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Encarnação, Nascimento e Infância de Jesus Cristo

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A segunda fonte e uma fonte <strong>de</strong> amor. A quem medita os<br />

sofrimentos e as humilhações suportadas por <strong>Jesus</strong> <strong>Cristo</strong><br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o seu nascimento até a sua morte por amor <strong>de</strong> nós, é<br />

impossível não se sentir abrasado <strong>de</strong>sse belo fogo que o Filho<br />

<strong>de</strong> Deus veio acen<strong>de</strong>r sobre a terra nos corações dos homens.<br />

Assim as águas <strong>de</strong>ssa fonte salutar lavam as nossas almas e<br />

as inflamam.<br />

Fazei, pois, ó meu <strong>Jesus</strong>, que o sangue que <strong>de</strong>rramastes<br />

por mim não só me lave <strong>de</strong> todas as faltas com que vos ofendi,<br />

mas ainda me inflame <strong>de</strong> santo ardor por vós; fazei que tudo<br />

esqueça para pensar unicamente em amar a vós, meu Deus,<br />

que sois digno <strong>de</strong> amor infinito!<br />

A terceira fonte é uma fonte <strong>de</strong> paz; é o que significam as<br />

palavras do Salvador: Se alguém tem se<strong>de</strong>, venha a mim. Se<br />

alguém <strong>de</strong>seja a paz, venha a mim que sou o Deus da paz. —<br />

A paz que Nosso Senhor dá às almas que o amam não é a que<br />

o mundo promete oferecendo-lhes os prazeres dos sentidos ou<br />

os bens temporais, coisas que não po<strong>de</strong>m contentar o coração<br />

do homem; a paz que Deus dá a seus servos é uma paz verda<strong>de</strong>ira,<br />

plena, que enche o coração, e que exce<strong>de</strong> a todos os<br />

gozos, <strong>de</strong> que as criaturas possam ser fontes: Quem beber da<br />

água que eu lhe <strong>de</strong>r, já não terá se<strong>de</strong>. São palavras do Salvador.<br />

Quem ama verda<strong>de</strong>iramente a Deus, renuncia a tudo,<br />

<strong>de</strong>spreza tudo, e não procura outra coisa senão Deus.<br />

Sim, meu Deus, quero só a vós e nada mais. Houve um<br />

tempo em que eu procurava outros bens fora <strong>de</strong> vós: mas<br />

quando penso na injúria que vos fiz, preferindo a vós bens vis e<br />

passageiros, quisera morrer <strong>de</strong> dor. Reconheço o meu erro, e<br />

arrependo-me <strong>de</strong> todo o coração. Reconheço também que mereceis<br />

todo o meu amor; repito e espero repetir sempre nesta<br />

vida e na outra: Meu Deus! meu Deus, só a vós quero e nada<br />

III.<br />

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