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antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)

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Quanto tempo duram os efeitos? As conclusões obtidas a partir dos estudos

de acompanhamento realizados no ano seguinte à conclusão do tratamento são

muito interessantes. Embora várias pessoas de ambos os grupos tenham apresentado

ocasionais oscilações de humor diversas vezes durante o ano, os dois grupos

como um todo continuaram a manter os benefícios que haviam demonstrado ao fim

das 12 semanas de tratamento ativo.

Qual foi o grupo que realmente se saiu melhor durante o período de acompanhamento?

Os testes psicológicos, assim como os relatos dos próprios pacientes,

confirmaram que o grupo de terapia cognitiva continuou a se sentir muito melhor,

e essas diferenças foram estatisticamente significativas. Nesse período de um ano,

o índice de recaídas no grupo de terapia cognitiva correspondeu a menos da metade

do observado nos pacientes que fizeram uso de remédios. Essas são diferenças consideráveis

em favor dos pacientes tratados com a nova abordagem.

Isso significa que eu posso garantir que você nunca mais vai ficar triste depois

de usar os métodos cognitivos para acabar com a sua depressão atual? É claro que

não. Seria o mesmo que dizer que, após adquirir um bom condicionamento físico

correndo todos os dias, você nunca mais vai sentir falta de ar. Ficar chateado de vez

em quando faz parte da condição humana, portanto posso garantir que você não vai

alcançar a felicidade eterna! Isso significa que precisará aplicar novamente as técnicas

que o ajudam se quiser continuar a controlar seu humor. Há uma diferença entre

sentir-se melhor ‒ o que pode acontecer naturalmente ‒ e melhorar ‒ que é resultado

da aplicação e reaplicação sistemática de métodos capazes de levantar seu humor

toda vez que houver necessidade.

Como esse trabalho vem sendo recebido pela comunidade acadêmica? O impacto

dessas descobertas nos psiquiatras, psicólogos e outros profissionais de saúde

mental tem sido grande. Já se passaram 20 anos desde a primeira vez que este capítulo

foi escrito. Durante esse período, inúmeros estudos bem controlados sobre a

eficácia da terapia cognitiva já foram publicados em revistas científicas. Esses estudos

compararam tal eficácia à dos medicamentos antidepressivos e de outras formas

de psicoterapia no tratamento da depressão, da ansiedade e de outros distúrbios.

Os resultados dos estudos têm sido bastante animadores. Os pesquisadores confirmaram

nossas impressões iniciais de que a terapia cognitiva era, no mínimo, tão

eficaz quanto os medicamentos, e às vezes até mais eficaz, tanto a curto como a

longo prazo.

Qual é a conclusão de tudo isso? Estamos presenciando um avanço crucial na

psiquiatria e na psicologia modernas ‒ uma nova abordagem promissora para a

compreensão das emoções humanas, baseada numa terapia objetiva que pode ser

testada. Hoje em dia, muitos profissionais de saúde mental vêm demonstrando

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