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antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)

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incluem o felbamato (Felbatol), a lamotrigina (Lamictal), o topiramato (Topamax)

e vários outros.

Embora não se saiba ao certo como nem por que esses remédios previnem a

epilepsia ou estabilizam a doença maníaco-depressiva, sabe-se que os sistemas cerebrais

do Gama e do glutamato costumam competir entre si. Talvez seja por isso que

os remédios que estimulam o Gama ou inibem o glutamato são úteis para epilepsia

e doença bipolar.

A maioria dos anticonvulsivantes também inibe o transporte de sódio por meio

das membranas neuronais do cérebro. O sódio, como você sabe, está presente no sal

de cozinha. Ele é conhecido como um íon, porque carrega uma minúscula descarga

elétrica positiva quando é dissolvido num líquido. Os impulsos elétricos dos neurônios

ocorrem quando os canais iônicos das membranas neuronais se abrem e íons

de carga positiva como o sódio e o potássio atravessam subitamente a membrana.

Esses fluxos de íons produzem os impulsos elétricos nos neurônios. Como esses

medicamentos inibem os canais de sódio, podem estabilizar a condução nervosa

no cérebro tornando os neurônios menos excitáveis. Pelo fato de quase todos os

anticonvulsivantes terem essa propriedade, às vezes eles são classificados como

“bloqueadores de sódio”. Os efeitos bloqueadores de sódio também podem explicar

por que esses novos medicamentos podem prevenir convulsões e estabilizar a doença

maníaco-depressiva.

Evidentemente, todo medicamento novo apresenta benefícios e riscos não previstos,

e os novos anticonvulsivantes não são exceção. Muitos testes serão necessários

antes que possamos identificar quais são os mais promissores para pacientes

com epilepsia e doença bipolar. Há um entusiasmo considerável em relação a um

dos medicamentos chamado gabapentina (Neurontin), porque ele parece ter pouquíssimos

efeitos colaterais, um excelente nível de segurança e poucas interações

tóxicas com outros medicamentos, se é que tem alguma. Além disso, não requer

exames de sangue como os três estabilizadores do humor discutidos antes.

Por enquanto, o FDA só aprovou o uso da gabapentina para o tratamento da

epilepsia. Embora ele ainda não tenha sido aprovado oficialmente para transtornos

psiquiátricos, muitos psiquiatras estão começando a prescrever a gabapentina para

pacientes com doença bipolar difícil de tratar que não tenham respondido a outros

medicamentos. Seu papel definitivo terá de ser determinado pela experiência clínica

e por estudos de resultado controlado.

Pelo menos oito estudos sobre o uso da gabapentina em transtornos de humor

foram publicados em 1997, e muitos outros certamente serão publicados nos próximos

anos. Nesses estudos, a gabapentina foi considerada eficaz para muitos pacientes

com doença bipolar. Ela também pareceu ter propriedades antidepressivas e

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