso em um mundo onde o trabalho remoto e<br />

a mobilidade são cada vez mais comuns.<br />

Também oferece uma alternativa econômica às soluções<br />

tradicionais de telefonia empresarial. Ao eliminar a necessidade<br />

de investimentos em equipamentos físicos e manutenção de<br />

infraestrutura, as empresas podem reduzir significativamente os<br />

custos operacionais. Além disso, a natureza escalável da tecnologia<br />

permite que as empresas paguem apenas pelos serviços que<br />

utilizam, evitando gastos excessivos e desperdícios. Essa eficiência<br />

financeira resulta em um aumento do retorno sobre o investimento<br />

e na alocação de recursos para outras áreas estratégicas.<br />

O cloud calling não se limita apenas a chamadas de voz. Ele<br />

oferece recursos avançados de colaboração, como videoconferência,<br />

compartilhamento de tela e mensagens instantâneas, reunindo<br />

as equipes em um ambiente virtual de trabalho. Além disso,<br />

a integração perfeita com outras ferramentas de produtividade,<br />

como sistemas de gerenciamento de relacionamento com o cliente<br />

e plataformas de colaboração em equipe, potencializa ainda<br />

mais a eficiência e a colaboração dentro das organizações.<br />

A segurança dos dados é uma preocupação fundamental para<br />

as empresas. Ao optar pelo cloud calling, as organizações podem<br />

contar com provedores confiáveis que implementam medidas<br />

rigorosas de segurança e criptografia para proteger as comunicações<br />

empresariais. Os dados são armazenados em data centers<br />

seguros, com backups automáticos e redundância, minimizando o<br />

risco de perda de informações valiosas. Os provedores de telefonia<br />

de nuvem estão sujeitos a regulamentações e padrões de conformidade,<br />

garantindo um ambiente seguro para as empresas.<br />

O cloud calling está transformando a forma como as empresas<br />

se comunicam e colaboram. Sua flexibilidade, escalabilidade, redução<br />

de custos e integração com outras ferramentas tornam-no<br />

uma escolha poderosa para as organizações modernas. A segurança<br />

e a confiabilidade oferecidas pela tecnologia proporcionam<br />

tranquilidade aos gestores e profissionais de TI (tecnologia da<br />

informação). À medida que a digitalização continua a moldar os<br />

negócios, o cloud calling surge como uma solução inovadora que<br />

impulsiona a eficiência e a produtividade, preparando as empresas<br />

para o futuro da comunicação empresarial.<br />

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A REVISTA<br />

Deseja a todos um Feliz Natal<br />

e um próspero Ano Novo!

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