Revista Grid - 6ª edição
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A vinda do canadense, que recentemente também
se tornou oficialmente cidadão americano, deu-se
pela amizade com Tarso Marques, com quem competiu
nos Estados Unidos. Os dois nutrem uma grande
amizade com interesses em comum, na customização
de carros e motos.
O primeiro contato ocorreu quando a Sprint Race
realizou etapa em Homestead Miami, com Thiago
Marques – irmão de Tarso e promotor da categoria
brasileira – recebendo a promessa de Tracy de que
em outra oportunidade viria com o maior prazer, já
que não poderia correr na pista da Flórida por conta
de outros compromissos.
A oportunidade chegou, com o aceite do canadense
de bate-pronto, surpreendendo os fãs da Indy e
da Nascar no Brasil, cada qual a seu modo. Em comum,
a curiosidade de como ele se comportaria
dentro e fora da pista.
Logo no primeiro dia, Tracy se mostrou surpreendido
com o cenário e a pista, ao dizer que “é uma
instalação muito bonita, tão boa quanto qualquer
outra dos Estados Unidos”. Ele veio a Mogi Guaçu
acompanhado pela mulher Lisa, que esteve sempre
ao seu lado e o ajudava no registro de cada passo do
marido para as redes sociais.
O primeiro dia de contato com o V6 de 300 cavalos
da Nascar Brasil foi de puro aprendizado. As primeiras
impressões eram promissoras, exaltando que o carro
era “muito divertido de guiar”. No primeiro treino
oficial a adaptação de Tracy foi surpreendentemente
rápida, com a segunda posição na tabela de tempos.
Na manhã seguinte, um resultado ainda melhor, com
a liderança da sessão que antecedeu o Qualy.
Na classificação, Tracy apareceu na quinta posição,
que não deixava de ser surpreendente, mas o melhor
estava por vir naquele mesmo sábado. Ganhando algumas
posições no início da corrida 1, viu-se em uma
batalha com um dos astros da categoria, Léo Torres.
Um pequeno entrevero entre os dois e o carro #26
do convidado ilustre assumia a liderança da corrida,
sendo posteriormente pressionado pelo piloto da
classe ProAM, Jorge Martelli, que confessou que já
estava feliz em apenas dividir curvas com o campeão
da Cart de 2003, além de triunfar em sua categoria.
O Velocitta testemunhava a primeira vitória de Paul
Tracy em 16 anos. Sua última aparição no degrau
mais alto do pódio havia sido na etapa de Cleveland
da Champ Car World Series, em 2007. Totalmente
ambientado, à vontade e demonstrando alívio, Tracy
agradeceu a oportunidade de poder viver aquela
experiência, especialmente na pessoa de Thiago
Marques, além de renovar esperanças para o futuro:
“Espero que eles me convidem novamente”. Este foi
o ápice do canadense no Brasil.
O domingo reservava mais duas provas, sendo
que a terceira decidiria o fim de semana e também
a Special Edition de 2023. Os campeões receberão
seus prêmios – de maneira oficial – no mesmo evento
da Nascar dos Estados Unidos, no final do ano.
Téo José, narrador muito ligado às transmissões da
Indy no Brasil, apelidou Tracy como “Senhor apronta
tudo”. Pois é. Na segunda corrida a lembrança da
alcunha colocada pelo brasileiro veio à tona, com a
desclassificação, após toque sobre Lourenço Beirão,
piloto português que se tornou um daqueles que
mais ajudou Tracy no fim de semana. Apesar do “encontro”
na pista, ambos continuaram sendo vistos
conversando constantemente na garagem, demonstrando
que a nova amizade não foi abalada.
A terceira prova teve participação discreta do canadense,
finalizando sua passagem no Brasil na 16ª
posição, após ter problemas durante a corrida.
O saldo foi mais do que positivo. O Brasil, definitivamente,
se mostrou uma terra que traz sorte a Paul
Tracy, tendo vencido no saudoso autódromo de Jacarepaguá
pela Cart em 1997, além de trazer sensações
hibernadas de uma vitória em uma categoria
de relevância internacional.
Vitor Genz e Rafael Dias asseguraram o
título da Special Edition na classe Pro
O Velocitta confirmou o título de MC Gui
na AM já em seu primeiro ano nas pistas
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