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04.12.2023 Views

ENTREVISTA IVAN GONTIJO Não é possível dissociar o que é seguro do que é proteção O PRESIDENTE DA BRADESCO SEGUROS, IVAN GONTIJO, FALA SOBRE A META DA COMPANHIA DE FATURAR R$ 100 BILHÕES EM 2023, SEM, ENTRETANTO, PERDER DE VISTA SEU COMPROMISSO SOCIAL DE DEVOLVER PROTEÇÃO À SOCIEDADE Kelly Lubiato APÓLICE: Como o Grupo Bradesco Seguros vai chegar aos R$ 100 bilhões de faturamento em 2023? O nosso canal principal de vendas é o corretor de seguros, cada vez mais especializado e consultor, oferecendo informações de forma transparente e conhecedor do cliente. Apenas assim ele vai saber o momento adequado para a oferta daquele produto, que é o que eu chamo de Momento Mágico. APÓLICE: Haverá um investimento em cross selling para aproveitar este Momento Mágico? Nosso investimento em cross selling é feito naturalmente, até por uma questão de fomentar os produtos e dar o equilíbrio necessário às carteiras que viabilizem o atendimento ao consumidor e também o negócio como um todo. Esta meta nós nos auto impusemos, de R$ 100 bilhões, não é apenas de faturar o valor, mas de devolver à sociedade o serviço e a proteção. Cada seguro que é feito, é com o objetivo de proteger. Não é possível dissociar o que é seguro do que é proteção: os objetivos estão interligados. APÓLICE: A Confederação Nacional das Seguradoras revisou as projeções de crescimento para o mercado de seguros em 2023, chegando ao número de 9,4%. Ainda que este número ainda esteja muito acima do crescimento do PIB brasileiro, de 3,3%, ainda há carteiras com projeção de queda de arrecadação, como os seguros de pessoas. Como a Bradesco está se preparando para enfrentar estas barreiras? No caso do automóvel, houve ajustes tanto na mercadoria quanto nos preços, o que corrobora uma projeção de crescimento. Em relação ao seguro de vida, saúde e odontologia, são benefícios, cujo mercado (laboratórios, hospitais, operadores) está atravessando uma fase complexa. Este setor passa por uma fase de transição, que deve ser mais viabilizada com o crescimento da economia, no menor lapso de tempo possível. 6

Nos associamos ao hospital Albert Einstein, em fase de implementação, para a criação de um hospital de 300 leitos em São Paulo, que ficará pronto em 18 meses. Outro investimento foi um acordo com a Beneficência Portuguesa e o Grupo Fleury, para atendimento em oncologia. APÓLICE: Vocês terão o controle dos custos? Nós acreditamos na cadeia de valor, seja em qual negócio for, vamos participar das governanças e ter assentos como membros do Conselho de Administração, mas não vamos executar. É óbvio que as sinergias com a Bradesco Saúde serão totais, porque haverá um link natural entre os 4 milhões de segurados com o investimento que estamos fazendo. APÓLICE: E a parte odontológica? Nós temos 51% da maior operadora de planos dentais do Brasil, a Odontoprev, um case no qual grande parte dos investidores são estrangeiros e acreditam no nosso produto. Ele é muito bom, seja empresarial, PME ou individual. A empresa está muito bem estruturada com produtos e processos que facilitam, em termos de tecnologia, acordos operacionais para vendas através de outros canais, que não apenas os corretores e rede bancária (que também utiliza os corretores), como os digitais. Nós acreditamos na cadeia de valor, seja em qual negócio for, vamos participar das governanças e ter assentos como membros do Conselho de Administração, mas não vamos executar.” APÓLICE: A Bradesco tem a maior operação em saúde do mercado. Como se manter relevante e rentável? Acreditamos no ramo de saúde e acabamos de investir uma soma razoável para ter participação no grupo Santa, que detém cerca de oito hospitais na região do Agro, dois laboratórios de radiologia, um laboratório clínico e cerca de duas clínicas especializadas em atendimento oncológico. APÓLICE: O seguro de vida continua sendo o objeto de desejo da sociedade? Sim, depois da pandemia ele deixou de ser produto de venda para ser de aquisição, ou seja, há um interesse do cliente em preservar a sua família. Porém, os produtos tem um viés de aperfeiçoamento nas coberturas do produto, principalmente em relação às assistências, porque os clientes esperam um diferencial. Quando se podia pensar, há quatro anos, assistências residencial ou pet embutidas no seguro de vida? Este é um plus que o consumidor deseja. A sociedade mudou e o mercado precisa seguir seus conceitos. 7

Nos associamos ao hospital Albert<br />

Einstein, em fase de implementação,<br />

para a criação de um hospital de 300 leitos<br />

em São Paulo, que ficará pronto em<br />

18 meses. Outro investimento foi um<br />

acordo com a Beneficência Portuguesa<br />

e o Grupo Fleury, para atendimento em<br />

oncologia.<br />

APÓLICE: Vocês terão o controle dos custos?<br />

Nós acreditamos na cadeia de<br />

valor, seja em qual negócio for, vamos<br />

participar das governanças e ter assentos<br />

como membros do Conselho de Administração,<br />

mas não vamos executar. É<br />

óbvio que as sinergias com a Bradesco<br />

Saúde serão totais, porque haverá um<br />

link natural entre os 4 milhões de segurados<br />

com o investimento que estamos<br />

fazendo.<br />

APÓLICE: E a parte odontológica?<br />

Nós temos 51% da maior operadora<br />

de planos dentais do Brasil, a<br />

Odontoprev, um case no qual grande<br />

parte dos investidores são estrangeiros e<br />

acreditam no nosso produto. Ele é muito<br />

bom, seja empresarial, PME ou individual.<br />

A empresa está muito bem estruturada<br />

com produtos e processos que facilitam,<br />

em termos de tecnologia, acordos<br />

operacionais para vendas através de outros<br />

canais, que não apenas os corretores<br />

e rede bancária (que também utiliza os<br />

corretores), como os digitais.<br />

Nós acreditamos na cadeia de valor, seja em qual negócio<br />

for, vamos participar das governanças e ter assentos<br />

como membros do Conselho de Administração, mas não<br />

vamos executar.”<br />

APÓLICE: A Bradesco tem a maior operação em saúde do mercado.<br />

Como se manter relevante e rentável?<br />

Acreditamos no ramo de saúde e acabamos de investir uma<br />

soma razoável para ter participação no grupo Santa, que detém<br />

cerca de oito hospitais na região do Agro, dois laboratórios de radiologia,<br />

um laboratório clínico e cerca de duas clínicas especializadas<br />

em atendimento oncológico.<br />

APÓLICE: O seguro de vida continua sendo<br />

o objeto de desejo da sociedade?<br />

Sim, depois da pandemia ele<br />

deixou de ser produto de venda para<br />

ser de aquisição, ou seja, há um interesse<br />

do cliente em preservar a sua família.<br />

Porém, os produtos tem um viés<br />

de aperfeiçoamento nas coberturas do<br />

produto, principalmente em relação às<br />

assistências, porque os clientes esperam<br />

um diferencial. Quando se podia<br />

pensar, há quatro anos, assistências residencial<br />

ou pet embutidas no seguro<br />

de vida? Este é um plus que o consumidor<br />

deseja. A sociedade mudou e o mercado<br />

precisa seguir seus conceitos.<br />

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