antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)

adilio.mouracosta
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QUADRO 73Interações medicamentosas da gabapentinaGabapentina (n = 543) Placebo (n = 378)Sistema digestórioGanho de peso 2,9% 1,6%Boca seca 1,7% 0,5%Indisposição estomacal 2,2% 0,5%EnergiaFadiga 11,0% 5,0%Sonolência 19,3% 8,7%Sistema nervosoTontura 17,1% 6,9%Problemas de coordenação 12,5% 5,6%Tremor 6,8% 3,2%Fala enrolada 2,4% 0,5%Problemas de memória 2,2% 0,0%OlhosNistagmo (tremor dos olhos) 8,3% 4,0%Visão dupla 5,9% 1,9%Visão turva 4,2% 1,1%*. Algumas informações deste quadro foram adaptadas a partir do Physician Desk Reference (PDR) de 1998. Nesses estudos,foi administrada a gabapentina ou placebo a indivíduos com epilepsia que já estavam tomando pelo menos umoutro remédio para epilepsia. Indivíduos que não tomam outros remédios provavelmente apresentam menos efeitoscolaterais. Somente os efeitos colaterais mais comuns estão relacionados.tremor, problemas de coordenação, ganho de peso e alguns efeitos colaterais visuais.Todos esses efeitos colaterais serão mais acentuados com doses mais elevadase menos perceptíveis com doses menores. De um modo geral, o perfil de efeitos colateraisda gabapentina é bastante favorável, sobretudo quando comparado ao dosoutros estabilizadores do humor disponíveis atualmente.Nos estudos citados no Quadro 73, a gabapentina foi administrada a pacientescom epilepsia que já estavam sendo tratados com um ou mais anticonvulsivantes.Portanto, nem todos os efeitos colaterais eram efetivamente devidos à gabapentina.A melhor maneira de obter uma estimativa mais realista de qualquer efeito colateralé subtrair o percentual verificado no grupo do placebo do percentual observado nogrupo da gabapentina. Por exemplo, 11% do grupo da gabapentina apresentou fadiga,enquanto 5% do grupo do placebo apresentou esse efeito colateral. A diferença

entre esses dois números é de 6%. Essa é uma estimativa melhor da real incidênciada fadiga que possa ser atribuída à gabapentina.Como quase todas as drogas psiquiátricas, a gabapentina deve ser usada comgrande cautela em mulheres grávidas. Embora não haja estudos controlados dosefeitos da gabapentina sobre o feto em desenvolvimento em mulheres grávidas, foramobservadas anomalias fetais quando a gabapentina foi administrada a ratas ecoelhas prenhes. Embora os estudos com animais nem sempre possam prever asrespostas humanas, a gabapentina só deve ser usada na gravidez se a necessidadefor grande e o potencial benefício ultrapassar o potencial risco ao feto em desenvolvimento.Embora ainda não se saiba se a gabapentina é secretada no leite materno,muitos medicamentos o são; por conseguinte, a gabapentina provavelmentenão deve ser usada por mulheres que estejam amamentando. Sem dúvida, você devediscutir esse risco com o seu médico.INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS DA GABAPENTINAA gabapentina tem uma propriedade incomum e conveniente: não é metabolizadapelo fígado, sendo excretada pelos rins inalterada diretamente na urina. Por essemotivo, não parece interagir de formas adversas com outros medicamentos. Comojá foi discutido anteriormente, todos os antidepressivos e estabilizadores do humorapresentam interações bastante complexas com muitos outros medicamentos. É queessas drogas competem umas com as outras por certas enzimas metabólicas do fígado.Com a gabapentina, isso não é um problema, portanto é bem mais seguro combiná-laa outros medicamentos. Um dos benefícios é que a gabapentina pode ser combinadaa outros estabilizadores do humor em pacientes com casos complicados dedoença bipolar ou epilepsia que não responderam a outros medicamentos.As propriedades da gabapentina certamente são muito interessantes. Há algumadesvantagem? Às vezes os problemas dos novos medicamentos vêm à tona depois deterem sido usados em larga escala por um período e de passado o entusiasmo inicial.Talvez a gabapentina não seja exceção. Uma preocupação já expressada por algunsneurologistas e psiquiatras é a de que a droga possa não ser especialmente eficaznem para epilepsia, nem para a doença bipolar. Isso seria lamentável, uma vez queela tem tão poucos efeitos colaterais ou interações com outros medicamentos. Umacolega que tem uma experiência considerável com a gabapentina disse-me que elacostuma utilizá-la principalmente para ajudar pacientes ansiosos com insônia, poiso remédio possui excelentes propriedades sedativas e relaxantes e não é viciante.Infelizmente, ela acredita que a droga talvez não seja potente o bastante para ser umestabilizador de humor preferencial para pacientes bipolares, mas pode ter valor quandousada em combinação com outros medicamentos.

QUADRO 73

Interações medicamentosas da gabapentina

Gabapentina (n = 543) Placebo (n = 378)

Sistema digestório

Ganho de peso 2,9% 1,6%

Boca seca 1,7% 0,5%

Indisposição estomacal 2,2% 0,5%

Energia

Fadiga 11,0% 5,0%

Sonolência 19,3% 8,7%

Sistema nervoso

Tontura 17,1% 6,9%

Problemas de coordenação 12,5% 5,6%

Tremor 6,8% 3,2%

Fala enrolada 2,4% 0,5%

Problemas de memória 2,2% 0,0%

Olhos

Nistagmo (tremor dos olhos) 8,3% 4,0%

Visão dupla 5,9% 1,9%

Visão turva 4,2% 1,1%

*. Algumas informações deste quadro foram adaptadas a partir do Physician Desk Reference (PDR) de 1998. Nesses estudos,

foi administrada a gabapentina ou placebo a indivíduos com epilepsia que já estavam tomando pelo menos um

outro remédio para epilepsia. Indivíduos que não tomam outros remédios provavelmente apresentam menos efeitos

colaterais. Somente os efeitos colaterais mais comuns estão relacionados.

tremor, problemas de coordenação, ganho de peso e alguns efeitos colaterais visuais.

Todos esses efeitos colaterais serão mais acentuados com doses mais elevadas

e menos perceptíveis com doses menores. De um modo geral, o perfil de efeitos colaterais

da gabapentina é bastante favorável, sobretudo quando comparado ao dos

outros estabilizadores do humor disponíveis atualmente.

Nos estudos citados no Quadro 73, a gabapentina foi administrada a pacientes

com epilepsia que já estavam sendo tratados com um ou mais anticonvulsivantes.

Portanto, nem todos os efeitos colaterais eram efetivamente devidos à gabapentina.

A melhor maneira de obter uma estimativa mais realista de qualquer efeito colateral

é subtrair o percentual verificado no grupo do placebo do percentual observado no

grupo da gabapentina. Por exemplo, 11% do grupo da gabapentina apresentou fadiga,

enquanto 5% do grupo do placebo apresentou esse efeito colateral. A diferença

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