Revista Grid - 6ª edição
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6 - GP do Brasil de 1975 (20 pontos)
A prova de 1975 é marcada por ser a primeira vez
que o torcedor brasileiro e a comunidade do esporte
a motor nacional sentiam um gostinho de algo especial
que não acontece com muita frequência na
F-1 até hoje: uma dobradinha com pilotos do mesmo
país no topo do pódio na corrida de casa.
Nas corridas em solo brasileiro, isso só aconteceu
em duas oportunidades: 1975 e 1986. Enquanto, na
segunda oportunidade, a conquista foi mais badalada
pelo momento do país no esporte, com Piquet no
auge e Senna decolando, a primeira foi muito mais
celebrada justamente por ter sido inesperada.
Com José Carlos Pace em uma mediana Brabham,
os brasileiros voltaram seus olhos para o bicampeão
Emerson Fittipaldi, que largaria em segundo, atrás
de Jean-Pierre Jarier. Mas uma largada péssima fez
o favorito cair para sétimo e, a partir de então, as
atenções foram para Pace, que perseguia os líderes
Jarier e Carlos Reutemann, passando o argentino e
vendo o francês abrir 30 segundos na frente.
Pace viu Jarier abandonar com problemas de freio
e Fittipaldi se aproximar perigosamente. O alívio se
transformou em festa na bandeirada com a primeira
dobradinha da história em uma vitória que seria a
única de Carlos Pace, morto em 1977 em acidente
aéreo. Dez anos depois do resultado histórico seu
nome foi dado – com muito mérito, diga-se – ao autódromo
de Interlagos.
Largada do GP de 1975, que teve Pace
e Fittipaldi comemorando a dobradinha
A vitória em Interlagos foi a única da
carreira de José Carlos Pace na F-1
5 - GP do Brasil de 2003 (23 pontos)
Barrichello chora a vitória perdida e
‘Fisico’ e Raikkonen trocam troféus
Se alguém te pedir um exemplo de uma corrida maluca, o GP do
Brasil de 2003 é o exemplo perfeito. Um temporal antes da largada
e nas voltas finais, uma poça d’água que transformou a Curva
do Sol em um estacionamento de luxo, acidentes grandiosos de
Mark Webber e Fernando Alonso, um incêndio e até uma mudança
de vencedor dias depois marcaram esta edição.
Isso sem falarmos da inacreditável derrota de Rubens Barrichello,
que rumava para a vitória e viu seu carro ficar sem gasolina – algo
que a Ferrari não consegue explicar até hoje – na chance mais
concreta que ele teve até hoje em sua cidade natal.
No meio de toda essa confusão estava o Jordan de Giancarlo
Fisichella, que conseguiu jogar com a estratégia e se viu ultrapassando
o líder Kimi Raikkonen na curva do Pinheirinho duas voltas
antes dos acidentes que provocaram a bandeira vermelha.
Terminada a corrida, Eddie Jordan não sabia com o que se desesperava
mais: com o erro de cronometragem que apontava Fisichella
em segundo ou com o carro do italiano pegando fogo no
parque fechado. Por fim, na prova seguinte, Fisichella recebeu das
mãos de Raikkonen o troféu da corrida mais maluca da história.
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