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Encarnação, Nascimento e Infância de Jesus Cristo

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que lhe <strong>de</strong>via custar a sua qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Mãe dum Filho vindo<br />

ao mundo para sofrer e morrer pelos homens.<br />

Afetos e Súplicas.<br />

Ó Verbo divino feito homem por mim, embora vos veja tão<br />

humilhado e feito criança no seio <strong>de</strong> Maria, confesso-vos e reconheço-vos<br />

por meu Senhor e Rei, mas Rei <strong>de</strong> amor. Meu<br />

caro Salvador, já que viestes a este mundo revestir-vos da<br />

nossa miserável carne para reinar sobre os nossos corações,<br />

ah! vin<strong>de</strong> estabelecer o vosso reino também no meu coração<br />

sujeito outrora ao domínio dos vossos inimigos, mas que agora<br />

é vosso, como espero; quero que seja ele sempre vosso e que<br />

vós sejais <strong>de</strong> hoje em diante o seu único Senhor: Reinai no<br />

meio <strong>de</strong> vossos inimigos. Os outros reis reinam pela força das<br />

armas; vós ao contrários vin<strong>de</strong>s reinar pela força do amor, por<br />

isso não vin<strong>de</strong>s com pompas reais, não vin<strong>de</strong>s revestido <strong>de</strong><br />

púrpura e ouro, ornado <strong>de</strong> cetro e coroa nem ro<strong>de</strong>ado <strong>de</strong> exércitos<br />

<strong>de</strong> soldados. Nasceis num estábulo, pobre, abandonado e<br />

sereis colocado num presépio sobre um pouco <strong>de</strong> palha, porque<br />

assim quereis começar a reinar sobre os corações. Ah!<br />

meu Rei Infante, como pu<strong>de</strong> revoltar-me tantas vezes contra<br />

vós, e viver tanto tempo na vossa inimiza<strong>de</strong>, na privação da<br />

vossa graça, quando vós para obrigar-me a amar-vos <strong>de</strong>pusestes<br />

a vossa majesta<strong>de</strong> divina e vos humilhastes tanto que tomastes<br />

a forma duma criança numa gruta, <strong>de</strong>pois a dum operário<br />

numa oficina, e, enfim, a dum con<strong>de</strong>nado na cruz? Oh! feliz<br />

<strong>de</strong> mim se agora que saí, como espero, da escravidão <strong>de</strong> Lúcifer,<br />

me <strong>de</strong>ixar dominar sempre por vós e por vosso amor! Ó<br />

<strong>Jesus</strong>, meu Rei, que sois tão amável e que amais tanto as almas,<br />

tomai posse <strong>de</strong> toda a minha alma, eu vo-la dou sem reserva.<br />

Aceitai que ela vos sirva sempre e que vos sirva por a-<br />

mor: a vossa majesta<strong>de</strong> merece ser temida, mas a vossa bonda<strong>de</strong><br />

merece ainda mais ser amada. Ó meu Rei, vós sois e se-<br />

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