antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)

adilio.mouracosta
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13.08.2023 Views

MIRTAZAPINA (REMERON)A mirtazapina (Remeron) foi liberada nos Estados Unidos em 1996. Ela tambémaumenta a atividade da norepinefrina e da serotonina, mas por meio de ummecanismo diferente do da venlafaxina. Estudos pré-comercialização sugerem que amirtazapina possa ser eficaz para pacientes ambulatoriais com depressão leve e tambémpara os internados com depressão grave. Ela também pode ser particularmenteútil para aqueles deprimidos que estejam muito ansiosos ou nervosos.DOSAGEM DA MIRTAZAPINAA faixa de dosagem da mirtazapina é de 15 mg a 45 mg por dia. A maioria dosmédicos vai prescrever uma dosagem menor no início (7,5 mg por dia) e depoisaumentá-la aos poucos. Como a mirtazapina provoca sonolência em mais de 50%das pessoas que a tomam, ela pode ser administrada uma vez ao dia antes de dormir,geralmente em doses de 15 mg a 45 mg por dia. Alguns médicos afirmam que a mirtazapinaé menos propensa a causar sonolência quando a dose é aumentada. Isso éo contrário do que se poderia esperar intuitivamente. É que a droga pode ter algunsefeitos estimulantes em doses mais elevadas. Teremos de esperar até que haja maisexperiências clínicas com esse medicamento para saber se isso é mesmo verdade.EFEITOS COLATERAIS DA MIRTAZAPINAOs efeitos colaterais da mirtazapina estão relacionados no Quadro 69, p. 485.Podemos ver que ela bloqueia os receptores histamínicos, alfa-adrenérgicos e muscarínicos,do mesmo modo que os antidepressivos tricíclicos mais antigos. Portanto,o perfil de efeitos colaterais da mirtazapina é muito semelhante ao dos tricíclicos,especialmente a amitriptilina, a clomipramina, a doxepina, a imipramina e a trimipramina(ver Quadro 60). Entre os efeitos colaterais mais comuns estão o cansaço(54% dos pacientes) mencionado antes, aumento do apetite (17%), ganho de peso(12%), boca seca (25%), prisão de ventre (13%) e tontura (7%). Lembre-se de queesses números estão um tanto inflacionados porque não levam em conta o efeitoplacebo. Por exemplo, 2% dos pacientes que tomam placebo também relatam ganhode peso, portanto a verdadeira incidência de ganho de peso que pode ser atribuída àmirtazapina seria de 12% menos 2%, ou 10%. A mirtazapina não é propensa a causara indisposição estomacal, a insônia, o nervosismo e os problemas sexuais comumentevistos com os ISRSs como o Prozac.

A mirtazapina tem alguns efeitos adversos únicos, não compartilhados comoutros antidepressivos. Em casos raros, ela pode fazer sua contagem de glóbulosbrancos diminuir. Como essas células estão envolvidas no combate a infecções, issopode deixá-lo mais vulnerável a uma variedade de infecções. Se você tiver febre enquantoestiver tomando esse medicamento, não deixe de entrar em contato com seumédico imediatamente, para que ele possa obter um hemograma completo. Às vezesa mirtazapina pode provocar um aumento no nível sanguíneo de gorduras, comoo colesterol e os triglicérides. Isso pode ser um problema se você estiver acima dopeso ou tiver um problema cardíaco, ou se os seus níveis de colesterol e triglicéridesjá estiverem elevados.INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS DA MIRTAZAPINAComo a mirtazapina é relativamente nova, há muito poucas informações disponíveissobre suas interações medicamentosas. Ela não deve ser combinada a antidepressivosIMAO por causa do risco de síndrome serotoninérgica (crise hiperpirética).Pelo fato de poder causar forte sedação, aumentará os efeitos de outros sedativos.Eles incluem o álcool, tranquilizantes maiores e menores, soníferos, alguns anti­-histamínicos, barbitúricos, vários outros antidepressivos e o ansiolítico buspirona(BuSpar). A maior sonolência que se sente quando essas substâncias são combinadasà mirtazapina poderiam causar dificuldades de coordenação e concentração. Issopoderia ser arriscado ao dirigir ou operar equipamentos perigosos.ESTABILIZADORES DO HUMORLÍTIOEm 1949, um psiquiatra australiano chamado John Cade observou que o lítio,um sal comum, causava sedação em cobaias. Ele administrou lítio a um pacientecom sintomas maníacos e observou efeitos calmantes drásticos. Testes dos efeitosdo lítio em outros pacientes maníacos produziram resultados semelhantes. Desdeentão, o lítio vem aos poucos ganhando popularidade no mundo todo. Ele tem sidousado com sucesso no tratamento de uma série de problemas, como:• Estados maníacos agudos. Embora o lítio seja usado para tratar pacientescom mania grave, eles geralmente serão tratados com medicamentos deação rápida mais potentes até que os sintomas graves de mania tenham di­

A mirtazapina tem alguns efeitos adversos únicos, não compartilhados com

outros antidepressivos. Em casos raros, ela pode fazer sua contagem de glóbulos

brancos diminuir. Como essas células estão envolvidas no combate a infecções, isso

pode deixá-lo mais vulnerável a uma variedade de infecções. Se você tiver febre enquanto

estiver tomando esse medicamento, não deixe de entrar em contato com seu

médico imediatamente, para que ele possa obter um hemograma completo. Às vezes

a mirtazapina pode provocar um aumento no nível sanguíneo de gorduras, como

o colesterol e os triglicérides. Isso pode ser um problema se você estiver acima do

peso ou tiver um problema cardíaco, ou se os seus níveis de colesterol e triglicérides

já estiverem elevados.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS DA MIRTAZAPINA

Como a mirtazapina é relativamente nova, há muito poucas informações disponíveis

sobre suas interações medicamentosas. Ela não deve ser combinada a antidepressivos

IMAO por causa do risco de síndrome serotoninérgica (crise hiperpirética).

Pelo fato de poder causar forte sedação, aumentará os efeitos de outros sedativos.

Eles incluem o álcool, tranquilizantes maiores e menores, soníferos, alguns anti­

-histamínicos, barbitúricos, vários outros antidepressivos e o ansiolítico buspirona

(BuSpar). A maior sonolência que se sente quando essas substâncias são combinadas

à mirtazapina poderiam causar dificuldades de coordenação e concentração. Isso

poderia ser arriscado ao dirigir ou operar equipamentos perigosos.

ESTABILIZADORES DO HUMOR

LÍTIO

Em 1949, um psiquiatra australiano chamado John Cade observou que o lítio,

um sal comum, causava sedação em cobaias. Ele administrou lítio a um paciente

com sintomas maníacos e observou efeitos calmantes drásticos. Testes dos efeitos

do lítio em outros pacientes maníacos produziram resultados semelhantes. Desde

então, o lítio vem aos poucos ganhando popularidade no mundo todo. Ele tem sido

usado com sucesso no tratamento de uma série de problemas, como:

• Estados maníacos agudos. Embora o lítio seja usado para tratar pacientes

com mania grave, eles geralmente serão tratados com medicamentos de

ação rápida mais potentes até que os sintomas graves de mania tenham di­

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