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Revista Grid - 6ª edição

Somos a vitrine mais nobre do automobilismo para o seu produto e sua carreira.

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Palco maior do automobilismo brasileiro, sobretudo nas três últimas décadas, o autódromo de Interlagos

assumiu em 2023 a condição de um verdadeiro canteiro de obras. Condição que, obviamente, não

causou apenas impressões positivas. O trabalho maior, afinal, focou montagem e instalação de toda a

infraestrutura do The Town, festival musical que reuniu dezenas de milhares de pessoas durante cinco

dos dez primeiros dias de setembro – e que tem mais duas edições confirmadas para 2025 e 2027, sempre

no mês de setembro, conforme contrato firmado há dois anos. A comunidade do automobilismo de

competição não viu com bons olhos a conversão do autódromo em arena de eventos. O reflexo maior

da reação negativa veio das manifestações em redes sociais de internet. A partir disso, Revista Grid

conversou com o diretor administrativo do autódromo de Interlagos, Marcelo Pinto, que expôs pormenores

do trabalho já executado e agendado para os próximos meses. Ele assegura: festivais musicais

são ponto positivo para o automobilismo.

REVISTA GRID - Interlagos está definitivamente

passando de autódromo a arena multiuso?

MARCELO PINTO - Esse já é o nosso normal em

Interlagos, conciliar o maior número de eventos

com a menor intervenção de pista possível. O

que buscamos é que um evento não atrapalhe

o outro.

REVISTA GRID - De onde partiu a decisão de

se rever o uso do autódromo de Interlagos?

MARCELO PINTO - É uma demanda muito importante

para a cidade. São Paulo é carente de

espaços tão grandes e versáteis como Interlagos.

Além disso, o nome e a marca de Interlagos valorizam

qualquer evento. Isso é constatado pelos

próprios promotores. Realizar um evento aqui é

tarefa difícil, já não é para qualquer promotor, e

é caro também. Nem tanto pelo aluguel, mas por

toda estrutura que precisa ser montada, logística,

segurança do evento e o bom atendimento

ao público.

REVISTA GRID - Qual foi o investimento da Cidade

de São Paulo nas obras já executadas?

MARCELO PINTO - Até agora a prefeitura investiu

aproximadamente R$ 120 milhões. A estimativa

é de que o total ultrapasse os 300 milhões.

REVISTA GRID – Há expectativa de prazo para

retorno líquido?

MARCELO PINTO - O maior lucro de Interlagos

não fica no autódromo e sim para a cidade.

Grandes eventos atraem muitos turistas para São

Paulo, movimentando todo comércio local, hotéis,

restaurantes, baladas, muita coisa. Isso sem contar

o enorme número de empregos temporários.

Apenas para servir como base, o impacto econômico

do GP de São Paulo de Fórmula 1 de 2022

foi de aproximadamente R$ 1,3 bilhão na cidade.

O Lollapalooza se aproxima dos R$ 500 milhões.

As etapas nacionais de automobilismo também

têm esse viés turístico com suas equipes e fãs, em

números mais modestos, mas durante todo o ano.

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