Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
em perfeita santida<strong>de</strong>, sem mancha alguma. O meu Dileto, dizia<br />
a Esposa sagrada, é todo rubro <strong>de</strong> amor e branco <strong>de</strong> inocência<br />
e pureza. Esse celeste Menino constitui as <strong>de</strong>lícias do<br />
Padre eterno, porque, como diz S. Gregório, é o único absolutamente<br />
puro a seus olhos.<br />
Mas, consolemo-nos, embora sejamos pobres pecadores;<br />
esse divino Infante veio do céu para comunicar-nos a sua inocência<br />
por sua Paixão. Os seus méritos, se <strong>de</strong>les soubermos<br />
aproveitar-nos, po<strong>de</strong>m mudar-nos <strong>de</strong> pecadores em santos.<br />
Ponhamos pois toda a nossa confiança nos méritos <strong>de</strong> <strong>Jesus</strong><br />
<strong>Cristo</strong>; peçamos sempre por eles ao Pai eterno as graças que<br />
<strong>de</strong>sejamos, e tudo nos será concedido.<br />
Afetos e Súplicas.<br />
Pai celeste, eu miserável pecador digno do inferno, nada<br />
tenho para oferecer-vos as lágrimas, as penas, o sangue, a<br />
morte <strong>de</strong>sse Menino inocente, que é vosso Filho, e peço-vos<br />
misericórdia por seus méritos. Se não tivesse esse divino Filho<br />
para vo-lo oferecer, estaria perdido, e não haveria mais esperança<br />
para mim; mas vós mo <strong>de</strong>stes a fim que, oferecendo-vos<br />
os seus méritos, tenha esperança <strong>de</strong> salvação. Senhor, bem<br />
gran<strong>de</strong> foi minha ingratidão, porém maior ainda é a vossa misericórdia.<br />
E que maior misericórdia podia eu esperar <strong>de</strong> vós que<br />
<strong>de</strong> me dar<strong>de</strong>s o vosso próprio Filho por Re<strong>de</strong>ntor e como vítima<br />
que eu vos pu<strong>de</strong>sse oferecer por meus pecados? Pelo amor <strong>de</strong><br />
<strong>Jesus</strong> <strong>Cristo</strong>, perdoai as minhas ofensas; arrependo-me <strong>de</strong> todo<br />
o coração <strong>de</strong> vos haver <strong>de</strong>sgostado, Bonda<strong>de</strong> infinita! E<br />
também pelo amor <strong>de</strong> <strong>Jesus</strong> dai-me a santa perseverança. Ah!<br />
meu Deus, se tornasse a ofen<strong>de</strong>r-vos <strong>de</strong>pois que me esperastes<br />
com tantas paciência. me aclarastes com tantas luzes, e<br />
me perdoastes com tanto amor, não mereceria um inferno criado<br />
expressamente para mim? Ah! meu Pai, não me abandoneis;<br />
tremo ao pensar nas infi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> que me tornei cul-<br />
182