Revista Grid - 6ª edição
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O lançamento internacional do Palio deu novo
visual ao grid da F-Fiat na temporada de 1996
Na etapa goiana de 1997 Beto Giorgi puxou
a fila, mas seu título só viria nos tribunais
Em 1994 a Fiat levou o recém lançado Uno Turbo
também às pistas, com pneus slick Goodyear e molas
e amortecedores de competição. O motor era o
mesmo dos carros de série e rendia 118 cavalos. O
Uno Turbo de corrida tinha o mesmo visual do carro
de rua, com apêndices aerodinâmicos nos parachoques,
na tampa traseira e nas laterais. Essa era a categoria
Turbo. A Aspirado mantinha o pacote técnico
com motor de 1.600 cm e pneus radiais de rua.
A primeira das dez etapas aconteceu em 1º de maio,
em Brasília. Ao término da corrida da Aspirado os pilotos
receberam a notícia da morte de Ayrton Senna.
Não havia mais clima para competição. Chico Serra,
amigo próximo de Senna, estava bastante abalado.
Em respeito ao ídolo da Fórmula 1, e como forma
de homenagem, os pilotos da Turbo decidiram não
correr. Completaram só uma volta pela pista, em fila,
com faróis acesos.
Outro tricampeão de F-1 marcou a temporada de
1994: Nelson Piquet disputou a terceira etapa. Classificou-se
em 11º no grid de Interlagos e deixou a corrida
com superaquecimento de motor. Foi sua única
experiência na Fórmula Uno, que naquele ano realizou
uma etapa em Caruaru, diante de 12 mil torcedores.
A organização submeteu-se a uma epopeia para
viajar a Pernambuco, deslocando cinco carretas para
o transporte de carros e motores.
Na disputa pelo título da Turbo, Paulão Gomes levou
a melhor no épico duelo com Chico Serra, pondo
fim ao jejum de títulos nacionais que vinha desde
o Brasileiro de Marcas & Pilotos de 1991. Na Aspirado,
José Massa Neto foi campeão, tendo José Mário
Castilho e Beto Giorgi como adversários diretos. E a
categoria, em ascensão extrema, chegava ao patamar
de totalizar mais de 60 carros nas duas categorias
para a temporada de 1995.
Temporada que marcou o primeiro bicampeonato,
com Nonô Figueiredo levando o título da Turbo no
duelo com Walter Travaglini. José Mário Castilho reinou
absoluto na Aspirado. O ano marcou a estreia
de duas jovens promessas: Cacá Bueno, 18 anos, e
André Bragantini Jr., 16, juntavam-se a Valdeno Brito
Filho, 21, presente desde o ano anterior. Era o início
da onda de pilotos que direcionaram suas carreiras
para as categorias de turismo.
A grande novidade do evento para 1996 foi criação
da Fórmula Palio, que alavancou o lançamento
do novo modelo da Fiat. O carro, na versão de
pista, tinha motor 1.6 multiválvulas, com cabeçote
retrabalhado e substituição da central eletrônica de
injeção por uma voltada à performance. A potência
era de 124 cv. Os pneus Pirelli eram slick. A Fórmula
Uno seguiu, com divisão nas categorias Graduados
e Novatos.
Xandy Negrão foi o primeiro campeão da Fórmula
Palio, pondo fim a um jejum de título de dez anos
– seu último havia sido o do Brasileiro de Marcas &
Pilotos de 1986. Pela F-Uno, que usou motores 1.6 aspirados
e aposentou os turboalimentados utilizados
na classe principal nos dois anos anteriores, Fred
Marinelli levou o título da Graduados, enquanto André
Bragantini Jr. definiu a disputa da Novatos duas
etapas antes do campeonato terminar.
O formato tornou a mudar em 1997. A Fórmula Palio
foi subdividida em classes A e B, com 25 carros
em cada uma. A Fórmula Uno mantinha o modelo
veterano na pista, com grid médio de expressivos
33 carros para sua classe única, a Novatos. Esse título
foi conquistado por Rômulo Rocha – foi a única
vez que um piloto da cidade paranaense de Telêmaco
Borba conquistou um título brasileiro de automobilismo.
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