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Encarnação, Nascimento e Infância de Jesus Cristo

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çastes essa gran<strong>de</strong> pobreza para melhor ganhar o nosso amor.<br />

Se tivésseis nascido num palácio, se tivésseis um berço <strong>de</strong> ouro,<br />

se fosseis servido pelos maiores príncipes da terra, inspiraríeis<br />

aos homens mais respeito, mas menos amor; essa gruta<br />

em que estais, esses panos grosseiros que vos cobrem, essa<br />

palha em que repousais, essa manjedoura que vos serve <strong>de</strong><br />

berço, oh! como tudo isso obriga nossos corações a amar-vos,<br />

tanto mais que vos fizestes tão pobre a fim <strong>de</strong> vos tornar mais<br />

caro aos nossos olhos. “Quanto mais ele se abaixa por mim,<br />

exclama S. Bernardo, tanto mais caro me é”. Fizestes-vos pobre<br />

para enriquecer-nos dos vossos bens, isto é, da vossa graça<br />

e da vossa glória; é S. Paulo que o diz: Ele se fez indigente...<br />

a fim <strong>de</strong> que sua indigência nos enriquecesse.<br />

A pobreza <strong>de</strong> <strong>Jesus</strong> <strong>Cristo</strong> é para nós uma fonte <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s<br />

riquezas, porque nos move a adquirirmos os bens do céu<br />

<strong>de</strong>sprezando os da terra. — Ó meu <strong>Jesus</strong>, a quantos santos a<br />

vossa pobreza fez <strong>de</strong>ixar tudo, riquezas, honras, mesmo coroas,<br />

para viverem pobres convosco. Por favor, ó meu Salvador,<br />

<strong>de</strong>sapegai-me também <strong>de</strong> toda afeição aos bens terrenos, a<br />

fim que me torne digno <strong>de</strong> obter o vosso santo amor e <strong>de</strong> possuir<br />

a vós, Bem infinito!<br />

Afetos e Súplicas.<br />

Ó divino Infante, pena que não posso dizer-vos com vosso<br />

caro S. Francisco: “Meu Deus, sois tudo para mim!” ou com<br />

Davi: Que há para mim no céu? e fora <strong>de</strong> vós, que posso <strong>de</strong>sejar<br />

sobre a terra? Sois o Deus do meu coração, e a minha única<br />

herança para a eternida<strong>de</strong>. Oxalá pu<strong>de</strong>sse, também eu, não<br />

<strong>de</strong>sejar no futuro outra riqueza senão a do vosso amor; <strong>de</strong> maneira<br />

que as vaida<strong>de</strong>s do mundo não tivessem mais domínio<br />

sobre o meu coração, e só vós fosseis o seu único Senhor, ó<br />

meu Bem-amado! Sim, quero começar hoje a dizer-vos: Sois o<br />

Deus do meu coração e a minha herança para a eternida<strong>de</strong>!<br />

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