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Encarnação, Nascimento e Infância de Jesus Cristo

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teu a essa injusta sentença, obe<strong>de</strong>ceu aos carrascos quando o<br />

quiseram flagelar, coroar <strong>de</strong> espinhos e crucificar; submeteu-se<br />

humil<strong>de</strong>mente a todos e entregou-se às mãos <strong>de</strong> seus inimigos.<br />

Oh! Deus, recusaremos diante disso pôr-nos ao serviço<br />

<strong>de</strong>sse amável Senhor que para salvar-nos se sujeitou a tantas<br />

servidões dolorosas e humilhantes? E para não sermos servos<br />

<strong>de</strong>sse Senhor tão gran<strong>de</strong> e amante, consentiremos em tornarnos<br />

escravos do <strong>de</strong>mônio, que, longe <strong>de</strong> amar os seus servos,<br />

os o<strong>de</strong>ia e tiraniza, os torna infelizes nesta e na outra vida? Ah!<br />

se cometemos essa loucura no passado, por que não saímos<br />

imediatamente <strong>de</strong>ssa miserável escravidão? Coragem pois! já<br />

que pela graça <strong>de</strong> <strong>Jesus</strong> <strong>Cristo</strong> fomos libertados da escravidão<br />

do inferno, abracemos logo e apertemos com amor as doces<br />

ca<strong>de</strong>ias que nos fazem servos e amigos do Filho <strong>de</strong> Deus, e<br />

que nos obterão uma coroa no reino eterno entre os bemaventurados<br />

do paraíso.<br />

Afetos e Súplicas.<br />

Meu amado <strong>Jesus</strong>, sois o Rei do céu e da terra; mas por<br />

amor <strong>de</strong> mim vos fizestes servo; obe<strong>de</strong>cestes aos vossos próprios<br />

carrascos que vos <strong>de</strong>spedaçaram as carnes, traspassaram<br />

a fronte e vos pregaram na cruz para morrer<strong>de</strong>s <strong>de</strong> dor.<br />

Adoro-vos como seu Senhor e meu Deus, e me acanho <strong>de</strong> aparecer<br />

diante <strong>de</strong> vós ao lembrar-me que por miseráveis satisfações<br />

rompi tantas vezes os vossos santos laços e vos disse em<br />

face que não queria mais servir-vos; sim, com justiça me lançais<br />

em rosto: Quebraste o meu jugo, rompeste os meus laços,<br />

e disseste: Não servirei. Mas, ó meu Salvador, o que me faz<br />

esperar o perdão, são os vossos méritos e a vossa bonda<strong>de</strong>,<br />

que não <strong>de</strong>spreza um coração contrito e humilhado: Não, meu<br />

Deus, não <strong>de</strong>sprezeis um coração que se arrepen<strong>de</strong> e se humilha.<br />

Meu <strong>Jesus</strong>, confesso que fiz mal <strong>de</strong>sgostando-vos; reconheço<br />

que mereço mil infernos pelas ofensas que vos fiz; casti-<br />

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