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Revista Grid - 6ª edição

Somos a vitrine mais nobre do automobilismo para o seu produto e sua carreira.

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Fábio Greco:

“Era competição,

mesmo!”

Ex-piloto e atual presidente do Conselho Técnico

Desportivo Nacional da CBA relembra à Revista Grid os

desafios vividos com a Fórmula Uno e a Fórmula Palio

GRID - Como surgiu a ideia da Fórmula Uno? Como

nasceu esta categoria?

Fábio Greco - O processo começou em 1990. O automobilismo

caiu demais, as montadoras saindo da

Stock Car, saindo do Marcas, o automobilismo estava

minguando, eram cada vez menos carros. Aí o meu

pai, muito preocupado, começou a buscar as montadoras.

Foi na GM, na Ford, na Volkswagen, na Fiat,

mostrando projetos de uma categoria monomarca

muito mais barata, que atraísse o público e os pilotos.

A Fiat acabou comprando a ideia. Meu pai foi bem hábil,

como ele sempre foi, para fazer um belo projeto.

Essa a expertise do meu pai, saber “vender o peixe”,

como ele mesmo falava. O primeiro ano foi bem difícil,

como sempre é. Tivemos muitos problemas com

os carburadores... Enfim, os motores tiveram bastante

problema. O combustível foi outro problema. Na época

existia uma diferença muito grande de quantidade

de álcool no combustível de um Estado para outro, e

isso alterava demais a carburação. Sofremos muito.

GRID - Já no primeiro ano da categoria, em 1992,

seu pai infelizmente nos deixou. Como foi para você

assumir a gestão da categoria?

Fábio Greco - Eu tinha 29 anos quando meu pai

faleceu, era um moleque. Meu pai me ensinou tudo

na minha vida, trabalhei com ele desde os 12 anos,

assimilei bastante, mas foi muito difícil enfrentar os

leões. Aí trabalhei como louco nos três primeiros meses

do ano desenvolvendo a injeção eletrônica, foi a

primeira categoria no Brasil a ter injeção eletrônica.

Tínhamos sofrido demais com o carburador e eliminamos

o carburador. Quando fomos para a injeção a

categoria deu um pulo, assim, fantástico. Em 1993 e

1994 tivemos que limitar o número de carros, a categoria

“estourou”. E virou o que virou pela ajuda do

meu pai, porque nós já estávamos pensando nisso, e

ele acabou falecendo antes de entrar neste projeto.

Eu entrei de cabeça. Eu fiquei três meses focado, isso

fez com que eu esquecesse um pouco o falecimento

dele. Quando saiu a primeira corrida foi um alívio, eu

até homenageei ele em todas as provas de 1993 e recebi

homenagem em todos os autódromos por ele.

GRID - Como era o apoio da Fiat do Brasil?

Fábio Greco - Eu sempre tive o apoio completo da

diretoria e da presidência da Fiat. Eu tinha uma carta

do presidente da Fiat na época, que me apresentava

como um representante da Fiat, então eu ia nos

concessionários, eu ajudava os pilotos a conseguirem

Luiz Antonio Greco, responsável pelo advento da

F-Uno, sofreu um infarto fatal no Natal de 1992

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