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Jornal das Oficinas 213

Na edição de novembro do Jornal das Oficinas, o artigo de destaque é sobre a digitalização nas oficinas. A era da digitalização revolucionou a forma como funcionam praticamente todos os negócios. Isto inclui, obviamente, as oficinas de reparação, onde já não basta ser arrumado e manter toda a documentação organizada ou ser eficaz nas reparações

Na edição de novembro do Jornal das Oficinas, o artigo de destaque é sobre a digitalização nas oficinas. A era da digitalização revolucionou a forma como funcionam praticamente todos os negócios. Isto inclui, obviamente, as oficinas de reparação, onde já não basta ser arrumado e manter toda a documentação organizada ou ser eficaz nas reparações

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DIFERENTES PADRÕES DE CONSUMO, RETOMA DA<br />

PROCURA, DISRUPÇÃO DA CADEIA DE ABASTECIMENTO<br />

E O AUMENTO DOS CUSTOS OPERACIONAIS IRÃO<br />

CONTINUAR A SER AS PRINCIPAIS FORÇAS DE MERCADO<br />

maiores players do mercado comprometeram-se a<br />

aumentar o número de modelos elétricos disponíveis<br />

e a aumentar a produção de veículos comerciais<br />

ligeiros (VCL). Alguns também planeiam introduzir<br />

veículos pesados elétricos.<br />

Os reguladores estão a reforçar as normas de emissões<br />

de dióxido de carbono (CO2) para automóveis<br />

de passageiros e VCL ao abrigo do pacote de reformas<br />

ambientais da Comissão Europeia Fit for 55.<br />

Os governos estão a oferecer incentivos, incluindo<br />

pagamentos de bónus e benefícios fiscais, a quem<br />

compra veículos elétricos. Os consumidores estão<br />

a ser atraídos por esquemas de incentivos, custos<br />

operacionais menores e um melhor desempenho<br />

dos veículos. O custo total de possuir VEs compactos<br />

ou de média dimensão é agora comparável com<br />

as alternativas a gasolina e gasóleo na maioria dos<br />

países europeus. Os custos <strong>das</strong> baterias baixaram<br />

acentuadamente e a sua capacidade está a aumentar,<br />

tornando a eletrificação uma opção viável para<br />

os camiões mais pequenos. As empresas, que já<br />

adotaram os veículos elétricos nas suas frotas de<br />

automóveis, estão agora a eletrificar os seus VCL,<br />

que são cada vez mais competitivos em termos de<br />

custos comparando as alternativas diesel. A mudança<br />

para a opção elétrica aumenta também as<br />

suas credenciais verdes e reputações empresariais.<br />

Assim, se as condições estiverem alinha<strong>das</strong>, os regulamentos,<br />

as políticas e os incentivos irão fazer o seu<br />

trabalho. Mas como podemos manter a dinâmica da<br />

transição e a ambição por continuar a apostar na<br />

eletricidade? Isso só será possível se os VEs forem<br />

tão fáceis, ou mais fáceis, de utilizar como os veícu-<br />

los de combustível tradicionais e se proporcionarem<br />

conforto, facilidade e fiabilidade aos consumidores.<br />

Afinal de contas, é o consumidor que exerce o poder<br />

real nesta transformação e decide se escolhe um<br />

veículo elétrico ou não. E, nesse aspeto, a aceitação<br />

do consumidor é um grande driver da mobilidade<br />

elétrica, tal como os imperativos económicos e ambientais<br />

que a criaram.<br />

Melhorar a experiência<br />

PARA os utilizadores de VE<br />

Com a ajuda de sistemas operacionais em tempo<br />

real e aplicações avança<strong>das</strong>, os serviços de carregamento<br />

irão controlar a capacidade disponível,<br />

o tempo e a duração dos carregamentos, atenuando<br />

o risco de sobrecarga da rede. O carregamento<br />

pode então acontecer quando a rede elétrica tem<br />

capacidade suficiente ou superior, ou quando há<br />

uma procura reduzida (durante a noite, por exemplo)<br />

ou quando a eletricidade é mais barata. E isso<br />

é um ganho para a rede elétrica e para o condutor.<br />

As soluções de serviços de carregamento podem<br />

ser geri<strong>das</strong> pelo fornecedor de energia, através de<br />

uma ligação de dados, para conduzir energia numa<br />

direção, desde a rede até ao veículo. Com o tempo,<br />

à medida que as tecnologias vehicle-to-grid (V2G)<br />

se aperfeiçoam, os VEs tornar-se-ão em unidades/<br />

equipamentos de armazenamento de energia sobre<br />

ro<strong>das</strong>. Para além disso, vão descarregar da bateria<br />

do VE para a rede ou para um edifício, de forma a<br />

estabilizar a geração e o consumo de eletricidade,<br />

reduzindo a necessidade de geração adicional ou<br />

reforço da rede.<br />

Outras soluções também estão a ser testa<strong>das</strong>. A<br />

localização da geração e armazenamento solar<br />

distribuído, por exemplo, pode ser instalado em<br />

estações de serviço <strong>das</strong> autoestra<strong>das</strong> onde o carregamento<br />

da rede é insuficiente para uma carga<br />

rápida e super-rápida. Os smart wires, para equilibrar<br />

ativamente os fluxos de energia nas linhas<br />

de transmissão, e carregamento sem fios são conceitos<br />

inovadores que também estão a ser explorados.<br />

Cada uma destas soluções do lado da procura<br />

cria sinergias entre a rede e os VEs. E embora não<br />

resolvam to<strong>das</strong> as situações, ajudarão a mitigar o<br />

impacto de grandes aglomerados de VEs a carregar<br />

em simultâneo.<br />

Os ORDs (Operadores de Redes de Distribuição)<br />

irão desempenhar um papel fundamental na expansão<br />

da mobilidade elétrica. Eles são responsáveis<br />

pelo planeamento do desenvolvimento da rede<br />

elétrica e pela gestão <strong>das</strong> operações de distribuição<br />

e novas ligações para os carregadores. Para além<br />

disso, também têm a obrigação social de oferecer<br />

os melhores resultados ambientais, ao menor custo<br />

possível, investindo nos locais certos, no momento<br />

certo, evitando ao mesmo tempo o risco de ativos<br />

irrecuperáveis. A supervisão <strong>das</strong> redes elétricas locais<br />

permite-lhes identificar áreas de congestionamento,<br />

avaliar o impacto do carregamento de VEs<br />

na procura de eletricidade, e antecipar futuras necessidades<br />

de investimento na rede. E, à medida que<br />

a Europa muda para redes inteligentes e mercados<br />

locais de flexibilidade, os operadores de redes de<br />

distribuição serão equipados para integrar soluções<br />

sóli<strong>das</strong> para reduzir os picos de consumo, reduzir o<br />

congestionamento e melhorar a qualidade e segurança<br />

energética. À medida que o ritmo de adoção<br />

de VEs aumenta, o planeamento da eletrificação do<br />

sistema energético é um grande desafio. O alargamento<br />

<strong>das</strong> competências dos ORDs, e uma melhor<br />

execução <strong>das</strong> suas novas atividades, reforçará o foco<br />

no cliente. Para além disso, irá ajudar a trazer soluções<br />

mais inovadoras, resultando numa melhor<br />

experiência para os utilizadores de VEs. l<br />

20 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com

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