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pon<strong>de</strong>u ao amor do divino Re<strong>de</strong>ntor quem se lembra <strong>de</strong> havê-lo<br />
ofendido com o pecado mortal.<br />
Afetos e Súplicas.<br />
Meu amado <strong>Jesus</strong>, eu que vos ofendi não sou digno <strong>de</strong><br />
vossas graças; mas pelo mérito da pena que sofrestes e oferecestes<br />
a Deus vendo todos os meus pecados e satisfazendo<br />
por mim à justiça divina, comunicai-me uma parte da luz com<br />
que conhecestes então a sua malícia, e do horror que <strong>de</strong>les<br />
sentistes. Ó meu amável Salvador, é pois verda<strong>de</strong> que a cada<br />
momento da vossa vida, mesmo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o seio <strong>de</strong> vossa Mãe,<br />
fui o algoz do vosso coração, e um algoz mais cruel do que todos<br />
os que vos crucificaram! E esse suplício eu o renovei e<br />
aumentei sempre que vos ofendi! Senhor, morrestes para salvar-me;<br />
mas a vossa morte não basta para a minha salvação,<br />
se <strong>de</strong> meu lado não tenho verda<strong>de</strong>iro arrependimento das o-<br />
fensas que vos fiz, e se as não <strong>de</strong>testo sobre todas as coisas.<br />
Mas mesmo essa contrição <strong>de</strong>vo esperar <strong>de</strong> vós. Vós a conce<strong>de</strong>is<br />
a quem a pe<strong>de</strong>; eu vo-la peço pelo mérito <strong>de</strong> tudo o que<br />
sofrestes sobre a terra; dai-me dor dos meus pecados, e uma<br />
dor proporcionada à minha malícia. Meu <strong>Jesus</strong>, ajudai-me a<br />
fazer esse ato <strong>de</strong> contrição, que agora quero fazer. — Padre<br />
eterno, Bem infinito e supremo, eu miserável verme da terra<br />
tive a audácia <strong>de</strong> ultrajar-vos e <strong>de</strong> <strong>de</strong>sprezar vossa graça; <strong>de</strong>testo<br />
e abomino sobre todas as coisas as injúrias que vos tenho<br />
feito; arrependo-me <strong>de</strong> todo o meu coração, menos por<br />
haver assim merecido o inferno do que por haver ofendido a<br />
vossa infinita bonda<strong>de</strong>. Pelos méritos <strong>de</strong> <strong>Jesus</strong> <strong>Cristo</strong> espero<br />
<strong>de</strong> vós o perdão, e com o perdão a graça <strong>de</strong> amar-vos. Amovos,<br />
ó Deus digno <strong>de</strong> amor infinito, e quero repetir sem cessar:<br />
Amo-vos, amo-vos, amo-vos. E como vos dizia S. Catarina <strong>de</strong><br />
Gênova, vossa fiel serva, quando se ajoelhava diante do Crucifixo,<br />
também eu vos digo agora prostrado aos vossos pés: “Se-<br />
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